Historia Da Paraiba

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História da

Paraíba
História da Paraíba

SUMÁRIO
1. A REGIÃO NORDESTE Pág. 03
2. A PARAÍBA. Pág. 05
3. A COLONIZAÇÃO DO NORDESTE Pág. 07
3.1 Motivos da colonização: Pág. 07
3.2. A guerra contra os “Bárbaros”. Pág. 09
3.3. A lavoura açucareira e a mão de obra escrava.
Por que a cana? Pág. 11
4. A ESCRAVIDÃO E O COMÉRCIO ATLÂNTICO. Pág. 14
5. AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS. Pág. 16
5.1 Documentos jurídicos Pág. 17
6. AS INVASÕES ESTRANGEIRAS (FRANCESES E
HOLANDESES). Pág. 19
6.1 As invasões francesas. Pág. 19
6.2. Invasão holandesa em Pernambuco (1630-1654) Pág. 20
6.2.1. O Governo de Maurício de Nassau. Pág. 20
6.2.2. A expulsão dos holandeses e a decadência
do açúcar. Pág. 21

7. FATORES DE OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO: Pág. 23


JESUÍTAS, PECUÁRIA E BANDEIRANTISMO.
7.1. Os Padres Jesuítas. Pág. 23
7.2. A Pecuária: Pág. 23
7.3. O Bandeirantismo: Pág. 24
8. HISTÓRIA DA COLONIZAÇÃO DA PARAÍBA Pág. 25
EXERCÍCIOS Pág. 34

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História da Paraíba

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1. A REGIÃO NORDESTE

A região nordeste é formada pelos estados do Maranhão, Piauí,


Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe,
Bahia. A região possui os índices de desenvolvimento humano (IDH)
mais baixos do país. Atualmente a porcentagem de analfabetos gira em
torno de 15% da população, a maior entre as regiões brasileiras, bem
como a maior mortalidade infantil, que apesar de ter diminuído na
última década de 34,5 para 33 por mil nascidos vivos até o 1 ano, ainda
é uma alta mortalidade infantil, o que denota imediatamente as
condições de vida precárias em que vive parte da população, sobretudo
no sertão. Ocorreram avanços econômicos e sociais na última década
com o desenvolvimento da indústria na Mata e diminuição da
desnutrição, mas ainda, por exemplo, somente 48% dos municípios
nordestinos são servidos por rede de esgoto canalizada, índice pior que
o da região norte.
No primeiro censo demográfico feito no Brasil em 1872 –
encomendado por D. Pedro II, o nordeste era a região mais populosa do
país, com cerca de 4,6 milhões de habitantes (46% da população
brasileira). No censo seguinte, que só ocorreu em 1890, já foi superado
pelo sudeste situação que ainda se mantêm. O ciclo do café e a
modernização com a implantação de ferrovias e a imigração europeia
desenvolveram o sudeste que se tornou área de atração de imigrantes
tanto nacionais quanto estrangeiros. No final do século XX ocorreu o
ciclo da borracha na Amazônia e isso atraiu milhares de nordestinos.
Ocorreram dois ciclos da borracha: na virada do século XIX para o
XX e durante a segunda guerra mundial e nos dois contextos a migração
de nordestinos foi intensa. A partir da década de 60 os fluxos
migratórios se direcionaram para o Centro Oeste, devido a construção
de Brasília e para o Sudeste, em razão de seu desenvolvimento
econômico.
A Região nordeste possui a segunda maior população regional do
país, que é quase o dobro da população da região sul somada à do
Centro Oeste e Norte. O que isso significa? Que a região é bastante
populosa e povoada (com concentração de pessoas na (Zona da Mata e
Agreste). Apesar disso ao longo da segunda metade do século XX a
participação da região no PIB nacional foi muito pequena e a pobreza e

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grandes desigualdades sociais fizeram que a região tenha um histórico


de fluxos migratórios para as áreas com novas frentes econômicas e a
maior oferta de emprego e renda. Além disso, há migrações motivadas
por longos períodos de seca. Vale destacar que atualmente o IBGE têm
indicado um aumento na imigração de retorno, principalmente vinda do
sudeste.
A população e as cidades concentram-se no litoral e isso confere
um alto potencial turístico devido às belas paisagens naturais, e pelos
monumentos históricos, pois o Brasil foi formado a partir do nordeste.
Destacam-se as festas populares que a festa junina de Campina Grande
é talvez a mais emblemática da Paraíba, lembrando que a diversidade
de manifestações festivas populares é muito grande e profundamente
influenciadas pela cultura africana.
A população urbana (residente nas cidades) já é maior que 75% ,
mas é a taxa de população urbana das regiões brasileiras, no entanto é
a região com maior número de municípios. A economia vem
apresentando crescimento, sobretudo na zona da Mata em que a
indústria tem se desenvolvido bastante, e se pensarmos o conjunto
nordestino, temos uma grande produção automobilística, petrolífera e
também um expressivo crescimento na área da informática. A principal
razão para isso é o que chamamos de Guerra fiscal, ou seja, a disputa
entre os estados brasileiros para atrair investimentos através de
incentivos como oferecimento de infraestrutura, mão de obra barata e
baixos impostos. Também a realização de grandes obras de engenharia
civil como a transposição do Rio São Francisco, cujo eixo leste
transposto para o rio Paraíba.
O nordeste é dividido em sub-regiões como podemos ver abaixo:

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2. A PARAÍBA.

O estado da Paraíba possui terras em 3 das quatro sub-regiões


nordestinas: Na Zona da Mata no Litoral, no Agreste e a maior extensão
no sertão.
A região da Zona da Mata caracteriza-se por ser a área de
ocupação mais antiga com a instalação dos engenhos de cana de açúcar
coloniais. Foi alvo de ataque na colônia por franceses e holandeses. Até
hoje predomina a grande propriedade monocultora. Hoje é a paisagem
mais transformada pelo homem e concentra a população, as cidades e
as indústrias.
O agreste é uma área de ocupação posterior aos engenhos com o
desenvolvimento da pecuária. Possui clima mais ameno devido as
maiores altitudes do planalto da Borborema, predomina pequenas
propriedades com agricultura familiar e é o celeiro agrícola nordestino,
pois abastece de alimentos o sertão e a mata.
O sertão Paraibano possui os piores índices sociais e a maior
concentração de renda e fundiária (das terras). Historicamente é
marcada pelos rigores da seca. Os moradores da Ponta do Seixas são os
primeiros brasileiros do continente a ver o sol nascer, pois o município é
o ponto extremo oriental da América do Sul. O litoral possui muitos
atrativos e 117 quilômetros de extensão, é quase todo de praias de
águas tranquilas, areia fina e coqueirais. No interior, Campina Grande
destaca-se pelo forró e pela festa de São João. O município de Souza
atrai visitantes com as pegadas de animais pré-históricos no Sítio
Paleontológico do Vale dos Dinossauros.
O território Paraibano está localizado nos compartimentos de
relevo: Depressão Sertaneja, Planalto da Borborema e a planície
litorânea. A caatinga cobre a maior parte do território e a agricultura é
restrita ao litoral e na extensão da Zona da Mata e até hoje o principal
produto é a cana de açúcar. Mandioca, milho, banana e abacaxi também
têm importante participação. Os principais segmentos industriais são
têxtil, alimentício e de produtos de couro.
É o 22° de 27 unidades da federação (26 estados e o DF) em
qualidade de vida. O IDH (índice de desenvolvimento humano) da
Paraíba está na frente somente dos estados de Sergipe (0,681),
Maranhão (0,678), Piauí (0,678), Pará (0,664) e Alagoas (0,667). Os

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índices de violência são altos e uma das maiores taxas de homicídios do


país e de violência contra a mulher. A coleta de esgoto alcança 50,1%
dos domicílios e 81,5% têm acesso à água encanada. .
João Pessoa é considerada a capital mais arborizada do país. A
cidade é centro turístico em razão das praias, como Tambaú e Cabo
Branco, e da arquitetura barroca, como o conjunto São Francisco e o
Convento Igreja Nossa Senhora do Carmo.

Vamos inicialmente falar dos aspectos gerais da colonização


do nordeste e em seguida um tópico para focarmos apenas na
realidade paraibana. Porque tomar este caminho? Por uma razão
bem simples: A maior parte das questões de concursos regionais,
exige conhecimento de dados locais bastante específicos, mas
também exige que o candidato domine o conteúdo histórico e o
contexto da época. Se você já conhece bem a história do Brasil
colonial, pode ir direto para o tópico da História da Paraíba e
exercícios.

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3. A COLONIZAÇÃO DO NORDESTE

A história da Paraíba colonial seguiu a história colonial nordestina


numa lógica comum: A introdução do engenho canavieiro, o modelo
agrícola de plantation, a mão de obra escrava, e entre as dificuldades de
colonização podemos apontar as invasões estrangeiras tanto de
franceses quanto holandeses, além dos conflitos com os indígenas.
Para ganharmos tempo sugiro que se você já domina os temas
aqui tratados (cana, capitanias, igreja e escravidão) pode ir direto para
o tópico da Paraíba no contexto e foque nos dados específicos da
História do estado. Mas o que eu recomendo é a leitura completa do
texto para que os conceitos possam se desenvolver melhor na sua
cabeça.

3.1 Motivos da colonização:

A decisão de povoar o Brasil foi tomada em 1530, pois o rei


resolveu mandar uma expedição com este objetivo. Martim Afonso de
Souza, nomeado comandante da expedição, partiu para o Brasil
naquele ano. Percorreu e explorou o litoral, promovendo também
incursões de reconhecimento pelo interior. Aqui permaneceu até 1.533.
Fundou a primeira cidade (a primeira oficialmente fundada) São
Vicente e montou o primeiro engenho de açúcar do Brasil.
A colonização do Brasil ocorreu quase que acidentalmente. Mais
precisamente às pressas e sem um projeto definido de exploração e
ocupação. O que estimulou a coroa portuguesa colonizar nosso território
são basicamente dois motivos:

✓ O comércio de especiarias com o oriente estava em


decadência (devido ao aumento da concorrência internacional e a
diminuição do preço dos produtos devida maior oferta) e;

✓ A ameaça estrangeira cada vez maior, o que de fato impeliu


Portugal à colonização. Éramos uma colônia de exploração, ou
seja, estávamos sujeitos à uma relação de exploração de nossos
recursos e dependência legal (uma colônia não possui autonomia.
É administrada pela metrópole) expressos no pacto colonial.

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Pacto ou Exclusivo Colonial

Contexto econômico: Mercantilismo: lembre-se das características do


mercantilismo que aprendemos na aula 00: intervenção do Estado na
economia, metalismo, busca de superávit (balança comercial favorável),
colonialismo.

Déficit: quando o total de importações supera o total de exportações.


Superávit: quando o total de exportações supera o total de
importações.

No início da colonização foi criado o sistema de capitanias, que


não se mostrou eficiente. Entre as razões que não deram certo foi a
grande resistência dos indígenas. Veremos mais detalhes sobre a
organização e o funcionamento político da capitania de Pernambuco,
mas agora é importante lembrarmos que quando foi fundada, o
território abrangia quase todo o nordeste setentrional (norte do
nordeste). Os atuais territórios dos estados do Cerará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

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3.2. A guerra contra os “Bárbaros”.

Colonizar o Brasil foi missão das mais difíceis. A coroa portuguesa


não tinha recursos para o projeto e o transferiu para a iniciativa
privada: através do sistema de capitanias e a produção de cana de
açúcar. As primeiras expedições que chegaram aqui passaram por
muitas dificuldades, entre elas, se não a maior, a resistência dos
indígenas à colonização portuguesa. Os indígenas possuíam uma cultura
de guerreiros, e a maior parte dos contatos com os europeus foi
conflituoso, na Paraíba principalmente contra os Potiguaras. Em muitas
áreas do litoral nordestino, na zona da mata, os colonos portugueses
travaram guerras contra as tribos locais.
Nas primeiras décadas da colonização, até o do século XVII, os
conflitos com os indígenas ficaram conhecidos como guerra contra os
bárbaros. Os conflitos começaram com o início da colonização. Os
primeiros contatos foram pacíficos e os indígenas não foram
escravizados. Eram explorados através do escambo e do cunhadismo.
Quando Portugal decidiu pela colonização as visões sobre o índio
mudaram: inicialmente eram descritos como inocentes e bons. A partir
de 1.530, são descritos como “bárbaros”, violentos, sem religião e com
práticas abomináveis como a antropofagia (que para o índio tinha um
significado simbólico). Quero que você perceba como a palavra
“bárbaro” é preconceituosa. Passa uma profunda impressão de desprezo
e inferioridade. Podemos dizer que o português tinha uma visão que
chamamos de eurocentrismo. Via a cultura europeia como melhor e
mais evoluída e lá como centro do mundo, então possuíam um profundo
sentimento de superioridade em relação ao indígena. Isso serviu
também de argumento para a colonização.
Desde o princípio da colonização os conflitos foram frequentes, até
chegarem ao auge no fim do século XVII, no período do final da
ocupação holandesa. Particularmente os estudos sobre este assunto se
concentram entre 1693 até 1713, quando foi derrotada uma união das
tribos contra os portugueses que ficou conhecida como confederação do
Cariris ou Confederação dos “Bárbaros”. Também de confederação dos
Janduins.
O combate aos indígenas baseava-se no conceito medieval de
guerra justa, apoiado e divulgado pela Igreja, desde as cruzadas

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medievais contra os islâmicos. Estariam combatendo em nome da


civilização e da igreja católica, contra os bárbaros, antropofágicos
(canibais) e sem religião. Então esta guerra seria justa. A ideia de
Guerra Justa é uma justificativa para a colonização e para o combate
aos indígenas. Destacaram-se os colonos do nordeste, mas sobretudo
bandeirantes paulistas e padres jesuítas.
O padre jesuíta frei Vicente de Salvador, relata como foi penosa a
conquista da Paraíba (na época parte da capitania de Itamaracá e
Pernambuco) e os longos anos de conquista até 1.586. Os principais
indígenas combatidos eram os do sertão, à margem direita do São
Francisco, os índios do ramo linguístico Tapuia. São várias tribos
indígenas, designadas genericamente pelos portugueses de Cariris. Eles
eram caçadores (diferentes dos tupis do litoral. Para os tupis eram
tapuias os não tupis), produziam cerâmica e pontas de flechas e
machados com pedra polida ou sílex. Genericamente os Potiguaras
também eram tratados por esta designação nos relatos mais antigos.

Os confrontos com os indígenas, sobretudo os belicosos


(guerreiros) Potiguares foram difíceis. Os primeiros capitães travaram
profundas lutas contra os indígenas e contra invasores franceses. O
capitão donatário de Pernambuco Duarte Coelho Em vários momentos
seu apoio militar para o combate dos Potiguares nas terras paraibanas.

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Os indígenas se juntaram formando a já citada união das tribos,


que ficou conhecida como confederação cariri. É importante lembrarmos
que se trata de uma união entre as diversas tribos tapuias/cariris que se
uniram contra os colonizadores para defender seu território, então
realizavam frequentes ataques aos engenhos e vilas, causando grande
destruição.
Enquanto ocorriam décadas de confronto foi instalada a lavoura
açucareira, que usou a mão de obra escrava africana e contou com o
suporte financeiro dos holandeses, que mais tarde invadiram a capitania
de Pernambuco, dando início a um processo de colonização holandês,
sobre o comando de Maurício de Nassau. Estudaremos estes assuntos
nas próximas aulas, e vamos tratar agora da implantação da lavoura de
cana de açúcar. Como ocorreu, porque optaram por este produto e pela
escravidão. Vamos nessa.

3.3. A lavoura açucareira e a mão de obra escrava. Por que a


cana?

A opção por cultivar a cana de açúcar ocorreu por várias razões


que vamos enumerar:

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1. Havia uma alta demanda na Europa pelo açúcar e seus preços


eram altos.

2. A cana é um vegetal asiático, da índia, que possui clima quente


e úmido. Se adaptou muito bem ao clima do litoral nordestino
(tropical úmido), e ao solo fértil da região (solo de massapé).

3. O financiamento da produção, transporte, refino e distribuição no


mercado europeu do açúcar era realizado por holandeses.

Clima tropical úmido: É o clima da região do litoral nordestino, a zona


da mata. É quente e úmido e sofre influência da umidade oceânica, e no
inverno da massa polar atlântica, que provoca chuvas de inverno.

Solo de Massapê: É o solo encontrado na zona da mata. Solos são


rochas desagregadas, misturada com material orgânico e
microrganismos. Ele é o resultado da desagregação de duas rochas: a
gnaisse e o calcário. É um solo profundo e fértil.

A opção pela cana de açúcar tinha como objetivo garantir o


máximo de lucro para a metrópole, que no contexto do início da
colonização, encontrava-se em crise econômica e transferiu os gastos
da colonização para a iniciativa privada através das capitanias
hereditárias e dependia do financiamento e infraestrutura holandesa. Os
flamengos (holandeses) ficavam, portanto, com as atividades mais
lucrativas que envolviam o comércio internacional do açúcar. A relação
com os holandeses era intensa e pacífica até 1.580, quando ocorre a
União Ibérica. Foi a união entre os dois reinos, Portugal e Espanha,
sob domínio espanhol. Durante o período da União Ibérica os holandeses
foram proibidos de participar da atividade açucareira no Brasil por
serem inimigos da Espanha. Neste contexto invadiram salvador e depois
Pernambuco.

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A expulsão dos holandeses em 1.654 está ligada à decadência da


cana de açúcar. Não há dúvidas da importância da atividade açucareira
para a Holanda, mas vale ressaltar que nunca se ocuparam da
produção. Nunca foram donos de um só engenho no Brasil, nem mesmo
no período em que invadiram e permaneceram em Recife, atual capital
de Pernambuco. Sempre se comprometeram com o financiamento, frete
e comércio, principalmente.
Os engenhos foram instalados destacadamente em Pernambuco,
Bahia, pequenas faixas territoriais maranhenses, no nordeste e São
Vicente, litoral de São Paulo. O modelo de produção adotado foi o
Plantation, cujas características são:

1. Monocultura (só se cultivava cana de açúcar).

2. Exportação (o objetivo é atender a demanda do exterior, no


caso a metrópole).

3. Latifúndios (grandes extensões de terra).

4. Escravidão (Mão de obra escrava africana).

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4. A ESCRAVIDÃO E O COMÉRCIO ATLÂNTICO.

A escravidão africana foi uma opção, devido a um mercado


extremamente lucrativo que era o comercio de africanos, pois a
demanda de braços era tão grande quanto a demanda por açúcar.
Movimentava um mercado (o mercado atlântico de escravos), que era
grande como a demanda europeia pelo sabor doce. Por que não
escravizar o índio, se pergunta você, mas deve se lembrar que a Igreja
Católica se posicionou através de Bulas Papais e na expansão e
colonização da América, contra a escravidão do gentio (nativo,
indígena). E não movimentava um mercado tão lucrativo e estruturado,
como era o comércio de africanos.

Quanto ao negro, a escravidão era denunciada por alguns


religiosos, mas como um todo era tolerada e aceita, e em todo o período
colonial e no império brasileiro era o sustentáculo da economia e
elemento fundamental na organização da sociedade, pois todo o
trabalho braçal, inclusive o de vestir seus senhores, era realizado por
um cativo. A demanda por braços para o trabalho era muito grande, ao

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ponto de Portugal não conseguir atender a demanda. Isso gerou o


comércio atlântico que fugia ao controle de Portugal: O tráfico
negreiro. Os africanos escravizados eram transportados nos navios
negreiros, cuja mortalidade era tão alta, que foram apelidados de navios
tumbeiros. Eram descarregados no litoral nos mercados de escravos,
onde eram vendidos, e dali seguiam para as fazendas. Para evitar a
comunicação e rebeliões, separavam as famílias e as tribos. Durante
todo o tempo em que ocorreu a escravidão (1530-1888), ocorreu
também a resistência africana. Resistiam através de suicídios, abortos,
levante contra seus senhores, fugas e a formação de Quilombos.
Durante as invasões holandesas e diante a resistência dos colonos na
primeira invasão na Bahia, estimulou muito o surgimento de quilombos.

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5. AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS.

Quando Portugal optou pela colonização do território, e abandonar


o antigo sistema de feitorias, transferiu os gastos para a iniciativa
privada. Com a criação das capitanias hereditárias, que a coroa
portuguesa já havia tentado em algumas colônias. O território brasileiro
foi dividido em 15 faixas que iam do litoral, até o limite do tratado de
Tordesilhas.

O que são?

São equivalentes hoje a estados. Na colônia eram chamadas


capitanias, no império chamadas províncias e na república estados. Das
15 capitanias criadas foram concedidas a 12 capitães donatários (como
eram chamados os que recebiam o benefício). A capitania de Itamaracá,
por exemplo, foi o terceiro quinhão de terra recebido por Pero Lopes. É
importante destacarmos que na época não era um grande negócio, pois
os riscos e dificuldades do empreendimento eram muito grandes.

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De todas as capitanias somente a de Pernambuco e de São


Vicente prosperaram. Os donatários possuíam um poder muito grande.
Poder sobre vida e morte dos homens e domínio sobre o território.
Predominava um grande localismo político, ou seja, as questões mais
relevantes eram resolvidas aqui mesmo, pois com as dificuldades de
transporte e comunicação, tudo que era enviado a Europa demorava
meses, senão anos para serem resolvidos. Era empreendimento
perigoso e custoso. Além do risco de perder tudo em naufrágios, como
ocorreu com várias embarcações portuguesas, tinha o risco dos ataques
indígenas e os rigores de adaptação aos trópicos e construir uma vila e
dar início à colonização. Por isso não foi tão bem sucedido.

5.1 Documentos jurídicos

Os donatários desembarcavam com dois documentos: A carta de


doação e o foral. O primeiro, como o próprio nome diz é a carta que dá
os direitos de exploração da terra. Entre seus direitos estavam o de total
autonomia política para decisões, recolher os impostos e pegar parte
para si. Os direitos e obrigações estavam escritos no foral. O Principal
dever é o de povoar a colônia e consolidar a colonização portuguesa.
Para o povoamento os donatários deveriam distribuir as Sesmarias.
Elas eram grandes propriedades que eram doadas para o
povoamento. Seguiam o seguinte critério: podiam receber sesmarias
quem fosse católico e plantasse cana de açúcar. Era lei que em todo o
litoral só fosse cultivada a cana. Com o tempo as fazendas de gado
conquistaram o interior, principalmente na zona da mata e sertão.
A estrutura fundiária (distribuição das áreas agricultáveis em tipos
de propriedade) de Pernambuco é bastante concentrada,
destacadamente no sertão e na zona da mata. A distribuição de
sesmarias era a única forma de ter acesso à terra e isso levou a uma
grande concentração de terras nas mãos de poucos proprietários,
muitos deles descendentes dos senhores de engenho. As capitanias
foram extintas e 1759, por marquês de Pombal, mas até a
independência (1822) as sesmarias eram distribuídas.
Em 1850 durante o império foi lançada a lei de terra que proibia a
doação de sesmarias e transformava a terra em mercadoria que poderia
ser comparada e vendia à vista em leilão público. Foi uma forma de

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manter o monopólio dos grandes proprietários sobre a terra, pois é a


época da extinção do tráfico de escravos e a imigração estrangeira.
Pernambuco recebeu muitos imigrantes, e quem entrou no estado
depois da lei terras teve muita dificuldade de acesso a ela.

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6. AS INVASÕES ESTRANGEIRAS (FRANCESES E HOLANDESES).

6.1 As invasões francesas.

O litoral brasileiro era bastante frequentado por piratas e corsários


franceses. “Piratas e corsários são coisas diferentes? ” Sim, são.
Aparentemente são a mesma coisa. Capitães de navios que atacavam
frotas mercantes para pilhá-las. Mas enquanto a pirataria era uma
atividade marginal e individual e o sujeito é um saqueador, o Corsário
era um “pirata oficial”. Se o navegador recebe um documento do Estado
chamado Carta de Corso, ele se transforma no corsário. Pode saquear
e derrubar navios, desde que inimigos da coroa francesa, ou seja:
navios espanhóis, portugueses e ingleses.
A França realizou duas invasões ao Brasil. A primeira no Rio de
Janeiro e a segunda no Maranhão. A primeira invasão ocorreu entre
1555 e 1558 na Baia da Guanabara, no Rio de Janeiro. Um grupo de
hunguenotes (calvinistas) tentava fugir das perseguições religiosas na
Europa. Vieram sob o comando de Villegagnon e Almirante Coliny.
Fundaram um forte militar e iniciaram uma colônia: A França
antártica. Foram expulsos pelo Governador Geral, Mem de Sá em

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1560. O tempo todo de permanência exploraram ativamente as


madeiras do litoral.
A Segunda invasão foi em 1612 no Maranhão onde fundaram a
cidade de São Luiz. Criaram a França equinocial. Nas duas tentativas
se associaram aos indígenas contra os portugueses. Foram expulsos do
Maranhão em 1615.
Desde o início da colonização se aliaram com os indígenas na
Paraíba com os bravos Potiguares, com quem realizavam frequente
tráfico de pau brasil. A ocupação da Paraíba está ligada à cana e a
resistência aos indígenas e franceses.

6.2. Invasão holandesa em Pernambuco (1630-1654)

Em 1630 com uma esquadra de setenta navios, os holandeses


chegaram a Pernambuco e dominaram Recife e Olinda sem maiores
dificuldades. A Espanha envolvida em outras prioridades militares não
mandou grande apoio militar para a resistência estabelecida pelos
colonos. Aos poucos, com as vantagens oferecidas pelos invasores a
resistência se enfraqueceu e muitos produtores passam para o lado
flamengo, pois estes se comprometem a respeitar a liberdade
religiosa (lembre-se que os holandeses eram calvinistas e os
portugueses católicos), direito de propriedade das terras e engenhos,
realizariam financiamentos e comprariam a produção.

6.2.1. O Governo de Maurício de Nassau.

Maurício de Nassau foi governador geral dos


domínios holandeses, e aqui permaneceu entre
1637 a 1644. Preocupou-se com a reorganização
da produção açucareira (que foi comprometida
pelas tentativas de resistência dos colonos) e com
a segurança. Procurou conciliar os luso-brasileiros
(portugueses e descendentes que aqui habitavam)
que ficaram sob seu domínio, e tratou de ampliar
territorialmente o domínio holandês que passou a
ocupar territórios entre o Maranhão e a Bahia.
Nassau devolveu as propriedades aos seus antigo

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donos, ampliou o crédito e forneceu empréstimos a juros controlados.


Ainda passou a cobrar impostos mais baixos que os cobrados por
Portugal e a realizar importantes melhoramentos urbanos. Apesar da
política conciliadora não conseguiu impedir conflitos e contradições. Os
senhores de engenho que haviam contraído empréstimos com os
holandeses não conseguiam saldar suas dívidas, e conflitos religiosos
(apesar da liberdade religiosa concedida pelos holandeses) ocorriam. Os
conflitos se tornaram mais intensos quando em 1640, Portugal
restabeleceu sua coroa e se libertou da Espanha, pondo fim à União
Ibérica.

6.2.2. A expulsão dos holandeses e a decadência do açúcar.

Com o fim da União Ibérica, Portugal tratou de recuperar seus


territórios coloniais e propôs uma trégua de 10 anos para a desocupação
holandesa do Nordeste.
A partir daí a Cia das Índias Ocidentais resolveu diminuir seus
efetivos militares a fim de conter os gastos. Nassau foi demitido e o
novo governo tornou-se extremamente severo, sobretudo em relação às
dívidas dos senhores de engenho e o prazo para saldá-las. Muitas
propriedades foram confiscadas e a tolerância religiosa não era mais
observada com os mesmos cuidados. As tensões se acumularam e
começaram a se manifestar na forma de rebeliões que se
generalizaram, até que eclodiu um processo de rebelião que vai
expulsar os holandeses: A Insurreição Pernambucana.
Os colonos luso-brasileiros confrontaram os holandeses entre 1645
e 1654, quando finalmente são expulsos. Portugal ainda pagou uma
pesada indenização à Holanda e o comércio e produção de açúcar foram
profundamente prejudicados, pois flamengos foram se instalar nas
Antilhas (na ilha de Curaçau, na América central) e se tornaram fortes
concorrentes do Brasil no mercado açucareiro.
A produção de açúcar no caribe foi o início da decadência da
nossa, pois o açúcar era de melhor qualidade e muito mais próximo a
Europa, barateando frete. Os holandeses passaram a fornecer um
açúcar melhor e mais barato.

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Pintura “A batalha dos Guararapes” de Victor Meirelles. A


principal batalha da insurreição Pernambucana.

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Aula Demonstrativa
História da Paraíba

7. FATORES DE OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO: JESUÍTAS,


PECUÁRIA E BANDEIRANTISMO.

7.1. Os Padres Jesuítas.

Os Padres da Cia. De Jesus eram também conhecidos como


soldados de batina. O apelido é porque a ordem jesuítica possuía uma
organização e preparo militar, e seu fundador Inácio de Loyola ter sido
oficial militar. Fundavam no Brasil (e em todo o mundo colonial
português) as Missões jesuíticas, incumbidas de catequizar os nativos e
protegê-los nas Missões, ou colégios jesuíticos. Não foram raras as
situações em que expedições de bandeirantismo atacavam as missões
querendo escravizar seus indígenas, que já eram cristianizados e
ensinados ao trabalho. As missões jesuíticas ocuparam além do litoral, o
sul do Brasil na fronteira com argentina, e principalmente na região
amazônica. As missões jesuíticas tiveram um importante papel na
ocupação do nosso território, muitas vezes servindo à Portugal como
ponto de demarcação de fronteiras. Ao longo do rio Amazonas, foram
penetrando no interior. Essas missões amazônicas treinavam e usavam
os indígenas como mão de obra (não escrava), para coletarem as
drogas do sertão. Drogas do sertão eram ervas medicinais, coletadas
em meio a floresta e vendidas para a Europa. Eram valiosas como as
especiarias asiáticas.

7.2. A Pecuária:

Era a principal atividade complementar da colônia, pois fornecia


carne, couro e transporte. Era realizada mais ao interior do território
brasileiro, onde encontrou a vegetação da Caatinga e o Cerrado. A
pecuária desenvolveu-se principalmente nas regiões de cerrado por suas
sempre verdes pastagens naturais. E uma coisa diferenciava
fundamentalmente a pecuária das outras atividades: O uso de mão de
obra livre, normalmente indígena. O vaqueiro, como era chamado,
recebia sua remuneração em filhotes das crias.

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História da Paraíba

7.3. O Bandeirantismo:

As bandeiras eram expedições com objetivos comerciais e


privados. Não eram as únicas expedições que ocorriam em nosso
território. Haviam as expedições de reconhecimento enviadas pela
coroa, que eram chamadas Entradas. As atividades dos bandeirantes
iniciaram em São Vicente. A capitania, nos primeiros anos de ciclo do
açúcar, junto com Pernambuco foram as únicas que tiveram sucesso.
No entanto a atividade açucareira logo entrou em decadência
(principalmente devido à distância maior de Portugal, o que encarecia o
frete, além disso, o açúcar pernambucano era de melhor qualidade). Os
paulistas viram-se obrigados a dedicar-se a uma atividade econômica
alternativa, que foi o bandeirismo. Havia basicamente três tipos de
expedições bandeirantes:

✓ Bandeirismo de Contrato: Grupos contratados para capturar


escravos fugidos e destruir quilombos.

✓ Bandeirismo de Preação ou apresamento: Expedições cujo


objetivo era capturar indígenas e escravizá-los. (Por isso sempre
entravam em conflito com os padres jesuítas que os protegiam).

✓ Bandeirismo de Prospecção: Expedições para buscar jazidas


ouro, prata ou pedras preciosas. Foram os paulistas que
encontraram o ouro no início do século XVIII, dando início ao
ciclo da mineração.

Como a movimentação pelo território era muito difícil devido as


florestas e relevo planáltico, os rios ocupavam uma posição de destaque
para viabilizar as expedições. Eram chamadas de Monções, as
expedições bandeirantes feitas por rio.

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8. HISTÓRIA DA COLONIZAÇÃO DA PARAÍBA

A formação da Paraíba ocorreu a pela conquista das terras


presentes no entorno do rio Paraíba onde ocorreram confrontos que
envolveram autoridades de Pernambuco (a principal e mais rica
capitania da época), do Governo-Geral e da Coroa portuguesa. A
conquista dessa envolve os confrontos para a expulsão dos Franceses e
da dominação dos indígenas que ali viviam, além de dar acesso por via
terrestre ao norte e consequentemente às riquezas daquela região,
como o pau-brasil e as terras férteis que davam condições para a
plantação da cana de açúcar. A História dos dois estados – PE e PB –
ocorreu em consonância, ou seja, os principais fatos políticos
nordestinos tiveram com centro Pernambuco e devido a proximidade os
principais acontecimentos irradiaram para a Paraíba, portanto são
histórias muito interligadas.
As capitanias hereditárias foram instituídas no ano de 1534. A
capitania mais prospera era a de Pernambuco. A Paraíba tem seu
território formado na então capitania de Itamaracá (e parte do sul do
estado pertenceu a capitania de Pernambuco. O primeiro donatário da
capitania de Itamaracá foi Pero Lopes de Souza. Foi um fidalgo
português que recebeu três quinhões de terra n colônia. Duas capitanias
no sul (Santo Amaro e Santana ao Sul de São Vicente-SP).
A capitania nordestina foi seu terceiro quinhão de terra. Pero
Lopes foi um grande navegador e militar português e teve importante
participação na luta contra os franceses e nas primeiras viagens de
navegação à colônia. Era irmão de Martim Afonso de Souza, que veio
com a missão de iniciar a colonização e fundou São Vicente, montou o
primeiro engenho e enfrentou indígenas e franceses. Pero Lopes não
chegou a administras efetivamente Itamaracá e colocou Francisco de
Braga à frente da capitania, que ocupou a ilha da Conceição e fundou a
vila Marial ou de Nossa Senhora da Conceição em 1534. Lopes morreu
no mesmo ano e Itamaracá retornou à coroa portuguesa tornando-se
uma capitania real (pertencente à Coroa).
É importante destacarmos a existência do povoado de Igarassu,
em que ocorreu um dos mais famosos massacres do nordeste colonial
que temos registro, em terras paraibanas que na época –Itamaracá – ia

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História da Paraíba

de onde hoje onde se encontra o munícipio de Igarassu (Pernambuco),


ao norte até a chamada Baía da Tradição, município paraibano. No início
o sistema de capitanias nessa região não apresentou os resultados
desejados pela coroa portuguesa, principalmente mais ao norte onde se
encontravam os índios Potiguaras, em maior número, que
comercializavam o pau-brasil com franceses na região da acima citada.
Muitos donatários das capitanias de Pernambuco culpavam o
governo de Itamaracá de descaso com suas obrigações. A decadência de
Itamaracá ocorreu definitivamente após o Massacre de Tracunhaém em
1570. Em 1574 foi extinta a capitania de Itamaracá e criada a capitania
da Paraíba. Só foi definitivamente instalada em 1585, pois era
necessário criar suporte físico e militar para resistir aos ataques
potiguaras e dos Franceses. A criação da capitania da Paraíba foi por
ordem do rei de Portugal Dom João Manuel, que faleceu em 1557. Foi
pai do sucessor D. Sebastião, que morreu em 1578, quando teve inicio a
crise sucessória que levou à União Ibérica.
Muita coisa veio a se transformar após o Massacre de Tracunhaém
ocorrido no engenho de Tracunhaém em Itamaracá próximo a Vila de
Goiana (fundada em 1570). Apesar de contestações históricas em
relação as evidências desse acontecimento foi registrado por
historiadores que o episódio ocorreu devido a um desentendimento
entre a tribo potiguara e o engenho cuja propriedade era de Diogo Dias.
O dono do engenho escondeu uma formosa cunhã (jovem mulher
indígena) que havia se casado com um mameluco e levada para Olinda,
Pernambuco (na época a capital fundada por Duarte coelho). O então
pai da moça o chefe potiguara Inhinguaçu da Baía da Tradição, então pai
da moça, ordenou que a mesma fosse buscada com a permissão do
govenador do Brasil na época Antônio Salema. A busca feita por Diogo
Dias resultou no retorno da moça para casa já que ela havia sido
sequestrada e escondida. Esse evento promoveu revolta na tribo
Potiguara que por meio de um ataque muito violento destruiu todo o
engenho.
Em consequência o então rei de Portugal D. Sebastião I deu
ordens para que aquelas terras fossem conquistadas de uma vez, fato
que após ser consumado resultou na fundação de uma cidade fortificada
que seria a capital da nova capitania, seu fundador foi ouvidor-geral
Fernão da Silva e com apoio militar de Frutuoso Barbosa, foi a primeira

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História da Paraíba

Cidade Real no Brasil sob a Dinastia Filipina: Filipeia de Nossa Senhora


das Neves (pois nesta época é que ocorreu a União Ibérica, ou seja o
período entre 1580 e 1640 quando a coroa portuguesa foi anexada pela
Espanha de Felipe II pós a morte precoce de D. Sebastião . Perceba que
teve início com o rei D. Sebastião e continuou sob o governo espanhol
de Felipe II. Também nesta circunstância, ocorreram as invasões
holandesas.
Nesse contexto ocorreram as primeiras expedições. A primeira
ocorrida no ano de 1574 na foz do rio Sanhauá, um dos afluentes do rio
Paraíba, chamado nessa região de Cabedelo por ser um pequeno cabo.
Tomada essa região por ouvidor-geral Fernão da Silva em nome do Rei
de Portugal, Dom Sebastião I, passou a sofrer diversos ataques dos
nativos que ali viviam. Após ataques indígenas o ouvidor saiu derrotado
e retornou para Salvador. No ano seguinte uma nova expedição sob o
comando de Bernardo Pimentel de Almeida composta por doze navios e
homens armados rumou de Portugal para a região mas não chegou até
a Paraíba devido aos ventos vindos do norte, e não ocorreu a expedição
completa.

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História da Paraíba

“Em Lucena fica localizado o Forte Velho fundado em 1584. Pode-se ver
entre Lucena e Cabedelo a foz do rio Paraíba do Norte e no meio a ilha
da Restinga. A Baía da Traição marca o local onde os franceses
costumavam desembarcar e onde várias lutas foram travadas.”

Ruínas do Forte Velho em Lucena

Em 1582 estava ocorrendo a União Ibérica, período marcado pela


união dos domínios espanhóis e portugueses (1580-1640) sob o reinado
de Felipe II da Espanha. Contudo no governo anterior antes da
unificação das coroas, em 1579, fora contrato para tomar frente da
nova expedição na Paraíba o navegante Frutuoso Barbosa que trouxe
junto a si tropas, armamentos e colonos tornando-se capitão-mor. Seu
objetivo era conquistar a região e posteriormente coloniza-la, porém
devido aos ventos terem o levado para as Antilhas o mesmo acabou por

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História da Paraíba

momentaneamente desistindo da expedição, logo ficou conhecida como


a expedição que não aconteceu. Contudo após certo tempo de
turbulência devido à sucessão do trono Frutuoso foi novamente
nomeado como responsável por Felipe II para uma nova expedição de
conquista na região da Paraíba.
Posteriormente, com sua tropa bem organizada e preparada obteve
apoio de Recife e Olinda rumou com duas frentes para a região próxima
a Cabedelo onde acabaram por encontrar com naus franceses aliados
dos nativos potiguaras. Com apoio terrestre Frutuoso obteve certo êxito
permanecendo na região por cerca de oito dias no hoje chamado distrito
de Costinha em Lucena. Contudo a expedição não conseguiu construir
seu forte a tempo e sofreu novos ataques de franceses e potiguaras e
foi derrotada.
Uma terceira expedição ordenada pelo governador-geral Manuel
Teles ocorreu no ano de 1584 sob o comando novamente de Frutuoso
Barbosa e auxílio do general espanhol Diogo Flores de Valdez. No dia 1
de março partiu da Bahia uma frota contendo nove navios onde
estavam Frutuoso Barbosa, Diogo Valdez e o ouvidor-geral Martim Leão
na qual chegaram em Pernambuco no dia 20 do mesmo mês, tempo
gasto devido ao mau tempo. Em Recife Martim Leão organizou junto a
D. Phillipe de Moura (capitão das tropas) na Vila de Igarassu uma tropa
que seguiria por terra para a Paraíba, ao chegar em seu destino a tropa
presenciou a destruição de três navios franceses na ilha da Restinga,
fato promovido por Diogo Valdez. Posteriormente após alguns
desacordos entre os comandantes devido a localidade da construção do
forte, o mesmo foi construído na foz do rio.
O forte foi nomeado por Valdez com o nome de São Felipe e
Santiago, nome dado em homenagem aos apóstolos e ao então
monarca governante da união ibérica, Felipe II. Valdez veio a nomear
seu capitão Francisco Castejon como chefe de uma fortaleza e
responsável por 110 espanhóis e cinquenta portugueses, fato que o
dava maior autoridade do que havia sido dado a Frutuoso, esse que
acreditando ter cumprido sua missão e não vendo mais sentido em ali
ficar retornou a Espanha.
Nos dias sequentes, tropas promoveram varreduras pelo entorno
do forte comandadas por Simão Falcão e posteriormente por Felipe de
Moura, governador de Pernambuco. Encontrada uma aldeia que veio a
ser chamada de Campo das Ostras os portugueses promoveram a
tomada da mesma, porém esse fato veio a chamar a atenção de outros
nativos que vieram a efetivar ataques contra os portugueses e seu

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História da Paraíba

forte, tendo esses diversas baixas em suas tropas. Nesse momento


Valdez já havia se retirado do local e a situação cada vez mais se
complicava, estando Frutuoso e Castejon dividindo a autoridade no
local, fato que aumentou as desavenças entre os dois, o que se
apresentava como mais um empecilho para a conquista da Paraíba.
Posteriormente mesmo recebendo ajuda de Pernambuco com
munição, comida e 24 soldados as dificuldades do forte continuavam a
permear os que ali viviam. Nesse momento (mês de setembro)
Castejon consegue uma brecha e o mesmo embarca em um navio e
segue para Pernambuco retornando em novembro com pouca ajuda.
Neste mesmo mês os franceses chegaram a região desembarcando na
Baía da Traição mais ao norte, direcionando assim ajuda aos nativos
potiguaras no cerco ao forte. Mais uma vez ocorre um pedido de
socorro a Pernambuco, lá o ouvidor-geral que se encontrava doente se
pôs imediatamente a lutar contra sua condição a fim de reunir o
máximo de homens e recursos possíveis, dessa vez o capitão-mor de
Itamaracá, Pero Lopes Lobo enviou apoio, contudo Itamaracá estava
sob ruinas nessa época.
Com a chegada de reforços os franceses foram derrotados, porém
no ano seguinte, em janeiro de 1585 os Tabajaras chegaram ao litoral
após terem sidos expulsos a vários anos de suas terras pelos
portugueses e Potiguaras, antigos inimigos. Assim passaram a viver
com certo nomadismo até retornaram nesse ano tendo como liderança
Piragibe. Nesse momento os nativos cercaram o forte e promoveram
pioras as condições de fixação portuguesa naquela localidade.
Devido às adversidades foi promovido uma quarta expedição sob a
liderança do ouvidor-geral Martim-Leão, esse que reuniu pouco mais de
500 soldados somados a outros índios, negros e também comerciantes,
capitães e membros da nobreza pernambucana, esses que viam na
conquista uma boa forma para se obter lucros. Junto a esse grupo
esteve presente os jesuítas Jerônimo Machado e Simão Travassos, esses
que conheciam a língua potiguara e tabajara e ficaram responsáveis
pelo registro histórico da expedição.
No dia 5 de março de 1585 a expedição comandada por Martim
Leão percorria o rio Tibiri (hoje município de Santa Rita) e assim se
encontraram com os Tabajaras no rio Piragibe onde ao invés de
promover combate preferiram enviar missionários tomando medida
mais cautelosa. Devido ao histórico de violência e perseguição
portuguesa esses nativos entenderam a ação dos colonizadores com
desconfiança, estabelecendo certo distanciamento. Após três dias de

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História da Paraíba

tentativas de aproximação pelos missionários sem êxito Martim Leão


determinou que as tropas atacassem a aldeia que ali se encontrava,
essa que fora queimada promovendo a fuga dos nativos. Em sequência
duas outras aldeias foram destruídas e a expedição rumou em direção
ao forte de São Felipe e Santiago. Ao chegarem ao forte a tropa
constatou a debilitação da estrutura física do mesmo e o péssimo
aspecto físico, moral e psicológico dos que ali ainda viviam, com ênfase
para Frutuoso Barbosa, que o melhor que tinha a fazer era deixar de
lado a busca pela terra que lhe foi prometida.
Havendo tido certa aproximação entre Tabajaras e Potiguaras
essa aliança passou a sofrer abalos. No mês de abril Martim leão
retornou para Olinda deixando o forte na Paraíba protegido por homens
e suas provisões, além de enviar munição, alimentos e mais tropas. O
capitão Pero Lopes de Sousa de Itamaracá assumiu o posto de Frutuoso
abandonando sua posição no mês de junho, seguido por Castejon após
diversos ataques deixando o forte abandonado. Castejon antes de
abandonar o forte ordenou que o mesmo fosse incendiado,
provavelmente para que não caísse nas mãos dos potiguaras e
franceses. Pelo fato do forte ter sido feito de madeira, o fogo o
consumiu totalmente. O que sobrou do forte de São Felipe foram ruínas
e o nome que pegou o lugar, Forte Velho.
As coisas passam a tomar outros rumos a partir do mês de junho
quando dois índios receberam ordens de Piragibe para se deslocarem
até Olinda com o objetivo de conversar com o ouvidor-geral. Esse
objetivo teve como finalidade a tentativa de um acordo de paz e aliança
com os portugueses que os mesmos auxiliassem em ofensiva contra os
potiguaras. Assim Martim Leão nomeou João Tavares como líder dessa
expedição.
No dia 2 de agosto Tavares organiza uma caravela com 20 homens
e dois índios e no dia três promove uma aliança de paz com Piragibe e
no dia 5 escolhe o local para a fundação de um novo forte e a cidade,
assim nessa data de Nossa Senhora das Neves a Paraíba estava
conquistada e então se criou a capitania da Paraíba. Esse fato
determina o aniversário da cidade, por outro lado debates
historiográficos e o próprio Sumário das Armadas, importante relato
histórico da conquista da Paraíba, aponta que a cidade teve seu início
em novembro. Contudo as informações documentais nos demonstram
outra visão.

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História da Paraíba

Sequência cronológica:

1574 - A primeira expedição de Dom Fernão, que não foi


completada devido ataques de indígenas.

1575 - Dom Luis de Brito não chegou às terras paraibanas


devido aos fortes ventos e condições climáticas desfavoráveis.

1579 - O território da Capitania da Paraíba engloba terras de


Itamaracá e Pernambuco. Itamaracá foi extinta e o território
passou para a jurisdição de Olinda, então capital de
Pernambuco, de onde foi desmembrada administrativamente.
Então atenção, Paraíba surgiu com a extinção de Itamaracá e
desmembrada de Pernambuco.

1582 - Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba,


mas desiste após perder um filho em combate.

1584 - A expedição chega a Paraíba e captura cinco navios de


traficantes franceses, solicitando mais tropas de Pernambuco e
da Bahia para assegurar os interesses portugueses na região.

1585 - João Tavares conquistou a Paraíba em, quando foi


efetivamente instalada a capitania. A principal razão da conquista
era a rivalidade entre as tribos indígenas e se aliaram aos
Tabajaras, inimigos dos Potiguaras.

Depois de diversos conflitos ocorreu a conquista da Paraíba, fato


muito festejado em Olinda e Recife. João Tavares retornou a capitania
trazendo um grupo de trabalhadores, escravos e soldados na então
levantar um forte na região do Varadouro, esse utilizado como porto
natural. O término da construção desse porto se deu em janeiro de
1586, ano em que João Tavares foi nomeado capitão-mor, onde

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História da Paraíba

posteriormente assinou as primeiras sesmarias distribuindo terras para


o cultivo. Após a assinatura, duas sesmarias são doadas para
proprietários no campo e uma outra foi destinada para a construção da
cidade, local onde ainda existia apenas o forte. Uma dessas sesmarias
viria a resultar no engenho de el-Rei, esse o primeiro da Paraíba.
Devido a alguns desentendimentos com os Tabajaras e ataques
Potiguaras e franceses somente no ano de 1857 é que as casas, a
prisão, o pelourinho, a câmara, o açougue, armazéns e prédios
públicos começaram a ser construídos devido a segurança. Criou-se a
Rua Nova hoje conhecida como rua General Osório, e a chamada ladeira
de São Francisco, local que deu origem a construção em 1589 do
Convento de São Francisco, prédio religioso mais antigo da Paraíba.
Em 1588, Frutuoso Barbosa retornou a Paraíba tendo sido nomeado
pelo rei, como novo capitão-mor, ocupando a posição de João Tavares.
Durante o governo de Frutuoso a cidade de Nossa Senhora das Neves
passou a ser chamada de Filipéia ou Filipéia de Nossa Senhora das
Neves, em homenagem ao rei Filipe II. O governo de Frutuoso durou
até 1591, quando deixou o cargo e foi embora do Brasil.
O sossego em relação aos Potiguaras veio a se concretizar
somente no ano de 1599, consolidando a paz até o século XVIII onde
novas desavenças vieram a surgir. Em relação aos franceses obteve-se
na região uma considerável diminuição de sua presença, porém
posteriormente investiram em ataques à região do Maranhão. Logo a
Paraíba chamada de terra bravia e/ou terra indomável teve sua
conquista consolidada.

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História da Paraíba

1. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES) Em relação


a população indígena analise as afirmativas abaixo, dê valores
Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que
apresenta a sequência correta de cima para baixo.

( ) Os índios Cariris se encontravam em maior número que os


tupis e ocupavam uma área que se estendia desde o planalto da
Borborema até os limites do Ceará, Rio Grande do Norte e
Pernambuco.
( )Os índios Tabajaras - eram mais numerosos que os Potiguaras
e ocupavam uma pequena região nos limites do Rio Grande do
Norte com a Paraíba.
( ) Os índios Potiguaras na época da fundação da Paraíba, os
Potiguaras formavam um grupo de aproximadamente 5 mil
pessoas. A aliança que firmaram com os portugueses foi de
grande proveito para os índios quando da conquista da Paraíba e
fundação de João Pessoa.
A sequência correta das assertivas é:

A) F – V - V.
B) V - V - V.
C) F - F - V.
D) V - F - F.
COMENTÁRIOS:

( ) Correto. Os portugueses designavam genericamente as diferentes


tribos indígenas como Cariris. Entre esse ramo de indios guerreiros
temos os Potiguares.
( ) Errado. Os mais numerosos na Paraíba eram os Potiguaras e
Tabajaras. Eram tribos inimigas.
( ) Errado. Os potiguaras se aliançaram com os franceses no tráfico do
pau-brasil e eram grandes inimigos dos portugueses.

Gabarito: D

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História da Paraíba

2. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES)


Leia o enunciado a seguir. Na época da conquista da Paraíba
(segunda metade do século ) chegaram outros
silvícolas, dessa vez pertencentes à tribo Tabajaras, também de
origem Tupi-Guarani, mas logo tornaram-se inimigos dos
Potiguaras, fixando-se na várzea do Rio Paraíba.
Assinale a alternativa que preencha adequadamente a lacuna
existente no enunciado acima:

A) XVI.
B) XVII.
C) XV.
D) XIV.

COMENTÁRIOS:

A efetivação da colonização da Paraíba ocorreu na segunda metade do


século XVI. O território paraibano possui terras da antiga capitania de
Pe, mas principalmente da capitania de Itamaracá, cujo primeiro
donatário foi Pero Lopes. A capitania não prosperou e com a morte de
Lopes ela foi reintegrada ao patrimônio português e tornou-se uma
capitania real. A capitania da Paraíba foi criada em 1575 após a
extinção da capitania de Itamaracá, após o massacre de Tracunhaém.

Gabarito: A

3. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES)


Para assegurar a posse efetiva das terras para Portugal, uma
das medidas adotadas foi a criação da Capitania da Paraíba, no
ano de 1.574, por ordem do rei .
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.

A) Dom Manuel.
B) Dom Henrique.
C) Dom Sebastião.
D) Dom João.

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História da Paraíba

COMENTÁRIOS:

O rei de Portugal até 1557 foi Dom João Manuel, pai do sucessor D.
Sebastião, que morreu em 1578, quando teve inicio a crise sucessória
que levou à União Ibérica. Questão muito factual, como a IBFC tende a
cobrar, então de olho nos nomes e datas em destaque.

Gabarito: D

4. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES)


Quando o governador geral Dom Luis de Brito recebeu a ordem
para separar Itamaracá, recebeu também do rei de Portugal a
ordem de punir os índios responsáveis pelo massacre, expulsar
os franceses e fundar uma cidade. Assim, começaram as cinco
expedições para a conquista da Paraíba. Faça a associação
correta:

I. 1.574.
II. 1.575.
III. 1.579.
IV. 1582.
V. 1.584.

( ) Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba, mas


desiste após perder um filho em combate.
( ) Expedição comandada pelo governador geral Dom Luis de
Brito, que foi prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem
chegaram às terras paraibanas.
( ) A expedição chega a Paraíba e captura cinco navios de
traficantes franceses, solicitando mais tropas de Pernambuco e
da Bahia para assegurar os interesses portugueses na região.
( ) Dom Fernão da Silva, comandante da expedição, teve sua
tropa surpreendida por indígenas e teve que recuar para
Pernambuco.
( ) Ainda sob forte domínio “de fato” dos franceses, foi
concedida, por dez anos, ao capitão Frutuoso Barbosa a
Capitania da Paraíba, desmembrada de Olinda.

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História da Paraíba

A sequência correta de cima para baixo é:

A) I, II, III, IV, V.


B) IV, II, V, I, III.
C) V, IV, III, II, I.
D) III, V, I, II, IV.

COMENTÁRIOS:

(1574) IV. A primeira expedição de Dom Fernão, que não foi


completada devido ataques de indígenas.
(1575) II Dom Luis de Brito não chegou às terras paraibanas devido aos
fortes ventos e condições climáticas desfavoráveis.
(1579) V. O território da Capitania da Paraíba engloba terras de
Itamaracá e Pernambuco. Itamaracá foi extinta e o território passou
para a jurisdição de Olinda, então capital de Pernambuco, de onde foi
desmembrada administrativamente. Então atenção, Paraíba surgiu com
a extinção de Itamaracá e desmembrada de Pernambuco.
(1582) Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba, mas
desiste após perder um filho em combate.
(1584) A expedição chega a Paraíba e captura cinco navios de traficantes
franceses, solicitando mais tropas de Pernambuco e da Bahia para
assegurar os interesses portugueses na região.

Gabarito: B

5. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES) Leia o


enunciado a seguir.
Os europeus que vieram para o estado eram
predominantemente , isso desde o início
da colonização no século . Estes chegaram à Paraíba
provenientes principalmente da Capitania
de . O pequeno número de
mulheres na época estimulou logo cedo a
miscigenação com mulheres das tribos locais e, em menor
escala, com as mulheres , sedimentando a base da
população atual.

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História da Paraíba

Assinale a alternativa que preencha adequada e


respectivamente as lacunas.

A) Portugueses - XVI - Pernambuco - brancas - escravas.


B) Holandeses - XV - Ceará - brancas - índias.
C) Italianos - XVI - Rio Grande do Norte - pardas - brancas.
D) Portugueses - XV - Rio Grande do Norte - negras - caboclas.

COMENTÁRIOS:

Completar as lacunas é bem simples. A colonização da Paraíba foi feita


por portugueses no século XVI (a Paraíba na segunda metade). Os
primeiros colonos vieram do principal centro da colonização, a capitania
de Pernambuco. Um dos assuntos mais estudados é a formação da
sociedade brasileira que é miscigenada. A falta de mulheres europeias
para casamento, fizeram com que se amasiassem com várias indias e
também com suas escravas.

Gabarito: A

6. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES)


Em relação à presença holandesa na Paraíba, é correto afirmar:

I. A instalação da empresa açucareira no Brasil contou com a


participação holandesa, desde o financiamento das instalações
até a comercialização no mercado europeu.
II. O primeiro governador da província holandesa da Paraíba e
Rio Grande do Norte foi Duarte Gomes da Silveira, que em nome
do Príncipe de Orange dos Estados Gerais e da Companhia, fez
aos paraibanos, em ata de 13 de janeiro de 1.635 várias
promessas.
III. O controle holandês sobre a Paraíba durou apenas 10 anos,
de 1.634 a 1.644.
IV. Na época da invasão holandesa, a população era dividida em
dois grupos: os homens livres (holandeses, portugueses e
brasileiros) e os escravos (de procedência brasileira ou
africana).
V. Quando da invasão holandesa ao nordeste do Brasil, a Paraíba
era a terceira capitania em ordem de grandeza e importância

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História da Paraíba

econômica na colônia, sendo precedida pela Bahia e


Pernambuco. Era esta riqueza e prosperidade que atraía os
invasores.
Estão corretas apenas as afirmativas:

A) I, IV e V.
B) II e III.
C) I, III e V.
D) II e IV.

COMENTÁRIOS:

Erradas:
II. A Paraíba foi invadida pelos holandeses sob o comando do conde
Maurício de Nassau.
III. Administraram Filipeia de Nossa Senhora das Neves neste período
de 10 anos, mas efetivamente foram expulsos da Paraíba e do Brasil em
1654.

Gabarito: A

7. (Upe 2014) Observe a imagem a seguir:

Ela ilustra um engenho de açúcar, típica unidade de produção do


nordeste colonial. Com base na imagem e na realidade histórica
por ela ilustrada, assinale a alternativa CORRETA.

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História da Paraíba

A) Esse engenho movido por força hidráulica é uma realidade do


século XVIII, embora anteriormente fosse utilizada a força
humana ou a força animal para fazê-lo funcionar.
B) A presença exclusiva de mão de obra escrava negra, na
imagem, denota a exclusão dos indígenas como
trabalhadores, escravos ou livres, da indústria açucareira.
C) Engenhos de grande porte, como o da ilustração, só foram
introduzidos na América Portuguesa em meados do século
XVII, pelos holandeses que ocupavam a capitania de
Pernambuco.
D) A mão de obra utilizada nos engenhos, escrava ou livre,
muitas vezes, era formada por trabalhadores especializados.
E) A mão de obra indígena só foi utilizada, no período colonial,
em regiões como São Paulo e Rio de Janeiro, não se fazendo
presente nos engenhos do nordeste colonial.

COMENTÁRIOS:

A proposição [D] está correta. O Engenho Colonial (roça, capela, casa


grande, senzala, moenda etc.) pode ser comparado com uma “empresa
colonial” uma vez que para produzir o açúcar eram necessários muitos
trabalhadores especializados ou não, escravos ou homens livres.
As demais alternativas estão equivocadas. Ocorreu a escravidão
indígena nos engenhos no nordeste, embora menor que a escravidão
negra. Os bandeirantes paulistas aprisionaram índios das missões do sul
e venderam como mão de obra escrava para os engenhos coloniais do
nordeste. A partir da segunda metade do século XVI foram criados
engenhos de açúcar no nordeste movido a água e a tração animal.

Gabarito: D

8. (Upe 2010) O trabalho cria riquezas sociais que, nem sempre,


são divididas e servem para efetivar sociedades equilibradas. O
uso da escravidão mostra a existência da exploração, mesmo
nos tempos modernos. A escravidão:

A) foi utilizada nas colônias europeias até o século XVIII, na


agricultura, apresentando grande lucratividade nos negócios

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História da Paraíba

agrícolas.
B) tinha lugar no trabalho doméstico, apenas nas colônias
portuguesas e inglesas, sendo ineficaz no comércio.
C) conseguiu se firmar nas colônias espanholas; sem êxitos
expressivos, nas colônias inglesas, devido aos preconceitos
raciais.
D) deu condições para favorecer o crescimento da burguesia,
que lucrava com o comércio da época e firmava seus
interesses.
E) inexistiu no trabalho, nas minas de ouro da América, sendo
utilizada na agricultura latifundiária e nos serviços urbanos.

COMENTÁRIOS:

Existem interpretações diferentes acerca da escravidão. Como o


enunciado não especifica um país, a questão fica muito vaga e gera
confusão, principalmente porque as alternativas são genéricas.
A alternativa [A] pode ser considerada, apesar da imprecisão
quanto à data, pois a escravidão existiu no século XIX, principalmente
no Brasil, a maior parte do tempo já independente. Na maior parte do
tempo e lugares foi utilizada na agricultura, apesar de fundamental na
mineração. A banca considerou como correta a alternativa D.
Apesar das dúvidas podemos eliminar a (A) pela imprecisão
temporal.
A alternativa [D] considerada correta pois o tráfico de escravos
era um grande comércio colonial. Movimentava um volume enorme de
dinheiro. Inclusive as grandes fortunas eram principalmente dos
comerciantes de escravos. Parte da burguesia lusitana obteve grande
lucro com o tráfico negreiro; aliás foi esse lucro que determinou a opção
pela escravidão africana. As outras alternativas podemos eliminar pois
os escravos foram usados em todos trabalhos: doméstico, lavoura e
minas de ouro, e o preconceito racial foi regra em toda a américa.

Gabarito: D

9. (Upe 2009) As sociedades mudam suas práticas sociais e


conservam outras através da sua convivência no decorrer do
tempo histórico. Na época da colonização portuguesa, havia, no
Brasil, uma sociedade marcada pela escravidão e a injustiça
social. Nos engenhos produtores de açúcar,

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História da Paraíba

A) predominava o trabalho escravo e o poder dos proprietários,


sem a interferência da religião, ausente do núcleo de
dominação.
B) havia mais liberdade social do que nos centros urbanos,
devido à presença de núcleos de trabalho livre em
quantidade expressiva.
C) permaneciam relações de poder patriarcais na vida social,
sendo a riqueza produzida importante para Portugal e sua
colonização.
D) mantinham-se práticas sociais hierarquizadas para os
escravos, havendo liberdade para as mulheres.
E) existia uma participação dos valores do catolicismo numa
luta cotidiana contra a escravidão dominante nas relações
sociais.

COMENTÁRIOS:

A sociedade colonial era religiosa, patriarcal e, no período


açucareiro, polarizada entre senhores e escravos. O trabalho escravo
era a base da atividade produtiva, baseada no latifúndio monocultor e
exortador, responsável pelo enriquecimento da metrópole portuguesa. É
importante lembrarmos que o catolicismo acompanhou todo o processo
colonizador, então podemos eliminar a alternativa (A).
Durante o ciclo canavieiro em Pernambuco não havia núcleos
urbanos, que só surgiriam com a mineração e aí eliminamos a (B).
Não havia liberdade feminina e a sociedade era profundamente
patriarcal, e eliminamos a (D).
E a luta contra a escravidão não tomou a vida social, inclusive foi
abolida tardiamente, e eliminamos a (E).

Gabarito: C

10. (Ufpb 2012) O Rei de Portugal, em Carta Régia datada de


1701, proibia a criação de gado em uma faixa de dez léguas a
partir do litoral brasileiro. No caso da Paraíba, essa medida
intensificou a ocupação do sertão e, consequentemente, o
conflito com os indígenas que habitavam essa região.
Considerando a ocupação do interior da Paraíba e os conflitos
entre colonizadores e índios, é correto afirmar:

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História da Paraíba

A) A intervenção pacificadora de Teodósio de Oliveira Ledo,


conhecido defensor dos índios, foi fundamental para pôr fim
a esses conflitos.
B) A falta de aliança entre as tribos locais facilitou o domínio
dos colonizadores, reduzindo os conflitos a insignificantes
combates.
C) A recusa dos sertanistas em participar dos conflitos com os
índios da região decorre da existência de alianças entre os
dois grupos.
D) A aliança entre os Potiguara e os Tabajara, ponto central do
conflito sertanejo, tornou esse dois povos os únicos
resistentes à ocupação.
E) A defesa do território pelos nativos teve como destaque a
aliança intertribal conhecida como Confederação dos Cariris.

COMENTÁRIOS:

Como movimento de resistência, algumas tribos indígenas da região


Nordeste formaram a Confederação dos Cariris, em 1.683, na tentativa
de recuperar os vastos hectares de terra que os fazendeiros
portugueses tomaram dos índios. Os indígenas ocuparam diversas
regiões e chegaram a atacar cidades do interior. A grande repressão
ocorreu em 1.713, com a dizimação dos povos indígenas envolvidos na
insurreição. Teodósio ledo, citado na alternativa (A) era português
colonizador, não defensor dos indígenas. Os indígenas organizaram-se
contra os dominadores, várias tribos como potiguaras, tabajaras, e
vários outros que eram todos chamados cariris.

Gabarito: E

11. (Ufal 2007) Considere o texto.

O negro, a princípio tão medroso do tapuia e do mato grosso, se


assenhoreou depois de algumas das florestas mais profundas do
país e submeteu às suas tentativas rudes de colonização
policultora, realizadas quase dentro das florestas virgens (...). O
máximo de aproveitamento da vida nativa. Inclusive das palmas
das palmeiras para numerosos fins, a começar pela habitação:
arte em que o negro tornou-se o rival do indígena, a ponto do

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História da Paraíba

mucambo de palha ter se tornado tão ecológico como qualquer


palhoça indígena. O exemplo de Palmares já se tornou clássico.
E é tão conhecido que seria banal recordá-lo ainda uma vez.
Mesmo porque não é o único na história do Nordeste.
(Gilberto Freyre. "Nordeste". Rio de Janeiro: Record, 1989. p.
81)

O autor mostra como os habitantes dos quilombos do Nordeste,


no período colonial, exploravam o meio ambiente. Analisando o
texto, pode-se afirmar que o autor sugere que os quilombolas

A) entraram em conflitos com os índios pela disputa por terras


férteis.
B) organizaram seu modo de vida adequando-se às condições
naturais.
C) destruíram as condições ambientais com a colonização
policultora.
D) evitaram adentrar na floresta por medo de serem atacados
por índios.
E) contribuíram, como os fazendeiros, na devastação das
florestas naturais.

COMENTÁRIOS:

Não foram inimigos dos índios, mas assim como eles combatiam os
dominadores portugueses. Formavam comunidades que reproduziam as
organizações africanas e praticavam agricultura de subsistência (não
policultura). Eles de acordo com o texto organizaram seu modo de vida
às condições ambientais.

Gabarito: B

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História da Paraíba

12. Observe o mapa.

O mapa faz alusão:

A) ao Tratado de Madri, que dividiu as terras americanas entre


Portugal e Espanha, colocando fim a décadas de disputas.
B) à estratégia imaginada pelos portugueses para enfrentar o
avanço dos franceses sobre suas terras na América.
C) ao Tratado de Tordesilhas e ao sistema de capitanias, doação
hereditária feita pela coroa a colonos portugueses.
D) à ação de Martim Afonso de Souza, encarregado de iniciar a
colonização efetiva das terras brasileiras.
E) ao sistema de sesmarias, utilizado pelos portugueses para
garantir a posse da terra contra ameaças estrangeiras.

COMENTÁRIOS:

O processo de expansão marítima europeia, no decorrer do século XV,


contrapôs interesses econômicos e políticos de portugueses e

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História da Paraíba

espanhóis. Em junho de 1494, Portugal e Espanha assinam o Tratado


de Tordesilhas, a partir de um meridiano localizado a 370 léguas a
oeste do arquipélago de Cabo Verde, demarcando as possessões
portuguesas e espanholas no Novo Mundo. O sistema de Capitanias
Hereditárias foi criado em 1534 pelo rei de Portugal, D. João III,
visando a colonização efetiva do território brasileiro. O tratado de Madri
a que o texto se refere foi assinado em 1750 pelo marques de pombal,
e estabeleceu os limites atuais do Brasil (exceto o Acre que foi
incorporado em 1903). As sesmarias eram fazendas doadas pelos
capitães donatários.

Gabarito: C

13. Em 1534, a Coroa portuguesa estabeleceu o regime de


capitanias hereditárias no Brasil Colônia. Entre as funções dos
donatários, podemos citar:

A) a nomeação de funcionários e a representação diplomática.


B) a erradicação de epidemias e o estímulo ao crescimento
demográfico.
C) a interação com os povos nativos e a repressão ao trabalho
escravo.
D) a organização de entradas e bandeiras e o extermínio dos
indígenas.
E) a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos.

COMENTÁRIOS:

Somente a proposição [E] está correta. Cabral chegou ao Brasil em


Abril de 1500. Não encontrando riqueza fácil (metais e especiarias), o
Brasil ficou em segundo plano entre 1500 até 1530. Em 1530, Portugal
está diante de um dilema: colonizar ou perder o Brasil. A coroa
portuguesa enviou para o Brasil Martim Afonso de Souza visando à
colonização. Em 1534, o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias,
lotes de terras entre o litoral e a linha de Tordesilhas. Estas terras
foram doadas aos donatários que eram nobres portugueses incumbidos
de iniciar o processo de colonização. Havia dois documentos relativos as
capitanias hereditárias, a “Carta de Doação” que consistia em um
documento que dava direito ao donatário de explorar a sua capitania e

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História da Paraíba

o “Foral” que estabelecia os direitos e deveres dos donatários. Cabia


aos donatários, entre outros, a fundação de vilas e cidades, a cobrança
de impostos e a doação de sesmarias (para estimular o povoamento).
As demais alternativas estão incorretas.

Gabarito: E

14. Entre as causas da Criação das Capitanias Hereditárias no


Brasil, podemos apontar:

A) a necessidade de apoio do governo português aos


comerciantes de pau-brasil;
B) a necessidade de organizar a exploração do ouro;
C) o fracasso do governo geral;
D) o interesse de Portugal no comércio de escravos indígenas;
E) a falta de recursos do governo português que transferiu
aos donatários a responsabilidade da colonização.

COMENTÁRIOS:

A coroa portuguesa sem recursos, transferiu os custos da


colonização para iniciativa privada através das capitanias. O pau-brasil
era armazenado em feitorias (armazéns litorâneos) e não gerou
colonização e povoamento, então excluímos a alternativa (A).
O ouro só foi encontrado no século XVIII, então podemos
eliminar a (B).
O governo geral foi criado para centralizar as capitanias, então
eliminamos a (C).
A alternativa (D) está errada pois Portugal não estimulava a
escravidão de indígenas, que também eram protegidos pelos padres
jesuítas.

Gabarito: E

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História da Paraíba

15. Leia o texto.

"Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando a marca


do administrador. Seu período é o mais brilhante de presença
estrangeira. Nassau renovou a administração (...) Foi
relativamente tolerante com os católicos, permitindo-lhes o livre
exercício do culto. Como também com os judeus (depois dele
não houve a mesma tolerância, nem com os católicos e nem com
os judeus - fato estranhável, pois a Companhia das Índias
contava muito com eles, como acionistas ou em postos
eminentes). Pensou no povo, dando-lhe diversões, melhorando
as condições do porto e do núcleo urbano (...), fazendo museus
de arte, parques botânicos e zoológicos, observatórios
astronômicos".

(Francisco lglésias)

Esse texto refere-se:


A) à chegada e instalação dos puritanos ingleses na Nova
lnglaterra, em busca de liberdade religiosa.
B) à invasão holandesa no Brasil, no período de União lbérica, e
à fundação da Nova Holanda no nordeste açucareiro.
C) às invasões francesas no litoral fluminense e à instalação de
uma sociedade cosmopolita no Rio de Janeiro.
D) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de uma
sociedade moderna, influenciada pelo Renascimento.
E) ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na Guerra da
Reconquista lbérica, nos Países Baixos e à fundação da
Companhia das Índias Ocidentais.

COMENTÁRIOS:

Maurício de Nassau foi o administrador holandês que fundou a colônia


da Nova Holanda. Marcamos diretamente a alternativa (B). As outras
alternativas estão todas muito erradas.

Gabarito: B

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16. (Ufpb 2012) O Rei de Portugal, em Carta Régia datada de


1701, proibia a criação de gado em uma faixa de dez léguas a
partir do litoral brasileiro. No caso da Paraíba, essa medida
intensificou a ocupação do sertão e, consequentemente, o
conflito com os indígenas que habitavam essa região.
Considerando a ocupação do interior da Paraíba e os conflitos
entre colonizadores e índios, é correto afirmar:

A) A intervenção pacificadora de Teodósio de Oliveira Ledo,


conhecido defensor dos índios, foi fundamental para pôr fim a
esses conflitos.
B) A falta de aliança entre as tribos locais facilitou o domínio
dos colonizadores, reduzindo os conflitos a insignificantes
combates.
C) A recusa dos sertanistas em participar dos conflitos com os
índios da região decorre da existência de alianças entre os dois
grupos.
D) A aliança entre os Potiguara e os Tabajara, ponto central
do conflito sertanejo, tornou esse dois povos os únicos
resistentes à ocupação.
E) A defesa do território pelos nativos teve como destaque a
aliança intertribal conhecida como Confederação dos Cariris.

COMENTÁRIOS:

Como movimento de resistência, algumas tribos indígenas da região


Nordeste formaram a Confederação dos Cariris, em 1683, na tentativa
de recuperar os vastos hectares de terra que os fazendeiros
portugueses tomaram dos índios. Os indígenas ocuparam diversas
regiões e chegaram a atacar cidades do interior. A grande repressão
ocorreu em 1713, com a dizimação dos povos indígenas envolvidos na
insurreição.

Gabarito: E

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História da Paraíba

17. (FCC – 2013/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO)


As dificuldades encontradas pelos portugueses na conquista
da Paraíba tiveram relação com:

A) a prévia ocupação francesa na região, e as alianças entre


os franceses e as tribos Potiguaras.
B) a animosidade dos índios Tabajaras que, ao resistirem às
tentativas de ocupação, provocou seu extermínio.
C) os ataques empreendidos pelas vilas coloniais, fundadas
por espanhóis e densamente fortificadas.
D) o descaso da Coroa com a conquista dessa região, uma vez
que nenhum tipo de exploração econômica havia sido
implantado.
E) o fracasso das sucessivas expedições de conquista que,
devido às intempéries marítimas, jamais chegaram ao seu
destino.

COMENTÁRIOS:

Foram grandes as dificuldades para a colonização da Paraíba e as


principais foram: a resistência dos indígenas, principalmente os
Potiguares, que se aliaram aos franceses e colaboravam com o tráfico
do Pau Brasil. O rei da França não reconhecia o tratado de tordesilhas
(que dividia o mundo entre Portugal e Espanha) e desde o início do
século XVI invadiram ativamente nosso litoral.

Gabarito: A

18. (FCC – 2013/AL-PB/ANALISTA LEGISLATIVO)


Segundo o historiador José Octávio de A. Mello, foram
responsáveis pela ocupação do litoral e brejos e do interior da
Paraíba, nos séculos XVI e XVII, respectivamente:

A) a sesmaria, grande propriedade produtora de algodão, e o


binômio couro/tabaco
B) a produção agrícola voltada para o comércio interno, e o
binômio algodão/tabaco.
C) o latifúndio, unidade produtora de cana-de-açúcar, e o
binômio pecuária/algodão no sertão.

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História da Paraíba

D) o minifúndio, unidade produtora de alimento e matéria-


prima, e a monocultura de açúcar no litoral.
E) a economia de subsistência, com base na mão de obra
livre, e a agroindústria açucareira no sertão.

COMENTÁRIOS:

O litoral possui clima quente e úmido e solos férteis e ali foi implantada
a lavoura de cana de açucar no modelo de plantation. A penetração no
território e a interiorização da colonização ocorreram principalmente
devido à criação de gado como atividade complementar, que fornecia
animais, carne e couro para os engenhos. Também tem ganhado
destaque o cultivo de Algodão no sertão junto dos limites hoje do RN.

Gabarito: C

19. (FCC – 2013/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO)


A fundação, no final do século XVI, de conventos e mosteiros
na Paraíba, então denominada Filipéia de Nossa Senhora das
Neves, foi vista com bons olhos pelos colonos, pois estes:

A) encontravam-se em minoria, acuados por tribos hostis,


razão que os fez solicitar da Coroa e do Papa a instalação de
missões jesuíticas fortificadas, no interior das quais pudessem
habitar.
B) pretendiam fazer prevalecer o catolicismo e combater as
religiões protestantes, como o calvinismo trazido pelos
conquistadores franceses, ao qual a população local havia
aderido massivamente.
C) acreditavam que a presença de religiosos contribuiria para
a catequização e a “pacificação” das aldeias indígenas nas
proximidades, garantindo a segurança da população branca.
D) ansiavam estabelecer trocas comerciais com os índios,
como o escambo, prática que até então não havia sido
implementada, uma vez que somente os freis eram os únicos
autorizados a fazer esse tipo de transação.
E) reivindicavam a presença de ordens religiosas naquele
território uma vez que, as famílias se sentiam desamparadas
pela Igreja, desde a expulsão dos jesuítas, no século anterior.

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História da Paraíba

COMENTÁRIOS:

A presença de ordens religiosas na colônia, principalmente a ordem dos


Jesuítas, vinham com o objetivo de catequisar o indígena e expandir a
fé católica. Na compreensão dos portugueses, se os indígenas se
convertessem seriam mais pacíficos e a religião fez parte do processo
de colonização. Era visto como salvação da alma do indígena e uma
forma de dominá-los, em termos da época “amansá-los".

Gabarito: C

20. (FCC – 2013/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO)


Missionários e bandeirantes tiveram importante papel no
processo de conquista do interior da Paraíba.
As bandeiras eram:

A) expedições que, em geral, se valiam do curso natural dos


rios e tinham por objetivo aprisionar índios para vendê-los como
escravos.
B) incursões oficiais da Coroa no interior do território
brasileiro a fim de abrir caminhos e construir vias férreas.
C) caravanas de colonos responsáveis pela instalação nas
vilas, de uma grande cruz e a bandeira portuguesa, como
símbolos da colonização.
D) tropas militares bem armadas e chefiadas por um
colonizador europeu, conhecedor da região, a fim de eliminar
tribos hostis
E) grupos de viajantes estrangeiros interessados em
pesquisar, explorar e mapear a fauna, a flora e os nativos do
continente americano.

COMENTÁRIOS:

As bandeiras eram principalmente formadas por paulistas e eram


empreendimentos particulares de sertanistas que se embrenhavam pelo
interior do país principalmente para escravizar os indígenas (por isso
eram inimigos dos jesuítas que os protegiam. Também capturavam
escravos fugidos, destruíam quilombos e procuravam metais preciosos.

Gabarito: A

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História da Paraíba

21. (FCC – 2013/AL-PB/ANALISTA LEGISLATIVO) A Tragédia de


Tracunhaém é a denominação do episódio histórico:

A) em que centenas de indígenas, que habitavam o território


entre Pernambuco e Paraíba, foram massacrados por
conquistadores portugueses, em um ataque surpresa liderado
por Frutuoso Barbosa.
B) ocorrido no rio de mesmo nome, quando uma frota de
embarcações portuguesas foi alvo do ataque de tribos indígenas
e de colonizadores holandeses, sendo todos os tripulantes
mortos.
C) que resultou na morte de todos os colonos que habitavam o
engenho de mesmo nome, motivando a determinação dos
portugueses em controlar mais rigorosamente a região por meio
da criação da capitania da Paraíba.
D) no qual uma forte epidemia de varíola se alastrou e
dizimou, em poucos meses, várias aldeias indígenas e as
populações que habitavam diversas vilas em Pernambuco, na
Paraíba e no Rio Grande do Norte.
E) decorrente do enfrentamento entre colonizadores
franceses e portugueses, aliados a tribos indígenas, que
terminou com a destruição completa dos vilarejos da capitania
de Itamaracá, e um grande número de mortos de ambos os
lados.

COMENTÁRIOS:

O massacre de Tracunhaém foi um conflito entre os indígenas


potiguares e o dono do engenho Tracunhaém. O lugar foi atacado e
todos foram mortos. Após este episódio foi extinta a capitania de
Itamaracá e criada a da Paraíba, pois os portugueses passaram a
aumentar o domínio na região e combater os indígenas.

Gabarito: C

22. (FCC – 2013/AL-PB/ANALISTA LEGISLATIVO) Em 1574


aconteceu um incidente conhecido como "Tragédia de
Tracunhaém", no qual índios mataram todos os moradores de
um engenho chamado Tracunhaém em Pernambuco. Esse

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História da Paraíba

episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento


de uma índia, filha do cacique potiguar, no Engenho de
Tracunhaém. Com base no conhecimento da História da
Paraíba, é correto afirmar que essa Tragédia contribuiu para:

A) a aliança entre os índios Potiguaras e portugueses e para o


progresso da Paraíba.
B) o desmembramento da capitania de Itamaracá e para a
formação da capitania da Paraíba.
C) a autonomia administrativa de colônia e para a expansão das
bandeiras no interior da Paraíba.
D) a resistência indígena à conquista portuguesa e para a
expansão da pecuária na Paraíba.
E) o ingresso de Ordens religiosas na capitania e para a
catequização dos índios da Paraíba.

COMENTÁRIOS:

Após o massacre foi extinta a capitania de Itamaracá. A região até a


criação da Paraíba ficou sob jurisdição de Pernambuco – capital
Olinda- de onde foi desmembrada.

Gabarito: B

23. (FCC – 2013/AL-PB/ANALISTA LEGISLATIVO) Em verdade,


os portugueses aproveitaram-se das diferenças étnicas entre
as tribos indígenas para jogar umas contra as outras e
prevalecer. Assim, aliás, atuará sempre o colonialismo... Sem a
cisão do campo dos naturais da terra, os representantes do
Império não teriam dominado parte alguma do mundo.

(José Octávio de Arruda Mello. História da Paraíba, lutas e


resistência. Paraíba, Conselho Estadual de Cultura (SEC):
União Editora, s/d. p. 25-26).

Com base no texto e no conhecimento histórico, pode-se


afirmar que o sucesso da expedição chefiada por João Tavares
na conquista da Paraíba em 1585 deveu-se, principalmente:

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História da Paraíba

A) aos acordos de paz entre os missionários e índios do grupo


Tapuias.
B) ao estímulo português a conflitos entre índios Potiguaras e
invasores.
C) à agressividade dos indígenas na luta entre portugueses e
Tapuias.
D) à rivalidade existente entre os indígenas Tabajaras e
Potiguaras.
E) aos constantes conflitos entre os franceses e os Tupis-
Guaranis.

COMENTÁRIOS:

Após várias expedições sem sucesso João Tavares conquistou a


paraíba em 1585, quando foi efetivamente instalada a capitania. A
principal razão da conquista era a rivalidade entre as tribos indígenas
e se aliaram aos Tabajaras, inimigos dos Potiguaras.

Gabarito: D

24. (FCC – 2013/AL-PB/ANALISTA LEGISLATIVO) Após a


expulsão dos holandeses, a administração portuguesa
incentivou o povoamento do oeste da Paraíba. As práticas
adotadas para concretizar essa ocupação foram:

A) o incentivo às entradas e a autorização para a livre


mineração, uma vez que nesse período foram descobertas
dezenas de jazidas de ouro na região, em torno das quais se
formavam os primeiros arraiais.
B) a instalação de fazendas de criação de gado bovino em áreas
bem servidas por rios, e a fundação sistemática de povoações,
freguesias e vilas que garantiam a posse portuguesa daquele
território.
C) a construção de quartéis e a transferência dos engenhos de
cana-de-açúcar situados próximos ao litoral para o sertão, a fim
de promover o desenvolvimento de núcleos urbanos no interior.
D) o estímulo e o patrocínio, por parte da Coroa Portuguesa, às
famílias europeias pobres que, ao emigrarem, recebiam
sesmarias e volumosos recursos para se instalarem em lugares

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História da Paraíba

isolados.
E) o apoio aos missionários e a estratégia governamental de
“fazer vistas grossas” à instalação de quilombos, favorecendo a
abertura de caminhos e o início de alguma atividade agrícola
produtiva no sertão.

COMENTÁRIOS:

A colonização da Paraíba iniciou pelo Litoral com a implantação de


engenhos de açucar. Depois a atividade de pecuária foi a principal
responsável pela interiorização do território, principalmente próximos
aos rios. A atividade pecuária foi uma importante atividade
complementar, bem como também a produção de Algodão. Surgiram
desta atividade vários povoados e vilas, muito importantes para a
consolidação da presença portuguesa.

Gabarito: B

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História da Paraíba

1. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES)


Em relação a população indígena analise as afirmativas abaixo,
dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa
que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

( ) Os índios Cariris se encontravam em maior número que os


tupis e ocupavam uma área que se estendia desde o planalto da
Borborema até os limites do Ceará, Rio Grande do Norte e
Pernambuco.
( )Os índios Tabajaras - eram mais numerosos que os Potiguaras
e ocupavam uma pequena região nos limites do Rio Grande do
Norte com a Paraíba.
( ) Os índios Potiguaras na época da fundação da Paraíba, os
Potiguaras formavam um grupo de aproximadamente 5 mil
pessoas. A aliança que firmaram com os portugueses foi de
grande proveito para os índios quando da conquista da Paraíba e
fundação de João Pessoa.
A sequência correta das assertivas é:

A) F – V - V.
B) V - V - V.
C) F - F - V.
D) V - F - F.

2. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES)


Leia o enunciado a seguir. Na época da conquista da Paraíba
(segunda metade do século ) chegaram outros
silvícolas, dessa vez pertencentes à tribo Tabajaras, também de
origem Tupi-Guarani, mas logo tornaram-se inimigos dos
Potiguaras, fixando-se na várzea do Rio Paraíba.
Assinale a alternativa que preencha adequadamente a lacuna
existente no enunciado acima:

A) XVI.
B) XVII.

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História da Paraíba

C) XV.
D) XIV.

3. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES)


Para assegurar a posse efetiva das terras para Portugal, uma
das medidas adotadas foi a criação da Capitania da Paraíba, no
ano de 1.574, por ordem do rei .
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.

A) Dom Manuel.
B) Dom Henrique.
C) Dom Sebastião.
D) Dom João.

4. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES)


Quando o governador geral Dom Luis de Brito recebeu a ordem
para separar Itamaracá, recebeu também do rei de Portugal a
ordem de punir os índios responsáveis pelo massacre, expulsar
os franceses e fundar uma cidade. Assim, começaram as cinco
expedições para a conquista da Paraíba. Faça a associação
correta:
I. 1.574.
II. 1.575.
III. 1.579.
IV. 1582.
V. 1.584.

( ) Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba, mas


desiste após perder um filho em combate.
( ) Expedição comandada pelo governador geral Dom Luis de
Brito, que foi prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem
chegaram às terras paraibanas.
( ) A expedição chega a Paraíba e captura cinco navios de
traficantes franceses, solicitando mais tropas de Pernambuco e
da Bahia para assegurar os interesses portugueses na região.
( ) Dom Fernão da Silva, comandante da expedição, teve sua
tropa surpreendida por indígenas e teve que recuar para
Pernambuco.
( ) Ainda sob forte domínio “de fato” dos franceses, foi

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História da Paraíba

concedida, por dez anos, ao capitão Frutuoso Barbosa a


Capitania da Paraíba, desmembrada de Olinda.
A sequência correta de cima para baixo é:

A) I, II, III, IV, V.


B) IV, II, V, I, III.
C) V, IV, III, II, I.
D) III, V, I, II, IV.

5. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES) Leia o


enunciado a seguir.
Os europeus que vieram para o estado eram
predominantemente , isso desde o início
da colonização no século . Estes chegaram à Paraíba
provenientes principalmente da Capitania
de . O pequeno número de
mulheres na época estimulou logo cedo a
miscigenação com mulheres das tribos locais e, em menor
escala, com as mulheres , sedimentando a base da
população atual.
Assinale a alternativa que preencha adequada e
respectivamente as lacunas.

A) Portugueses - XVI - Pernambuco - brancas - escravas.


B) Holandeses - XV - Ceará - brancas - índias.
C) Italianos - XVI - Rio Grande do Norte - pardas - brancas.
D) Portugueses - XV - Rio Grande do Norte - negras - caboclas.

6. (IBFC – 2014/SSDS/SOLDADO PM COMBATENTES) Em relação


à presença holandesa na Paraíba, é correto afirmar:

I. A instalação da empresa açucareira no Brasil contou com a


participação holandesa, desde o financiamento das instalações
até a comercialização no mercado europeu.
II. O primeiro governador da província holandesa da Paraíba e
Rio Grande do Norte foi Duarte Gomes da Silveira, que em nome
do Príncipe de Orange dos Estados Gerais e da Companhia, fez
aos paraibanos, em ata de 13 de janeiro de 1.635 várias

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promessas.
III. O controle holandês sobre a Paraíba durou apenas 10 anos,
de 1.634 a 1.644.
IV. Na época da invasão holandesa, a população era dividida em
dois grupos: os homens livres (holandeses, portugueses e
brasileiros) e os escravos (de procedência brasileira ou
africana).
V. Quando da invasão holandesa ao nordeste do Brasil, a Paraíba
era a terceira capitania em ordem de grandeza e importância
econômica na colônia, sendo precedida pela Bahia e
Pernambuco. Era esta riqueza e prosperidade que atraía os
invasores.
Estão corretas apenas as afirmativas:

A) I, IV e V.
B) II e III.
C) I, III e V.
D) II e IV.

7. (Upe 2014) Observe a imagem a seguir:

Ela ilustra um engenho de açúcar, típica unidade de produção do


nordeste colonial. Com base na imagem e na realidade histórica
por ela ilustrada, assinale a alternativa CORRETA.

A) Esse engenho movido por força hidráulica é uma realidade do


século XVIII, embora anteriormente fosse utilizada a força

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humana ou a força animal para fazê-lo funcionar.


B) A presença exclusiva de mão de obra escrava negra, na
imagem, denota a exclusão dos indígenas como
trabalhadores, escravos ou livres, da indústria açucareira.
C) Engenhos de grande porte, como o da ilustração, só foram
introduzidos na América Portuguesa em meados do século
XVII, pelos holandeses que ocupavam a capitania de
Pernambuco.
D) A mão de obra utilizada nos engenhos, escrava ou livre,
muitas vezes, era formada por trabalhadores especializados.
E) A mão de obra indígena só foi utilizada, no período colonial,
em regiões como São Paulo e Rio de Janeiro, não se fazendo
==0==

presente nos engenhos do nordeste colonial.

8. (Upe 2010) O trabalho cria riquezas sociais que, nem sempre,


são divididas e servem para efetivar sociedades equilibradas. O
uso da escravidão mostra a existência da exploração, mesmo
nos tempos modernos. A escravidão:

A) foi utilizada nas colônias europeias até o século XVIII, na


agricultura, apresentando grande lucratividade nos negócios
agrícolas.
B) tinha lugar no trabalho doméstico, apenas nas colônias
portuguesas e inglesas, sendo ineficaz no comércio.
C) conseguiu se firmar nas colônias espanholas; sem êxitos
expressivos, nas colônias inglesas, devido aos preconceitos
raciais.
D) deu condições para favorecer o crescimento da burguesia,
que lucrava com o comércio da época e firmava seus
interesses.
E) inexistiu no trabalho, nas minas de ouro da América, sendo
utilizada na agricultura latifundiária e nos serviços urbanos.

9. (Upe 2009) As sociedades mudam suas práticas sociais e


conservam outras através da sua convivência no decorrer do
tempo histórico. Na época da colonização portuguesa, havia, no
Brasil, uma sociedade marcada pela escravidão e a injustiça
social. Nos engenhos produtores de açúcar,

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História da Paraíba

A) predominava o trabalho escravo e o poder dos proprietários,


sem a interferência da religião, ausente do núcleo de
dominação.
B) havia mais liberdade social do que nos centros urbanos,
devido à presença de núcleos de trabalho livre em
quantidade expressiva.
C) permaneciam relações de poder patriarcais na vida social,
sendo a riqueza produzida importante para Portugal e sua
colonização.
D) mantinham-se práticas sociais hierarquizadas para os
escravos, havendo liberdade para as mulheres.
E) existia uma participação dos valores do catolicismo numa
luta cotidiana contra a escravidão dominante nas relações
sociais.

10. (Ufpb 2012) O Rei de Portugal, em Carta Régia datada de


1701, proibia a criação de gado em uma faixa de dez léguas a
partir do litoral brasileiro. No caso da Paraíba, essa medida
intensificou a ocupação do sertão e, consequentemente, o
conflito com os indígenas que habitavam essa região.
Considerando a ocupação do interior da Paraíba e os conflitos
entre colonizadores e índios, é correto afirmar:

A) A intervenção pacificadora de Teodósio de Oliveira Ledo,


conhecido defensor dos índios, foi fundamental para pôr fim
a esses conflitos.
B) A falta de aliança entre as tribos locais facilitou o domínio
dos colonizadores, reduzindo os conflitos a insignificantes
combates.
C) A recusa dos sertanistas em participar dos conflitos com os
índios da região decorre da existência de alianças entre os
dois grupos.
D) A aliança entre os Potiguara e os Tabajara, ponto central do
conflito sertanejo, tornou esse dois povos os únicos
resistentes à ocupação.
E) A defesa do território pelos nativos teve como destaque a
aliança intertribal conhecida como Confederação dos Cariris.

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História da Paraíba

11. (Ufal 2007) Considere o texto.

O negro, a princípio tão medroso do tapuia e do mato grosso, se


assenhoreou depois de algumas das florestas mais profundas do
país e submeteu às suas tentativas rudes de colonização
policultora, realizadas quase dentro das florestas virgens (...). O
máximo de aproveitamento da vida nativa. Inclusive das palmas
das palmeiras para numerosos fins, a começar pela habitação:
arte em que o negro tornou-se o rival do indígena, a ponto do
mucambo de palha ter se tornado tão ecológico como qualquer
palhoça indígena. O exemplo de Palmares já se tornou clássico.
E é tão conhecido que seria banal recordá-lo ainda uma vez.
Mesmo porque não é o único na história do Nordeste.
(Gilberto Freyre. "Nordeste". Rio de Janeiro: Record, 1989. p.
81)

O autor mostra como os habitantes dos quilombos do Nordeste,


no período colonial, exploravam o meio ambiente. Analisando o
texto, pode-se afirmar que o autor sugere que os quilombolas

A) entraram em conflitos com os índios pela disputa por terras


férteis.
B) organizaram seu modo de vida adequando-se às condições
naturais.
C) destruíram as condições ambientais com a colonização
policultora.
D) evitaram adentrar na floresta por medo de serem atacados
por índios.
E) contribuíram, como os fazendeiros, na devastação das
florestas naturais.

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História da Paraíba

12. Observe o mapa.

O mapa faz alusão:

A) ao Tratado de Madri, que dividiu as terras americanas entre


Portugal e Espanha, colocando fim a décadas de disputas.
B) à estratégia imaginada pelos portugueses para enfrentar o
avanço dos franceses sobre suas terras na América.
C) ao Tratado de Tordesilhas e ao sistema de capitanias, doação
hereditária feita pela coroa a colonos portugueses.
D) à ação de Martim Afonso de Souza, encarregado de iniciar a
colonização efetiva das terras brasileiras.
E) ao sistema de sesmarias, utilizado pelos portugueses para
garantir a posse da terra contra ameaças estrangeiras.

13. Em 1534, a Coroa portuguesa estabeleceu o regime de


capitanias hereditárias no Brasil Colônia. Entre as funções dos
donatários, podemos citar:

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História da Paraíba

A) a nomeação de funcionários e a representação diplomática.


B) a erradicação de epidemias e o estímulo ao crescimento
demográfico.
C) a interação com os povos nativos e a repressão ao trabalho
escravo.
D) a organização de entradas e bandeiras e o extermínio dos
indígenas.
E) a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos.

14. Entre as causas da Criação das Capitanias Hereditárias no


Brasil, podemos apontar:

A) a necessidade de apoio do governo português aos


comerciantes de pau-brasil;
B) a necessidade de organizar a exploração do ouro;
C) o fracasso do governo geral;
D) o interesse de Portugal no comércio de escravos indígenas;
E) a falta de recursos do governo português que transferiu
aos donatários a responsabilidade da colonização.

15. Leia o texto.

"Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando a marca


do administrador. Seu período é o mais brilhante de presença
estrangeira. Nassau renovou a administração (...) Foi
relativamente tolerante com os católicos, permitindo-lhes o livre
exercício do culto. Como também com os judeus (depois dele
não houve a mesma tolerância, nem com os católicos e nem com
os judeus - fato estranhável, pois a Companhia das Índias
contava muito com eles, como acionistas ou em postos
eminentes). Pensou no povo, dando-lhe diversões, melhorando
as condições do porto e do núcleo urbano (...), fazendo museus
de arte, parques botânicos e zoológicos, observatórios
astronômicos".

(Francisco lglésias)

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Esse texto refere-se


A) à chegada e instalação dos puritanos ingleses na Nova
lnglaterra, em busca de liberdade religiosa.
B) à invasão holandesa no Brasil, no período de União lbérica, e
à fundação da Nova Holanda no nordeste açucareiro.
C) às invasões francesas no litoral fluminense e à instalação de
uma sociedade cosmopolita no Rio de Janeiro.
D) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de uma
sociedade moderna, influenciada pelo Renascimento.
E) ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na Guerra da
Reconquista lbérica, nos Países Baixos e à fundação da
Companhia das Índias Ocidentais.

16. (Ufpb 2012) O Rei de Portugal, em Carta Régia datada de


1701, proibia a criação de gado em uma faixa de dez léguas a
partir do litoral brasileiro. No caso da Paraíba, essa medida
intensificou a ocupação do sertão e, consequentemente, o
conflito com os indígenas que habitavam essa região.
Considerando a ocupação do interior da Paraíba e os conflitos
entre colonizadores e índios, é correto afirmar:

A) A intervenção pacificadora de Teodósio de Oliveira Ledo,


conhecido defensor dos índios, foi fundamental para pôr fim a
esses conflitos.
B) A falta de aliança entre as tribos locais facilitou o domínio
dos colonizadores, reduzindo os conflitos a insignificantes
combates.
C) A recusa dos sertanistas em participar dos conflitos com os
índios da região decorre da existência de alianças entre os dois
grupos.
D) A aliança entre os Potiguara e os Tabajara, ponto central
do conflito sertanejo, tornou esse dois povos os únicos
resistentes à ocupação.
E) A defesa do território pelos nativos teve como destaque a
aliança intertribal conhecida como Confederação dos Cariris.

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17. (FCC – 2013/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO)


As dificuldades encontradas pelos portugueses na conquista
da Paraíba tiveram relação com:

A) a prévia ocupação francesa na região, e as alianças entre


os franceses e as tribos Potiguaras.
B) a animosidade dos índios Tabajaras que, ao resistirem às
tentativas de ocupação, provocou seu extermínio.
C) os ataques empreendidos pelas vilas coloniais, fundadas
por espanhóis e densamente fortificadas.
D) o descaso da Coroa com a conquista dessa região, uma vez
que nenhum tipo de exploração econômica havia sido
implantado.
E) o fracasso das sucessivas expedições de conquista que,
devido às intempéries marítimas, jamais chegaram ao seu
destino.

18. (FCC – 2013/AL-PB/ANALISTA LEGISLATIVO)


Segundo o historiador José Octávio de A. Mello, foram
responsáveis pela ocupação do litoral e brejos e do interior da
Paraíba, nos séculos XVI e XVII, respectivamente:

A) a sesmaria, grande propriedade produtora de algodão, e o


binômio couro/tabaco
B) a produção agrícola voltada para o comércio interno, e o
binômio algodão/tabaco.
C) o latifúndio, unidade produtora de cana-de-açúcar, e o
binômio pecuária/algodão no sertão.
D) o minifúndio, unidade produtora de alimento e matéria-
prima, e a monocultura de açúcar no litoral.
E) a economia de subsistência, com base na mão de obra
livre, e a agroindústria açucareira no sertão.

19. (FCC – 2013/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO)


A fundação, no final do século XVI, de conventos e mosteiros
na Paraíba, então denominada Filipéia de Nossa Senhora das
Neves, foi vista com bons olhos pelos colonos, pois estes:

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História da Paraíba

A) encontravam-se em minoria, acuados por tribos hostis,


razão que os fez solicitar da Coroa e do Papa a instalação de
missões jesuíticas fortificadas, no interior das quais pudessem
habitar.
B) pretendiam fazer prevalecer o catolicismo e combater as
religiões protestantes, como o calvinismo trazido pelos
conquistadores franceses, ao qual a população local havia
aderido massivamente.
C) acreditavam que a presença de religiosos contribuiria para
a catequização e a “pacificação” das aldeias indígenas nas
proximidades, garantindo a segurança da população branca.
D) ansiavam estabelecer trocas comerciais com os índios,
como o escambo, prática que até então não havia sido
implementada, uma vez que somente os freis eram os únicos
autorizados a fazer esse tipo de transação.
E) reivindicavam a presença de ordens religiosas naquele
território uma vez que, as famílias se sentiam desamparadas
pela Igreja, desde a expulsão dos jesuítas, no século anterior.

20. (FCC – 2013/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO)


Missionários e bandeirantes tiveram importante papel no
processo de conquista do interior da Paraíba.
As bandeiras eram:

A) expedições que, em geral, se valiam do curso natural dos


rios e tinham por objetivo aprisionar índios para vendê-los como
escravos.
B) incursões oficiais da Coroa no interior do território
brasileiro a fim de abrir caminhos e construir vias férreas.
C) caravanas de colonos responsáveis pela instalação nas
vilas, de uma grande cruz e a bandeira portuguesa, como
símbolos da colonização.
D) tropas militares bem armadas e chefiadas por um
colonizador europeu, conhecedor da região, a fim de eliminar
tribos hostis
E) grupos de viajantes estrangeiros interessados em
pesquisar, explorar e mapear a fauna, a flora e os nativos do
continente americano.

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História da Paraíba

21. (FCC – 2013/AL-PB/ANALISTA LEGISLATIVO) A Tragédia de


Tracunhaém é a denominação do episódio histórico:

A) em que centenas de indígenas, que habitavam o território


entre Pernambuco e Paraíba, foram massacrados por
conquistadores portugueses, em um ataque surpresa liderado
por Frutuoso Barbosa.
B) ocorrido no rio de mesmo nome, quando uma frota de
embarcações portuguesas foi alvo do ataque de tribos indígenas
e de colonizadores holandeses, sendo todos os tripulantes
mortos.
C) que resultou na morte de todos os colonos que habitavam o
engenho de mesmo nome, motivando a determinação dos
portugueses em controlar mais rigorosamente a região por meio
da criação da capitania da Paraíba.
D) no qual uma forte epidemia de varíola se alastrou e
dizimou, em poucos meses, várias aldeias indígenas e as
populações que habitavam diversas vilas em Pernambuco, na
Paraíba e no Rio Grande do Norte.
E) decorrente do enfrentamento entre colonizadores
franceses e portugueses, aliados a tribos indígenas, que
terminou com a destruição completa dos vilarejos da capitania
de Itamaracá, e um grande número de mortos de ambos os
lados.

22. (FCC – 2013/AL-PB/ANALISTA LEGISLATIVO) Em 1574


aconteceu um incidente conhecido como "Tragédia de
Tracunhaém", no qual índios mataram todos os moradores de
um engenho chamado Tracunhaém em Pernambuco. Esse
episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento
de uma índia, filha do cacique potiguar, no Engenho de
Tracunhaém. Com base no conhecimento da História da
Paraíba, é correto afirmar que essa Tragédia contribuiu para:

A) a aliança entre os índios Potiguaras e portugueses e para o


progresso da Paraíba.
B) o desmembramento da capitania de Itamaracá e para a
formação da capitania da Paraíba.
C) a autonomia administrativa de colônia e para a expansão das

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bandeiras no interior da Paraíba.


D) a resistência indígena à conquista portuguesa e para a
expansão da pecuária na Paraíba.
E) o ingresso de Ordens religiosas na capitania e para a
catequização dos índios da Paraíba.

23. (FCC – 2013/AL-PB/ANALISTA LEGISLATIVO) Em verdade,


os portugueses aproveitaram-se das diferenças étnicas entre
as tribos indígenas para jogar umas contra as outras e
prevalecer. Assim, aliás, atuará sempre o colonialismo... Sem a
cisão do campo dos naturais da terra, os representantes do
Império não teriam dominado parte alguma do mundo.

(José Octávio de Arruda Mello. História da Paraíba, lutas e


resistência. Paraíba, Conselho Estadual de Cultura (SEC):
União Editora, s/d. p. 25-26).

Com base no texto e no conhecimento histórico, pode-se


afirmar que o sucesso da expedição chefiada por João Tavares
na conquista da Paraíba em 1585 deveu-se, principalmente:

A) aos acordos de paz entre os missionários e índios do grupo


Tapuias.
B) ao estímulo português a conflitos entre índios Potiguaras e
invasores.
C) à agressividade dos indígenas na luta entre portugueses e
Tapuias.
D) à rivalidade existente entre os indígenas Tabajaras e
Potiguaras.
E) aos constantes conflitos entre os franceses e os Tupis-
Guaranis.

24. (FCC – 2013/AL-PB/ANALISTA LEGISLATIVO) Após a


expulsão dos holandeses, a administração portuguesa
incentivou o povoamento do oeste da Paraíba. As práticas
adotadas para concretizar essa ocupação foram:

A) o incentivo às entradas e a autorização para a livre

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História da Paraíba

mineração, uma vez que nesse período foram descobertas


dezenas de jazidas de ouro na região, em torno das quais se
formavam os primeiros arraiais.
B) a instalação de fazendas de criação de gado bovino em áreas
bem servidas por rios, e a fundação sistemática de povoações,
freguesias e vilas que garantiam a posse portuguesa daquele
território.
C) a construção de quartéis e a transferência dos engenhos de
cana-de-açúcar situados próximos ao litoral para o sertão, a fim
de promover o desenvolvimento de núcleos urbanos no interior.
D) o estímulo e o patrocínio, por parte da Coroa Portuguesa, às
famílias europeias pobres que, ao emigrarem, recebiam
sesmarias e volumosos recursos para se instalarem em lugares
isolados.
E) o apoio aos missionários e a estratégia governamental de
“fazer vistas grossas” à instalação de quilombos, favorecendo a
abertura de caminhos e o início de alguma atividade agrícola
produtiva no sertão.

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História da Paraíba

Questão 1 D Questão 13 E

Questão 2 A Questão 14 E

Questão 3 D Questão 15 B

Questão 4 B Questão 16 E

Questão 5 A Questão 17 A

Questão 6 A Questão 18 C

Questão 7 D Questão 19 C

Questão 8 D Questão 20 A

Questão 9 C Questão 21 C

Questão 10 E Questão 22 B

Questão 11 B Questão 23 D

Questão 12 C Questão 24 B

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