Barica Etica
Barica Etica
Barica Etica
Tema: Resumo
Nome do Docente:
Msc. Manuel Lambo
Tema: Resumo
Docente:
Msc. Manuel Lambo
Realizadores:
Barica Armando Almeida
LICENCIATURA EM
ENSINO DE GEOGRAFIA COM HABILIDADES EM GESTÃO
AMBIENTAL
2.1. Ética 4
8.4. Deveres para com a entidade empregadora e para com o cliente .......................................... 20
A OET – Ordem dos Engenheiros Técnicos, com estatuto publicado na Lei n.º 157/2015, de 17 de
setembro, foi criada pela Lei n.º 47/2011, de 27 de junho, que redenomina a ANET e produz a
primeira alteração ao seu estatuto, anteriormente publicado através do Decreto-Lei n.º 349/99 de 2
de setembro, no uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 1º da Lei nº. 38/99, de 26 de
maio, e nos termos da alíena b) no nº 1 do artigo 198º da Constituição da República Portuguesa, é
a associação pública de natureza profissional que atribui o título e regula o exercício da profissão
de engenheiro técnico.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender a Ética e Deondologia as Profissional;
1.1.2. Específicos
Conceituar a Ética
1.1. Metodologia
Para Lakatos e Marconi (2001, p. 183), a pesquisa bibliográfica, “ abrange toda bibliografia já
tornada pública em relação ao tema estudado, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas,
livros, pesquisas, monografias, teses, materiais cartográficos, etc. e sua finalidade é colocar o
pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado
assunto”.
No intuito de responder os objectivos traçados, o presente trabalho de pesquisa seguiu o raciocínio
de pesquisa bibliográfica, baseando-se na recolha e análise de dados sobre a cadeira de Ética e
Deontologia Profissional
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1. A necessidade de regulação dos comportamentos
Todos conhecemos a expressão "o homem é um animal social pois os seres humanos vivem em
sociedade. Para subsistir, qualquer sociedade precisa de normas, escritas e não escritas, que ligam
os indivíduos e regulam os seus comportamentos quando estes se relacionam nos seus vários papéis
ou domínios de intervenção (familiar, social, profissional, etc.), de forma a manter a coesão e a
integração social harmoniosas.
Para além de uma função de integração (assegurar a coordenação entre as diferentes partes do
sistema social), as normas têm como função básica assegurar a estabilidade, garantindo que os
valores subjacentes são conhecidos dos indivíduos, para que estes se conformem e sejam motivados
por eles. Para além disso, ao proporcionar uma vida social ordenada e ao atribuir-lhe um papel ou
vários papéis nessa vida, as normas contribuem ainda para oferecer aos indivíduos uma identidade
socialmente reconhecida.
Nem todas as áreas da vida estão reguladas ao pormenor. Nas sociedades modernas,
industrializadas, a vida privada das pessoas é bastante menos regulada do que a esfera pública, que
possui uma regulação extensiva em áreas como a educação, a economia e a política. No entanto,
existem aspetos da vida social que, pela sua importância, possuem vários mecanismos de regulação
que estabelecem as formas aceites de comportamento.
A regulação dos comportamentos pode resultar basicamente de uma intervenção externa ou dom
próprio indivíduo. Quando a regulação dos comportamentos emerge sobretudo do indivíduo, que
decide por ele mesmo as suas escolhas e as suas ações, estamos perante uma auto-regulação. A
autonomia individual é regulada essencialmente por normas vindas do interior do próprio homem
e que o expõem ao julgamento de terceiros. Nesta circunstância, o indivíduo encontra a fonte da
regulação dos seus comportamentos num sentido construtivo e partilhado pelos membros do grupo
ao qual ele pertence.
Na nossa sociedade, os principais modos de regulação dos comportamentos são a ética, a moral, os
costumes, o direito e a deontologia. Cada um destes modos aproxima-se mais da auto-regulação ou
da hetero-regulação: a moral é o modo que se aproxima mais da hetero-regulação e a ética da auto-
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regulação. Todavia, todos eles têm elementos de ambas as lógicas. É o caso, sobretudo, da
deontologia, em que as duas lógicas estão presentes praticamente com forma idêntica.
2.1. Ética
A ética tem sido tradicionalmente analisada por filósofos desde o tempo dos gregos clássicos. A
palavra ética vem do grego ethos, que significa hábito ou costume, aludindo, assim, aos
comportamentos humanos. É o domínio da filosofia responsável pela investigação dos princípios
que orientam o comportamento humano. Ou seja, que tem por objecto o juízo de apreciação que
distingue o bem e o mal, o comportamento correto e o incorreto.
A ética é um modo de regulação dos comportamentos que provém do indivíduo e que assenta no
estabelecimento, por si próprio, de valores (que partilha com outros) para dar sentido às suas
decisões e ações. Faz um maior apelo à autonomia, ao juízo pessoal do indivíduo e também à sua
responsabilidade do que os outros modos de regulação, pelo que se situa numa perspetiva de
autorregulação.
Os princípios éticos são directrizes pelas quais o homem, enquanto ser racional e livre, rege o seu
comportamento. O que significa que a ética apresenta, em simultâneo, uma dimensão teórica
(estuda o "bem" e o "mal") e uma dimensão práctica .
Ajuda o indivíduo a explicar as razões das suas ações e a assumir as respetivas consequências. A
ética é, assim, uma filosofia prática que procura regulamentar a conduta tendo em vista o
desenvolvimento humano. Porque procura aperfeiçoar o homem através da ação e por isso procura
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que os atos humanos se orientem pela retidão, isto é, a concordância entre as ações e a verdade ou
o bem. Nesta medida, a ética é uma racionalização do comportamento humano, ou seja, um
conjunto de princípios obtidos através da razão e que apontam o caminho certo para a conduta. Por
isso se diz, como Aristóteles, que o homem é um animal racional. Uma vez que não existem regras
de comportamento aplicáveis a todas as situações e a todo o momento, a ética tem a função de
fornecer princípios operativos, normas, valores para a atuação, que o homem vai aplicar, de uma
forma evolutiva, utilizando a sua razão, procurando em permanência as melhores soluções para os
problemas que se lhe colocam.
Assim, apesar da ética ser eminentemente auto-reguladora, permitindo aos indivíduos gerir os seus
próprios comportamentos, é aplicada num contexto não apenas individual mas social, no seio de
um grupo onde os valores são partilhados. É aplicada através da reflexão e do julgamento individual
e a motivação para a ação é o compromisso pessoal para com os outros em respeitar os valores
partilhados e a responsabilidade, mais do que a ameaça de sanção.
2.2. Moral
A ética tem a mesma raiz etimológica que a moral, só que esta deriva da palavra latina mores
(costumes). Moral é um conjunto de regras, valores e proibições vindos do exterior ao homem, ou
seja, impostos pela política, a religião, a filosofia, a ideologia, os costumes sociais, que impõem ao
homem que faça o bem, o justo nas suas esferas de atividade. Enquanto a ética implica sempre uma
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reflexão teórica sobre qualquer moral, uma revisão racional e crítica sobre a validade da conduta
humana (a ética faz com que os valores provenham da própria deliberação do homem), a moral é a
aceitação de regras dadas. A ética é uma análise crítica dessas regras. É uma "filosofia da moral".
No entanto, é preciso estar atento, uma vez que os termos são frequentemente utilizados como
sinónimos, sobretudo entre os autores anglo-saxónicos.
A moral tem uma dimensão imperativa, porque obriga a cumprir um dever fundado num valor
moral imposto por uma autoridade. Por isso, aplica-se através da disciplina e a motivação para a
ação é, neste caso, a convicção (interiorização do bem e do mal e da legitimidade da entidade que
os enuncia) e a sanção.
2.3. Costumes
Os costumes são formas de pensar e de viver partilhadas por um grupo. Assentam em regras
informais e não escritas que regem as práticas do grupo e que traduzem as suas expetativas
decomportamento. Referem-se a valores partilhados, a usos comuns a um grupo ou uma época e
que resultam da experiência e da história. Muitas vezes atualizam os valores sociais. São uma forma
de (hetero) regulação implícita que existe desde que os indivíduos vivem em sociedade.
2.4. Direito
O direito, à semelhança da ética, tem caráter obrigatório e normativo, é regulador das relações
humanas. O direito é o modo de regulação dos comportamentos mais operativo nas sociedades
democráticas, pois impõe obrigações e estabelece mecanismos procedimentais para garantir a sua
aplicação. Através das leis, garante-se a organização e o funcionamento da sociedade e
estabelecem-se relações claras de autoridade e de poder. Uma vez que as regras são estabelecidas
pelo Estado, estamos perante uma forma de heteroregulação. O objetivo da regulação dos
comportamentos pelo direito é favorecer a coexistência entre os indivíduos, protegendo
minimamente os direitos de cada um, procurando evitar e gerir conflitos e sancionar os indivíduos
que violem a lei.
A questão coloca-se, por exemplo, quando as inovações tecnológicas andam mais depressa do que
as normas e, num dado momento, não existem normas jurídicas que definam as condutas numa
situação inovadora, causada pelos avanços científicos. Por exemplo, a emissão de uma dada
substância para a atmosfera pode não ser proibida por lei, mas o engenheiro pode descobrir,
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entretanto, que a referida substância causa problemas respiratórios. Esta situação coloca,
claramente, questões de ordem ética ao engenheiro que lide com ela.
Uma das principais diferenças entre ética e direito reside no tipo de regulação: na ética as
obrigações, os deveres são internos, pertencem à esfera privada do indivíduo, enquanto no direito
os deveres impostos pela legislação são externos, pois estão dirigidos aos outros. E desta diferença
resultam outras diferenças fundamentais. Devido ao seu âmbito externo, o direito conta com uma
proteção institucional e estruturas de poder coercivas que sancionam a transgressão à lei.
2.5. Deontologia
Finalmente, temos a deontologia, que deriva do grego deon ou deontos/logos e significa o estudo
dos deveres. Emerge da necessidade de um grupo profissional de autoregular, mas a sua aplicação
traduz-se em heteroregulação, uma vez que os membros do grupo devem cumprir as regras
estabelecidas num código e fiscalizadas por uma instância superior (ordem profissional,
associação, etc.).
O objetivo da deontologia é reger os comportamentos dos membros de uma profissão para alcançar
a excelência no trabalho, tendo em vista o reconhecimento pelos pares, garantir a confiança do
público e proteger a reputação da profissão. Trata-se, em concreto, do estudo do conjunto dos
deveres profissionais estabelecidos num código específico que, muitas vezes, propõe sanções para
os infratores. Melhor dizendo, é um conjunto de deveres, princípios e normas reguladoras dos
comportamentos exigíveis aos profissionais, ainda que nem sempre estejam codificados numa
regulamentação jurídica. Isto porque alguns conjuntos de normas não têm uma função normativa
(presente nos códigos deontológicos), mas apenas reguladora (como, por exemplo, as declarações
de princípios e os enunciados de valores).
Neste sentido, a deontologia é uma disciplina da ética especialmente adaptada ao exercício de uma
profissão. Em regra, os códigos de deontologia têm por base grandes declarações universais e
esforçam-se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o às particularidades de
cada profissão e de cada país. As regras deontológicas são adoptadas por organizações
profissionais, que assume a função de "legisladora" das normas e garante da sua aplicação. Os
códigos de ética são dificilmente separáveis da deontologia profissional, pelo que é frequente os
termos ética e deontologia serem utilizados como sinónimos, tendo apenas origem etimológica
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distinta. Muitas vezes utiliza-se mesmo a expressão anglosaxónica professional ethics para
designar a deontologia.
Mas a ética não se reduz à deontologia. Alguns autores alertam para a necessidade de ir além o
mero cumprimento das normas deontológicas. Seguir os princípios éticos vertidos nos códigos
deontológicos porque o seu incumprimento tem consequências sociais (nomeadamente
disciplinares) não é atuar de forma ética. Porque as ações são apenas conformes à norma e não
conformes ao valor. Se o valor não é assumido pelo agente, este não age racionalmente, de forma
livre e responsável, de acordo com aquilo que, interiormente, sabe que deve fazer. conflito: deve
ser vivido todos os dias, como parte de um projeto de vida pessoal.
o sujeito apenas reflete sobre o melhor meio de agir em conformidade com ele: utiliza-se o
raciocínio "normativo", que identifica e aplica uma norma que corporiza um dado valor;
A ética determina a ação mais razoável para uma dada situação à luz dos valores partilhados, isto
é, reflete não só sobre o meio a utilizar mas também sobre o próprio fim a alcançar, aplicando um
valor prioritário; é uma forma de auto-regulação: o bom comportamento decorre da tomada de uma
decisão tendo como base um valor prioritário. A decisão não é fundada sobre o dever, como na
deontologia, mas sobre os valores. O raciocínio ético é um modo de raciocínio globalizante, que
não substitui os outros modos de raciocínio (fundados no dever ou no cumprimento de objetivos)
mas que os integra, uma vez que ajuda a identificar o valor que legitima a decisão. Nesse processo,
pode até mesmo pôr em causa (naturalmente, na sede própria) normas da moral, do direito e da
deontologia.
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3.1.Ética geral e ética profissional
Quando se fala de ética como ciência normativa da retidão dos actos humanos segundo princípios
racionais, falamos numa ética geral, que se move principalmente no campo da filosofia. Esta ética
geral motiva a reflexão sobre aspetos fundamentais da vida humana. O comportamento humano
foi, desde sempre, avaliado sob o ponto de vista do bem e do mal, do certo e do errado. A ética diz-
nos, não o que o homem pode fazer, mas o que o homem deve fazer
Estas escolhas (entre o bem e o mal, entre o certo e o errado) podem ser baseadas em várias
doutrinas, desenvolvidas ao longo da história por diversos filósofos, mas actualmente são estudadas
também por sociólogos, psicólogos e outros estudiosos do comportamento humano. Para outros
autores, não é assim. Afirmam que a ética tem de residir num fundamento objetivo, válido para
todos. Sob pena de não ser operativa e de não contribuir para reforçar a coesão social, na medida
em que é incapaz de enquadrar o homem na sociedade. Com efeito, existem muitos objetivistas
ainda hoje, pelo menos implicitamente. Se pensarmos nos ativistas de direitos humanos e
ambientais, verificamos que estes consideram que os direitos humanos e os valores ambientais
geram obrigações universais. O que significa que o objetivismo e o subjetivismo ainda são opções
filosóficas possíveis.
3.3.1.Os clássicos
A ética como ciência nasceu com o advento das cidades gregas, no "Século de Péricles" (século V
a.C.), primeiro com os sofistas, depois com Platão e Aristóteles, autor das três obras básicas da
ética no Ocidente: Ética a Nicómaco, A grande moral e a Ética a Eudemio.
Idealismo platónico, para Platão (427-347 a.C.), agir eticamente é agir com retidão de consciência.
A inteligência, quando bem utilizada, conduz ao Bem, ao Belo, ao Justo. Ao comportar-se de forma
ética, o homem aproxima-se do verdadeiro mundo, o mundo das Ideias, do qual o mundo em que
vivemos é uma mera cópia. O verdadeiro sábio procura actuar em busca do ideal e corrigir-se
quando se engana.
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Realismo aristotélico". Aristóteles (384-322 a.C.) defendia que a ética é a ciência prática do bem.
E Bem é aquilo que todos desejam.
De destacar igualmente a escola estóica (que sobrevive até hoje), fundada por Zenão de Cício (por
volta de 300 a.C.) e que dominou parte significativa da cultura greco-romana. Afirma o primado
do problema moral sobre os problemas teóricos.
Stuart Mill defende que os prazeres inteletuais e morais são superiores aos prazeres sensoriais. Por
isso, considera que o homem deve aspirar aos prazeres do espírito, os prazeres superiores. Por outro
lado, o seu utilitarismo não é individualista: exalta a ideia de comunidade, do social, ao afirmar
que a utilidade se refere à maior soma total e geral de felicidade e não apenas à máxima felicidade
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do agente. O princípio da felicidade geral ou da utilidade significa que a sociedade no seu conjunto
pode alcançar a máxima quantidade de felicidade.
O utilitarismo é uma das principais referências da ética económica e social contemporânea. Peter
Singer é um dos filósofos utilitaristas contemporâneos mais conhecidos. Esta doutrina sustenta, ao
fim e ao cabo, que não existe entidade suprema que tenha o poder de decretar o que é bom para a
humanidade: só importa o prazer ou o sofrimento vivido pelo homem. Por isso, este deve procurar
a maior felicidade, o maior bem estar, a maior utilidade para o maior número.
Esta é uma doutrina consequencialista, segundo a qual são as consequências previsíveis das ações
que relevam de um ponto de vista ético e não as intenções, as virtudes ou os deveres com que se
conformam.
E um consequencialismo de bem estar: o bem dos indivíduos reduz-se ao seu nível de bem estar,
que, nas interpretações mais modernas, pode nem se reduzir ao prazer e à dor, incluindo também a
satisfação das preferências das pessoas.
Efetivamente, a análise utilitarista de um problema ético é muito útil num processo de decisão, uma
vez que se inicia com a identificação das consequências para quem é afetado pela decisão.
Comporta basicamente quatro passos:
A ética baseada em princípios absolutos ou universais tem a sua raiz na ética kantiana. Kant (1724-
1804), à semelhança de David Hume (1711-1776), defende que a ética não tem fundamentos
científicos nem metafísicos, mas é algo mais que os hábitos sociais. É uma ética humana,
autónoma, resultante da lei moral intrínseca ao homem. É uma ética pura, não contaminada pelo
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empirismo nem por exigências exteriores. Assim, não é só a liberdade que importa, a racionalidade
também é importante.
Para Kant, os princípios da ética são imperativos categóricos. São imperativos porque a lei moral
manda, não aconselha. São categóricos porque são juízos absolutos e não hipotéticos e são
incondicionados.
Se o homem não se sentisse livre, não poderia ser obrigado a obedecer. A ideia fundamental a reter
é a concepção da ética como um sistema de regras que devemos seguir partindo de um sentido do
dever, independentemente do nosso desejo. Um juízo ético tem de se apoiar em boas razões. E as
razões têm de ser válidas para todas as pessoas em todos os momentos.
Por isso, surgiram escolas que defendem não leis morais absolutas mas relativas, ou seja, em certas
circunstâncias, algumas leis morais podem ser quebradas. O problema é determinar qual a lei moral
apropriada. De certa forma, esta inflexão (que defende a existência de leis morais relativas) acaba
por aproximar-se do utilitarismo.
Todavia, a ética do respeito pelas pessoas pode conduzir a resultados perversos, na medida em que
pode ser demasiado restritiva ("não denuncio o meu colega, apesar da sua incompetência grosseira,
pois não gostaria que ele me denunciasse a mim") ou permissiva ("penso que está certo deitar
produtos químicos no rio, porque eu continuo a pescar nele").
A ética é cada vez mais uma ética aplicada, para dar resposta a um mundo cada vez mais complexo.
Como o nome indica, a ética aplicada procura aplicar na prática os fundamentos gerais da ética, no
plano individual, familiar e social. Pois a ética não é puramente teórica: é um conjunto de princípios
que balizam as ações dos seres humanos nas sociedades em que vivem, devendo ser incorporada
pelos indivíduos, sob a forma de atitudes e comportamentos quotidianos.
Ao nível social, a ética pode subdividir-se em vários ramos, como por exemplo, ética económica
ou ética profissional. Isto porque todas as profissões têm uma ética, pois implicam sempre o
relacionamentos com as pessoas. Umas de maneira direta, como os professores, os educadores, os
médicos, os advogados, etc .. Outras de forma indireta, nas atividades que têm a ver com objetos
materiais, como a construção de pontes e edifícios, a elaboração de programas informáticos, etc ..
A palavra profissão deriva do latim e significa pessoa que se dedica a cultivar uma arte. Uma
profissão é a prática de uma ocupação que influencia diretamente o bem estar humano e requer o
domínio de um corpo complexo de conhecimentos e capacidades especializadas, acarretando
igualmente prestígio ligado à posição social.
Desta forma, a ética profissional - os padrões de conduta a aplicar no exercício da profissão, uns
comuns a várias profissões, outros específicos da profissão em causa - ajuda os indivíduos a
pertencerem a um determinado grupo e distingue esse mesmo grupo dos demais grupos
profissionais. Ajuda a tomar decisões profissionais que sejam acertadas do ponto de vista ético. E
a boa reputação que o grupo profissional consiga alcançar com a sua conduta ética ajudará os seus
membros a poder exercer as suas funções na sua área de expertise.
A ética profissional subdivide-se em vários ramos: ética médica, ética dos advogados e,
naturalmente entre muitas outras, ética na engenharia.
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5. O conceito de ética na engenharia
Em muitos ramos existentes, o trabalho pelos engenheiros exige conhecimentos básicos de outros
ramos, uma vez que, muitos problemas estão interrelacionados. E, assim, os dilemas éticos que se
colocam são predominantemente transversais.
Em termos simples, os engenheiros criam bens, materiais e imateriais, que aplicam e através dos
quais transformam o mundo real. A visão teórico-prática do engenheiro rompe com a visão
tradicional do homem como mero "animal racional": o homem passa a ser também um "animal
técnico", queconstrói o mundo em que vive e cria, em simultâneo, novos perigos que o ameaçam.
O engenheiro move-se num universo complexo, constituído por todo o tipo de agentes: colegas de
profissão, colegas de outras profissões, gestores, clientes e consumidores, entidades públicas e,
inclusivamente, o próprio ambiente social e natural. As relações do engenheiro com este universo
são regidas por vários tipos de normas de comportamento, que já examinámos no Capítulo I deste
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Manual. Qual, então, a importância específica da ética nesta profissão? A comunicação
socialbombardeia-nos constantemente com notícias sobre comportamentos pouco éticos na
engenharia, desde a violação de práticas de concorrência até à realização de construções inseguras.
Estas práticas chegam por vezes, a provocar desastres mediáticos, como a explosão do vaivém
espacial Challenger, nos EUA, ou a tragédia de Bophal, na India. São situações criadas pela
aplicação de tecnologias modernas, como a engenharia nuclear, a engenharia genética ou as
tecnologias da informação, que nos colocam perante problemas inéditos. Mas para além destas
novas realidades,os progressos das técnicas já conhecidas e a sua utilização massiva, tornam os
impatos potencialmente negativos mais importantes hoje que no passado. A isto acresce ainda uma
mudança de atitude das pessoas face ao risco e, designadamente, aos riscos ligados aos progressos
tecnológicos. Existe hoje a consciência de "novos riscos", cujas caraterísticas comuns são o número
elevado de vítimas potenciais, os efeitos prolongados no tempo e uma relativa invisibilidade da
ligação entre a causa e o efeito4. Pensemos em verdadeiras preocupações coletivas como os
organismos geneticamente modificados, as "vacas loucas", os resíduos nucleares ou o acesso não
autorizado a computadores que põe em causa a segurança dos Estados. Para esta consciência
contribui os debates públicos constantes, onde peritos e leigos, mostram frequentemente o
seudesacordo quando à aceitabilidade do risco.
A discussão sobre o papel da ética na vida profissional é uma discussão natural, porque são
evidentes as suas ligações às pessoas e ao ambiente. Os projetos de engenharia - quaisquer que
sejam - não têm significado foram dos seus contextos sociais, económicos e ambientais. Por
exemplo, as pontes servem para permitir deslocações de pessoas e veículos por razões económicas
e sociais.
15
compreensão do poder material e simbólico da técnica sobre as pessoas. Hoje, a aceleração do
desenvolvimento das técnicas e da tecnologia obriga a uma reflexão mais profunda do que no
passado, uma vez que os seus impatos são cada vez mais significativos, sem que nos possa ser
garantida a inexistência total de consequências não desejadas, por vezes trágicas e irreversíveis.
Para este conceito amplo e complexo da ética na engenharia não podemos partir de preconceitos,
como o princípio que nos diz que "a técnica é neutra, não é boa nem má, e tudo depende do uso
que se lhe dê". Se assim fosse, também pouco importaria o profissional que a desenvolve,
disponibiliza e faz evoluir. Nesse caso, muito dificilmente um engenheiro se poderia sentir
responsável pelas consequências sociais e globais a médio e longo prazo do exercício da sua
profissão. No limite, esta pretensa autonomia da técnica e a sua pressuposta neutralidade de valores
levaria ao raciocínio extremo de considerar que apenas é importante realizar bem o trabalho, não
importa em que circunstâncias e quaisquer que sejam as suas consequências. Foi este tipo de
raciocínio que conduziu à criação da bomba atómica.
Mesmo no mundo empresarial a ética tem vindo a ganhar importância. Considera-se hoje que a
excelência empresarial depende também da conduta ética da empresa: os valores éticos, o respeito
pelas pessoas, o espírito de serviço são elementos determinantes para as empresas com bons
resultados. E não é por estar na moda. Esta teoria baseia-se numa visão sistémica das relações da
empresa com o mundo que a rodeia (todas as partes interessadas ou stakeholders). Tal como
falsificar os resultados de uma investigação. Mas existem muitas mais situações, no âmbito do
exercício da profissão, que não são "preto no branco". Trata-se, muitas vezes, de um cinzento difícil
de definir. São os dilemas éticos, isto é, situações difíceis de qualificar, eticamente e por vezes
também juridicamente.
As associações profissionais de engenharia (e algumas empresas de vários setores) têm optado por
"formalizar" a ética, desenvolvendo códigos de conduta profissional - códigos de ética e códigos
deontológicos. Os códigos de ética são um conjunto de regras que procuram conferir uma
identidade às profissões, orientando e controlando os comportamentos do grupo a fim de manter a
sua coesão e explicitam a forma como o grupo se compromete a realizar os seus objetivos
particulares de acordo com os princípios universais de ética. Muitas vezes têm valor jurídico: são
16
prescrições de cumprimento obrigatório para os profissionais, sob pena de aplicação de sanções
disciplinares. Têm, assim, como finalidade principal constituir um guia para os comportamentos
individuais no exercício da profissão, evitando a ocorrência de problemas éticos.
Por outro lado, levam os profissionais a desenvolver uma cultura comum de responsabilidade em
relação à sociedade e servem como fonte da avaliação pública de uma profissão, uma vez que
permitem que a sociedade saiba o que esperar dos profissionais. E, dessa forma, permitem gerar
confiança: as pessoas confiam nos profissionais porque esperam que eles atuem em conformidade
com a deontologia da profissão. Trata-se, pois, em grande medida, de uma questão de criar e manter
uma boa imagem dos profissionais junto dos diferentes públicos: poderes públicos, clientes,
fornecedores, etc.. Uma imagem de seriedade, de qualidade, de preocupação com a comunidade
em que se inserem e de excelência. Porque a vida profissional tem as suas recompensas, incluindo,
em regra, um salário melhorado, o respeito da comunidade e o reconhecimento de que certos tipos
de trabalho devem ser feitos por profissionais. Em troca destas recompensas, os membros das
profissões comprometem-se a cumprir certos standards no seu trabalho. O que significa que a
responsabilidade dos profissionais é extensível às consequências económicas, sociológicas e
culturais do produto, não se resumindo aos aspetos técnicos.
Os códigos de ética das associações profissionais são criados num determinado contexto social e
económico, pelo que podem mudar ao longo do tempo. Em meados do século xx, começou a
pensarse na responsabilidade dos engenheiros para com a segurança do público. Nos anos 70 do
século passado, a discussão sobre a ética profissional centrava-se sobretudo nas regras de conduta
e na lealdade. Os movimentos contra o armamento nuclear, os movimentos ambientais (anos 50-
60) e os movimentos de consumidores (anos 60-70), a discussão sobre os problemas da tecnologia
e o interesse pelos valores democráticos contribuíram para introduzir no debate novas
preocupações.
Atualmente, os códigos dão ênfase sobretudo ao bem-estar público. Com efeito, enquanto os
códigos de ética das décadas passadas tinham uma lógica meramente "interna" (da profissão),
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dando ênfase a questões como a concorrência desleal, publicidade, obrigações para com os clientes
e os empregadores, etc., os atuais começam a dar ênfase a outro tipo de condutas. Porque, apesar
destes serem ainda assuntos importantes para os profissionais da engenharia, são menos
importantes do que as obrigações para com o público, decorrentes do contrato social implícito. Por
estes motivos, os códigos de ética, em geral, estabelecem não só deveres do engenheiro no exercício
da profissão e para com os colegas, mas também deveres para com os empregadores, os clientes e
para com a comunidade. Porque, como vimos, a engenharia é hoje mais complexa do que nunca e
os seus efeitos sociais não podem ser ignorados.
18
Importa atentar em dois grandes grupos de normas: as respeitantes aos direitos e deveres param
com a Ordem e as respeitantes aos deveres profissionais.
Nesta matéria, há que distinguir entre os direitos e deveres dos membros efetivos, e dos membros
Estudantes
Em matéria de deveres dos membros efetivos, o artigo 52° estipula que constituem deveres dos
membros efetivos para com a Ordem:
8.2.Deveres profissionais
No que se refere aos deveres profissionais, regem os artigos 55° a 58° do Estatuto. Estabelecem-se
quatro grandes categorias de deveres profissionais:
deveres para com a comunidade (artigo 55°);
deveres para com a entidade empregadora e para com o cliente (artigo 56°);
deveres no exercício da profissão (artigo 57°);
deveres recíprocos dos engenheiros técnicos (artigo 58°).
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8.3.Deveres para com a comunidade
a) Desempenhar com competência as suas funções, contribuindo para o progresso da engenharia
técnica Este é, de certa forma, um dever ligado ao bem da humanidade e ao prestígio da própria
profissão.
9. Decisão Ética
9.1.Problemas Éticos
Os engenheiros encontram inúmeros problemas éticos na sua atividade. Sobretudo a partir do
momento em que deixaram de exercer funções puramente técnicas para passar a desempenhar
igualmente funções de gestão, no âmbito das quais devem ter em conta aspetos de caráter
financeiro, económico e social nas suas decisões. Ora, o exercício dessas funções e essas novas
preocupações agravaram exponencialmente os problemas éticos, o que já levou alguns engenheiros
a "inventar" razões que alegadamente justificam o atropelamento dos princípios éticos da
engenharia para salvar boas decisões de negócio.
Um problema ético diz respeito à aplicação de um ou mais princípios éticos.
A propósito dos problemas éticos, devemos fazer, desde já, uma chamada de atenção. É necessário
não confundir problemas éticos com outro tipo de situações que são igualmente problemáticas de
resolver mas que não colocam necessariamente questões de ordem ética. Um desses problemas é a
21
discordância sobre questões de facto, que são verdadeiras ou falsas e que podem ser confirmadas
através da observação empírica. Podem surgir diluídas num dilema ético, por isso é absolutamente
necessário garantir que as questões de facto estão clarificadas. Por exemplo, clarificar se o produto
x produz acidentes. Um outro tipo de problema é a discordância sobre questões conceptuais, ou
seja, sobre o significado de determinados termos. Estas questões podem ser muito importantes nos
dilemas éticos. Um bom exemplo é a discussão sobre se o feto deve ser considerado uma pessoa.
Ou saber se o pagamento de uma determinada quantia pode ser considerado suborno. Mas é
necessário termos presente que, embora estas questões possam ter importância num dilema ético,
não constituem, elas próprias, o cerne da questão ética: esta só se coloca quando somos
confrontados com a necessidade de saber se um dado comportamento é certo ou errado. Por
exemplo, se um engenheiro considerar errado matar civis nos conflitos armados, pode decidir não
aceitar um contrato relacionado com o desenvolvimento de armamento. Em suma, para discutir
questões de facto, utilizam-se considerações empíricas; para discutir questões conceptuais,
utilizam-se argumentos sobre a preferência de uma dada definição em relação a outra; para discutir
questões morais, utilizam-se princípios morais.
Os problemas éticos podem ser de dois tipos: problemas de aplicabilidade ou problemas de conflito.
Num problema de aplicabilidade, não se sabe se um determinado princípio ético é ou não aplicável.
Da resolução do problema conceptual (por exemplo, definição de "informação confidencial",
definição de "suborno", definição de "roubo") depende a aplicação (ou não) de um princípio ético
(não divulgar informação confidencial, não subornar para conseguir trabalho, não utilizar
informação da empresa para proveito próprio ou de terceiros).
Uma forma simples e habitualmente eficaz de resolver problemas de aplicabilidade é comparar o
problema com problemas semelhantes que já tenham ocorrido. Procuram-se as semelhanças e as
diferenças, para chegar à aplicação (ou não) do princípio que está em dúvida.
Num problema de conflito, é-se confrontado com dois ou mais princípios que parecem ser
aplicáveis a uma dada situação mas cada princípio pressupõe uma linha de ação diferente e
incompatível. São os dilemas éticos.
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Há vários factores que podem contribuir para que as pessoas adoptem comportamentos pouco
éticos. Ao nível da empresa, um estudo realizado por Posner e Schmidt, citados por Mercier,
identificou seis factores principais que estão na origem de comportamentos não éticos:
1. Comportamentos dos superiores;
2) Comportamentos dos colegas;
3) Práticas éticas em vigor na indústria ou na profissão;
4) Clima moral da sociedade;
5) Política formal da organização;
3. Guia para uma decisão ética
O processo de decisão ética pode ser considerado uma ferramenta para qualquer profissional que
se prepare para exercer o seu julgamento face a um dilema ético e pretenda tomar as melhores
decisões possíveis. A tomada de decisão ética é uma ferramenta muito útil quando as normas não
regulam ou são insuficientes para resolver uma dada situação e quando diferentes valores, por vezes
contraditórios, devem ser tidos em consideração.
A decisão ética tem lugar após um processo de reflexão que visa identificar os valores em conflito
para julgar os fins prosseguidos e a solução aplicável, permitindo estabelecer se a ação a
empreender permite alcançar a finalidade visada e, simultaneamente, limitar as eventuais
consequências negativas.
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situações que envolvem responsabilidades conflituantes. Numa decisão estritamente técnica,
decide-se o que se pode fazer; numa decisão ética, decide-se o que se deve fazer, com base em
normas profissionais e no raciocínio ético. O processo decisório é basicamente o mesmo. É só
mudar o pode para o deve e ponderar, além dos aspetos técnicos, os aspetos relacionados com a
responsabilidade para com as pessoas, a sociedade e o ambiente.
Em consequência, enquanto engenheiro, precisará de dois conjuntos de ferramentas para lidar com
a profissão e com os dilemas que aí surgem. Em primeiro lugar, precisam de compreender as regras,
os parâmetros que os engenheiros utilizam para julgar o que são comportamentos certos e errados
na prática da engenharia, vertidos nos chamados códigos de ética ou códigos deontológicos. Em
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segundo lugar, precisa de algumas capacidades básicas de raciocínio moral. Desta forma, para
procurar soluções para as várias opções que se lhe apresentam para resolver os dilemas, o
engenheiro deverá:
1) observar o que está previsto nas leis, as regras organizacionais e os códigos profissionais sobre
as suas responsabilidades;
2) procurar orientação na análise do dilema da perspetiva das escolas filosóficas sobre a moral. Por
exemplo, o utilitarismo (verificar se os impactes de uma decisão, avaliados em termos de custos e
de benefícios, produzem o maior benefício possível para o maior número possível de pessoas; se
uma ação provocar mais bem do que mal, deve ser adoptada) ou universalismo (procura desvendar
os princípios universais que podem ser utilizados para resolver os dilemas éticos e que estão
subjacentes às normas);
3) pensar por si próprio, decidindo, baseado no seu próprio sentido de certo e errado, qual a opção
que deve ser seleccionada para resolver o dilema.
Na cultura ocidental moderna, parecem existir dois sistemas de conceitos éticos predominantes e
com inúmeras áreas de sobreposição: o utilitarismo e a ética do respeito pelas pessoas. Perante as
dificuldades por todas as teorias, os filósofos têm vindo a defender que, na realidade, não é possível
adoptar apenas uma das teorias, uma vez que não é possível incorporar todos os comportamentos
éticos defensáveis na nossa cultura apenas numa teoria ética. O utilitarismo diz-nos para maximizar
a satisfação global, apesar de isso poder significar injustiças para alguns indivíduos; a ética do
respeito pelas pessoas pede-nos para respeitar os direitos dos indivíduos, apesar de isso poder
promover a menor satisfação global das necessidades. Perante este cenário, uma conclusão que
parece ser legítimo tirar é que é preferível analisar os dilemas éticos do ponto de vista de ambas as
teorias. Se as duas teorias convergirem nas conclusões, a ação preconizada é, por certo, a mais
adequada. Se não convergirem, há que decidir qual a que deve ter prioridade. Nesta circunstância,
a opinião que tende a ser dominante entre os filósofos é que a ética do respeito pelas pessoas deve
prevalecer sobre a ética utilitarista, salvo quando a violação dos direitos tenha pouco significado.
Para além destes problemas de escolha entre as duas teorias éticas principais, podem surgir
problemas a que as próprias teorias têm dificuldade em dar resposta: problemas de aplicabilidade
de um dado princípio ético e problemas de conflitos entre princípios éticos.
Importa, por isso, treinar as capacidades de reflexão ética.
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