Cap5 - Introdução À Teoria de Elasticidade
Cap5 - Introdução À Teoria de Elasticidade
Cap5 - Introdução À Teoria de Elasticidade
Consideremos novamente o corpo ilustrado na Figura 4-1. Como já tínhamos visto, para que haja
equilíbrio de cada uma das partes A e B gera-se uma força R e um momento flector M actuantes
num ponto de referência arbitrário S. Os esforços internos M e R representam as resultantes das
forças interiores distribuídas ao longo da secção de corte. Estes esforços internos e a distribuição
das forças interiores ao longo da secção de corte determinam a intensidade de solicitação do
corpo.
Consideremos agora o corpo da Figura 5-1a. A cada elemento de área d𝐴 da secção transversal
podemos associar uma força interna d𝐹, se considerarmos a suposição de continuidade do
material. As componentes de d𝐹 segundo as direcções dos eixos das coordenadas x, y e z são
respectivamente as forças d𝑁, d𝑇 e d𝑇 .
F1 F1
dA dN dA xx
A d Tz A xz
F2 F2
d Ty xy
dN
y x res
(a) (b)
z
Figura 5-1
À razão entre a força d𝐹 pela área d𝐴 denomina-se esforço interno por unidade de superfície ou
tensão (veja Figura 5-1b):
d𝐹
𝜎 =
d𝐴
Sendo a força uma grandeza vectorial, também a será a tensão interna 𝜎 , com a mesma
direcção e sentido.
1
Normalmente usamos o sistema de eixos coordenados para representar a tensão 𝜎 , através das
suas componentes nos eixos 𝑥, 𝑦 e 𝑧. As componentes obtidas distinguem-se através de dois
índices, sendo que o primeiro indica a direcção da normal do plano em que actua a componente e
o segundo indica a sua direcção. As tensões são definidas como positivas quando num plano cuja
normal tem sentido positivo, as tensões estão orientadas segundo os eixos coordenados ou
quando a normal ao plano tem sentido negativo, as tensões estão orientadas nos sentidos
contrários aos dos eixos coordenados.
Notemos que a resultante de todas forças internas d𝐹 ao longo da secção é representado pela
força 𝐑 e o momento 𝐌 (Figura 4-1).
Se por um ponto qualquer do corpo passarmos vários planos de inclinações diferentes teremos
tensões diferentes em cada um desses planos. O conjunto das tensões existentes em pelo menos
três planos triortogonais passando por um ponto P determinam o estado de tensão do ponto em
questão, pois ao conhecer este conjunto de tensões, podemos determinar as componentes da
tensão em qualquer outro plano que passe por este ponto P. As tensões actuantes em cada um dos
planos são representadas pelas componentes segundo um sistema de eixos coordenados tal como
se ilustra na Figura 5-2.
zz nres
zx
xz n
xx
P zy B x
xy yz
yx
A yy
z
Figura 5-2
2
Assim, nas três facetas de um tetraedro elementar actuam 9 componentes de tensões, que
constituem o chamado tensor de tensões
𝜎 𝜏 𝜏
𝛔 = 𝜏 𝜎 𝜏 (5-1)
𝜏 𝜏 𝜎
Se reduzirmos as dimensões tetraedro de modo que este se reduza ao ponto P, o tensor das
tensões determina o estado de tensão do corpo neste ponto.
Estudemos agora como determinamos o vector tensão nres numa faceta infinitamente próxima
do ponto P definida pela sua normal exterior n ,
cos 𝛼
𝐧 = cos 𝛽 (5-2)
cos 𝛾
onde cos 𝛼, cos 𝛽 e cos 𝛾 são os cossenos directores de 𝐧 (isto é, 𝛼, 𝛽 e 𝛾 são os ângulos
formados pela normal 𝐧 com os eixos 𝑥, 𝑦 e 𝑧, respectivamente).
𝜎
𝛔 = 𝜎 (5-3)
𝜎
Denotemos as áreas dos triângulos PAC, PAB, PBC e ABC por Δ𝑃𝐴𝐶, ∆𝑃𝐴𝐵, ∆𝑃𝐵𝐶 e ∆𝐴𝐵𝐶,
respectivamente. Bem, sabemos que as áreas dos triângulos PAC, PAB e PBC são projecções da
área do triângulo ABC sobre os planos yz, xz e xy, respectivamente. Assim podemos escrever
3
−𝜏 Δ𝑃𝐴𝐶 − 𝜏 Δ𝑃𝐴𝐵 − 𝜎 Δ𝑃𝐵𝐶 + 𝜎 Δ𝐴𝐵𝐶 = 0
𝜎 𝜎 𝜏 𝜏 cos 𝛼
𝜎 = 𝜏 𝜎 𝜏 cos 𝛽 (5-5)
𝜎 𝜏 𝜏 𝜎 cos 𝛾
𝛔 =𝛔 𝐧
Vemos nesta simples equação matricial que quando conhecemos o tensor das tensões 𝛔 num
ponto, podemos achar as componentes 𝛔 actuantes num plano de inclinação arbitrária (definido
pela normal exterior 𝐧) que passa pelo ponto.
4
y
yy d yy
zz
yx d yx
yz d yz
zx
xy d xy dy
xx Y
xz zy d zy S xx d xx
Z X zy
xy xz d xz x
zx d zx
yz
yx dz
zz d zz
yy
dx
z
Figura 5-3
5
xx
d xx
x
dx
xy
d xy dx
x
d xz xz d x
x
yx
d dy
yx y
yy
d yy dy (5-6)
y
yz
d yz
y
dy
d
zx d z
zx z
zy
d zy dz
z
d zz
dz
zz z
( xx xx d xx ) d z d y ( yx yx d yx ) d x d z ( zx zx d zx ) d x d y 0
Substituindo nesta equação os acréscimos das funções tensão dados por (5-6) e eliminado o
produto d x d y d z obtém-se a primeira das condições de equilíbrio do estado espacial de tensão,
que são
𝜕𝜎 𝜕𝜏 𝜕𝜏
+ + +𝑋 =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝜎 𝜕𝜏 𝜕𝜏
+ + +𝑌 =0 (5-7)
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕𝜎 𝜕𝜏 𝜕𝜏
+ + +𝑍 =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
6
xy xy d xy d z d y
dx
yx yx d yx d z d y
dx
0
2 2
ou
xy yx
𝜏 =𝜏
𝜏 =𝜏 (5-8)
𝜏 =𝜏
As relações (5-8) definem o chamado teorema de reciprocidade das tensões tangenciais: Em duas
faces ortogonais, as tensões tangenciais perpendiculares à aresta comum são iguais e ambas
convergentes ou divergentes à aresta.
Do teorema de reciprocidade de tensões tangenciais podemos concluir que dos 9 elementos que
formam o tensor das tensões apenas 6 são independentes e que o tensor das tensões é simétrico.
Os corpos reais são deformáveis; isto é, sob a acção de cargas externas mudam a sua forma, o
mesmo que dizer que cada ponto do material muda de posição. Na Figura 5-4 A indica um ponto
do corpo antes da mudança de sua forma. Após a aplicação de forças externas o ponto A passa
para uma nova posição A’. Ao vector 𝐴𝐴⃗′ chamamos de vector deslocamento do ponto A –
vector v na figura. As compontentes do vector v nos eixos x, y e z são designados de v x , v y e
v z , respectivamente.
7
y
vz
A'
v vy
vx
A x
Figura 5-4
Para facilitar o nosso estudo das deformações, consideremos apenas projecções no plano 𝑥𝑦 dos
pontos considerados no estudo. Quando as cargas são aplicadas os pontos A, B e C passam para
as posições A’, B’ e C’ (Figura 5-5). O ângulo recto ∡𝐵𝐴𝐶 formado pelos segmentos 𝐴𝐵 e 𝐴𝐶
muda para a configuração ∡𝐵’𝐴’𝐶’.
8
y v y
v y
vy d y vy dy
y y
C'
xy , 2
C
B'
dy xy ,1 v y
vy dx
x
A'
vy A v x
vx dx
vx B x
x
dx
Figura 5-5
𝜕𝑣
A’B’ − AB d𝑥 + 𝑣 + 𝑑𝑥 − 𝑣 − d𝑥 𝜕𝑣
𝜕𝑥
𝜀 = = =
AB d𝑥 𝜕𝑥
Analogamente
𝜕𝑣
A’C’ − AC d𝑦 + 𝑣 + 𝑑𝑦 − 𝑣 − d𝑦 𝜕𝑣
𝜕𝑦
𝜀 = = =
AC d𝑦 𝜕𝑦
𝜕𝑣
𝜀 =
𝜕𝑥
𝜕𝑣
𝜀 = (5-9)
𝜕𝑥
𝜕𝑣
𝜀 =
𝜕𝑧
A distorção é definida como deformação agular relativa a duas direcções ortogonais:
9
𝛾 = ∡𝐴𝐵𝐶 − ∡𝐴 𝐵 𝐶 (5-10)
𝛾 =𝛾 +𝛾
onde
𝜕𝑣 𝜕𝑣
𝑣 + 𝑑𝑥 − 𝑣 𝜕𝑣
𝛾 = 𝜕𝑥 = 𝜕𝑥 =
𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑥
𝑑𝑥 + 𝑣 + 𝑑𝑥 − 𝑣 1+
𝜕𝑥 𝜕𝑥
e
𝜕𝑣 𝜕𝑣
𝑣 + 𝑑𝑦 − 𝑣 𝜕𝑣
𝜕𝑦 𝜕𝑦
𝛾 = = =
𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑦
𝑑𝑦 + 𝑣 + 𝑑𝑦 − 𝑣 1+
𝜕𝑦 𝜕𝑦
𝜕𝑣 𝜕𝑣
𝛾 = +
𝜕𝑦 𝜕𝑥
As distorções 𝛾 e𝛾 são obtidas de modo análogo. Assim as três distorções são dadas por:
𝜕𝑣 𝜕𝑣
𝛾 = +
𝜕𝑦 𝜕𝑥
𝜕𝑣 𝜕𝑣
𝛾 = + (5-11)
𝜕𝑧 𝜕𝑦
𝜕𝑣 𝜕𝑣
𝛾 = +
𝜕𝑦 𝜕𝑧
A razão entre o aumento de um volume elementar do corpo pelo seu volume inicial designa-se de
extensão volumétrica.
Δ𝑉 − Δ𝑉
𝜀 = (5-12)
Δ𝑉
Consideremos um elemento de volume
10
Δ𝑉 = Δ𝑥Δ𝑦Δ𝑧
Δ𝑥̅ = Δ𝑥 + Δ𝑥𝜀
Δ𝑦 = Δ𝑦 + Δ𝑦𝜀
Δ𝑧̅ = Δ𝑧 + Δ𝑦𝜀
𝜀 =𝜀 +𝜀 +𝜀 +𝜀 𝜀 +𝜀 𝜀 +𝜀 𝜀 +𝜀 𝜀 𝜀
Os produtos das extensões são reduzidos em relação as próprias extensões, pelo que vamos
desprezar:
𝜀 =𝜀 +𝜀 +𝜀 = div 𝑣 (5-13)
Se nos limitarmos à zona de proporcionalidade podemos representar uma relação entre a tensão
normal e a extensão,
𝜎 = 𝐸𝜀 (5-14)
𝜏 = 𝐺𝛾 (5-15)
11
5.6 Coeficiente de poisson
𝜀 = −𝑣𝜀 (5-16)
𝐸
𝐺= (5-17)
2(1 + 𝑣)
𝜎 𝜈 𝜎 +𝜎
𝜀 = −
𝐸 𝐸
As extensões 𝜀 e𝜀 são obtidas de modo análogo. As três extensões são dadas por
𝜎 𝜈 𝜎 +𝜎
𝜀 = −
𝐸 𝐸
𝜎 𝜈
𝜀 = − (𝜎 + 𝜎 ) (5-18)
𝐸 𝐸
𝜎 𝜈
𝜀 = − 𝜎 +𝜎
𝐸 𝐸
As extensões, como podemos notar, não são influenciadas pelas tensões tangenciais. Da mesma
forma, as distorções não são influenciadas pelas tensões normais. Aplicando (5-15) obtemos:
12
𝜏
𝛾 =
𝐺
𝜏
𝛾 = (5-19)
𝐺
𝜏
𝛾 =
𝐺
Podemos reescrever (5-18) e (5-19) para obtermos as tensões como funções das extensões:
𝐸 𝑣
𝜎 = 𝜀 + 𝜀
1+𝑣 1 − 2𝑣
𝐸 𝑣
𝜎 = 𝜀 + 𝜀 (5-20)
1+𝑣 1 − 2𝑣
𝐸 𝑣
𝜎 = 𝜀 + 𝜀
1+𝑣 1 − 2𝑣
em que 𝜀 é a extensão volumétrica, e
𝜏 = 𝐺𝛾
𝜏 = 𝐺𝛾 (5-21)
𝜏 = 𝐺𝛾
𝜎 𝜈𝜎
𝜀 =−
𝐸 𝐸
𝜎 𝜈𝜎
𝜀 = −
𝐸 𝐸
𝜈 (5-22)
𝜀 =− 𝜎 +𝜎
𝐸
𝜏
𝛾 =
𝐺
𝛾 =𝛾 =0
13
𝐸
𝜎 = 𝜀 + 𝑣𝜀
1−𝑣
𝐸
𝜎 = 𝜀 + 𝑣𝜀 (5-23)
1−𝑣
𝜏 = 𝐺𝛾
𝜎 =𝜏 =𝜏 =0
𝐸
𝜎 = (1 − 𝑣)𝜀 + 𝑣𝜀
(1 + 𝑣)(1 − 2𝑣)
𝐸
𝜎 = 𝑣𝜀 + (1 − 𝑣)𝜀
(1 + 𝑣)(1 − 2𝑣)
𝐸 (5-24)
𝜎 = 𝑣 𝜀 +𝜀
(1 + 𝑣)(1 − 2𝑣)
𝐸
𝜏 = 𝐺𝛾 = 𝛾
2(1 + 𝑣)
𝜏 =𝜏 =0
𝑁= 𝜎 d𝐴 (5.25)
𝑇 = 𝜏 d𝐴 (5.26)
𝑀 = 𝑧𝜎 d𝐴 (5.27)
14
Estas resultantes actuando numa porção infinitesimal estão ilustradas na Figura 5-6
qz
z
My Tz d Tz
qx N dN y
N x
Tz My dMy
dx
Figura 5-6
Estas forças devem satisfazer a condição de equilíbrio de forças no plano. O equilíbrio de forças
horizontais exige que
−𝑁 + 𝑁 + d𝑁 + 𝑞 (𝑥)d𝑥 = 0
isto é
d𝑁
+ 𝑞 (𝑥) = 0 (5.28)
d𝑥
Da mesma maneira, o equilíbrio de forças verticais exige que
−𝑇 + 𝑇 + d𝑇 + 𝑞 (𝑥)d𝑥 = 0
ou
d𝑇
+ 𝑞 (𝑥) = 0 (5.29)
d𝑥
Do equilíbrio de momentos na extremidade esquerda do elemento da Figura 5-6 obtém-se
d𝑥
𝑀 − 𝑀 + d𝑀 + (𝑇 + d𝑇 )d𝑥 + 𝑞 (𝑥)d𝑥 =0
2
ou
d𝑀 1
− + (𝑇 + d𝑇 ) + 𝑞 (𝑥) d𝑥 = 0
d𝑥 2
15
ou ainda
d𝑀
=𝑇 (5.30)
d𝑥
por d𝑥 ser infinitezimal.
Na Figura 5-7 estão ilustrados dois pontos, 𝑃 e 𝑄, situados num plano normal ao eixo 𝑥.
d w/d x
Q'
z
w P'
y u
x Q
-z
P
Figura 5-7
d𝑤
𝑣 (𝑥) = 𝑢 − 𝑧 (5.31)
d𝑥
Vamos assumir que a componente 𝑣 do deslocamento de P é igual a zero:
𝑣 =0 (5.32)
𝑣 = 𝑤(𝑥) (5.33)
16
d𝑢 d 𝑤
𝜀 = −𝑧 (5.34)
d𝑥 d𝑥
e
𝜀 =𝜀 =𝛾 =𝛾 =𝛾 =0 (5.35)
𝐸 𝑣 𝑣−1
𝜎 = 𝜀 + 𝜀 = 𝐸𝜀
1+𝑣 1 − 2𝑣 (1 + 𝑣)(1 − 2𝑣)
𝐸 𝑣 𝑣
𝜎 = 0+ 𝜀 = 𝐸𝜀
1+𝑣 1 − 2𝑣 (1 + 𝑣)(1 − 2𝑣)
𝐸 𝑣 𝑣
𝜎 = 0+ 𝜀 = 𝐸𝜀 (5-36)
1+𝑣 1 − 2𝑣 (1 + 𝑣)(1 − 2𝑣)
𝜏 =0
𝜏 =0
𝜏 =0
Note que (5.26) entra em contradição com a sexta equação de (5-36). Isto acontece devido à
nossa tentativa de reformulação de um problema que é tridimensional numa forma mais simples.
𝜎 = 𝐸𝜀 (5.37)
d𝑢 d 𝑤
𝜎 =𝐸 − 𝐸𝑧 (5.38)
d𝑥 d𝑥
Substituindo esta equação em (5.25) obtém-se
d𝑢 d 𝑤
𝑁= 𝐸d𝐴 − 𝐸𝑧d𝐴 (5.39)
d𝑥 d𝑥
d𝑢 d 𝑤
𝑀 = 𝐸𝑧d𝐴 − 𝐸𝑧 d𝐴 (5.40)
d𝑥 d𝑥
17
𝐸𝑧d𝐴 = 0 (5.41)
Notemos que se 𝐸 for constante ao longo da secção transversal, esta exigência implica que o
eixo 𝑥 esteja localizado no centro de gravidade da secção transversal. Usando (5.41) em (5.39)
obtém-se
d𝑢
𝑁= 𝐸𝐴 (5.42)
d𝑥
onde 𝐸𝐴, designado por rigidez axial, é dado por
𝐸𝐴 = 𝐸d𝐴 (5.43)
A equação (5.43) define 𝐸𝐴 como uma única grandeza e não como o produto do módulo de
elasticidade 𝐸 pela a área da secção transversal 𝐴. Entretanto, se 𝐸 for constante ao longo da
secção transversal, a rigidez axial definida em (5.43) coincide com este produto.
d 𝑤
𝑀 =− 𝐸𝐼 (5.44)
d𝑥
onde 𝐸𝐼 é a rigidez à flexão, definida por
𝐸𝐼 = 𝐸𝑧 d𝐴 (5.45)
Notemos que observação análoga feita em (5.43) pode ser feita em (5.45); isto é, enquanto o
momento de inércia em relação ao eixo 𝑦, 𝐼 , é definido por
𝐼 = 𝑧 d𝐴
na equação (5.45) define-se 𝐸𝐼 como uma única grandeza; mas se o módulo de elasticidade 𝐸
for constante ao longo da secção transversal, 𝐸𝐼 pode ser percebido como o produto de 𝐸 e 𝐼 .
d 𝑤
𝑇 =− 𝐸𝐼 (5.46)
d𝑥
18
Introduzindo (5.30) em (5.29) obtém-se
d d𝑀
+ 𝑞 (𝑥) = 0
d𝑥 d𝑥
ou seja
d 𝑀
+ 𝑞 (𝑥) = 0
d𝑥 (5.47)
d d 𝑤
− 𝐸𝐼 + 𝑞 (𝑥) = 0
d𝑥 d𝑥 (5.48)
5.12 Bibliografia
[1] F. Welzk. Resistência dos Materiais. Ministério do ensino Técnico e Superior da R.D.A.
[2] N. S. Ottosen and H. Petersson. Introduction to the finite element method. Prentice Hall,
1982.
[3] V. D. Silva. Mecânica e Resistência dos Materiais. ZUARI – Edição de Livros Técnicos.
2004
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