Orientacao Animal No Espaco

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Flávia Alexandre Baloi

Orientação animal no espaço

Curso de Licenciatura em ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2024
Flávia Alexandre Baloi

Orientação animal no espaço

Curso de Licenciatura em ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química

Trabalho apresentado ao curso de Biologia,


Departamento de Ciências Exactas e
Tecnológicas, Extensão de Tete, para
avaliação
Docente: Fulaide Mphepo Muassinali

Universidade Púnguè

Extenção de Tete

2024
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Índice
1. Introdução................................................................................................................................4
1.1.Objectivos..............................................................................................................................5
1.1.1. Geral...................................................................................................................................5
1.1.2. Específicos.........................................................................................................................5
2. Fundamentação Teórica...........................................................................................................5
2.1 Orientação animal no espaço..................................................................................................5
2.2 Metodologia...........................................................................................................................5
2.3 Bases morfo-fisiológicas........................................................................................................6
2.4 Bases genéticas.......................................................................................................................7
2.5 Tactismo e tropismo...............................................................................................................7
2.6 A orientação primária e secundaria........................................................................................8
2.7 Orientação mnemotáctica, idiotética, navegação e migrações................................................8
Conclusão...................................................................................................................................10
4. Bibliografia............................................................................................................................11
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1. Introdução
O trabalho patente descreve assuntos referentes a orientação de animais no espaço, visto
que orientar-se faz parte das características elementares de todos seres vivos. Uma vez
que cada organismo está adaptado ao seu habitat, a orientação permite que o organismo
tome sob controlo individual o seu habitat adequado, onde o animal encontra alimento,
parceiro sexual, condições climáticas adequadas não só para ele como também para as
suas crias.

O facto de que a orientação do animal no espaço subdivide-se em: orientação primária e


orientação secundária, que são orientações relativas ao corpo e ao espaço externo ao
corpo, respectivamente. Uma orientação relativa ao corpo é destinada a manter
equilíbrio do corpo no espaço.

Existe uma grande magnitude de mecanismos com os quais os organismos determinam


e manter a sua posição em relação a forca de gravidade é o caso do tacticismo, e
tropismo.
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1.1.Objectivos

1.1.1. Geral
 Fazer o estudo da orientação dos animais no espaço.

1.1.2. Específicos
 Explicar as bases morfológicas e genéticas dos animais;
 Descrever os mecanismos de tactismos e tropismo nos animais;
 Interpretar a maneira como os animais se orientam no espaço,

2. Fundamentação Teórica

2.1 Orientação animal no espaço


A Orientação animal no espaço é o posicionamento espacial direccionado de um
organismo ou de partes deste no campo dos estímulos ambientais. Segundo PIRES
(2009), orientação é a capacidade que os seres vivos têm de colocar as posições e
postura das diferentes partes do corpo, num relacionamento funcional. Uma vez que
cada organismo está adaptado ao seu habitat, a orientação permite que o organismo
tome sob controlo individual o seu habitat adequado, onde o animal encontra alimento,
parceiro sexual, condições climáticas adequadas não só para ele como também para as
suas crias.

Segundo JANDER (1970) and MERKEL (1980), Orientação animal no espaço é o


posicionamento espacial direccionado de um organismo ou de partes deste no campo
dos estímulos ambientais.

2.2 Metodologia
O Método pertinente neste âmbito de pesquisa tem carácter qualitativo com enfâse no
estudo documental, ao mesmo tempo que será necessário o cruzamento dos
levantamentos com toda pesquisa bibliográfica a ser feita.

Para tal será necessário a consulta de livros, obras publicadas, monografias e registos
existentes em institutos de pesquisa.
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O método de abordagem INDUTIVO, que consistirá numa abordagem ou estudo dos


pormenores mais elementares do tema ora em estudo, para posterior concluir num
campo ou universo mais abrangente.

Para melhor explanar os dados que serão recolhidos e posteriormente analisados,


apresentarei em etapas.

 Etapa A pesquisa bibliográfica – farei uma busca cuidadosa da literatura nas


bibliotecas e sites da internet, e uma sugestão individual baseada na apreciação
das literaturas.

2.3 Bases morfo-fisiológicas


Existem basicamente dois mecanismos de direcção e regulação de processos no
organismo animal nomeadamente: o sistema nervoso e o sistema hormonal, colocando o
organismo numa situação funcional e optimal no meio que o rodeia (MARKUS, 2003).
Estas duas instâncias demonstram muitas semelhanças na sua acção coordenadora entre
o organismo e o ambiente; porém, elas demonstram também muitas diferenças quanto
às suas seis propriedades particulares. Assim, hormonas actuam de modo relativamente
muito lento, demonstram, contudo, um efeito duradoiro comparativamente aos nervos.
O sistema nervoso, devidas as suas propriedades, está mais para processos reguladores
de curta duração. A Etofisiologia ocupa-se no estudo comportamental ao nível
fisiológico, sendo que questiona sobre mecanismos de regulação e direcção sobre os
quais assenta o comportamento animal. Neste questionamento, o etólogo procede no
sentido de análise-entrada-saída, tomando o organismo como um “black box” e analisa
as relações entre os estímulos ambientais que actuam sobre o animal e o próprio
comportamento. Com este procedimento torna-se possível descrever as capacidades do
aparelho fisiológico e, assim, desenvolver novas questões ao nível do fisiológico, mas a
fisiologia ao descrever o comportamento animal no espaço relaciona-se com a ecologia.
Exemplo: O comportamento de construção de armadilhas pela formiga-leão (Euroleon
nostras) para a captura da presa. A construção segue as instâncias neuromotoras, mas
depende do meio em que as formigas encontram-se. A capacidade dos órgãos sensoriais
em animais e no Homem são, de um lado, observados e analisados com uso dos mesmos
métodos usados no estudo de outros sistemas, por exemplo, o circulatório. Neste tipo de
estudos procura-se saber qual das multifacetadas influências ambientais como estímulos
podem influenciar um órgão sensorial, que modificações um estímulo pode liberar numa
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célula receptora especial do órgão sensorial, como é que tais modificações são
transformadas num padrão de impulsos neuronais e como é que, finalmente, estes
padrões de impulsos se modificam para padrões sensoriais de determinadas regiões do
cérebro. Todas estas capacidades e estruturas a elas subordinadas pertencem à chamada
fisiologia sensorial objectiva. (BIRBAUMER & SCHMIDT apud PIRES, 2000:196)

2.4 Bases genéticas


Trata se da disciplina biológica ramificada da Etologia que: Investiga as determinantes
genéticas do comportamento que só actuam através da parte fixa das propriedades
estruturais e funcionais do sistema nervoso; Esclarece o grau de expressão do
comportamento no seu significado para a adaptação das espécies ao longo da evolução;
O nível de causalidade histórica: ontogénese e filogénese. Na ontogénese está inclusa a
actual génese. Na análise da ontogénese do comportamento facilmente podemos
detectar o que resulta da herança e o que provém da aprendizagem. Na análise
filogenética dos comportamentos dá-se maior ênfase à investigação das homologias
(GATTERMANN, 1993)

2.5 Tactismo e tropismo


Os mecanismos que os animais podem se servir na orientação no espaço são: Tactismos
e tropismos.

O tactismo envolve movimentos de deslocamento de células em direcção a um


estímulo. Assim como os tropismos, podem ser positivos ou negativos.

Formas de tactismos

 Geotactismo: quando a fonte de estímulo é a acção da gravidade; Exemplo: o


voo vertical de uma gaivota direccionando-se para cima.
 Fototactismo: a fonte de estímulo é a luz. Tratando-se de luz polarizada falamos
de polarotactismo.

Se o estímulo consiste em astros, então falamos de astrotactismo;


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Exemplo: o deslocamento de borboletas ao encontro duma lâmpada acesa.

Tropismo é um movimento de mudança de direcção de crescimento que ocorre em


organismo vivo ou suas partes devido ao estímulo de um factor externo. Quando o
movimento ocorre em direcção ao factor estimulante diz-se que é positivo. Quando
ocorre em direcção contrária, diz-se que é negativo.

Formas de tropismos

 Fototropismo: quando a fonte de estímulo é a luz. A parte iluminada cresce


menos, provocando um fototropismo positivo, que é o crescimento em direcção
à fonte luminosa. Exemplo: O crescimento dos pintainhos através da luz emitida
pela lâmpada.
 Geotropismo: quando o agente é a acção da força de gravidade; Exemplo: O
crescimento em altura do Homem.
 Magnetotropismo: as fontes de estímulo são campos magnéticos;
 Galvanotropismo ou electrotropismo: as fontes de estímulo são campos
eléctricos;

2.6 A orientação primária e secundaria


A orientação primária é uma orientação relativa ao corpo enquanto a orientação
secundária é relativa ao espaço externo do corpo.

2.7 Orientação mnemotáctica, idiotética, navegação e migrações


Uma orientação mnemotáctica é aquela em que o animal orienta-se por marcos
ambientais e está estritamente relacionada com a sua capacidade de aprendizagem ao
passo que uma orientação idiotética é uma orientação secundária do organismo que se
constrói sobre a primária, utilizando informações derivadas da orientação primária para
melhorar a postura do corpo ou de partes determinadas. A migração dos animais ocorre
por diversas razões, podendo ser em busca de melhores condições de vida, seja em
termos de alimentação, de temperatura, procriação e trabalhos no caso dos seres
humanos ou podem migrar para fugirem de predadores. Navegação trata se da
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capacidade da navegação que os organismos desenvolveram, no sentido é que eles são


capazes de orientar para alvos localizados a longas distancias, fora do campo actual da
percepção do seu sensório. Muitos organismos utilizam parâmetro astronómicos, tais
como o sol, a lua, as estrelas, os padrões de polarização do céu.
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Conclusão
O deslocamento que possibilita o organismo tome sob controlo individual o seu meio
habitat adequado, poderá ser capaz de procurar um outro idêntico àquele, quando ele,
por um motivo qualquer, é obrigado a deixar o habitat inicial.

Os dois mecanismos que existem na integração que ordenam e coordenam os diferentes


elementos comportamentais de modo a dar-lhes sentido, que são: o sistema nervoso e o
sistema hormonal, sendo que estes sistemas demonstram muitas semelhanças na sua
acção coordenadora entre o organismo e o ambiente, porém, elas demonstram também
muitas diferenças quanto às suas propriedades particulares.

A orientação do comportamento possui uma base genética e, é herdado, mas na sua


expressão participam elementos da aprendizagem e os factores ambientais condicionam
a sua expressão, tactismos é um movimento de todo o organismo em direcção a um
estímulo externo ao passo que tropismo é um movimento de mudanças de direcção de
crescimento, direccionados ao estímulo de um factor externo.

A orientação mnemotáctica é aquela em que o animal orienta-se por marcos ambientais


e está estritamente relacionada com a sua capacidade de aprendizagem ao passo que
uma orientação idiotética é uma orientação secundária do organismo que se constrói
sobre a primária, utilizando informações derivadas da orientação primária para melhorar
a postura do corpo ou de partes determinadas.
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4. Bibliografia
BALLONE, G.J. Melatonina-in. PsiqWeb, 2005, artigo obtido na internet via http://

Biologia. Revista Humanidades (Universidade de Brasília), 2001.

CARVALHO, J. Eduardo, Metodologia do Trabalho Cientifico, Escolar editora, 2a


edição Lisboa, 2009, 180pg

ediçao. São Paulo: EDUSP, 2003.

GARRIDO, D. & COSTA, R. Dicionário de geografia, 1ª edição, Lisboa, 1996.

GIL, António Carlos, Como elaborar projecto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002;

KERBAUY, G. B. . Fisiologia Vegetal - Segunda edição expandida, revisada e


atualizada. 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan Ltda., 2008.

LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho


Científico. Atlas, São Paulo, 1995.

LUDKE, M. & ANDRÉ, M.E.D.A.. Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas.


Paulo: Atlas, 1986.

MARKUS, R. P; et al. Ritmos biológicos: entendendo as horas, os dias e as estações do

PIRES, C. L. V. Biologia do Comportamento, In.Prelo, 2009. São Paulo, 2006. Pp 336-


337.

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