Relato de Experiência - Aulas de Dança Através Do Xbox Kinect
Relato de Experiência - Aulas de Dança Através Do Xbox Kinect
Relato de Experiência - Aulas de Dança Através Do Xbox Kinect
Introdução
A tecnologia está cada vez mais incorporada em nosso meio, inclusive dentro
de nossas escolas, com a utilização de smartphones, tablets, computadores,
notebook, smart TV entre outros recursos tecnológicos e digitais que permeiam a
vida de todos. Em relação ao uso das tecnologias, não podemos deixar de enfatizar
o quanto se fazem presentes dentro das salas de aulas, sendo utilizadas como
metodologias inovadoras, ofertando a possibilidade de auxiliar com o processo de
ensino e aprendizagem de nossos alunos, são uma forma de interação entre
professor-professor e professor-aluno, proporcionando uma visão mais atrativa da
escola para todos (Otto, 2016).
Segundo Cavalcante (2012), o trabalho que comtemple as tecnologias (novas
ou não) de forma interativa nas salas de aulas, compreende a responsabilidade de
situar os entendimentos dos alunos sobre o mundo natural e cultural em que vivem.
O desenvolvimento contínuo dos alunos e dos professores faz-se essencial, desde
que desenvolvido de forma adequada, as propostas que se pautem nas novas
tecnologias, oportunizam uma aprendizagem que ocorre pode ocorrer com
desenvolvimento emocional, racional, da imaginação, no intuitivo, das interações, a
partir dos desafios, da exploração de possibilidades, de assumir responsabilidades,
do criar e do refletir juntos.
A partir do exposto pelo autor citado anteriormente, podemos compreender
que as novas tecnologias estão postas no mundo contemporâneo, nossos alunos
estão imersos nas mais diversificadas propostas que são ofertadas entre os mais
diferentes meios tecnológicos. Nós professores também temos conhecimentos sobre
algumas das perspectivas que são disponibilizadas por essas tecnologias, assim,
podemos utilizar de nossa intencionalidade pedagógica para que possamos
desenvolver atividades mais interativas, inovadoras e que tenham como princípio a
participação ativa dos estudantes em nossas aulas de Educação Física.
De acordo com Belloni (2001), quando nos referimos a Mídia-Educação nos é
posto como objetivo a formação de receptores e produtores/sujeitos ativos, críticos
criativos em relação a mídia e as novas tecnologias, ofertando melhores condições
de cidadania na contemporaneidade. Desmistificar as tecnologias como inimigas do
processo de ensino aprendizagem, empregar sentidos pedagógicos que auxiliam
nesse processo, são possibilidades que o professor pode desenvolver a partir de
seus conhecimentos com as novas tecnologias e utilizar seus planejamentos para
inovar suas aulas e trazer aulas prazerosas, cheias de contextualização e sentido
para os alunos.
Em 2007, na área da computação conhecida como Interação Homem
Computador, uma classe de games nova foi desenvolvida, tendo como nome
Exergames ou Exertion Games. Segundo Sinclair et al. (2007), por conta da
utilização facilitada de tecnologias de emulação perceptiva e atuação, esses games
criados recentemente, permitem que as habilidades de novas habilidades sejam
cheias de proveito, assim quanto a prática de exercício físico. Na literatura, podemos
encontrar alguns conceitos explicativos sobre o termo Exergames, sengundo Graves
et al. (2010), podem ser definidos como videogames que exigem atividade física
para serem jogados. Por definição, é a combinação do exercício físico com o game,
propiciando a fascinação pelo game em junção do exercício físico.
Diante dessas reflexões, o objetivo do presente estudo é relatar a experiência
de um professor de Educação Física em uma escola pública estadual de
Angatuba/SP e as contribuições encontradas ao se abordar o conteúdo de dança ao
aplicar a temática de danças urbanas nas turmas de 7º anos do ensino fundamental.
O preconceito e estereótipo apresentado por vários alunos, bem como a falta
de vivência por parte de muitos docentes com o tema dança, ocorre de criar uma
situação de negligência com essa cultura corporal dentro das aulas de educação
física, optando por desenvolver o trabalho apenas com os assuntos que são mais
“prazerosos” do ponto de vista e do conhecimento do docente, ou quando muito,
desenvolve de maneira superficial alguns conhecimentos ofertados nos materiais
didáticos de uso obrigatório embasado no currículo.
Portanto, esse relato de experiência justifica-se pela necessidade de relatar
as dificuldades e contribuições encontradas pelo docente ao ministrar a temática de
dança durante as aulas de Educação Física, diante do impasse criado por alguns
estudantes e da resistência posta inclusive pela falta de vivência do professor com o
conteúdo.
Metodologia
O presente estudo é de abordagem qualitativa, pois “não se preocupa com
representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de
um grupo social, de uma organização” (GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p. 31), e do
tipo narrativa autobiográfica, permitindo ao pesquisador relatar um acontecimento,
um fato relevante que ocorreu em sua história de vida (SOUSA; CABRAL, 2015).
O relato apresentado foi desenvolvido com base na minha experiência no
ensino do conteúdo de danças urbanas que ocorreu no mês de maio do ano de 2022
com a turma do 7° ano do ensino fundamental através da disciplina de Educação
Física de uma escola estadual de Angatuba/SP.
Como princípio ético deste estudo, ressalto que o nome dos alunos da escola
participante do contexto no qual o relato se refere não foram identificados, sendo
revelado apenas o nome do professor envolvido.
Relato de Experiência
Desde o início de meu trabalho docente venho buscando por melhorias de
minha prática, estudando o currículo, fazendo cursos, indo ao encontro de aulas que
consigam desconstruir a visão estereotipada sobre a “velha” Educação Física, essa
que apresenta o desinvestimento pedagógico do professor, oferecendo o “rola bola”.
Deste modo, tenho me deparado com algumas limitações em relação ao
desenvolvimento de alguns objetos de conhecimento, partindo desse princípio,
busco por estratégias e alternativas para conseguir suprir essas limitações.
O trabalho com o objeto de conhecimento Dança, se faz uma de minhas
limitações, tenho encontrado maiores dificuldades em ofertar propostas engajadoras
e significativas nos objetos de conhecimento qual não tive muita vivência, inclusive
na faculdade o contato que tive com a Dança foi muito limitado, tratando sobre
algumas atividades de roda e muito pouco direcionadas ao público de fundamental
dois ou ensino médio. Assim, propor de forma significativa e contextualizada o
trabalho com danças veio ficando cada vez mais difícil, principalmente pelo motivo
de que ao passar dos anos atuando como docente, comecei a entender melhor a
importância de ensinar, o fazer e o saber sobre o fazer. Segundo Beija (2020), a falta
de um domínio prévio sobre determinados conhecimentos são os argumentos mais
utilizados para justificarem essa situação e o autor continua
Considerações finais
Referências
BEIJA, João Victor Cruz. Danças urbanas nas aulas de educação física escolar:
entre a cultura juvenil e o cotidiano escolar. 2020. Dissertação (Mestrado em
Educação Física) - Programa Associado de Pós-Graduação em Educação Física,
Universidade Federal da Paraíba, Recife, 2020.
GRAVES, Lee et al. The effect of active video gaming on children’s physical activity,
behavior preferences and body composition. Pediatric Exercise Science,
Champaign, v. 22, n.4, p. 535–546, nov. 2010.