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TEMA 2 - O LONGO SÉCULO XIX (1815-1914)

I PARTE

ATIVIDADES FORMATIVAS

Doc. A: A Europa Central do Tratado de Viena

Jacques Néré, O Mundo Contemporâneo, Lisboa, Ática, 1976, p. 55

1. Esquematize as principais mudanças que se registam no mapa político da Europa,


como consequência do impacto das guerras napoleónicas e dos tratados entre as
potências vencedoras.
2. Consulte no Dicionário de História de Portugal, dirigido por Joel Serrão, o artigo
"Carta Constitucional" (vol. I, pp. 494-497), para se inteirar do seu conteúdo e
significado político. Tendo presente o exemplo português, analise a importância da
adoção das cartas constitucionais pelos regimes monárquicos europeus, no quadro
duma mudança política de sentido liberal e moderada.
3. Exponha os princípios fundamentais das ideologias políticas liberais.

4. Sistematize, de forma esquemática, os aspetos que caracterizam os regimes políticos


liberais europeus, no século XIX.

5. Estabeleça as diferenças entre o pensamento político liberal e o democrático.

6. Disserte sobre a importância do acesso à educação e à informação para o exercício


pleno dos direitos e deveres dos cidadãos, tendo por base a sua experiência pessoal
de vivência num regime democrático.

Para dissertar sobre qualquer tema deve elaborar um plano estruturado para o desenvolvimento
das suas ideias. Por exemplo:

6.1 O que se entende por direitos e deveres dos cidadãos


6.2 Os vários tipos de direitos e deveres dos cidadãos
6.3 As condições gerais necessárias para o seu exercício pleno
6.4 A importância da educação e da informação nesse processo

7. Leia o romance Ilusões Perdidas de Balzac.


7.1 Procure caracterizar a sociedade burguesa desse tempo.
7.2 Defina o ponto de vista ideológico de Balzac sobre a sociedade que retrata.
8. Veja o filme O Leopardo de Visconti e analise o filme do ponto de vista da relação social
entre a antiga aristocracia e a burguesia emergente.
9. Exponha algumas das ideias fundamentais do marxismo, tendo em conta o excerto
apresentado de O Manifesto Comunista.
Em novembro de 1847, a Liga dos Comunistas, união operária internacional, encarregou
K. Marx e F. Engels de redigirem o manifesto do partido. O texto, editado em Paris em
1848, teve uma divulgação extraordinária e sucessivas reedições. No prefácio à edição
alemã de 1872, já os seus autores consideravam que o programa apresentado tinha de ser
revisto. Contudo, tratando-se dum documento histórico, julgavam que não tinham o
direito de o modificar.

Leia o programa comunista ou, se tiver possibilidade, o texto integral do Manifesto de


1848.

Doc. B: O programa comunista, de 1848

“Já antes vimos que o primeiro passo na revolução operária é a passagem do proletariado a
classe dominante, a conquista da democracia pela luta.
O proletariado usará o seu domínio político para ir arrancando todo o capital das mãos da
burguesia, para centralizar todos os instrumentos de produção nas mãos do estado, isto é, do
proletariado organizado como classe dominante, e para aumentar o mais rapidamente
possível a massa das forças de produção.
Naturalmente, tudo isso a princípio só pode acontecer mediante intervenções despóticas no
direito de propriedade e nas relações de produção burguesas, através de medidas, portanto,
que economicamente parecem insuficientes e insustentáveis, mas que no decurso do
movimento levam para além de si mesmas e são inevitáveis como meios para revolucionar
todo o modo de produção.
Estas medidas serão, naturalmente, diferentes consoante os diferentes países.
Para os países mais avançados, contudo, poderão ser aplicadas as seguintes na sua quase
totalidade:

1. expropriação da propriedade fundiária e emprego das suas rendas para despesas


públicas.
2. 2. Pesado imposto progressivo.
3. 3. Abolição do direito de herança.
4. 4. Confiscação da propriedade de todos os emigrantes* e rebeldes.
5. Centralização do crédito nas mãos do estado por meio de um banco nacional com capital
do estado e monopólio exclusivo.
6. Centralização do sistema de transportes nas mãos do estado.
7. Multiplicação das fábricas nacionais, dos instrumentos de produção, arroteamento e
melhoramento dos terrenos de acordo com um plano comunitário.
8. Obrigatoriedade do trabalho para todos, constituição de exércitos industriais, em
especial para a agricultura.
9. Unificação da exploração da agricultura e da indústria, atuação com vista à eliminação
gradual da diferença entre cidade e campo.
10. Educação pública gratuita de todas as crianças. Eliminação do trabalho das crianças nas
fábricas na sua forma atual. Unificação da educação com a produção material, etc.

Desaparecidas no curso do desenvolvimento as diferenças de classes e concentrada toda a


produção nas mãos dos indivíduos associados, o poder público perde o caráter político. Em
sentido próprio, o poder político é o poder organizado de uma classe para a opressão de uma
outra. Se o proletariado na luta contra a burguesia necessariamente se unifica como classe,
por uma revolução se faz classe dominante e como classe dominante suprime pela força as
velhas relações de produção, então suprime juntamente com as velhas relações de produção
as condições de existência do antagonismo de classes em geral e, com isto, o seu próprio
domínio como classe.
No lugar da velha sociedade burguesa com as suas classes e antagonismos surge uma
associação em que o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre
desenvolvimento de todos.”

Marx & Engels, “Manifesto Comunista” in Obras Escolhidas, Tomo I, Lisboa, Edições
Avante, 1982, pp. 124-125

10. Aponte algumas das ideias fundamentais que caracterizam o pensamento marxista,
tendo em conta o doc. B.

Para desenvolver conhecimentos sobre o socialismo:

A obra História Geral do Socialismo, sob a direção de Jacques Droz, traça um


quadro da história do socialismo desde as várias utopias anteriores à Revolução
Industrial até 1875 aproximadamente. Possui um capítulo sobre o pensamento de K.
Marx e a importância da sua obra máxima - O Capital (vol. III, pp. 782-817). É, além
disso, um livro fundamental para compreender as origens desta corrente do pensamento
político contemporâneo, onde se cruzam diversas sensibilidades sob o signo de uma
maior justiça social e da necessidade de redistribuir a riqueza. Ao contrário das doutrinas
liberais, que pretendem limitar ao mínimo o papel do Estado e deixar aos mecanismos da
concorrência e da seleção dos mais aptos o ordenamento das sociedades numa base de
desigualdades, o socialismo nasceu do desejo de corrigir as diferenças sociais e de
instaurar uma ordem mais igualitária e justa para a humanidade.

- Jacques Droz (dir. de), História Geral do Socialismo, vols. 3, Lisboa, Livros
Horizonte, 1976

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.

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