Aprender Por Refração
Aprender Por Refração
Aprender Por Refração
I
1.1.1. Parte 1 - Definição de aprendizagem
II
Como na Pedagogia Inaciana, o Empoderamento surge nesta relação,
totalmente, ligado ao protagonismo e a autonomia. Neste caso, o professor
deve ser capaz de estimular o empoderamento por meio da criação de
experiências de aprendizagem que encorajam os alunos a dirigirem-se a si
mesmos e a tornarem-se mais independentes.
Já na relação professor e mundo a ser estudado, é evidente que o professor
precisa ter profundo conhecimento na disciplina a ser ministrada, mas há
necessidade, também, de estar conectado às mudanças, às novidades e às
mais diversas e melhores práticas em sua disciplina. Com isso, a Expertise
significa que o professor não só sabe fatos e conceitos, mas é capaz de
estabelecer relações entre eles. Somente um professor expert pode ajudar os
alunos a processar informação tão facilmente acessível, mas também tão
insuficientemente avaliada que se encontra na internet, por exemplo.
Dentro desta relação professor e o mundo, há o elemento Entusiasmo que
revela a paixão do professor pela matéria de estudo que o torna capaz de
“infectar” seus alunos com tamanha curiosidade e entusiasmo em seus
estudos, fazendo assim, os alunos se motivarem a investigar e explorar
caminhos para aprenderem mais sobre o tema em questão.
A relação do aluno com o mundo, talvez seja a mais importante, porque não há
aprendizagem sem o Envolvimento do aluno com a matéria. Sem isso, os
alunos não estarão focados na tarefa, muito menos entrarão em luta com as
ideias na sua cabeça, buscando pela investigação e se colocando aberto para
novos desafios. Já a Excelência reflete sobre como e o que é compreender um
determinado aspecto do mundo que seja suficientemente completo e profundo
de forma a que esse conhecimento seja bem aplicado na vida do aluno.
Portanto, a excelência refere-se ao que os alunos fazem com o que aprendem,
seguindo a proposta da Pedagogia Inaciana.
Além das relações, há um elemento que precisa ser descontruído que vai do
ensinar ao aprender, que é a abordagem educativa centrada no aluno e em
suas características.
Por conta da conectividade, os alunos possuem mais acesso às informações e,
ao mesmo tempo, são mais ativos em seus contextos de aprendizagem. Na
Aprendizagem refrativa o aluno assume a posição de protagonista por suas
III
características de conectividade, perspectiva de ser mais ativo e de como é seu
relacionamento com o mundo.
Para Altienza e Go (2023), a aprendizagem refrativa deve ser centrada no
aluno, guiada por reflexão e orientada à ação, colocando, assim, em prática
toda a proposta educativa da Pedagogia Inaciana. Porém, como exposto
anteriormente, para que essa aprendizagem seja realmente efetiva, as relações
que a permeiam devem ser transformadas e o professor deve desenvolver
características que promovam a Aprendizagem refrativa.
Nessa linha, os autores propõem uma mudança de postura e citam três
características fundamentais, seguindo a premissa do Paradigma Pedagógico
Inaciano, promovendo a Experiência, Reflexão e a Ação, são elas:
Assumindo os desafios propostos pela Unesco, fica claro que quando se aplica
a aprendizagem refrativa não se pode esperar pouco aprofundamento, muito
menos reflexões rasas. Para isso, o professor deve guiar os alunos pela
reflexão, podendo ser uma reflexão conceitual, onde refletem sobre os
conceitos e fatos, como se podem relacionar e como podem ser organizados,
ser uma reflexão metacognitiva sobre o processo de aprendizagem e sobre o
tipo de pensamento que uma área de estudo requer, levando à questão de
como se pode aprender com o processo experenciado, ou ser uma reflexão
pessoal, refletindo sobre o valor, o significado e as implicações daquilo que é
aprendido para vida deles.
V
Além da reflexão, a ação deve ser incentivada de maneira a ser aplicada em
contextos reais, podendo ser ações simples ou complexas.
A ideia central da ação é garantir que os alunos não fiquem apenas no campo
da reflexão e possam saborear novas experiências, agindo de fato para um
bem maior. Diante dos expostos e dos desafios do mundo contemporâneo, a
aprendizagem refrativa propõe a ação imediata para que os alunos possam
desenvolver as competências propostas pela UNESCO e cuidem da casa
comum, sendo pessoas para os demais, conforme o direcionamento do PEC e
da Pedagogia Inaciana.
Para isso, o planejamento da aprendizagem é fundamental para que tanto o
professor quanto o aluno consigam obter sucesso no que é proposto e realizar
uma aprendizagem refrativa de excelência.
VI
alunos resolvam as questões
propostas?
Como o professor e os
Como podemos melhorar o AVALIAÇÃO do
alunos monitoram o processo
planejamento de aprendizagem aluno e do
de aprendizagem a fim de
desta unidade temática? professor
que este seja melhorado?
1.1.2.1. Contexto
1.1.2.2. Reflexão
VIII
direcionamento precisa resultar em insights realizados pelos alunos, como
exemplificado na tabela abaixo.
De que forma a
O que essa teoria
teoria da evolução De que forma a
nos diz sobre
das espécies nos teoria da evolução
teorias científicas –
Questões de ajuda a de Darwin afeta
sobre como são
reflexão compreender o nossa crença na
desenvolvidas,
modo como a criação e num
formuladas e
natureza está Criador?
testadas?
desenhada?
Nota: Essa tabela demonstra a correlação entre a reflexão e os insights gerados pelos alunos.
Adaptada de Atienza, R. J., & Go, J. C. (2023). Aprender por refração: um guia de pedagogia
inaciana do século XXI para docentes. Edições Loyola.
IX
1.1.2.3. Ação
1.1.2.4. Experiência
X
criativos, críticos e arrojados na busca por novas soluções para esses
problemas.
Já na aprendizagem refrativa, o empoderamento conta com os cinco AR, que
são elementos que podem guiar o planejamento da experiência:
XI
É importante que a avaliação permeie a relação do professor com o mundo, no
sentido de trazer elementos para aperfeiçoar sua expertise, que não lida
apenas com o conhecimento da matéria, mas também da pedagogia que
aplica. Além disso, outro elemento dessa relação a ser avaliado, é o
entusiasmo. A busca pelo Magis é incessante, mas o professor necessita se
entregar à profissão durante a aula para que os alunos sejam “infectados” por
esse entusiasmo e assumam seus papéis de protagonistas.
Para Altienza e Go (2023), o professor precisa analisar os dados obtidos pela
avaliação e refletir sobre como o planejamento pode ser melhorado e quais
elementos devem ser acrescentados ou retirados.
Seguindo os objetivos de formação jesuítica, onde deve-se desenvolver
pessoas conscientes, comprometidas, criativas, compassivas e competentes, a
avalição transcende o campo acadêmico e, também, avalia o aluno como
pessoa, um ser integral. Para isso, no planejamento das avaliações, o
professor deve considerar esses pontos e dar feedback aos alunos.
XII