Livro Amazônia para Quem - Autor Prof Nonato Bouth
Livro Amazônia para Quem - Autor Prof Nonato Bouth
Livro Amazônia para Quem - Autor Prof Nonato Bouth
PARA QUEM ?
Nonato Bouth
O Professor Nonato Bouth é licenciado pleno em
Geografia pela Universidade Federal do Pará, Pós-
Graduando em Metodologia da Educação Superior pela
Universidade do Estado do Pará, Pós-Graduando em
Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Regional pela
Universidade Federal do Pará, mestrando em Gestão e
Auditoria Ambiental pela Fundação Universitária
Iberoamericana – Funiber (SC) e Professor de Geografia dos
Cursos Vestibulares Impacto e Ideal.
Capítulo III
A IMPORTÂNCIA DA SPVEA
A OPERAÇÃO AMAZÔNICA
PROJETO RADAM
Capítulo IV
Capítulo V
A HIDRELÉTRICA DE BALBINA
Hidrelétrica de Balbina Características
Rio Uatumã, no Estado do
Localização Amazonas.
Atender as necessidades de
Objetivo energia da cidade de Manaus e do
parque industrial da Zona Franca.
Por erros técnicos a hidrelétrica
foi construída em parte rasa do rio
Uatumã, conseqüentemente a
produção de energia é insuficiente
Impactos para atender as necessidades de
Manaus.
Sócio-Ambientais
Inundação de uma extensa área
provocando o remanejamento dos
índios Waimiri-atroari.
HIDRELÉTRICA DE SAMUEL
FONTE: www.comciencia.br
Capítulo VI
TEXTO COMPLEMENTAR
www.frigoletto.com.br
controle ambiental;
desenvolvimento regional;
vigilância;
controle do tráfego aéreo;
coordenação de emergências;
monitoramento das condições meteorológicas;
controle de ações de contrabando.
HIDROVIAS
AS HIDROVIAS AMAZÔNICAS
Fonte:Ahimor
Hidrovia Rio das Mortes-Araguaia-Tocantins – Os rios Tocantins,
Araguaia e das Mortes atravessam as regiões Norte e Centro-Oeste,
influenciando uma área agricultável de mais de 35 milhões de
hectares, com potencial de produção acima de 100 milhões de
toneladas/ano de grãos. A extensão da hidrovia deverá ser de 3.770
km, ligando o Brasil Central aos portos de Belém e Vila do Conde e,
através da ferrovia dos Carajás, aos portos de Itaqui e Ponta da
Madeira, no Maranhão.
O ARCO DO DESMATAMENTO
Áreas protegidas ao longo do Arco do Desenvolvimento Sustentável. Inclui as unidades de conservação de proteção integral, as unidades de
conservação de uso sustentável e as terras indígenas.
Fonte: Fonte: Revista Eco 21, Ano XIII, Edição 80, Julho 2003. (www.eco21.com.br)
A área definida por alguns autores como o arco do desmatamento
abrange as partes oriental e meridional da Amazônia.
O desmatamento tornou-se intenso nessa área a partir do momento que
o Estado se tornou mais atuante no processo de ocupação da fronteira
econômica e vazia em que se constituía a Amazônia entre as décadas de 50 e
70. Para promover a ocupação da fronteira o Estado passou a atrair grandes
investimentos de capital nacional e internacional para a área através da oferta
de isenção fiscal data pela Sudam, a montagem de obras de infra-estrutura e o
incentivo a migração para a formação de um exército de reserva. Com tudo
isso, a locação de novas atividades econômicas bancadas pelo grande capital,
como a atividade madeireira, a pecuária, a mineração e mais recentemente a
soja causaram e ainda causam um grande desmatamento na região.
Entre agosto de 2001 e agosto do ano passado foram desmatados 25,5
mil quilômetros quadrados e se constatou que as causas do problema são
pecuaristas, plantadores de soja, grileiros de terras e madeireiros.
No entanto, quando comparamos o biênio 2005/06 com o biênio 2003/04
percebemos uma pequena diminuição percentual do desmatamento na região
e isso pode ser atribuída a uma outra forma de ação do Estado brasileiro na
implantação de Unidades de conservação que são protegidas por leis federais
e estaduais.
Texto complementar
Ciência e Tecnologia
Fonte: Revista Eco 21, Ano XIII, Edição 80, Julho 2003. (www.eco21.com.br)
TEXTO COMPLEMENTAR
FONTE: Jornal O Liberal Edição:Ano LXII - nº 32.040
MARLY QUADROS
Alberoni explica que o Movimento dos Sem Tora não tem nenhuma
ligação com os movimentos sociais relacionados à reforma agrária, mas que
eles causam um grande prejuízo ao meio ambiente, já que retiram justamente a
madeira nativa de áreas não exploradas. 'Esses ‘sem tora’ são grupos que se
associam para cometer o crime ambiental. Eles agem a mando de madeireiros
e ocupam áreas geralmente de preservação ambiental, utilizam equipamentos
de grande porte, como trator, motosserra, caminhão, geralmente fornecidos por
proprietários de serrarias'.
Para coibir esse tipo de crime, a Polícia Civil não pode atuar sozinha,
porque os grileiros e invasores que visam a madeira andam protegidos por
pistoleiros. Se necessário, eles também expulsam famílias inteiras, queimam
casas e levam terror por onde passam.
MARLY QUADROS
O poder que está por trás dos madeireiros que atuam na clandestinidade
tem a violência como uma de suas principais armas e não alcança somente o
cidadão comum. A promotora de Justiça Ana Maria Carvalho, que atuava na
Comarca de Tailândia, foi retirada do local pelo Ministério Público do Estado
por medida de segurança. Desde que iniciou a operação 'Guardiões da
Floresta' e depois a 'Arco de Fogo', ela passou a receber uma série de
ameaças de morte, feitas por telefone ou bilhetes anônimos. A partir de
amanhã, quem assume a missão de acompanhar os crimes envolvendo o meio
ambiente na região é o promotor Daniel Barros.
Em Tailândia, ele não encontrará realidade muito diferente da que
vivenciou em seu município de origem, Santarém, onde atuava com a
promotoria ambiental desde o dia 10 de setembro do ano passado. Lá, nos
últimos cinco meses, a promotoria recebeu mais de 300 denúncias
relacionadas ao transporte ou retirada ilegal de madeira. Na opinião do
promotor, a fragilidade da lei ambiental favorece o crime. 'Para mim, (a lei) foi
direcionada a beneficiar quem comete o crime. As penas são muito brandas.
Uma pessoa que derrubou milhares de hectares vai pegar pena de um a três
anos, no máximo', explica.
“Só quem não vendeu terra na beira do rio foi esse velho bem aqui”, diz
Edmilson Maranhão Viana.
Depois a ameaça.
“Aí eu peguei o queixo dele assim. Ele olhou para mim, aí fechou o olho.
Pronto, se entregou”, conta Maria Federicci.
Chico Feitosa não vê o mundo lá fora. Até hoje, nunca viu essa tal de
televisão.
Aos 75 anos, nem ele viu o próprio retrato. Nunca ninguém o procurou
para tirar documento algum.
“Não tenho nem identidade, nem o CPF, nem outro documento, nem
meus filhos”, afirma Chico.
E nem os netos. Três gerações de uma família que não existe para o
estado brasileiro. Ninguém lá jamais freqüentou uma escola. Nem Francisco,
nem Teresa e nem nenhum dos nove filhos do casal.
Fantástico: Mas não tomou porque não chega, porque não gosta?
“A gente não fala assim: matou, não. É acidente de bala, a gente fala
acidente, né?”, complementa ele.
Lá, a irmã Dorothy Stang morreu com seis tiros à queima-roupa.
Foi por causa da repercussão da morte dela que o governo criou quatro
unidades federais de conservação da Terra do Meio. Mais de dois anos depois,
o que se constata é que nenhuma delas existe na prática.
THIAGO VILARINS
O fato é que existe entre esses estados e esses municípios, sim, uma
verdadeira indústria do tráfico de trabalhadores envolvendo, a partir das
empreitas encomendadas pelos fazendeiros, uma rede complexa de
intermediários onde predominam: o empreiteiro conhecido como gato, e sua
rede de reta-gatos, o dono da pensão peoneira, o transportador clandestino, o
fiscal da barreira interestadual, o policial de plantão. Segundo investigação
apresentada em livro recente por Binka Le Breton, todos estes ganham um
bom dinheiro com a intermediação do crime. Ao lado da violência física e/ou
psicológica, do isolamento, da humilhação, e da mais abjeta superexploração,
o artifício da dívida impagável, fabricada e amarrada nas costas do peão para
ser cobrada sem fim e assim garantir a sua permanência no trabalho forçado,
tem se tornado o instrumento mais comum de coação do trabalhador.
4. Os caminhos da erradicação
Principais descobertas
Conclusões e Demandas
A expansão dramática da soja representa a mais séria das muitas
ameaças ao futuro da Amazônia. O boom da soja está devastando não apenas
a floresta, mas populações indígenas e comunidades tradicionais, forçados a
deixarem suas terras para dar lugar a grandes campos de soja, e a população
pobre, levada para áreas remotas da Amazônia para trabalhar como escravos
em áreas de desmatamento ilegal, e moradores da área rural, cujas terras e
água são poluídas pelo uso intensivo de agrotóxicos nas monoculturas de soja.
A soja na Amazônia não é produzida de forma responsável e grande parte é
ilegal, beneficiando apenas aquelas empresas que controlam o comércio – o
comércio triangular para o século 21.
O Mercado precisa mudar:
AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
Fonte: Ibama
Nota: os conceitos sobre conservação, preservação, unidades de conservação, flonas e zoneamento foram
adaptados de artigos veiculados pelo Ibama.
Capitulo VIII
A fronteira amazônica
→Fronteira ≠ limite
Fronteira: zona de contato entre espaço distintos, do ponto de vista sócio-
econômico, ambiental e cultural.
Limite: é demarcação jurídica-política de distinção de territórios.
Aspectos importantes
Metropolização na Amazônia
Belém
MANAUS
Capitulo IX
O PROJETO JURUTI
Esse fluxo deverá aumentar nos próximos anos, assim como também
crescerá ainda mais o PIB do município. É que em 2008 entrará em operação a
Usina Hidro-Metalúrgica (UHC), ao lado do Sossego, para testar em escala
industrial a tecnologia para o processamento de minérios de cobre mais
complexos e que possibilita a produção direta de catodos de cobre. O sucesso
na operação da UHC implicará na utilização dessa tecnologia para o
desenvolvimento do Salobo II, com a verticalização da produção de cobre.
Capítulo X
O PROCESSO DE FRAGMENTAÇÃO DO TERRITÓRIO AMAZÔNICO
A Formação de novos Estados e Territórios Federais
Qual desses é o Pará do seu coração?
AS MESSORREGIÕES DO PARÁ
Mesorregiões
(População, Área e Densidade Demográfica)
Fonte: Governo do Pará
Capítulo XI
Texto 01
BR-163 é palco das maiores modificações
provocadas pelo homem na Amazônia
http://www.greenpeace.org.br/tour2005_br163/tour.php
NOTAS:
Texto
Essa era a expectativa de Altair Pedro Martini, 40 anos, quando chegou aos 12 anos
de idade em Rurópolis, cidade paraense localizada no entroncamento da BR 163
com a rodovia Transamazônica, vindo da cidade de Iraí, no Rio Grande do Sul.
Altair não fazia idéia das dificuldades que enfrentaria nos anos seguintes.
Para Altair, a atual situação dos colonos é crítica: “Nós estamos muito
desamparados. Praticamente fomos jogados aqui. Não temos assistência técnica,
financiamentos, incentivos. Não temos como escoar a produção. Eu cansei de ver
gente carregando produção nas costas. Crianças e mulheres, cada um carregando o
que agüenta. E isso só para garantir a compra dos produtos básicos para a
sobrevivência”
Entre os muitos personagens dessa saga amazônica está o paulista José Landi, 45
anos. Antes de chegar na BR 163 em 1980, sua família já havia migrado em busca
de terras para o estado do Paraná e depois para Laranjal, no Paraguai. “Nosso
objetivo era a busca de terras para plantar. Naquela época, as terras aqui eram
baratas, o pouco que tínhamos no sul era suficiente para comprar um bom pedaço
de terra em Rurópolis. Nós sofremos muito no início e continuamos a sofrer hoje.
Mas nunca pensamos em voltar. Para o sul não tem como voltar”.
O padre Arno Miguel Longo, que atua junto a trabalhadores rurais da região,
acredita que o asfaltamento em si não resolve os problemas das populações locais
se não vier acompanhado de outros investimentos, “Por um lado, o asfaltamento
tira os moradores do isolamento, já que as condições de acesso são muito difíceis.
Por outro lado, ele representa um perigo grande em relação à intensificação da
exploração dos recursos naturais. É preciso ir além do asfalto. Os colonos não estão
mais na beira da estrada, estão até 50 km para dentro da mata. Se não tiver
eletrificação rural, abertura de vicinais, toda uma infra-estrutura para atender
essas pessoas, o asfalto vai ser apenas um corredor de acesso. Não vai adiantar. Se
não houver um complemento que atinja a base, não adianta não”.
Padre Arno ressalta ainda que o preço das terras já subiu com a perspectiva do
asfaltamento, “Já está grande a movimentação de grandes produtores, sobretudo
de grãos, que vem comprando as terras dos colonos. Aqui é uma das últimas
fronteiras agrícolas no mundo e na esteira desse progresso, muitos pequenos
também são atraídos para cá. Só que não encontram um lugar no campo e acabam
causando inchaço nas vilas e cidades”.
Estimativa diz que mais de 150 delas florescem na região oeste do Pará
Santarém
Alailson Muniz
Agência Amazônia
texto 3
São Paulo
Agência Estado
SIMBOLISMO
texto 4
ESPERANÇA BESSA
Enviada especial a São Paulo
REALIDADES
Repórter Brasil - Como foi feito o cálculo de que a maior parte da madeira
utilizada na produção de carvão vegetal é ilegal?
Maurílio Monteiro - As próprias empresas, ao declararem a origem de sua
matéria-prima, não souberam demonstrar de onde vêm 5,4 milhões de metros
cúbicos do seu carvão, na auto-declaração de 2003. Em 2004, o volume
aumentou para 12,7 milhões de metros cúbicos de carvão ilegal.