Desenvolvimento de Uma Estufa Automatizada Baseada em Iot para Uso Residencial

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS


CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

IADY LORENZONI DA SILVA

DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTUFA AUTOMATIZADA BASEADA EM


IOT PARA USO RESIDENCIAL

Ijuí
2020
IADY LORENZONI DA SILVA

DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTUFA AUTOMATIZADA BASEADA EM IOT


PARA USO RESIDENCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia


Elétrica apresentado como requisito parcial para
obtenção do título de Engenheira Eletricista.

Orientador: Prof. Dr. Maurício de Campos

Ijuí
2020
IADY LORENZONI DA SILVA

DESENVOLVIMENTO DE UMA ESTUFA AUTOMATIZADA BASEADA EM


IOT PARA USO RESIDENCIAL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
ENGENHEIRO ELETRICISTA e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo
membro da banca examinadora.

Ijui, XX de mês de 201x

Prof. Maurício de Campos

Doutor pela Universidade Federal de Campina Grande - Orientador

Prof. Caroline Daiane Raduns

Coordenadora do Curso de Engenharia Elétrica/UNIJUÍ

BANCA EXAMINADORA

Prof. Fulano de Tal (UNIJUÍ)

Doutor pela Universidade tal

Prof. Fulano de Tal (UNIJUÍ)

Doutor pela Universidade tal


Dedico este trabalho a minha mãe, mulher que
sempre me inspirou e orgulhou.
AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares, em especial a minha mãe, por não deixar em momento algum que
faltasse apoio, incentivo e compreensão, garantindo todo o necessário para tornar possível esta
graduação.

Aos meus amigos e colegas pelas trocas de conhecimento e companheirismo,


especialmente minha melhor colega de curso, Dandara de Oliveira, que esteve presente em
todos os momentos, aprendendo ao meu lado e dando a mim suporte e apoio. Bem como meu
amigo Willian Bonfada, que forneceu o espaço, as ferramentas e muito apoio no desenvolver
deste protótipo.

Ao meu orientador, por me guiar durante o desenvolvimento deste trabalho.

À Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (UNIJUI), que conta com
excelentes professores, os quais dedicam parte de suas vidas para tornar possível a formação de
novos profissionais para o mundo.
“Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a
curva é o que faz o concreto buscar o infinito.”

Oscar Niemeyer
RESUMO

SILVA, Iady Lorenzoni da. Desenvolvimento de uma Estufa Automatizada Baseada em


IOT para Uso Residencial. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia
Elétrica, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijui,
2020.

Este trabalho de conclusão de curso visa estabelecer o estudo e projeto de uma mini estufa para
uso residencial, utilizando da tecnologia da internet das coisas para viabilizar o monitoramento
das condições climáticas dentro da mesma. Para tal, são abordados estudos sobre a agricultura
urbana e de precisão, sobre a automação dos sistemas e também sobre a internet das coisas,
bem como o estudo do uso de sensores de umidade do solo, de temperatura e também de
luminosidade, para a correta utilização dos mesmos. Através destas análises se obtém um
ambiente controlado que viabiliza o cultivo seguro e controlado de hortaliças em geral, dentro
de pequenos espaços urbanos.

Palavras-chave: Estufa. Residencial. Internet das coisas.


ABSTRACT

SILVA, Iady Lorenzoni da. Desenvolvimento de uma Estufa Automatizada Baseada em


IOT para Uso Residencial. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia
Elétrica, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijui,
2020.

This final paper aims to establish the study and design of a mini greenhouse for residential use,
using the internet of things technology to enable the monitoring of climatic conditions within
it. To this end, studies on urban and precision agriculture, on the automation of systems and
also on the internet of things are addressed, as well as the study of the use of sensors for soil
moisture, temperature and also light, for their correct use. Through these analyzes, a controlled
environment is obtained that enables the safe and controlled cultivation of vegetables in general,
within small urban spaces.
Keywords: Greenhouse. Residential. Internet of things.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Agricultura urbana com produção em larga escala, mostrando a verticalização do


sistema. ..................................................................................................................................... 19
Figura 2 - Diagrama Funcional ESP8266 ................................................................................. 30
Figura 3 - Módulo NodeMCU .................................................................................................. 31
Figura 4 - Sensor de Umidade do Solo ..................................................................................... 32
Figura 5 - Sensor de Temperatura e Umidade DHT11 ............................................................. 33
Figura 6 - Sensor de Luminosidade LDR. ................................................................................ 33
Figura 7 - Módulo Relé 2 Canais ............................................................................................. 34
Figura 8 - Cooler 110/220V...................................................................................................... 35
Figura 9 - Lâmpada Incandescente ........................................................................................... 35
Figura 10 - Lâmpada LED ........................................................................................................ 36
Figura 11 - Válvula Solenoide para Água ................................................................................ 37
Figura 12 - Tela de programação IDE Arduino........................................................................ 38
Figura 13 - Organização do Blynk ........................................................................................... 39
Figura 14 - Interface de Monitoramento do Blynk (ao vivo) ................................................... 40
Figura 15 - Interface de Monitoramento do Blynk (uma hora de funcionamento) .................. 41
Figura 16 - Mini Estufa (fechada) ............................................................................................ 43
Figura 17 - Mini Estufa (aberta) ............................................................................................... 44
Figura 18 - Lâmpada de Iluminação em Funcionamento ......................................................... 45
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Características Determinantes para Cultivo ............................................................ 37


Tabela 2 - Custo dos Componentes para Desenvolvimento da Mini Estufa ............................ 46
ABREVIATURAS

IOT Internet of Things

ONU-FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

CAGR Compound Annual Growth Rate

POF Pesquisa de Orçamentos Familiares

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

OMS Organização Mundial da Saúde

CLP Controlador Lógico Programável

USP Universidade de São Paulo

SoC System-on-Chip

FCC U.S. Federal Communications Commission

RFID Radio Frequency Identification

IDE Integrated Development Enviroment

LED Lighting Emiting Diode

LDR Light-Dependent Resistor

UNIJUÍ Universidade regional do noroeste do estado do Rio Grande do Sul


SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.............................................................................................. 9

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13

1.1 MOTIVAÇÃO............................................................................................... 14

1.2 PROBLEMA ................................................................................................. 16

1.2.1 QUESTÕES DE PESQUISA ...................................................................... 16

1.2.2 OBJETIVOS DE PESQUISA...................................................................... 16

1.3 ESCOPO DO TRABALHO ......................................................................... 17

2 AGRICULTURA URBANA ........................................................................... 18

2.1 ESTUFAS ...................................................................................................... 21

2.2 PRINCIPAIS FATORES DE INFLUÊNCIA NO CULTIVO.................. 22

3 AUTOMAÇÃO ................................................................................................ 23

3.1 MICROCONTROLADORES ..................................................................... 25

3.2 INTERNET DAS COISAS (IOT)................................................................ 26

4 HARDWARE E SOFTWARE ....................................................................... 29

4.1 HARDWARE ................................................................................................ 29

4.1.1 ESP8266 ...................................................................................................... 29

4.1.2 SENSORIAMENTO.................................................................................... 32

4.1.3 ATUADORES ............................................................................................. 34

4.2 SOFTWARE ................................................................................................. 38

5 RESULTADOS ................................................................................................ 43

6 CONCLUSÃO.................................................................................................. 48

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 49

APÊNDICE A – Código de Programação ........................................................... 52


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1 INTRODUÇÃO

Apesar da maioria da população não prestar a devida atenção aos alimentos que ingere,
sobretudo devido à falta de tempo e ausência de conhecimento sobre condições de saúde, é
impossível negar que os cuidados com o bem estar, especialmente relacionados a tópicos
alimentares, influenciam grupos de pessoas saudáveis em todo o mundo (SUTHUMCHAI et al.,
2016). Nesta mesma linha, observa-se também um aumento na população vegana e vegetariana,
que em sua grande maioria se encontram contextualizadas como um público alvo classe média-alta
com maior poder de aquisição.

Uma alimentação rica em nutrientes é o primeiro passo para um estilo de vida saudável. As
escolhas alimentares a cada dia afetam diretamente os órgãos e suas funções, consequentemente,
os demais sistemas do corpo humano.

Tendo em vista que os alimentos têm grande influência sobre nossa saúde, é fundamental
ingerir produtos saudáveis, de boa procedência e máxima proteção contra quantidades exacerbadas
de defensivos agrícolas. Uma boa forma de garantir isso é a partir do cultivo de frutas, legumes,
hortaliças e sementes em casa.

Nesse sentido a agricultura urbana acaba sendo uma alternativa a todas as faixas e classes
sociais, e já vem sendo adotada em vários países. No Japão, Alemanha e Estados Unidos da
América já se observa uma crescente utilização de fazendas verticais para o cultivo de hortaliças e
outras frutas (WEBER, 2019). Tendo como finalidade não só suprir o público alvo vegetariano
citado acima, mas também toda a cadeia social, o que proporciona um aumento no cultivo de
alimentos orgânicos dentro de áreas urbanas.

O cultivo residencial de vegetais representa uma atitude sustentável levando em


consideração aspectos como: a redução no deslocamento para realizar as compras em
supermercados ou feiras, indiretamente moderando a queima de combustíveis fosseis; a redução
no consumo de sacolas plásticas além de outros itens necessários para que o transporte das
hortaliças seja realizado; o importante contra estímulo ao desmatamento; a contribuição para a
diminuição de poluentes em rios e solos, e para a redução do uso de pesticidas, bem como para
uma economia de água potável.
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Estufas compõem uma parte significativa do setor agrícola, podendo ser empregadas para
o cultivo de plantas sob condições climáticas controladas, objetivando a máxima produção. Elas se
baseiam no efeito estufa, proporcionando um aumento nos níveis de dióxido de carbono e clorofila
ao passo em que ocorre o máximo aproveitamento do calor do sol (NNADI; IDACHABA, 2018).
Elas também evitam a penetração demasiada de luz, temperaturas extremas, doenças e proliferação
de insetos. Elas possibilitam ainda, o cultivo durante todo o ano, independentemente das condições
climáticas regulares, provendo ao produtor uma maior flexibilidade e garantindo uma vantagem no
plantio e cultivo. (PALLAVI; MALLAPUR; BENDIGERI, 2017)

Do ponto de vista de tecnologias o desenvolvimento da Internet das Coisas (do inglês


Internet of Things - IoT) tem revolucionado diversos setores, e promete estar em praticamente
qualquer objeto no futuro. Nesse sentido houve uma ampla disseminação e aplicação em campos
como cidades inteligentes, Industria 4.0, cuidados com a saúde, etc. Com o auxílio de dispositivos
de hardware e conexão à internet, é possível proporcionar a condição de ambiente inteligente que
traz a conexão para cidades, indústrias, energia, transporte, entre outros. (PALLAVI;
MALLAPUR; BENDIGERI, 2017)

Nesta mesma linha, desenvolver uma estufa microcontrolada com diversos sensores e
conectá-la a internet vai permitir inúmeras possibilidades de controle bem como realizar o
armazenamento de dados sobre as condições das plantas. Esses dados podem auxiliar na
identificação de padrões no crescimento das plantas. Entretanto, o custo de executar sistemas
automatizados com comunicação adequada, pode ser um empecilho para este tipo de
desenvolvimento. No entanto, um sistema desta natureza pode reduzir significativamente a mão de
obra necessária na administração e manutenção diária de uma estufa. Além disso pode contribuir
ainda para um método sustentável, com economia de energia e de recursos para o cultivo de plantas.
(NNADI; IDACHABA, 2018)

1.1 MOTIVAÇÃO

Observando as antigas tendências de produção alimentícia e o aumento na população


mundial, torna-se claro que esta tradição de cultivar alimentos sob condições climáticas regulares

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e apenas em estações adequadas do ano, não se caracterizará como um costume eficaz por muito
tempo. (NNADI; IDACHABA, 2018)

Por ano, cerca de 18 milhões de pessoas, na maioria crianças, morrem de fome, desnutrição
e outras causas relacionadas. Com um terço da população mundial carente de alimentos, a
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (do inglês Food and
Agriculture Organization - FAO) estima que para fornecer alimentos de uma forma segura para a
população de países em desenvolvimento (como a Nigéria) a produção mundial teria que dobrar.
(NNADI; IDACHABA, 2018)

Analisando o Brasil como um todo, percebe-se que este possui um clima propício para o
cultivo de inúmeras hortaliças, pois alguns gêneros das mesmas se desenvolvem em temperaturas
tropicais e outros em temperaturas amenas. Porém o clima no país também passa por muitas
variações, com frio extremo, temporais e períodos de seca, o que acaba sendo uma dificuldade para
o cultivo outdoor. Além disso, é preciso analisar também a gestão dos recursos necessários para o
desenvolvimento da plantação, tais como água, energia elétrica e mão de obra.

Nesse sentido, as estufas podem prover uma escala muito maior no fornecimento de
alimentos, especialmente de vegetais durante todos os períodos do ano e com um rendimento ideal.
A operação de estufas tradicionais em larga escala requer uma grande quantidade de mão de obra,
como agravante a partir da mão de obra pouco qualificada, pode-se ter uma baixa na eficiência,
além de tornar o processo caro e trabalhoso. Este desafio pode ser vencido com a utilização da
internet e a automação. (NNADI; IDACHABA, 2018)

As condições irregulares para o crescimento das plantas influenciam no desenvolvimento e


acarretam numa menor produtividade. Logo, é necessário monitorar e controlar os parâmetros
dentro da estufa, tais como níveis de CO2, temperatura, iluminação e umidade do solo. Este
problema pode ser solucionado através da adaptação na agricultura de precisão, especializando a
mesma com o avanço atual chamado Internet das Coisas (IoT). (PALLAVI; MALLAPUR;
BENDIGERI, 2017)

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1.2 PROBLEMA

O cultivo de determinados vegetais e hortaliças necessita de cuidados em tempo integral, a


automação de uma estufa garante o controle do ambiente, reduzindo intervenções manuais e
acarretando na redução da mão de obra necessária. Além disso, através dos sensores e de um
sistema adequado é possível garantir que a planta receberá água e os nutrientes no momento e na
dose exata que ela precisa, aumentando a produtividade e qualidade da plantação.

1.2.1 QUESTÕES DE PESQUISA

É possível produzir um ambiente controlado para o cultivo de vegetais, hortaliças e até


mesmo frutas que possa ser utilizado em uma edificação residencial de pequeno porte? E este
equipamento pode se valer dos conceitos de Internet das Coisas (IoT) para melhorar seu
desempenho?

1.2.2 OBJETIVOS DE PESQUISA

 Objetivo Geral:

Realizar o projeto e desenvolvimento de uma estufa automatizada baseada no conceito de


IoT, visando uma aplicação residencial/urbana, com foco em uma vida mais saudável e num maior
consumo de legumes e vegetais cultivados indoor.

 Objetivos Específicos:

• Revisar a bibliografia de sensores;

• Revisar a bibliografia de atuadores;

• Realizar pesquisas em sistemas existentes;

• Apresentar o conceito de IoT;

• Implementar um sistema de monitoramento das condições climáticas na estufa;

• Automatizar os controles básicos;

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• Acessar o sistema de controle remotamente;

1.3 ESCOPO DO TRABALHO

O presente trabalho está organizado da seguinte forma, o capítulo 2 traz o embasamento


teórico necessário para o entendimento dos conceitos da agricultura urbana, cultivo indoor e estufas
e também alguns dos fatores de maior influência no crescimento das plantas em geral.

O capítulo 3 apresenta o embasamento teórico acerca do desenvolvimento da automação ao


longo dos anos, com ênfase no que diz respeito aos microcontroladores e no conceito da internet
das coisas.

No capítulo 4 tem-se o hardware e software do sistema da estufa automatizada, englobando


uma apresentação sobre o microcontrolador empregado, as características dos sensores e atuadores
utilizados e o desenvolvimento do código de controle.

O capítulo 5 expõe os resultados obtidos após a montagem completa da estrutura da mini


estufa, incluindo o microcontrolador e o restante dos componentes posicionados e em
funcionamento. No mesmo consta também uma tabela de valores de todo o material utilizado.

Por fim o capítulo 6 contém as conclusões sobre todos os estudos realizados e objetivos
alcançados. Através destas torna-se possível propor sugestões para possíveis aperfeiçoamentos e
trabalhos futuros.

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2 AGRICULTURA URBANA

Levando em conta tendências globais como escassez de recursos e alterações climáticas,


novas abordagens se fazem necessárias para que as cidades se tornem mais sustentáveis, tendo em
vista que o crescimento da urbanização é inevitável. A dinâmica em que ocorre o crescimento e o
desenvolvimento urbano tem levantado sérias questões de produção, processamento, transporte e
consumo de alimentos. Logo, a produção de alimentos se encontra em um cenário desafiador:
atender à rápida mudança na demanda por alimentos utilizando a mesma área (ou menos)
agricultável com soluções sustentáveis para produção. (CALORI et al., 2018)

Segundo Calori et. al. (2018) uma das soluções encontradas para enfrentar esse desafio é o
uso de tecnologias que proporcionem a integração de produção de alimentos e grandes centros
urbanos. Dessa forma, se torna possível o auxílio na diminuição do impacto do desenvolvimento
urbano sobre a agricultura e o meio ambiente. Nesse contexto, analistas de cenários futuros e
empreendedores em todo o mundo compartilham uma visão de cidades como espaços de produção
de alimentos a fim de atender a uma gama de necessidades sociais e ecológicas, o que tornou, nos
últimos anos, a agricultura urbana um assunto de interesse de pesquisadores ao redor do mundo,
além de ser tema de discurso público em alguns países. (CALORI et al., 2018)

A agricultura urbana é um meio de promover maior sustentabilidade às cidades e aproximar


a produção de alimentos dos consumidores dos grandes centros, disponibilizando alimento fresco
em quantidade e qualidade. (CALORI et al., 2018) Além de proporcionar uma proximidade maior
entre produtores e consumidores, a produção local de alimentos apresenta vantagens como a
redução do custo financeiro com logística de distribuição, menor desperdício do produto, redução
de impactos ambientais, como da emissão de gases do efeito estufa e, ainda, contribui para a
qualidade de vida pela inserção social e ambiental em grandes centros.

Entre as formas e conceitos da agricultura urbana, vem se desenvolvendo nos últimos anos
um novo ramo, a agricultura vertical, cujo conceito foi desenvolvido no final dos anos 90 pelo
professor de microbiologia e saúde pública da Universidade Columbia, nos Estados Unidos,
Dickson Despommier, e que ocorre através da produção de plantas dentro de uma estrutura
localizada principalmente em centros urbanos, onde os espaços são adaptados para produção em
cultivo sem solo ou hidropônico. Segundo relatório de abril de 2019, da empresa de consultoria
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americana Grand View Research, até 2025, o setor de agricultura vertical deve movimentar US$
9,6 bilhões, crescendo a uma taxa composta anual de crescimento (do inglês Compound Annual
Growth Rate - CAGR) de 21,3%. (PASTORE, 2019)

De acordo com alguns autores, como o professor Dickson, o conceito de agricultura vertical
é uma expansão da agricultura urbana dentro de um edifício. Os mesmos autores afirmam ainda
que vem se estabelecendo um crescente número de projetos de agricultura urbana com a utilização
de espaços dentro de prédios abandonados. O cultivo indoor possibilita a produção em qualquer
lugar sem luz, como salas existentes nos prédios de restaurantes, cozinhas industriais ou empresas
localizadas dentro de grandes centros urbanos, aproximando o produto do consumidor final.
(CALORI et al., 2018)

Desde o final do século XX, arquitetos e cientistas vêm trabalhando a ideia de produzir
alimentos em ambientes urbanos, graças ao crescimento da população humana e às pressões que
esse fator exerce sobre os recursos para a produção de alimentos. Pode-se citar como exemplo a
Dinamarca, que foi o primeiro país, na década de 1950, a tentar cultivar agrião (Nasturtium
officinale) em grande escala em um ambiente fechado dentro de uma casa.

Figura 1- Agricultura urbana com produção em larga escala, mostrando a verticalização do sistema.

Fonte: Green Sense Farm (2019).

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Atualmente, a agricultura urbana vem atraindo atenção de empresários em vários países.


Esse modelo agrícola vem avançando com maior velocidade principalmente na Arábia Saudita,
Canadá, Cingapura, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Holanda, Itália, Jordânia e
Reino Unido. No Japão, Alemanha e Estados Unidos, a agricultura vertical indoor já é praticada
para produção de alimentos em larga escala (CALORI et al., 2018). Como exemplo pode ser citada
a fazenda urbana Green Sense Farm, nos Estados Unidos, que para o cultivo de plantas de
hortaliças folhosas e condimentares até a idade adulta utiliza o conceito de verticalização da
produção (Figura 1).

No Brasil já se reconhece que a agricultura urbana é um ramo promissor para o futuro, no


entanto, o mesmo ainda não é explorado tendo em vista que no país o consumo de hortaliças e
frutas ainda é pequeno, com a média de 73,9g por habitante em um dia, segundo dados publicados
da última Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF/IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). Quando esse valor é colocado em comparação com a média de alguns países
desenvolvidos da Europa e América do Norte, a diferença é gritante. A média de consumo nesses
países é maior que 411,2 g por habitante por dia. Segundo recomendação da Organização Mundial
da Saúde (OMS) e da Food and Agriculture Organization (FAO), especialmente em países em
desenvolvimento é sugerida a ingestão de no mínimo 400g de frutas e hortaliças (exceto as
amiláceas) por dia, para a prevenção de doenças crônicas como as cardíacas, câncer, diabetes e
obesidade, bem como para suprimento de micronutrientes. Portanto, o Brasil tem muito para
crescer no tocante à qualidade da alimentação da população. (CALORI et al., 2018)

O cultivo indoor possibilita total controle de todas as condições necessárias que resultarão
em ótimas produtividades, apresentando ainda vantagens sobre a agricultura tradicional nos
âmbitos referentes a sazonalidade da produção (cultivo durante o ano todo) e a inexistência de
perdas em função do clima, além de acarretar num consumo reduzido de água (70-90%), na
otimização do espaço, bem como no engrandecimento da qualidade do produto final causado pela
ausência de contaminação biológica. E por fim, uma instalação ideal pode minimizar ou mesmo
eliminar o uso de defensivos agrícolas. (CALORI et al., 2018)

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2.1 ESTUFAS

De acordo com Reis (2005) as casas de vegetação são um instrumento de proteção


ambiental para produção de plantas, como hortaliças e flores. Por definição, casas-de-vegetação
são estruturas construídas com diversos materiais, como madeira, concreto, ferro, alumínio, etc.,
cobertas com materiais transparentes que permitam a passagem da luz solar para crescimento e
desenvolvimento das plantas. O uso destas estruturas pode ser de caráter parcial ou pleno,
dependendo das características exploradas. Um exemplo característico do uso parcial é a utilização
de cobertura da estrutura para obter-se o efeito ‘guarda-chuva’, muito comum em regiões tropicais.
Por outro lado, é possível explorar todo o potencial deste tipo de estrutura, construindo-se uma
casa-de-vegetação completa, com todos os controles para a cobertura e para a proteção das plantas
em relação a parâmetros meteorológicos adversos, como a precipitação pluviométrica, e com
cortinas laterais para geração e aprisionamento do calor. Neste último caso, utiliza-se o efeito estufa
desta estrutura, motivo pelo qual as casas-de-vegetação são mais conhecidas como estufas.

As estufas eram originalmente chamadas de "giadini botanici", que significa jardins


botânicos. A primeira estufa prática moderna foi construída pelo botânico francês Charles Lucien
Bonaporte em Leiden, Holanda, durante o século XIX. As primeiras estufas foram chamadas de
laranjeiras, porque eram usadas principalmente para impedir o congelamento das laranjeiras.
Estruturas de estufa começaram a experimentar um uso mais amplo nos anos 60, quando folhas
mais largas de filme de polietileno se tornaram mais duráveis. (NNADI; IDACHABA, 2018)

O ambiente dentro da estufa oferece um desenvolvimento sustentável e eficiente das plantas


ao longo do ano. Os fatores básicos que afetam o crescimento das plantas são a luz solar, o teor de
água no solo, a temperatura, a umidade, etc. Numerosos pesquisadores trabalharam com o sistema
de aspersão e irrigação da água. (DANITA et al., 2018)

O monitoramento e controle do ambiente dentro de uma estufa desempenha um papel vital


na produção das hortaliças cultivadas na mesma. Para que este controle e monitoramento seja
efetivo é essencial criar um sistema que execute essas funções. Então, para o cultivo em estufas ser
realmente efetivo é de grande valia que o ambiente no qual o cultivo está ocorrendo seja
automatizado, garantindo que as ações tomadas são baseadas em dados fiéis aos reais, e que erros
causados por intervenções humanas não ocorram pois a mesma é praticamente nula.

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Estufas podem ser implantadas em locais onde é quase impossível plantar ou cultivar certos
tipos de alimentos devido às condições climáticas desfavoráveis. Isso basicamente garante que não
haja "entressafra" no cultivo e que o crescimento ideal seja garantido durante todo o ano. O material
que serve como cobertura de estufa pode variar de coberturas muito simples a meios de transmissão
especialmente selecionados para capturar o aquecimento de energia das plantas e do meio
ambiente. O mais comum, no entanto, é o polietileno, usado principalmente em áreas tropicais pois
tem a vantagem de suportar tensões mecânicas e térmicas causadas pela luz solar e outras condições
climáticas adversas. (NNADI; IDACHABA, 2018)

2.2 PRINCIPAIS FATORES DE INFLUÊNCIA NO CULTIVO

Os processos fisiológicos responsáveis pelo crescimento e produtividade das plantas


cultivadas são diretamente influenciados pelos fatores climáticos. (SILVA JUNIOR et al., 2012) A
radiação solar é a fonte primária de energia responsável pela manutenção do processo
fotossintético. Pela fotossíntese, as plantas convertem a energia física da luz solar em energia
química, e esse processo é essencial para a manutenção de todas as formas de vida existentes no
planeta. (TAIZ et al., 2009)

Weber (2019), em seu estudo sobre os efeitos de diferentes espectros de cores na absorção
de clorofila pelas plantas, comprovou empiricamente através de testes que a maior absorção se dá
nos espectros de cor azul e vermelha, com predominância da cor azul. O mesmo também
comprovou que ao ser adicionada uma fonte de luz branca o espectro de cor da iluminação artificial
se aproximou do ideal.

Como dito anteriormente fatores ambientais são os que mais influenciam os parâmetros
fisiológicos, tais como fotossíntese, respiração, fotorrespiração, transpiração e condutância
estomática, sendo considerados como fatores determinantes do crescimento das plantas e na
obtenção de elevadas produtividades. (2003, apud PEREIRA et al., 2015)

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3 AUTOMAÇÃO

A automação proporcionou ao homem o desenvolvimento de técnicas e equipamentos que


resultaram numa produção maior e melhor, e também numa melhora na condição de vida. O
processo de automação tem configurado um papel crucial não apenas no campo industrial mas
também no desenvolvimento da ciência e engenharia, bem como da aviação, indústria bélica, entre
outras. Em todos os seus aspectos, sejam residenciais, industriais ou voltados ao campo, a
automação passou por incontáveis transformações no decorrer do tempo.

O relógio d’água, desenvolvido em meados do século II a.C., foi um dos primeiros


dispositivos automáticos da humanidade, responsável por facilitar a medição do tempo. A
revolução industrial trouxe consigo a máquina a vapor e, graças a ela James Watt foi capaz de
desenvolver o primeiro controlador automático para um processo industrial. O mesmo utilizava a
força centrífuga exercida em duas esferas para efetuar o controle da passagem de vapor, conforme
a velocidade do motor aumentava, maior era a força centrífuga que deslocava as esferas para fora
e consequentemente o mecanismo de válvulas fechava-se, diminuindo a passagem de vapor. Caso
a velocidade diminuísse, a força centrífuga diminuía também, as esferas então ficavam mais
próximas do centro, o que ocasionava a abertura da válvula, permitindo uma maior passagem do
vapor. Deste modo era possível controlar a velocidade da máquina a vapor. (LIMA, 2003)

A automação possui uma história composta por muitos colaboradores, desde Isaac Newton,
responsável por lançar os fundamentos da análise e da modelagem matemática, até os atuais
pesquisadores, capazes de lançar um míssil a quilômetros de distância e acertar o alvo com um erro
mínimo, tudo a partir do controle realizado através de satélites. Porém a mesma só ganhou maior
destaque na sociedade a partir do momento em que sistemas de produção agrários e artesanais
passaram a ser industriais, inicialmente na Inglaterra na metade do século XVIII. (CARVALHO
NETO, 2011)

Com o objetivo de garantir o controle dos sistemas de produção, sensores foram acoplados
às maquinas para indicar condições de processos e monitorar os mesmos. Logo, só é garantido o
controle a partir do acionamento de atuadores que depende do processamento dos dados coletados
pelos sensores. A partir do avanço da eletrônica automatizar um sistema tornou-se cada vez mais

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viável, pois foram desenvolvidos circuitos que possibilitavam a realização de funções lógicas e
aritméticas com sinais de entrada que geravam respectivos sinais de saída.

Este avanço proporcionou um funcionamento em conjunto do controlador com sensores e


atuadores, o que resultou num sistema automatizado em que o controlador é o coração, tomando
decisões em função dos dados recebidos através dos sensores e acionando os atuadores.

Como destacado anteriormente, o grande responsável pelo amplo emprego da automação


foi o grande desenvolvimento das indústrias, pois o mesmo exigia um aumento da qualidade e
produção, com processos mais simples e baratos, o que resultava em preços menos elevados. A
automação não teve, nem tem, por objetivo eliminar a interferência do homem nos processos
industriais, muito menos desenvolver o desemprego, mas sim incorporar a mesma em diferentes
processos, visto que se segue um projeto e gerenciamento administrativo e financeiro. O verdadeiro
objetivo da automação era promover uma maior capacitação dos processos, dividindo seu foco em
quesitos como (LIMA, 2003):

 Qualidade: busca-se através da automação um controle de qualidade eficiente,


compensação de deficiências do sistema, processos sofisticados;
 Flexibilidade: admitir mudanças dos parâmetros do processo de acordo com a
necessidade deste ou exigência do cliente;
 Produtividade: melhor uso dos equipamentos com manutenções preditivas, pois os
equipamentos são inteligentes e propiciam uma supervisão do funcionamento, e
maior aproveitamento da matéria prima, reduzindo estoques;
 Viabilidade técnica e econômica: permissão de utilização de operações impossíveis
de se realizar com custos cada vez menores.

De acordo com Oliveira (2015), o termo “automação” tem suas origens nas fábricas de
automóveis norte-americanas em 1946, e ganhou força no mercado no ano seguinte com a invenção
do transistor. Foi a partir deste momento que computadores industriais começaram a ser
desenvolvidos, o que impulsionou a evolução dos softwares modernos vistos nos dias de hoje.
Também em 1947, os primeiros robôs mecânicos que integravam os sistemas de
microprocessamento e mesclavam tecnologias mecânicas e elétricas foram inventados.

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Iady Lorenzoni da Silva ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2020
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Apesar da grande produção que ocorria dentro das indústrias automobilísticas, com
velocidade e qualidade surpreendentes, o consumidor ainda não recebia tantas ofertas, pois a linha
de produção não era flexível. A partir desta necessidade, em 1968, a General Motors (EUA)
solicitou que a empresa Allen-Bradley fabricasse um equipamento capaz de promover a
flexibilidade da sua linha de produção, e assim nasceu o Controlador Lógico Programável (CLP).
(OLIVEIRA, 2015) O mesmo possibilitou a realização de modificações rápidas e personalizadas
na produção dos automóveis, tais como cor e modelo.

O CLP inicialmente apenas fazia uso da lógica de relés, a linguagem ladder, linguagem
natural de eletricistas, que além de gerar códigos menores que cabiam na pequena memória do
CLP, ainda era fácil de entender. (LIMA, 2003) Com o passar dos anos, seu uso se difundiu,
proporcionando uma evolução e um incremento nas funções executadas por ele, como a execução
de sequenciamento, temporização e manipulação de dados. Logo, partindo das industrias de
automóveis a tecnologia avançou para outros setores industriais, como o siderúrgico, farmacêutico,
químico, alimentício, entre outros.

No fim da década de 80 surgiram as redes de comunicação, e a integração dos dados do


CLP que antes era feita a partir de extensos relatórios pôde ser aprimorada, tornando-se possível a
troca de informações entre equipamentos de diferentes níveis de automação. (OLIVEIRA, 2015)

Já em 1993, com a integração de linguagens, ou interoperabilidade, foi possível realizar a


padronização dos programas de controle industrial, porém foi somente o padrão internacional ISA
95 que viabilizou a integração de empresas e sistemas de controle nos níveis operacionais e
administrativos. Segundo Marcos Yukio Yamagushi, renomado professor da USP – Universidade
de São Paulo, hoje a integração tornou-se globalizada graças à automação dos processos.
(OLIVEIRA, 2015)

3.1 MICROCONTROLADORES

Outro componente que ganhou destaque na automatização dos dispositivos foram os


microprocessadores. Desde a década de 70, quando a Intel iniciou sua linha de microprocessadores
de baixo custo – 4004, 4040, 8008, 8080 e 8051 – e seus concorrentes, em especial a Texas

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Desenvolvimento de uma Estufa Automatizada Baseada em IOT para Uso Residencial
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Instruments com seu microcontrolador TMS 1000, que os sistemas embarcados começaram a se
desenvolver e ocupar tarefas que antes eram feitas de forma manual. (DE OLIVEIRA, 2017)

Alguns desses componentes obtiveram uma maior visibilidade por agregar mais
funcionalidades no próprio componente, sendo então chamados de SoC (System-on-Chip).
Dispositivos que possuíam essas características passaram a ser denominados microcontroladores,
graças ao seu uso na função de controle e automação.

Ao contrário dos microprocessadores de uso geral, que são normalmente dedicados a


projetos de computadores com periféricos de entrada e saída como monitor e mouse, os
microcontroladores possuem interface de entrada e saída com dispositivos elétricos como relés,
botoeiras e leds.

Inicialmente as funcionalidades dos microncontroladores se resumiam a estas interfaces de


entrada e saída, e a partir daí, a cada novo produto ou versão, foram sendo agregadas novas
tecnologias, sendo elas a memória RAM, memória EPROM para programas e dados e circuito de
oscilador (clock), interfaces de comunicação (serial, USB) e, mais recentemente, interfaces de rede,
Ethernet, WiFi e Bluetooth.

As aplicações de microcontroladores eram mais simplórias e voltadas somente para a


indústria, até ocorrer a propagação dos mesmos para as mais diversas áreas de atividade humana,
como a automação residencial.

3.2 INTERNET DAS COISAS (IOT)

Atrelado ao crescimento da automação ao longo dos anos, tem-se o grande


desenvolvimento da Internet das Coisas, os dois conceitos têm por base integrar processos e
facilitar a resolução de problemas, seja na indústria ou no cotidiano das pessoas.

Segundo Assante e Fornaro (2019), as tecnologias da Internet das Coisas estão entrando
rapidamente em todos os aspectos de nossa vida, mudando definitivamente a maneira como
interagimos com objetos inteligentes. Essas tecnologias permitem configurar soluções que podem
ser usadas não apenas para atividades práticas, mas também para didática e pesquisa.

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Iady Lorenzoni da Silva ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2020
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O conceito de Internet das Coisas foi inventado por Peter T. Lewis, em setembro de 1985,
em um discurso que ele proferiu em uma sessão apoiada pela U.S. Federal Communications
Commission (FCC) na Congressional Black Caucus 15th Legislative Weekend Conference. A
Internet das Coisas (IoT) é a inter-rede de dispositivos físicos, veículos, edifícios e outros itens -
incorporados a eletrônicos, softwares, sensores, atuadores e conectividade de rede que permitem a
esses objetos coletar e trocar dados. Esses dispositivos são chamados de dispositivos "inteligentes"
ou "conectados". (NNADI; IDACHABA, 2018) Quando a IoT é acoplada a sensores e atuadores,
a tecnologia se torna um exemplo da classe mais geral de sistemas ciber-físicos, que por sua vez
engloba tecnologias como redes e residências inteligentes, transporte inteligente e cidades
inteligentes.

A IoT é um dos mais recentes avanços nas tecnologias da informação e comunicação,


fornecendo conectividade e gerenciamento global de sensores, dispositivos e usuários com
informações. Portanto, a combinação de IoT e tecnologia incorporada ajudou a trazer soluções para
muitos dos problemas práticos existentes ao longo dos anos. (DANITA et al., 2018)

A primeira tecnologia associada ao conceito de IoT (Internet of Things – Internet das


Coisas) ficou conhecida como Identificação por Radiofrequência (do inglês Radio Frequency
Identification – RFID). A mesma surgiu em 1940, com os transponders já utilizados nos aviões na
Segunda Guerra Mundial. O princípio do equipamento é simples, o mesmo envia por
radiofrequência uma identificação única que para os aviões desempenha a função de identificar
outros aviões ao redor, aumentando a precisão das manobras e dos ataques, além de evitar colisões.
Hoje, RFID é usado em crachás, em veículos e até nos produtos em supermercados, substituindo
outros tipos de identificação, como código de barras. (DE OLIVEIRA, 2017)

A maneira como interagimos com objetos está mudando rapidamente graças a IoT, pois os
mesmos agora são inteligentes e capazes de coletar e compartilhar continuamente grandes
quantidades de dados. Esses objetos inteligentes também são capazes de interagir entre si,
compartilhar dados e tomar decisões de forma autônoma. Além disso, os aplicativos baseados na
IoT são ainda menores, mais baratos e com um consumo de energia ainda mais baixo, incentivando
sua ampla difusão. Uma das principais aplicações das soluções de IoT é a automação residencial,
como evolução natural das tecnologias domésticas. Isso foi facilitado pela difusão de sensores
ambientais inteligentes e sistemas de controle simples e eficientes. Todos os dados reunidos podem
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Desenvolvimento de uma Estufa Automatizada Baseada em IOT para Uso Residencial
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ser coletados e pós-processados em plataformas IoT remotamente acessíveis. (ASSANTE;


FORNARO, 2019)

Atualmente, muitas empresas já produzem o equipamento de hardware necessário à Internet


das Coisas, como sensores com módulo de comunicação e equipamentos de controle com
capacidade de auto rede. Portanto, o principal problema do uso da Internet das Coisas é o design e
a realização de todo o sistema. De fato, os fornecedores de hardware geralmente fornecem a
tecnologia middleware de interação de software e hardware. (LI et al., 2017)

Nos últimos anos, a tecnologia da Internet das Coisas, que continua a evoluir e amadurecer,
injetou nova vitalidade no desenvolvimento de instalações agrícolas. O uso de redes de sensores
sem fio pode reduzir o impacto do consumo humano e do ambiente das terras agrícolas. O uso
extensivo da automação, equipamentos de produção com controle remoto inteligente, pode obter
informações precisas sobre a colheita. Por meio deles, as pessoas que ficam em casa podem
monitorar uma variedade de informações de campo. Isso pode alcançar o cultivo científico, o
monitoramento científico e o gerenciamento da produção e promover o padrão de desenvolvimento
da agricultura moderna. (DAN et al., 2016)

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Iady Lorenzoni da Silva ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2020
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4 HARDWARE E SOFTWARE

A classificação do sistema utilizado para o controle da estufa se divide em duas partes, uma
física sendo composta pelos componentes eletroeletrônicos, como os sensores e atuadores
empregados. E a outra virtual, com a programação e determinação de parâmetros necessários para
que ocorra a comunicação entre os dois meios.

Na parte do sistema que compõe o hardware tem-se sensores e atuadores conectados a relés
e ao microcontrolador, sendo eles o sensor de temperatura e umidade DHT11, o sensor de umidade
do solo e também o sensor de luminosidade LDR. Já dentre os atuadores serão utilizadas duas
lâmpadas, uma para fornecimento de calor e outra para a iluminação, uma válvula solenóide para
o controle da irrigação e por fim um cooler para a refrigaração.

No ambiente do software foi utilizada a IDE (Ambiente de Desenvolvimento Integrado do


inglês Integrated Development Enviroment) Arduino, cuja linguagem de programação é muito
semelhante a C++, utilizada para programar computadores, a linguagem C++ é semelhante também
a outras linguagens, como Java, PHP e C Sharp. Nesta etapa foi desenvolvido todo o programa que
comanda as ações que serão executadas pelos atuadores, partindo de informações recebidas pelos
sensores. E também é onde ocorrerá a comunicação com o aplicativo Blynk, que será utilizado para
apresentar as informações dos sensores em um Smartphone.

4.1 HARDWARE

4.1.1 ESP8266

No meio dos múltiplos microcontroladores disponíveis no mercado optou-se pela


implementação do ESP8266, produzido pela fabricante chinesa Espressif Systems, que é um
circuito totalmente integrado e que permite a conexão com redes Wi-Fi e comunicação via
protocolo TCP/IP.

Além disso, a configuração das redes é automatizada dispensando a necessidade de uma


programação para a conexão com uma rede Wi-Fi, graças ao protocolo de configuração dinâmica
de host (DHCP do inglês Dynamic Host Configuration Protocol), o que proporciona uma economia
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de tempo em relação a programação e também de dinheiro visto que não é necessário o


acoplamento de demais componentes para a realização desta conexão.

Este módulo torna viável a implementação de um produto de IoT no mercado por cerca de
10 dólares, tendo em vista que o mesmo pode ser encontrado no mercado chinês numa faixa de 2,5
dólares (DE OLIVEIRA, 2017), o que torna o mesmo muito atrativo em relação ao seu custo-
benefício.

A Figura 2 contém o diagrama funcional do microcontrolador ESP8266, e como pode-se


perceber existe um conjunto completo dos componentes necessários para processamento (CPU e
memória), interfaces de entrada e saída para os mais variados tipos de protocolos e aplicações, e
comunicação.

Figura 2 - Diagrama Funcional ESP8266

Fonte: Datasheet (2020).

O módulo fabricado pela empresa Espressif Systems é um microcontrolador de 32 bits que


inclui um núcleo microprocessado Tensilica L106, que funciona na frequência-padrão de 80 MHz,
podendo chegar a 160 MHz. A memória disponível para os dados dos programas tem cerca de 50
kB, já descontado o espaço necessário para o padrão WiFi. A memória disponível para o programa
principal é de 4 MB, em área acessível à atualização em funcionamento, também conhecida como
OTA (Over-The-Air).

A tensão nominal de funcionamento é de 3,3 volts. O consumo de energia conta com 20 μA


no modo sleep e cerca de 50 mA conectado a um AP WiFi em modo de recepção. Em relação às
interfaces de entrada e saída, o ESP8266 tem 17 interfaces GPIO que podem ser configuradas como
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Iady Lorenzoni da Silva ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2020
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entradas ou saídas digitais. Tem também uma entrada analógica com 10 bits de precisão, por uma
tensão de 3,3 volts, que é a tensão de funcionamento do mesmo, e quatro interfaces de saída PWM.

Como interfaces de comunicação, há interfaces assíncronas USART, que podem ser usadas
para interligar uma interface RS-232, e as seriais síncronas, SPI, I2C e I2S. E também conta com
a interface WiFi, que pode atuar no modo AP, como cliente, no modo ad hoc ou WiFi Direct.

Este microcontrolador foi escolhido para a execução do protótipo por apresentar um preço
muito acessível, múltiplas opções em relação ao ambiente de desenvolvimento e uma grande
disponibilidade de módulos periféricos tendo em vista que todos os módulos propostos e
popularizados para o Arduino são compatíveis com o ESP8266.

Dentre os vários módulos disponíveis no mercado que usam o microcontrolador ESP8266


o mais popular é o módulo chamado NodeMCU, apresentado na Figura 3 em sua versão 3.0. O
mesmo se resume basicamente ao módulo ESP-12 em uma placa que agrega alguns recursos, como
o regulador de tensão e o conversor USB-serial. Este módulo apresenta uma pinagem que facilita
a prototipação e a montagem de pequenos circuitos. Custa a partir de 3 dólares nos sites chineses
e pode também ser encontrado com facilidade em sites brasileiros (DE OLIVEIRA, 2017).

Figura 3 - Módulo NodeMCU

Fonte: Baú da Eletrônica (2020).

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4.1.2 SENSORIAMENTO

A partir das pesquisas realizadas foram determinados os parâmetros que necessitam de um


monitoramento, sendo eles a temperatura, umidade do ambiente e do solo, e também a
luminosidade que precisa ser controlada para crescimento adequado da planta.

Para o monitoramento da umidade presente no solo optou-se pela implementação de um


sensor higrômetro (Figura 4), que possui ambas as interfaces digital e analógica. A interface
analógica permite um obtenção de valores mais precisa a respeito da umidade do solo, já a interface
digital permite a regulagem da umidade através do próprio módulo do sensor, sendo utilizada para
o acionamento do sistema de irrigação.

Figura 4 - Sensor de Umidade do Solo

Fonte: Baú da Eletrônica (2020).

Mesmo possuindo uma grande variedade de fabricantes, o sensor de umidade do solo


geralmente se baseia no CI LM193, que é um comparador de baixa voltagem e apresenta uma
tensão de saída de acordo com a resistividade percebida nos eletrodos que deve ser tanto maior
quanto maior for a umidade do solo.

Já no monitoramento da temperatura e umidade do ambiente, optou-se pelo uso do sensor


DHT11, que possui, internamente, um pequeno microcontrolador de 8 bits que transmite as
informações sensoriadas por um protocolo específico que utiliza somente um pino para dados,
característica esta que o torna mais interessante, pois além da precisão o mesmo ocupa somente um
pino digital, podendo ser qualquer GPIO.

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Dentre as características do DHT11 pode-se destacar uma faixa de leituras que abrange
temperaturas entre 0 e 50°C com 2°C de precisão, e umidade entre 20% e 80% com 5% de precisão.
Na Figura 5 observa-se o sensor DHT11.

Figura 5 - Sensor de Temperatura e Umidade DHT11

Fonte: Baú da Eletrônica (2020).

Por fim o último parâmetro monitorado é a luminosidade do ambiente, garantindo que


durante o dia, quando puder ser feito o uso da luminosidade do sol, não ocorram gastos com o
acionamento da lâmpada utilizada para o sistema de iluminação, e a mesma seja acionada somente
a noite.

Para que o sistema funcione como o planejado optou-se pelo uso do sensor de luminosidade
LDR (resistor dependente de luz, do inglês Light-Dependent Resistor), presente na Figura 6, que,
como o próprio nome diz, varia sua resistência de acordo com a incidência de luz no mesmo, sendo
as duas grandezas inversamente proporcionais, logo, quanto maior a luz incidente neste
componente menor a sua resistência.

Figura 6 - Sensor de Luminosidade LDR.

Fonte: Eletrogate (2020).

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Este sensor é composto de um semicondutor de alta resistência, possui tensão máxima de


150VCC, potência máxima de 100mW, sua resistência no escuro pode chegar a 1 MΩ e na luz até
a 10KΩ.

4.1.3 ATUADORES

No âmbito dos atuadores, que engloba os dispositivos que serão acionados ou não a partir
dos dados obtidos através dos sensores, é empregado primeiramente o Módulo Relé de 2 Canais,
que possibilita o acionamento de cargas de até 250VAC, 7A.

O módulo relé de dois canais, apresentado na Figura 7, é composto por uma placa de dois
canais com dois relés e circuitos de driver opto acopladores, o módulo possui também três terminais
para cada um dos relés, sendo eles o comum, normalmente aberto e normalmente fechado.

Figura 7 - Módulo Relé 2 Canais

Fonte: Baú da Eletrônica (2020).

Para a execução deste trabalho optou-se pela utilização dos contatos normalmente abertos,
o que resulta num acionamento somente quando o relé é alimentado pelo microcontrolador.
Também fez-se necessária a utilização de 2 módulos para o acionamento de todos os atuadores
restantes.

O primeiro deles é um Cooler 110/220V, que será acionado a partir dos dados obtidos
através do sensor de temperatura DHT11, sendo utilizado para a refrigeração do ambiente dentro
da estufa. O mesmo é apresentado na Figura 8.

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Figura 8 - Cooler 110/220V

Fonte: Mercado Livre (2020).

Em seguida dispõe-se de uma Lâmpada Incandescente (Figura 9), utilizada somente em


momentos que a temperatura estiver abaixo do ideal, para o aquecimento do ambiente interno da
estufa, informação que também é obtida através das leituras executadas pelo sensor de temperatura
DHT11.

Figura 9 - Lâmpada Incandescente

Fonte: Mercado Livre (2020).

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A tensão de acionamento da lâmpada é 220V, tal qual o restante dos atuadores, que como
dito anteriormente necessitam do relé para seus acionamentos.

O próximo atuador utilizado é uma Lâmpada LED (diodo emissor de luz, do inglês Lighting
Emiting Diode), encontrada na Figura 10, que é empregada no sistema de iluminação do ambiente.
A mesma é acionada com uma tensão de 220V e a partir dos dados adquiridos através do sensor de
luminosidade LDR.

Figura 10 - Lâmpada LED

Fonte: Mercado Livre (2020).

É importante ressaltar que no momento em que o sensor transmite a informação de que a


luminosidade não é suficiente (fato que ocorrerá principalmente à noite), a lâmpada é acionada por
um período de tempo, em seguida ela permanece um período desligada, e após repete o ciclo,
garantindo assim uma economia de gastos e o fornecimento adequado de luminosidade.

Por fim tem-se o emprego de uma Válvula Solenoide para Água, com tensão de
funcionamento também de 220V e característica de contato normalmente fechado, logo, em caso
de perda ou falta de energia o sistema se manterá fechado impedindo a passagem de água.

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Figura 11 - Válvula Solenoide para Água

Fonte: Baú da Eletrônia (2020).

A mesma possui internamente uma bobina em formato cilíndrico com posicionamento de


90° em relação a entrada e saída de água. Sua aplicação é facilitada pois possui rosca ¾” para
conexão com a rede de água da residência, ou um reservatório adaptado, e saída de medida ⅜”,
encaixável em uma mangueira ou eletroduto flexível, como o empregado neste caso;

Os limites para o acionamento dos atuadores foram definidos utilizando dados obtidos pela
Embrapa Hortaliças, que são apresentados na tabela a seguir. As hortaliças apresentadas na tabela
fazem parte das 50 espécies mais comercializadas no país. (BARBOSA, 2020)

Tabela 1 - Características Determinantes para Cultivo


Hortaliça Característica Determinante Para o Cultivo

Alho No mínimo 13 horas de luz por dia.

Cebola No mínimo 10 horas de luz por dia.

Cebolinha No máximo 25ºC.

Coentro Cultura de clima quente.

Tomate Cultura de clima tropical.

Salsa Em torno de 20°C.

Fonte: Adaptado do Catálogo Brasileiro de Hortaliças (2010).

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4.2 SOFTWARE

O sistema que compõe o software foi desenvolvido com a utilização de duas ferramentas,
a primeira delas sendo a IDE Arduino (Figura12), já mencionada anteriormente, que é responsável
por fornecer um ambiente de programação de fácil entendimento, e também possui bibliotecas para
a utilização dos sensores e do aplicativo Blynk.

Figura 12 - Tela de programação IDE Arduino

Fonte: Autoria própria (2020).

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O Blynk é baseado em um aplicativo personalizável que permite o controle de um hardware


programável e também o monitoramento de dados do mesmo, pois estes dados podem ser
reportados ao aplicativo. Esta é a outra ferramenta utilizada no software do projeto, e sua
organização é apresentada na Figura 13.

Figura 13 - Organização do Blynk

Fonte: Embarcados (2020).

Como observado na Figura 12, o Blink é composto de três partes, o Blynk App, o Blynk
Server e a Blynk Library. O primeiro é um aplicativo disponível para iOS e Android que viabiliza
a criação de aplicações que interagem com o hardware através de Widgets que implementam
funções de controle, notificação e leitura de dados.

Já o Blink Server é responsável pela comunicação entre o aplicativo e o hardware,


transmitindo dados ao mesmo, armazenando estados do aplicativo e do hardware e também
armazenando dados de sensores lidos pelo microcontrolador mesmo se o aplicativo estiver fechado.
Por fim a Blynk Library gere toda a conexão do hardware com o servidor Blynk e também as
requisições de entrada e saída de dados e comandos.

A utilização desta ferramenta possibilitou a construção de uma interface gráfica de


monitoramento, na qual são exibidos os valores de temperatura (ºC), luminosidade (%) e umidade

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Desenvolvimento de uma Estufa Automatizada Baseada em IOT para Uso Residencial
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do ambiente (%), como pode ser observado na Figura 14 (monitoramento ao vivo) e na Figura 15
(monitoramento de uma hora).

Figura 14 - Interface de Monitoramento do Blynk (ao vivo)

Fonte: Autoria própria (2020).

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Figura 15 - Interface de Monitoramento do Blynk (uma hora de funcionamento)

Fonte: Autoria própria (2020).

O código de programação comentado é apresentado no Apêndice A, e funciona da maneira


descrita a seguir. No primeiro bloco são incluídas as bibliotecas necessárias, sendo elas a biblioteca
ESP Wi-Fi, a biblioteca Blynk para ESP e pôr fim a biblioteca DHT para ESP. Estas bibliotecas
fornecem uma linha de programação que não precisa ser executada pelo usuário, reduzindo assim
o código. É nesta etapa que também são definidos os pinos correspondentes a cada sensor e atuador,
ou seja, onde cada dispositivo estará conectado na placa NodeMCU.

No bloco seguinte é informada a rede a qual o ESP8266 está conectado e a senha da mesma,
bem como o Auth Token gerado pelo aplicativo Blynk. Este sendo uma chave de 32 caracteres
alfanuméricos que é fornecida ao usuário no momento em que é criada uma conta no Blynk, e a
mesma possibilita que o servidor Blynk consiga direcionar as informações entre o aplicativo
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instalado no dispositivo móvel e a plataforma. Neste mesmo bloco têm-se a criação das variáveis
que armazenam os dados recebidos pelos sensores, e os dados que serão direcionados aos
atuadores, bem como as variáveis de tempo.

O próximo bloco é o da função sendSendor, que contém a atribuição das portas digitais e
analógica às portas virtuais do Blynk, direcionando os valores recebidos por estas portas para o
aplicativo e possibilitando que estes valores sejam apresentados no mesmo.

Após têm-se o bloco da função setup, no qual são definidos os pinos de entrada e saída, e
também os estados dos pinos de saída. A função setup contém os parâmetros de sensores que são
fixos dentro do código, e os comandos que são executados apenas uma vez, no momento em que o
microcontrolador é conectado a uma fonte de energia.

O último bloco contém a função loop, ou seja, é a função que é repetida em tempo integral,
desde que o microcontrolador esteja alimentado. Neste bloco é desenvolvida a maior parte da
programação, onde acontecem as comparações de valores recebidos pelos sensores com os valores
limitantes definidos no programa, resultando na tomada de ações pelos atuadores.

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5 RESULTADOS

Através dos estudos realizados e da implementação dos dispositivos citados anteriormente,


foi possível desenvolver o protótipo da estufa apresentado a seguir (Figuras 16 e 17). A mesma é
totalmente controlada pelo código compilado e apresentou o funcionamento esperado, garantindo
um ambiente ideal para o cultivo dentro de pequenos espaços urbanos.

Figura 16 - Mini Estufa (fechada)

Fonte: Autoria própria (2020).

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Figura 17 - Mini Estufa (aberta)

Fonte: Autoria própria (2020).

O momento em que as fotos da estufa e do aplicativo Blynk (Figura 13) foram capturadas
é o mesmo, e como pode ser observado a estufa apresentava as condições ideais. Sua temperatura
encontrava-se dentro da faixa estabelecida no código (20 a 25ºC), o que justifica os relés da
lâmpada de aquecimento e do cooler desenergizados e os leds acionados (lógica inversa). O mesmo
pode-se dizer dos parâmetros de luminosidade e umidade do solo, resultando no restante dos relés
desenergizados.

Já a imagem a seguir (Figura 18) foi capturada em um momento de simulação da falta de


iluminação, o que resultou no acionamento da lâmpada responsável pela iluminação do ambiente.

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Como pode ser observado o Blynk apresentava um valor de luminosidade abaixo daquele
delimitado no código (20%), justificando o acionamento da lâmpada. É importante ressaltar que a
lâmpada só foi acionada pois estava no primeiro ciclo após a falta de luz, no ciclo seguinte a
lâmpada permanece desligada.

Figura 18 - Lâmpada de Iluminação em Funcionamento

Fonte: Autoria própria (2020).

A estrutura da estufa foi desenvolvida com canos de PVC, filme plástico para estufas
agrícolas e cola. Para a fixação dos componentes optou-se pela utilização de cintas plásticas, o que
possibilita o deslocamento dos mesmos conforme futuras necessidades. Na Tabela 2 constam os
preços de todos os componentes utilizados para o desenvolvimento da mini estufa automatizada.

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Tabela 2 - Custo dos Componentes para Desenvolvimento da Mini Estufa


Quantidade Componente Preço Unitário Total

1 Módulo ESP8266 NodeMcu ESP-12E com WiFi R$ 38,78 R$ 38,78


V3
1 Sensor de Umidade do Solo R$ 9,50 R$ 9,50

1 Sensor de Luminosidade LDR R$ 1,28 R$ 1,28

1 Sensor de Temperatura e Umidade do Ambiente R$ 13,90 R$ 13,90


DHT11
1 Lâmpada Incandescente R$ 25,95 R$ 25,95

1 Lâmpada LED R$ 9,44 R$ 9,44

1 Válvula Solenoide para Água R$ 44,33 R$ 44,33

2 Módulo Relé 2 Canais R$ 12,50 R$ 25,00

1 Kit com 65 Jumpers Macho / Macho R$ 10,90 R$ 10,90

1 Kit com 10 Jumpers Macho / Fêmea R$ 4,69 R$ 4,69

2 Cabo Flexível 5mm² (Rolo 5m) R$ 4,98 R$ 9,96

1 Eletroduto (6m) R$ 12,00 R$ 12,00

1 Eletroduto Flexível (1m) R$ 1,25 R$ 1,25

1 Retalho de Filme Plástico para Estufas Agrícolas R$ 10,00 R$ 10,00

8 Joelhos para Eletroduto R$ 0,53 R$ 4,24


1 Cinta Plástica (Pacote 100 unidades) R$ 5,00 R$ 5,00
2 Porta Lâmpada de Cerâmica R$ 5,90 R$ 11,80
1 Plugue Macho 10A R$ 2,21 R$ 2,21
TOTAL R$ 240,23
Fonte: Autoria própria (2020).

O bom resultado obtido acerca da automação da estufa para cultivo indoor apresenta uma
alternativa tecnológica para o plantio, com facilidade de manuseio e para uso dentro de grandes ou
pequenas residências. Tendo em vista que o sistema irá direcionar para a planta em formação os

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nutrientes que se fazem necessários em todo o ciclo de vida, consolida-se assim um plantio
saudável e com o crescimento adequado, que é o que a programação desenvolvida proporciona.

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6 CONCLUSÃO

O desenvolvimento adequado das plantas em geral é fortemente atrelado as condições


climáticas as quais as mesmas estão submetidas, tais como umidade do ambiente e do solo,
temperatura e luminosidade.

Vários estudos já realizados relacionados ao cultivo indoor comprovam a sua efetividade


no fornecimento do ambiente ideal para o cultivo. Já a automação aperfeiçoa este ambiente,
garantindo uma tomada de atitudes no momento exato em que a planta necessita, seja o
fornecimento de água, luz, calor ou refrigeração.

O protótipo desenvolvido neste trabalho apresenta uma mini estufa automatizada para uso
residencial, o mesmo se mostrou de fácil execução com algumas pequenas ressalvas que puderam
ser resolvidas através de adaptações, tanto na estrutura quanto no desenvolvimento do código. As
mesmas garantiram o funcionamento esperado, cumprindo com os objetivos propostos.

A utilização de uma linguagem de programação que possui bibliotecas pré configuradas,


podendo ser empregadas em vários códigos, facilitou o desenvolvimento da etapa de controle da
estufa. Este controle em conjunto com a estrutura, que é responsável por fornecer o efeito estufa,
apresenta como resultado final uma estufa comercializável, de custo baixo para automação, baseada
no crescimento urbano e nos meios alternativos de cultivo, que vêm apresentando grande
desenvolvimento atualmente.

Como sugestão para trabalhos futuros pode-se citar um complemento na automação,


fornecendo uma interface de controle remoto, tendo em vista que este trabalho contempla apenas
o monitoramento dos dados, bem como um aumento e refinamento da estrutura, mantendo um
custo não excessivo que abrange um público alvo mais amplo. Outro aspecto que deve ser citado é
a confecção de uma placa de circuito impresso para fixação dos componentes eletrônicos, que
devido à falta de ferramentas não pode ser executada neste protótipo.

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Iady Lorenzoni da Silva ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2020
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Desenvolvimento de uma Estufa Automatizada Baseada em IOT para Uso Residencial
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APÊNDICE A – Código de Programação

#include <ESP8266WiFi.h> // Biblioteca ESP Wi-Fi

#include <BlynkSimpleEsp8266.h> // Biblioteca Blynk para ESP

#include "DHT.h" // Biblioteca DHT para ESP

#define BLYNK_PRINT Serial // Blynk Serial

#define PINO_US D0 // Pino conectado ao D0 do Sensor de Umidade do Solo

#define Valvula D2 // Pino conectado a válvula para irrigação

#define PINO_LA A0 // Pino conectado ao Sensor de Luminosidade

#define LampadaIluminacao D5 // Pino conectado a lâmpada para iluminação

#define DHTPIN D1 // Pino conectado ao DHT11

#define DHTTYPE DHT11 // DHT 11

#define Cooler D3 // Pino conectado ao cooler para resfriamento

#define LampadaAquecimento D6 // Pino conectado a lâmpada para aquecimento

BlynkTimer timer;

DHT dht(DHTPIN, DHTTYPE);

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char auth[] = "pLoD8jhHlihnfnqz8Uzfp_09zK4k-elP"; // Token de autenticação para o


Blink

char ssid[] = "Prauchner"; // Nome da rede

char pass[] = "9184868155"; // Senha da rede

bool us; // Variável para armazenamento do valor da umidade do solo

int lumin; // Variável para armazenamento do valor da luminosiade

int luminpc; // Variável para armazenamento do valor da luminosidade em porcentagem

float ua; // Variável para armazenamento do valor da umidade do ambiante

float temp; // Variável para armazenamento do valor da temperatura

int temp_max = 25; // Define temperatura máxima

int temp_min = 20; // Define temperatura mínima

unsigned long tempoAnterior1 = 0; // Variável utilizada para controle de tempo

unsigned long tempoAnterior2 = 0; // Variável utilizada para controle de tempo

unsigned long tempoAnterior3 = 0; // Variável utilizada para controle de tempo

unsigned long tempoAnterior4 = 0; // Variável utilizada para controle de tempo

void sendSensor(){

Blynk.virtualWrite(V5, ua); // Envia o valor da umidade do ambiente para a porta virtual


V5

Blynk.virtualWrite(V2, temp); // Envia o valor da temperatura para a porta virtual V2

Blynk.virtualWrite(V8, luminpc); // Envia o valor da luminosidade para a porta virtual V8


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void setup() {

pinMode(PINO_US, INPUT); // Define pino conectado ao D0 do sensor de umidade do


solo como INPUT

pinMode(Valvula, OUTPUT); // Define pino conectado a válvula como OUTPUT

digitalWrite(Valvula, HIGH); // Inicia a válvula como HIGH (lógica inversa)

pinMode(PINO_LA, INPUT); // Define pino conectado ao sensor de luminosidade como


INPUT

pinMode(LampadaIluminacao, OUTPUT); // Define pino conectado a lâmpada de


iluminação como OUTPUT

digitalWrite(LampadaIluminacao, HIGH); // Inicia a lâmpada de iluminação como


HIGH(lógica inversa)

pinMode(Cooler, OUTPUT); // Define pino conectado ao cooler como OUTPUT

pinMode(LampadaAquecimento, OUTPUT); // Define pino conectado a lâmpada para


aquecimento como OUTPUT

digitalWrite(Cooler, HIGH); // Inicia o cooler como HIGH (lógica inversa)

digitalWrite(LampadaAquecimento, HIGH); // Inicia a lâmpada para aquecimento como


HIGH (lógica inversa)

Blynk.begin(auth, ssid, pass); // Início da conexão do microcontrolador aos servidores do


Blynk

dht.begin(); // Taxa de transmissão do sensor

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Serial.begin(9600); // Taxa de transmissão do monitor serial

Serial.println("ESTUFA test!");

void loop() {

us = digitalRead(PINO_US); // Armazena o valor da umidade do solo em us

lumin = analogRead(PINO_LA); // Armazena o valor da umidade da luminosidade em


lumin

luminpc = ((lumin*100)/1024); // Armazena o valor da luminosidade em porcentagem em


luminpc

ua = dht.readHumidity(); // Armazena o valor da umidade do ambiente em ua

temp = dht.readTemperature(); // Armazena o valor da temperatura em temp

timer.run(); timer.setInterval(1000L, sendSensor);

Blynk.run();

// Controle da Irrigação:

if (millis() - tempoAnterior1 >= 5000){ //Intervalo de leituras

tempoAnterior1 = millis();

if (us == LOW) { // Solo seco

digitalWrite(Valvula, HIGH); // Válvula ligada

if (us == HIGH) { // Solo úmido


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digitalWrite(Valvula, LOW); // Válvula desligada

// Controle da Luminosidade:

if (millis() - tempoAnterior2 >= 10000){ //Intervalo de leituras

tempoAnterior2 = millis();

Serial.println("Luminosidade: "); // Apresenta valor da luminosidade no monitor serial

Serial.print(luminpc);

Serial.println(" % ");

if (luminpc < 5) { //Luminosidade abaixo de 5%

if (millis() - tempoAnterior3 < 3600000) { // Intervalo em que a lâmpada de iluminação


permanece ligada

digitalWrite(LampadaIluminacao, LOW);

if (millis() - tempoAnterior3 >= 3600000) { // Intervalo em que a lâmpada de iluminação


permanece desligada

digitalWrite(LampadaIluminacao, HIGH);

if (millis() - tempoAnterior3 >= 7200000) {

tempoAnterior3 = millis();

}
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if (luminpc >= 20) { // Luminosidade acima de 20%

digitalWrite(LampadaIluminacao, HIGH); // Lâmpada de iluminação desligada

// Controle da Temperatura:

if (millis() - tempoAnterior4 >= 20000){ //Intervalo de leituras

tempoAnterior4 = millis();

if (temp > temp_max) { // Temperatura acima de 25ºC

digitalWrite(Cooler, LOW); // Cooler ligado (lógica inversa)

digitalWrite(LampadaAquecimento, HIGH); // Lâmpada de aquecimento desligada (lógica


inversa)

Serial.println("Temperatura: "); // Apresenta valor da temperatura no monitor serial

Serial.print(temp);

Serial.println(" ºC ");

Serial.println("Umidade Ambiente: "); // Apresenta valor da umidade do ambiente no


monitor serial

Serial.print(ua);

Serial.println(" % ");

if (temp >= temp_min && temp <= temp_max) { // Temperatura ideal

digitalWrite(Cooler, HIGH); // Cooler desligado (lógica inversa)


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digitalWrite(LampadaAquecimento, HIGH); // Lâmpada de aquecimento desligada (lógica


inversa)

Serial.println("Temperatura: ");

Serial.print(temp);

Serial.println(" ºC ");

Serial.println("Umidade Ambiente: ");

Serial.print(ua);

Serial.println(" % ");

if (temp < temp_min) { // Temperatura abaico de 20ºC

digitalWrite(Cooler, HIGH); // Cooler desligado (lógica inversa)

digitalWrite(LampadaAquecimento, LOW); // Lâmpada de aquecimento ligada (lógica


inversa)

Serial.println("Temperatura: ");

Serial.print(temp);

Serial.println(" ºC ");

Serial.println("Umidade Ambiente: ");

Serial.print(ua);

Serial.println(" % ");

}
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