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Autor:
Carlos Roberto
12 de Janeiro de 2024
1 - Apresentação ............................................................................................................. 2
2 - Análise Estatística ....................................................................................................... 3
3 – Concordância ............................................................................................................. 3
3.1 – Concordância nominal ............................................................................................................... 4
3.2 – Concordância verbal ................................................................................................................ 11
4 – Vozes Verbais........................................................................................................... 15
4.1 – Voz ativa................................................................................................................................... 15
4.2 – Voz passiva ............................................................................................................................... 15
4.3 – Voz reflexiva ............................................................................................................................. 15
5 – Aposta estratégica ................................................................................................... 16
6 - Questões-chave de revisão ....................................................................................... 17
7 – Revisão estratégica .................................................................................................. 40
7.1 Perguntas .................................................................................................................................... 40
7.2 Perguntas e respostas ................................................................................................................ 40
1 - APRESENTAÇÃO
Olá, servidores.
Hoje, iniciaremos mais uma jornada rumo à sua aprovação. Estamos falando da sintaxe de
concordância e vozes verbais.
Os nomes e os verbos são flexionados em uma relação de dependência. Esses termos, classificados
como dependentes, devem se relacionar harmoniosamente com as palavras das quais dependem,
alterando suas terminações e obedecendo a algumas regras.
São exatamente essas regras que precisamos revisar nesta aula para que vocês cheguem seguros à
prova e tirem a nota máxima!
Vamos lá!
#amoraovernáculo
2 - ANÁLISE ESTATÍSTICA
Língua Portuguesa
% de cobrança em provas anteriores (FCC)
Pontuação. 6,91%
Linguagem. 0,36%
3 – CONCORDÂNCIA
Concordância é o princípio sintático segundo o qual as palavras dependentes se combinam, nas suas
flexões, com as palavras de que dependem. Essa combinação formal é denominada de flexão, e
ocorre quanto ao gênero e número (nos nomes), e pessoa e número (nos verbos). Logo, a
concordância pode ser verbal ou nominal.
Gênero Masculino/Feminino
Nominal
Número Singular/Plural
Sintaxe de
concordância
Primeira/Segunda/
Pessoa
Terceira.
Verbal
Número Singular/Plural.
Regra Geral
i. Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos de gênero e número diferentes deve
concordar com o mais próximo.
ii. Pluraliza-se o adjetivo para que ele concorde com os substantivos de mesmo gênero.
iv. O adjetivo concorda somente com o último substantivo se eles forem sinônimos.
Casos Particulares
a) Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo, há duas concordâncias
possíveis no caso de o substantivo ser determinado pelo artigo.
i. O adjetivo posposto aos substantivos vai para o plural (em caso de gêneros diferentes,
permanece o masculino plural).
ii. Com o adjetivo anteposto aos substantivos, a concordância pode ser feita de duas
formas:
➢ O adjetivo vai para o plural (prevalece o masculino plural no caso de
substantivos de gêneros diferentes).
iii.
O adjetivo é permanece no gênero masculino plural se o objeto possuir dois núcleos
representados por substantivos de gêneros distintos.
iv. O adjetivo anteposto a dois ou mais núcleos do objeto pode concordar com o núcleo
mais próximo.
e) O pronome concorda:
ii. Com relação a pronomes indefinidos neutros (nada, muito, algo), permanecem no
masculino singular os adjetivos regidos da preposição de que se referem a eles ou
concordam com o sujeito por atração.
g) A Palavra “Só”:
ii. Equivalente a “somente” ou “apenas” – tem função adverbial, sendo, portanto, invariável.
h) Quanto às palavras anexo, obrigado, mesmo, próprio, incluso, quite, leso, concordam com
o substantivo a que se referem em gênero e número se forem empregadas como adjetivo.
i) Quanto às palavras muito, pouco, bastante, meio, caro, barato, longe: podem aparecer
como advérbios ou adjetivos. Como advérbios, são invariáveis; como adjetivos, concordam
com o nome a que se referem.
k) O adjetivo possível aparece como termo variável ou invariável ao concordar com o artigo que
o antecede.
ii. Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, pronomes ou
adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele.
Regra Geral
iv. Sujeito composto posposto ao verbo – o verbo poderá concordar no plural ou com o
substantivo mais próximo.
v. Sujeito composto de pessoas diferentes – o verbo vai para o plural, de acordo com a
regra de prevalência, ou seja:
a) A 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª.
Casos Particulares
i. Sujeito formado por substantivo coletivo – o verbo concorda com o sujeito coletivo
no singular e no plural.
➢ Caso o verbo esteja seguido de adjunto adnominal plural, poderá ser flexionado
no plural.
(concordância estilística)
iv. Sujeito formado por núcleos percentuais e fracionários – o verbo pode ser
flexionado para concordar com o núcleo ou com seu adjunto adnominal.
expressões.
4 – VOZES VERBAIS
As vozes do verbo caracterizam as diferentes atuações do sujeito da oração, as quais podem ser: voz
ativa, passiva e reflexiva.
Na voz passiva, o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação expressa pelo verbo.
i. Voz passiva analítica – formada por um verbo auxiliar (ser), seguido pelo particípio do verbo
principal.
ii. Voz passiva sintética – formada a partir do verbo principal, conjugado na 3ª pessoa (singular
ou plural), seguido da partícula apassivadora “se”.
Alugam-se casas.
Vende-se este livro.
Na voz reflexiva, o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente da ação expressa pelo verbo.
5 – APOSTA ESTRATÉGICA
Quando o assunto for concordância, tanto a nominal quanto a verbal são bem cotadas nas provas. Mas
apostamos na cobrança da concordância nominal com um adjetivo posposto ou anteposto para mais de um
substantivo. Veja na página 4.
É corriqueiro também aparecerem questões de concordância nominal com mais de um adjetivo relacionado
a apenas um substantivo. Veja isso na página 5.
Quanto à concordância verbal, estude com carinho as situações de sujeito composto posposto e anteposto
ao verbo. Outro assunto da concordância verbal em que podemos apostar é como se dá a concordância com
o verbo ser. Um resumo:
➢ Pode concordar com o predicativo do sujeito quando o sujeito for os pronomes isto, isso,
aquilo, tudo.
➢ Também é possível a concordância do verbo com o sujeito-pronome no singular.
Certamente, no que diz respeito ao assunto vozes do verbo, o que tem maior potencial de ser cobrado é a
transposição da voz ativa para a passiva. Talvez possa aparecer uma questão com uma determinada oração
na voz ativa e as alternativas sejam possíveis estruturas da mesma oração na voz passiva ou vice-versa:
oração na passiva com alternativas na ativa.
- quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá agente na passiva. (Atingiram-
me. (voz ativa) > Fui atingido. (voz passiva)).
6 - QUESTÕES-CHAVE DE REVISÃO
Concordância verbal / voz passiva
Questão 1
FCC - Analista de Gestão Administrativa (Pref. Recife)/2019
“Como se dá que ritmos e melodias, embora tão somente sons, se assemelhem a estados da alma?”, pergunta
Aristóteles. Há pessoas que não suportam a música; mas há também uma venerável linhagem de moralistas
que não suporta a ideia do que a música é capaz de suscitar nos ouvintes. Platão condenou certas escalas e
ritmos musicais e propôs que fossem banidos da cidade ideal. Santo Agostinho confessou-se vulnerável aos
“prazeres do ouvido” e se penitenciou por sua irrefreável propensão ao “pecado da lascívia musical”. Calvino
alerta os fiéis contra os perigos do caos, volúpia e emefinação que ela provoca. Descartes temia que a música
pudesse superexcitar a imaginação.
O que todo esse medo da música – ou de certos tipos de música – sugere? O vigor e o tom dos ataques traem o
melindre. Eles revelam não só aquilo que afirmam – a crença num suposto perigo moral da música −, mas
também o que deixam transparecer. O pavor pressupõe uma viva percepção da ameaça. Será exagero,
portanto, detectar nesses ataques um índice da especial força da sensualidade justamente naqueles que tanto
se empenharam em preveni-la e erradicá-la nos outros?
O que mais violentamente repudiamos está em nós mesmos. Por vias oblíquas ou com plena ciência do fato,
nossos respeitáveis moralistas sabiam muito bem do que estavam falando.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo:
Companhia das Letras, 2016, p. 23-24)
O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado de modo a concordar com o elemento sublinhado
na frase:
a) A Aristóteles, Platão e a outros pensadores (impressionar) vivamente a magia encantatória dos ritmos e
das melodias musicais.
b) Crê o autor do texto que àquele a quem mais (abalar) os efeitos da música é também quem mais conhece
as razões para temê-la.
c) Todos os ataques que contra a música se (promover) costumam partir dos que são extremamente
sensíveis aos seus poderes.
d) Está no texto a convicção, contra a qual a poucos (ocorrer) de se levantar, de que são irreprimíveis os
efeitos gerados pelo ritmo musical.
e) A música, independentemente dos que nela (ter) a atenção concentrada, acaba contagiando o ambiente
em que se a promova.
Questão 2
FCC - Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão (Pref. Recife)/2019
A ilusão de que uma metafísica calcada na ciência permitiria banir o mistério do mundo caducou − e agora? O
que nos resta fazer? Não se pode esperar da ciência respostas a inquietações que estão constitutivamente além
de seu horizonte de possibilidades. A ciência só se coloca problemas que ela é capaz, em princípio, de resolver,
ou seja, questões que se prestam a um tratamento empírico-dedutivo e cujas respostas admitem a possibilidade
da refutação.
Há um equívoco em abordar as extraordinárias conquistas do método científico com o olhar expectante da busca
religiosa ou metafísica. Ao mesmo tempo, contudo, parece simplesmente descabida, além de irrealista, a
pretensão de se limitar a esfera do que é pertinente inquirir à província da investigação científica, como se a
ciência gozasse da prerrogativa de definir ou demarcar o âmbito do que há para ser explicado no mundo. Uma
coisa é dizer que o animal humano partilha dos mesmos objetivos básicos − sobreviver e reproduzir das demais
formas de vida; outra, muito distinta, é afirmar que “nenhuma espécie, inclusive a nossa, possui um propósito
que vá além dos imperativos criados por sua história genética” e que, portanto, a espécie humana “carece de
qualquer objetivo externo à sua própria natureza biológica”: pois, ao dar esse passo, saltamos da observação
ao decreto e da constatação ao cerceamento da busca.
A teima interrogante do saber não admite ser detida e barrada, como contrabando ou imigrante clandestino,
pela polícia da fronteira na divisa onde findam os porquês da ciência.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo:
Companhia das Letras, 2016, p. 37-38)
Há presença de forma verbal na voz passiva e pleno atendimento às normas de concordância na seguinte
frase:
a) Reservam-se aos cientistas a prerrogativa de investigar os fenômenos valendo-se do método dedutivo.
b) Haverá de ocorrer, a cada vez que se espera demais da ciência, reações frustradas pela falta de resposta.
c) Não se deve imaginar, obviamente, que caibam aos métodos científicos atender a inquirições metafísicas.
d) Ao se identificarem nossos objetivos com os dos animais, em nada se reduz a altura da nossa consciência.
e) Os limites que não se admitem impor-se ao conhecimento são por vezes desconsiderados.
Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar para 70% até 2050.
Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis. As cidades representam 80% do Produto
Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos, o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30%
do PIB do país.
Mas o sucesso tem sempre um custo – e as cidades não são exceção, segundo análise do Fórum Econômico
Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e desigualdade persistente são alguns dos
problemas das cidades modernas. Recentemente, entraram na equação as consequências da transformação
digital. Há quem fale sobre uma futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam
essa possibilidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como vão
moldar a economia mundial.
A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligentes como Tallinn, na
Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o governo local via plataformas
digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos, por exemplo. Programas similares
em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma espécie de “governo 4.0”.
Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais possibilitam acesso,
abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmente irão mudar a forma como os
governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de:“5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível
em: https://epocanegocios.globo.com)
Está redigido em conformidade com a concordância da norma-padrão o livre comentário sobre o texto:
a) Os cidadãos de algumas cidades inteligentes já se faz ouvir por meio de plataformas digitais.
b) Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental, desigualdade persistente, tudo afetam as
cidades modernas.
c) Quando consultado pelo Fórum, os especialistas discorreram sobre como as cidades vão se adaptar à era
da digitalização.
d) É possível que a vida das pessoas nas cidades se tornem mais fáceis serem vividas com a digitalização.
e) Segundo algumas previsões, 70% da população mundial deverá habitar as cidades até 2050.
Uma mudança ocorrida no último meio século foi o aparecimento do museu que constitui, por si só, uma grande
atração cultural, independentemente do conteúdo a ser exibido em seu interior. Esses edifícios espetaculares e
em geral arrojados vêm sendo construídos por arquitetos de estima universal e se destinam a criar grandes polos
globais de atração cultural em centros em tudo o mais periféricos e pouco atrativos. O que acontece dentro
desses museus é irrelevante ou secundário. Um exemplo disso ocorreu na cidade de Bilbao. Em tudo o mais
praticamente inexpressiva, nos anos 1990 ela transformou-se num polo turístico global graças ao Museu
Guggenheim, do arquiteto Frank Gehry. A arte visual contemporânea, desde o esgotamento do modernismo
nos anos 1950, considera adequados e agradáveis para exposições esses espaços que exageram a própria
importância e são funcionalmente incertos. Não obstante, coleções de grande significado para a humanidade,
expostas, por exemplo, no Museu do Prado, ainda não precisam recorrer a ambientes de acrobacia
arquitetônica.
(Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados: Cultura e sociedade no século XX. São Paulo:
Companhia das Letras, 2013, edição digital)
É isso, mas também aquilo. Não obstante o abacaxi, temos o pepino. Posto que A seja indiscutível, deve-se
levar em conta que B, somado a C, cria um cenário em que D pode se impor de certa forma como desejável,
ressalvados E e F. Só depois desse percurso, claro, chegaremos ao ponto G.
O parágrafo anterior satiriza a ponderação de forma fácil e injusta, mas duvido que muita gente se
incomode com isso. Sinônimo de circunspecção reflexiva, equilíbrio, prudência, a ponderação é hoje a mais
desmoralizada das virtudes. Precisamos reabilitar a ponderação, nem que seja apenas como subproduto da
perplexidade, aquilo que faz o marinheiro do samba levar o barco devagar sempre que o nevoeiro é denso.
O fogo selvagem que inflamou ao longo da história as turbas linchadoras do diferente que é visto como
ameaça − corporificado em bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos − é hoje
condenado por (quase) todo mundo. No entanto, o mesmo fogo selvagem inflama as turbas linchadoras
que se julgam investidas do direito sagrado de vingar bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos,
ciganos, gagos etc. Quem acha que o primeiro fogo é ruim e o segundo é bom não entendeu nada.
Representa um inegável avanço civilizatório a exposição, nas redes sociais, de comportamentos opressivos
ancestrais que sempre estiveram naturalizados em forma de assédio, desrespeito, piadinhas torpes e
preconceitos variados. Ao mesmo tempo, é um claro retrocesso que o avanço se dê à custa da supressão do
direito de defesa e do infinito potencial de injustiça contido no poder supremo de um juiz sem rosto.
(Adaptado de: RODRIGUES, Sergio. Folha de S. Paulo, 16/11/2017)
Tempo é dinheiro
O primeiro relógio mecânico de que se tem registro − um artefato movido pelo escoamento da água sobre uma
roda − foi inventado no século VIII por um matemático e monge budista chinês chamado Yi Xing. Mas, quando
os missionários jesuítas portugueses introduziram na China, no século XVI, o relógio mecânico acionado por
pesos e cordas, a novidade provocou sensação e assombro na corte imperial. Mais do que qualquer outra
novidade tecnológica europeia, o aparelho deslumbrou os até então reticentes chineses não só pelo engenho e
precisão, mas como fonte de enlevo e contemplação.
Os relógios europeus foram recebidos pelos chineses como um convite, um estímulo à meditação sobre o fluxo
da existência, e foram tratados como verdadeiros brinquedos metafísicos. Jamais lhes ocorreu, porém, a ideia
de tirar proveito daquele dispositivo visando disciplinar a jornada de trabalho, impor o ritmo dos negócios ou
pautar a circulação das riquezas entre os consumidores.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo:
Companhia das Letras, 2016, p. 154)
Há adequada transposição de uma voz verbal para outra e plena observância da concordância verbal em:
a) Coube aos chineses inventar o primeiro relógio mecânico / Aos chineses couberam ter inventado o
primeiro relógio mecânico.
b) No artefato chinês, o escoamento das águas movia uma roda / O escoamento das águas, no artefato
chinês, haviam de mover uma roda.
c) Aos chineses deslumbrou o componente poético do relógio português / Com o relógio português,
deslumbraram aos chineses seu componente poético.
d) Ao longo dos séculos, o relógio acabou subordinando os homens ao seu ritmo / Os homens acabaram
sendo subordinados, ao longo dos séculos, ao ritmo do relógio.
e) O proveito que é tirado de certas invenções nem sempre beneficia a todos / Nem todos tiram de certas
invenções o proveito que os beneficiariam.
Vozes verbais
Questão 8
FCC - Assistente de Gestão Pública (Pref. Recife)/2019
Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar para 70% até 2050.
Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis. As cidades representam 80% do Produto
Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos, o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30%
do PIB do país.
Mas o sucesso tem sempre um custo – e as cidades não são exceção, segundo análise do Fórum Econômico
Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e desigualdade persistente são alguns dos
problemas das cidades modernas. Recentemente, entraram na equação as consequências da transformação
digital. Há quem fale sobre uma futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam
essa possibilidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como vão
moldar a economia mundial.
A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligentes como Tallinn, na
Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o governo local via plataformas
digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos, por exemplo. Programas similares
em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma espécie de “governo 4.0”.
Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais possibilitam acesso,
abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmente irão mudar a forma como os
governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de:“5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível
em: https://epocanegocios.globo.com)
Ao transpor para a voz passiva a oração permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos, a
forma verbal correspondente será
a) são permitidas.
b) será permitida.
c) são permitidos.
d) é permitido.
e) serão permitidos.
Vozes do verbo
Questão 9
FCC - Analista em Gestão (DPE AM)/Especializado de Defensoria/Ciências Contábeis/2018
As crianças gostam de brincadeiras que sejam imitativas e repetitivas, mas, ao mesmo tempo, inovadoras.
Firmam-se no que lhes é conhecido e seguro, e exploram o que é novo e nunca foi experimentado.
O termo “arremedo” pode implicar algum grau de intenção, mas imitar, ecoar ou reproduzir são
propensões psicológicas (e até fisiológicas) universais que vemos em todo ser humano e em muitos
animais.
Merlin Donald, em Origens do pensamento moderno, faz uma distinção entre arremedo, imitação e
mimese: o arremedo é literal, uma tentativa de produzir uma duplicata o mais exata possível.
A imitação não é tão literal quanto o arremedo. A mimese adiciona uma dimensão representativa à
imitação. Em geral, incorpora o arremedo e a imitação a um fim superior, o de reencenar e representar um
evento ou relação. O arremedo, segundo Donald, é visto em muitos animais; a imitação, em macacos e
grandes primatas não humanos; a mimese, apenas no ser humano. A imitação, que tem um papel
fundamental nas artes cênicas, onde a prática, a repetição e o ensaio incessantes são imprescindíveis,
também é importante na pintura e na composição musical e escrita. Todos os artistas jovens buscam
modelos durante os anos de aprendizado. Nesse sentido, toda arte começa como “derivada”: é fortemente
influenciada pelos modelos admirados e emulados, ou até diretamente imitados ou parafraseados.
Mas por que, de cada cem jovens músicos talentosos ou de cada cem jovens cientistas brilhantes, apenas
um punhado irá produzir composições musicais memoráveis ou fazer descobertas científicas fundamentais?
Será que a maioria desses jovens, apesar de seus dons, carece de alguma centelha criativa adicional? Será
que lhes faltam características que talvez sejam essenciais para a realização criativa, por exemplo, audácia,
confiança, pensamento independente?
A criatividade envolve não só anos de preparação e treinamento conscientes, mas também de preparação
inconsciente. Esse período de incubação é essencial para permitir que o subconsciente assimile e incorpore
influências, que as reorganize em algo pessoal. Na abertura de Rienzi, de Wagner, quase podemos
identificar todo esse processo. Há ecos, imitações, paráfrases de Rossini, Schumann e outros − as influências
musicais de seu aprendizado. E então, de súbito, ouvimos a voz de Wagner: potente, extraordinária (ainda
que horrível, na minha opinião), uma voz genial, sem precedentes.
Todos nós, em algum grau, fazemos empréstimos de terceiros, da cultura à nossa volta. As ideias estão no
ar, e nos apropriamos, muitas vezes sem perceber, de frases e da linguagem da época. A própria língua é
emprestada: não a inventamos. Nós a descobrimos, ainda que possamos usá-la e interpretá-la de modos
muito individuais. O que está em questão não é “emprestar” ou “imitar”, ser “derivado”, ser “influenciado”,
e sim o que se faz com aquilo que é tomado de empréstimo.
(Adaptado de: SACKS, Oliver. O rio da consciência. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo: Cia. das Letras,
2017, ed. digital)
Concordância nominal
Questão 10
FCC - Estagiário (SABESP)/Ensino Médio Técnico/2018
“Como se dá que ritmos e melodias, embora tão somente sons, se assemelhem a estados da alma?”, pergunta
Aristóteles. Há pessoas que não suportam a música; mas há também uma venerável linhagem de moralistas
que não suporta a ideia do que a música é capaz de suscitar nos ouvintes. Platão condenou certas escalas e
ritmos musicais e propôs que fossem banidos da cidade ideal. Santo Agostinho confessou-se vulnerável aos
“prazeres do ouvido” e se penitenciou por sua irrefreável propensão ao “pecado da lascívia musical”. Calvino
alerta os fiéis contra os perigos do caos, volúpia e emefinação que ela provoca. Descartes temia que a música
pudesse superexcitar a imaginação.
O que todo esse medo da música – ou de certos tipos de música – sugere? O vigor e o tom dos ataques traem o
melindre. Eles revelam não só aquilo que afirmam – a crença num suposto perigo moral da música −, mas
também o que deixam transparecer. O pavor pressupõe uma viva percepção da ameaça. Será exagero,
portanto, detectar nesses ataques um índice da especial força da sensualidade justamente naqueles que tanto
se empenharam em preveni-la e erradicá-la nos outros?
O que mais violentamente repudiamos está em nós mesmos. Por vias oblíquas ou com plena ciência do fato,
nossos respeitáveis moralistas sabiam muito bem do que estavam falando.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo:
Companhia das Letras, 2016, p. 23-24)
O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado de modo a concordar com o elemento sublinhado
na frase:
a) A Aristóteles, Platão e a outros pensadores (impressionar) vivamente a magia encantatória dos ritmos e
das melodias musicais.
b) Crê o autor do texto que àquele a quem mais (abalar) os efeitos da música é também quem mais conhece
as razões para temê-la.
c) Todos os ataques que contra a música se (promover) costumam partir dos que são extremamente
sensíveis aos seus poderes.
d) Está no texto a convicção, contra a qual a poucos (ocorrer) de se levantar, de que são irreprimíveis os
efeitos gerados pelo ritmo musical.
e) A música, independentemente dos que nela (ter) a atenção concentrada, acaba contagiando o ambiente
em que se a promova.
Comentário:
Na oração, o verbo deve concordar com o seu sujeito. Relembrados disso, vamos analisar cada frase:
A - A Aristóteles, Platão e a outros pensadores (impressionar) vivamente a magia encantatória dos ritmos e
das melodias musicais.
Incorreta – o verbo “impressionar” deve concordar com “magia”, que é o núcleo do seu sujeito, e não com
“pensadores”.
A frase com o verbo flexionado corretamente seria: A Aristóteles, Platão e a outros pensadores impressiona
vivamente a magia encantatória dos ritmos e das melodias musicais.
B - Crê o autor do texto que àquele a quem mais (abalar) os efeitos da música é também quem mais conhece
as razões para temê-la.
CORRETA – o sujeito do verbo “abalar” é o termo sublinhado: “efeitos”.
A frase seria: Crê o autor do texto que àquele a quem mais abalam os efeitos da música é também quem
mais conhece as razões para temê-la.
PORÉM, nessa oração há um erro: como o pronome “aquele” é sujeito do verbo “é”, que é verbo de ligação
e, portanto, não rege preposição, não há motivo para que tal pronome seja precedido de preposição a;
sendo assim, o sinal indicativo de crase na sua grafia está incorreto.
C - Todos os ataques que contra a música se (promover) costumam partir dos que são extremamente
sensíveis aos seus poderes.
Incorreta – nessa frase temos o verbo na voz passiva, devido ao vocábulo “se”, que é partícula apassivadora
nesse contexto. O sujeito do verbo entre parênteses é o pronome “que”, o qual está retomando “Todos os
ataques”, que, por sua vez, é com quem o verbo irá concordar.
A frase com a flexão correta é: Todos os ataques que contra a música se promoveram costumam partir dos
que são extremamente sensíveis aos seus poderes.
Para uma visão melhor da ideia de voz passiva, a frase pode ser reescrita na voz passiva analítica: Todos os
ataques que contra a música foram promovidos costumam partir dos que são extremamente sensíveis aos
seus poderes.
d) Está no texto a convicção, contra a qual a poucos (ocorrer) de se levantar, de que são irreprimíveis os
efeitos gerados pelo ritmo musical.
Incorreta – o verbo entre parênteses deve ser grafado na terceira pessoa do singular porque o seu sujeito é
a oração “se levantar contra a convicção de que são irreprimíveis (...) musical”.
Para melhor entendermos a oração no que diz respeito a quem é sujeito, verbo e predicado, faremos sua
reescrita com os termos na ordem sintática padrão:
Levantar-se contra a convicção de que são irreprimíveis os efeitos gerados pelo ritmo musical ocorre a
poucos.
e) A música, independentemente dos que nela (ter) a atenção concentrada, acaba contagiando o ambiente
em que se a promova.
Incorreta – o sujeito do verbo “ter” é “os” (de “dos que”). Tal pronome pode ser substituído por aqueles, o
que nos dará uma melhor compreensão da frase.
Vejamos a reescrita com a substituição do “os” e a flexão do verbo: A música, independentemente daqueles
que nela tenham a atenção concentrada, acaba contagiando o ambiente em que se a promova.
Gabarito: B
A ilusão de que uma metafísica calcada na ciência permitiria banir o mistério do mundo caducou − e agora? O
que nos resta fazer? Não se pode esperar da ciência respostas a inquietações que estão constitutivamente além
de seu horizonte de possibilidades. A ciência só se coloca problemas que ela é capaz, em princípio, de resolver,
ou seja, questões que se prestam a um tratamento empírico-dedutivo e cujas respostas admitem a possibilidade
da refutação.
Há um equívoco em abordar as extraordinárias conquistas do método científico com o olhar expectante da busca
religiosa ou metafísica. Ao mesmo tempo, contudo, parece simplesmente descabida, além de irrealista, a
pretensão de se limitar a esfera do que é pertinente inquirir à província da investigação científica, como se a
ciência gozasse da prerrogativa de definir ou demarcar o âmbito do que há para ser explicado no mundo. Uma
coisa é dizer que o animal humano partilha dos mesmos objetivos básicos − sobreviver e reproduzir das demais
formas de vida; outra, muito distinta, é afirmar que “nenhuma espécie, inclusive a nossa, possui um propósito
que vá além dos imperativos criados por sua história genética” e que, portanto, a espécie humana “carece de
qualquer objetivo externo à sua própria natureza biológica”: pois, ao dar esse passo, saltamos da observação
ao decreto e da constatação ao cerceamento da busca.
A teima interrogante do saber não admite ser detida e barrada, como contrabando ou imigrante clandestino,
pela polícia da fronteira na divisa onde findam os porquês da ciência.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo:
Companhia das Letras, 2016, p. 37-38)
Há presença de forma verbal na voz passiva e pleno atendimento às normas de concordância na seguinte
frase:
a) Reservam-se aos cientistas a prerrogativa de investigar os fenômenos valendo-se do método dedutivo.
b) Haverá de ocorrer, a cada vez que se espera demais da ciência, reações frustradas pela falta de resposta.
c) Não se deve imaginar, obviamente, que caibam aos métodos científicos atender a inquirições metafísicas.
d) Ao se identificarem nossos objetivos com os dos animais, em nada se reduz a altura da nossa consciência.
e) Os limites que não se admitem impor-se ao conhecimento são por vezes desconsiderados.
Comentário:
Analisando as frases:
a) Reservam-se aos cientistas a prerrogativa de investigar os fenômenos valendo-se do método dedutivo.
Incorreta – a forma verbal “Reservam-se” está incorreta porque deve concordar com o seu sujeito
“prerrogativa”, sendo grafado no singular: Reserva-se aos cientistas a prerrogativa...
b) Haverá de ocorrer, a cada vez que se espera demais da ciência, reações frustradas pela falta de resposta.
Incorreta – para relembrar, o verbo haver, com sentido de existir, é impessoal, não tem sujeito, porém esse
não é o caso. O verbo “Haverá” é, nessa frase, o verbo auxiliar de uma locução verbal, portanto deve sofrer
flexão concordando com o seu sujeito, cujo núcleo é “reações. A frase correta é: Haverão de ocorrer (...)
reações frustradas pela falta de resposta.
c) Não se deve imaginar, obviamente, que caibam aos métodos científicos atender a inquirições metafísicas.
Incorreta: vale relembrar que quando se tem um sujeito oracional, o verbo deve ser grafado na terceira
pessoa do singular.
O verbo “caibam” está flexionado incorretamente, pois o seu sujeito é a oração “atender inquirições
metafísicas” e, dessa forma, a frase grafada corretamente é: Não se deve imaginar, obviamente, que caiba
aos métodos científicos atender a inquirições metafísicas.
d) Ao se identificarem nossos objetivos com os dos animais, em nada se reduz a altura da nossa consciência.
CORRETA: todos os elementos da oração estão em correta concordância.
e) Os limites que não se admitem impor-se ao conhecimento são por vezes desconsiderados.
Incorreta – essa frase é um pouco mais complicada para compreendermos as relações de concordância
porque temos verbos na voz passiva e na voz ativa e, ainda, temos sujeito oracional. Vejamos cada verbo:
“se admitem” – flexão incorreta porque o sujeito é uma oração: “impor-se ao conhecimento”.
“impor-se” – flexão incorreta porque o sujeito é o “que”, que está retomando “limites”. A forma verbal
“impor-se” deve, então, ser grafada no plural: imporem-se. Além disso, trata-se de um verbo na voz passiva
sintética (são impostos).
“são” – flexão correta concordando com “limites”.
A frase correta é: Os limites que não se admite imporem-se ao conhecimento são por vezes
desconsiderados.
Gabarito: D
Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar para 70% até 2050.
Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis. As cidades representam 80% do Produto
Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos, o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30%
do PIB do país.
Mas o sucesso tem sempre um custo – e as cidades não são exceção, segundo análise do Fórum Econômico
Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e desigualdade persistente são alguns dos
problemas das cidades modernas. Recentemente, entraram na equação as consequências da transformação
digital. Há quem fale sobre uma futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam
essa possibilidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como vão
moldar a economia mundial.
A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligentes como Tallinn, na
Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o governo local via plataformas
digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos, por exemplo. Programas similares
em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma espécie de “governo 4.0”.
Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais possibilitam acesso,
abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmente irão mudar a forma como os
governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de:“5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível
em: https://epocanegocios.globo.com)
Está redigido em conformidade com a concordância da norma-padrão o livre comentário sobre o texto:
a) Os cidadãos de algumas cidades inteligentes já se faz ouvir por meio de plataformas digitais.
b) Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental, desigualdade persistente, tudo afetam as
cidades modernas.
c) Quando consultado pelo Fórum, os especialistas discorreram sobre como as cidades vão se adaptar à era
da digitalização.
d) É possível que a vida das pessoas nas cidades se tornem mais fáceis serem vividas com a digitalização.
e) Segundo algumas previsões, 70% da população mundial deverá habitar as cidades até 2050.
Comentário:
A - Os cidadãos de algumas cidades inteligentes já se faz ouvir por meio de plataformas digitais.
Incorreta - a expressão verbal “se faz ouvir” deve ser grafada no plural para concordar com o núcleo do
sujeito “Os cidadãos”.
Correção: Os cidadãos de algumas cidades inteligentes já se fazem ouvir por meio de plataformas digitais.
B - Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental, desigualdade persistente, tudo afetam as
cidades modernas.
Incorreta: a forma verbal “afetam” deve ser grafada no singular para concordar com “tudo”.
Correção: Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental, desigualdade persistente, tudo afeta
as cidades modernas.
C - Quando consultado pelo Fórum, os especialistas discorreram sobre como as cidades vão se adaptar à era
da digitalização.
Incorreta: o termo “consultado” deve ser grafado no plural para concordar com “os especialistas”. Temos
aqui uma locução verbal com verbo auxiliar implícito: foram consultados.
Para entendermos melhor, vamos explicitá-lo e colocar o seu sujeito mais próximo: Quando os especialistas
(foram) consultados pelo Fórum
Correção: Quando consultados pelo Fórum, os especialistas discorreram sobre como as cidades vão se
adaptar à era da digitalização.
D - É possível que a vida das pessoas nas cidades se tornem mais fáceis serem vividas com a digitalização.
Incorreta: toda a expressão “se tornem mais fáceis de serem vividas” deve ser grafada no singular para
concordar com o núcleo do sujeito “vida”. O sujeito completo é “a vida das pessoas nas cidades”, o que
confunde um pouco a compreensão da concordância, mas devemos sempre focar no núcleo do sujeito.
Correção: É possível que a vida das pessoas nas cidades se torne mais fácil ser vivida com a digitalização.
E - Segundo algumas previsões, 70% da população mundial deverá habitar as cidades até 2050.
CORRETA – vale lembrar que, na concordância com porcentagem, o verbo poderá concordar tanto com o
complemento dela (da população mundial), sendo grafado no singular, quanto com o numeral (70%),
situação em que o verbo seria grafado no plural.
Outra forma de escrita: Segundo algumas previsões, 70% da população mundial deverão habitar as cidades
até 2050.
Gabarito: E
D - Quando a criança não é vacinada contra determinada doença, sua saúde fica gravemente
comprometido.
Incorreta – o termo “comprometido” deve ser grafado no feminino para concordar com “saúde”.
Correção: Quando a criança não é vacinada contra determinada doença, sua saúde fica gravemente
comprometida.
e) Nos últimos anos, tem sido registrado uma queda na cobertura vacinal de crianças menores de dois anos.
Incorreta – o elemento “registrado” deve ser grafado no feminino para concordar com “queda”.
Correção: Nos últimos anos, tem sido registrada uma queda na cobertura vacinal de crianças menores de
dois anos.
Gabarito: C
Uma mudança ocorrida no último meio século foi o aparecimento do museu que constitui, por si só, uma grande
atração cultural, independentemente do conteúdo a ser exibido em seu interior. Esses edifícios espetaculares e
em geral arrojados vêm sendo construídos por arquitetos de estima universal e se destinam a criar grandes polos
globais de atração cultural em centros em tudo o mais periféricos e pouco atrativos. O que acontece dentro
desses museus é irrelevante ou secundário. Um exemplo disso ocorreu na cidade de Bilbao. Em tudo o mais
praticamente inexpressiva, nos anos 1990 ela transformou-se num polo turístico global graças ao Museu
Guggenheim, do arquiteto Frank Gehry. A arte visual contemporânea, desde o esgotamento do modernismo
nos anos 1950, considera adequados e agradáveis para exposições esses espaços que exageram a própria
importância e são funcionalmente incertos. Não obstante, coleções de grande significado para a humanidade,
expostas, por exemplo, no Museu do Prado, ainda não precisam recorrer a ambientes de acrobacia
arquitetônica.
(Adaptado de: HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados: Cultura e sociedade no século XX. São Paulo:
Companhia das Letras, 2013, edição digital)
e) Museus como o de Bilbao, cujo edifício de fachadas ousadas constituem, a despeito do acervo exposto,
uma atração cultural em si.
Comentário:
A - A partir do fim do modernismo, considera-se apropriado para exposições de arte visual certos espaços
cuja importância é superestimada.
Incorreta – a expressão verbal “considera-se apropriado”, cujo verbo está na voz passiva sintética, deve ser
grafada no plural para concordar com “certos espaços”.
Correção - A partir do fim do modernismo, consideram-se apropriados para exposições de arte visual certos
espaços cuja importância é superestimada.
B - Surge, em locais muitas vezes pouco chamativos, edifícios de arquitetura espetacular e arrojados, com
o intuito de criar grandes centros de turismo cultural.
Incorreta – a forma verbal “Surge” deve ser grafada no plural para concordar com o núcleo de seu sujeito
“edifícios”.
Correção: Surgem, em locais muitas vezes pouco chamativos, edifícios de arquitetura espetacular e
arrojados, com o intuito de criar grandes centros de turismo cultural.
C - Encontram-se no acervo de alguns museus, como o do Prado, obras de grande relevância para a
humanidade.
CORRETA – todos os elementos verbais e não verbais dessa frase estão em correta concordância.
D - Cidades pouco chamativas como Bilbao, podem se transformar em polos turísticos devido à atrações
arquitetônicas.
Incorreta – quanto à concordância, não há incorreção nessa frase. Porém, identificamos falta de vírgula
antes de “como”, para isolar o elemento de exemplificação “como Bilbao”. E o sinal indicativo de crase está
incorreto porque o termo “atrações” não está precedido de artigo definido, há antes dele somente a
preposição ‘a’, regida pelo termo “devido”, sendo assim, não ocorre a contração de preposição mais artigo
que resultaria no referido sinal.
Correção: Cidades pouco chamativas, como Bilbao, podem se transformar em polos turísticos devido a
atrações arquitetônicas.
E - Museus como o de Bilbao, cujo edifício de fachadas ousadas constituem, a despeito do acervo exposto,
uma atração cultural em si.
Incorreta – a forma verbal “constituem” deve ser grafada no singular para concordar com “edifício”. O
edifício de fachadas ousadas constitui uma atração...
Correção: Museus como o de Bilbao, cujo edifício de fachadas ousadas constitui, a despeito do acervo
exposto, uma atração cultural em si.
Gabarito: C
É isso, mas também aquilo. Não obstante o abacaxi, temos o pepino. Posto que A seja indiscutível, deve-se
levar em conta que B, somado a C, cria um cenário em que D pode se impor de certa forma como desejável,
ressalvados E e F. Só depois desse percurso, claro, chegaremos ao ponto G.
O parágrafo anterior satiriza a ponderação de forma fácil e injusta, mas duvido que muita gente se
incomode com isso. Sinônimo de circunspecção reflexiva, equilíbrio, prudência, a ponderação é hoje a mais
desmoralizada das virtudes. Precisamos reabilitar a ponderação, nem que seja apenas como subproduto da
perplexidade, aquilo que faz o marinheiro do samba levar o barco devagar sempre que o nevoeiro é denso.
O fogo selvagem que inflamou ao longo da história as turbas linchadoras do diferente que é visto como
ameaça − corporificado em bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos − é hoje
condenado por (quase) todo mundo. No entanto, o mesmo fogo selvagem inflama as turbas linchadoras
que se julgam investidas do direito sagrado de vingar bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos,
ciganos, gagos etc. Quem acha que o primeiro fogo é ruim e o segundo é bom não entendeu nada.
Representa um inegável avanço civilizatório a exposição, nas redes sociais, de comportamentos opressivos
ancestrais que sempre estiveram naturalizados em forma de assédio, desrespeito, piadinhas torpes e
preconceitos variados. Ao mesmo tempo, é um claro retrocesso que o avanço se dê à custa da supressão do
direito de defesa e do infinito potencial de injustiça contido no poder supremo de um juiz sem rosto.
(Adaptado de: RODRIGUES, Sergio. Folha de S. Paulo, 16/11/2017)
Tempo é dinheiro
O primeiro relógio mecânico de que se tem registro − um artefato movido pelo escoamento da água sobre uma
roda − foi inventado no século VIII por um matemático e monge budista chinês chamado Yi Xing. Mas, quando
os missionários jesuítas portugueses introduziram na China, no século XVI, o relógio mecânico acionado por
pesos e cordas, a novidade provocou sensação e assombro na corte imperial. Mais do que qualquer outra
novidade tecnológica europeia, o aparelho deslumbrou os até então reticentes chineses não só pelo engenho e
precisão, mas como fonte de enlevo e contemplação.
Os relógios europeus foram recebidos pelos chineses como um convite, um estímulo à meditação sobre o fluxo
da existência, e foram tratados como verdadeiros brinquedos metafísicos. Jamais lhes ocorreu, porém, a ideia
de tirar proveito daquele dispositivo visando disciplinar a jornada de trabalho, impor o ritmo dos negócios ou
pautar a circulação das riquezas entre os consumidores.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo:
Companhia das Letras, 2016, p. 154)
Há adequada transposição de uma voz verbal para outra e plena observância da concordância verbal em:
a) Coube aos chineses inventar o primeiro relógio mecânico / Aos chineses couberam ter inventado o
primeiro relógio mecânico.
b) No artefato chinês, o escoamento das águas movia uma roda / O escoamento das águas, no artefato
chinês, haviam de mover uma roda.
c) Aos chineses deslumbrou o componente poético do relógio português / Com o relógio português,
deslumbraram aos chineses seu componente poético.
d) Ao longo dos séculos, o relógio acabou subordinando os homens ao seu ritmo / Os homens acabaram
sendo subordinados, ao longo dos séculos, ao ritmo do relógio.
e) O proveito que é tirado de certas invenções nem sempre beneficia a todos / Nem todos tiram de certas
invenções o proveito que os beneficiariam.
Comentário:
Vale lembrar aqui que só é possível a transposição de uma oração na voz ativa para a voz passiva quando o
verbo dessa oração é transitivo direto ou bitransitivo. Isso porque o objeto direto do verbo na voz ativa passa
a ser o sujeito da oração na voz passiva e o sujeito do verbo na ativa passa a agente da passiva. Cientes disso,
vamos analisar cada oração:
A - Coube aos chineses inventar o primeiro relógio mecânico / Aos chineses couberam ter inventado o
primeiro relógio mecânico.
Incorreta – o verbo coube é transitivo indireto, portanto não é possível que a transposição seja feita. Ocorreu
apenas a substituição do verbo “inventar” por uma locução verbal “ter inventado” e a movimentação dos
sintagmas na frase. Outro ponto a ser ressaltado é que o verbo “couberam” deve ser grafado no singular
para concordar com o seu sujeito, que é oracional: “ter inventado o primeiro relógio mecânico”.
Frase correta: Aos chineses coube ter inventado o primeiro relógio mecânico.
B - No artefato chinês, o escoamento das águas movia uma roda / O escoamento das águas, no artefato
chinês, haviam de mover uma roda.
Incorreta: o verbo haver é transitivo direto, portanto seria possível a transposição, mas, ATENÇÃO, não
ocorreu a transposição da voz do verbo, uma vez que o sujeito permanece o mesmo da primeira frase. Houve
apenas a substituição do verbo “movia” por “haviam de mover” e a alteração de lugar dos elementos da
frase.
O verbo ‘haver’ é o verbo auxiliar da locução verbal “haviam de mover”, o sujeito da locução é “O
escoamento das águas”, que está no singular, sendo assim, tal locução deve ser grafada no singular.
Frase correta: O escoamento das águas, no artefato chinês, havia de mover uma roda.
A frase transposta seria: Uma roda era movida pelo escoamento das águas no artefato chinês.
C - Aos chineses deslumbrou o componente poético do relógio português / Com o relógio português,
deslumbraram aos chineses seu componente poético.
Incorreta – o verbo ‘deslumbrar’ é transitivo direto ou intransitivo, a depender do contexto, mas ele foi
empregado na primeira frase como transitivo indireto, portanto a transposição não pode ser feita para a voz
passiva. Outro ponto é que, na segunda frase, o verbo “deslumbraram” está com erro de concordância, pois
deveria estar grafado no singular para concordar com “seu componente poético”.
Frase correta: Com o relógio português, deslumbrou aos chineses seu componente poético.
D - Ao longo dos séculos, o relógio acabou subordinando os homens ao seu ritmo / Os homens acabaram
sendo subordinados, ao longo dos séculos, ao ritmo do relógio.
CORRETA – a locução verbal “acabou subordinando” é bitransitiva, sendo seu objeto direto “os homens” e
o indireto “ao seu ritmo”, seu sujeito é “o relógio”. Na transposição, o objeto direto passou a sujeito e o
sujeito a agente da passiva.
E - O proveito que é tirado de certas invenções nem sempre beneficia a todos / Nem todos tiram de certas
invenções o proveito que os beneficiariam.
Incorreta – para entendermos melhor, vamos desmembrar a primeira frase:
‘O proveito é tirado de certas invenções.’ – frase já na voz passiva, a voz ativa seria: Certas invenções tiram
proveito.
‘O proveito nem sempre beneficia a todos.’ – frase na voz ativa, mas com verbo transitivo indireto, o que
não permite a transposição.
A segunda frase foi escrita toda na voz ativa, houve apenas a sua reestruturação, porém o verbo
“beneficiariam” está com erro de concordância. Ele deve ser grafado no singular para concordar com
“proveito”.
Gabarito: D
Vozes verbais
Questão 8
FCC - Assistente de Gestão Pública (Pref. Recife)/2019
Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar para 70% até 2050.
Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis. As cidades representam 80% do Produto
Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos, o corredor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30%
do PIB do país.
Mas o sucesso tem sempre um custo – e as cidades não são exceção, segundo análise do Fórum Econômico
Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e desigualdade persistente são alguns dos
problemas das cidades modernas. Recentemente, entraram na equação as consequências da transformação
digital. Há quem fale sobre uma futura desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam
essa possibilidade. Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como vão
moldar a economia mundial.
A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligentes como Tallinn, na
Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o governo local via plataformas
digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos, por exemplo. Programas similares
em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma espécie de “governo 4.0”.
Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais possibilitam acesso,
abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmente irão mudar a forma como os
governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de:“5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível
em: https://epocanegocios.globo.com)
Ao transpor para a voz passiva a oração permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos, a
forma verbal correspondente será
a) são permitidas.
b) será permitida.
c) são permitidos.
d) é permitido.
e) serão permitidos.
Comentário:
É importante lembrar aqui que, na transposição da voz ativa para a passiva, o verbo conserva o mesmo
tempo verbal e o objeto direto passa a sujeito da passiva. Além disso, o verbo na voz passiva é uma locução
verbal formada por verbo auxiliar ser/estar mais verbo da ativa conjugado no particípio como verbo
principal. Sendo assim, vejamos:
- a oração base é: “permitem a assinatura de contratos e o pagamento de impostos.”
O objeto dessa oração é “a assinatura de contratos e o pagamento de impostos”. Colocando-o como o
sujeito da oração na voz passiva e o verbo “permite”, que está no presente, com a formação de voz passiva
analítica, temos: A assinatura de contratos e o pagamento de impostos são permitidos.
O termo “permitidas”, como consta na letra A, não é possível porque o sujeito é composto com dois núcleos
de gêneros diferentes (assinatura; pagamento), nesse caso prevalece a concordância no masculino.
O gabarito para essa questão é, portanto, a letra C.
Gabarito: C
Vozes do verbo
Questão 9
FCC - Analista em Gestão (DPE AM)/Especializado de Defensoria/Ciências Contábeis/2018
As crianças gostam de brincadeiras que sejam imitativas e repetitivas, mas, ao mesmo tempo, inovadoras.
Firmam-se no que lhes é conhecido e seguro, e exploram o que é novo e nunca foi experimentado.
O termo “arremedo” pode implicar algum grau de intenção, mas imitar, ecoar ou reproduzir são
propensões psicológicas (e até fisiológicas) universais que vemos em todo ser humano e em muitos
animais.
Merlin Donald, em Origens do pensamento moderno, faz uma distinção entre arremedo, imitação e
mimese: o arremedo é literal, uma tentativa de produzir uma duplicata o mais exata possível.
A imitação não é tão literal quanto o arremedo. A mimese adiciona uma dimensão representativa à
imitação. Em geral, incorpora o arremedo e a imitação a um fim superior, o de reencenar e representar um
evento ou relação. O arremedo, segundo Donald, é visto em muitos animais; a imitação, em macacos e
grandes primatas não humanos; a mimese, apenas no ser humano. A imitação, que tem um papel
fundamental nas artes cênicas, onde a prática, a repetição e o ensaio incessantes são imprescindíveis,
também é importante na pintura e na composição musical e escrita. Todos os artistas jovens buscam
modelos durante os anos de aprendizado. Nesse sentido, toda arte começa como “derivada”: é fortemente
influenciada pelos modelos admirados e emulados, ou até diretamente imitados ou parafraseados.
Mas por que, de cada cem jovens músicos talentosos ou de cada cem jovens cientistas brilhantes, apenas
um punhado irá produzir composições musicais memoráveis ou fazer descobertas científicas fundamentais?
Será que a maioria desses jovens, apesar de seus dons, carece de alguma centelha criativa adicional? Será
que lhes faltam características que talvez sejam essenciais para a realização criativa, por exemplo, audácia,
confiança, pensamento independente?
A criatividade envolve não só anos de preparação e treinamento conscientes, mas também de preparação
inconsciente. Esse período de incubação é essencial para permitir que o subconsciente assimile e incorpore
influências, que as reorganize em algo pessoal. Na abertura de Rienzi, de Wagner, quase podemos
identificar todo esse processo. Há ecos, imitações, paráfrases de Rossini, Schumann e outros − as influências
musicais de seu aprendizado. E então, de súbito, ouvimos a voz de Wagner: potente, extraordinária (ainda
que horrível, na minha opinião), uma voz genial, sem precedentes.
Todos nós, em algum grau, fazemos empréstimos de terceiros, da cultura à nossa volta. As ideias estão no
ar, e nos apropriamos, muitas vezes sem perceber, de frases e da linguagem da época. A própria língua é
emprestada: não a inventamos. Nós a descobrimos, ainda que possamos usá-la e interpretá-la de modos
muito individuais. O que está em questão não é “emprestar” ou “imitar”, ser “derivado”, ser “influenciado”,
e sim o que se faz com aquilo que é tomado de empréstimo.
(Adaptado de: SACKS, Oliver. O rio da consciência. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo: Cia. das Letras,
2017, ed. digital)
“a voz de Wagner” como objeto direto. (lembrando que ele deverá ser o sujeito da passiva)
“ouvimos” é o verbo. (que deverá ser substituído por uma uma locução verbal composta por ser/estar como
auxiliar e esse verbo no particípio como principal, mantendo-se o tempo verbal)
O sujeito dessa frase está implícito, mas pode ser percebido pela desinência número pessoal do verbo “-
mos”, de “ouvimos”, que é indicativa de primeira pessoa do plural nós.
Transformando a frase toda para voz passiva, temos:
E então, de súbito, a voz de Wagner é ouvida por nós.
A forma verbal resultante, então, é “é ouvida”, como consta na letra C.
Gabarito: C
Concordância nominal
Questão 10
FCC - Estagiário (SABESP)/Ensino Médio Técnico/2018
8 – REVISÃO ESTRATÉGICA
8.1 PERGUNTAS
1. Conceitue concordância.
2. Como se dá a concordância nominal?
3. Cite 3 casos especiais que são exceções de concordância nominal.
4. Como se dá a concordância verbal?
5. Como funciona a concordância verbal em caso de o sujeito ser composto por pessoas diferentes?
6. Em caso de sujeito composto posposto ao verbo, como funcionaria a concordância?
7. Dentro dos casos especiais de concordância verbal, como funciona a concordância do verbo com o
sujeito formado por substantivo coletivo, por núcleo fracionário ou percentual ou por núcleo partitivo?
8. Com o verbo “ser”, como se dá a concordância?
9. As vozes verbais são: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva. Qual a diferença entre a voz passiva e a
voz ativa?
10. Qual é a diferença entre voz passiva e voz reflexiva?
1. Conceitue concordância.
Concordância é o princípio sintático segundo o qual as palavras dependentes se combinam, nas suas flexões,
com as palavras de que dependem. Ocorre quanto ao gênero e número (nos nomes), e pessoa e número
(nos verbos).
substantivos, a concordância pode ser feita com o adjetivo no plural ou com o adjetivo concordando com o
substantivo mais próximo.
- Na concordância com a palavra “só”, se ela equivaler a “sozinho”, concordará com o nome a que se refere;
se ela equivaler a “somente” ou “apenas”, terá função adverbial e será, portanto, invariável.
5. Como funciona a concordância verbal em caso de o sujeito ser composto por pessoas diferentes?
Há uma ordem de prevalência: a 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª e a 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª.
7. Dentro dos casos especiais de concordância verbal, como funciona a concordância do verbo com o
sujeito formado por substantivo coletivo, por núcleo fracionário ou percentual ou por núcleo partitivo?
Nesses casos o verbo poderá concordar tanto com o termo coletivo, fracionário ou percentual (com o
numeral) ou partitivo quanto com o adjunto adnominal que o acompanhar, permanecendo no singular ou
indo para o plural.
9. As vozes verbais são: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva. Qual a diferença entre a voz passiva e a
voz ativa?
Na voz ativa o sujeito é o agente da ação expressa pelo verbo, já na voz passiva o sujeito é paciente, ou seja,
ele sofre a ação expressa pelo verbo.
Servidores, chegamos ao final de mais uma aula. Façam uma boa revisão dos conceitos vistos hoje
para gabaritarem as provas de Língua Portuguesa.
Na próxima aula, continuaremos avançando gradativamente, de modo a visitar cada tópico cobrado
pelas bancas examinadoras. Estejam atentos aos percentuais estatísticos de cobrança para
direcionarem seus estudos, ok?
Forte abraço!