2024 03 19 17 59 06 95202720 Meio Ambiente e Gestao Dos Recursos Hidricos E1710881946
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Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
240130439132
SAMARA LIMA
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Direito Ambiental
Meio Ambiente e Gestão Dos Recursos Hídricos
Samara Lima
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
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APRESENTAÇÃO
Olá, futuro (a) servidor (a) público, tudo bem com você? Como está a sua preparação
para o melhor momento dos concursos públicos da história do país? Espero que ótimo! Esta
é uma aula do seu curso de Direito Ambiental, ou seja, mais um passinho que te aproxima
da sua tão aguardada nomeação! Esta é a nossa meta!
Nesta aula, te apresento um apanhado bem detalhado sobre os principais elementos
que envolvem os temas do Meio Ambiente e da Gestão dos Recursos Hídricos. Ao final da
aula, você encontra uma lista de questões de concursos, para que a sua preparação seja
teórica e prática!
Espero que você tenha um excelente rendimento na aula e que a sua aprovação esteja
cada vez mais próxima. Muito obrigada por seguir estudando comigo e com o Gran, pois
a sua aprovação é a nossa maior motivação! Para nos aproximarmos um pouco mais, me
contate em @samarataiana.
Um abraço e até a posse.
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Neste sentido, um ponto que se deve levar em conta é que a ecologia não é a mesma
coisa que meio ambiente, não é puramente uma designação do lugar onde se vive, mas sim
uma ciência que estuda o meio ambiente.
Assim, é possível definir a ecologia enquanto o ramo da ciência que, conforme já citei,
estuda a relação dos seres vivos com os seus ambientes, e tal relação se manifesta através
de algumas interações, dentre as quais destaco, especialmente:
a) Os ciclos e os ritmos naturais de cada espécie;
b) A evolução das espécies;
c) O desenvolvimento e as estruturas de cada comunidade;
d) Os padrões de distribuição geográfica de cada grupo;
e) As interações observadas entre os diferentes tipos de organismos;
f) As alterações das populações; entre outras.
Para melhor compreender o conceito de ecologia, é importante também saber que
o conteúdo celular de cada ser vivo é muito dinâmico e meio que “programado” para se
adaptar às mudanças, sejam temporais, climáticas, geográficas ou afins.
Assim, os seres vivos desenvolvem diversos mecanismos necessários para sobreviver
às adversidades, tudo para evitar que a sua raça seja extinta. De tal maneira, fundamental
também é compreender que, para dar sentido aos padrões da ecologia, todos os seres
vivos são capazes de:
a) Incorporar e absorver a energia existente no meio ambiente;
b) Processar as diferentes matérias que circulam pelo meio ambiente;
c) Eliminar os resíduos desnecessários para dar continuidade aos ciclos de vida;
entre outros.
O meio ambiente, por sua vez, também faz a sua parte para manter os padrões da ecologia
em plena circulação. Assim, dentre outros mecanismos, ele também é responsável por:
a) Proporcionar aos seres vivos os elementos indispensáveis para a manutenção das
formas de vida;
b) Manter os padrões necessários para garantir a subsistência das espécies, fornecendo
alimento, temperatura e demais estratégias fundamentais para a sobrevivência; entre outros.
Atualmente, a evolução científica permitiu um avanço no estudo da ecologia,
possibilitando uma divisão sistemática em vários campos de estudo, o que permite uma
análise mais didática e dinâmica em torno da questão. Assim, é possível estudar a ecologia
a partir de diferentes vertentes, dentre as quais destaco:
a) Ecologia do Habitat;
b) Ecologia do Indivíduo;
c) Ecologia da População;
d) Ecologia Restauração;
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e) Ecologia Humana;
f) Ecossistemas; entre outros.
O estudo da ecologia deve partir da análise das variações ambientais, que incluem os
seres vivos e as suas correlações. Assim, para embasar tal exercício, há uma principiologia
essencial no campo de estudo ecológico.
Antes de iniciá-la, acho importante destacar que os princípios da ecologia NÃO se
confundem com os do Direito Ambiental, tendo em vista que estes são utilizados para
nortear as relações entre os seres humanos e o meio ambiente enquanto elementos sociais.
A seguir, veja alguns princípios da ECOLOGIA que merecem destaque:
1) PRINCÍPIO DA INTERDEPENDÊNCIA DOS SERES VIVOS: Defende que sempre existe
uma relação de dependência entre todas as formas de vida, sejam orgânicas ou inorgânicas;
2) PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE E DA COMPLEXIDADE DOS ECOSSISTEMAS: Compreende
que a estabilidade dos ecossistemas é garantida justamente por meio de suas condições
tão complexas e diversas;
3) PRINCÍPIO DO ESGOTAMENTO DOS RECURSOS BIOFÍSICOS: Destaca que o caráter
esgotável dos recursos naturais é um fator limitador da intensidade e da escala de
exploração destes;
4) PRINCÍPIO DOS FATORES LIMITANTES: Estabelece que todo ser vivo nasce com a
tendência de crescer, se reproduzir e se expandir. Contudo, em todos os contextos, sempre
há uma série de fatores que impedem que tal ciclo se complete, e são exatamente os
chamados “fatores limitantes”;
5) PRINCÍPIO DOS FATORES ALTERÁVEIS: Indica as particularidades ambientais que
podem ser modificadas. É o exemplo dos peixes que são criados nos aquários. Naturalmente,
eles não nasceram para viver em tal condição, todavia, alguns fatores aconteceram para
que eles pudessem viver em tal condição, e esses são os chamados “fatores alteráveis”;
6) PRINCÍPIO DOS FATORES INALTERÁVEIS: Defende que há uma série de particularidades
ambientais que são praticamente imodificáveis pelas ações externas. São os exemplos que
indicam as razões pelas quais as águas dos mares são salgadas e as dos rios são doces. São
indicações de condições que nenhum ser vivo ou ação do habitat pode modificar.
• BIOMAS BRASILEIROS
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a) FAUNA DA MATA ATLÂNTICA: Há pequenos primatas e felinos que não são encontrados
em nenhum outro lugar do planeta.
b) FLORA DA MATA ATLÂNTICA: Predominância da floresta tropical que abriga a maior
diversidade de espécies do planeta.
Obs.: A Mata Atlântica abriga uma extensa coleção biológica em risco de extinção, que
têm suas populações diminuídas em consequência das queimadas, do tráfico ilegal
de animais e da expansão dos processos urbanos.
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MEIO
MEI O AMBIENTE E SOCIEDADE
A relação do ser humano com o meio ambiente remete ao próprio surgimento da
espécie humana. Desde os tempos mais remotos, o homem se vale do meio ambiente e
dos elementos naturais para que seja possível a sua sobrevivência, criando possibilidades
para a reprodução da espécie.
De modo geral, o ser humano sempre manteve uma relação pacífica e respeitosa com
o meio ambiente, todavia, conforme as sociedades foram se desenvolvendo, essa relação
passou a ser marcada por diversos elementos que ensejam um certo cuidado em nome do
meio ambiente.
Até o século XIX, os seres humanos conseguiram manter uma certa harmonia com o meio
ambiente e os recursos naturais. Todavia, o advento da Revolução Industrial fez surgir uma
série de questões sociais que passaram a demandar maior cuidado para com o ambiente.
Elementos como o desenvolvimento do modelo capitalista, o aumento das ocupações
urbanas e o desenvolvimento tecnológico foram responsáveis por ocasionar quedas severas
nos níveis da qualidade e do equilíbrio do meio ambiente.
Problemas como a poluição dos lençóis freáticos, a degradação do solo e do subsolo,
o descarte de materiais poluentes, a contaminação do ar e o desmatamento foram e são
responsáveis por promover a desarmonia até hoje observada no meio ambiente natural,
comprometendo o desenvolvimento da qualidade de vida tanto dos seres humanos quanto
das demais espécies existentes.
Outro ponto importante que não pode deixar de ser tocado é a questão da atividade
mineradora. Sabidamente, existe uma grande quantidade de dinheiro envolvido na exploração
dos minérios, que conta com a atuação de empresas bilionárias controlando tais atividades.
Todavia, o ponto central que deve ser levado em consideração na atividade mineradora
é em quais medidas ela pode ser danosa ao meio ambiente, tendo em vista que os anseios
econômicos podem falar mais alto, deixando a preocupação com a sustentabilidade para
último plano.
Nesta perspectiva, este tópico se dedica a propor uma análise sobre a relação da sociedade
com o meio ambiente, examinando de que forma as pessoas são capazes de atuar de modo
a defender ou degradar o meio ambiente e os recursos naturais.
De início, lembre-se que o meio ambiente é representado não apenas pelo meio físico
e biológico, mas também pelos elementos culturais e do trabalho, tendo em vista que
o desenvolvimento das sociedades fez surgir uma série de novos objetos de proteção, a
exemplo dos últimos citados.
A preservação do meio ambiente deixou de ser tratada como um assunto reduzido e
passou a ocupar espaços nas mais variadas áreas do conhecimento, inclusive a jurídica.
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Isto se deu, tendo em vista a necessidade de esclarecer que o meio ambiente, enquanto
fonte de energia indispensável para a manutenção de todas as formas de vida terrestre,
é um assunto que diz respeito a todos os indivíduos, e a sua manutenção ecologicamente
equilibrada (ou não) traz efeitos coletivos.
A natureza disponibiliza todos os elementos naturais necessários para a sobrevivência
da raça humana. Todavia, a incorreta utilização desses recursos faz surgir a escassez, uma
vez que não são utilizados com sabedoria e altruísmo, pensando nas próximas gerações.
O surgimento do capitalismo pode ser citado como o principal causador desse desequilíbrio.
Por esta razão, as crises surgidas no meio ambiente, que resultam em desequilíbrios ecológicos
cujos efeitos são sentidos por séculos, podem ser considerados o principal causador das
instabilidades observadas na relação entre o homem e o meio ambiente.
Desta maneira, tratar o meio ambiente como um elemento que carece de cuidados
específicos significa reconhecer que ele é um bem que deve se manter equilibrado para e
por toda a sociedade, tendo em vista que esse equilíbrio é fundamental para a sobrevivência
da vida na terra.
Sendo assim, a necessidade de se utilizar racionalmente os recursos naturais é, sem
dúvidas, o maior desafio ambiental encontrado na sociedade contemporânea, onde o apelo
capitalista é cada vez maior.
No caso brasileiro, a Constituição Federal de 1988 é considerada o principal marco
jurídico responsável por delimitar a relação da sociedade com o meio ambiente.
Neste sentido, a promoção da Educação Ambiental e as ações de conscientização pública
a respeito da importância da preservação do meio ambiente servem como instrumentos
fundamentais para o desenvolvimento das políticas públicas ambientais que devem ser
formuladas e implementadas na sociedade civil. Este foi outro ponto realçado pelo texto
constitucional (artigo 225, § 1º, inciso VI).
Desta feita, perceba que promover a educação ambiental pode ser, a depender da
interpretação, um dos atributos mais valorosos ligados ao meio ambiente. Isto porque, ao
garantir que as crianças e jovens receberão uma dose maior de conscientização a respeito
da importância da preservação do meio ambiente, tem-se a certeza de que adultos mais
conscientes estarão, um dia, reivindicando de forma justa e equitativa o direito constitucional
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Outro elemento constitucional ambiental de fundamental importância no direito brasileiro
é o da responsabilização pelos danos causados ao meio ambiente. O texto constitucional
desenvolveu um sistema de responsabilidade disposto em três esferas: administrativa,
civil e criminal.
Neste sentido, o artigo 225 da CF/88 determina que “as condutas e atividades consideradas
lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções
penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.”
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Perceba, neste sentido, que as condutas tomadas pela sociedade com relação ao meio
ambiente também são passíveis de responsabilização judicial, um ponto importante que
serve para coibir determinadas condutas e práticas que porventura sejam nocivas ao
equilíbrio do meio ambiente. Desta feita, a regulamentação da Lei de Crimes Ambientais (n.
9.605/1998) serviu para estreitar mais ainda o cerco para coibir as ações lesivas e danosas
porventura cometidas contra o equilíbrio ambiental.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atualmente, é pacificado o entendimento de que a defesa do meio ambiente é uma
obrigação coletiva. Esta compreensão tomou novos fôlegos a partir do momento em que
os chamados Direitos de Terceira Geração (que você já viu em linhas anteriores) foram
ganhando mais força mediante o amadurecimento do debate desenvolvido no âmbito
internacional, a partir da década de setenta até os dias atuais.
Nesta prerrogativa, uma série de novos conceitos ligados ao meio ambiente foram
surgindo e se fortalecendo no âmbito acadêmico. O aumento dos domínios da tutela
ambiental, combinado com a postura protetiva que o Estado e a sociedade assumiram em
torno dele, foram responsáveis por fazer surgir uma série de novas preocupações que se
debruçaram no objetivo de garantir o equilíbrio ambiental para que as presentes e futuras
gerações possam nele conviver.
Foi a partir daí que surgiu a temática do Desenvolvimento Sustentável. Em linhas
gerais, memorize que tal desenvolvimento está ligado à capacidade de preservação dos
recursos naturais, para que as futuras gerações possam também deles desfrutar. Neste
sentido, o desenvolvimento econômico deve também caminhar alinhado na busca por essa
preservação, de modo que o valor econômico não se sobreponha a ideal de preservação do
meio ambiente e dos recursos naturais.
Desta forma, o Relatório de Brundtland definiu o Desenvolvimento Sustentável como
sendo “o modelo de desenvolvimento que atende às necessidades dos presentes sem
comprometer a possibilidade das gerações futuras de atenderem suas próprias necessidades.”
Neste caminho, criou-se o elo necessário para congregar os preceitos da preservação
do meio ambiente com o desenvolvimento, especificamente aquele ligado à perspectiva
socioeconômica. Por esta via, enfim, elevou-se o desenvolvimento sustentável ao patamar
não apenas conceitual, mas sim de uma principiologia jurídica amplamente trabalhada em
todo o mundo.
A carta constitucional de 1988 cumpriu com sua obrigação ambiental ao imprimir o
desenvolvimento sustentável em seus escopos, e assim o fez nos artigos 3º, II; 170, VI; e 225
caput, pontos que você pode perceber a partir do tocante aos elementos do desenvolvimento
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PRINCÍPIO POLUIDOR-PAGADOR
De antemão, vale ressaltar que o Princípio do Poluidor Pagador é dotado de um caráter
econômico, tendo em vista que exige do poluidor o pagamento dos custos resultantes da
atividade poluente. Todavia, a falta de determinação precisa no que tange ao conteúdo
normativo do referido princípio é um dos fatores que comprometem a sua aplicação e
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PRINCÍPIO DO USUÁRIO-PAGADOR
Seguindo na contramão do Princípio do Poluidor-Pagador, que é dotado de um caráter
reparador e punitivo, o Princípio do Usuário Pagador (PUP), se baseia basicamente no
pressuposto de que deve existir uma contrapartida financeira que deve recair sobre aqueles
que se utilizam dos recursos naturais.
Nesta perspectiva, o PUP compreende que os recursos naturais devem se sujeitar à
aplicação de instrumentos econômicos a fim de fazer com que suas utilizações se convertam
em benefício para a sociedade, ou seja, atribui-se um valor econômico do qual se extrai
alguma vantagem coletiva.
Assim, a apropriação dos recursos naturais por parte de entes públicos ou privados deve
atuar com base no oferecimento de benesses direcionadas à coletividade, ainda que seja
apenas com base em lima compensação financeira.
Neste âmbito, o PUP diz respeito ao uso outorgado de um recurso natural, observando
uma série de padrões juridicamente estabelecidos. Assim, trata-se de pagar pela utilização
privativa de um recurso ambiental cuja natureza é pública, mas que se atribui a ele
um valor econômico e que a sua utilização não resulta em ato ilícito, mas se baseia no
atendimento de uma necessidade. A Lei Federal n. 6.938/1981 estabelece, em seu artigo
4º, os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA):
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Neste viés, entenda que a cobrança que origina o PUP é caracterizada segundo a
perspectiva de preço público que é cobrado pela exploração do uso de um bem público.
Todavia, diferentemente de uma relação tributária, a imposição de parâmetros de
cobrança dos recursos naturais é desenvolvida com a participação dos usuários pagadores,
que podem inclusive propor a revisão dos valores cobrados a qualquer tempo.
Assim, por exemplo, se caso um usuário pagador constate que determinados recursos
não estão sendo efetivamente aplicados na melhoria dos recursos naturais, ele próprio
pode proceder com as providências judiciais cabíveis para a revisão da arbitrariedade.
No caso emblemático do uso racional da água, compreenda que a cobrança por tal
recurso visa o reconhecimento da água como um bem econômico, além de conceder
ao usuário pagador uma indicação acerca de seu real valor, bem como incentivar a sua
utilização racional.
Desta forma, além da já sabida cobrança pelas atividades de distribuição e tratamento da
água, tem-se ainda o estabelecimento de uma cobrança “extra”, cujo valor será empregado
em obras que aprimorem mais ainda a distribuição do serviço, por exemplo, oferecendo
melhorias na sua infraestrutura geral.
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Como consequência das especificidades observadas nos fluxos naturais das águas
nacionais, bem como respeitando os limites constitucionalmente estabelecidos no que se
refere à utilização destas, o planejamento dos recursos hídricos brasileiros foi determinado
por meio da divisão de quatro grupos de planos diretores, sendo eles:
I – PLANO NACIONAL
II – PLANOS ESTADUAIS
III – PLANOS DE BACIAS DE RIOS DE DOMÍNIO ESTADUAL
IV – PLANOS DE BACIAS DE RIOS DE DOMÍNIO FEDERAL
Você sabia que o Brasil conta com a atuação de uma agência reguladora específica para
fiscalizar o uso das águas nacionais? Pois é, a Agência Nacional das Águas (ANA) é um órgão
indispensável e estratégico na atividade de gestão dos recursos hídricos.
A ANA é a instituição responsável pela elaboração dos planos, que depois os submete
à aprovação dos respectivos Comitês de Bacias Hidrográficas.
Por sua vez, os Comitê de Bacias Hidrográficas são órgãos colegiados instituídos pelo
Poder Público, por determinação da PNRH, que atuam como parte do Sistema Estadual
dos Recursos Hídricos, e contam com atribuições atinentes ao gerenciamento do uso e da
conservação dos corpos hídricos.
Assim, esses Comitês são conhecidos como Parlamentos das Águas, tendo em vista que
suas atribuições são deliberativas, contando com poderes decisórios sobre as questões
que permeiam a PNRH.
No mesmo sentido, os planos diretores de recursos hídricos devem contar com horizontes
de planejamentos compatíveis com os períodos de implantação dos projetos aos quais
se referem.
As ações por eles determinadas devem ser periodicamente avaliadas e, se necessário,
alteradas, visando a correta adequação do plano à realidade observada. Veja abaixo os
artigos 6º a 8º da PNRH, que dispõe sobre a determinação dos Planos de Recursos Hídricos:
Art. 6º - Os Planos de Recursos Hídricos são planos diretores que visam a fundamentar e orientar a
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos recursos hídricos.
Art. 7º - Os Planos de Recursos Hídricos são planos de longo prazo, com horizonte de planejamento
compatível com o período de implantação de seus programas e projetos e terão o seguinte
conteúdo mínimo:
I - diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos;
II - análise de alternativas de crescimento demográfico, de evolução de atividades produtivas e
de modificações dos padrões de ocupação do solo;
III - balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos, em quantidade e
qualidade, com identificação de conflitos potenciais;
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Art. 11 - O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivos
assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos
de acesso à água.
Art. 12 - Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos
hídricos:
I - derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo
final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;
II - extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;
III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados
ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;
IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um
corpo de água.
Todavia, vale salientar que a outorga pode ser suspendida total ou parcialmente, definitiva
ou temporariamente, a depender da especificidade do caso. Os casos de prevenção de
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Art. 12 (...)
§ 1º - Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em regulamento:
I - o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais,
distribuídos no meio rural;
II - as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;
III - as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes.
§ 2º A outorga e a utilização de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica estará
subordinada ao Plano Nacional de Recursos Hídricos, aprovado na forma do disposto no inciso
VIII do art. 35 desta Lei, obedecida a disciplina da legislação setorial específica.
Art. 13 - Toda outorga estará condicionada às prioridades de uso estabelecidas nos Planos de
Recursos Hídricos e deverá respeitar a classe em que o corpo de água estiver enquadrado e a
manutenção de condições adequadas ao transporte aquaviário, quando for o caso.
Parágrafo único. A outorga de uso dos recursos hídricos deverá preservar o uso múltiplo destes.
Para proceder com a concessão do uso da água, é preciso conhecer a forma atual como
a mesma é utilizada, para que não haja o comprometimento ou a inviabilização dos usos
múltiplos do recurso. Esta é uma das razões que justificam a importância do planos e dos
comitês de bacias hidrográficas.
Assim, a outorga é efetivada por ato de autoridade competente do Poder Executivo
Federal, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme disposição do artigo 14 da PNRH.
Por fim, dentro do que tange às circunstâncias para a suspensão da outorga, veja o que
determina o artigo 15 da PNRH:
Art. 15 - A outorga de direito de uso de recursos hídricos poderá ser suspensa parcial ou totalmente,
em definitivo ou por prazo determinado, nas seguintes circunstâncias:
I - não cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga;
II - ausência de uso por três anos consecutivos;
III - necessidade premente de água para atender a situações de calamidade, inclusive as decorrentes
de condições climáticas adversas;
IV - necessidade de se prevenir ou reverter grave degradação ambiental;
V - necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse coletivo, para os quais não se
disponha de fontes alternativas;
VI - necessidade de serem mantidas as características de navegabilidade do corpo de água.
Art. 16 - Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo não excedente
a trinta e cinco anos, renovável.
Art. 17 -(VETADO)
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Art. 18 - A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são inalienáveis, mas o simples
direito de seu uso.
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I - nas derivações, captações e extrações de água, o volume retirado e seu regime de variação;
II - nos lançamentos de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, o volume lançado e seu
regime de variação e as características físico-químicas, biológicas e de toxidade do afluente.
Art. 22 - Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos serão aplicados
prioritariamente na bacia hidrográfica em que foram gerados e serão utilizados:
I - no financiamento de estudos, programas, projetos e obras incluídos nos Planos de Recursos
Hídricos;
II - no pagamento de despesas de implantação e custeio administrativo dos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
§ 1º A aplicação nas despesas previstas no inciso II deste artigo é limitada a sete e meio por
cento do total arrecadado.
§ 2º Os valores previstos no caput deste artigo poderão ser aplicados a fundo perdido em projetos
e obras que alterem, de modo considerado benéfico à coletividade, a qualidade, a quantidade
e o regime de vazão de um corpo de água.
§ 3º (VETADO)
Art. 23 -(VETADO)
A COMPENSAÇÃO A MUNICÍPIOS
Obs.: O quinto instrumento previsto pela PNRH previa o repasse financeiro a municípios
que abrigassem reservatórios de usinas hidrelétricas pelo uso dos recursos hídricos.
Todavia, esse instrumento foi vetado da PNRH.
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Art. 32 - Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, com os seguintes
objetivos:
I - coordenar a gestão integrada das águas;
II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos;
III - implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
IV - planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos hídricos;
V - promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
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Nesse caminho, a gestão do CNRH é definida por força do artigo 36, da seguinte maneira:
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PNRH. Dentre esses órgãos, os Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs) têm suas atuações
destacadas, tendo em vista a especificidade de seu trabalho.
Os CBHs são espaços de discussão e negociação participativa responsáveis por avaliar
as demandas e interesses relacionados aos usos das águas que compõem as respectivas
bacias hidrográficas.
Por esta razão, eles possuem poder decisório e exercem um papel fundamental nos
processos de elaboração das políticas públicas destinadas à gestão dos recursos hídricos
das bacias, principalmente nas regiões que são mais propensas a momentos de escassez
hídrica, inundações ou comprometimento na qualidade da água, bem como demais fatores
que possam desencadear problemas sociais resultantes do uso da água.
Assim, os Conselhos de Bacias Hidrográficas são uma espécie de conjuntos de fóruns
nos quais os integrantes se reúnem para discutir pautas relacionadas ao uso da água em
uma determinada bacia hidrográfica. O artigo 37 da PNRH determina que os Comitês de
Bacias Hidrográficas terão como área de atuação:
Tendo em vista as diversas repercussões (positivas ou negativas) que o uso dos recursos
hídricos pode suscitar, sobretudo com relação à distribuição igualitária e à garantia que
as próximas geração terão os recursos hídricos à sua disposição, é necessário que haja um
compromisso maior em relação à forma como a água é destinada à sociedade.
De tal maneira, os CBHs se mostram como uma representação oficial que trabalha com o
objetivo de modificar esse quadro, tendo em vista que atuam sobretudo de forma conciliadora
no âmbito das diferentes pautas relacionadas ao uso dos recursos hídricos, além de viabilizar
a construção coletiva de soluções para os problemas inerentes à distribuição da água.
De acordo com o artigo 38 da PNRH, os CBHs devem atuar com base na seguinte
perspectiva:
Art. 38 - Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação:
I - promover o debate das questões relacionadas a recursos hídricos e articular a atuação das
entidades intervenientes;
II - arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos;
III - aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia;
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Desta maneira, cada bacia hidrográfica tem o seu comitê devidamente instituído, que
atua como a base da gestão participativa e integrada dos recursos hídricos. Assim, persegue-
se o ideal de que todos os grupos sociais afetados pelo uso da água da bacia contem com
representação e poder decisório nos processos relacionados.
Por esta razão é que a composição dos comitês se organiza conforme a determinação
do artigo 39 da PNRH:
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Cada CBH conta com a formulação de estatuto próprio. Nele, devem ser definidas
as principais normativas e procedimentos para a organização do comitê, o que inclui:
realização periódica das assembleias deliberativas, modelos de participação, eleição de
seus representantes e delineamento das competências. Todavia, vale lembrar que todos
os comitês contam com as mesmas atribuições, não por acaso, amarradas pela PNRH.
O que você não pode esquecer, no entanto, é que a atuação dos CBHs é, sobretudo,
estratégica, considerada uma forma que a administração pública encontrou para acompanhar
mais de perto os processos decisórios que envolvem uma bacia hidrográfica. Assim,
considerada a extensão hídrica considerável que existe no Brasil, as atribuições dos CBHs
foram subdivididas a partir das seguintes naturezas:
I – DELIBERATIVA: é por meio dessa natureza que um CBH tem a possibilidade de arbitrar
em primeira instância administrativa nas demandas relacionadas a conflitos causados
pelo uso da água. Ademais, é um espaço utilizado para debater metas relacionadas à
racionalização do uso da água, aumento da qualidade e quantidade dos recursos hídricos,
delinear normativas gerais para a cobrança pelo uso, avaliar as condições de operação
dos reservatórios hídricos, viabilizar a garantia dos usos múltiplos da água, dentre outros
elementos;
II – PROPOSITIVA: esta natureza visa o acompanhamento da execução do Plano de
Recursos Hídricos da bacia, sugerindo providências para o cumprimento das metas e a
melhoria das atividades operacionais. Assim, propõe-se ainda aos conselhos de recursos
hídricos que atuem em conjunto para garantir a proteção da água, além de delinear as
prioridades para a aplicação dos recursos oriundos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos;
III – CONSULTIVA: aqui se promove o debate das questões relacionadas aos recursos
hídricos no âmbito das articulações desenvolvidas com a atuação das entidades intervenientes.
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RESUMO
A Ecologia é a ciência que se dedica ao estudo das relações que os seres vivos estabelecem
entre si e com o meio ambiente. A palavra “ecologia” deriva do prefixo grego “oikos”, que
significa, basicamente, “casa”. Daí se compreender a ecologia como o estudo do habitat
dos seres vivos. Já o sufixo “logia” vem do grego “logos” significa “estudo”. Assim, tem-se
o estudo da “casa” dos seres vivos.
O Princípio do Poluidor Pagador determina que os custos decorrentes da prevenção
e reparação de danos ambientais sejam inteiramente suportados pelo responsável da
atividade efetiva ou potencialmente prejudicial ao meio ambiente.
Já o Princípio do Usuário Pagador trata do uso autorizado de um recurso natural,
em consonância com as normas vigentes, do qual se fixa e recolhe determinados valores
financeiros decorrentes da utilização de tais recursos. Tem característica de preço público.
Os Recursos Hídricos são caracterizados como as águas superficiais ou subterrâneas,
que estão disponíveis para diversos tipos de usos de regiões, grupos ou bacias hidrográficas,
e servem para satisfazer as necessidades de todos os tipos de vida disponíveis.
A Lei n. 9.433 de 8 de janeiro de 1997, chamada de Lei das Águas, foi responsável por
instituir a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), sendo considerada um marco
nos instrumentos de gestão das águas de domínio federal, aquelas que atravessam mais
de um Estado ou que entre eles estabelece fronteiras.
Além disto, a Lei das Águas também estabeleceu a criação do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH), e determinou as infrações e penalidades
a quem interferir negativamente no uso das águas. Por isto, a PNRH é responsável por
estabelecer as diretrizes e políticas públicas necessárias para o melhoramento na utilização
dos recursos hídricos.
O Desenvolvimento Sustentável é aquele que não esgota os recursos naturais, pois
ele é capaz de suprir as necessidades das gerações atuais, ao mesmo tempo em que não
compromete a capacidade de atendimento das necessidades das futuras gerações.
A Fauna representa todos os animais típicos existentes em cada região. No caso brasileiro,
cada bioma apresenta uma variação de animais que são próprios de cada localidade e cada
clima, o que faz com que a fauna brasileira seja extremamente rica e diversificada.
Já quando se trata da Flora, entenda que ela se refere ao grupo de plantas e vegetais que
compõem um determinado bioma. Os Biomas, então, são caracterizados como regiões que
abrigam grandes ecossistemas construídos por comunidades biológicas que compartilham
entre si características iguais ou muito semelhantes. Neste sentido, os biomas brasileiros
são: a) Cerrado; b) Amazônia; c) Caatinga; d) Mata Atlântica; e) Pantanal; f) Pampa.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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006. (CEBRASPE/TRF 2/JUIZ FEDERAL/2019) A cobrança pelo uso de recursos hídricos visa:
a) instituir a água como bem econômico e impor ao usuário medidas restritivas de direitos
quanto à outorga e à fruição dos recursos hídricos.
b) incentivar a privatização dos mecanismos de distribuição da água, bem como das estações
de tratamento.
c) incentivar o reuso das águas servidas na produção de ração animal.
d) estabelecer limites diários para a captação das águas superficiais.
e) obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e das intervenções
contempladas nos planos de recursos hídricos.
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008. (FGV/OAB 1ª FASE 38º EXAME/2023) A fim de atender ao disposto na Política Nacional
de Recursos Hídricos, o Presidente da República tomou as providências necessárias para a
implementação e funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Assinale a alternativa que não contempla um objetivo do Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos.
a) Coordenar a gestão integrada das águas.
b) Arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos.
c) Implementar a Política Nacional do Meio Ambiente.
d) Promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
010. (FGV/OAB 1ª FASE 38º EXAME/2023) João, bilionário e morador na cidade de São Paulo,
decidiu abandonar os negócios e mudar-se para a zona rural de um pequeno município no
interior do Estado.
Comprou uma pequena chácara na área rural e verificou que não havia água no poço da
propriedade.
Dessa forma, resolveu captar água de um rio próximo ao seu imóvel, para que tivesse água
para beber, cozinhar etc.
Ao saber da conduta do pai, seu filho Antônio procurou um advogado especialista na área,
o qual lhe informou que:
a) a derivação ou captação de parcela da água existente em corpo de água para consumo
final não exige outorga do poder público.
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b) João deveria ter furado um poço artesiano para extração de água de aquífero subterrâneo
para consumo final.
c) no caso em análise, não haveria necessidade de outorga pelo poder público, uma vez que
a derivação e captação de água eram considerados insignificantes.
d) no caso em análise, João deveria realizar estudo de impacto ambiental e solicitar licença
ambiental para captação da água.
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O conceito de Meio Ambiente que vem embutido na norma jurídica não abrange o conjunto
de leis que rege a vida em todas as suas formas.
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editou decreto expropriatório de uma fazenda ali situada, para fins de reforma agrária. O
proprietário do imóvel rural impugnou judicialmente o decreto de desapropriação alegando
que a CF, ao instituir o pantanal mato-grossense como área especialmente protegida,
impedia, juridicamente, que a União, por meio de atividade expropriatória, promovesse e
executasse ali projetos de reforma agrária, notadamente nos imóveis rurais.
Tendo como referência a situação hipotética acima, julgue os itens a seguir.
O pantanal mato-grossense, assim como a floresta amazônica, a mata atlântica, a Serra
do Mar e a zona costeira, de fato, foi declarado pela CF como patrimônio nacional, o que
identifica a referida área também como bem da União.
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GABARITO
1. b 18. C 35. E
2. b 19. E 36. E
3. b 20. d 37. C
4. b 21. c 38. E
5. a 22. b 39. E
6. e 23. d 40. C
7. e 24. E 41. c
8. c 25. c 42. E
9. c 26. E 43. E
10. c 27. C 44. C
11. e 28. C 45. C
12. b 29. c 46. E
13. d 30. C 47. E
14. d 31. d 48. b
15. E 32. C 49. b
16. E 33. C 50. a
17. C 34. E
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GABARITO COMENTADO
A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia sua atuação, dentre outros elementos, no
fato de que a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das
águas, conforme dispõe o inciso IV do artigo 1º da Lei n. 9.433/97, conforme você pode
ver abaixo:
Letra b.
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Letra b.
A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia sua atuação, dentre outros elementos, no
fato de que a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das
águas, conforme dispõe o inciso IV do artigo 1º da Lei n. n. 9.433/97, conforme você pode
ver abaixo:
Letra b.
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Letra b.
A PNRH define a água como um bem de domínio público, dotado de valor econômico e
a considera um recurso limitado. Esta interpretação pode ser extraída dos incisos I e II do
artigo 1º da referida lei. Veja abaixo:
Letra a.
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006. (CEBRASPE/TRF 2/JUIZ FEDERAL/2019) A cobrança pelo uso de recursos hídricos visa:
a) instituir a água como bem econômico e impor ao usuário medidas restritivas de direitos
quanto à outorga e à fruição dos recursos hídricos.
b) incentivar a privatização dos mecanismos de distribuição da água, bem como das estações
de tratamento.
c) incentivar o reuso das águas servidas na produção de ração animal.
d) estabelecer limites diários para a captação das águas superficiais.
e) obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e das intervenções
contempladas nos planos de recursos hídricos.
A PNRH estabelece uma série de objetivos que são perseguidos a partir da determinação
da cobrança pelo uso dos recursos hídricos. No artigo 19, é possível conhecer cada um
deles. Veja:
Letra e.
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c) Errada. Os CBHs são competentes para aprovar o Plano de Recursos Hídricos da respectiva
bacia;
d) Errada. Os CBHs são competentes para arbitrar administrativamente nos conflitos
relacionados aos recursos hídricos.
e) Certa. O exercício do Poder de Polícia no que tange os conflitos relacionados aos recursos
hídricos é de competência das Agências de Águas, e não dos CBHs.
Letra e.
008. (FGV/OAB 1ª FASE 38º EXAME/2023) A fim de atender ao disposto na Política Nacional
de Recursos Hídricos, o Presidente da República tomou as providências necessárias para a
implementação e funcionamento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Assinale a alternativa que não contempla um objetivo do Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos.
a) Coordenar a gestão integrada das águas.
b) Arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos.
c) Implementar a Política Nacional do Meio Ambiente.
d) Promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, com os seguintes objetivos:
I – coordenar a gestão integrada das águas;
II – arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos;
III – implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
IV – planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos hídricos;
V – promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos. (letra “d” – certa)
Letra c.
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010. (FGV/OAB 1ª FASE 38º EXAME/2023) João, bilionário e morador na cidade de São Paulo,
decidiu abandonar os negócios e mudar-se para a zona rural de um pequeno município no
interior do Estado.
Comprou uma pequena chácara na área rural e verificou que não havia água no poço da
propriedade.
Dessa forma, resolveu captar água de um rio próximo ao seu imóvel, para que tivesse água
para beber, cozinhar etc.
Ao saber da conduta do pai, seu filho Antônio procurou um advogado especialista na área,
o qual lhe informou que:
a) a derivação ou captação de parcela da água existente em corpo de água para consumo
final não exige outorga do poder público.
b) João deveria ter furado um poço artesiano para extração de água de aquífero subterrâneo
para consumo final.
c) no caso em análise, não haveria necessidade de outorga pelo poder público, uma vez que
a derivação e captação de água eram considerados insignificantes.
d) no caso em análise, João deveria realizar estudo de impacto ambiental e solicitar licença
ambiental para captação da água.
I – derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final,
inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;
II – extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;
§ 1º Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em regulamento:
I – o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais,
distribuídos no meio rural;
II – as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;
III – as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes.
Letra c.
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Segundo o artigo 38, inciso III, da PNRH, é de competência do Comitê de Bacia Hidrográfica
a aprovação do Plano de Recursos Hídricos da bacia hidrográfica competente. Veja abaixo
a disposição legal referida:
Art. 38 - Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação:
III - aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia;
Letra e.
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De acordo com o artigo 39 da PNRH, os comitês de bacias hidrográficas de rios que ocupam
terras indígenas devem incluir representantes das comunidades indígenas diretamente
afetadas. Confira abaixo:
Letra b.
De acordo com o Princípio do Usuário Pagador, é considerado usuário aquele que se vale,
de forma autorizada, de um determinado recurso natural, em consonância com as normas
vigentes. Trata-se, portanto, de pagar pelo uso privativo de um recurso ambiental de
natureza pública. Assim, sendo a água considerada um bem inalienável, o pagamento pela
sua utilização reflete a aplicação do referido princípio.
Letra d.
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Art. 38 - Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação:
VI - estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores
a serem cobrados;
Letra d.
A alternativa está errada. Para solucioná-la, você precisa ter em mente o conceito trabalhado
no artigo 3º da Lei n. 6.938/1981, ao determinar que o meio ambiente compreende “o
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Art. 33. O poder público, sem prejuízo das obrigações dos proprietários e posseiros estabelecidas
na legislação ambiental, estimulará, com incentivos econômicos, a proteção e o uso sustentável
do Bioma Mata Atlântica.
§ 1º Na regulamentação dos incentivos econômicos ambientais, serão observadas as seguintes
características da área beneficiada:
I - a importância e representatividade ambientais do ecossistema e da gleba;
II - a existência de espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção;
III - a relevância dos recursos hídricos;
IV - o valor paisagístico, estético e turístico;
V - o respeito às obrigações impostas pela legislação ambiental;
VI - a capacidade de uso real e sua produtividade atual.
§ 2º Os incentivos de que trata este Título não excluem ou restringem outros benefícios,
abatimentos e deduções em vigor, em especial as doações a entidades de utilidade pública
efetuadas por pessoas físicas ou jurídicas.
Errado.
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A poluição é considerada uma alteração das condições naturais acarretada no meio ambiente.
Essas alterações podem se dar pela via da ordem física, química ou biológica. No caso trazido
pelo enunciado, a alteração da temperatura é um fator de ordem física, corroborando para
a questão ser considerada como certa.
Certo.
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editou decreto expropriatório de uma fazenda ali situada, para fins de reforma agrária. O
proprietário do imóvel rural impugnou judicialmente o decreto de desapropriação alegando
que a CF, ao instituir o pantanal mato-grossense como área especialmente protegida,
impedia, juridicamente, que a União, por meio de atividade expropriatória, promovesse e
executasse ali projetos de reforma agrária, notadamente nos imóveis rurais.
Tendo como referência a situação hipotética acima, julgue os itens a seguir.
O pantanal mato-grossense, assim como a floresta amazônica, a mata atlântica, a Serra
do Mar e a zona costeira, de fato, foi declarado pela CF como patrimônio nacional, o que
identifica a referida área também como bem da União.
De início, você deve ter em mente que Patrimônio Nacional e Bem da União são conceitos
totalmente diferentes. Neste caso, inicialmente veja a disposição constitucionalmente
prevista acerca do Patrimônio Nacional, precisamente no artigo 225 parágrafo 4º:
Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da
lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao
uso dos recursos naturais.
Agora, perceba a diferença da definição sobre os Bens da União, referenciada no artigo 20:
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Errado.
A resposta da questão pode ser solucionada com base na interpretação do artigo 225 da
Constituição Federal de 1988, que assim dispõe: “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações”.
Assim, para chegar à resposta correta, você precisa dividir a interpretação do artigo por
partes: primeiro, o fato de o meio ambiente ser um “bem de uso comum do povo” rapidamente
subentende seu caráter “comum, geral e difuso.” Por sua vez, o viés indivisível do meio
ambiente se dá tendo em vista que, caso fosse dividido, perderia parte de seu valor e de sua
unicidade. Memorize, portanto, que um bem indivisível é aquele que não pode ser fracionado,
sob pena de perda ou alteração do valor de sua substância (Vide artigo 87 do Código Civil).
Já a indisponibilidade do meio ambiente se materializa em virtude do seu caráter de direito
humano fundamental, tendo em vista ser “essencial à sadia qualidade de vida” sendo,
portanto, fundamental para a composição do mínimo existencial. Assim, perceba, se é
essencial, é fundamental, se é fundamental, é indisponível, ou seja, não se pode abrir mão ou
negociar. Por fim, por se tratar de um bem público, comum e indisponível, sua característica
impenhorável encerra a interpretação e responde corretamente à exigência do enunciado.
Letra d.
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c) Difuso.
d) Meramente individual.
e) Exclusivo do Poder Público.
O Direito ao Meio Ambiente é um direito de interesse difuso. Para chegar a essa compreensão,
você deve memorizar o conceito de Direito Difuso. Diferentemente do Direito Coletivo, no
qual os sujeitos detentores são passíveis de determinação, tendo em vista que são direitos
direcionados a grupos e categorias estritas (lembra do Direito do Trabalho? Então...), os
Direitos Difusos são mais abrangentes. Esta abrangência se dá em virtude de seus titulares
serem considerados indeterminados ou indetermináveis, sendo assim definidos como
direitos transindividuais. Desta maneira, o Direito ao Meio Ambiente é considerado um
direito difuso, tendo em vista a amplitude e a indeterminação de seus sujeitos passíveis.
Tudo bem que qualquer pessoa é considerada detentora do direito ao meio ambiente
equilibrado, mas você deve entender que é justamente nesse “qualquer pessoa” que mora
a indeterminação do sujeito do direito em comento.
Letra c.
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Sempre que você vir enunciados falando sobre a capacidade ILIMITADA da natureza, memorize
que o erro está justamente aí! Os recursos naturais são LIMITADOS, eis a razão de surgir a
problemática da sustentabilidade!
Letra d.
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b) O meio ambiente é um bem público classificado pela CF como de uso comum do povo,
razão pela qual não se admite que o seu uso seja oneroso ou imponha a necessidade de
qualquer contraprestação de ordem pecuniária.
c) Ao estabelecer a tutela do meio ambiente, a CF dispõe que a proteção do meio ambiente,
nele compreendido o meio ambiente do trabalho, constitui um dos objetivos do Sistema
Único de Saúde.
d) A todos os entes federativos compete a proteção de documentos, obras e outros bens
de valor histórico, artístico, cultural e paisagístico, mas a competência para legislar sobre
esses temas pertence, privativamente, à União.
e) A definição legal de recursos ambientais compreende a fauna e a flora, as águas superficiais
e subterrâneas, o solo e o subsolo, mas não o mar territorial e os demais elementos da
biosfera.
a) Errada. O Meio Ambiente Cultural é integrado pelo patrimônio cultural material e imaterial,
conforme você já viu nos tópicos anteriores.
b) Errada. O Meio Ambiente é um bem público devidamente classificado pela CF/88 e o seu
uso é admitido em casos que sejam onerosos ou imponham a necessidade de contraprestação
pecuniária, ponto que se sustenta com base no princípio do Usuário Pagador, que você
aprenderá na aula sobre os Princípios do Direito Ambiental.
c) Certa. Ao estabelecer a tutela do meio ambiente, a CF dispõe que a proteção do meio
ambiente, nele compreendido o meio ambiente do trabalho, constitui um dos objetivos
do Sistema Único de Saúde, conforme previsão do artigo 200 da CF/88, que assim dispõe:
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
(...)
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
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Embora o parágrafo 4º do artigo 225 da CF/88 determine que “A Floresta Amazônica brasileira,
a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio
nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais”, não existe
previsão constitucional que determine a transformação de imóveis particulares situados
nessas áreas para a condição de bens público. Sendo assim, depreende-se da disposição
constitucional apenas que a utilização de tal patrimônio nacional deve ter previsão legal,
de modo que, prioritariamente, seja garantida a preservação ambiental da área.
Errado.
De acordo com a doutrina jurídica majoritária, as principais gerações do direito que são
pacificadas pelas correntes de pensamento majoritárias são: os direitos de primeira
geração, nos quais se incluem os direitos civis e políticos; os direitos de segunda geração,
onde se destacam os direitos sociais, culturais e econômicos e, por fim, os direitos de
terceira geração, nos quais se incluem os direitos da fraternidade e da solidariedade, aqui
destacando-se os direitos difusos e coletivos, a exemplo do próprio meio ambiente.
Certo.
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A resposta está correta, tendo em vista que o texto constitucional delimita a atuação
conjunta do poder público e da sociedade enquanto responsáveis pela defesa e preservação
do meio ambiente, para que as presentes e futuras gerações disponham do equilíbrio
ecológico necessário para o desenvolvimento da vida em sociedade.
Certo.
O caput artigo 225 da CF/88 estabelece que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações”.
Letra c.
A alternativa está certa, e para solucioná-la você não pode esquecer a relevância constitucional
dada à matéria do meio ambiente. Ainda segundo o artigo 5º, LXXIII, da CF/88, “qualquer
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.”
Certo.
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O Princípio do Poluidor Pagador não pressupõe o direito de poluir, mas sim a obrigação de
reparar os danos ambientais, se caso poluir. Desta forma, também conhecido como Princípio
da Responsabilidade, ele determina que o poluidor arque com as despesas relacionadas
à prevenção, reparação e repressão dos danos ambientais causados pela sua atividade
poluidora.
Certo.
O Princípio do Poluidor Pagador determina que o agente poluidor arque com as despesas
relacionadas à prevenção, reparação e repressão dos danos ambientais causados por ele
próprio. Desta forma, busca ainda internalizar os custos sociais resultantes da poluição
na própria produção desenvolvida pelos empreendedores das atividades potencialmente
poluidoras, visando evitar a privatização dos lucros e socialização das perdas.
Certo.
A responsabilidade civil que versa sobre danos causados ao meio ambiente é objetiva, ou
seja, INDEPENDE da existência de culpa ou dolo.
Errado.
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O Princípio do Poluidor Pagador (ou PPP, como eu abreviei alguns parágrafos acima), foi
incorporado pelo texto constitucional segundo o trecho que você vê logo abaixo:
Art. 225 CF/88: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
(...)
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado,
de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação
de reparar os danos causados.
Para além do texto constitucional, o PPP foi amplamente recepcionado pela legislação
infraconstitucional nacional, nos seguintes termos:
• Decreto n. 4.339/2002 – implementa a Política Nacional da Biodiversidade.
• Decreto n. 4.297/2002 – estabelece os critérios para o Zoneamento Ecológico.
• Lei n. 6.938/1981 – dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
• Resoluções do CONAMA: 312/02, 357/05 e 358/05 (dentre outras).
Errado.
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De antemão, você deve tomar bastante cuidado para não confundir o Princípio do Usuário-
Pagador com o do Poluidor-Pagador. Neste sentido, o primeiro não está relacionado a
qualquer dano potencial ou efetivamente causado ao meio ambiente. Desta forma, o
Usuário-Pagador tem como pressuposto a aferição de valores financeiros destinados aos
recursos naturais, com o intuito de racionalizar suas utilizações e, assim, evitar desperdícios.
Assim, a cobrança por esses recursos pressupõe exclusivamente a contrapartida ligada à
utilização dos mesmos.
Errado.
A responsabilização do poluidor do meio ambiente é objetiva, qual seja, aquela que independe
e culpa para que se observe o dever de reparar os danos causados. Neste entendimento, o
artigo 14 da Lei n. 6.938/1981 estabelece que:
Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal,
o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e
danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores:
(...)
§ 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado,
independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio
ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados
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terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao
meio ambiente.
Errado.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
(...)
Certo.
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Questão puramente decoreba da letra da lei, e existe um macete bem bacana que vou
deixar aqui para que você nunca mais esqueça. Mas antes, vamos ao que dispõe o artigo
225 da CF/88:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
(...)
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da
lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao
uso dos recursos naturais.
Agora que você já viu a disposição constitucional sobre a matéria, vamos ao macete: O
patrimônio nacional é resumido em “FAMA SeM PaZ”. Floresta Amazônica brasileira, MAta
Atlântica, SErra do Mar, PAntanal Mato-Grossense e Zona Costeira.
Letra c.
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A alternativa está errada, tendo em vista a disposição dos incisos VI e VII do artigo 24 da
CF/88, que dispõe:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
(...)
Segundo o artigo 8º da PNRH, os planos de recursos hídricos devem ser elaborados por
bacia hidrográfica, por Estado e para o País. Leia abaixo:
Art. 8º Os Planos de Recursos Hídricos serão elaborados por bacia hidrográfica, por Estado e
para o País.
Errado.
Questão certa! É o que diz, literalmente, o inciso VI do artigo 1º da PNRH. Veja abaixo:
Art. 12 (...) VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação
do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Certo.
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Art. 38 - Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação:
(...)
VI - estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores
a serem cobrados;
Errado.
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A questão está errada ao afirmar que a ANTT faz parte do SINGREH. Veja:
Errado.
A Lei n. 9.433/97, que estabelece a Política Nacional dos Recursos Hídricos (PNRH), determina
uma série de instrumentos para que a referida Política seja corretamente viabilizada. Nesse
contexto, de acordo com o artigo 5º da referida lei, a Compensação aos Municípios e a
cobrança pelo uso dos recursos hídricos se apresentam como dois desses instrumentos. Veja:
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Letra b.
A PNRH determina, em seu artigo 18, que a outorga dos usos dos recursos hídricos não
implica na alienação parcial das águas, tendo em vista que elas são inalienáveis. Leia abaixo:
Art. 18. A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são inalienáveis, mas o simples
direito de seu uso.
Letra b.
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REFERÊNCIAS
______, Lei n. 9.433/1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e dá outras providências. Brasília, 1997.
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