Desenvolvimento de Uma Estufa Automatizada Baseada em Iot para Uso Residencial
Desenvolvimento de Uma Estufa Automatizada Baseada em Iot para Uso Residencial
Desenvolvimento de Uma Estufa Automatizada Baseada em Iot para Uso Residencial
Ijuí
2020
IADY LORENZONI DA SILVA
Ijuí
2020
IADY LORENZONI DA SILVA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
ENGENHEIRO ELETRICISTA e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo
membro da banca examinadora.
BANCA EXAMINADORA
Aos meus familiares, em especial a minha mãe, por não deixar em momento algum que
faltasse apoio, incentivo e compreensão, garantindo todo o necessário para tornar possível esta
graduação.
À Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (UNIJUI), que conta com
excelentes professores, os quais dedicam parte de suas vidas para tornar possível a formação de
novos profissionais para o mundo.
“Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a
curva é o que faz o concreto buscar o infinito.”
Oscar Niemeyer
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso visa estabelecer o estudo e projeto de uma mini estufa para
uso residencial, utilizando da tecnologia da internet das coisas para viabilizar o monitoramento
das condições climáticas dentro da mesma. Para tal, são abordados estudos sobre a agricultura
urbana e de precisão, sobre a automação dos sistemas e também sobre a internet das coisas,
bem como o estudo do uso de sensores de umidade do solo, de temperatura e também de
luminosidade, para a correta utilização dos mesmos. Através destas análises se obtém um
ambiente controlado que viabiliza o cultivo seguro e controlado de hortaliças em geral, dentro
de pequenos espaços urbanos.
This final paper aims to establish the study and design of a mini greenhouse for residential use,
using the internet of things technology to enable the monitoring of climatic conditions within
it. To this end, studies on urban and precision agriculture, on the automation of systems and
also on the internet of things are addressed, as well as the study of the use of sensors for soil
moisture, temperature and also light, for their correct use. Through these analyzes, a controlled
environment is obtained that enables the safe and controlled cultivation of vegetables in general,
within small urban spaces.
Keywords: Greenhouse. Residential. Internet of things.
LISTA DE FIGURAS
SoC System-on-Chip
LISTA DE FIGURAS.............................................................................................. 9
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13
1.1 MOTIVAÇÃO............................................................................................... 14
3 AUTOMAÇÃO ................................................................................................ 23
4.1.2 SENSORIAMENTO.................................................................................... 32
5 RESULTADOS ................................................................................................ 43
6 CONCLUSÃO.................................................................................................. 48
1 INTRODUÇÃO
Apesar da maioria da população não prestar a devida atenção aos alimentos que ingere,
sobretudo devido à falta de tempo e ausência de conhecimento sobre condições de saúde, é
impossível negar que os cuidados com o bem estar, especialmente relacionados a tópicos
alimentares, influenciam grupos de pessoas saudáveis em todo o mundo (SUTHUMCHAI et al.,
2016). Nesta mesma linha, observa-se também um aumento na população vegana e vegetariana,
que em sua grande maioria se encontram contextualizadas como um público alvo classe média-alta
com maior poder de aquisição.
Uma alimentação rica em nutrientes é o primeiro passo para um estilo de vida saudável. As
escolhas alimentares a cada dia afetam diretamente os órgãos e suas funções, consequentemente,
os demais sistemas do corpo humano.
Tendo em vista que os alimentos têm grande influência sobre nossa saúde, é fundamental
ingerir produtos saudáveis, de boa procedência e máxima proteção contra quantidades exacerbadas
de defensivos agrícolas. Uma boa forma de garantir isso é a partir do cultivo de frutas, legumes,
hortaliças e sementes em casa.
Nesse sentido a agricultura urbana acaba sendo uma alternativa a todas as faixas e classes
sociais, e já vem sendo adotada em vários países. No Japão, Alemanha e Estados Unidos da
América já se observa uma crescente utilização de fazendas verticais para o cultivo de hortaliças e
outras frutas (WEBER, 2019). Tendo como finalidade não só suprir o público alvo vegetariano
citado acima, mas também toda a cadeia social, o que proporciona um aumento no cultivo de
alimentos orgânicos dentro de áreas urbanas.
Estufas compõem uma parte significativa do setor agrícola, podendo ser empregadas para
o cultivo de plantas sob condições climáticas controladas, objetivando a máxima produção. Elas se
baseiam no efeito estufa, proporcionando um aumento nos níveis de dióxido de carbono e clorofila
ao passo em que ocorre o máximo aproveitamento do calor do sol (NNADI; IDACHABA, 2018).
Elas também evitam a penetração demasiada de luz, temperaturas extremas, doenças e proliferação
de insetos. Elas possibilitam ainda, o cultivo durante todo o ano, independentemente das condições
climáticas regulares, provendo ao produtor uma maior flexibilidade e garantindo uma vantagem no
plantio e cultivo. (PALLAVI; MALLAPUR; BENDIGERI, 2017)
Nesta mesma linha, desenvolver uma estufa microcontrolada com diversos sensores e
conectá-la a internet vai permitir inúmeras possibilidades de controle bem como realizar o
armazenamento de dados sobre as condições das plantas. Esses dados podem auxiliar na
identificação de padrões no crescimento das plantas. Entretanto, o custo de executar sistemas
automatizados com comunicação adequada, pode ser um empecilho para este tipo de
desenvolvimento. No entanto, um sistema desta natureza pode reduzir significativamente a mão de
obra necessária na administração e manutenção diária de uma estufa. Além disso pode contribuir
ainda para um método sustentável, com economia de energia e de recursos para o cultivo de plantas.
(NNADI; IDACHABA, 2018)
1.1 MOTIVAÇÃO
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e apenas em estações adequadas do ano, não se caracterizará como um costume eficaz por muito
tempo. (NNADI; IDACHABA, 2018)
Por ano, cerca de 18 milhões de pessoas, na maioria crianças, morrem de fome, desnutrição
e outras causas relacionadas. Com um terço da população mundial carente de alimentos, a
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (do inglês Food and
Agriculture Organization - FAO) estima que para fornecer alimentos de uma forma segura para a
população de países em desenvolvimento (como a Nigéria) a produção mundial teria que dobrar.
(NNADI; IDACHABA, 2018)
Analisando o Brasil como um todo, percebe-se que este possui um clima propício para o
cultivo de inúmeras hortaliças, pois alguns gêneros das mesmas se desenvolvem em temperaturas
tropicais e outros em temperaturas amenas. Porém o clima no país também passa por muitas
variações, com frio extremo, temporais e períodos de seca, o que acaba sendo uma dificuldade para
o cultivo outdoor. Além disso, é preciso analisar também a gestão dos recursos necessários para o
desenvolvimento da plantação, tais como água, energia elétrica e mão de obra.
Nesse sentido, as estufas podem prover uma escala muito maior no fornecimento de
alimentos, especialmente de vegetais durante todos os períodos do ano e com um rendimento ideal.
A operação de estufas tradicionais em larga escala requer uma grande quantidade de mão de obra,
como agravante a partir da mão de obra pouco qualificada, pode-se ter uma baixa na eficiência,
além de tornar o processo caro e trabalhoso. Este desafio pode ser vencido com a utilização da
internet e a automação. (NNADI; IDACHABA, 2018)
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1.2 PROBLEMA
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
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Por fim o capítulo 6 contém as conclusões sobre todos os estudos realizados e objetivos
alcançados. Através destas torna-se possível propor sugestões para possíveis aperfeiçoamentos e
trabalhos futuros.
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2 AGRICULTURA URBANA
Segundo Calori et. al. (2018) uma das soluções encontradas para enfrentar esse desafio é o
uso de tecnologias que proporcionem a integração de produção de alimentos e grandes centros
urbanos. Dessa forma, se torna possível o auxílio na diminuição do impacto do desenvolvimento
urbano sobre a agricultura e o meio ambiente. Nesse contexto, analistas de cenários futuros e
empreendedores em todo o mundo compartilham uma visão de cidades como espaços de produção
de alimentos a fim de atender a uma gama de necessidades sociais e ecológicas, o que tornou, nos
últimos anos, a agricultura urbana um assunto de interesse de pesquisadores ao redor do mundo,
além de ser tema de discurso público em alguns países. (CALORI et al., 2018)
Entre as formas e conceitos da agricultura urbana, vem se desenvolvendo nos últimos anos
um novo ramo, a agricultura vertical, cujo conceito foi desenvolvido no final dos anos 90 pelo
professor de microbiologia e saúde pública da Universidade Columbia, nos Estados Unidos,
Dickson Despommier, e que ocorre através da produção de plantas dentro de uma estrutura
localizada principalmente em centros urbanos, onde os espaços são adaptados para produção em
cultivo sem solo ou hidropônico. Segundo relatório de abril de 2019, da empresa de consultoria
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americana Grand View Research, até 2025, o setor de agricultura vertical deve movimentar US$
9,6 bilhões, crescendo a uma taxa composta anual de crescimento (do inglês Compound Annual
Growth Rate - CAGR) de 21,3%. (PASTORE, 2019)
De acordo com alguns autores, como o professor Dickson, o conceito de agricultura vertical
é uma expansão da agricultura urbana dentro de um edifício. Os mesmos autores afirmam ainda
que vem se estabelecendo um crescente número de projetos de agricultura urbana com a utilização
de espaços dentro de prédios abandonados. O cultivo indoor possibilita a produção em qualquer
lugar sem luz, como salas existentes nos prédios de restaurantes, cozinhas industriais ou empresas
localizadas dentro de grandes centros urbanos, aproximando o produto do consumidor final.
(CALORI et al., 2018)
Desde o final do século XX, arquitetos e cientistas vêm trabalhando a ideia de produzir
alimentos em ambientes urbanos, graças ao crescimento da população humana e às pressões que
esse fator exerce sobre os recursos para a produção de alimentos. Pode-se citar como exemplo a
Dinamarca, que foi o primeiro país, na década de 1950, a tentar cultivar agrião (Nasturtium
officinale) em grande escala em um ambiente fechado dentro de uma casa.
Figura 1- Agricultura urbana com produção em larga escala, mostrando a verticalização do sistema.
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O cultivo indoor possibilita total controle de todas as condições necessárias que resultarão
em ótimas produtividades, apresentando ainda vantagens sobre a agricultura tradicional nos
âmbitos referentes a sazonalidade da produção (cultivo durante o ano todo) e a inexistência de
perdas em função do clima, além de acarretar num consumo reduzido de água (70-90%), na
otimização do espaço, bem como no engrandecimento da qualidade do produto final causado pela
ausência de contaminação biológica. E por fim, uma instalação ideal pode minimizar ou mesmo
eliminar o uso de defensivos agrícolas. (CALORI et al., 2018)
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2.1 ESTUFAS
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Estufas podem ser implantadas em locais onde é quase impossível plantar ou cultivar certos
tipos de alimentos devido às condições climáticas desfavoráveis. Isso basicamente garante que não
haja "entressafra" no cultivo e que o crescimento ideal seja garantido durante todo o ano. O material
que serve como cobertura de estufa pode variar de coberturas muito simples a meios de transmissão
especialmente selecionados para capturar o aquecimento de energia das plantas e do meio
ambiente. O mais comum, no entanto, é o polietileno, usado principalmente em áreas tropicais pois
tem a vantagem de suportar tensões mecânicas e térmicas causadas pela luz solar e outras condições
climáticas adversas. (NNADI; IDACHABA, 2018)
Weber (2019), em seu estudo sobre os efeitos de diferentes espectros de cores na absorção
de clorofila pelas plantas, comprovou empiricamente através de testes que a maior absorção se dá
nos espectros de cor azul e vermelha, com predominância da cor azul. O mesmo também
comprovou que ao ser adicionada uma fonte de luz branca o espectro de cor da iluminação artificial
se aproximou do ideal.
Como dito anteriormente fatores ambientais são os que mais influenciam os parâmetros
fisiológicos, tais como fotossíntese, respiração, fotorrespiração, transpiração e condutância
estomática, sendo considerados como fatores determinantes do crescimento das plantas e na
obtenção de elevadas produtividades. (2003, apud PEREIRA et al., 2015)
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3 AUTOMAÇÃO
A automação possui uma história composta por muitos colaboradores, desde Isaac Newton,
responsável por lançar os fundamentos da análise e da modelagem matemática, até os atuais
pesquisadores, capazes de lançar um míssil a quilômetros de distância e acertar o alvo com um erro
mínimo, tudo a partir do controle realizado através de satélites. Porém a mesma só ganhou maior
destaque na sociedade a partir do momento em que sistemas de produção agrários e artesanais
passaram a ser industriais, inicialmente na Inglaterra na metade do século XVIII. (CARVALHO
NETO, 2011)
Com o objetivo de garantir o controle dos sistemas de produção, sensores foram acoplados
às maquinas para indicar condições de processos e monitorar os mesmos. Logo, só é garantido o
controle a partir do acionamento de atuadores que depende do processamento dos dados coletados
pelos sensores. A partir do avanço da eletrônica automatizar um sistema tornou-se cada vez mais
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viável, pois foram desenvolvidos circuitos que possibilitavam a realização de funções lógicas e
aritméticas com sinais de entrada que geravam respectivos sinais de saída.
De acordo com Oliveira (2015), o termo “automação” tem suas origens nas fábricas de
automóveis norte-americanas em 1946, e ganhou força no mercado no ano seguinte com a invenção
do transistor. Foi a partir deste momento que computadores industriais começaram a ser
desenvolvidos, o que impulsionou a evolução dos softwares modernos vistos nos dias de hoje.
Também em 1947, os primeiros robôs mecânicos que integravam os sistemas de
microprocessamento e mesclavam tecnologias mecânicas e elétricas foram inventados.
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Apesar da grande produção que ocorria dentro das indústrias automobilísticas, com
velocidade e qualidade surpreendentes, o consumidor ainda não recebia tantas ofertas, pois a linha
de produção não era flexível. A partir desta necessidade, em 1968, a General Motors (EUA)
solicitou que a empresa Allen-Bradley fabricasse um equipamento capaz de promover a
flexibilidade da sua linha de produção, e assim nasceu o Controlador Lógico Programável (CLP).
(OLIVEIRA, 2015) O mesmo possibilitou a realização de modificações rápidas e personalizadas
na produção dos automóveis, tais como cor e modelo.
O CLP inicialmente apenas fazia uso da lógica de relés, a linguagem ladder, linguagem
natural de eletricistas, que além de gerar códigos menores que cabiam na pequena memória do
CLP, ainda era fácil de entender. (LIMA, 2003) Com o passar dos anos, seu uso se difundiu,
proporcionando uma evolução e um incremento nas funções executadas por ele, como a execução
de sequenciamento, temporização e manipulação de dados. Logo, partindo das industrias de
automóveis a tecnologia avançou para outros setores industriais, como o siderúrgico, farmacêutico,
químico, alimentício, entre outros.
3.1 MICROCONTROLADORES
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Instruments com seu microcontrolador TMS 1000, que os sistemas embarcados começaram a se
desenvolver e ocupar tarefas que antes eram feitas de forma manual. (DE OLIVEIRA, 2017)
Alguns desses componentes obtiveram uma maior visibilidade por agregar mais
funcionalidades no próprio componente, sendo então chamados de SoC (System-on-Chip).
Dispositivos que possuíam essas características passaram a ser denominados microcontroladores,
graças ao seu uso na função de controle e automação.
Segundo Assante e Fornaro (2019), as tecnologias da Internet das Coisas estão entrando
rapidamente em todos os aspectos de nossa vida, mudando definitivamente a maneira como
interagimos com objetos inteligentes. Essas tecnologias permitem configurar soluções que podem
ser usadas não apenas para atividades práticas, mas também para didática e pesquisa.
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O conceito de Internet das Coisas foi inventado por Peter T. Lewis, em setembro de 1985,
em um discurso que ele proferiu em uma sessão apoiada pela U.S. Federal Communications
Commission (FCC) na Congressional Black Caucus 15th Legislative Weekend Conference. A
Internet das Coisas (IoT) é a inter-rede de dispositivos físicos, veículos, edifícios e outros itens -
incorporados a eletrônicos, softwares, sensores, atuadores e conectividade de rede que permitem a
esses objetos coletar e trocar dados. Esses dispositivos são chamados de dispositivos "inteligentes"
ou "conectados". (NNADI; IDACHABA, 2018) Quando a IoT é acoplada a sensores e atuadores,
a tecnologia se torna um exemplo da classe mais geral de sistemas ciber-físicos, que por sua vez
engloba tecnologias como redes e residências inteligentes, transporte inteligente e cidades
inteligentes.
A maneira como interagimos com objetos está mudando rapidamente graças a IoT, pois os
mesmos agora são inteligentes e capazes de coletar e compartilhar continuamente grandes
quantidades de dados. Esses objetos inteligentes também são capazes de interagir entre si,
compartilhar dados e tomar decisões de forma autônoma. Além disso, os aplicativos baseados na
IoT são ainda menores, mais baratos e com um consumo de energia ainda mais baixo, incentivando
sua ampla difusão. Uma das principais aplicações das soluções de IoT é a automação residencial,
como evolução natural das tecnologias domésticas. Isso foi facilitado pela difusão de sensores
ambientais inteligentes e sistemas de controle simples e eficientes. Todos os dados reunidos podem
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Nos últimos anos, a tecnologia da Internet das Coisas, que continua a evoluir e amadurecer,
injetou nova vitalidade no desenvolvimento de instalações agrícolas. O uso de redes de sensores
sem fio pode reduzir o impacto do consumo humano e do ambiente das terras agrícolas. O uso
extensivo da automação, equipamentos de produção com controle remoto inteligente, pode obter
informações precisas sobre a colheita. Por meio deles, as pessoas que ficam em casa podem
monitorar uma variedade de informações de campo. Isso pode alcançar o cultivo científico, o
monitoramento científico e o gerenciamento da produção e promover o padrão de desenvolvimento
da agricultura moderna. (DAN et al., 2016)
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4 HARDWARE E SOFTWARE
A classificação do sistema utilizado para o controle da estufa se divide em duas partes, uma
física sendo composta pelos componentes eletroeletrônicos, como os sensores e atuadores
empregados. E a outra virtual, com a programação e determinação de parâmetros necessários para
que ocorra a comunicação entre os dois meios.
Na parte do sistema que compõe o hardware tem-se sensores e atuadores conectados a relés
e ao microcontrolador, sendo eles o sensor de temperatura e umidade DHT11, o sensor de umidade
do solo e também o sensor de luminosidade LDR. Já dentre os atuadores serão utilizadas duas
lâmpadas, uma para fornecimento de calor e outra para a iluminação, uma válvula solenóide para
o controle da irrigação e por fim um cooler para a refrigaração.
4.1 HARDWARE
4.1.1 ESP8266
Este módulo torna viável a implementação de um produto de IoT no mercado por cerca de
10 dólares, tendo em vista que o mesmo pode ser encontrado no mercado chinês numa faixa de 2,5
dólares (DE OLIVEIRA, 2017), o que torna o mesmo muito atrativo em relação ao seu custo-
benefício.
entradas ou saídas digitais. Tem também uma entrada analógica com 10 bits de precisão, por uma
tensão de 3,3 volts, que é a tensão de funcionamento do mesmo, e quatro interfaces de saída PWM.
Como interfaces de comunicação, há interfaces assíncronas USART, que podem ser usadas
para interligar uma interface RS-232, e as seriais síncronas, SPI, I2C e I2S. E também conta com
a interface WiFi, que pode atuar no modo AP, como cliente, no modo ad hoc ou WiFi Direct.
Este microcontrolador foi escolhido para a execução do protótipo por apresentar um preço
muito acessível, múltiplas opções em relação ao ambiente de desenvolvimento e uma grande
disponibilidade de módulos periféricos tendo em vista que todos os módulos propostos e
popularizados para o Arduino são compatíveis com o ESP8266.
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4.1.2 SENSORIAMENTO
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Dentre as características do DHT11 pode-se destacar uma faixa de leituras que abrange
temperaturas entre 0 e 50°C com 2°C de precisão, e umidade entre 20% e 80% com 5% de precisão.
Na Figura 5 observa-se o sensor DHT11.
Para que o sistema funcione como o planejado optou-se pelo uso do sensor de luminosidade
LDR (resistor dependente de luz, do inglês Light-Dependent Resistor), presente na Figura 6, que,
como o próprio nome diz, varia sua resistência de acordo com a incidência de luz no mesmo, sendo
as duas grandezas inversamente proporcionais, logo, quanto maior a luz incidente neste
componente menor a sua resistência.
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4.1.3 ATUADORES
No âmbito dos atuadores, que engloba os dispositivos que serão acionados ou não a partir
dos dados obtidos através dos sensores, é empregado primeiramente o Módulo Relé de 2 Canais,
que possibilita o acionamento de cargas de até 250VAC, 7A.
O módulo relé de dois canais, apresentado na Figura 7, é composto por uma placa de dois
canais com dois relés e circuitos de driver opto acopladores, o módulo possui também três terminais
para cada um dos relés, sendo eles o comum, normalmente aberto e normalmente fechado.
Para a execução deste trabalho optou-se pela utilização dos contatos normalmente abertos,
o que resulta num acionamento somente quando o relé é alimentado pelo microcontrolador.
Também fez-se necessária a utilização de 2 módulos para o acionamento de todos os atuadores
restantes.
O primeiro deles é um Cooler 110/220V, que será acionado a partir dos dados obtidos
através do sensor de temperatura DHT11, sendo utilizado para a refrigeração do ambiente dentro
da estufa. O mesmo é apresentado na Figura 8.
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A tensão de acionamento da lâmpada é 220V, tal qual o restante dos atuadores, que como
dito anteriormente necessitam do relé para seus acionamentos.
O próximo atuador utilizado é uma Lâmpada LED (diodo emissor de luz, do inglês Lighting
Emiting Diode), encontrada na Figura 10, que é empregada no sistema de iluminação do ambiente.
A mesma é acionada com uma tensão de 220V e a partir dos dados adquiridos através do sensor de
luminosidade LDR.
Por fim tem-se o emprego de uma Válvula Solenoide para Água, com tensão de
funcionamento também de 220V e característica de contato normalmente fechado, logo, em caso
de perda ou falta de energia o sistema se manterá fechado impedindo a passagem de água.
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Os limites para o acionamento dos atuadores foram definidos utilizando dados obtidos pela
Embrapa Hortaliças, que são apresentados na tabela a seguir. As hortaliças apresentadas na tabela
fazem parte das 50 espécies mais comercializadas no país. (BARBOSA, 2020)
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4.2 SOFTWARE
O sistema que compõe o software foi desenvolvido com a utilização de duas ferramentas,
a primeira delas sendo a IDE Arduino (Figura12), já mencionada anteriormente, que é responsável
por fornecer um ambiente de programação de fácil entendimento, e também possui bibliotecas para
a utilização dos sensores e do aplicativo Blynk.
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Como observado na Figura 12, o Blink é composto de três partes, o Blynk App, o Blynk
Server e a Blynk Library. O primeiro é um aplicativo disponível para iOS e Android que viabiliza
a criação de aplicações que interagem com o hardware através de Widgets que implementam
funções de controle, notificação e leitura de dados.
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do ambiente (%), como pode ser observado na Figura 14 (monitoramento ao vivo) e na Figura 15
(monitoramento de uma hora).
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No bloco seguinte é informada a rede a qual o ESP8266 está conectado e a senha da mesma,
bem como o Auth Token gerado pelo aplicativo Blynk. Este sendo uma chave de 32 caracteres
alfanuméricos que é fornecida ao usuário no momento em que é criada uma conta no Blynk, e a
mesma possibilita que o servidor Blynk consiga direcionar as informações entre o aplicativo
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instalado no dispositivo móvel e a plataforma. Neste mesmo bloco têm-se a criação das variáveis
que armazenam os dados recebidos pelos sensores, e os dados que serão direcionados aos
atuadores, bem como as variáveis de tempo.
O próximo bloco é o da função sendSendor, que contém a atribuição das portas digitais e
analógica às portas virtuais do Blynk, direcionando os valores recebidos por estas portas para o
aplicativo e possibilitando que estes valores sejam apresentados no mesmo.
Após têm-se o bloco da função setup, no qual são definidos os pinos de entrada e saída, e
também os estados dos pinos de saída. A função setup contém os parâmetros de sensores que são
fixos dentro do código, e os comandos que são executados apenas uma vez, no momento em que o
microcontrolador é conectado a uma fonte de energia.
O último bloco contém a função loop, ou seja, é a função que é repetida em tempo integral,
desde que o microcontrolador esteja alimentado. Neste bloco é desenvolvida a maior parte da
programação, onde acontecem as comparações de valores recebidos pelos sensores com os valores
limitantes definidos no programa, resultando na tomada de ações pelos atuadores.
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5 RESULTADOS
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O momento em que as fotos da estufa e do aplicativo Blynk (Figura 13) foram capturadas
é o mesmo, e como pode ser observado a estufa apresentava as condições ideais. Sua temperatura
encontrava-se dentro da faixa estabelecida no código (20 a 25ºC), o que justifica os relés da
lâmpada de aquecimento e do cooler desenergizados e os leds acionados (lógica inversa). O mesmo
pode-se dizer dos parâmetros de luminosidade e umidade do solo, resultando no restante dos relés
desenergizados.
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Como pode ser observado o Blynk apresentava um valor de luminosidade abaixo daquele
delimitado no código (20%), justificando o acionamento da lâmpada. É importante ressaltar que a
lâmpada só foi acionada pois estava no primeiro ciclo após a falta de luz, no ciclo seguinte a
lâmpada permanece desligada.
A estrutura da estufa foi desenvolvida com canos de PVC, filme plástico para estufas
agrícolas e cola. Para a fixação dos componentes optou-se pela utilização de cintas plásticas, o que
possibilita o deslocamento dos mesmos conforme futuras necessidades. Na Tabela 2 constam os
preços de todos os componentes utilizados para o desenvolvimento da mini estufa automatizada.
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O bom resultado obtido acerca da automação da estufa para cultivo indoor apresenta uma
alternativa tecnológica para o plantio, com facilidade de manuseio e para uso dentro de grandes ou
pequenas residências. Tendo em vista que o sistema irá direcionar para a planta em formação os
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nutrientes que se fazem necessários em todo o ciclo de vida, consolida-se assim um plantio
saudável e com o crescimento adequado, que é o que a programação desenvolvida proporciona.
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6 CONCLUSÃO
O protótipo desenvolvido neste trabalho apresenta uma mini estufa automatizada para uso
residencial, o mesmo se mostrou de fácil execução com algumas pequenas ressalvas que puderam
ser resolvidas através de adaptações, tanto na estrutura quanto no desenvolvimento do código. As
mesmas garantiram o funcionamento esperado, cumprindo com os objetivos propostos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BlynkTimer timer;
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Iady Lorenzoni da Silva ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2020
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void sendSensor(){
void setup() {
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Serial.println("ESTUFA test!");
void loop() {
Blynk.run();
// Controle da Irrigação:
tempoAnterior1 = millis();
// Controle da Luminosidade:
tempoAnterior2 = millis();
Serial.print(luminpc);
Serial.println(" % ");
digitalWrite(LampadaIluminacao, LOW);
digitalWrite(LampadaIluminacao, HIGH);
tempoAnterior3 = millis();
}
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// Controle da Temperatura:
tempoAnterior4 = millis();
Serial.print(temp);
Serial.println(" ºC ");
Serial.print(ua);
Serial.println(" % ");
Serial.println("Temperatura: ");
Serial.print(temp);
Serial.println(" ºC ");
Serial.print(ua);
Serial.println(" % ");
Serial.println("Temperatura: ");
Serial.print(temp);
Serial.println(" ºC ");
Serial.print(ua);
Serial.println(" % ");
}
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Iady Lorenzoni da Silva ([email protected]). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2020