LRF Parte I
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LRF – Parte I
Livro Eletrônico
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do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
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CÓDIGO:
240111534687
MANUEL PIÑON
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LRF – Parte I
Manuel Piñon
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
LRF – Parte I. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Introdução ao Estudo da LRF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Aspectos Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2Abrangência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.3. Pressupostos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.4. Princípios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2. Equilíbrio das Contas Públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3. Planejamento e no Processo Orçamentário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1. PPA e LDO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2. Anexo de Metas Fiscais da LDO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3. Anexo de Riscos Fiscais da LDO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.4. Lei Orçamentária Anual – LOA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4. Resultado Nominal e Resultado Primário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5. Execução Orçamentária e Cumprimento de Metas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
6. Receita Pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.1. Receita Corrente Líquida (RCL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6.2. Renúncia de Receita. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7. Despesa Pública – Parte I. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
7.1. Geração da Despesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
7.2. Despesa Obrigatória de Caráter Continuado (DOCC). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
7.3. A Regra de Ouro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
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Manuel Piñon
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
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Manuel Piñon
APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje é conhecer a primeira parte dos principais pontos da LRF – Lei de
Responsabilidade Fiscal que poderão ser cobrados em nossa prova.
Quero hoje chamar a sua atenção para que tente se concentrar ao máximo nesta
aula. Vamos conhecer vários detalhes da LRF e, para isso, seu foco deve estar voltado
completamente para o conteúdo. Assim, minha sugestão é colocar o celular no modo “avião”
e se desligar completamente das redes sociais e WhatsApp. Como disse Norman Peale: “o
pensamento positivo pode vir naturalmente para algumas pessoas, mas também pode ser
aprendido e cultivado. Mude seus pensamentos e você mudará o mundo”.
Então, pense positivo, acredite que você vai passar e comece melhorando hoje a sua
concentração na hora de estudar.
Desejo que tenha um excelente aproveitamento desta aula.
Como diria Mahatma Gandhi: “Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas
se você não fizer nada, não existirão resultados”.
Então, vamos nessa. Tenha um excelente aproveitamento deste curso!
Prof. Manuel Piñon
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Manuel Piñon
Nesse contexto surge a LRF como “Código de Boas Condutas Fiscais” buscando
estabelecer um novo paradigma para as finanças públicas de nosso país. Baseia-se nos
princípios da administração pública e tem como objetivos a diminuição da dívida pública,
estabilização dos preços, o desenvolvimento sustentável, dentre outros, de modo que o
orçamento público seja efetivamente mecanismo de limitação de gastos, organização
estatal e representação dos anseios sociais.
De acordo com a Doutrina, o seu objetivo foi a instrumentalização dos princípios
norteadores da administração pública: legalidade, publicidade, moralidade, impessoalidade e
eficiência, a partir de um eixo de quatro premissas básicas: planejamento, transparência,
controle e responsabilização.
Ainda de acordo com a Doutrina, a LRF traz uma mudança de cultura no trato da coisa
pública, mais especificamente do dinheiro púbico. Estabelece normas orientadoras das
finanças públicas no País e rígidas punições aos administradores que não mantiverem
o equilíbrio de suas contas.
A LRF regulamenta parte do artigo 163 e todo o contexto do artigo 169 da Constituição
Federal de 1988 no capítulo relativo às finanças públicas, e ainda estabelece normas
específicas de Contabilidade Pública, conforme previsão em seus artigos 50 e 51.
Em outras palavras, a LRF regulamenta, especificamente, as regras previstas nos artigos
163/169 da CF/1988, estabelecendo normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal bem como disciplina outras providências.
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Manuel Piñon
“Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se
previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante
o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e
condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade
social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação
de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.”
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Obs.: Sugiro que, se possível, após o estudo dessa aula, você dê uma lida na LRF. A leitura
da “Lei seca”, da “letra da Lei” é muito cobrada, especialmente no caso da LRF, em
provas de concurso. O link para ter acesso à LRF é:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm.
Sem dúvida, essa é a melhor fonte de consulta. Ao final do material, apresentamos
também algumas referências que podem servir como outras fontes de consulta, em
caso de dúvida ou necessidade de aprofundamento.
A ideia aqui é comentar os pontos mais importantes da LRF, especialmente os aspectos
mais cobrados, reproduzindo trechos dessa norma nas resoluções de questões. Para acertar
muitas questões, como veremos, basta saber a sua literalidade, sendo indicada a sua revisão
nas vésperas da prova.
Bom, tenha logo em mente que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece normas
de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, mediante ações
que previnam riscos e corrijam os desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, destacando-se o planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização,
como premissas básicas.
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1.2ABRANGÊNCIA
Em verdade, em termos de abrangência, a LRF estabelece normas de finanças públicas
a serem observados pelos três Poderes nas três esferas de Governo: federal, estadual,
distrital e municipal, voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.
No que diz respeito à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão
compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de
Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; bem como as respectivas Administrações
diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. Além disso, a
Estados entende-se considerado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas estão incluídos:
Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de
Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.
A LRF é uma lei federal com efeitos gerais ou nacionais, de modo que inexiste necessidade de
outra lei para dar aplicabilidade a seus dispositivos, assim como também inexiste previsão
de lei no âmbito de qualquer âmbito que venha sobrepor a LRF.
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Repare que a empresa estatal não dependente (ou independente) não faz parte do
campo de aplicação da LRF, já que é autossustentável, não sofrendo as restrições da LRF,
para poder concorrer com a iniciativa privada em igualdade de condições.
Nesse contexto, destaque-se que:
1) uma empresa controlada é uma sociedade cuja maioria do capital social com direito
a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
2) uma empresa estatal dependente é uma empresa controlada que recebe do ente
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio
em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de
participação acionária.
DICA
Nem toda empresa estatal controlada é obrigada a cumprir
a LRF, mas toda estatal que segue a LRF é uma estatal
controlada.
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Note que uma estatal pode ser controlada e não receber do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária, ou
seja, nesse caso é uma estatal controlada independente.
Conforme dispõe o artigo 2º da LRF, na verdade toda empresa estatal dependente é uma
empresa controlada do ente do qual depende.
Errado.
Na verdade, nem todas as empresas controladas são dependentes, apenas as que recebam
do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de
custeio em geral ou de capital. Confira no trecho do artigo 2º da LRF com grifos nossos:
“III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;”
Errado.
1.3. PRESSUPOSTOS
Importante destacar ainda que responsabilidade na gestão fiscal, por sua vez, pressupõe:
• ação planejada e transparente;
• prevenção de riscos e correção de desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas;
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Além disso, a LRF atende ao artigo 169 da Carta Magna, que determina o estabelecimento
de limites para as despesas com pessoal ativo e inativo da União a partir de Lei Complementar.
Um outro dispositivo atendido pela LRF consiste na prescrição do artigo 165, § 9º, II, da
Constituição. De acordo com esse dispositivo:
[…] cabe à lei complementar estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de Fundos.
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A Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu artigo 19, também se entrelaça com o artigo
169 da CF/1988. Confira com grifos nossos:
LRF: Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com
pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os
percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados […].
CF/1988: Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
Finalmente, a partir do seu artigo 68, a LRF vem atender à prescrição do artigo 250 da
Constituição de 1988 assegurando:
[…] recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo regime geral de previdência
social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado
por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei, que disporá sobre a natureza e
administração desse fundo.
1.4. PRINCÍPIOS
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São quatro as vigas mestras que sustêm a LRF em seu audacioso projeto de moralizar
a gestão pública brasileira:
1) Planejamento.
2) Transparência.
3) Controle.
4) Responsabilização.
O planejamento serve para determinar os objetivos a alcançar e as ações a serem
realizadas, compatibilizando-as com os meios disponíveis para a sua execução.
Tenha em mente que o Planejamento em questão diz respeito às metas, aos limites e às
condições para renúncia e arrecadação de receitas e geração de despesas, refletidas nas
peças orçamentárias, ou seja: no Plano Plurianual (PPA), na Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA).
DICA
A LRF ocupou o espeço deixado pelas principais normas de
finanças públicas.
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Nos termos da LRF, a LDO recebe novas e importantes funções, dentre elas:
1) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas;
2) estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de arrecadação da
receita inferior ao esperado, de modo a NÃO comprometer as metas de resultado primário
e nominal previstas para o exercício;
3) dispor sobre o controle de custos e avaliação dos resultados dos programas financiados
pelo orçamento;
4) disciplinar as transferências de recursos para entidades públicas e privadas.
Importante informar que, em sua versão original, no inciso III do artigo 4º da LRF, a LDO,
atendendo ao disposto no § 2º do art. 165 da Constituição, a LDO definiria os limites e
condições para expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado, entretanto
esse inciso foi vetado pelo Presidente da República:
“Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:
III – (VETADO)”
Errado.
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Nesse contexto, é importante destacar que a LRF criou 3 anexos que deverão integrar a
LDO: Anexo de Metas Fiscais (AMF), Anexo de Riscos Fiscais (ARF) e o anexo dos objetivos
das políticas monetária, creditícia e cambial, sendo esse último apenas para a União.
Os dois primeiros anexos são os mais cobrados em prova e serão abordados em tópicos
específicos adiante. Já o anexo com os objetivos das políticas monetária, creditícia e
cambial, engloba parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis,
e também as metas de inflação para o exercício subsequente, sendo elaborado apenas
pela União.
Esquematizando, temos:
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Sem dúvida o anexo de metas fiscais, exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, deverá
integrar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), estabelecendo em valores
correntes e constantes as metas para o montante da dívida pública para o exercício a que
se referir e apara os dois seguintes (art. 4º, § 1º da LRF).
Certo.
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Na verdade, no anexo de metas fiscais devem ser estabelecidas metas anuais para receitas
e despesas. Confira:
Errado.
Amigo(a), chamo a sua atenção ao fato de que as receitas de alienações de bens não
devem ser somadas ao cálculo da Receita Corrente Líquida, por tratar-se de receitas
de capital, e, igualmente, não serão elas computadas no cálculo do Resultado Primário,
por constituírem receitas de caráter eventual.
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Sim, guarde que os recursos gerados na alienação e a sua destinação desses recursos devem
constar no Anexo de Metas Fiscais que estará presente na LDO. Confira na LRF, com grifos
nossos:
Certo.
O Anexo de Metas Fiscais (AMF) incluirá, ainda, a avaliação da situação dos fundos
de caráter previdenciário, utilizados em geral na complementação de aposentadorias,
ou simplesmente usado no pagamento de pensões e serviços médicos utilizados pelos
servidores e seus dependentes. No passado, recursos desses fundos eram utilizados com
frequência para finalidades diversas daquelas previstas em seus estatutos.
Busca a LRF, desta forma, proteger os regimes próprios de previdência, assegurando
a utilização dos seus recursos na finalidade específica e garantindo a sua viabilidade
econômico-financeira.
Guarde ainda que a LRF facultou os municípios com menos de 50 mil habitantes a elaborar
o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias a
partir do quinto exercício seguinte
ao da publicação daquela Lei Complementar, ou seja, esses municípios não foram
definitivamente dispensados de nenhum dos dois anexos.
Por último, o Anexo de Metas Fiscais deverá apresentar as estimativas dos efeitos
de incentivos fiscais ou qualquer tipo de renúncia que importe na perda de receitas
próprias da União, dos Estados ou dos Municípios.
Veja um exemplo hipotético de AMF:
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EXEMPLO
EXEMPLO
Para exemplificar cito as sentenças judiciais, que podem a qualquer momento gerar uma despesa
inesperada se não houver uma reserva para este tipo de contingência. O reconhecimento de
uma despesa potencial corresponderá a um novo elemento a ser avaliado nas metas propostas
no Anexo de Metas Fiscais.
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§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Bem, tendo em mente a letra da lei, bastava saber que realmente um passivo contingente
envolvem incerteza, já que, em tese, a discursão a seu respeito ainda não acabou.
Certo.
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Guarde a ideia de que a LRF elegeu a LDO como instrumento mais importante para a
obtenção do equilíbrio nas contas públicas, a partir de um conjunto de metas que, após
aprovadas, passam a ser compromisso de governo.
I – as metas anuais para o exercício a que se referir e para os 3 (três) seguintes, com o objetivo
de garantir sustentabilidade à trajetória da dívida pública;
II – o marco fiscal de médio prazo, com projeções para os principais agregados fiscais que
compõem os cenários de referência, distinguindo-se as despesas primárias das financeiras e as
obrigatórias daquelas discricionárias;
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Guarde que O projeto de lei orçamentária deve conter, em anexo próprio, demonstrativo do
cumprimento dos objetivos e metas constantes no Anexo de Metas Fiscais da LDO. Confira:
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com
os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º; (Art. 4º A lei de
diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º e:§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante
da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
Certo.
Na verdade, o artigo 4º da LRF determina que os objetivos das políticas monetária, creditícia
e cambial devem ser apresentados em anexo específico da LDO e não da LOA. Confira com
grifos nossos:
Errado.
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Ressalte-se ainda que a dívida pública tem um tratamento especial na LOA. Outro
ponto relevante na execução da LOA é que os pagamentos de sentenças judiciais (os famosos
precatórios) deverão identificar os respectivos beneficiados, de forma a evidenciar a ordem
cronológica da sua ocorrência (visou a inibir aquelas absurdas “furadas” de fila).
Com relação à LOA e aos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos, merece
destaque aqui o fato de que, no caso de uma empresa estatal considerada dependente,
ela participará do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social, mas não participa
do Orçamento de Investimentos, diferentemente das chamadas empresas estatais não
dependentes (independentes) que somente integram o orçamento de investimentos.
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DICA
O objetivo da apuração do Resultado Nominal é medir a
evolução da Dívida Fiscal Líquida.
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Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das
dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas à inovação
e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade e as
ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. (Redação dada pela Lei Complementar n. 177, de 2021)
§ 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a
limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores
financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. (Vide ADIN 2.238-5)
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Nessa pegada, vemos que a assertiva está plenamente de acordo com a letra da lei.
Certo.
ADPF 708
Órgão julgador: Tribunal Pleno
Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO
Julgamento: 04/07/2022
Publicação: 28/09/2022
Ementa
Ementa: Direito constitucional ambiental. Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental. Fundo Clima. Não destinação dos recursos voltados à mitigação das
mudanças climáticas. Inconstitucionalidade. Violação a compromissos internacionais.
1. Trata-se de arguição de descumprimento de preceito fundamental por meio da qual
se alega que a União manteve o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima)
inoperante durante os anos de 2019 e 2020, deixando de destinar vultosos recursos para
o enfrentamento das mudanças climáticas. Pede-se: (i) a retomada do funcionamento do
Fundo; (ii) a decretação do dever da União de alocação de tais recursos e a determinação
de que se abstenha de novas omissões; (iii) a vedação ao contingenciamento de tais
valores, com base no direito constitucional ao meio ambiente saudável. 2. Os documentos
juntados aos autos comprovam a efetiva omissão da União, durante os anos de 2019 e
2020. Demonstram que a não alocação dos recursos constituiu uma decisão deliberada
do Executivo, até que fosse possível alterar a constituição do Comitê Gestor do Fundo,
de modo a controlar as informações e decisões pertinentes à alocação de seus recursos.
A medida se insere em quadro mais amplo de sistêmica supressão ou enfraquecimento
de colegiados da Administração Pública e/ou de redução da participação da sociedade
civil em seu âmbito, com vistas à sua captura. Tais providências já foram consideradas
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal em reiteradas decisões. Nesse sentido:
ADI 6121, Rel. Min. Marco Aurélio (referente à extinção de múltiplos órgãos colegiados);
ADPF 622, Rel. Min. Luís Roberto Barroso (sobre alteração do funcionamento do Conselho
Nacional da Criança e do Adolescente – CONANDA); ADPF 623-MC, Relª. Minª. Rosa Weber
(sobre a mesma problemática no Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA);
ADPF 651, Relª. Minª. Cármen Lúcia (pertinente ao Conselho Deliberativo do Fundo
Nacional do Meio Ambiente – FMNA). 3. O funcionamento do Fundo Clima foi retomado
às pressas pelo Executivo, após a propositura da presente ação, liberando-se: (i) a
integralidade dos recursos reembolsáveis para o BNDES; e (ii) parte dos recursos não
reembolsáveis, para o Projeto Lixão Zero, do governo de Rondônia. Parcela remanescente
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dos recursos não reembolsáveis foi mantida retida, por contingenciamento alegadamente
determinado pelo Ministério da Economia. 4. Dever constitucional, supralegal e legal
da União e dos representantes eleitos, de proteger o meio ambiente e de combater
as mudanças climáticas. A questão, portanto, tem natureza jurídica vinculante, não se
tratando de livre escolha política. Determinação de que se abstenham de omissões na
operacionalização do Fundo Clima e na destinação dos seus recursos. Inteligência dos
arts. 225 e 5º, § 2º, da Constituição Federal (CF). 5. Vedação ao contingenciamento dos
valores do Fundo Clima, em razão: (i) do grave contexto em que se encontra a situação
ambiental brasileira, que guarda estrita relação de dependência com o núcleo essencial
de múltiplos direitos fundamentais; (ii) de tais valores se vincularem a despesa objeto
de deliberação do Legislativo, voltada ao cumprimento de obrigação constitucional
e legal, com destinação específica. Inteligência do art. 2º, da CF e do art. 9º, § 2º, da
Lei de Responsabilidade Fiscal – LC 101/2000 (LRF). Precedente: ADPF 347-MC, Rel.
Min. Marco Aurélio. 6. Pedido julgado procedente para: (i) reconhecer a omissão da
União, em razão da não alocação integral dos recursos do Fundo Clima referentes
a 2019; (ii) determinar à União que se abstenha de se omitir em fazer funcionar
o Fundo Clima ou em destinar seus recursos; (iii) vedar o contingenciamento das
receitas que integram o Fundo. 7. Tese: O Poder Executivo tem o dever constitucional
de fazer funcionar e alocar anualmente os recursos do Fundo Clima, para fins de
mitigação das mudanças climáticas, estando vedado seu contingenciamento, em
razão do dever constitucional de tutela ao meio ambiente (CF, art. 225), de direitos
e compromissos internacionais assumidos pelo Brasil (CF, art. 5º, § 2º), bem como do
princípio constitucional da separação dos poderes (CF, art. 2º, c/c o art. 9º, § 2º, LRF).
Amigo (a), chamo a sua atenção para o fato de que o cumprimento das metas de
resultado primário e nominal é demonstrado no Anexo de Metas Fiscais.
De acordo com o estabelecido na LRF, os Poderes e o Ministério Público promoverão,
por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de
empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Pode-se observar que a essência da LRF (em termos de resultado) são
as metas de resultado primário e nominal.
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Guarde que de acordo com a LRF a programação financeira serve para verificar o cumprimento
das metas fiscais, podendo, inclusive, gerar limitação de empenho. Confira, com grifos nossos:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira.
Certo.
Importante destacar que, em atendimento ao artigo 8º parágrafo único da LRF, aqueles recursos
legalmente vinculados à finalidade específica deverão ser utilizados exclusivamente para atender
ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
Guarde que existindo um recurso vinculado a uma finalidade específica, não pode se dar
outra destinação. Confira LRF:
Certo.
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No que diz respeito aos precatórios, a LRF em seu artigo 10 dispõe que:
Por sua vez, o artigo 13º da LRF determina que o Poder Executivo deve, até trinta dias
após a publicação do orçamento anual, efetuar o desdobramento das receitas em metas
bimestrais de arrecadação, informando quais medidas serão adotadas para o combate
à sonegação, na cobrança da dívida ativa e referente aos créditos executáveis pela via
administrativa.
Ressalte-se a importância dessa medida, uma vez que tais metas bimestrais de receita
servirão de parâmetro para a limitação de empenho e movimentação financeira.
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Por seu turno, o artigo 31, § 1º, II, da LRF determina que limitação de empenho também
será promovida pelo ente que ultrapassar o limite para a dívida consolidada, para que
obtenha o resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite.
Seguindo essa linha de raciocínio, caso aconteça uma frustração da receita estimada
no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação financeira,
com o objetivo de obter os resultados previstos na LDO e impedir assumir compromissos
sem respaldo financeiro.
JURISPRUDÊNCIA
Em função de decisão do STF, tomada em setembro de 2020, em sede da ADIN 2238,
atualmente o Poder Executivo não pode limitar os Poderes Legislativo e Judiciário e o
Ministério Público caso estes não promovam a limitação no prazo estabelecido no caput
do artigo 9º, ou seja, existe a limitação de empenho aos Poderes Legislativo, Judiciário e
Ministério Público, mas ela deve ser efetuada por ato próprio e não pelo executivo.
Essa decisão do STF, que julgou como inconstitucional o § 3º do artigo 9º da LRF foi
baseada na ideia de que esse dispositivo feria o Princípio da Separação dos Poderes.
Importante destacar que a LRF, em seu artigo 9º, § 2º, apresenta despesas que não
podem sofrer a limitação de empenho, que é o caso das despesas que constituam obrigações
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da
dívida, além daquelas ressalvadas pela LDO. Lembre-se de que a LC 177, de 12/01/2021
também incluiu nesse rol as relativas à inovação e ao desenvolvimento científico e
tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade.
Ainda sobre esse tema, a LRF, em seu artigo 9º, § 1º, dispõe que caso ocorra o
restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações
cujos empenhos foram limitados ocorrerá de forma proporcional às reduções efetivadas.
Destaque-se ainda que, de acordo com o artigo 65 da LRF, em situações extremas,
como estado de defesa e/ou de sítio, decretado na forma da Constituição, ou na ocorrência
de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas
Assembleias Legislativas, na hipótese dos estados e municípios, enquanto perdurar a
situação serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho
prevista no art. 9º dessa norma.
6. RECEITA PÚBLICA
No âmbito da Receita Pública, a LRF nos diz ser requisito essencial da responsabilidade
na gestão fiscal, a instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos
da competência constitucional do Ente.
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Fica proibida a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe tal
determinação no que se refere aos impostos, ou seja, a vedação quanto às transferências
voluntárias se refere apenas aos impostos e não aos tributos, não alcançando, entretanto,
as transferências voluntárias destinadas às ações nas áreas de assistência social, saúde
e educação.
Assim, a afirmativa ficaria mais adequada se tivesse escrito “poderá ficar suspenso”, já que
há possibilidade de receber, mesmo o município não arrecadando o Imposto mencionado
na assertiva.
Certo.
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Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos
das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia
de cálculo e premissas utilizadas.
Registre-se ainda que, de acordo com o artigo 13 da LRF, as receitas previstas serão
desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a
especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação,
da quantidade e dos valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como
da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
EXEMPLO
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a União a incluir na lei orçamentária anual, recursos específicos para ressarcir os cofres
estaduais, conhecido como seguro receita.
Mesmo com a “chiada” dos Governadores, a LRF entendeu que devem ser computados no
cálculo da RCL os valores recebidos PELOS ESTADOS em decorrência da Lei Complementar
n. 87/1996 – Lei Kandir.
Repito que a RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em
referência e nos 11 anteriores, excluídas as duplicidades. Assim, a apuração da RCL é
feita durante o período de um ano, não necessariamente coincidente com o ano civil
e que o mês de referência, ou atual, é o mês imediatamente anterior àquele em que a
receita corrente líquida estiver sendo apurada (art. 6º, Parágrafo único, da Portaria
STN n. 589/01).
EXEMPLO
Se a RCL estiver sendo apurada em dezembro, o mês de referência será novembro do mesmo
ano e assim por diante.
Errado.
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Dessa maneira, a LRF, por meio do conceito de RCL, separou as receitas disponíveis a cada
um dos entes daquelas que eles não têm autonomia para gerenciar, de modo a evitar que
o ente faça cálculos e determine percentuais em cima de receitas brutas, que na verdade
não estejam realmente disponíveis.
Assim, de acordo com a nova forma de cálculo trazida pelo novo MDF, na UNIÃO as
deduções passam a ser as seguintes:
a) valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal;
b) contribuições sociais para a seguridade social do trabalhador e dos demais segurados
da previdência social;
c) contribuições sociais para a seguridade social do empregador, da empresa e da
entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe
preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
d) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência;
e) arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social (PIS)
e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP);
f) as receitas provenientes da compensação financeira dos diversos regimes de
previdência, na contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e
na atividade privada, rural e urbana. É imprescindível, para tanto, que as referidas receitas
estejam adequadamente contabilizadas em contas próprias que as identifiquem. Quando
a compensação for entre o Regime Próprio de Previdência do Servidor e o Regime Geral de
Previdência Social, essa receita deverá ser computada como intraorçamentária.
DICA
Para o cálculo da RCL da União, não se aplica a dedução
das Transferências obrigatórias relativas às emendas
individuais e de bancada, não havendo o conceito de RCL
ajustada para o cálculo dos limites de endividamento e
da despesa com pessoal, por ser a própria União o ente
transferidor dos recursos.
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Vamos agora ver como fica o cálculo da RCL para os Estados trazida pelo novo MDF.
Importante destacar que para os Estados, DF e Municípios não se aplicam as Contribuições
do Empregador e Trabalhadores para a Seguridade Social, pois se referem às contribuições
para o RGPS, exclusivo da União. Também não se aplicam às Contribuições para PIS/PASEP.
Para os Estados, nas parcelas entregues aos municípios por determinação constitucional
ou legal, serão consideradas as transferências constitucionais ou legais entre entes, de modo
a identificar a receita que efetivamente pertence a cada ente, ou seja, são consideradas
apenas as transferências que tratam de repartição de receita tributária. Nesse contexto, estão
inseridas as repartições da arrecadação do ICMS, do IPVA, bem como das receitas provenientes
da Lei Complementar n. 61/1989, que dispõe sobre o IPI, e da Lei Complementar n. 87/1996
(Lei Kandir). Serão computados, ainda, os valores pagos e recebidos em decorrência do Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (FUNDEB), estabelecido no art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
De acordo com a nova forma de cálculo para os Estados, as deduções passam a ser
as seguintes:
a) as parcelas entregues aos Municípios, por determinação constitucional ou legal;
b) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência;
c) as receitas provenientes da compensação financeira dos diversos regimes de previdência,
na contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade
privada, rural e urbana. É imprescindível, para tanto, que as referidas receitas estejam
adequadamente contabilizadas em contas próprias que as identifiquem.
Registre-se que devem ser computados, os valores pagos e recebidos em decorrência
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB), estabelecido no art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
Na RCL dos Estados do Amapá e de Roraima, não serão considerados os recursos
recebidos para atendimento das despesas com pessoal a cargo da União prevista nos incisos
XIII e XIV do art. 21 da Constituição e no art. 31 da Emenda Constitucional n. 19.
Vamos agora ver como fica o cálculo da RCL para os Municípios trazida pelo novo MDF.
Note que as Transferências Constitucionais e Legais não se aplicam aos municípios,
pois esses não possuem transferências para União ou Estados, nem as Contribuições para
o Custeio de Pensões Militares, visto que não possuem força militar.
De acordo com a nova forma de cálculo para os Municípios, as deduções passam a
ser as seguintes:
a) a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência;
b) as receitas provenientes da compensação financeira dos diversos regimes de
previdência, na contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e
na atividade privada, rural e urbana. É imprescindível, para tanto, que as referidas receitas
estejam adequadamente contabilizadas em contas próprias que as identifiquem.
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De acordo com a LRF, isenções e anistias são tipos de renúncia de receita. Veja:
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Art. 14, § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão
de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam
a tratamento diferenciado.
Nessa toada, o inciso II do art. 5º da Lei de Responsabilidade Fiscal confirma o que nos diz
a assertiva. Confira com grifos nossos:
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com
os objetivos e metas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º;
II – será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem como
das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias
de caráter continuado;
Certo.
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Ainda a respeito da renúncia de receitas, lembre-se que, de acordo com artigo 5º, II,
da LRF, o projeto de LOA, elaborado de forma compatível com o PPA e com a LDO será
acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e
ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado.
Art. 4º O Presidente da República deve encaminhar ao Congresso Nacional, em até 6 (seis) meses
após a promulgação desta Emenda Constitucional, plano de redução gradual de incentivos e
benefícios federais de natureza tributária, acompanhado das correspondentes proposições
legislativas e das estimativas dos respectivos impactos orçamentários e financeiros.
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Note que esse plano de redução gradual de incentivos fiscais e benefícios federais
de natureza tributária certamente trará impacto sobre os artigos da LRF que tratam da
renúncia de receitas.
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A regra básica da LRF para todo e qualquer aumento de despesa pode ser assim traduzida:
toda e qualquer despesa que não esteja acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro nos três primeiros exercícios de sua vigência, da sua adequação (declarada pelo
Ordenador da despesa) orçamentária e financeira com a LOA, e compatibilidade com o
PPA e a LDO e, no caso de despesa obrigatória de caráter continuado, de suas medidas
compensatórias, é considerada não autorizada, irregular e lesiva ao patrimônio público.
Guarde que o empenho, a liquidação e o pagamento das despesas somente poderão ser
realizados depois da apresentação da estimativa de impacto orçamentário e financeiro
e da declaração de compatibilidade das despesas, e não somente a liquidação e o
pagamento, como consta na assertiva. Confira o artigo 16, incisos I e II e seu § 4º da LRF:
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa será acompanhado de:
I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e
financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias.
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Errado.
Note que a despesa precisa estar adequada à LOA e compatível com o PPA e a LDO.
Cuidado com um eventual trocadilho de palavras.
DICA
A LRF considerou que as DOCCs são despesas com maior
potencial ofensivo ao equilíbrio das contas públicas. Logo,
devem ser objeto de maior rigor para serem contraídas.
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Guarde esses 5 pontos relevantes para que seja possível a criação ou aumento das DOCCs:
1) Os atos que criarem ou aumentarem despesa deverão ser instruídos com a estimativa
prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
2) O ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada
não afetará as metas de resultados fiscais, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos
seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente
de despesa.
3) Considera-se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
4) A comprovação referida no item 3, apresentada pelo proponente, conterá as premissas
e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa
com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
5) A DOCC não será executada antes da implementação das medidas referidas no item
2, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar.
Ao se criar uma despesa obrigatória de caráter continuado, o poder público deverá
inserir no ato de sua criação, comprovação de que a despesa criada ou aumentada não
afetará as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais, devendo seus
efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente
de receita ou pela redução permanente de despesa.
Essa comprovação anteriormente mencionada será efetivada mediante demonstração
das premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo da compatibilidade da
despesa com as demais regras do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
Por sua vez, o aumento permanente de receita é o proveniente da elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
A despesa de caráter continuado não poderá ser executada antes da comprovação de que
esse gasto não afetará as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais.
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Atente ao fato de que uma despesa corrente fixada por obrigação legal por um período
superior a dois exercícios configura uma Despesa Obrigatória de Caráter Continuado
(DOCC). As DOCC devem cumprir alguns requisitos dispostos no artigo 17 da LRF. Confira:
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal
de sua execução por um período superior a dois exercícios.
§ 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com
a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
Certo.
Observe que já listamos uma série de vedações impostas pela LRF aos Gestores Públicos
no intuito de torná-los responsáveis. Essa é a idéia da LRF.
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Dessa forma, guarde que os reajustes para aumentar o poder aquisitivo, como os que
ocorrem em percentuais acima da inflação do período, devem seguir as regras da LRF.
DICA
Também considera-se aumento de despesa a prorrogação
daquela despesa criada por prazo determinado.
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios. (Vide ADI 6357)
§ 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos
com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para
seu custeio. (Vide Lei Complementar n. 176, de 2020)
§ 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado de comprovação de que
a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no
anexo referido no § 1º do art. 4º, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes,
ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de
despesa. (Vide Lei Complementar n. 176, de 2020)
§ 3º Para efeito do § 2º, considera-se aumento permanente de receita o proveniente da
elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição. (Vide Lei Complementar n. 176, de 2020)
§ 4º A comprovação referida no § 2º, apresentada pelo proponente, conterá as premissas
e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa
com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. (Vide Lei
Complementar n. 176, de 2020)
§ 5º A despesa de que trata este artigo não será executada antes da implementação das
medidas referidas no § 2º, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar. (Vide
Lei Complementar n. 176, de 2020)
§ 6º O disposto no § 1º não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao
reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição.
§ 7º Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.
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Esse comando constitucional traz a chamada “regra de ouro”, que pretende dificultar
a contratação de empréstimos para financiar gastos correntes, evitando que o Ente tome
dinheiro emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, juros ou outros gastos de
custeio, ou seja, o endividamento público deve ser vinculado à realização de investimentos
e não à manutenção da máquina administrativa e demais serviços.
Veja a literalidade do § 2º artigo 12 da LRF que reforça a regra de ouro, julgado
constitucional pelo STF na ADIN 2.238-5:
§ 2º O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior
ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.
A “regra de ouro”, prevista na CF/1988, previu exceção, mas pela redação da LRF, não são
admitidas exceções.
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A “regra de ouro”, prevista na CF/1988, que visa a coibir o financiamento, via operação de
crédito, de despesas correntes, era matéria orçamentária, ou seja, o limite das operações
de crédito é o montante das despesas de capital previsto na lei orçamentária anual, mas
após a LRF passou a ser também matéria financeira.
§ 3º Para fins do disposto no inciso V do § 1º, considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total
dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o das despesas de capital executadas,
observado o seguinte:
I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou
financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo
de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste;
II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição
financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas
de capital;
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Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da Federação, exceto
quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de que a operação
atende às condições e limites estabelecidos.
§ 1º A operação realizada com infração do disposto nesta Lei Complementar será considerada nula,
procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pagamento
de juros e demais encargos financeiros.
§ 2º Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consignada
reserva específica na lei orçamentária para o exercício seguinte.
§ 3º Enquanto não for efetuado o cancelamento ou a amortização ou constituída a reserva
de que trata o § 2º, aplicam-se ao ente as restrições previstas no § 3º do art. 23. (Redação
dada pela Lei Complementar n. 178, de 2021)
§ 4º Também se constituirá reserva, no montante equivalente ao excesso, se não atendido o
disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, consideradas as disposições do § 3º do art. 32.
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RESUMO
Com relação à sua abrangência, guarde que estão obrigados a cumprir os dispositivos da
LRF os órgãos, autarquias, fundações, entidades de todos os entes federativos e empresas
estatais dependentes (que recebem recursos do ente para pagamento dos gastos com
pessoal ou custeio), com exceção apenas das empresas estatais independentes. Visualize:
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O embasamento legal das finanças públicas no Brasil, após o advento da LRF, pode ser
assim visualizado:
A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios
e formas de limitação de empenho, condições para transferência de recursos. Os seus 2
Anexos são o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais.
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Amigo(a): Guarde que a receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas
arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades
(portanto pode exceder um exercício financeiro).
Importante ter em mente que após a publicação dos orçamentos, o Executivo tem 30
dias para estabelecer a programação financeira e o cronograma de execução mensal.
Caso seja verificado ao final de um bimestre que a realização da receita não cumprirá as
metas de resultado definidas no Anexo de Metas, os Poderes e o MP deverão fazer a limitação
de empenho nos 30 dias subsequentes. Entretanto, se, porventura, os Poderes e o MP não
fizerem tal limitação no prazo, o próprio Executivo é autorizado a limitar tais valores.
A LRF também determinou que as renúncias de receitas devem ser acompanhadas de
estimativa do impacto financeiro no exercício e nos 2 seguintes. Além disso, deve atender
a pelo menos uma dessas condições:
1) Demonstração de que tal renúncia foi considerada na estimativa de receita da LOA;
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MAPAS MENTAIS
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QUESTÕES DE CONCURSO
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Esse instrumento deve ser publicado após a aprovação do orçamento anual dos entes
públicos, e, na análise da sua adequação, o analista deve considerar que
a) atos que limitam a execução orçamentária financeira são prerrogativas exclusivas do
Poder Executivo do ente.
b) limitações para execução orçamentária não devem ser baseadas no comportamento da
programação financeira, dado o seu caráter estimativo.
c) o cronograma de execução mensal de desembolso deve contemplar somente despesas
empenhadas no exercício a que se refere.
d) a programação financeira indica que recursos arrecadados em um exercício não podem
custear despesas de outro exercício.
e) recursos legalmente vinculados devem ser alocados exclusivamente para atender ao
objeto de sua vinculação, ainda que arrecadados em exercícios anteriores.
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a) diário
b) quinzenal
c) mensal
d) bimensal
e) trimestral
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a) anistia.
b) remissão.
c) isenção de caráter geral.
d) subsídio.
e) incentivo tributário diferenciado.
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a) Conterá passivo contingente, cuja forma de utilização e montante, definido com base
na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias
b) A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada, deverá ser igual
ou inferior a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias.
c) Todas as despesas relativas à dívida pública, exceto mobiliária ou contratual, e as receitas
que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
d) O refinanciamento da dívida pública constará conjuntamente com a lei orçamentária.
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GABARITO
1. C 21. a 41. d
2. E 22. d 42. d
3. E 23. c 43. a
4. E 24. a 44. a
5. C 25. a 45. c
6. E 26. a 46. b
7. C 27. e 47. d
8. C 28. d 48. c
9. C 29. b 49. c
10. E 30. d 50. c
11. C 31. c 51. d
12. C 32. e 52. b
13. C 33. b 53. a
14. C 34. d 54. a
15. E 35. a 55. a
16. C 36. a 56. b
17. E 37. d 57. d
18. C 38. d 58. e
19. b 39. e 59. c
20. e 40. c 60. c
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GABARITO COMENTADO
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III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;
Note que a alternativa correta é a letra B, já que a empresa A é enquadrada como empresa
estatal dependente.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Na verdade, a empresa B é uma empresa controlada e dependente.
c) Na verdade, as empresas estatais dependentes integram o orçamento fiscal e da
seguridade social.
d) Na verdade, a empresa C é uma empresa controlada e dependente.
e) Na verdade, para enquadrar uma empresa como dependente, devem ser excluídos os
recursos recebidos provenientes de aumento de participação acionária.
Letra b.
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Confira na LRF:
Art. 8º Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele
em que ocorrer o ingresso.
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo
os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
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Confira na LRF:
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios.
Letra a.
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a) diário
b) quinzenal
c) mensal
d) bimensal
e) trimestral
Confira na LRF:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Letra c.
Confira na LRF:
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
§ 6º Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco
Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os
destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos.
Letra a.
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Deve ser apresentado no anexo de metas fiscais, que integra a LDO, e na LOA. Confira na LRF:
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Confira na LRF:
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual
decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto
na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: (Vide Medida
Provisória n. 2.159, de 2001) (Vide Lei n. 10.276, de 2001) (Vide ADI 6357)
§ 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção
em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique
redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a
tratamento diferenciado.
Letra a.
Confira na LRF:
Art. 7º O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou reversão de reservas,
constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil subsequente à
aprovação dos balanços semestrais.
Letra e.
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Confira na LRF:
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa será acompanhado de:
I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e
financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias.
Letra b.
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A única alternativa que apresenta não apresenta uma receita orçamentária corrente que
integre a Receita Corrente Líquida (RCL) de acordo com a LRF é a letra D. Na verdade, a
contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência é uma dedução
para fins de apuração da RCL. Confira na LRF:
Letra d.
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Confira na LRF:
Art. 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em
que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política
econômica nacional;
III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
IV – avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo
ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
Letra c.
Confira na LRF:
Art. 4º, § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.
Letra e.
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Confira na LRF:
Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais
e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas
à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal
finalidade e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
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Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres
do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.
Letra b.
Confira na LRF:
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios.
Letra d.
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Art. 2º, IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no
art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira
citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
Letra a.
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias.
b) Errada. Na verdade, o PPA deve ser devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa, conforme artigo 35, § 2,º I do ADCT.
c) Errada. É uma Lei de Iniciativa do Poder Executivo.
d) Errada. As emendas ao projeto de LDO é que não podem ser aprovadas quando incompatíveis
com o PPA.
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e) Errada. É possível uma lei autorizar a inclusão de dotação para investimento com duração
superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no PPA, como previsto na LRF.
Confira o dispositivo:
Art. 5º, § 5º A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior
a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a
sua inclusão.
Letra a.
Art. 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em
que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.
Letra d.
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c) Os agentes públicos são responsáveis pelo bom uso dos recursos, tanto em termos de arrecadação
como também na aplicação do dinheiro em programas, projetos e atividades públicas.
d) A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que
se previnem riscos e se corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas.
e) Os dispêndios financeiros do Estado devem ter, em contrapartida, recursos orçamentários
suficientes para as dívidas correntes, os quais dependem da capacidade arrecadatória
governamental.
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que
se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas,
mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a
limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da
seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
Letra d.
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Art. 2º, IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional
ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no
art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
Letra e.
A resposta está na literalidade da parte da LRF em que tem a definição de empresa estatal
dependente. Confira:
Letra c.
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Letra d.
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Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos
das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia
de cálculo e premissas utilizadas.
Letra a.
Art. 2º, § 3º A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês
em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
Letra a.
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A isenção que é considerada renúncia de receita é aquela dada em caráter não geral, ou
seja, para ser renúncia de receita, o benefício deve ser de caráter individual ou diferenciado.
Assim isenção em caráter geral não se encaixa nas hipóteses previstas na LRF. Confira:
Art. 14, § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão
de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo
que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado.
Letra c.
Vamos ver na LRF, para efeito de cálculo da RCL Municipal, o que deve ser considerado:
Art. 2º, IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos:
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira
citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
§ 1º Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em
decorrência da Lei Complementar no 87,..., e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
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Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o
caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica
e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições:
I – a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus
Municípios é assegurada mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais
da Educação – FUNDEB, de natureza contábil;
Essa questão deve ser respondida como base no § 3º do artigo 4º da LRF. Confira:
§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretize.
Letra d.
a) extraorçamentária.
b) restos a pagar.
c) obrigatória de caráter continuado.
d) despesa a empenhar.
e) crédito adicional a empenhar.
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei,
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de
sua execução por um período superior a dois exercícios.
Letra c.
Art. 2º, II – empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;
Letra c.
Confira na LRF:
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea
b do inciso II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
Confira na LRF:
Art. 4º, § 2º O Anexo conterá, ainda:
IV – avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo
ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;
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Art. 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em
que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
Art. 4º, § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em
que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas,
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se
referirem e para os dois seguintes.
Letra d.
Confira na LRF:
Art. 5º, § 3º A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá
superar a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação
específica.
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Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na
receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
Art. 5º, § 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas
que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
Letra b.
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Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de
diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Art. 8º, Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele
em que ocorrer o ingresso.
Art. 9º, § 5º No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central
do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso
Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e
cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados
nos balanços.
Letra a.
Confira na LRF as medidas que o ente deve adotar nos casos de renúncia de receita:
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Letra a.
Confira na LRF:
Art. 14, § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão
de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam
a tratamento diferenciado.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica:
I – às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da
Constituição, na forma do seu § 1º;
II – ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança
Letra a.
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Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa será acompanhado de:
I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e
financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias.
§ 2º A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das premissas e metodologia
de cálculo utilizadas.
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com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com
base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,
destinada ao:
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
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É importante ressaltar que riscos repetitivos deixam de ser riscos, devendo ser tratadas no âmbito
do planejamento, ou seja, devem ser incluídas como ações na Lei de Diretrizes Orçamentárias
e na Lei Orçamentária Anual do ente federativo. Por exemplo, se a ocorrência de catástrofes
naturais – como secas ou inundações – ou de epidemias – como a dengue – tem sazonalidade
conhecida, as ações para mitigar seus efeitos, assim como as despesas decorrentes, devem ser
previstas na LDO e na LOA do ente federativo afetado, e não ser tratada como risco fiscal no
Anexo de Riscos Fiscais.
Letra e.
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de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam
a tratamento diferenciado.
Letra c.
Caso seja verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, os Poderes e o MP
deverão promover redução dos limites financeiros e orçamentários por meio de limitação
de empenho e movimentação financeira. Confira na LRF:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar
o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
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REFERÊNCIAS
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm
http://www.portaltransparencia.gov.br/
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/
https://www1.siop.planejamento.gov.br/
https://www12.senado.leg.br/orcamento/documentos/legislacao
Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir
Pascoal.
Orçamento Público (AFO e LRF) – 10ª Edição – Editora Juspodivm – Autor Augustinho
Paludo.
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