MONOGRAFIA PropostaMonitoramentoCuidado
MONOGRAFIA PropostaMonitoramentoCuidado
MONOGRAFIA PropostaMonitoramentoCuidado
OURO PRETO
2023
CAMILLA DE PAIVA SILVA FERREIRA
Ouro Preto
2023
SISBIN - SISTEMA DE BIBLIOTECAS E INFORMAÇÃO
CDU 616.12-008.33(815.1)
FOLHA DE APROVAÇÃO
Proposta de monitoramento do cuidado de pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica na Unidade Básica de
Saúde Antônio Dias, Ouro Preto/MG
Membros da banca
Doutora - Profa. Elaine Leandro Machado - Orientadora - Universidade Federal de Minas Gerais
Doutor - Prof. Leonardo Cançado Monteiro Savassi - Universidade Federal de Ouro Preto
Médica Especialista - Erica Soares de Oliveira - Prefeitura Municipal de Ouro Preto
Profa. Elaine Leandro Machado, orientadora do trabalho, aprovou a versão final e autorizou seu depósito na
Biblioteca Digital de Trabalhos de Conclusão de Curso da UFOP em 21 de março de 2023.
Documento assinado eletronicamente por Gustavo Valadares Labanca Reis, COORDENADOR(A) DE CURSO DE
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM RESIDÊNCIA MÉDICA, em 15/05/2023, às 12:08, conforme horário oficial de
Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Referência: Caso responda este documento, indicar expressamente o Processo nº 23109.003871/2023-77 SEI nº 0499031
1 INTRODUÇÃO........................................................................……………………… 06
2. JUSTIFICATIVA …………………………………………………………………… 09
3. OBJETIVOS .......................................................................………………………… 10
4. METODOLOGIA ………………………………………………………………….. 11
5. REVISÃO DE LITERATURA............................................………………………… 12
6. RESULTADOS ……………….................................................................…………. 18
7. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ……………………………………………….... 27
7. CONCLUSÃO.......................................................................………………………… 32
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................………….. 33
9. ANEXOS ..................................................................................………………………. 36
6
1. INTRODUÇÃO
hipertensas com pressão arterial aferida em cada semestre como um indicador de desempenho
das ações de monitoramento e acompanhamento da HAS (RIBEIRÃO PRETO, 2021).
Em relação a Minas Gerais, o monitoramento de pacientes hipertensos segue as
diretrizes nacionais citadas acima. Além disso, a Prefeitura de Belo Horizonte conta com o
“Protocolo de Hipertensão Arterial / Risco Cardiovascular”. Nele, o acompanhamento é
baseado, inicialmente, nos níveis pressóricos encontrados, nas comorbidades e sintomas dos
pacientes. Após atingir a meta do controle pressórico, as consultas de retorno devem ter a
frequência estabelecida de acordo com o risco cardiovascular e a adesão ao tratamento. A
proposta é oferecer um cuidado descentralizado, com envolvimento interdisciplinar. Além
disso, as equipes são orientadas a se reunirem periodicamente para uma auto avaliação do
monitoramento realizado, baseando-se nos indicadores da HAS (BELO HORIZONTE / SMS,
2011).
No que tange ao município de Ouro Preto/MG, o monitoramento dos pacientes
hipertensos é orientado principalmente pela linha de cuidado do Ministério da Saúde e
baseado nos indicadores do programa Previne Brasil. Nesse sentido, é realizada pelo menos
uma reunião anual de planejamento para repassar os indicadores a serem monitorados pelas
equipes da APS. A partir daí, cada equipe deve conduzir o trabalho conforme a realidade do
território. Além disso, os acadêmicos da Universidade Federal de Ouro Preto tem atuado na
comunidade com o programa HipertenSUS oferecendo acompanhamento e avaliação
nutricional (JORNAL O LIBERAL, 2022).
Além dos protocolos clínicos que orientam o monitoramento dos pacientes com HAS,
o cuidado com essas pessoas abrange também o desenvolvimento de ações de promoção à
saúde no âmbito da APS. Essas ações fortalecem o princípio da integralidade no Sistema
Único de Saúde (SUS), além de ampliarem a autonomia e a corresponsabilidade dos pacientes
no processo saúde-doença. Elas devem ser desenvolvidas de forma socialmente inclusiva,
utilizando os espaços públicos como locais de convivência e troca de experiências (BRASIL,
2010).
Nesse aspecto, visando promover qualidade de vida e reduzir riscos à saúde
principalmente atrelados aos determinantes sociais, o governo federal estabeleceu a Política
Nacional de Promoção à Saúde (PNPS). A PNPS foi instituída pela Portaria MS/GM nº 687,
de 30 de março de 2006, e redefinida pela Portaria nº 2.446, de 11 de novembro de 2014. A
Portaria nº 2.446/2014 foi revogada pela Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de
2017, que consolida as normas sobre as políticas nacionais de saúde do SUS (BRASIL, 2018).
A Política Nacional de Promoção à Saúde lista ações específicas que devem ser
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2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. METODOLOGIA
5. REVISÃO DE LITERATURA
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição que faz parte das doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT). É reconhecida por sua alta prevalência, fácil
diagnóstico, tratamento bem estabelecido pelas diretrizes, no entanto má adesão terapêutica
dos pacientes. Sua prevenção é um importante fator para diminuir a morbimortalidade
cardiovascular (BARROSO, 2021).
A HAS varia sua definição conforme a referência na literatura. Segundo a diretriz
Brasileira de Hipertensão Arterial, pode ser definida por níveis alterados de pressão arterial
persistentes (pelo menos duas medidas em dias diferentes) com a pressão sistólica acima de
140mmHg e a diastólica acima de 90mmHg. Quando possível, é recomendado que esses
valores sejam validados por monitorização ambulatorial ou residencial da pressão arterial.
Nos casos em que o paciente já se apresenta com lesão de órgão-alvo, doença cardiovascular
ou hipertensão arterial no estágio 3, o diagnóstico já é estabelecido na primeira consulta
médica (BARROSO, 2021).
Tabela 1- Classificação da pressão arterial por estágios segundo as Diretrizes Brasileiras de
Hipertensão Arterial - 2020
Ótima <120/80mmHg
(negros), dieta rica em sódio, etilismo, sedentarismo, além de fatores sociais como baixa
escolaridade e baixa renda familiar (BARROSO, 2021; BASILE, 2022). Já a hipertensão
secundária pode ser causada por medicamento, doença renal primária, apneia do sono, uso
de drogas ilícitas, alterações metabólicas e endócrinas, aneurisma de aorta, renovascular e
coarctação de aorta. (BASILE, 2022).
O tratamento da HAS essencial é baseado em dois pilares: as mudanças de estilo de
vida e a terapia farmacológica. Em relação aos hábitos de vida, os pacientes devem receber
um aconselhamento nutricional, de forma a reduzir o sódio na dieta, bem como o etilismo, a
carne vermelha e os açúcares e aumentar a ingesta de alimentos ricos em potássio, frutas,
grãos integrais, peixes e vegetais (BASILE, 2022). Alguns suplementos dietéticos tem
discreta evidência na redução dos valores da pressão arterial, como vitamina C, fibras,
linhaça, cacau, soja, ômega 3 (BARROSO, 2021). Além disso, os pacientes devem ser
estimulados quanto à redução do peso corporal e realização de atividade física (BASILE,
2022). O controle do estresse emocional também demonstrou redução da pressão arterial,
principalmente se aliado a práticas em religiosidade e espiritualidade (BARROSO, 2021).
Em relação ao tratamento farmacológico, a decisão de iniciar medicação deve ser
avaliada com base no risco cardiovascular, nas comorbidades, nos efeitos colaterais das
medicações e nas preferências do paciente (YEE, 2022). As classes de medicamentos de
primeira escolha são: inibidores da enzima conversora de angiotensina, bloqueadores do
receptor de angiotensina, bloqueadores do canal de cálcio ou diuréticos tiazídicos e
similares (WHO, 2021).
5.3. Linha de cuidado à pessoa com Hipertensão Arterial Sistêmica na Atenção Primária à
Saúde
Na tentativa de promover um melhor controle da pressão arterial a nível
populacional, o Ministério da Saúde (BRASIL, 2021) apresenta a linha de cuidado do
paciente hipertenso, e elenca algumas ações a serem realizadas na Unidade Básica de Saúde,
que são apresentadas na tabela abaixo:
Tabela 2 - Avaliação e acompanhamento do paciente hipertenso (BRASIL, 2021)
Exame clínico Aferição da pressão arterial e frequência cardíaca, medida da cintura abdominal,
peso, altura, cálculo do índice de massa corporal, exame físico dos aparelhos
cardiovascular, respiratório e gastrointestinal
Estratificação do risco Baseada nos fatores de risco, valores pressóricos e lesões de órgão-alvo
global
Identificação e manejo Avaliação de lesão de órgão-alvo, identificação de pacientes que devem ser
inicial de crises encaminhados para Unidades de Pronto Atendimento, planejamento terapêutico.
hipertensivas
cardiovascular dos indivíduos (FRANKE et al, 2016). Dessa forma, realizam abordagem
comunitária em saúde, potencializam a integralidade e oferecem uma linha de cuidado com a
pessoa que vai além do tratamento farmacológico (BRASIL, 2014). Algumas equipes da APS
no Brasil já utilizam a estratégia de grupo operativo para otimizar o acompanhamento e
monitoramento dos pacientes hipertensos, com resultados favoráveis (MENEZES, 2016).
Como exemplo, tem-se um relato de experiência da Unidade Básica de Saúde da
Marambaia em Belém, no Pará, no ano de 2019. Nele, foram realizados 17 encontros, entre
março a outubro desse ano, coordenados pela equipe multidisciplinar. Cada encontro durava
em média uma hora e era dividido em três etapas, sendo elas: acolhimento, rodas de conversa
com temas de educação em saúde e práticas corporais. O grupo teve bons resultados na
construção de vínculo entre os integrantes, bem como no empoderamento do autocuidado e
gestão da doença, atuando de forma integral (TEIXEIRA, EIRAS, 2019).
Um outro relato de grupo operativo com pacientes hipertensos e diabéticos foi feito
pelo PET-Saúde em uma unidade básica de Belo Horizonte. Nele, foram realizados 7
encontros entre março a junho de 2013 e as atividades educativas foram distribuídas em
dinâmicas para cada encontro: jogo “tira dúvidas”, jogo da memória, jogo “reloginho”,
dinâmica das complicações e dinâmica do chapéu. A experiência apresentou bons resultados
tanto para os alunos, como para os pacientes, que relataram ao final dos encontros maior
conhecimento sobre a comorbidade (LIMA, et al, 2014).
Um terceiro relato de experiência de grupo operativo foi realizado na Unidade Básica
de Saúde Marcelo Candia, e constituiu em uma manhã de rodas de conversa sobre os temas:
alimentação saudável, atividade física, entendendo a hipertensão, a diabetes e o colesterol,
tabagismo, automedicação e suporte familiar (PEPSUS, 2018).
18
6. RESULTADOS
Em relação ao risco cardiovascular global, deve ser estimado através das calculadoras
clínicas para guiar a introdução de terapias farmacológicas, bem como a meta de controle da
pressão arterial a ser atingida (BASILE, 2022). Nesse trabalho, foi utilizada a calculadora de
risco cardiovascular da American Heart Association, que inclui os seguintes parâmetros:
idade, sexo, colesterol total, HDL, LDL, pressão arterial sistólica e diastólica, uso de
medicamentos para o controle da pressão arterial, diabetes, tabagismo. Além do risco
cardiovascular estimado, as referências apresentadas também sugerem que seja realizada a
avaliação de outros fatores de risco cardiovascular do paciente. Nesse aspecto, a Diretriz
Brasileira de Hipertensão Arterial indica avaliação de: obesidade abdominal, pressão de pulso
em idosos, história familiar de HAS e história prévia de doenças hipertensivas gestacionais
(BARROSO, 2021). Já a linha de cuidado do Ministério da Saúde sugere o questionamento
de: tabagismo, diabetes, história familiar, obesidade, uso de álcool e drogas, apneia do sono e
transtorno de humor (BRASIL, 2021).
Com base no risco cardiovascular calculado, sugere-se a avaliação dos pacientes que
usam estatina, sendo um dos indicadores propostos pelo Dynamed: Percentual de pacientes
com novo diagnóstico de hipertensão, com idades entre 30 e 74 anos, com uma pontuação de
risco cardiovascular ≥ 20 que são tratados com uma estatina (YEE, 2022).
Uso de estatina Percentual de pacientes com novo diagnóstico de Dynamed (YEE, 2022)
20
Avaliação da oferta Porcentagem de pacientes que tenham registro Dynamed (YEE, 2022)
de apoio e de oferta de apoio e tratamento para as
tratamento para as comorbidades nos últimos 12 meses
comorbidades
6.2. Análise do grupo de promoção à saúde da Unidade Básica de Saúde de Saúde Antônio
Dias do município de Ouro Preto
Variáveis n (%)
Sexo
22
Feminino 27 (84,37%)
Masculino 5 (15,62%)
Faixa etária
<60 anos 3 (9,37%)
60-69 anos 12 (37,5%)
70-79 anos 10 (31,25%)
80-89 anos 5 (15,62%)
≥ 90 anos 1 (3,12%)
Não respondeu 1 (3,12%)
Uso de estatina
Sim 10 (31,25%)
Não 22 (68,75%)
Avaliação antropométrica
Não realizaram mensuração do IMC 29 (90,62%)
Realizaram mensuração do IMC 3 (9,38%)
Tabagismo
Sim 7 (21,87%)
Não 23 (71,87%)
Não responderam 2 (6,25%)
Avaliação física
Sem alterações 17 (53,12%)
Alterada 10 (31,25%)
Não responderam 5 (15,62%)
*Legenda: IECA: inibidor da enzima conversora de angiotensina; BRA- bloqueador do receptor de angiotensina;
BCC - bloqueador do canal de cálcio; BB- beta bloqueador.
Percebe-se, a partir dos dados analisados, que a maioria das pessoas com HAS que
frequentavam o grupo de promoção à saúde era do sexo feminino (84,37%), idosos (90,62%
com idade acima de 60 anos), com outras comorbidades (75%). Dentre os que apresentavam
outras comorbidades (24 pacientes) eram divididos em: 9 portadores de diabetes mellitus, 6
portadores de hipotireoidismo e 2 portadores de algum transtorno de humor. Os demais
pacientes (7 pacientes) apresentavam, respectivamente: arritmia cardíaca, insuficiência venosa
crônica, asma, osteoporose, osteoartrose, neoplasia de mama e neoplasia de hipófise.
Nota-se, também, que o risco cardiovascular não foi calculado na maioria dos
pacientes (71,87%), mesmo sendo um importante indicador de monitoramento. As
justificativas para isso foram: alguns pacientes não estavam na faixa etária de cálculo (acima
de 80 anos), enquanto outros não tinham realizado exames laboratoriais recentes (que são
necessários na calculadora). Dentre os pacientes que tiveram o risco cardiovascular calculado
(9 pacientes), 4 eram de risco baixo, 3 intermediário e 2 alto.
Por fim, observa-se que apenas 59,37% dos pacientes hipertensos do grupo de
promoção à saúde tinham os valores de pressão arterial dentro da meta estabelecida para o
controle, mesmo frequentando o grupo 2 vezes na semana e com a maioria (21 pacientes-
65,62%), usando pelo menos 2 classes de anti-hipertensivos.
Variáveis n (%)
Verifica-se que a grande maioria dos pacientes estava com acompanhamento inadequado
da Hipertensão Arterial Sistêmica e necessitou ser encaminhado para Unidade Básica de
Saúde (87,5%). Vale ressaltar que entre os encaminhamentos à Unidade Básica de Saúde
25
realizados, dois deles representavam situações clínicas de urgência (crise hipertensiva e mal
estar súbito durante atividade física). Dentre os pacientes encaminhados para a Unidade
Básica, 9 pacientes foram avaliados pelo médico da família e comunidade e receberam
encaminhamento para atenção secundária, sendo 5 pacientes para a cardiologia, 2 para a
oftalmologia e 3 para a endocrinologia.
Nota-se, por fim, que a maioria dos pacientes teve a conduta clínica alterada (90,62%),
sendo que desses 11 pacientes necessitou da solicitação de exames laboratoriais e consulta
com o médico de família da Unidade Básica, 2 pacientes necessitaram somente da solicitação
de exames, 13 pacientes necessitaram somente de consulta médica; 2 necessitaram de consulta
na urgência e 1 paciente necessitou de consulta, solicitação dos exames e alteração dos
medicamentos.
6.3. Análise dos indicadores de monitoramento do cuidado da pessoa com HAS do Grupo de
Promoção à Saúde da Unidade Básica de Saúde Antônio Dias, Ouro Preto, MG.
Tabela 6 - Indicadores para monitoramento do cuidado da pessoa com HAS, Unidade Básica
de Saúde Antônio Dias/MG, 13/04/2022 a 10/08/2022
Em relação aos demais indicadores, não foi possível quantificar a porcentagem dos
pacientes que atendiam aos mesmos. Acerca da fundoscopia, não foi questionado diretamente
o número de pacientes que realizaram, assim como não se sabe se foi ofertado apoio e
tratamento para as comorbidades avaliadas. A pressão arterial foi aferida durante o grupo,
porém anual, não atingindo o feedback trimestral de avaliação. Sobre a avaliação
antropométrica, a medida da circunferência abdominal não foi mensurada. O questionamento
dos outros fatores de risco cardiovascular só incluiu a avaliação de tabagismo e outras
comorbidades, excluindo os demais fatores. Já em relação ao uso de estatina, foi verificado
que 31,25% usam a medicação, porém não se sabe a correlação desses pacientes com o risco
cardiovascular dos mesmos, não sendo possível avaliar o indicador: percentual de pacientes
com novo diagnóstico de hipertensão, com idades entre 30 e 74 anos, com uma pontuação de
risco cardiovascular ≥ 20 que são tratados com uma estatina.
7. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
No segundo mês, são propostas três atividades com os pacientes, coordenadas pelo
técnico de enfermagem. A primeira, seria uma dinâmica quebra gelo em que os pacientes, em
roda, iniciaram uma apresentação “quem sou eu e minhas expectativas para o grupo” (duração
da roda: 60 minutos). Após, seriam realizadas aferições da pressão arterial (duração: 30
minutos) e por último uma prática corporal (ginástica - 30 minutos).
No terceiro mês, coordenado pelo médico, iniciaria com uma roda de conversa - “o
que eu sei sobre a hipertensão arterial?”, em que os pacientes iriam falar livremente, seguida
pela dinâmica “caixinha de perguntas” sobre a hipertensão arterial. Nessa dinâmica, serão
colocadas perguntas pelo médico e pelos pacientes sobre a hipertensão arterial e os
participantes terão que tentar responder (1h de duração). Após, cada paciente seria chamado
individualmente para a avaliação física (sugestão de roteiro - PAR-Q USP) e o médico irá
solicitar os exames laboratoriais de rotina e eletrocardiograma, conforme indicado (1hora de
duração).
No quarto mês, coordenado pelo enfermeiro, iniciará com uma roda de conversa com
o tema “autocuidado e automedicação” (duração: 30 minutos). Após, os pacientes seriam
chamados individualmente para responder perguntas sobre outras comorbidades e outros
fatores de risco cardiovascular que possuem (duração: 45 minutos). Por fim, seria realizada
uma prática corporal (45 minutos de duração). Ao final, os pacientes deverão ser orientados a
trazer os resultados dos exames laboratoriais solicitados no próximo encontro.
No quinto mês, coordenado pelo médico, iniciaria com acolhimentos individuais dos
pacientes, com aferição de pressão arterial e anotação dos resultados dos exames solicitados
no segundo encontro. Nesse momento, o médico deverá realizar o cálculo do risco
cardiovascular e a identificar os pacientes que terão que usar estatina, que deverão ser
encaminhados para uma consulta na Unidade Básica de Saúde (duração prevista para a
atividade: 1 hora e meia). Ao final do encontro, ocorrerá uma prática corporal - ginástica
(duração prevista: 30 minutos).
No sexto mês, coordenado pelo nutricionista, irá iniciar com uma roda de conversa
sobre alimentação. Cada paciente poderá falar sobre um alimento afetivo para ele, que o traz
memórias, e o que isso representa. O nutricionista também poderá trabalhar os alimentos
indicados ou não no controle da pressão arterial e as experiências dos pacientes em relação à
dieta, dificuldades e avanços. Ao final da roda de conversa, será apresentado aos pacientes o
Guia Alimentar para a População Brasileira, como incentivo de leitura em casa. A segunda
atividade consistirá na avaliação de medidas antropométricas (peso, altura, índice de massa
corporal e circunferência abdominal). Por fim, o nutricionista poderá ensinar a receita do “sal
29
Mês 3 Revisão laboratorial anual Médico, agente de saúde Atividade 1: Roda de conversa - “o que
Avaliação física eu sei sobre a hipertensão arterial?”.
Dinâmica “caixinha de perguntas”
Atividade 2 e 3: Avaliação física e
solicitação de exames laboratoriais de
rotina e eletrocardiograma.
Mês 7 Avaliação oftalmológica Médico, agente de saúde Atividade 1: Dinâmica dos balões - as
Avaliação da indicação do complicações da doença
acompanhamento para Atividade 2: Avaliação da visão.
atenção secundária (para Atividade 3: Dinâmica de
realização de fundoscopia automassagem
com a oftalmologia)
Mês 9 Cessação do tabagismo Psicólogo, agente de saúde Atividade 1: roda de conversa - saúde
Avaliação de mental e uso de substâncias
comorbidades e oferta Atividade 2: exercícios de respiração
para seu tratamento Atividade 3: alongamento
8. CONCLUSÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROSO, W.K.S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial - 2020. Arquivos brasileiros de
cardiologia, v.116, n.3, p. 516-658, 2021.
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LIMA, M. G. et al. Grupos operativos de hipertensos e diabéticos no pet-saúde. Revista Brasileira de Pesquisa
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MENEZES, K. K. P. D; AVELINO, Patrick Roberto. Grupos operativos na Atenção Primária à Saúde como
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MINSAÚDE. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no adulto - Unidade de Atenção Primária. Disponível
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https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/hipertensao-arterial-sistemica-(HAS)-no-adulto/unidade-de-atencao-
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UFJF. A Hipertensão Arterial e sua abordagem pela Atenção Primária à Saúde e pelos Grupos de
Extensão Universitária. Disponível em:
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Acesso em: 21 nov. 2022.
10. ANEXOS
Medidas da pressão
Outras anotações: