Passivo Ambiental em Solo e Água Subterrânea Parte 2: Avaliação Confirmatória
Passivo Ambiental em Solo e Água Subterrânea Parte 2: Avaliação Confirmatória
Passivo Ambiental em Solo e Água Subterrânea Parte 2: Avaliação Confirmatória
BRASILEIRA 15515-2
Segunda edição
30.03.2023
Número de referência
ABNT NBR 15515-2:2023
24 páginas
© ABNT 2023
ABNT NBR 15515-2:2023
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Uso e limitações..................................................................................................................5
5 Etapas da avaliação de passivo ambiental.......................................................................5
6 Investigação confirmatória.................................................................................................6
6.1 Geral.....................................................................................................................................6
6.2 Levantamento de informações adicionais........................................................................8
6.2.1 Geral.....................................................................................................................................8
6.2.2 Ferramentas de resposta rápida (real time)......................................................................8
6.3 Plano de amostragem.......................................................................................................13
6.3.1 Geral...................................................................................................................................13
6.3.2 Meios a serem amostrados..............................................................................................14
6.3.3 Caracterização de propriedades físicas..........................................................................15
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Figuras
Figura 1 – Etapas da avaliação de passivo ambiental......................................................................6
Figura 2 – Fluxograma de investigação confirmatória.....................................................................7
Tabelas
Tabela 1 – Ferramentas de resposta rápida (real time).....................................................................8
Tabela 2 – Métodos geofísicos..........................................................................................................12
Tabela 3 – Orientações para determinação da profundidade de amostragem quanto ao tipo
de fonte..............................................................................................................................17
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
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Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 15515-2 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Avaliação da Qualidade
do Solo e da Água para Levantamento de Passivo Ambiental e Avaliação de Risco à Saúde Humana
(ABNT/CEE-068). O 1º Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08,
de 05.08.2022 a 05.09.2022. O 2º Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme
Edital nº 12, de 14.12.2022 a 12.01.2023.
A ABNT NBR 15515-2:2023 cancela e substitui a ABNT 15515-2:2011, a qual foi tecnicamente revisada.
Scope
This Part of ABNT NBR 15515 estabilishes the necessary requirements for the development
of confimatory investigation in places where suspected areas or sources of contamination of soil and
groundwater were identified after conducting a preliminary assessment.
1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 15515 estabelece os requisitos necessários para o desenvolvimento
de investigação confirmatória em locais nos quais foram identificadas áreas ou fontes suspeitas
de contaminação de solo e água subterrânea, após a realização de avaliação preliminar.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
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ABNT NBR 15492, Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental – Procedimento
ABNT NBR 15515-1, Passivo ambiental em solo e água subterrânea – Parte 1: Avaliação preliminar
ABNT NBR 15847, Amostragem de água subterrânea em poços de monitoramento – Métodos de purga
ABNT NBR 16434, Amostragem de resíduos sólidos, solos e sedimentos – Análise de compostos
orgânicos voláteis (COV) – Procedimento
ABNT NBR 16435, Controle da qualidade na amostragem para fins de investigação de áreas
contaminadas – Procedimento
ABNT NBR ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
ações de emergência
ações necessárias para eliminação ou redução de risco imediato (como ventilação de áreas confinadas
e evacuação de prédios)
3.2
água subterrânea
água que preenche os poros e as fraturas das rochas abaixo da superfície terrestre, na zona
de saturação, e que é o manancial hidrogeológico da Terra
3.3
área contaminada
AC
área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou concentrações
de matéria em condições que causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio ambiente
ou a outro bem a proteger
3.4
avaliação preliminar
avaliação inicial, realizada com base nas informações históricas disponíveis e inspeção do local, com
o objetivo principal de encontrar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência
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de contaminação na área
3.5
cenário de exposição
situação com chance real de ocorrência em que o receptor pode vir a ser direta ou indiretamente
exposto à(s) substância(s) química(s) de interesse, sem considerar condições extremas ou virtualmente
impossíveis
3.6
contaminação
presença de substância(s) química(s) no água, solo ou ar do solo, decorrentes de atividades antrópicas,
em concentrações superiores aos limites estabelecidos pela legislação vigente sobre gerenciamento
de áreas contaminadas
3.7
contaminante
substâncias químicas ou organismos patogênicos que, introduzidos no meio, podem afetar a saúde
humana e o meio ambiente
3.8
fase líquida imiscível
ocorrência de substância ou produto imiscível, em fase separada da água
3.9
ferramentas de resposta rápida
ferramentas aplicadas em campo ou não, que permitem um aumento significativo na densidade
de informações, possibilitando um aprimoramento do modelo conceitual, simultaneamente aos
trabalhos que estão sendo realizados
3.10
fonte de contaminação
local onde os contaminantes entraram ou podem entrar em contato com o meio físico
3.11
fonte primária de contaminação
instalação ou material a partir dos quais os contaminantes se originam e foram ou estão sendo
liberados para o meio físico
3.12
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3.13
investigação confirmatória
etapa do processo de gerenciamento de áreas contaminadas que tem como objetivo principal
confirmar ou não a existência de contaminantes em concentrações acima dos valores de intervenção
estabelecidos pelo órgão ambiental competente
3.14
meio físico
espaço pertencente aos compartimentos formados pelo solo superficial, solo subsuperficial,
ar do solo, águas subterrâneas, águas superficiais e sedimentos, individualizados por unidades
e diferenciados entre si por suas características geológicas, hidrogeológicas, hidroestratigráficas,
pedológicas, hidrológicas, geomorfológicas ou meteorológicas, a serem caracterizados por processos
de quantificação de suas propriedades físicas
3.15
modelo conceitual
relato escrito, acompanhado de representação gráfica, dos processos associados ao transporte
das substâncias químicas de interesse na área investigada, desde as fontes potenciais, primárias
e secundárias de contaminação até os receptores potenciais ou efetivos
3.16
monitoramento
medição ou verificação, que pode ser contínua ou periódica, para acompanhamento da condição
de qualidade de um meio ou das suas características
3.17
passivo ambiental
presença de quaisquer substâncias em uma propriedade, que representem potenciais danos à saúde
humana e ao meio ambiente, devido a qualquer liberação no ambiente; em condições indicativas
de liberação para o meio ambiente; ou sob condições que representem uma ameaça material de uma
futura liberação para o meio ambiente
3.18
perigo
situação em que estejam ameaçados a vida humana, o meio ambiente ou o patrimônio público
e privado, em razão da presença de agentes tóxicos, patogênicos, reativos, corrosivos ou inflamáveis
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3.19
receptor
organismo, comunidade, habitat sensível ou ecossistema que esteja exposto direta ou indiretamente
a um ou mais compostos químicos associados a um evento de contaminação ambiental
NOTA No caso do risco à saúde humana, o receptor é o indivíduo humano ou comunidade/grupo de indivíduos.
3.20
risco
probabilidade de ocorrência de efeitos adversos em receptores expostos a substâncias químicas
de interesse presentes em áreas contaminadas
3.21
solo subsuperficial
horizonte do solo a partir de 1 m de profundidade em relação à superfície do terreno até o nível
de água subterrânea
3.22
solo superficial
horizonte do solo de 0 a 1 m de profundidade em relação à superfície do terreno
3.23
substância emergente
substância contaminante quantificada em amostras de monitoramento ambiental, que podem causar
impactos à saúde humana ou aos bens a proteger
NOTA Normalmente, as substâncias emergentes não são regulamentadas pela legislação ambiental vigente.
3.24
substâncias químicas de interesse
SQI
substância química quantificada em amostra proveniente do meio físico, que está relacionada à fonte
primária ou secundária de contaminação
3.25
unidade hidroestratigráfica
corpo de rocha, camada de sedimento ou solo com extensão espacial e características hidrogeológicas
e hidrodinâmicas únicas, distintos das demais unidades que compõem o subsolo do local sob avaliação
3.26
valor de intervenção
valor de investigação
VI
concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea, acima da qual existem riscos
potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana, considerando um cenário de exposição padronizado
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4 Uso e limitações
Esta Parte da ABNT NBR 15515 deve ser utilizada para investigação de áreas no contexto
do gerenciamento de áreas contaminadas, com a finalidade de verificar a existência ou a ausência
de contaminação nos meios de interesse, normalmente solo e água subterrânea em uma determinada
área de estudo, tendo como base o modelo conceitual determinado na etapa de avaliação preliminar,
a qual deve ser realizada conforme a ABNT NBR 15515-1.
A investigação confirmatória deve ser executada por profissional habilitado, utilizando os devidos
meios e recursos para atingir o melhor resultado possível. A responsabilidade do profissional está
condicionada à disponibilidade das informações acessíveis de interesse à época e nas circunstâncias
em que tenha sido realizada a pesquisa, bem como à acessibilidade relativa aos meios a serem
avaliados.
Se houver fase livre ou situação de perigo, deve-se, visando sua eliminação, adotar imediatamente
ações de emergência.
Há potencial de Encerra
contaminação? Não
Sim
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Avaliação preliminar
Há suspeita de Encerra
contaminação? Não
Sim
Investigação confirmatória
Sim
Investigação detalhada
6 Investigação confirmatória
6.1 Geral
A confirmação da contaminação em uma área ocorre basicamente pela coleta e análises químicas
de amostras representativas de solo e/ou água subterrânea, para as substâncias de interesse,
em pontos suspeitos ou com relevante indício de contaminação. Em determinadas situações, outros
meios podem ser amostrados, como gases do solo, sedimentos, água superficial ou biota.
A interpretação dos resultados das análises realizadas nas amostras coletadas é feita por meio
da comparação dos valores de concentração obtidos com os valores orientadores1) estabelecidos
ou outros valores, a critério do órgão ambiental competente. Devem ser adotadas metodologias
analíticas compatíveis com os valores de interesse.
Modelo conceitual da
avaliação preliminar
Não
Plan o de amostragem
Coleta de amostra
Realização de
análises
Interpretação de
dados
Modelo conceitual da
investigação
confirmatória
6.2.1 Geral
Em função da disponibilidade dos dados sobre o histórico de utilização de uma determinada área
de interesse, o modelo conceitual elaborado a partir da avaliação preliminar pode apresentar um nível
de incerteza elevado, não permitindo a elaboração de uma hipótese consistente sobre a distribuição
de uma possível contaminação.
Nestas situações, para a elaboração de um plano de amostragem, podem ser aplicadas ferramentas
de resposta rápida, com o objetivo de obter informações adicionais que reduzam o nível de incerteza
resultante da qualidade dos dados históricos da área.
de ferramentas apresentada não é exaustiva e tem função orientativa e exemplificativa, podendo outras
ferramentas ser utilizadas conforme o caso concreto, assim como devido à evolução tecnológica.
Para cada aplicação, deve-se verificar a incerteza associada à respectiva ferramenta analítica adotada
e o respectivo método de aplicação, quando houver.
Tabela 1 (continua)
Identificação de contaminantes
Qualitativo/ Método de
Ferramenta Parâmetros Meios avaliados Fatores limitantes
quantitativo referência
FIDc VOC Ar/gás, vapores Qualitativo a Fonte de hidrogênio Não possui
(mais sensível do solo semiquantitativo necessária.
aos alifáticos), Água/solo (com (concentrações Interferência:
SVOCd não extração prévia totais) metano. Não utilizar
clorados em líquido ou se existir risco de
gás) explosão. Umidade
ou vento pode
apagar a chama.
Altas concentrações
de metano podem
ser interpretadas
como contaminação
de hidrocarbonetos
Oxidação VOC não Ar/gás, vapores Qualitativo a Eliminação Não possui
catalítica clorados e TPHe do solo semiquantitativo necessária
(detector até C8 Água/solo (com (concentrações de metano.
de gases extração prévia totais) Sensibilidade à
combustíveis/ temperatura.
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em líquido ou
explosímetro) gás) Interferências:
vapores clorados
e sulfeto de
hidrogênio. Água,
silicone, compostos
de enxofre e
chumbo podem
danificar o sensor
Kits de ensaios VOC, PAH, TPH, Água e solo Qualitativo a Conhecimento EPA SW-846 Test
colorimétricos, metais, alguns (algumas semiquantitativo prévio dos analitos. Method 7196A
químicos e inorgânicos aplicações) (identifica Reatividade cruzada.
turbidimétricos compostos Interferências:
específicos) coloração do analito,
carga orgânica do
solo e argila
Cromatografia VOC, SVOC e Ar/gás, vapores Semiquantitativo Operação ASTM D5790
gasosa portátil, PAHf do solo a quantitativo especializada em
com ou sem Água/solo (com (identifica laboratório de
espectometria extração prévia compostos campo, interferência
de massa (GC/ de líquido ou específicos com nos resultados por
MS) gás) padrões externos superposição de
ou duas colunas) picos
Espectroscopia TPH não voláteis Água, solo (com Semiquantitativo Interferências: argila, EPA SW-846 Test
por extração líquida (concentrações matéria orgânica, Method 8440
infravermelho prévia) totais) vapor d'água. Não
portátil aplicável ao VOC
Tabela 1 (continua)
Identificação de contaminantes
Qualitativo/ Método de
Ferramenta Parâmetros Meios avaliados Fatores limitantes
quantitativo referência
Fluorescência Metais e Solo e água Quantitativo Limite de detecção EPA SW-846 Test
a raio X semimetais (concentrações elevado para alguns Method 6200
totais) analitos. Tempo
de preparação
longo para
amostras líquidas.
Interferência:
propriedades da
matriz, umidade
do solo e altas
temperaturas.
Possibilidade de
interferência nos
resultados por
superposição de
picos de vários
metais
Membrane VOC, PAH (fração Solo Semiquantitativo Limitado a litologias ASTM D7352
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Tabela 1 (conclusão)
Avaliação de parâmetros físicos
Ferramenta Parâmetros Meios avaliados Qualitativo/ Fatores limitantes Método de
quantitativo referência
Cone Granulometria, Solo - A ferramenta é ASTM D5778
Penetrometer estimativa de limitada a formações ASTM D7352
Testing (CPT) permeabilidade inconsolidadas
e variações
Electrical Indicativo de Solo, água - Pode sofrer Isolado: Não
Conductivity granulometria, interferência a possui
condutividade partir de solos
elétrica do meio intemperizados ASTM D7352
(falsos negativos),
bem como de
compostos iônicos,
como águas salinas
e regiões onde
foram realizadas
oxidações químicas
que tenham sal
como subproduto
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12
Radar de Sísmica de
penetração Resistividade Polarização Indução Sísmica de reflexão
Método geofísico Magnetometria
elétrica induzida eletromagnética refração de alta
no solo resolução
Contato solo/rocha I I NI NI I I I
Falhas/fraturas I I NI I I I I
Diferenciação de
I I NI NI I I I
camadas
Meio físico
ABNT NBR 15515-2:2023
Nível de água I I NI NI I I I
Materiais, substâncias
I I I NI I NI NI
e plumas orgânicas
Aplicação
Materiais, substâncias
I I I NI I NI NI
e plumas inorgânicas
Materiais e objetos
I NI NI I I NI NI
Ambiental
metálicos enterrados
Localização de
cavidades e aterros I I I NI I NI NI
de resíduos
Material Ausência Incapacidade Fortemente Ausência de Necessidade Ausência de
com alta de contraste de polarização influenciada contraste elétrico, de aumento contraste de
condutividade elétrico, elétrica, por fatores que existência de da velocidade impedância
elétrica e baixo problemas de problemas de gerem campos objetos metálicos com a acústica
Fatores limitantes
contraste contato entre acoplamento eletromagnéticos e redes elétricas profundidade
dielétrico entre os eletrodos e entre os e não detecta
os alvos o solo eletrodos e o camadas finas
solo
Os métodos geofísicos são baseados na identificação de contraste entre as propriedades físicas do subsolo, notadamente, condutividade ou resistividade elétrica e
suscetibilidade magnética. São exemplos de potenciais fontes que podem proporcionar alta condutividade elétrica ou baixa resistividade elétrica: resíduos e objetos
metálicos enterrados, resíduos inorgânicos contendo sais e metais, plumas de substâncias inorgânicas, rejeitos de mineração, contaminação agrícola difusa e lodo
gerado no tratamento de efluentes. Por outro lado, podem ser exemplificadas como potenciais fontes que podem proporcionar baixa condutividade elétrica ou alta
resistividade: resíduos orgânicos e plumas de substâncias orgânicas, fases livres de combustíveis ou substâncias organocloradas e necrochorume. As fontes citadas
são meramente exemplificativas e pode haver exceções à regra, devido à concentração ou proporção das substâncias envolvidas, de forma que a geofísica deve ser
utilizada como um método cujos resultados devem ser interpretados em conjunto com os dados geológicos, hidrogeológicos e hidrogeoquímicos.
NOTA I: indicado; NI: não indicado.
6.3.1 Geral
A coleta de amostras para investigação confirmatória deve ser efetuada com base em um plano
de amostragem desenvolvido a partir do modelo conceitual, conforme estabelecido em avaliação
preliminar ou no modelo refinado após a obtenção de informações adicionais ou aplicação de ferramentas
de resposta rápida.
O modelo conceitual deve propiciar um entendimento sobre as condições atuais e passadas da área,
inclusive expressando as incertezas resultantes desta compreensão.
a) identificação das atividades suspeitas ou com relevante potencial de contaminação que foram
desenvolvidas na área ao longo do histórico de ocupação;
d) identificação dos possíveis mecanismos de liberação dos contaminantes a partir de cada fonte
primária identificada;
e) identificação dos possíveis mecanismos de migração por meio dos meios afetados (solo, água
subterrânea, água superficial, ar do solo, sedimentos, sedimentos e biota);
f) identificação das possíveis fontes secundárias de contaminação originadas a partir das hipóteses
citadas em 6.3.1-e);
g) identificação dos mecanismos de liberação dos contaminantes a partir de cada uma das fontes
secundárias que poderiam ser formadas;
h) identificação dos receptores existentes e bens existentes a serem protegidos ou que tenham
existido na área ou no seu entorno;
O plano de amostragem deve ser um documento formal detalhado. No seu estabelecimento, várias
normas podem ser utilizadas, as quais estabelecem os procedimentos mínimos para o manejo
de amostras e outros ensaios para a determinação de propriedades hidrodinâmicas, como as Normas
Brasileiras, da ASTM e da ISO.
As análises devem ser realizadas em laboratórios que atendam aos requisitos estabelecidos
na ABNT NBR ISO/IEC 17025 ou de acordo com os requisitos estabelecidos pelos órgãos ambientais
competentes, utilizando-se metodologias que atendam às especificações descritas em normas aceitas
nacional e/ou internacionalmente. Os limites de quantificação das análises devem ser compatíveis
com os valores-limite vigentes para cada substância química de interesse.
Recomenda-se verificar previamente com o laboratório contratado para a realização das análises
requeridas as informações referentes aos métodos disponíveis e adequados, os limites de quantificação
e as técnicas de preservação de amostras compatíveis com o método analítico a ser adotado.
O plano deve ser elaborado por profissional habilitado e capacitado que estabeleça os procedimentos
a serem seguidos para a obtenção de amostras representativas da área, com base na hipótese
de distribuição da contaminação.
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j) cronograma de amostragem;
Diversos compartimentos ambientais podem ser amostrados na investigação de uma área, podendo
ser citados: solos, sedimentos, rochas, aterros, águas subterrâneas, águas superficiais, águas
da zona não saturada (solução do solo), ar do solo e ar ambiente (interno e externo). Na investigação
confirmatória, o mais comum é a coleta de amostras de solo e de água subterrânea.
A investigação dos casos de contaminação associada a compostos orgânicos pode incluir a investigação
de vapores no solo em determinadas situações específicas.
A descrição litológica pode ser preliminarmente realizada em campo pela descrição táctil-
visual do solo com posterior detalhamento a partir de caracterizações de suas propriedades
físicas. As unidades hidroestratigráficas que controlam o fluxo e o armazenamento
de compostos são determinadas por meio de testes e ferramentas qualitativos e/ou quantitativos
de suas propriedades hidrogeológicas e hidrodinâmicas.
A distribuição dos pontos de amostragem é função do modelo conceitual elaborado conforme descrito
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Caso o modelo conceitual da avaliação preliminar ou dos trabalhos pretéritos realizados na área não
tragam informações suficientes para identificação das prováveis zonas com maiores concentrações
esperadas, podem ser utilizadas ferramentas de resposta rápida, para avaliação dos mecanismos
de liberação, hidroestratigrafia, vias de transporte e outras características pertinentes ao objetivo
da investigação confirmatória.
Em relação às características do solo, devem ser coletadas amostras representativas deste meio
com base no conhecimento de informações consistentes sobre a localização de cada fonte suspeita
ou de locais relevantes com suspeita de contaminação, e dos mecanismos de liberação dos
contaminantes (como vazamentos, emissões atmosféricas, infiltração ou outros). Para serem
representativas, as amostras de solo devem ser coletadas no local mais próximo possível de onde
ocorreu a liberação dos contaminantes, em relação à baixa mobilidade lateral destes neste meio.
Caso os resultados da aplicação das ferramentas de resposta rápida não tenham sido suficientes
para individualização de fontes suspeitas e/ou se a fonte tiver característica difusa, a distribuição dos
pontos de coleta de solo deve ser realizada de forma sistemática, por meio da aplicação de uma malha
por toda a área. O tipo e o espaçamento selecionados da sistematização devem ser tecnicamente
justificados.
A probabilidade de detecção da contaminação pode ser estimada por procedimentos estatísticos, com
base no tamanho da área suspeita.
Durante a realização da amostragem, podem ser utilizadas ferramentas de resposta rápida para
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identificar as anomalias, como indicativo das maiores possibilidades de ocorrência dos contaminantes
em profundidade.
Deve ser salientado que, devido à complexidade do comportamento das substâncias no meio ambiente,
das características do solo e do aquífero, e das quantidades liberadas, a escolha da profundidade
adequada de amostragem deve contar com a experiência do profissional, não se limitando às orientações
fornecidas na Tabela 3.
Tabela 3 (conclusão)
Mecanismo de Profundidade de
Fonte Meio amostrado
liberação amostragem
Tratamento de Vazamentos e Solo superficial Coleta de 0 m a 1 m (exceto
resíduos e efluentes, derramamentos, para substâncias voláteis)
áreas de disposição com infiltração no Solo subsuperficial Em função de aplicação de
de resíduos ou solo e lixiviação ferramentas de resposta rápida
similar
Água subterrânea Superfície do primeiro
aquífero, caso o poço
de monitoramento esteja
instalado junto ou próximo
(jusante) da fonte primáriab
a Abaixo da cobertura vegetal, se houver.
b Em função do modelo conceitual, se houver suspeita de fluxo subterrâneo predominantemente vertical,
considerar este fato na determinação do ponto e da profundidade de amostragem.
c Coletar amostra referente ao maior valor obtido no perfil vertical por ferramenta de resposta rápida.
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As substâncias químicas de interesse a serem analisadas devem ser escolhidas a partir das informações
relativas aos contaminantes que podem ocorrer ou que ocorrem na área, determinados com base
na etapa de avaliação preliminar.
Devem ser selecionadas as substâncias químicas de interesse que possuam valores orientadores1
determinados ou valores de referência internacionalmente reconhecidos, com o objetivo de permitir
a interpretação dos resultados. Entretanto, em caso de substâncias emergentes ou de alta toxicidade,
deve ser avaliada a inclusão dessas substâncias no rol analítico, mesmo que não haja valores
de referências nacionais ou internacionais reconhecidos.
6.3.8.2 A cadeia de custódia é o documento que registra o caminho da amostra desde a coleta
até o momento da análise, indicando os responsáveis neste trâmite de fundamental importância
na rastreabilidade da amostra. Este documento deve ser corretamente preenchido, a partir da coleta
com as datas e assinaturas das pessoas que tiveram a custódia daquelas amostras. Uma via do documento
original deve acompanhar os laudos analíticos. Na cadeia de custódia devem constar no mínimo
as seguintes informações:
c) nome, função e assinatura do técnico responsável pela coleta e custódia da amostra até a entrega
ao laboratório;
d) nome, função e assinatura do técnico responsável pelo recebimento das amostras no laboratório;
6.3.8.4 A remessa das amostras deve atender aos prazos aceitáveis de estocagem e análise das
amostras, de acordo com o tipo de matriz, substância química de interesse e método analítico escolhido,
de modo a minimizar problemas associados à preservação das características das amostras.
6.3.8.5 Amostras de controle de qualidade devem ser utilizadas para validar os resultados das
amostras. As amostras podem ser tanto preparadas em campo como em laboratório. São exemplos
de amostras de controle de qualidade:
b) branco de campo:
c) branco de temperatura:
— frasco contendo água fornecida pelo laboratório para avaliar se as amostras foram
devidamente resfriadas;
d) branco de viagem:
— frasco contendo água destilada, deionizada ou mineral, transportada do laboratório até o local
de amostragem e transportada de volta à origem sem ter sido exposta aos procedimentos
de amostragem para análise de VOC;
e) replicatas:
— a mesma amostra de água é duplicada e identificada sem que o laboratório saiba. A replicata
tem a função de avaliar a precisão dos resultados do laboratório ou entre laboratórios, e não
se aplica à amostragem de solo.
e) data de análise;
k) no caso de amostra de solo, informação se a análise foi conduzida na base úmida ou seca e,
neste último caso, o teor de umidade da amostra;
l) incertezas de medição para cada parâmetro, cujo resultado esteja próximo (± 20 %) ao valor
de intervenção do Conama ou outro valor estabelecido pelo órgão ambiental competente;
m) cromatogramas;
6.3.8.8 Recomenda-se que seja adotado o método analítico que propicie um limite de quantificação
menor do que o valor de intervenção do analito.
6.3.8.9 Nos casos em que os limites de quantificação da amostra forem superiores ao valor
de intervenção em função do fator de diluição ou interferência de matriz, o laboratório deve apresentar
a devida justificativa.
Os resultados analíticos obtidos devem ser comparados aos valores orientadores1 de intervenção
do órgão ambiental competente ou aos valores do Conama. Caso esses resultados analíticos estejam
acima desses valores orientadores de intervenção, considerando-se a incerteza da medição (ver 6.3.7),
a área em questão pode ser classificada conforme os critérios do órgão ambiental competente.
Devem ser elaboradas ilustrações em escala compatível, mostrando a localização dos pontos
de amostragem, além da representação dos resultados analíticos, que podem ser apresentados,
por exemplo, em tabelas ou mapas.
Caso a interpretação dos resultados confirme a contaminação da área, deve ser elaborado um plano
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de ações das etapas posteriores, de acordo com a legislação específica vigente. Se não houver
confirmação, devem ser apresentadas recomendações pertinentes ao caso, como o monitoramento
ou encerramento. Quando constatado perigo ou risco iminente, o órgão ambiental competente deve
ser comunicado, bem como devem ser adotadas as ações de emergência necessárias para resguardar
os receptores de risco e demais bens a serem protegidos.
As informações obtidas na investigação confirmatória que podem ser utilizadas para atualizar o modelo
conceitual geralmente são:
f) meios de transporte;
O modelo pode ser apresentado em forma escrita, tabulada, gráfica ou uma combinação dessas.
6.6.1 O relatório técnico da investigação confirmatória deve concluir sobre a existência ou não
de contaminação na área investigada, devendo contemplar no mínimo o seguinte:
a) resumo executivo;
b) introdução;
c) histórico;
d) objetivo e escopo;
f) localização da área;
g) contexto geográfico:
j) plano de amostragem;
n) discussão de incertezas;
o) conclusões e recomendações;
NOTA A qualificação compreende o nome, cargo, profissão e número de registro no conselho pertinente.
a) planta da área, indicando no mínimo a localização das atividades realizadas, as fontes investigadas,
as edificações existentes e os bens a serem protegidos;
Bibliografia
[1] ASTM D5778, Standard Test Method for Electronic Friction Cone and Piezocone Penetration
Testing of Soils
[2] ASTM D5790, Standard Test Method for Measurement of Purgeable Organic Compounds
in Water by Capillary Column Gas Chromatography/Mass Spectrometry
[3] ASTM D7352, Standard Practice for Volatile Contaminant Logging Using a Membrane Interface
Probe (MIP) in Unconsolidated Formations with Direct Push Methods
[4] ASTM D8037/D8037M, Standard Practice for Direct Push Hydraulic Logging for Profiling Variations
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[5] EPA SW-846 Test Method 3815: Screening Solid Samples for Volatile Organics
[6] EPA SW-846 Test Method 6200: Field Portable X-Ray Fluorescence Spectrometry for the
Exemplar para uso exclusivo - Código Identificador #159966@535491# (Pedido 890534 Impresso: 03/01/2024)
[8] EPA SW-846 Test Method 8440: Total Recoverable Petroleum Hydrocarbons by Infrared
Spectrophotometry
[9] BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. [Dispõe sobre critérios e valores orientadores
de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes
para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência
de atividades antrópicas]. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/wp-content/
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25 de maio de 2022.
[10] BRASIL. Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM). Glossário Geológico Dinâmico Ilustrado.
Disponível em: http://sigep.cprm.gov.br/glossario/. Acesso em: 25 de maio de 2022.
[11] SÃO PAULO. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Manual
de Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/
documentacao/manual-de-gerenciamento-de-areas-contaminadas/. Acesso em: 25 de maio de 2022.
[12] SÃO PAULO. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Decisão de Diretoria
DD 38/2017-C de 07 de fevereiro de 2017. [Dispõe sobre o procedimento para gerenciamento
de áreas contaminadas]. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/wp-content/uploads/2014/12/
DD-038-2017-C.pdf. Acesso em: 25 de maio de 2022.
[13] SÃO PAULO. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Decisão
de Diretoria DD 125/2021-E de 09 de dezembro de 2021. [Dispõe sobre a aprovação
da atualização da lista de valores orientadores para solos e águas subterrâneas]. Disponível em:
https://cetesb.sp.gov.br/wp-content/uploads/2021/12/DD-125-2021-E-Atualizacao-dos-Valores-
Orientadores-paa-solo-e-aguas-subterraneas.pdf. Acesso em: 25 de maio de 2022.