Eulalia Eliane Cechetti

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM PRÁTICAS

INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES

Eulalia Eliane Cechetti

CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO USO DE ÓLEOS ESSENCIAIS NO


CLIMATÉRIO

Santa Cruz do Sul


2020
Eulalia Eliane Cechetti

CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO USO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS NO


CLIMATÉRIO

Trabalho de conclusão apresentado ao Curso de Pós-


graduação em Práticas Integrativas e
Complementares – Especialização – da Universidade
de Santa Cruz do Sul para a obtenção do título de
Especialista em Práticas Integrativas e
Complementares.

Orientadora: Profª Alexandra Maitê Perotti

Santa Cruz do Sul


2020
AGRADECIMENTOS

Gostaria de expressar, primeiramente, gratidão ao Sagrado Deus e sua legião de


benfeitores por despertar a inquietude ao alcance do crescimento enquanto ser
humano e evolução espiritual, conduzindo e protegendo nessa caminhada; à
natureza, pelos óleos essenciais, esse fantástico presente e fonte temática
inspiradora deste estudo.
Gratidão aos filhos Isabela, Daniela e Bernardo pelo apoio e superação dos
obstáculos, a mãe Genesi pela preocupação e zelo comigo e família e, em especial
ao meu esposo Mauro, que sempre acreditou e não mediu esforços para tudo dar
certo.
Gratidão a orientadora Alexandra que prontamente aceitou o convite e disponibilizou
parte do seu tempo ao assessoramento.
Gratidão ao casal de amigos Clarice e Luiz Pedro que tiveram participação
importante para que pudesse dar inicio aos estudos.
Gratidão à equipe de apoio Thatyana, Rodrigo, Jhonatan, Luana e Francieli, sempre
presentes quando solicitados.
Gratidão a instituição UNISC por disponibilizar a pós-graduação dos meus sonhos.
Gratidão a mim, pela determinação, perseverança e dedicação contemplada por
esta grande conquista, fonte de transformação.
RESUMO

Climatério é um evento natural e inevitável da vida das mulheres, transição da fase


reprodutiva para a não reprodutiva, em que a produção cíclica de hormônios
ovarianos vai diminuindo progressivamente e os ciclos menstruais vão se tornando
irregulares, até cessarem completamente. Além disso, nesta fase surgem alterações
físicas e psíquicas importantes que prejudicam a qualidade de vida da mulher e
devem ser prevenidas ou tratadas. Com o avanço das práticas integrativas e
complementares temos a contribuição da aromaterapia, mediante os óleos
essenciais, que são a forma de energia vegetal mais concentrada, onde, através da
diversidade de seus princípios ativos agem no organismo para restabelecer
desajustes nos seus variados níveis. Sendo assim, vimos reforçar o fortalecimento
de considerações referentes a aplicabilidade desses compostos no equilíbrio dos
sintomas manifestados no climatério.

Palavras-chave: Climatério. PICS. Aromaterapia. Óleos essenciais. Aplicabilidade.


ABSTRACT

Climacteric is a natural event that is inevitable in women’s life, which is the transition
from the reproductive to the non-reproductive phase, in which the cyclic production of
ovarian hormones gradually decreases and menstrual cycles become irregular, until
they cease completely. In addition, at this phase, important pfysical and
psychological changes appear that impair the woman’s quality of life and must be
prevented or treated. With the advancement of integrative and complementary
practices, we have the aromatherapy contribution through essential oils, which are
the most concentrated forms of vegetable energy, which ones, through the diversity
of its active principles, act in the body to restore irregularities at its various levels.
Therefore, we come to reinforce considerations regarding the applicability of these
compounds in the balance of symptoms manifested in climacteric.

Keywords: Climacteric. ICHP. Aromatheraphy. Essential oils. Applicability.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 06

2 OBJETIVOS............................................................................................. 08
2.1 Objetivo geral.......................................................................................... 08
2.2 Objetivos específicos............................................................................. 08

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................... 09
3.1 Climatério................................................................................................ 09
3.1.1 Epidemiologia......................................................................................... 09
3.1.2 Implantação e implementação de Políticas Públicas direcionadas
à saúde da mulher.................................................................................. 09
3.1.3 Etiologia e fisiopatologia....................................................................... 10
3.1.3.1 Definições de termos utilizados na fase do climatério....................... 11
3.1.4 Manifestações clínicas........................................................................... 11
3.1.4.1 Síndrome Climatérica............................................................................. 12
3.1.5 Tratamento.............................................................................................. 12
3.1.5.1 Terapia Hormonal................................................................................... 13
3.1.5.2 Terapia não Hormonal........................................................................... 13
3.1.5.3 Práticas Integrativas e Complementares............................................. 14
3.1.5.4 Qualidade de vida.................................................................................. 14
3.2 Inserção das Práticas Integrativas e Complementares...................... 14
3.3 Aromaterapia.......................................................................................... 16
3.3.1 História da aromaterapia....................................................................... 16
3.3.2 A prática da aromaterapia..................................................................... 17
3.3.3 Plantas aromáticas................................................................................. 18
3.3.4 Óleos essenciais..................................................................................... 19
3.3.4.1 Particularidade dos óleos essenciais................................................... 22
3.3.4.2 Propriedades farmacológicas dos óleos essenciais.......................... 22
3.3.4.3 Propriedades terapêuticas dos óleos essenciais............................... 23
3.3.4.4 Forma de utilização dos óleos essenciais........................................... 23
3.3.5 Potencial da aromaterapia como indicação no climatério................. 24

4 METODOLOGIA....................................................................................... 26

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................... 27

6 CONCLUSÃO........................................................................................... 31

REFERÊNCIAS........................................................................................ 32
6
1 INTRODUÇÃO

O aumento da expectativa de vida e o papel social e profissional que a


mulher conquistou nos últimos tempos fizeram com que o período climatérico
passasse a receber maior destaque tornando-se necessário ampliar e qualificar
seu entendimento e manejo. (BRASIL, 2009).
No inicio do século XX a mulher era percebida apenas no contexto
reprodutivo, porém, a atenção à saúde desse grupo populacional, a partir da
década de 1980, com o lançamento do Programa de Assistência Integral à
Saúde da Mulher pelo Ministério da Saúde (PAISM), vem seguindo um
processo de expressiva evolução que, mais tarde, também passa a contemplar
uma política de ações voltadas para as mulheres no climatério. (FREITAS,
2017; BRASIL, 2008).
O climatério se caracteriza como uma fase biológica da vida e não um
processo patológico, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),
ele compreende a transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da
vida feminina e é considerado como uma fase natural, que varia de mulher para
mulher, de acordo com sua diversidade e intensidade, tendo início por volta dos
40 anos e se estende aos 65 anos. (SBEM, 2009-2018).
A OMS tem por objetivo garantir o mais alto grau de saúde para todos os
seres humanos; baseado em resultados observados nos indicadores de saúde
de países que utilizam as medicinas tradicionais e complementares, criou em
1972, o Departamento de Medicina Tradicional, a fim de encorajar os países
membros a utilizarem abordagens mais naturais, seguras e custo-efetivas.
(SANTOS; EL’AOUAR, 2019).
Mediante a iminente necessidade do cumprimento da integralidade nas
ações em saúde, o Brasil, em fevereiro de 2006 aprovou a Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) para ser implantada no
Sistema Único de Saúde (SUS), cujas atividades constam como métodos
terapêuticos que transcendem as técnicas até então padronizadas e que atuam
nos campos da prevenção, promoção, manutenção e recuperação da saúde,
baseada em modelo de atenção humanizada e centralizada no indivíduo como
um todo, instituído do processo de acolhimento, escuta e desenvolvimento de
vínculos terapêuticos. (BRASIL, 2006).
7
O termo Aromathérapie foi introduzido por René-Maurice Gattefossé,
químico francês, e começou a ser difundido a partir de 1964. Esta prática é
reconhecida como a arte e ciência de usar os óleos essenciais de plantas
aromáticas no tratamento dos desequilíbrios através dos aromas e passa a ser
incorporada no sistema de saúde brasileiro em março de 2018. (BRITO et
al.,2013; BRASIL, 2018a).
O tratamento convencional para os sintomas do climatério é a Terapia de
Reposição Hormonal (TRH), no entanto, estudos têm mostrado diversos efeitos
colaterais e riscos. Neste contexto a procura por outras terapias vêm
apresentado considerável aumento tanto por parte dos profissionais quanto
pacientes e é neste âmbito que se insere a aromaterapia como prática
terapêutica. (LYRA, 2013; LUCENA, 2017).
8
2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

O presente trabalho tem por objetivo descrever aspectos gerais referentes a


introdução da aromaterapia como prática terapêutica na fase climatérica da vida da
mulher.

2.2 Objetivos específicos

1- Confirmar a necessidade de ampliar e reforçar a rede de atendimento


à mulher climatérica.
2- Compreender a efetiva inserção das PICS no Sistema Único de Saúde
brasileiro.
3- Reconhecer acerca da indicação da aromaterapia para os sintomas do
climatério.
9
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Climatério

3.1.1 Epidemiologia

No momento presente, várias são as razões pela qual o climatério tem


merecido maior atenção no que se refere à saúde pública. O aumento do número de
mulheres com mais de 50 anos, no mundo, que em 1990 somava em torno de 460
milhões tem previsão de 1,2 bilhões em 2030. No Brasil, totaliza mais de 98 milhões
que representa 50,7% da população do país, à vista disso pontua 30 milhões entre
35 e 65 anos, desta forma, expressa 32% do público feminino na faixa etária em que
ocorre o climatério. (BRASIL, 2008; MIRANDA; FERREIRA; CORRENTE, 2014).

3.1.2 Implantação e implementação de Políticas Públicas direcionadas à saúde


da mulher

Observa-se, através dos séculos, aumento da perspectiva de vida da mulher.


Tal fato, associado ao aumento da população feminina por grupo etário, fez com que
esse período constitua prioridade em saúde pública. Segundo o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, em 2015, a projeção de vida feminina, ao nascer, era de
79,1 anos. Isso significa que após a menopausa, as mulheres dispõem, ainda, cerca
de 1/3 de suas vidas que devem ser vividas de forma saudável e com produtividade.
No Brasil, o envelhecimento populacional mostra uma clara trajetória feminizada.
(FEBRASGO, 2010; IBGE, 2016; LORENZI, et al., 2009).
Na década de 1970 deu inicio a tentativa de introduzir uma assistência à
mulher que englobasse sua totalidade, não se restringindo apenas ao ciclo
gravídico-puerperal. Assim, na década de 80, precisamente 1984, foi inserido pelo
Ministério da Saúde (MS) o Programa de Atenção Integral à saúde da Mulher
(PAISM). Dentro dessa perspectiva passaram a ser desenvolvidas diversas
ingerências nos estados da federação direcionadas ao climatério que culmina, em
1994, com o lançamento da Norma de Assistência ao Climatério e em 1999
incorporada em seu planejamento a atenção à saúde da mulher acima dos 50 anos.
(FREITAS, 2017).
10
De forma a atender aos pressupostos da promoção da saúde feminina foi
estruturada, em 2003, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
(PNAISM) que assumiu a decisão de iniciar atividades voltadas para as mulheres em
todos os ciclos de vida, inclusive com diretrizes específicas conduzidas ao climatério,
estrutura passível de remodelação. (RAMALHO, et al., 2012; BRASIL, 2008;
CHAGAS, et al. 2020),

3.1.3 Etiologia e fisiopatologia

O climatério trata-se do período que precede a última menstruação e se


estende após ela. Tem inicio entre os 35 e 45 anos e pode progredir até os 65 anos.
(ARAUJO, et al., 2015)
A etiopatogenia do climatério é complexa e, embora envolva todo o eixo
hipotálamo-hipófise-ovariano, o ovário ainda é a estrutura mais relevante nesse
processo. (LUI FILHO et al., 2015).
Em torno do quinto mês de desenvolvimento fetal já está caracterizado o ovário
à semelhança do órgão de nascimento. A partir desse momento se inicia o processo
de atresia folicular que continua até a menopausa, influenciada por fatores internos e
externos, condição que evolui para o desaparecimento completo dos folículos
ovarianos determinando a esterilidade definitiva. Nesse contexto acontece o declínio
progressivo dos hormônios estrógenos e da inibina. Na tentativa de manter a
folículogênese observa-se elevação progressiva das gonadotrofinas FSH e LH
produzidas pela hipófise. Estas, por sua vez atuam sobre o estroma do ovário
aumentando a produção de androgênios (testosterona e androsterona) que somados
aos gerados pelas glândulas adrenais nos tecidos periféricos, através da aromatose,
são convertidos em estrona, principal hormônio da mulher no climatério.
(FEBRASGO, 2010).
O esgotamento folicular parte de um quantitativo de seis a oito milhões de
ovócitos primários, que dão origem aos óvulos, reduzidos a dois milhões ao
nascimento e de 300 a 400 mil na menarca, primeira menstruação, até a suspensão
definitiva dos ciclos menstruais. É no período do climatério que acontece redução
progressiva e significativa das dimensões ovarianas; constata-se que mulheres
menopausadas apresentam volume ovariano menor que na pré-menopausa,
principalmente, relacionada com a redução da capacidade funcional. (SGOB, 2017).
11
3.1.3.1 Definições de termos utilizados na fase do climatério

 Perimenopausa – período que precede a menopausa.


 Menopausa espontânea – menopausa que ocorre sem intervenção cirúrgica
ou medicamentos.
 Menopausa – diagnóstico retrospectivo, sendo o último sangramento seguido
de 12 meses de suspensão definitiva da menstruação.
 Climatério – fase referente a transição do período reprodutivo para não
reprodutivo feminino.
 Síndrome climatérica – elenco de sinais e sintomas que podem ocorrer no
climatério.
 Menopausa induzida – é a parada da menstruação imediata causada por
intervenção médica ou cirúrgica.
 Menopausa precoce – ocorrência em idade inferior a 2 desvios padrão da
idade estimada para a população de referência. (LUCENA; SENA; COELHO,
2018).

3.1.4 Manifestações clínicas

A identificação do climatério é essencialmente clínica, baseada no padrão


menstrual alterado, faixa etária e manifestações climatéricas. (MIRANDA;
FERREIRA; CORRENTE, 2014). Embora o climatério e a menopausa sejam eventos
fisiológicos da mulher, o aparecimento ou não, dependerá não somente de fatores
hormonais próprios desse período, assim como socioeconômico, cultural e familiar.
(FREITAS, 2017). O fato de algumas mulheres sentirem esta variação de diferentes
maneiras, ainda não é bem compreendido. (CURTA; WEISSHEIMER, 2020).
No período do climatério as mudanças fisiológicas femininas são
caracterizadas por alterações hormonais, modificações funcionais, morfológicas e
alterações em sistemas hormoniodependentes que quando surgem são chamadas
de Síndrome Climatérica. Muitas mulheres passam pelo climatério sem queixas,
outras, no entanto, essas mudanças repercutem na saúde geral, podendo alterar a
sua autoestima, qualidade de vida e longevidade. (FEBRASGO, 2010).
12
3.1.4.1 Síndrome Climatérica

As principais manifestações de curto, médio e longo prazo que levam as


mulheres a procurarem atendimento em saúde são classificadas em:
 Transitórias
o Alterações menstruais: variações na regularidade e fluxo menstrual.
o Neurogênicas: ondas de calor (fogachos), sudorese, calafrios, cefaléia,
palpitações, tonturas, parestesia e fadiga.
o Psicogênicas: problemas sexuais, irritabilidade, labilidade emocional,
quadros depressivos, insônia, diminuição da auto estima, dificuldade
de concentração e memória.
 Não transitórias.
o Urogenitais: flacidez da mucosa e prolapsos, ressecamento e
sangramento vaginal, dispaurenia, disúria, aumento da freqüência e
urgência miccional.
o Metabolismo lipídico: elevação das taxas dos triglicérides e colesterol
por ação hipoestrogênica contribuindo para doenças cardio e
cerebrovasculares.
o Metabolismo ósseo: ocorrem mudanças na massa e arquitetura óssea,
sendo mais evidentes nas regiões da coluna e colo do fêmur.
o Ganho de peso e alterações do padrão de distribuição da gordura
corporal com tendência ao acúmulo na região abdominal. (BRASIL,
2016; BRASIL, 2008).

3.1.5 Tratamento

Climatério, palavra advinda do grego Klimacter, significa período crítico. Apesar


de muitas mulheres vivenciarem os vários sinais e sintomas climatéricos, não
identificam as múltiplas alterações hormonais, fisiológicas e emocionais envolvidas
nesta fase. (CURTA; WEISSHEIMER, 2020; GAZETTA, 2015).
Não se pode restringir a escolha terapêutica a questões meramente orgânicas;
várias são as possibilidades de intervenções no climatério que dependem de uma
escuta ponderada nas queixas, sentimentos e percepções. (LORENZI et al., 2009).
13
A integralidade do cuidado deve ser tomada como um ideal a ser garantido a
fim de permitir o acesso das mulheres a ações específicas do ciclo vital feminino e
resolutivas do contexto em que as necessidades são geradas, sem deixar de levar
em conta seus aspectos particulares. (PIRES; RODRIGUES; NASCIMENTO, 2010;
COELHO et al., 2009).
A instituição de tratamento específico como a terapêutica medicamentosa
hormonal ou não hormonal podem ser associada a terapias naturais quando bem
indicadas. (BRASIL, 2008).

3.1.5.1 Terapia Hormonal

O Tratamento Hormonal (TH) foi consagrado com o passar dos anos, no


entanto, após longo período de uso e observação, foram examinados riscos e
benefícios que motivaram sua reavaliação como prescrição no climatério.
(GAZETTA, 2015).
Ao ser adotado o método hormonal deve ser individualizado às necessidades
da mulher e de acordo com a fase climatérica que ela se encontra. Apesar dos
riscos à vida é considerada a escolha mais eficaz para o tratamento das
manifestações clínicas, principalmente, para os distúrbios vasomotores, sexuais,
alterações urogenitais e presença da osteoporose. (SGOB, 2017).
No âmbito das contraindicações são consideradas absolutas: câncer de mama
e endométrio, tromboembolismo agudo e recorrente, sangramento vaginal de origem
indeterminada, doenças hepáticas ativas e graves e porfiria; como relativas temos:
tromboembolismo prévio, doença coronariana, Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS), mioma uterino e endometriose, assim como Lúpus
Eritematoso Sistêmico (LES). (LUCENA; SENA; COELHO, 2018).

3.1.5.2 Terapia não Hormonal

Constitui um elenco de medidas utilizadas como opção para muitos dos


sintomas da Síndrome Climatérica; figura como indicações o desejo da mulher em
não tomar hormônios, escolha profissional, contraindicações e intolerância a
hormonioterapia além de fatores socioculturais. (FEBRASGO, 2010)
14
3.1.5.3 Práticas Integrativas e Complementares

Além das terapias alopáticas, terapias integrativas e complementares têm sido


amplamente utilizadas como indicação terapêutica para sintomas do climatério. Em
15 de dezembro de 2005 foi aprovada a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no SUS para normatizar suas ações, ampliando as
possibilidades de garantia e integralidade na atenção à saúde. (RODRIGUEZ, et al.,
2015; BRASIL, 2008).

3.1.5.4 Qualidade de vida

Assim como qualquer fase da vida, durante o climatério é de extrema


importância prezar por hábitos saudáveis. Faz-se necessário às mulheres nesse
período, especial cuidado ao estilo de vida, tanto para prevenir como aliviar
manifestações relacionadas a ele. A fim de melhorar a qualidade de vida, alguns
hábitos podem ser eliminados, adotados ou aperfeiçoados, como o consumo de
álcool, tabaco e cafeína, diminuição do estresse, atividade física e alimentação.
(BRASIL, 2016).

3.2 Inserção das Práticas Integrativas e Complementares

O termo saúde passou por diversas mudanças de significado ao longo dos


anos e hoje é definido pela OMS como “um estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não somente ausência de alterações e enfermidades”. Esse
exemplo do ser como um “todo”, é Holístico. (LEMOS, et al., 2010). Essa agência
especializada em saúde, subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU),
impulsiona uma reforma sanitária visando novas perspectivas de atuação em saúde,
seguindo a definição do documento conhecido como WHO (Traditional Medicine –
definitions, 2002), focado no parecer de Alma Ata de 12 de setembro de 1978, cujo
objetivo era promover a saúde de todos os povos do mundo. A partir desse feito é
convencionada a assimilação e utilização das práticas tradicionais e populares por
seus diversos países membros, focado na construção de estrutura política
adequada, garantia de segurança, qualidade, eficácia, ampliação de acesso e uso
racional. (MONTEIRO, 2012; SOUZA et al., 2012).
15
O Brasil, por sua vez, através do MS, absorveu a indicação feita pela OMS e
institucionaliza a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) no SUS, através da portaria 971 de 03 de maio de 2006, com o intuito de
ampliar a oferta de cuidados de saúde e estimular novas alternativas através da
contribuição, nesse primeiro momento, da Homeopatia, Medicina Tradicional
Chinesa/Acupuntura, Plantas Medicinais e Fitoterapia, além de construir
observatórios de Medicina Antroposófica e Termalismo Social/Crenoterapia.
(BRASIL, 2018b).
Mediante resultados obtidos em diversos estados do país, foram incorporadas
à PNPIC, através da Portaria 349 em 27 de março de 2017 outras quatorze
atividades, são elas: Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação,
Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala,
Terapia Comunitária Interativa e Yoga. (BRASIL, 2017). Passado quase um ano, foi
publicada a Portaria 702 de 21 de março de 2018, alterando a Portaria da
Consolidação nº 2/GM/MS de 28 de setembro de 2017, para incluir as novas práticas
que são: Aromaterapia, Apiterapia, Bioenergética, Constelação Familiar,
Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de Mãos, Medicina
Antroposófica, Antroposofia Aplicada à Saúde, Ozonioterapia, Terapia de Florais e
Termalismo Social/ Crenoterapia. Diante disso, o Brasil passa a ocupar posição de
destaque quanto a oferta de 29 práticas na rede de Atenção Básica. (BRASIL,
2018a; DACAL; SILVA, 2018).
Segundo BULSING (2013) as PICS têm alcançado, cada vez mais, espaço
entre os nichos institucionais de saúde, onde um dos fatores dessa inserção dá-se
aos próprios usuários conclamarem o direito de serem atendidos de formas variadas
e condizentes com suas percepções e sentidos de saúde e doença. Por sua vez,
acarreta mais visibilidade e relevância como sistema de cura simultânea com as
práticas da Medicina Ocidental Contemporânea.
Pelo entendimento do Departamento de Atenção Básica do MS, a procura
pelas PICS tem aumentado devido ao maior reconhecimento da eficácia terapêutica
e evidências científicas, por outro lado, há necessidade de desmistificar a concepção
alternativa ao invés de complementar e integrativa, o que favorece múltiplas
oportunidades de promover a saúde e melhorar a qualidade de vida. (BRASIL,
2017).
16
Através das PICS, pode-se realizar um tratamento diferenciado, tendo uma
visão mais extensa do ser e promoção do autocuidado, contudo, apesar de todas as
conquistas, ainda há necessidade de melhorias quanto a implementação de
estratégias de monitoramento, desenvolvimento e adequação de legislação
específica. (DA ROSA; QUEIROZ DA ROSA; ZANELLA, 2020; SOUZA et al. 2017).

3.3 Aromaterapia

3.3.1 História da aromaterapia

Desde os primórdios da humanidade, a fumigação tem sido usada tanto em


cerimônias religiosas como nos rituais cotidianos; a fragrância vista como uma
manifestação da divindade na terra. (GNATTA; DORNELLAS; SILVA, 2011a).
É provável serem os chineses os primeiros a descobrir os extraordinários
poderes medicinais das plantas por volta de 5.000 a.C., no entanto, são os egípcios
que se destacaram na exploração do maior número de possibilidades dos preparos
aromáticos em várias práticas tais como higienização, massagens, mumificação,
banhos purificantes e relaxantes, dentre outros, sendo a Grécia considerada o berço
da medicina, farmacologia e perfumaria. (SACCO; FERREIRA; SILVA, 2015; NAHA,
2014).
Em um passado longíncuo, a Índia, por possuir uma biodiversidade vegetal
aromática importante, protagonizou a “rota das especiarias”; período que textos em
sânscrito reportariam as plantas e suas propriedades medicinais em relação aos
chácras, na prática Ayurveda. (HOARE, 2010).
O uso das substâncias aromáticas disseminou-se para Israel, Grécia, Roma e
todo mundo mediterrâneo. Na Europa, com o advento do cristianismo e a queda do
Império Romano, o uso dos óleos essenciais decaiu, vindo a renascer com o
advento do Islã nos povos árabes. Nesse período, por volta do ano 1.000 a.C., um
dos mais famosos médicos árabe, Avicena, foi o primeiro a destilar a essência do
óleo de rosas. (LAVABRE, 2018).
A aromaterapia contemporânea se desenvolve a partir de 1920, com o químico
francês René-Maurice Gattefossé; através de experiências com óleos essenciais
percebeu o seu grande potencial de cura. Mediante acidente de laboratório ao
queimar a mão, mergulhou o braço em óleo essencial de lavanda e constatando a
17
eficácia na resposta passou a pesquisar mais a fundo essas substâncias, vindo usar
o termo Aromathérapie pela primeira vez em um artigo científico de 1928. (FARRER-
HALLS, 2015).
O referido trabalho foi ampliado pelo médico Francês Jean Valnet que
descobriu as propriedades antivirais, antibacterianas, antifúngicas, antissépticas e
regeneradoras dos óleos essenciais, entretanto, a bioquímica Margerite Maury é
considerada a pioneira no uso desses compostos uma vez que desenvolveu um
método de sua aplicação através da massagem, na década de 1960. (NAIFF, 2018).
Essa prática encontra-se consagrada em diversos países como, por exemplo,
França, Inglaterra e Estados Unidos. Depois de 1980, o fenômeno da aromaterapia
diversificou-se em quatro vias básicas: a aromaterapia médica que trata de uma
terapia de prescrição em que os óleos essenciais são usados de modo oral;
holística, que emprega óleos essenciais e massagem; popular, que leva em conta o
autotratamento e estética vinculada a manipulação já preparada por esteticistas.
Ainda existe uma última via referida ao estudo científico da fragrância ou
aromacologia. (GNATTA et al., 2016; SCHNAUBELT, 2019; TISSERAND, 2017).
No Brasil, segundo Lyra, a aromaterapia chegou nos anos 90 e desde então
vem ganhando espaço sendo encontrada em clínicas de terapias alternativas e
complementares, spas, consultórios particulares e de profissionais autônomos.
(LYRA, 2009).
A formalização da aromaterapia na PNPIC em saúde, portaria 702/2018, trouxe
a essa prática autorização necessária para conseguir se posicionar no espaço da
saúde e ganhar as redes assistenciais com autonomia e destreza autenticando,
assim, sua atuação. Embora a expansão dessa prática tem-se dado de maneira
morosa, pelas infinitas possibilidades de propagação em pesquisas cientificas e
desdobramento de práxis, alcança créditos para se firmar como prática legal e
institucionalizada dentro do contexto de saúde e política do país. (MACHADO;
JUNIOR, 2011; SANTOS; EL’AOUAR, 2019).

3.3.2 A prática da aromaterapia

A aromaterapia é uma técnica terapêutica que visa promover a saúde física,


mental e emocional do indivíduo mediante o uso de óleos essenciais provenientes
de plantas aromáticas. (GNATTA; DORNELLAS; SILVA, 2011b).
18
Etimologicamente, a palavra aromaterapia é composta por outras duas
palavras: aroma e terapia, que também pode ser chamada “terapia dos aromas”, ou
popularmente falando, “terapia do cheiro”. Para muitos, é considerada um ramo da
Fitoterapia que se utiliza de óleos voláteis retirados das plantas para promover o
bem-estar, a saúde e o equilíbrio do ser humano, tendo como base estrutural
propriedades específicas de cada aroma que estimulam respostas no cérebro e
conduzem a resultados que acionam diversas partes do corpo. (PENTEADO, 2019).
A importância do apreço individual por um aroma já era, de certo modo,
reconhecido por Dioscórides há dois mil anos e faz sentido, ninguém conhece os
motivos das preferências particulares, mas os narizes podem sinalizar o que é bom
ou não para o indivíduo. (TISSERAND, 2017).
Segundo HOARE (2010) a aromaterapia tem efeitos potencializadores na
fisiologia e na química do corpo, mas os efeitos maiores são na disposição de ânimo
e nas emoções. (HOARE, 2010). Sua ação está consolidada em diferentes níveis do
corpo humano: na parte fisiológica, age em processos orgânicos; na parte
psicológica, trabalha nossas emoções e mente; energética, eleva a freqüência
vibratória ao comunicar-se com nosso campo energético e elimina energias nocivas.
(NAIFF, 2018; LAVABRE, 2018).
A indicação dessa prática terapêutica contempla sessões de acompanhamento
planejadas conforme avaliação individual do profissional habilitado, entretanto,
convenciona-se durabilidade de uma hora, periodicidade inicial de uma vez na
semana; depois, intervalos a cada duas semanas; em seguida, uma vez ao mês. A
quem deseja dar continuidade, varia de freqüência entre mensal a trimestral para
manutenção. O término do tratamento depende das variáveis dos fatores que
interferem no mesmo. (TISSERAND, 2017).
A popularização dessa técnica está relacionada não apenas à sua eficácia e
baixo custo, mas também por ser uma prática natural, não invasiva aplicada tanto
para atuar no sintoma ou na doença, agindo no organismo de maneira integral.
(GNATTA et al., 2011a, NAHA, 2014).

3.3.3 Plantas aromáticas


19
No reino vegetal, as plantas, suas representantes, contam-se em milhões de
espécies, apenas algumas têm a capacidade de sintetizar em si uma essência
aromática, algumas dessas famílias botânicas:
 Anacardiaceae: mástique
 Burseraceae: olíbano, mirra
 Compositae: camomila-romana, estragão
 Cupressaceae: ciprestes, juníperos
 Lamiaceae: lavandas, alecrins, hortelãs, sálvia, oréganos, patchouli,
manjericões, tomilhos
 Lauraceae: canela-da-china, louro, pau-rosa
 Myrtaceae: cravo-da índia, eucaliptos, tea tree
 Pinaceae: cedros, pinheiros
 Poaceae: capim-limão, capim-cidreira, citronelas, palmarosa
 Rutaceae: frutas cítricas (BAUDOUX, 2018)
As plantas agem como bloco de poder fototônico, sendo a clorofila a
“engenheira mestra” capturando o sol e transformando sua luz em energia
bioquímica processada pela fotossíntese que só pode ocorrer quando a energia
cósmica do sol interagir com as estruturas de nível quântico, atômico e molecular da
planta para dar origem aos compostos químicos complexos que estruturam a base
materializada de todos os óleos essenciais. (HOZZEL, 2019).
Acredita-se que as plantas produzem substâncias aromáticas como mecanismo
de defesa e fator de atração. Suas principais estruturas secretoras são tricomas
glandulares (pelos), cavidades (bolsas) glandulares e canais (ductos) glandulares,
além de células secretoras isoladas que armazenam óleos ou resinas em
reservatórios que se formam quando as paredes dessas células se fragmentam
criando uma pequena bolsa (saco), encontradas tanto em órgãos vegetativos ou
reprodutivos das mesmas como madeira, cascas, folhas, resinas e oleorresinas,
raízes, rizomas, sementes e frutos. (HOARE, 2010).
O famoso expert em Ayurveda, Vasant Lad explica:

As plantas transmitem os impulsos vitais e emocionais, a força vital que está


oculta na luz. Esse é o presente, a graça, o poder das plantas... A existência
das plantas é uma grande oferenda, um sacrifício. Elas nos oferecem não
apenas o seu valor nutritivo como também a verdadeira luz e o amor das
estrelas e do cosmo, das quais elas são mensageiras. (LAD,1997,p109).
20
3.3.4 Óleos essenciais

De acordo com a ISO, Óleos Essenciais (OE) são “produtos obtidos de partes
de plantas através de destilação de arraste à vapor, bem como os produtos obtidos
por processamento mecânico dos pericarpos dos frutos cítricos ou por destilação
seca. O OE é posteriormente separado da fase aquosa por meios físicos”.
(ISO,1997). No âmbito da aromaterapia terapêutica , é preciso acrescentar que os
óleos essenciais devem ser verdadeiramente naturais, pois, apenas os óleos
legítimos tem o total e complexo conjunto de sinais e a informação global
proveniente da planta. (SCHNAUBELT, 2019).
Priorizando a qualidade e segurança dos produtos obtidos na natureza, novas
normas e regulamentos têm sido estabelecidos pelas autoridades de saúde
nacionais e internacionais. Dentre essas organizações, destacam-se a International
Standart Organization (ISO) e a OMS. No Brasil, a Farmacopéia Brasileira 6º edição,
volumes I e II descreve quanto aos OE. (OMS, 2003; CUNHA et al., 2012; ANVISA,
2010).
Na atualidade, existem mais de 300 OE produzidos em toda parte mundo, com
objetivo comercial, dentre os quais 50 a 100 são os mais utilizados na aromaterapia.
O Brasil desenvolveu a indústria dos OE a partir da insuficiência de matéria-prima
durante e após a Segunda Guerra Mundial; nos dias de hoje destaca-se na
produção global ocupando a 3ª posição dos maiores exportadores, tendo 91% da
sua produção nos cítricos e exclusividade no OE de pau-rosa e jacarandá, porém,
tem carência na manutenção do padrão de qualidade e baixos investimentos. Há
pouco tempo, foi fundada a ABRAPOE (Associação Brasileira de Produtores de
Óleos Essenciais), que busca aproximar os produtores e centros de pesquisa para
compor qualidade aos OE através de pesquisa e estudos de padronização.
(TISSERAND, 2017; BIZZO; HOVELL; REZENDE, 2009; FERRAZ et al., 2009;
SARTO; ZANUSSO; JUNIOR, 2014).
Os critérios de qualidade dos OE são estabelecidos em função da composição
bioquímica tais como foram sintetizados na natureza e não modificados ou
reconstituídos pelo homem, condição que garante a autenticidade, relativa
inocuidade e plena eficácia terapêutica dos mesmos; o perfil molecular tem estreita
relação com critérios da colheita como o modo do cultivo, escolha das plantas, modo
21
da colheita, procedência, estágio do desenvolvimento e período do dia. (BAUDOUX,
2018).
Um OE pode conter dezenas de diferentes compostos de alguns ou de todos
os grupos funcionais com suas respectivas propriedades terapêuticas, cada um
contribuindo com seu caráter individual que, muitas vezes, pode ser oriundo do
sinergismo entre as substâncias. São alguns representantes desses grupos os
aldeídos, cetonas, alcoóis, ácidos, éteres, ésteres, fenóis, óxidos, terpenos,
sesquiterpenos, lactonas e cumarinas. (LUBBE; VERPOORTE, 2007; VALERIANO
et al., 2012). Neste âmbito também entende-se por sinergia dos OE a ação de
combinar substâncias que se completam para intensificar o efeito global,
procedimento que também pondera a nota dos mesmos classificada como de
frente, intermediária ou de fundo, conforme sua volatilidade. (HOARE, 2010).
Diversas partes de uma mesma planta podem produzir componentes
aromáticos variáveis por crescerem em lugares diferentes onde recebem a influência
solar, clima, altitude, solo, entre outros; essa condição se denomina quimiotipo,
podendo, ainda, receber interferência sazonal, condição que determina um
subquimiotipo. (KEEFOVER-RING; THOMPSON; LINHART, 2009). Sendo assim, a
utilização de técnicas de extração adequadas aos constituintes que se pretende
extrair tornam-se fundamentais, tendo na destilação por arraste à vapor, extração
com solventes orgânicos, prensagem, extração por CO² supercrítico e enfloragem as
mais requisitadas. (MSAADA et al., 2012).
Nos dias de hoje, o novo mercado da aromaterapia não está interessado em
fragrância ou aroma, mas sim em pureza. Um óleo essencial destinado a esta
finalidade deve vir de uma fonte adequada de plantio, padrões seguros de destilação
e cultivo orgânico, com ressalva aos cítricos que dificilmente dispensam fungicida,
bactericida ou fertilizante. (TISSERAND, 2017).
Os índices de toxicidade são baixos mas existem, as indicações terapêuticas
devem ser criteriosamente avaliadas; a frequência das mesmas é maior no tecido
cutâneo como fotossensibilidade, causticidade, irritabilidade, alergia e vesículas.
Somam-se reações hepato-nefro-neurotóxica e ação abortiva. (BAUDOUX, 2018).
Os OE são geradores de alta frequência, pois, estão vinculados à “energia
vital acumulada” das plantas, são expressões da elevada inteligência da natureza,
eles absorvem as energias cósmicas positivas da luz em suas estruturas mais sutis,
ultrapassando as multiplicidades quânticas. (HOZZEL, 2019).
22
Conforme Worwood, 2012:

Do ponto de vista da bioquímica do cérebro, a busca da espiritualidade


através do aroma faz muito sentido, já que o mecanismo do olfato está a um
pequeno passo biológico da consciência, incluindo aí a consciência maior.
Pensando nisso, em termos de iluminação, os óleos essenciais são luzes
capturadas pelas plantas, oriundas dos céus, e transmitidas a nós através
delas. De um ponto de vista eletromagnético vibracional e energético, os
óleos essenciais estão em harmonia com a vida. Eles ressoam em nós,
assim como a vibração de uma corda de violino consegue causar vibração
em outra. Nós ouvimos a mensagem que eles têm de enviar. (WORWOOD,
2012).

3.3.4.1 Particularidades dos óleos essenciais:

 Geralmente líquidos à temperatura ambiente, raramente viscosos.


 Voláteis, o que explica seu caráter odorífero, com algumas descrições
como cítrico, floral, canforado, balsâmico, lenhoso, gramíneo, doce,
picante; com diferentes graus de evaporação e potencial inflamável.
 Fotossensíveis, por isso, devem ser armazenados em vidros escuros,
pequenos, hermeticamente fechados, em temperatura amena, por um
período regular de 3 anos. (HOARE, 2010).
 Sabor acre, na sua grande maioria.
 Cor ligeiramente amarelada ou incolor. (CONCEIÇÃO, 2019).
 Solúveis em álcool e óleos veículos que são ricos em emolientes e tem o
papel importante de diluir e transportar os OE que são altamente
concentrados, empregados apenas em pequenas quantidades medidas
em jatos e espalhados com regularidade motivando a absorção; alguns
deles são: amêndoa, argan, abacate, cânhamo, coco, jojoba, rícino,
rosa-mosqueta, karitê, oliva, uva e girassol. (FARRER-HALLS, 2015;
WILSON, 2018).

3.3.4.2 Propriedades farmacológicas dos óleos essenciais

Antibacteriana – ocasionam lesões irreversíveis na parede celular da bactéria,


inibem a produção e a ação de toxinas bacterianas.
Antifúngicos – interferem na permeabilidade celular dos fungos diminuindo a
capacidade de aderirem as mucosas humanas.
23
Antibióticos – se fixam na membrana externa do vírus destruindo o envelope
que os protege.
Antiparasitário – Destroem o sistema respiratório do parasita ou tem ação
paralisante, dependendo da molécula, levando a morte.
Antissépticos – por ação caustica dos OE em contato direto do patógeno.
Imunoestimulantes – por estimulo às imunoglobulinas, mas necessitam mais
estudos.
Anti-inflamatórios – por transferência de carga elétrica negativa do OE sobre os
positivos inflamatórios.
Analgésicos – por ocupação dos nociceptores, estimulando a
dessemsibilização.
Anti-histaminicos – promovendo bloqueio dos receptores histamínicos.
Anti-catarrais – dissolução e posterior eliminação de secreções acumulados
nas mucosas.
Lipolíticos – desestrutura as gorduras que assim se tornam mais facilmente
drenados e eliminados pelo organismo.
Antiespasmódicos – na prática, indicada sinergia de famílias ésteres e éteres
terpênicos para ampliar o espectro de ação antiespasmática.
Antiarrítmicos – regular sistema nervoso através de OE que contenha ésteres
terpênicos.
Antilitiásicos – desagregação dos cálculos renais, principal, pelos aldeídos
monoterpênicos e as cetonas terpênicos em menor uso. (BAUDOUX, 2018;
SCHNAUBELT, 2019; SILVEIRA E SÁ, et al., 2017).

3.3.4.3 Propriedades terapêuticas dos óleos essenciais

De forma geral, os OE são utilizados pela aromaterapia com fins psico-


fisiológicos, provavelmente, pelos aromas estabelecem uma conexão direta com o
cérebro por meio das células olfativas, assim, refletem no equilíbrio de diversos
distúrbios psicossomáticos como: transtorno do humor, estresse , ansiedade,
melhora da autoestima, alívio do quadro depressivo e dores crônicas por induzir o
relaxamento e a tranquilidade da mente.(BAGETTA et al.; LUCENA, 2017; LYRA,
2013).
24
3.3.4.4 Forma de utilização dos óleos essenciais

Diversas são as escolhas para o bom uso dos óleos essenciais, algumas
descritas a seguir: inalação, massagem, difusão, banho e travesseiros aromáticos,
escalda-pés, compressas, auricular, bochecho, gargarejos e ingestão, mais utilizada
pelos franceses. (BAUDOUX, 2018; MACHADO; JUNIOR, 2011; FESTY, 2019). A
via mais associada à aromaterapia é a inalatória que pode ser feita de forma direta
para tratar problemas específicos do aparelho respiratório ou indireta, para trabalhar
o emocional. (PENTEADO, 2019).
Inalar a fragrância de um OE significa que as moléculas aromáticas percorrem
por dentro do nariz, onde são registradas pelos nervos das membranas olfatórias e
desencadeiam impulsos elétricos, que são transferidos para o bulbo olfatório no
cérebro, posteriormente, alcançam o sistema límbico conectado diretamente com as
partes do cérebro que controlam, entre outros, a memória, emoções, sexualidade e
nossos instintos, através da liberação de substâncias neuroquímicas sedativas ou
estimulantes. A estimativa do nosso olfato é ser 10 mil vezes mais preciso que os
outros sentidos. (NAIFF, 2018; HOZZEL, 2019).
A pele é sistema tegumentar do nosso corpo e representa 12% da massa
corporal, sua capacidade de absorver os OE oferece ao aromaterapeuta a segunda
principal maneira de introduzir suas qualidades terapêuticas. As moléculas dos OE
são suficientemente pequenas para serem absorvidas pela pele através dos folículos
pilosos, bem como pelas glândulas sudoríparas e sebáceas, alcançando os sistemas
circulatório, sanguíneo e linfático e se deslocar rapidamente pelo corpo. (HOARE,
2010).
Quanto a via de administração oral, as moléculas dos OE são absorvidos no
intestino e distribuídos para os tecidos, essa via de administração deve ser
selecionada com significativa cautela, tendo em vista as características de
determinados compostos orgânicos. (CUNHA et al., 2012).

3.3.5 Potencial da aromaterapia como indicação no climatério

A busca pelo bem-estar e qualidade de vida é construída a partir de algumas


práticas que promovem saúde, dentre elas a aromaterapia, com o intuito de
25
promover cuidados que englobam aspectos biopsicossociais. (PAGANINI & FLORES
E SILVA, 2014).
Acredita-se que os mecanismos de ação da aromaterapia incluem o
farmacológico propriamente dito, relacionado a ação fisiológica e o olfativo-
farmacológico, vinculado tanto a parte fisiológica quanto psicológica, atuando de
forma integral. (LYRA, 2013).
Estima-se que 75% do total das mulheres na faixa etária do climatério
apresentam quadro sintomático que varia em torno de 20% para leves, 30% para
moderados e 30% para casos severos. Sob essa perspectiva, muitas são as
propostas que a aromaterapia pode oportunizar. (HALBE, 2008; DOMINGOS &
BRAGA, 2013).
Segundo Tisserand, 2017 a aromaterapia trabalha a favor das forças da
natureza, e não contra elas, sendo, portanto, capaz de produzir uma cura
verdadeira. (TISSERAND, 2017).
26
4 METODOLOGIA

Este trabalho foi desenvolvido mediante uma revisão integrativa da literatura


(RIL), nos meses de outubro a novembro de 2020, advindo principalmente de livros,
manuais e base de dados indexados na biblioteca virtual em saúde BVS, portal
periódico CAPES/MEC, Scielo, PubMed, Lilacs e Medline, pelo período de 2008 a
2020. Sua utilização é justificada por motivos de expansão quanto a abrangência do
material acessado frente ao que se deseja compreender, desenvolvendo e
ampliando a temática elegida conforme seja o grau de influencia das publicações.
Para coleta de dados utilizou-se os seguintes descritores: “climatério”,
“menopausa”, “saúde da mulher”, “aromaterapia”, “óleos essenciais”, “práticas
integrativas e complementares” e “políticas públicas”, sendo analisados estudos
referentes à tese de doutorado, monografias, dissertações, artigos, cadernos e
livros.
O público alvo são mulheres no período climatérico e os efeitos da
aromaterapia, sendo observado como critério de inclusão estudos de relevância à
proposta e exclusão abordagens não pertencentes ao ciclo em questão, ou sem
aprovação em humanos.
Configura como aspectos éticos, em especial, no que tange a respeito dos
direitos autorais e descrição de conteúdo.
A partir dessa concepção metodológica, o presente estudo se debruçou na
verificação das referências que expressam um entendimento do panorama cientifico
a cerca da aromaterapia relacionada à perspectiva de aplicabilidade nas mulheres
climatéricas, promovendo um olhar diferenciado sobre a questão proposta,
oportunizando transformações e realização de novas indagações.
Após um levantamento bibliográfico foram selecionados 01 Tese de Doutorado,
01 Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação, 08 artigos e 08 livros que
auxiliam na ampliação das possibilidades de indicações do uso dos OE nos
sintomas do climatério.
Todas as indicações estão organizadas cronologicamente e constituem dois
grupos de estudos a serem interpretados.
27
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após elaborar a pesquisa nas bibliografias e artigos mais recentes, foi


desenvolvida uma forma de material gráfico, que fosse realmente prático e acessível
aos interessados na aromaterapia e climatério.

Quadro 1 – Apresentação da tese, TCC e artigos selecionados


(continua)
Tema Autores Ano OE Método de Prática Benefícios
Aplicação Associada
Massagem de Hur, 2008 gerânio, massagem masso- ondas de calor
aromaterapia afeta Yang, Lee jasmim e terapia (fogacho),
sintomas da - artigo lavanda depressão e dor
menopausa em
mulheres climatéricas
coreanas: um ensaio
clínico piloto-controle.
Óleos Essenciais: Machado, 2011 gerânio evidencia - hormonal, dor,
aspectos gerais e uso Júnior – diurético,
em terapias naturais. artigo hemostático,
ânimo, angústia,
depressão,
ansiedade
Efeito da Chien, et 2012 lavanda inalação - qualidade do
aromaterapia lavanda al. - artigo sono
no sistema nervoso
autônomo em
mulheres de meia-
idade com insônia.
Os efeitos de Lyra - 2013 alecrim, inalação yoga- fogacho, stress,
aromaterapia e tese gerânio, terapia qualidade de
yogaterapia na doutorado lavanda, vida (ansiedade,
qualidade de vida, nos petitgrain dificuldades
níveis de stress e na sálvia cognitivas, e
intensidade e esclareia sono)
freqüência do fogacho
em mulheres na fase
do climatério.
Alterações nos níveis Lee, Cho, 2014 sálvia inalação - Depressão
plasmáticos de 5 – Kang –
hidróxitriptamina e artigo
cortisol em mulheres
na menopausa após
inalação de óleo de
sálvia.
Ylang Ylang: um Pasoalle, 2016 ylang evidencia - ressecamento
estudo de caso. Dal ylang vaginal,
Forno, sangramento,
Cerve – tônico uterino
artigo
Fonte: Próprio autor, 2020.
28
Quadro 1 – Apresentação da tese, TCC e artigos selecionados
(conclusão)
Tema Autor Ano OE Método de Prática Beneficios
Aplicação Associada
Assistência Lucena 2017 lavanda massagem masso- qualidade do
farmacêutica com o uso – TCC terapia sono
do óleo de lavanda em
uma clinica escola e
sua relação com a
qualidade do sono em
pacientes no climatério.
Efeito da aromaterapia Bakhtia- 2019 lavanda inalação - qualidade de
de lavanda através da ri et al. - vida (devido
inalação sobre a artigo redução na
qualidade de vida entre gravidade das
as mulheres pós- complicações e
menopausa cobertas sintomas físico-
por um centro de saúde psicológicos
governamental em
Isfahan, Iran: um ensaio
clínico duplo-cego.
A aromaterapia com Salehi- 2020 lavanda evidencia - qualidade de
lavanda afeta sintomas Pour- vida (melhora
físicos e psicológicos mehr et sintomas
das mulheres na al. - físicos e
menopausa? Uma artigo psicológicos)
revisão sistemática e
meta-análise.
Os efeitos do OE na Tarumi; 2020 camomila inalação - redução do
concentração de Shinoha romana, envelheciemen-
ocitocina salivar em ra - jasmim, to da massa
mulheres pós- artigo lavanda, muscular pelo
menopausa. néroli, efeito da
sálvia concentração
esclaréia, da ocitocina
sândalo
Fonte: Próprio autor, 2020.

Quadro 2 - Apresentação dos livros selecionados


(continua)
Título Autor Ano OE Benefícios
Guia Completo de Hoare, Joana 2010 bergamota, cipreste, fogachos, ânimo,
aromaterapia erva-doce, gerânio, retenção de líquido,
junípero, petitgrain, sangramento,
rosa, sálvia esclaréria, tônico uterino
ylang ylang
A Bíblia da Farrer-Halls, Gill 2015 gerânio, rosa hormonal, sintomas
aromaterapia da menopausa
(ação hormonal)
Aromaterapia para Tisserand, Robert 2017 gerânio, funcho, folha fogachos, humor,
todos. de violeta, secura vaginal,
sálvia esclaréia tensão
O grande manual da Baudoux, 2018 funcho, sálvia esclaréia sangramento,
aromaterapia de Dominique sintomas do
Dominique Baudoux climatério (ação
hormonal),
sintomas nervosos
Fonte: Próprio autor, 2020.
29
Quadro 2 - Apresentação dos livros selecionados
(conclusão)
Aromaterapia: A cura Lavabre, Marcel 2018 funcho doce, gingseng, sintomas da
pelos óleos essências camomila, cipreste, menopausa
gerânio, jasmin, (fogachos)
lavanda,
sálvia dalmaciana,
ylang ylang
Aromaterapia Médica: Schnaubelt, Kurt 2019 vitex sintomas da
curando com óleos menopausa (ação
essenciais hormonal)
Aromaterapia para Festy, Danièle 2019 anis estrelado, funcho, sintomas da
Mulheres manjerona verdadeira, menopausa (ação
sálvia esclaréia hormonal)
Aromaterapia e óleos Penteado, Flávio 2019 anis estrelado, funcho, sintomas da
essenciais: manual de menta, gerânio menopausa (ação
uso para o dia a dia hormonal)
Fonte: Próprio autor, 2020.

O acesso ao conteúdo possibilita contemplar o crescimento da aromaterapia


enquanto prática terapêutica, bem como possíveis articulações no âmbito da saúde.
(BIELLA, 2018). Por desdobramento de práxis, firma posição inclusiva nas PICS, ao
atuar em conjunto para a expansão e progresso da assistência integral.
(SCHVEITZER; ESPER; SILVA, 2012).
Podemos observar, através da revisão de literatura, que a aromaterapia tem
ampliado, consideravelmente, seu espaço no tratamento para os sintomas do
climatério da saúde da mulher tendo em vista o interesse, cada vez maior, na
execução de estudos que venham oportunizar resultados de enfrentamento desse
panorama.
O climatério é um período que envolve várias alterações hormonais, com
modificações corporais que podem afetar o comportamento biopsicossociocultural,
por conseguinte, a qualidade de vida. (SILVA, et al., 2015). Por outro lado, os OE
podem ser aplicados de várias formas, têm nas vias olfatória e cutânea excelentes
canais para tratar as mais variadas incidências e na combinação dos mesmos
aumento dos seus efeitos mediante sinergia. (HOARE, 2010; CONCEIÇÃO, 2019).
Discorrendo acerca do levantamento elaborado temos a seleção de 21 OE e
seus respectivos efeitos nos mais variados sintomas da síndrome climatérica.
Partindo desse enfoque fazem parte da indicação desses OE, por ordem quantitativa
decrescente: gerânio, lavanda e sálvia (08 vezes por OE), erva doce/funcho (06
vezes), jasmim e ylang ylang (03 vezes por OE), anis estrelado, camomila, cipreste,
30
petitgrain e rosa (02 vezes por OE), alecrim, bergamota, folha de violeta, gingseng,
junípero, manjerona, menta, néroli, sândalo e vitex (01 vez por OE). A seguir, são
correlacionados 18 benefícios, sob a mesma ótica que são: hormonal (06 vezes),
ondas de calor/fogachos (05 vezes), sangramento/hemostático, depressão e
qualidade de vida (03 vezes cada sintoma), diurético/retenção de líquido, qualidade
do sono, dor, ânimo, tônico uterino e ressecamento vaginal (02 vezes cada sintoma),
angústia, tensão, ansiedade, stress, humor, sintomas nervosos e redução do
envelhecimento da massa muscular (01 vez por sintoma). Outrossim, constata-se a
escolha da via de absorção cutânea em 05 trabalhos se comparados a 03 cuja via
de aplicação foi a inalatória.
Verifica-se que os quadros exibidos justificam, de forma inegável, a estreita
interação dos múltiplos OE com a sintomatologia do climatério refletida nas
benesses comprovadas , empregados isoladamente ou em grupo, eventualmente,
agregados a outras práticas como massoterapia e yogaterapia, inclusive delineando
respostas efetivas acerca da melhora na qualidade de vida da população alvo.
A escolha desse tema ganhou simpatia por entender que este período da vida
da mulher merece olhar diferenciado frente a avalanche de alterações que está
exposta e por crer que o alcance da aromaterapia tem competência para conquistar
excelentes resultados face ao grande campo de possibilidades.
Vale ressaltar que a carência de material científico para a ampliação e
exploração das discussões deste objeto de estudo, faz-se presente a nítida
necessidade de desenvolvimento e expansão de pesquisas acadêmicas que
contemplem o tema nomeado. (SANTOS; EL’AOUAR, 2019).
31
6 CONCLUSÃO

O Brasil vem apresentando importante mudança demográfica, especialmente,


por mulheres cuja faixa etária encontra-se no climatério, período de grandes
transformações físicas, psíquicas e sociais que podem gerar significativas mudanças
em seu equilíbrio e bem-estar.
O envelhecimento ocorre quando a nossa cultura a trata como tal, assim, o fim
da vida reprodutiva não deve configurar como uma espécie de morte em vida para a
população feminina, porém, um período ímpar de olhar essa condição sob nova
perspectiva, imbuída de ferramentas que incentivem o autocuidado, estima,
conhecimento e amor próprio, ponderando fatores intrínsecos e extrínsecos de cada
ser em uma visão holística.
A aromaterapia, como prática terapêutica, nos brinda, através da “alma” das
plantas a nobreza magnífica exalada e absorvida, mediante os óleos essenciais e
articula a mais singela e pura conexão do ser feminino com o princípio da cura
perfeita.
A fase climatérica está para a aromaterapia, assim como, a aromaterapia está
para a fase climatérica e essa simbiose que podemos estabelecer da essência
aromática com a essência feminina, evidenciando essa prática terapêutica de forma
científica, interligada à experiência de vida e conhecimento popular desdobram
trajetória ascendente no sistema de saúde brasileiro, sob esforços magnânimos de
quem acredita e investe nesse cenário.
Que a ótica dos profissionais de saúde, fundamentais no acolhimento e
manejo da mulher climatérica, aguce a sensibilidade de perceber as necessidades
pertinentes a esse perfil populacional e considerem na aromaterapia uma proposta
aliada para tratamento, uma vez que sua eficácia tem-se consagrado; e que as
políticas públicas tanto para a mulher como as PICS evoluam firmando diretrizes
para a expansão desses saberes, promovendo assistência integral com
consequente melhora na qualidade de vida.
Dessa forma, consideramos que este estudo comprova elevado e versátil
potencial do uso da aromaterapia no climatério.
32
REFERÊNCIAS

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Brasileira. v. 1, 5ª ed. Brasília, 2010. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/260079/5%c2%AA+edi%C3%A7%C3o+
-+Volume+1/4c530f86-fe83-4c4a-b907-6a96b5c2d2fc.

ARAUJO, J.B.S. et al. Avaliação da Intensidade da Sintomalogia do climatério em


mulheres: Inquérito populacional na cidade de Maceió, Alagoas. Caderno de
Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT/AL, v.2, n.3, p.101-111, 2015.

ASSOCIAÇÃO DE GINECOLOGIA E OBSTETRICIA DO DISTRITO FEDERAL


(SGOB). Manual de Ginecologia. Brasilia, v.2 n.1 p.110-111, junho 2017.

BAGETTA, G. et. al. Neuropharmacology of the essential oil of bergamot. Fitoterapia,


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