Palácios - Artigo
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Recebido: 05-05-2023/ Aceito: 06-06-2023/ Publicado on-line: 28-06-2023.
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É professor na Universidade Federal de Goiás (UFG), Cidade de Goiás, Goiás, Brasil.
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ORCID: https://orcid.org/0009-0007-7360-6707.
de Deus.
Para não tornar o artigo longo demais, não vou repro-
duzir as teses de Descartes nas Meditações, leitura obrigatória
de praticamente todos os estudantes e estudiosos de filosofia,
para reproduzir as teses de Agostinho, com o qual vai ficar
clara a importância que efetivamente o Bispo de Hipona re-
presentou para o filósofo moderno. Na reprodução dessas
passagens irão ficando claros quais foram esses “emprésti-
mos”.
Uma afirmação de Descartes sempre me chamou a aten-
ção. É a tese de que o conhecimento de mim mesmo só acon-
tece pela ação divina, como algo posterior. Ela tem esta ante-
cipação exata nas Confissões do Agostinho:
Eu, porém, embora me rebaixe diante de ti e me considere
terra e cinza, todavia sei algo de ti, que não sei de mim. […] Confes-
sarei então o que sei de mim, confessarei também o que não sei de
mim, porque, o que sei de mim, o sei pela tua iluminação, e o que
não sei de mim, não o saberei até que minhas trevas se tornem como
o meio-dia no teu rosto. (2017a, p. 202; Livro X - V, 7)
vive, e também tem certeza disso. (1994, p. 406; livro XV, capítulo 12;
Refutação dos filósofos da Nova Academia, 21b.)
missed the female philosopher who came before him: Teresa of Ávila.
(GOLDHILL, 2017)
Referências Bibliográficas
AGUSTÍN, Santo. La verdadera religión. In: Obras de San Agus-
tín. T. IV. Madrid: La Editorial Católica, 1984.
AGOSTINHO. De Duabus animabus contra manichaeos. In:
SCHAFF, Philip. The Writings Against the Manichaeans and
Against the Donatists. New York: The Christian Literature
Publishing Co., 1890.
AGOSTINHO. Solilóquios e A vida feliz. São Paulo: Paulos,
1988.
AGOSTINHO. Da Trindade. Trad. Frei Agustino Belmonte.
São Paulo: Paulus 1994.