Aloe Vera, Uma Planta de Interesse Do Sistema Único de Saúde - Revisão Sistemática Sobre Os Mecanismos Pró-Cicatriciais
Aloe Vera, Uma Planta de Interesse Do Sistema Único de Saúde - Revisão Sistemática Sobre Os Mecanismos Pró-Cicatriciais
Aloe Vera, Uma Planta de Interesse Do Sistema Único de Saúde - Revisão Sistemática Sobre Os Mecanismos Pró-Cicatriciais
Santa Maria, RS
2021
Liana Pinheiro Santos Marques
Santa Maria, RS
2021
AGRADECIMENTOS
À Deus, pela possibilidade de estar viva e com sáude e por poder vivenciar este dia de
hoje.
Aos meus pais, Alfrida e Luiz Afonso, por terem sempre me proporcionado
oportunidades e por incentivar o estudo e a vontade de fazer diferença onde eu estiver.
Ao meu esposo Rodrigo, pelo incentivo, amor, força e apoio. Sem a tua ajuda, nada seria
possível! Tu és o céu dos meus voos!
Aos meus filhos Henrique e Luiza, para quem eu dedico todas as minhas conquistas!
Que me estimulam todos os dias a ser um ser humano e uma profissional melhor.
À minha mestra, fonte de inspiração, tanto como profissional quanto ser humano,
professora Neida Pellenz, pelo carinho, amizade e incentivo contínuo. Me orgulho de fazermos
parte uma da vida da outra há quase 20 anos!
RESUMO
The aging of the Brazilian population is a reality, and this demographic transition is
accompanied by an increase in the prevalence of non-communicable chronic diseases and
conditions, including skin diseases and injuries. These are considered a serious health problem.
In Brazil, although there are few robust studies on the incidence and prevalence of injuries, their
occurrences are high, ranging from 10.6% to 62%, depending on the study. The elderly, due to
physiological cutaneous changes, are more susceptible to skin lesions, which, once established,
require greater efforts for healing, as in addition to the expected changes, non-communicable
chronic diseases collaborate to the chronicity of wounds. Given the context, the search for
alternatives that can help in the treatment of skin lesions, optimizing tissue repair, is justified.
Aloe vera (AV) is a plant widely used for healing and has been studied in search of evidence
that its elements can help in the healing process. Given the magnitude of the problem of skin
lesions and taking into account that aging skin is more likely to develop lesions and,
consequently, more difficult to resolve them, reviewing and seeking scientific evidence on the
causal mechanisms of VA benefits is relevant. Thus, the aim of this study was to conduct a
systematic review of VA, one of the medicinal plants present in the Unified Health System and
its healing potential. A search was performed in PUBMED and Scielo databases, with the
combination of the following descriptors: "Aloe vera" AND "Wound healing", "Aloe Vera and
wound healing" "Aloe Vera Y Cicatrización de heridas, with a time frame of 10 years old. The
following were excluded: articles that were not in English, Portuguese or Spanish, review
articles, any study that associated Aloe vera with another molecule or plant; any and all articles
whose main objective was not skin healing related to VA treatment. A total of 201 studies were
identified, which, after screening for exclusion criteria, were reduced to 29 articles, which were
read in full. Of these 14 were in vivo studies, 8 were clinical trials, 5 were in vitro studies and
2 were translational studies. The evidence produced indicates AV modulation in the
inflammatory, proliferative, maturation and regeneration phases. Studies suggest that VA has
pro-scarring actives in its constitution, which optimize tissue repair, by stimulating the
migration and cell proliferation of leukocytes, fibroblasts and keratinocytes, induction of
neoangiogenesis and collagen deposition.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 11
1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 12
2 OBJETIVO ................................................................................................................... 14
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 14
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS ......................................................................................... 14
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 15
3.1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ................................................................... 15
3.2 PELE: VISÃO HISTOLÓGICA E PRINCIPAIS CÉLULAS ....................................... 17
3.3 LESÕES DE PELE ........................................................................................................ 22
3.3.1 A cicatrização no idoso ................................................................................................ 27
3.3.2 Lesões de pele e mecanismos oxidativo e inflamatórios ............................................ 29
3.4 USO DE PLANTAS MEDICINAIS NA CICATRIZAÇÃO DA PELE ....................... 32
3.4.1 Plantas medicinais ........................................................................................................ 32
3.4.2 Plantas medicinais e o uso pelo SUS ........................................................................... 34
3.5 ALOE VERA ................................................................................................................. 35
4 METODOLOGIA ........................................................................................................ 38
4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO ................................................................................. 38
4.2 COLETA DE DADOS ................................................................................................... 38
5 RESULTADOS ............................................................................................................. 40
6 DISCUSSÃO ................................................................................................................. 52
7 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 55
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 56
ANEXO A – COMPROVANTE DE SUBMISSÃO DE MANUSCRITO ............... 64
11
1 INTRODUÇÃO
O uso de várias substâncias tem sido alvo de estudos, com o intuito de otimizar a
cicatrização, buscando qualidade do tecido cicatricial, tanto funcional quanto estética. Dentre
elas, está o uso de plantas medicinais no tratamento de lesões de pele das mais diferentes
etiologias. Estas plantas são utilizadas como um recurso medicinal por grande parte da
população mundial, uma vez que em muitas comunidades, representam um recurso mais
acessível em relação aos medicamentos alopáticos (CARNEIRO et al., 2014).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem expressado a sua posição a respeito da
necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário, tendo em conta
que 80% da população mundial utiliza plantas ou preparações delas no que se refere à atenção
primária de saúde (MARMITT et al., 2015). No Brasil não é diferente. Em 2006, o Ministério
da Saúde lançou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC),
oferecendo aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente na Atenção
Primária à Saúde (APS), a Fitoterapia, e em seguida foi divulgada a Relação Nacional de Plantas
Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS). Nesta lista, estão presentes plantas que são
utilizadas como pró cicatriciais. Dentro desta listagem de 71 plantas, neste estudo foi realizada
abordagem do Aloe vera (babosa) para que se possa fazer uma revisão sistemática sobre o
mecanismos cicatriciais da referida planta.
Para guiar a revisão, foi utilizada a seguinte pergunta norteadora: “Qual o mecanismo
associado ao processo cicatricial da planta medicinal Aloe vera, listada na RENISUS?”
1.1 JUSTIFICATIVA
Neste contexto, e pelo fato de já existirem estudos que mostram o potencial das plantas
medicinais na cicatrização de lesões de pele, se justifica a necessidade de uma revisão de
literatura sobre uma das principais plantas medicinais da lista RENISUS e sua atuação como
agente pró-cicatricial.
Deve-se lembrar ainda que Mattos et al. (2018) citam que os gestores declararam uma
resistência dentro das administrações públicas municipais e a baixa aceitação das práticas com
o uso de fitoterápicos por parte dos profissionais de saúde que atuam nas Unidades Básicas.
Outro motivo considerado relevante para elaboração desta revisão é que os indivíduos
que utilizam fitoterápicos para tratamentos, precisam ter a prescrição e orientação adequadas,
inclusive lembrando da ocorrência de interações entre plantas medicinais e fármacos.
Popularmente está enraizado o conceito que o uso de planta medicinal não prejudica a saúde, o
que muitas vezes faz com que o paciente não relate a informação do uso destas para o médico.,
bem como o uso de plantas medicinais em dosagem e forma de administração inadequados, por
tratar-se de um produto natural e que desta forma, não causaria efeitos deletérios para a saúde
(BRUNING; MOSEGUI; VIANNA, 2012).
14
2 OBJETIVO
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
da população masculina era de 70-5 enquanto a media da expectativa de vida saudável era de
60,2. Já na população feminina, a média de expectativa de vida era de 77,7 e de vida saudável
era de 64,9. Entretanto, o estudo também relata, que à medida que a expectativa de vida
aumentou, o número de anos saudáveis perdidos por invalidez também aumentou na maioria
dos países, corroborando com a hipótese de morbidade, que tem implicações diretas na
assistência à saúde. Em comparação com o progresso substancial na redução da mortalidade
nas últimas duas décadas, relativamente houve pouco progresso na redução das doenças e lesões
não fatais na saúde da população.
Assim, com o aumento da expectativa de vida, não acompanhado pelo aumento de
expectativa de vida saudável, um dos principais setores impactados pelo envelhecimento é a
área da saúde. O indivíduo idoso consome mais serviços de saúde, realiza internações
hospitalares mais frequentes e o tempo de ocupação do leito é maior comparado com outras
faixas etárias (VERAS; OLIVEIRA, 2018). Esse fato é decorrência do padrão das doenças dos
idosos, que são crônicas e múltiplas, e exigem cuidados e medicação contínua e exames
periódicos, causando modificações também no perfil epidemiológico do país, com aumento da
mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) em detrimento das doenças
infecto-parasitárias (DIP) (BRASIL, 2017; VERAS; OLIVEIRA, 2018).
Na Figura 1, está colocada a projeção de evolução dos grupos etários no Brasil, de 2010
a 2060.
Fonte: Esquema elaborado pela autora desta dissertação. Imagens obtidas via google imagens
uma vez que alterações nesta camada ou até mesmo na musculatura podem resultar no
aparecimento de sulcos (KHAVKIN; ELLIS, 2011).
A cicatrização fisiológica perpassa por quatro fases tempo-dependentes (Figura 6): (1)
coagulação e hemostasia, iniciando imediatamente após a lesão; (2) inflamação, que começa
logo depois; (3) proliferação, que começa poucos dias após a lesão e abrange o processos de
formação do tecido de granulação e fibroblastos e (4) remodelação de feridas, na qual a ocorre
a formação de tecido cicatricial e que pode durar até um ano ou mais (PELLENZ, 2019;
VELNAR; BAILEY; SMRKOLJ, 2009).
Imediatamente após a injúria, inicia a hemostasia na lesão, que tem como principal
objetivo impedir hemorragias. É uma maneira de proteger o sistema vascular, mantendo-o
25
intacto, para que a função dos órgãos vitais permanece ileso apesar da lesão. O segundo objetivo
é de longo prazo, que é fornecer uma matriz para suporte de células que são necessários nas
fases posteriores do processo. As plaquetas são integrante desta fase, e não servem apenas para
auxiliar na hemostasia, mas também liberam múltiplas citocinas, hormônios e quimiocinas para
desencadear a próxima fase do processo (GANTWERKER; HOM, 2011).
Um equilíbrio dinâmico entre células endoteliais, plaquetas, coagulação e fibrinólise
regula a hemostasia e determina a quantidade de fibrina depositada na lesão, influenciando
assim, o progresso dos processos reparativos (VELNAR; BAILEY; SMRKOLJ, 2009).
A inflamação se caracteriza por (1) vasodilatação dos vasos sanguíneos locais, com o
consequente aumento do fluxo local; (2) aumento da permeabilidade dos capilares, permitindo
a saída de grande quantidade de líquido para os espaços intersticiais; (3) coagulação do líquido
nos espaços intersticiais, devido à quantidade aumentada de fibrinogênio e outras proteínas que
saíram dos capilares; (4) migração de grande quantidade de granulócitos e monócitos para os
tecidos e (5) dilatação das células teciduais (GUYTON; HALL, 2011).
Com a lesão tecidual, há liberação local de histamina, serotonina e bradicinina que
causam vasodilatação e aumento de fluxo sanguíneo e, conseqüentemente, sinais inflamatórios
como calor e rubor. A permeabilidade capilar aumenta causando extravasamento de líquidos
para o espaço extracelular, e conseqüente edema (RIBEIRO FILHO, 2019; TAZIMA;
VICENTE; MORYIA, 2008).
A fase inflamatória é anunciada pela migração de neutrófilos, macrófagos e linfócitos
para o local da lesão, sendo os neutrófilos a primeira linhagem de leucócitos no local, chegando
em grande número dentro do primeiras 24 horas (GANTWERKER; HOM, 2011). Estas células
limpam os detritos e as bactérias para fornecer um ambiente adequado para cicatrização de
feridas. Os neutrófilos são logo seguidos por macrófagos, que são atraídos pelos subprodutos
da apoptose de neutrófilos (VELNAR; BAILEY; SMRKOLJ, 2009; WANG et al., 2018).
Os neutrófilos têm dois mecanismos básicos para destruir debris e bactérias:
primeiramente, por ingestão direta e destruição, por meio da fagocitose, e, depois, por
degranulação e liberação de substâncias tóxicas, como elastase e proteases, atuando sobre
bactérias e tecido desvitalizado (VENTER, 2014). Sua permanência no leito da lesão por mais
tempo que o esperado é deletério devido á liberação destas substâncias.
Os macrófagos infiltram-se aproximadamente 48 horas após a injúria e devem
permanecer até a conclusão da inflamação. Estas células parecem ser a chave do processo de
cicatrização, e orquestrar as mais importantes fases de cura da lesão (GANTWERKER; HOM,
2011). A supressão dos macrógagos causa efeitos nas fases inflamatória e na proliferativa.
26
Dunnil et al. (2015) cita que, com o envelhecimento da população, combinado com um
aumento de doenças cardiovasculares e neurológicas e diabetes, representa um aumento de
pacientes apresentando feridas crônicas e complicadas, portanto, a manipulação dos processos
de cura nesses indivíduos é necessária para reduzir morbidade, mortalidade, recursos
hospitalares. Ainda coloca que, o oxigênio (O2) é substrato essencial necessário para a produção
de ATP pela mitocôndria, que, no contexto da cicatrização de feridas, fornece a quantidade de
energia necessária para a renovação do tecido. As EROS, são também fundamentais para esse
processo, pois eles também agem como moléculas de sinalizadoras em todas as fases da
cicatrização (Figura 7): (1) EROS são importantes na proteção inicial de feridas, auxiliando na
hemostasia; (2) atuam na atração de neutrófilos locais ligados a vasos sanguíneos ao local da
ferida para proteção bacteriana; (3) a fagocitose libera EROs para atrapalhar o crescimento
bacteriano e fornecer outros sinais de suporte à resposta da ferida; (4) outros leucócitos,
incluindo monócitos, migram para o local da ferida para ajudar a atacar patógenos invasores;
(5) a liberação geral de ERO estimulam a divisão celular e migração para reforma dos vasos
sanguíneos, divisão e migração de fibroblastos para nova formação de ECM (incluindo síntese
de colágeno) e promover a proliferação e migração de queratinócitos.
32
O poder curativo das plantas é tão antigo quanto o aparecimento da espécie humana na
terra e alguns estudos revelam que as plantas medicinais eram utilizadas para esta finalidade
desde muito antes do surgimento da escrita (BADKE et al., 2011; CARNEIRO et al., 2014). Há
registros de utilização de plantas como remédio que datam da era paleolítica, pela identificação
do pólen de plantas medicinais em sítios arqueológicos (SAAD et al., 2018) e o uso destas está
presente na sabedoria do senso comum, articulando cultura e saúde, uma vez que estes aspectos
não ocorrem isoladamente, mas inseridos em um contexto histórico determinado (PIRIZ, 2014).
Ao longo dos séculos, produtos de origem vegetal constituíram as bases para tratamento
de diversas doenças, quer de forma tradicional, devido ao conhecimento das propriedades de
determinada planta, que é passado de geração a geração, quer pela utilização de espécies
vegetais, como fonte de moléculas ativas (MACEDO et al., 2017).
Atualmente, tem havido um aumento no interesse científico em relação aos produtos
naturais devido à sua potencial aplicação, composição química e efeitos biológicos positivos
para a saúde humana, pois verifica-se grande avanço envolvendo os estudos químicos e
farmacológicos de plantas medicinais que visam obter novos compostos com propriedades
terapêuticas (MACEDO et al., 2017). Grande parte dos fármacos tem como base o uso das
plantas medicinais, e até o início do século, o principal recurso terapêutico usado por vários
sistemas médicos tradicionais foi o uso destas plantas (SAAD et al., 2018).
A OMS tem expressado a sua posição a respeito da necessidade de valorizar a utilização
de plantas medicinais no âmbito sanitário, tendo em conta que 80% da população mundial
utiliza plantas ou preparações delas no que se refere à atenção primária de saúde (MARMITT
et al., 2015).
No Brasil, há cerca de cinquenta e cinco mil espécies catalogadas e o país conta com o
uso tradicional de plantas medicinais, através de um conhecimento intergeracional
(CARNEIRO et al., 2014).
33
De acordo com Brasil (2015a), cerca de 82% da população brasileira utiliza produtos à
base de plantas medicinais nos seus cuidados com a saúde, seja pelo conhecimento na medicina
tradicional indígena, quilombola, entre outros povos e comunidades ou seja pelo uso popular
na medicina popular, de transmissão oral entre gerações, ou nos sistemas oficiais de saúde,
como prática de cunho científico, orientada pelos princípios e diretrizes do SUS. Configura-se
em uma prática que incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação
social. Salienta Montes et al. (2009), que o conhecimento sobre plantas medicinais simboliza
muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos. Também
nesse contexto, Araújo et al. (2015) acrescenta que as plantas apresentam uma grande vantagem
por serem de baixo custo e de fácil obtenção, podendo ser encontradas até nos quintais das
casas.
Quanto ao uso de plantas medicinais em lesões de pele, Montes et al. (2009) coloca que
há muitas espécies citadas para o uso em cicatrização, como por exemplo: Lavandula officinalis
L. (lavandas), Chamaemelum nobile L. e Matricaria recutita L. (camomila), Schinus
terebinthifolia Raddi (aroeira), Anona muricato L. (graviola), Arnica montana L. (arnica),
Sedum burrito L.(dedinhode-moça), Plantago sp. (transagem), Passiflora edulis f. flavicarpa
(maracujá), Jatropha gossypiifolia L. (pinhão roxo) e a Orbignya phalerata Mart. (babaçu),
Calendula officinalis L. (calendula), Aloe arborescens Mill (Babosa), Jatropha multifida L.
(Mertiolate/flor-de-sangue), Leonurus sibiricus L. (Rubim/ erva-macaé), Monstera deliciosa
Liebm. (Banana-de-macaco), Petiveria alliacea L. (Guiné/pipi), Porophyllum ruderale (Jacq.)
Cass. (Arnica), Rosa sp. (Rosa-branca), Sedum dendroideum Moc. & Sessé (Bálsamo/bálsamo-
alemão), Symphytum officinale L. (Confrei). As referidas plantas são citadas por apresentarem
características que auxiliam no processo de cicatrização, desde a etapa inflamatória até a
reepitelização.
Wang et al. (2013) menciona que investigações recentes mostraram que compostos
derivados de plantas podem auxiliar na cicatrização de feridas, através dos polifenóis
(proantocianidinas e taninos hidrolisáveis) que atuam inespecificamente contra a infecção da
ferida e estimulam a proliferação de queratinócitos, como também dos oligo e polissacarídeos,
que além da proliferação de queratinócitos, estimulam a formação de colágeno e matriz
extracelular, podendo desencadear a diferenciação ou estimular a formação de tecido dérmico
por indução da formação e diferenciação de fibroblastos.
34
A planta de AV é usada há séculos para cuidados com a saúde. Sua ação biológica inclue
efeito antifúngico, antiinflamatório e também a ação imunomodulatória (MANSOUR et al.,
2014 MOLAZEM et al., 2014; SHAHZAD, AHMED, 2013).
Aloe vera (Aloe barbadensis Mill.) é uma planta tropical, nativa da África, pertencente
à família Liliaceae, que cresce em ambientes quentes e secos (EGHDAMPOUR et al., 2013;
PANAHI et al., 2015). É também conhecida como Aloé, babosa grande, babosa medicinal,
erva-de-azebre, caraguatá-de- jardim, erva-babosa, aloé-do-cabo (SAAD et al., 2018). Por ser
uma planta originária de regiões desérticas, ela consegue sobreviver bem em habitats hostis,
por isso teve boa adaptação a diversas outras regiões do mundo, incluindo o Cerrado brasileiro
(PARENTE et al., 2013).
A parte usada da planta para fins medicamentosos é a folha. Na região central dessas
folhas, a epiderme apresenta a seiva bruta que dá origem a uma substância mucilaginosa
composta principalmente por polissacarídeos, que é denominada gel de AV, rico em vários
compostos de nutrientes, como aminoácidos ácidos, vitaminas B, proteínas, minerais,
polissacarídeos e ácidos salicílicos. As folhas apresentam também um exsudato amarelado que
é formado principalmente por derivados antraquinônicos, como a aloina e a emodina,
pigmentos, substâncias inseticidas e conservantes (CHINI et al., 2017; PANAHI et al., 2015;
PARENTE et al., 2013). Ambas as apresentações estão demonstradas na Figura 8:
36
4 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão sistemática do Aloe vera, planta tradicionalmente utilizada para
fins de cicatrização, integrante do RENISUS. Este tipo de revisão permite a inclusão de estudos
experimentais e não- experimentais, sendo a mais ampla abordagem metodológica referente às
revisões, para uma compreensão completa do fenômeno analisado. Além disto, une dados da
literatura teórica e empírica e incorpora um vasto leque de propósitos como definição de
conceitos e revisão de teorias e evidências (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
De acordo com Souza, Silva e Carvalho (2010), a revisão narrativa perpassa por 6
etapas. Na primeira, é realizada a identificação do tema e seleção da questão de pesquisa para
a elaboração da revisão integrativa.
Na segunda etapa, foram avaliados os títulos e resumos das referências identificadas por
meio da estratégia de busca e os estudos potencialmente elegíveis foram pré-selecionados.
Os critérios de elegibilidade incluirão publicações nos idiomas português, espanhol e
inglês, com busca nas bases de dados Bireme, PUBMED e Scielo, com um recorte temporal de
10 anos, e a combinação dos seguintes descritores, previamente consultados no DECs
(Descritores em Ciências da Saúde): "Nome cientifico da Planta" AND "Wound healing" e seus
correspondentes em português, " Nome cientifico da Planta" e "Cicatrização de feridas" e, em
espanhol, "Nome Cientifico da planta" Y "Cicatrización de heridas"
Na terceira etapa, será realizada leitura dos artigos incluídos na íntegra, para a obtenção
de informações sobre o AV a serem extraídas dos artigos e a categorização dos mesmos, sendo
descrita suas características gerais e o provável mecanismo de atuação da mesma na cicatrização
da pele.
Na quarta etapa foi realizada uma análise crítica dos dados, para organização do rigor e
das características de cada estudo. A seguir, na quinta etapa, foi realizada a discussão dos
resultados, a partir da interpretação e síntese destes, além da identificação de possíveis lacunas
no conhecimento. Nesta fase, o revisor. fundamentado nos resultados da avaliação crítica dos
estudos incluídos realiza a comparação com o conhecimento teórico, a identificação de
39
5 RESULTADOS
Resumo
Introdução: O envelhecimento populacional é acompanhado pelo aumento da prevalência de
lesões de pele, que podem ser tratadas com as plantas, como é o caso da Aloe vera (AV).
Objetivo: revisar e compilar os mecanismos bioquímicos- moleculares modulados pela AV
responsáveis pelo seu efeito pró-cicatricial. Metodologia: Busca nas bases de dados PUBMED
e Scielo, com a combinação dos seguintes descritores: "Aloe vera" AND "Wound healing",
"Aloe Vera E Cicatrização de feridas” "Aloe Vera Y Cicatrización de heridas”. Resultados:
Foram identificados 201 estudos, após triagem reduzidos para 29 artigos lidos na íntegra. Destes
14 eram estudos in vivo, 8 ensaios clínicos, 5 estudos in vitro e 2 estudos translacionais. As
evidências produzidas indicam modulação da AV nas fases inflamatória, proliferativa,
maturação e regeneração. Conclusão: AV age através do estímulo à migração e proliferação
celular de leucócitos, fibroblastos e queratinócitos, indução de neoangiogênese e da deposição
de colágeno.
Introdução
Método
Foi realizada uma revisão sistemática da planta fitoterápica com propriedades pró-
cicatriciais Aloe vera (AV).
42
A busca foi realizada de maio a julho de 2021, por duas revisoras independentes,
havendo uma terceira revisora para casos em que não havia consenso entre as duas revisoras
principais. Foram avaliados os títulos e resumos das referências identificadas por meio da
estratégia de busca e os estudos potencialmente elegíveis foram pré-selecionados. Os critérios
de elegibilidade incluíram publicações nos idiomas português, espanhol e inglês, com busca
nas bases de dados PUBMED e Scielo, com um recorte temporal de 10 anos, e a combinação
dos seguintes descritores, previamente consultados no DECs (Descritores em Ciências da
Saúde): "Aloe Vera AND Wound healing" e seus correspondentes em português, "Aloe Vera E
Cicatrização de feridas" e, em espanhol, "Aloe Vera Y Cicatrización de heridas".
Como critérios de exclusão utilizou-se: artigos que fossem de revisão, qualquer estudo
que associa-se AV a outra molécula ou planta, todo e qualquer artigo cujo o objetivo principal
não fosse a cicatrização da pele.
Posteriormente, com a leitura dos resumos, foram excluídos estudos do tipo revisão,
trabalhos que tratassem sobre cicatrização em outros sítios além da pele, que tratassem sobre
associações de outros produtos com as AV, e aqueles que se repetiram em mais de uma base de
dados foram considerados apenas uma vez.
Na terceira etapa, foi realizada leitura dos artigos incluídos na íntegra, para a obtenção
de informações sobre a planta, a serem extraídas dos artigos e a categorização dos mesmos,
sendo descrita suas características gerais e o provável mecanismo de cicatrização da pele.
Na quarta etapa foi realizada uma análise crítica dos dados, para organização das
características de cada estudo. Posteriormente, na quinta etapa, foi realizada a discussão dos
resultados, a partir da interpretação e síntese destes, além da identificação de possíveis lacunas
no conhecimento.
Resultados
estar fora do tema cicatrização e 3 por apresentarem associações de outros produtos com AV.
Restou então, 1 artigo para leitura na íntegra, que ao ser avaliado, percebeu-se estar em
duplicata com artigo no PUBMED.
Portanto, a análise e discussão foi conduzida a partir de 29 artigos, dos quais: 22 são
estudos in vivo, sendo 8 estudos clínicos realizados em humanos e o restante realizados em
animais. Cinco estudos foram realizados exclusivamente e in vitro e dois deles foram realizados
concomitantemente in vivo e in vitro.
Abaixo apresentamos um organograma da obtenção dos artigos inclusos, Figura 1.
Discussão
Estudos sugerem que AV parece ser um aliado neste processo, uma vez que atua no
estágio inicial da cicatrização, através da redução da celularidade total, diminuição de edema e
coágulo de fibrina juntamente com o elevado número de macrófagos, fibroblastos em
comparação com os controles, sugerindo que AV aumenta a qualidade da fase inflamatória da
cicatrização.15
O principal ingrediente ativo no gel da folha de AV é o acemanano, que consiste em um
polímero de cadeia longa composto de glicose e manose, que apresenta muitas atividades
biológicas, incluindo efeitos antiinflamatórios, antimicrobianos, proliferação celular e
cicatrização de feridas. 11,25,27
Outra substância, também encontrada no gel, são as antraquinonas, que são derivados
do antraceno do grupo das quinonas. Estudos mostraram que estes ativos apresentam efeitos
antioxidantes, antivirais, citotóxicos e antiinflamatórios nas células do carcinoma espinocelular
e bacteriostático nos estreptococos, sendo que aloína e emodina são as duas principais
antraquinonas de AV.27
45
na ferida.14 Esta relação é importante, pois a falha do CD8 +, causa retardo na cicatrização da
ferida, cronificando e dificultando o processo de reparo.24
Estudo realizado em ratos, com quantidades diferentes de concentração de AV
demonstram que quanto maior a concentração do gel, melhor o efeito na modulação da resposta
inflamatória, através do aumento da infiltração de fibrócitos e macrófagos,15 induzindo a
proliferação precoce de tecido de granulação, promovendo cicatrização de forma mais efetiva.
Foram realizados muitas investigações comparativas entre AV e outros agentes já
utilizados para cicatrização, como por exemplo, o óleo de Nigella Sativa (NSO). O referido
trabalho realizado com ratos, verificou que na comparação entre os dois produtos e grupo
controle, houve resultados positivos macroscópicos na cicatrização que condizem com os
resultados microscópicos, onde houve uma diminuição da intensidade inflamatória e infiltração
de fibroblastos mais abundante no grupo AV do que no grupo NSO. A capacidade de modulação
inflamatória da AV pode ser devida à antraquinona. O mecanismo subjacente à redução da
inflamação por AV está ligado à inibição da via da ciclooxigenase e à redução da produção de
prostaglandina E2 a partir do ácido araquidônico.15
A otimização da cicatrização é um dos achados mais comuns nos artigos da revisão. Os
resultados dos estudos sugerem que o tratamento com AV pode ter uma influência benéfica nas
várias fases da cicatrização de feridas, ou seja, fibroplasia, síntese de colágeno e contração,
resultando em cicatrização mais rápida.22,23 sendo não só um dos componentes do gel
responsável pela eficácia do mesmo, e sim, uma sinergia de vários ativos presentes no AV.11
Em estudo clínico prospectivo, duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, um
grupo recebeu gel de AV a 87,399% e o grupo controle recebeu placebo de glicerina líquida,
onde aplicação de gel tópico de AV demonstrou uma aceleração significativa da cicatrização
de áreas doadoras de enxerto. No entanto, neste estudo, não foi observado alívio da dor.9
Os achados da revisão, trazem tratamentos com AV em lesões agudas e crônicas. As
queimaduras, constituem-se em um dos alvos comuns de estudos do gel de AV. Estas são lesões
agudas, dolorosas, com tratamento tradicional com uso de sulfadiazina de prata. Em trabalho
conduzido com 50 pacientes com queimaduras de segundo grau, onde 25 indivíduos receberam
curativos com gel de AV e outros 25 receberam curativo com sulfadiazina, demonstrou um
tempo gasto na cicatrização menor no grupo AV bem como o alívio da dor de forma mais
precoce.13 Os autores ainda colocam que outros estudos relatam o efeito antimicrobiano de AV,
no entanto, neste trabalho, não foi observado diferença de infecção entre os dois grupos. No
entanto, em outro estudo, realizado em ratos, cita AV como antimicrobiano, também com
47
Na fase de remodelação da lesão, há presença de colágeno tipo III no leito onde houve
o reparo, que lentamente é substituído pelo colágeno do tipo I, mais organizado, dando forma e
aparência para a cicatriz. A qualidade do tecido neoformado depende da deposição de colágeno
no local. Estudos referem que a deposição de colágeno,21,22,26 é aumentada com o uso de AV,
principalmente pelo estímulo à proliferação de fibroblastos, células produtoras de colágeno.
Estudos demonstram também, que não há toxidade26,27,37 relatada ao uso de AV, configurando-
se em um produto seguro para o uso para a cicatrização.
Apresentamos abaixo a Figura 2 como uma compilação dos achados deste artigo.
Figura 2 – Compilação da ação da Aloe Vera, fases da modulação da lesão, moléculas ativas
prováveis e resultado no processo cicatricial
Conclusão
Os resultados desta revisão sugerem que AV tem efeitos positivos na cicatrização, uma
vez que seus mecanismos pró cicatricias, envolve modulação das fases inflamatória,
proliferativa e da remodelação tecidual. Destacamos o estímulo a neoangiogênese, oefeito anti-
inflamatório, o favorecimento a migração e proliferação de fibroblastos e queratinócitos,
através de ativos presentes em sua composição. Consideramos que a fusão do saber popular
com o respaldo das evidências cientificas, desta forma contribuindo para embasar e validar
49
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52
6 DISCUSSÃO
Neste estudo, foi realizada revisão sobre os efeitos pro cicatriciais do AV nas fases do
reparo tecidual cutâneo. Sendo as lesões de pele uma causa de incapacidade, dor e impacto
negativo na qualidade de vida, principalmente na população idosa, objetivamos conhecer estes
mecanismos, visando otimizar o processo cicatricial.
Aloe vera (AV), também chamado Aloe barbadensis Miller é uma planta que possui
mais de 400 espécies identificadas e pertence à família Aloeacea ou Liliaceae (TEPLICKI et
al., 2018). A planta contém 75 constituintes potencialmente ativos: vitaminas (A, C e E,
vitamina B12, ácido fólico e colina), enzimas (fosfatase alcalina, amilase, bradicinase,
carboxipeptidase, catalase, celulase, lipase, e peroxidar), minerais (cálcio, cromo, cobre,
selênio, magnésio, manganês, potássio, sódio e zinco), açúcares (monossacarídeos e
polissacarídeos), lignina, saponinas, ácidos salicílicos e aminoácidos (DUIM et al., 2015;
DUNNIL et al., 2015; PELLENZ, 2019).
Estudos sugerem que AV parece ser um aliado no processo de reparo, uma vez que atua
no estágio inicial da cicatrização, através da redução da celularidade total, diminuição de edema
e coágulo de fibrina juntamente com o elevado número de macrófagos, fibroblastos em
comparação com os controles, sugerindo que AV aumenta a qualidade da fase inflamatória da
cicatrização (ORYAN et al., 2016).
As folhas de A. vera contêm componentes fitoquímicos tais como acemanana, maloyl
glucanos, aloína, emodina, entre outros e também monossacarídeos (por exemplo, glicose e
frutose) e polissacarídeos (por exemplo, glucomananas e manano acetilado) que são
componentes que apresentam propriedades antiinflamatórias e imunomoduladoras (ORYAN et
al., 2016), essenciais no auxílio da resposta imune no primeiro momento do reparo teciual.
O acemanano é o principal ingrediente ativo da AV, que consiste em um polímero de
cadeia longa composto de glicose e manose, que apresenta muitas atividades biológicas,
incluindo efeitos antiinflamatórios, antimicrobianos, proliferação celular e cicatrização de
feridas (MORIYAMA et al., 2016; NEGAHDARI et al., 2017; SHAFAIE et al., 2020).
Outra substância, também encontrada no gel, são as antraquinonas, que são derivados
do antraceno do grupo das quinonas. Estudos mostraram que estes ativos apresentam efeitos
antioxidantes, antivirais, citotóxicos e antiinflamatórios nas células do carcinoma espinocelular
e bacteriostático nos estreptococos, sendo que aloína e emodina são as duas principais
antraquinonas de AV (SHAFAIE et al., 2020).
53
7 CONCLUSÃO
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