Origem Da Vida 3º Ano

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ORIGEM

DA
VIDA
PROFESSORA: DANIELI DOS ANJOS VARGAS
Origem da vida
● O animal da fotografia é o tardígrado, também popularmente
chamado de urso-d´água. Ele possui oito pernas, e vive em
ambientes aquáticos. Existem milhares de espécies de tardígrados,
com tamanho médio de cerca de 0,5 mm.

● Esses seres vivos sobrevivem em condições extremas, em que a


grande maioria dos seres vivos não sobreviveria. Os tardígrados
podem passar décadas sem água, conseguem viver a temperaturas
extremas – são encontrados em desertos e em geleiras na Antártida
–, resistem a elevados níveis de radiação, inclusive sobrevivem ao Tardígrado (Paramacrobiotus craterlaki) sobre um
musgo. (Imagem de microscopia eletrônica, aumento
vácuo do espaço.
aproximado de 600 vezes; colorida artificialmente
Origem da vida

● A capacidade que esses animais possuem em


proteger suas moléculas da falta de água é o que
mais impressiona.
● Diversos estudos estão em curso para compreender
os mecanismos que envolvem essa capacidade,e
caso sejam descobertos e dominados, é possível
aplicá-los para estabilizar vacinas, desenvolver
plantações que tolerem climas extremos, ampliar
a capacidade de proteção de astronautas no espaço
e fornecer pistas sobre os limites ambientais da Tardígrado (Paramacrobiotus craterlaki) sobre um
vida. musgo. (Imagem de microscopia eletrônica, aumento
aproximado de 600 vezes; colorida artificialmente
Origem da vida

Para refletir:

1) Quais são as condições necessárias para que exista vida?

2) Você considera possível que exista vida em outro planeta? justifique.


Condições para a existência de vida
Condições para a existência de vida

com base nas imagens que observamos anteriormente, podemos dizer que:
● A Terra possui os mais variados ambientes. Alguns são mais propícios à biodiversidade,
outros apresentam condições limitantes para a maioria dos seres vivos, como os
ambientes das fotografias. Contudo, mesmo ambientes de condições extremas podem
abrigar seres vivos, que em sua maioria, são microrganismos chamados de extremófilos.
● Apesar de variadas condições ambientais, algumas são fundamentais para a existência de
vida, como veremos neste tema.
condições para existência da vida

Para refletir:
1) com base nas informações apresentadas nas imagens, você
consideraria possível existir vida em algum dos locais mostrados?
por quê?
2) Qual característica em comum presente nestes locais?
3) Os organismos extremófilos são classificados conforme os parâmetros de sua resistência
às condições do ambiente. Faça uma pesquisa e identifique os principais tipos de
extremófilos. Em seguida, associe que tipo de extremófilo vive em cada um dos ambientes
mostrados nas fotografias.
condições para existência da vida

Para refletir:
1) com base nas informações apresentadas nas imagens, você
consideraria possível existir vida em algum dos locais mostrados?
por quê? todos os locais indicados nas imagens anteriores possuem
seres extremófilos.
2) Qual característica em comum presente nestes locais?
todos eles apresentam água líquida.
condições para existência da vida
Para refletir:
3) Os organismos extremófilos são classificados conforme os parâmetros de sua resistência às condições do ambiente. Faça uma
pesquisa e identifique os principais tipos de extremófilos. Em seguida, associe que tipo de extremófilo vive em cada um dos
ambientes mostrados nas fotografias.
Hipertermófilos: vivem em ambientes com temperaturas acima de 80 °C (fotografia 1).
Termófilos: vivem em ambientes com temperaturas entre 60 °C e 80 °C (fotografia 1).
Acidófilos: vivem em ambientes extremamente ácidos (fotografia 3).
Alcalófilos: vivem em ambientes alcalinos, acima de pH 9.
Psicrófilos: vivem em temperaturas baixas, de no máximo 15 °C (fotografia 2).
Halófilos: vivem em ambientes com altas concentrações de sais (fotografia 4).
Barófilos: vivem em ambientes de pressões elevadas.
Fatores primordiais para o desenvolvimento da vida na Terra

Determinar quais são as condições necessárias à


existência de vida em qualquer parte do Universo
não é uma tarefa simples. Mas por meio de estudos
baseados nas características da vida na Terra, é
possível dizer que, para sua manifestação, é
preciso água no estado líquido, uma fonte de
energia constante e matéria orgânica.
Fatores primordiais para o desenvolvimento da vida na Terra
A Terra orbita uma estrela de longa vida, o Sol, que
há bilhões de anos fornece de maneira constante e
estável energia térmica (calor) e luminosa (luz) ao
planeta. Esse longo tempo de vida do Sol foi, e
continua sendo fundamental para que processos
relacionados ao início da vida pudessem acontecer,
assim como sua evolução até os dias atuais. Estes
processos evolutivos vão continuar ocorrendo
durante bilhões de anos, até que o Sol inicie seu
processo de morte.
Fatores primordiais para o desenvolvimento da vida na Terra

A distância na qual a Terra orbita o Sol permite a existência de


temperaturas que garantam a presença de água líquida em sua superfície.
A manutenção da temperatura média da Terra é outro ponto importante
para a manifestação da vida. Esta temperatura média se mantém por meio
do efeito estufa, fenômeno natural que ocorre devido à capacidade de
alguns gases presentes na atmosfera em absorver o calor. Assim, parte do
calor que é irradiado pela superfície terrestre, é absorvido e mantido no
planeta.
Fatores primordiais para o desenvolvimento da vida na Terra
Fatores primordiais para o desenvolvimento da vida na Terra

Durante os primeiros milhões de anos de formação da Terra, o


carbono, elemento essencial para a vida como a conhecemos,
deveria ter se evaporado, ou permanecido preso no núcleo, por
meio de ligações com o ferro. Entretanto não foi isso o que
aconteceu. Entre as explicações elaboradas para este fenômeno
está a de que o carbono foi incorporado à Terra a partir de
pequenos planetas recém formados que colidiram com a Terra
e mudaram a dinâmica da estruturação do planeta.
ZONAS HABITÁVEIS

Uma série de fatores foram importantes para o


desenvolvimento da vida na Terra. Mas para
muitos cientistas, a existência de água líquida é a
condição mais importante para possibilitar a
existência de vida. A presença de água líquida e as
condições que a permitam existir nesse estado
físico são utilizadas como parâmetros para a
definição de zonas habitáveis.
ZONAS HABITÁVEIS

A zona habitável de um sistema planetário, portanto, é


a região ao redor de uma estrela cuja radiação emitida
permita temperaturas suficientes para que a água seja
encontrada no estado líquido. Nesse sentido, os
planetas localizados em zonas habitáveis podem conter
água líquida, e, consequentemente, abrigar vida.
ZONAS HABITÁVEIS
ZONAS HABITÁVEIS

Veja a zona habitável do Sistema Solar representada na


ilustração a seguir. Apenas o planeta Terra está
localizado nesta faixa de habitualidade. Observe qual
seria a zona habitável de outros possíveis sistemas
planetários que tivessem estrelas de massa superior ou
inferior a do Sol.
ZONAS HABITÁVEIS

Considere os planetas X e Y que orbitam a estrela


Z. Em qual deles existe maior probabilidade de
existir vida? Explique sua resposta.
ZONAS HABITÁVEIS
ZONAS HABITÁVEIS

Considere os planetas X e Y que orbitam a estrela


Z. Em qual deles existe maior probabilidade de
existir vida? Explique sua resposta.
A busca por vida fora da Terra

Se o principal critério para classificar um astro como


tendo condições para abrigar a vida é apresentar água
no estado líquido, então a busca por planetas em zonas
habitáveis são focos de pesquisas e explorações,
incluindo algumas luas de nosso Sistema Solar que
podem apresentar essa condição, mesmo estando fora da
zona habitável, assim como o planeta Marte.
A busca por vida fora da Terra

Alguns cálculos estimam que exista pelo menos um


planeta para cada estrela da galáxia. Isso significa que
há algo da ordem de bilhões de planetas apenas em
nossa galáxia, muitos na faixa de tamanho da Terra.
Esses planetas fora do nosso sistema solar são
conhecidos como exoplanetas.
A busca por vida fora da Terra
ORIGEM DA VIDA NA TERRA
Abiogênese versus biogênese

● Atualmente, sabe-se que a reprodução é o mecanismo de


surgimento de um novo ser vivo.
● Entretanto, durante muitos séculos, desde a Grécia
Antiga, era comum o pensamento de que os seres vivos
poderiam ser formados a partir da matéria inanimada,
ideia denominada de geração espontânea, ou abiogênese.
Abiogênese versus biogênese

● Atualmente, sabe-se que a reprodução é o mecanismo de


surgimento de um novo ser vivo.
● Entretanto, durante muitos séculos, desde a Grécia
Antiga, era comum o pensamento de que os seres vivos
poderiam ser formados a partir da matéria inanimada,
ideia denominada de geração espontânea, ou abiogênese.
Abiogênese versus biogênese
● Diversos filósofos e cientistas buscaram testar hipóteses
deste tipo, como o médico belga Jean Baptiste van
Helmont (1577-1644).
● Ele afirmava que ao colocar camisas sujas de suor e
espigas de milho em uma caixa, tempos depois surgiam
ratos na caixa.
● Ele deduziu que estes animais teriam surgido
espontaneamente a partir das camisas e das espigas.
O EXPERIMENTO DE REDI
● Alguns cientistas rejeitavam a ideia da geração espontânea.
● Um deles era o naturalista italiano Francesco Redi (1626-1697).
Para refutar a geração espontânea, Redi realizou diversos estudos.
O mais famoso foi feito da seguinte maneira: ele colocou pedaços de
carne crua no interior de recipientes de vidro, mantendo alguns
cobertos com uma tela e outros abertos.
● Após alguns dias, Redi percebeu que surgiram larvas sobre a carne
que estava nos recipientes abertos, enquanto nada aparecera sobre
a carne que estava nos recipientes cobertos com tela.
O EXPERIMENTO DE REDI
O EXPERIMENTO DE REDI
● Com esse experimento, Redi concluiu que as larvas de mosca observadas
sobre a carne dos recipientes abertos eclodiram dos ovos colocados ali por
moscas adultas, o que não ocorreu nos recipientes fechados por tela porque
as moscas não conseguiam entrar.
● Esse resultado contribuiu para contestar a ideia da geração espontânea, que
defenderia que as larvas das moscas teriam surgido espontaneamente da
matéria não viva.
● Após o experimento de Redi, reconheceu que seres macroscópicos
poderiam surgir apenas de outros seres vivos, e não espontaneamente.
O EXPERIMENTO DE PASTEUR
● Mesmo com a contribuição de Redi, a origem
dos seres microscópicos não estava tão clara
assim; muitos acreditavam que os
microrganismos poderiam originar-se de
maneira espontânea.
● Mas, em 1862, o microbiologista e químico
francês Louis Pasteur (1822-1895) realizou
um importante experimento que
argumentava contra essa ideia.
O EXPERIMENTO DE PASTEUR
● Em seu experimento, Pasteur colocou um caldo à base de carne
no interior de frascos de vidro e os submeteu à fervura por alguns
minutos, de modo que os microrganismos ali presentes fossem
eliminados.
● Na sequência, com fogo, Pasteur modelou o gargalo dos frascos,
tornando-os curvos e alongados como “pescoços de cisne”.
● Dessa forma, a passagem de ar para o interior do frasco era
permitida, mas a poeira e os microrganismos eram impedidos de
chegar ao caldo, pois ficavam retidos na curvatura do gargalo.
O EXPERIMENTO DE PASTEUR
O EXPERIMENTO DE PASTEUR
● Pasteur, então, retirou o gargalo de alguns frascos e manteve outros
intactos.
● Com o passar dos dias, ele observou que a cor do caldo dos frascos
cujos gargalos haviam sido removidos tinha sido alterada.
● Isso ocorreu porque, na ausência do gargalo curvo, microrganismos
puderam entrar em contato com o caldo e se multiplicar.
● Já nos frascos intactos, os microrganismos eram barrados nas
paredes do frasco, não entravam em contato com o caldo nutritivo e
não se reproduziam, por isso a cor do caldo não se alterava.
O EXPERIMENTO DE PASTEUR

● Com os resultados do experimento de Pasteur e o avanço dos estudos

científicos, ficou comprovada a biogênese, isto é, que os seres vivos

somente se originam a partir de outros, por meio da reprodução, mesmo

no caso dos microrganismos.


A origem do primeiro ser vivo.

Após a consolidação da biogênese, outra importante questão foi


levantada na comunidade científica: se todos os seres vivos surgem a
partir de outro, como teria se originado o primeiro ser vivo da Terra?

Há diversas explicações….
A hipótese de Oparin e Haldane

Na década de 1920, o bioquímico russo Aleksandr


Ivanovich Oparin (1894-1980) e o biólogo britânico
John B. S. Haldane (1892-1964) elaboraram, de
forma independente, uma hipótese muito similar a
respeito da origem da vida na Terra. Segundo essa
hipótese, a vida teria surgido em nosso planeta por
meio de uma combinação de elementos químicos Oparin e Haldane.

presentes na Terra primitiva há bilhões de anos.


A hipótese de Oparin e Haldane
Eles propunham que a atmosfera primitiva seria composta pelos
gases metano, hidrogênio, amônia e vapor-d'água. Como não
havia gás oxigênio na atmosfera, também não existia camada de
ozônio e, portanto, a Terra não tinha proteção contra a radiação
ultravioleta emitida pelo Sol. Assim, a radiação solar e as descargas
elétricas de tempestades, que, então, eram muito frequentes,
seriam fonte de energia para diversas reações químicas que
poderiam ocorrer entre os componentes da atmosfera. No caso,
tais reações teriam permitido a formação das primeiras moléculas
orgânicas.
A hipótese de Oparin e Haldane

Essas moléculas teriam se acumulado inicialmente na água de


poças à beira do mar, que, por meio de interações químicas, teriam
formado aglomerados que mantinham um ambiente interno
diferente do externo. Esses aglomerados, denominados
coacervados, eram capazes de absorver substâncias do ambiente.
Assim, propuseram que as primeiras células teriam se originado a
partir dos coacervados.
A hipótese de Oparin e Haldane

Em 1953, os norte-americanos Stanley Miller (1930-2007) e


Harold Urey (1893-1981) testaram a hipótese de Oparin e Haldane
em laboratório. Em seu experimento, eles criaram um ambiente
fechado que simularia as condições que teriam existido na Terra
primitiva segundo Oparin e Haldane.
A hipótese de Oparin e Haldane

Um frasco com água (1) era aquecido, liberando vapor-d'água ao


frasco ao qual estava conectado, que continha os gases metano,
amônia e hidrogênio (2). Descargas elétricas eram fornecidas ao
sistema por meio de eletrodos (3). Um condensador (4) era
utilizado para resfriar os gases e o líquido condensado era coletado
em outro frasco (5).
A hipótese de Oparin e Haldane

Um frasco com água (1) era aquecido, liberando vapor-d'água ao


frasco ao qual estava conectado, que continha os gases metano,
amônia e hidrogênio (2). Descargas elétricas eram fornecidas ao
sistema por meio de eletrodos (3). Um condensador (4) era
utilizado para resfriar os gases e o líquido condensado era coletado
em outro frasco (5).
A hipótese de Oparin e Haldane
A hipótese de Oparin e Haldane
Quando analisaram o líquido coletado, Miller e Urey identificaram a
presença de moléculas orgânicas, que até então, acreditava-se serem
produzidas apenas por células vivas. Entre elas, moléculas encontradas nos
seres vivos, como aminoácidos, que formam as proteínas. O resultado de
Miller e Urey reforçou a hipótese de Oparin e Haldane, no entanto, não é
suficiente para validar ou refutar essa hipótese, visto que, até agora,
nenhum cientista foi capaz de produzir um ser vivo em laboratório
partindo de moléculas simples. Além disso, evidências recentes sugerem
que a composição da atmosfera primitiva seria de principalmente gás
nitrogênio e dióxido de carbono, diferentemente da hipótese proposta por
Oparin e Haldane.
A hipótese de Oparin e Haldane
Mesmo assim, a hipótese de Oparin e Haldane e o experimento de Miller e
Urey foram importantes passos para as pesquisas sobre a origem do
primeiro ser vivo na Terra. Nas décadas seguintes, os pesquisadores que
estudavam a origem da vida se dividiram em três linhas de pensamento,
cada qual composta por cientistas que acreditavam que a vida teria se
iniciado: a partir da capacidade de replicação de um material genético; a
partir do surgimento do metabolismo; ou, a partir do surgimento de
sistemas compartimentalizados.

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