MEDsimple - Manual de Cirurgia Do Aparelho Digestivo
MEDsimple - Manual de Cirurgia Do Aparelho Digestivo
MEDsimple - Manual de Cirurgia Do Aparelho Digestivo
APARELHO DIGESTIVO
Passo-a-passo para diagnóstico e conduta
1a edição
2023
Faaaaala, Doc! 💡
Ansioso para começar a usar o seu mais novo Manual de
Cirurgia do Aparelho Digestivo da MEDSimple? Antes, só
deixa a gente te mostrar o que ele tem de melhor!
1
🔹 Primeiro suspeite
🔹 Depois faça uma investigação direcionada 🔎
🔹 Classifique 🗃:
🔹 E, então, siga as condutas adequadas, não só de
tratamento, mas também de orientação e cuidados
com o paciente !
2
🔹 Aquela pergunta que você esqueceu de fazer para o
paciente
🔹 Um detalhe que você não viu no exame físico
🔹 Ou você não tinha o raciocínio diagnóstico na
cabeça
🔹 O paciente já foi embora e você nem lembrou de
dar aquela orientação para ele.
3
SUMÁRIO
Esôfago 6
Acalasia 6
Disfagias Benignas 16
Divertículo de Zenker 16
Divertículo Epifrênico 20
Síndrome de Plummer Vinson 22
Anel de Schatzki 24
Câncer de Esôfago 25
Carcinoma escamocelular 30
Adenocarcinoma 32
Doença do Refluxo Gastroesofágico 35
Hérnia Hiatal 40
Estômago 43
Doença Ulcerosa Péptica 43
Câncer Gástrico 61
Adenocarcinoma 61
GIST 71
Linfoma MALT 73
Pâncreas 74
Tumor da Cabeça do Pâncreas 74
Tumor de Cauda do Pâncreas 80
Fígado 81
Lesões hepáticas benignas 81
Hemangioma 82
Hiperplasia Nodular Focal 84
Adenoma 86
4
Lesões hepáticas malignas 88
Metástases hepáticas 88
Carcinoma Hepatocelular 91
Transplante hepático 99
Vesícula biliar e vias biliares 104
Colelitíase 104
Colecistolitíase 109
Colecistite Aguda 113
Coledocolitíase 119
Colangite 123
Íleo Biliar 125
Síndrome de Mirizzi 128
Pólipo da vesícula biliar 131
Câncer da Vesícula Biliar 132
Colangiocarcinoma 136
Intestino 139
Pólipos Intestinais 139
Síndrome de Peutz-Jeghers 142
Pólipos adenomatosos 145
Polipose Adenomatosa Familiar 146
Tumor Colorretal 148
Doenças Orificiais 156
Doença hemorroidária 156
Hemorroidas internas 157
Hemorroidas externas 163
Fissura anal 166
Abscesso Anorretal 170
Fístula Anorretal 173
Cirurgia Bariátrica 176
Referências 180
5
Esôfago
Acalasia
6
Normal x acalasia
Fonte: https://www.dssurgery.com/hernia-surgery/achalasia/
8
Megaesôfago com sinal do “bico de pássaro”
Fonte: https://www.drfredericocampos.com/poem
Manometria esofágica
Fonte: https://institutoendovitta.com.br/vantagens-da-manometria-esofagica-de-alta-resolucao/
9
Manometria esofágica
Fonte: https://institutoendovitta.com.br/vantagens-da-manometria-esofagica-de-alta-resolucao/
10
Manometria de alta resolução
Fonte: https://institutoendovitta.com.br/vantagens-da-manometria-esofagica-de-alta-resolucao/
Fonte: https://iad.com.br/exames/manometria-de-alta-resolucao/
11
✔Classificação 🗃:
🔹 Classificação de Rezende
■ Grau I ➡ esôfago hipotônico (sem dilatação e
poucas ondas terciárias)
■ Grau II ➡ dilatado moderadamente e
apresentando ondas terciárias frequentes
■ Grau III ➡ esôfago dilatado e apresentando
aspecto de "bico de pássaro" da cárdia
■ Grau IV – dolicomegaesôfago acinético (e
aspecto de " bico de pássaro "), com desvio
do eixo longitudinal
🔹 Classificação de Ferreira-Santos:
■ Grau I ➡ até 4 cm de calibre esofágico
■ Grau II ➡ 4-7 cm
■ Grau III ➡ 7-10 cm
■ Grau IV ➡ >10 cm
12
🔹 Classificação Manométrica
■ Incipiente (corresponde ao grau I de Rezende)
■ Não avançada (graus II e III)
■ Avançada (grau IV)
Fonte: https://www.scielo.br/j/abcd/a/8FxFM5QxPcWNxsCGvrGQBDH/?format=pdf&lang=pt
✔Conduta :
Fonte: https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-030-12823-4_48
Cardiomiotomia de Heller-Pinotti
Fonte:
https://www.semanticscholar.org/paper/Heller-Pinotti%2C-a-modified-partial-fundoplication-Bianchi-Sallum/
2dc69ceccd1448603a16eba8e184cb5e5b772bdd
14
*Se alto risco e necessidade de reabilitação nutricional pode
ser feita dilatação em ponte (dilatação endoscópica →
reabilitação → cardiomiotomia)
3. Esofagectomia
🔹 Outras opções:
■ Cardiomiotomia
■ Cirurgia de Serra Dória
🔹 Anastomose de esôfago distal
com fundo gástrico +
gastrectomia com derivação
em Y de Roux
■ Cirurgia de Thal Hatafuku
🔹 Cardioplastia da estenose
15
Disfagias Benignas
Divertículo de Zenker
(Ludlow/Killian/Jamieson)
Fonte: https://www.otoscape.com/eponyms/laimer-s-triangle.html
16
Formação do divertículo de Zenker
Fonte: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/81737/2/37501.pdf
Fonte: https://www.scielo.br/j/rcbc/a/RwtgDkJtZHSFPtwCg9BrvqG/?lang=pt#ModalFigfig1
✔Conduta :
18
Tratamento cirúrgico do divertículo de Zenker
Fonte: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/81737/2/37501.pdf
19
Divertículo Epifrênico
Fonte :https://cbcsp.org.br/wp-content/uploads/2016/aulas/Diverticulos_Esofagianos.pdf
20
✔Como proceder para esclarecer o diagnóstico 🔎:
✔Conduta :
1. Reeducação alimentar
2. Miotomia (se indicado)
3. Diverticulectomia (se indicado)
🔹 +/- fundoplicatura (prevenir fístulas e refluxo)
21
Síndrome de Plummer Vinson
Fonte: https://endoscopiaterapeutica.com.br/acerta-esse/
✔Conduta :
22
1. Tratar e investigar anemia
2. Dilatação endoscópica
23
Anel de Schatzki
Fonte: https://www.scielo.br/j/abcd/a/YgMLSdCYBDg9xQ3Fy8FSqRs/?lang=pt#ModalFigfig03
✔Conduta :
1. Dilatação endoscópica
24
Câncer de Esôfago
25
■ Lesão (muitas vezes estenosante)
🔹 Tumoral
🔹 Ulcerada
🔹 Infiltrativa
🔹 Vegetativa
■ Localização, tamanho
■ Biópsia
🔹 Confirmação
🔹 Tipo histológico
🔹 Tomografia de pescoço, tórax e abdome
■ Estadiamento (TNM)
■ Investigar metástase
🔹 Locais mais comuns:
■ Fígado
■ Pulmões
■ Linfonodos
🔹 Se doença precoce ➡ ecoendoscopia
■ Tamanho e linfonodos
■ Avaliar tratamento endoscópico
🔹 PET-CT
■ Linfonodos distantes do esôfago
■ Solicitar sempre que disponível
Se CEC (esôfago médio):
🔹 Broncoscopia
■ Investigar invasão traqueal (esôfago médio)
🔹 Fibroscopia
■ Oro/naso/laringoscopia
■ Investigar câncer de cabeça e pescoço
(mesmos fatores de risco)
26
✔Classificação 🗃:
Tipos histológicos:
🔹 Carcinoma escamocelular (mais comum)
🔹 Adenocarcinoma
Estadiamento TNM para Câncer de Esôfago
Fonte: https://jtd.amegroups.com/article/view/2262/html
✔Conduta :
Se muito precoce:
1. Avaliar tratamento endoscópico
27
Doença localizada ou precoce não ressecável por
endoscopia:
2. Terapia trimodal (Cross Trial)
🔹 Quimio+radioterapia neoadjuvante
■ Em T2N0 considerar cirurgia direto
🔹 +Esofagectomia
■ Videoassistida em 3 campos
🔹 Linfadenectomia torácica e
abdominal
■ Laparoscopia
■ Cervicotomia
🔹 Dissecção toracoscópica
póstero-lateral direita
■ Outras opções
🔹 Transhiatal
🔹 Transtorácica
🔹 Ivor Lewis
3. Reconstrução (neoesôfago)
🔹 Esofagogastroplastia
🔹 Esofagocólonplastia
4. Quimioterapia adjuvante se indicado)
🔹 >T3 ou N+ no anatomopatológico
28
■ Fígado
■ Peritônio
■ Pleura
Medidas:
🔹 Quimio/radioterapia (conter avanço do tumor)
🔹 Via alimentar
■ SNE, prótese
■ Gastro ou jejunostomia
🔹 Se sangramento ➡ radioterapia hemostática
🔹 Se fístula ➡ prótese
29
Carcinoma escamocelular
30
Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1282912919419855
■ Biópsia
🔹 Broncoscopia
■ Investigar invasão traqueal (esôfago médio)
🔹 Fibroscopia
■ Oro/naso/laringoscopia
■ Investigar câncer de cabeça e pescoço
(mesmos fatores de risco)
31
Adenocarcinoma
Clínica
🔹 Disfagia + sinais de alarme (ver no capítulo de CA de
esôfago)
32
Porções do esôfago e anatomia cirúrgica
Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1282912919419855
■ Biópsia
✔Classificação 🗃:
🔹 Classificação de Siewert (tumores de transição
esofago-gástrica - TEG)
➜ Distância de linha Z (transição epitélio
escamoso esofágico para colunar gástrico)
■ I ➡ 1-5 cm acima
■ II ➡ 1 cm acima - 2 cm abaixo (tumor de TEG)
■ III ➡ 2-5 cm abaixo (CA de estômago)
🔹 Tratar com gastrectomia
33
Classificação de Siewert
Fonte:
https://endoscopiaterapeutica.com.br/classificacao/siewert-lesoes-neoplasicas-da-juncao-esofagogastrica/
34
Doença do Refluxo Gastroesofágico
(Tratamento cirúrgico)
Refluxo gastroesofágico
Fonte: https://felipegastro.com.br/enciclopedia/hernia-de-hiato/
✔Indicações ✅
Relativas (considerar cirurgia, se)
🔹 DRGE refratária/falha/adesão difícil ao
tratamento clínico
■ Comportamental
🔹 Cabeceira elevada
🔹 Perda ponderal
🔹 Dieta
■ Medicamentoso
🔹 Omeprazol 40 mg/dia em jejum
35
Rever diagnóstico
■
🔹 Clínica
🔹 EDA
🔹 pHmetria, pH impedanciometria
🔹 Refluxo volumoso ou não ácido
🔹 Complicações
■ Esofagite C ou D
🔹 C ➡ Erosões contínuas entre ápices de
pelo menos 2 pregas
🔹 D ➡ Erosões ocupando ≥75% do órgão
*A- erosões <5mm e B- >5mm
■ Estenose
■ Esôfago de Barret
Fonte: https://www.grepmed.com/images/13202/egd-losangeles-esophagitis-diagnosis-grading
36
✔Contraindicações 🚫
✔Pré-operatório 📋
🔹 Pedir manometria
■ Avaliar doença funcional
🔹 Hipoperistalse
🔹 Hipocontratilidade
■ Influencia escolha da técnica
🔹 Avaliar presença de hérnia hiatal
✔ Cirurgia 😷:
1. Hiatoplastia
🔹 Sutura para redução da abertura do hiato
esofágico
2. Válvula antirrefluxo
🔹 Se sem hipomotilidade na manometria:
■ Fundoplicatura à Nissen
■ 360° com fundo gástrico
🔹 3-5 cm
■ Ou Floppy-Nissen
■ Usa liberação dos vv. breves
para aumentar mobilidade do
fundo
37
Hiatoplastia + Fundoplicatura a Nissen
Fonte: https://www.strattner.com.br/blog/cirurgia-laparoscopica-da-hernia-de-hiato/
🔹 Se hipomotilidade esofágica:
■ Válvula parcial
➜ Não prejudicar esvaziamento
esofágico
🔹 Dor ➡ 180° anterior
🔹 Lind-Toupet ➡ 270° posterior
🔹 Thal ➡ 270° anterior
Fundoplicatura de Nissen, Dor e Toupet
Fonte: https://resumidabc.blogspot.com/2017/02/cirurgia-da-doenca-do-refluxo.html
38
2. Piloroplastia (se indicado)
🔹 Evitar eructação (facilitar esvaziamento
gástrico)
✔ Complicações ⚠:
🔹 Pseudoacalasia pós-Nissen
■ Disfagia
➜ Falha técnica:
🔹 Válvula apertada (Nissen)
🔹 Hiato apertado
🔹 Estômago em ampulheta
➜ Avaliar no pré-operatório hipomotilidade
esofágica e fazer válvula parcial
🔹 Síndrome da bolha gasosa
■ Plenitude, saciedade precoce
■ Gastroparesia
➜ Dificuldade para eructar ao longo do dia
➜ Avaliar no pré-operatório dispepsia funcional
e considerar piloroplastia]
39
Hérnia Hiatal
✔Diagnóstico 🔎:
🔹 EDA
Hiato esofágico abaixo da linha Z (junção
■
esofago-gástrica - JEG)
🔹 Esofagograma
■ Diagnóstico e classificação
🔹 Se complexo, pode pedir TC
Hérnia de hiato e anatomia do esôfago
Fonte: https://felipegastro.com.br/enciclopedia/hernia-de-hiato/
✔Classificação 🗃:
Fonte: https://app.pulsenotes.com/medicine/gastroenterology/notes/hiatus-hernia
✔Conduta :
Tipo I (deslizamento):
1. Tratamento clínico
2. Cirúrgico só se for fazer cirurgia para DRGE
Paraesofágicas:
41
1. Cirurgia, (se indicado):
Indicações:
🔹 Indicação para DRGE
🔹 Sintomas mecânicos
➜ Risco de hérnia
encarcerada/estrangulada
■ Dor abdominal
■ Dor torácica
Técnica
🔹 Fundoplicatura à Nissen
42
Estômago
43
🔹 Síndrome de Zollinger Ellison
■ Gastrinoma (tumor neuroendócrino) ➡
↑ácidez gástrica
🔹 normalmente do pâncreas ou
duodeno
Fonte: http://metis.med.up.pt/index.php/Medicamentos_para_as_dores_%E2%80%93_os_perigos_dos_AINEs
44
🔹 Duodenal ➡ a. gastroduodenal e a.
pancreatoduodenal superior
■ Abdome agudo perfurativo
■ Estenose do piloro (duodenal)
🔹 Vômitos
■ Precoces, pós-alimentares
■ Grande quantidade
🔹 Alcalose hipoclorêmica
■ Perda de HCl
■ Diferenciar de dispepsia
■ Intensidade
■ Persistência, refratariedade
■ Relação com alimentação
■ Endoscopia Digestiva Alta (EDA)
■ Se gástrica ➡ biópsia (afastar câncer
gástrico)
■ Identificação de H. pylori
🔹 Teste de urease
🔹 Biópsia
🔹 Teste respiratório (não endoscópico)
■ Suspeitar de síndrome de Zollinger Ellison, se:
■ Múltiplas
■ Refratárias, reincidentes
■ Distais ao bulbo
■ Diarreia e sinais de alarme (câncer)
Diagnóstico
■ TC, RNM (às vezes não mostram o tumor)
■ Gastrinemia
🔹 Teste do cálcio ou da secretina
45
■ USG endoscópica ou intraoperatória
✔Classificação 🗃:
Fonte: https://endoscopiaterapeutica.com.br/como-tratar-ulcera-peptica-hemorragia/
46
Classificação de Forrest - imagens endoscopia
Fonte: https://www.mdpi.com/2077-0383/10/16/3527
Classificação de Johnson
■ Tipo I (55%) ➡ Pequena curvatura (incisura angularis
- corpo)
➜ Mais comum
■ Tipo II (25%) ➡ duodenal ou transição corpo/antro
(combinada)
■ Tipo III (15%) ➡ antral pré-pilórica
■ Tipo IV (5%) ➡ cárdia
■ Tipo V ➡ medicamentosa (diversas úlceras em
lugares variados)
47
Classificação de Johnson das Úlceras Pépticas
Fonte: https://clinicalgate.com/gastrectomy/
Classificação de Sakita
■ A (active - ativa)
■ A1
🔹 bordas: planas e nítidas
🔹 fundo: fibrina e restos necróticos
■ A2
🔹 bordas: bem definidas, elevadas,
nítidas
🔹 fundo: fibrina espessa e clara
■ H (healing - melhorando)
■ H1 ➡ fibrina tênue, convergência de pregas,
hiperemia marginal
■ H2 ➡ ilhas de tecido de regeneração com
convergência de pregas nítida e intensa
hiperemia marginal
48
■ S (scar - cicatriz)
■ S1 ➡ cicatriz vermelha, reação inflamatória
adjacente residual
■ S2 ➡ resolução do quadro, cicatriz branca,
retração adjacente variável
Fonte: https://drdiegobaima.com.br/ulcera-gastrica/
49
Classificação de Borrmann
Fonte: https://www.sbp.org.br/manual-de-laudos-histopatologicos/sistema-digestivo-estomago-neoplasias/
✔Conduta :
50
➜ Solicitar 2 concentrados
de hemácia (CH)
tipados para a agência
transfusional
➜ Se hipotenso ➡ solicitar
2 CH O- (extrema
urgência) e 2 tipados
■ Deixar noradrenalina
preparada, para caso
necessário
🔹 Ácido tranexâmico (transamin)
■ Anti-fibrinolítico (favorece a
coagulação)
■ Em até 3 horas
■ Bolus 1g (restante é diluído)
🔹 Outras medicações
🔹 Omeprazol 80 mg (dose de ataque)
➜ Reduzir acidez gástrica
3. Endoscopia digestiva alta
4. Tratamento endoscópico conforme Forrest
🔹 Baixo risco de ressangramento (II C e III) ➡
nenhuma intervenção
🔹 Risco intermediário (IIB - coágulo)
🔹 Remover coágulo e reclassificar
Forrest
🔹 Se não for possível, injeção de
adrenalina
🔹 Alto risco (IA, IB, IIA) ➡ dupla terapia
endoscópica
🔹 Adrenalina (injetar na base da úlcera)
🔹 +outro método hemostático
■ Eletrocauterização
51
■ Clipe metálico
■ Esclerose
5. Cirurgia (se indicado)
Indicações:
🔹 Insucesso de tratamento endoscópico
🔹 Ressangramento após >1 endoscopia
🔹 Persistência de instabilidade (impossibilidade
de endoscopia)
🔹 Ressangramento com instabilidade
Tipo:
🔹 Gastrotomia/duodenotomia
🔹 Ulcerorrafia
🔹 Considerar vagotomia e piloroplastia
52
Fonte: https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-030-41350-7_5
Tipos de gastrectomia
Fonte: http://gastriccancer.ca/patient/informational-resources/gastrectomy/
Antrectomia
54
Fonte: https://depts.washington.edu/surgstus/VirtualPt/surgeryhtml/201detail.htm
🔹 +/- vagotomia
➜ Diminuir ainda mais a acidez pela
remoção da inervação do n. vago
(acetilcolina promove acidez)
■ Principalmente se
hipercloridria (tipos II e III)
Tipos
■ Troncular
■ Seletiva
■ Superseletiva
Complicações
■ Diminuição do trânsito intestinal
(↓peristalse)
■ Espasticidade do piloro (prejudicando
mais ainda o trânsito) ➡ piloroplastia
Tipos de vagotomia
55
Fonte da imagem: https://www.animalia-life.club/qa/pictures/vagotomy-and-pyloroplasty
Piloroplastia
Fonte:
https://www.hopkinsmedicine.org/gastroenterology_hepatology/_docs/_pdfs/esophagus_stomach/peptic_
ulcer_disease.pdf
56
Se tipo II (corpo/antro + duodeno)
➜ Hipercloridria
🔹 Antrectomia + vagotomia
🔹 OU Vagotomia + piloroplastia (se for só
duodenal)
57
Se tipo IV (cárdia)
🔹 Gastrectomia subtotal/total
Se tipo V (medicamentoso)
🔹 Suspender AINES e reclassificar
58
➜ Une o estômago à porção distal do
jejuno
■ Menos chance de refluxo do
conteúdo bileo-pancreático
para o estômago (que causaria
gastrite alcalina)
Fonte: https://www.uptodate.com/contents/partial-gastrectomy-and-gastrointestinal-reconstruction
59
🔹 Síndrome de Dumping (qualquer tipo)
■ Carboidratos
■ Precoce
➜ Primeiros 20 min pós alimentar
(alimento no jejuno)
🔹 Distensão, dor
🔹 Taquicardia
🔹 Diarreia
■ Tardio
➜ 2h pós-prandial
🔹 ↑↑↑insulina ➡ hipoglicemia
Tratamento
🔹 Reeducação alimentar
■ Mastigar bem
■ Escolha dos alimentos
🔹 Se refluxo/fluxo biliar ou síndrome da alça
fechada ➡ Converter para Y de Roux
Fonte: http://gastriccancer.ca/patient/informational-resources/gastrectomy/
60
Câncer Gástrico
Adenocarcinoma
Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1542356505008967
62
Células em anel de sinete
Fonte:
https://www.facebook.com/scapulatempomedicinadiagnosticacg/photos/a.100285458034253/38328533306
7596/?type=3
✔Classificação 🗃:
Precoce ou avançado:
🔹 Precoce ➡ restrito a mucosa ou submucosa
(independentemente de linfonodos)
🔹 Avançado ➡ além da submucosa
63
Macroscópica:
🔹 Classificação de Borrman
■ I ➡ lesão polipóide
■ II ➡ úlcera de bordos bem definidos
■ III ➡ úlcera de bordos mal definidos
(infiltrativos)
■ IV ➡ doença difusa (linite plástica)
Classificação de Borrmann
Fonte: https://www.sbp.org.br/manual-de-laudos-histopatologicos/sistema-digestivo-estomago-neoplasias/
Microscópica:
🔹 Classificação de Lauren
■ Intestinal
🔹 I dosos (mais velhos)
🔹 i N dolente (Bem diferenciado (melhor
prognóstico)
🔹 T testosterona (mais comum em
homens)
🔹 E matogênica (metástases
hematogênicas e tardias)
64
■ Fígado
■ Pulmões
🔹 S im-tem-relação (com fatores de
risco ambientais)
■ Dieta ocidental
■ Gastrites crônicas
🔹 Atrófica (H. pylori,
anemia perniciosa)
🔹 T erminal (acometimento do antro
gástrico - mais distal)
■ Difuso
🔹 Mulheres mais jovens
🔹 Indiferenciado (mais agressivo)
🔹 Metástases linfáticas e peritoneais
🔹 Fator de risco familiar
■ Tipo sanguíneo A
■ História familiar
🔹 Células em anel de sinete
🔹 Acometimento do fundo/cárdia
gástrico
65
Diferenças entre os tipos de adenocarcinoma gástrico
🔹 Estadiamento TNM
■ Precoce ➡ T1 a ou b (mesmo que metástase)
■ Doença avançada:
🔹 Linfonodos distantes
■ Linfonodo de Virchow
🔹 Supraclavicular
esquerdo
■ Linfonodo de Irish
🔹 Axilar esquerdo
🔹 Acometimento do peritônio
■ Nódulo periumbilical ➡ nódulo
de sister mary joseph
■ Prateleira de Blummer (toque
retal)
■ Ascite
66
Estadiamento TNM do câncer gástrico
Fonte: https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/16469/1/2016_tese_dmcosta.pdf
✔Conduta :
Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=1262002123812121&set=pcb.1262034243808909&locale=pt_BR
4. + linfadenectomia D2
➜ Pelo menos 15 linfonodos
🔹 Cadeias linfonodais
■ Perigástricas (D1)
🔹 Cardia
🔹 Grande e pequena curvatura
🔹 Piloro
■ +Troncos vasculares
🔹 Tronco celíaco e ramos
■ Gástrica esquerda
■ Hepática comum e
própria
■ Esplênica
68
Linfadenectomia D1 e D2
Fonte: https://drmauriciomuniz.com.br/2022/08/29/cancer-de-estomago/?doing_wp_cron=1681159695.7321488857269287109375
69
Reconstrução em Y de Roux pós-gastrectomia
Fonte: https://cirurgiageraluff.wixsite.com/monitoria/gastrectomia
7. Atenção a complicações
🔹 Fístula do coto duodenal (1-4%)
■ Dreno com saída de secreção biliosa
■ Quadro infeccioso entre 5-6° dia
➜ Tratamento conservador (cirurgia para
drenagem se falha)
70
GIST
(GastroIntestinal Stromal Tumor)
✔Conduta :
72
Linfoma MALT
✔Conduta :
1. Tratar H. pylori
🔹 Claritromicina + Amoxicilina/metronidazol +
omeprazol
➜ 14 dias
73
Pâncreas
➜ Adenocarcinoma ductal
➜ É o mais comum dos tumores
periampulares (ao redor da ampola
de Vater), que são:
🔹 Cabeça do pâncreas (mais
comum)
🔹 Colédoco distal
🔹 Papila duodenal e 2a porção do
duodeno (menos agressivo, mas ainda é)
➜ Mal prognóstico
🔹 Diagnósticos em fase avançada
■ <50% operáveis ao diagnóstico
Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/a-via-biliar/3472/555/
74
Fonte: https://www.oncologiasaopaulo.com.br/cancer-de-pancreas/
75
🔹 Não móveis a planos profundos, pétreos,
indolores
Sinal de doença avançada:
🔹 Linfonodo de Virchow
🔹 Supraclavicular esquerdo
🔹 Linfonodo de Irish
🔹 Axilar esquerdo
■ Acometimento do peritônio
🔹 Nódulo periumbilical ➡ nódulo de sister
mary joseph
🔹 Prateleira de Blummer (toque retal)
🔹 Ascite
■ Sinais de colestase
■ ↑FA
■ ↑GGT
■ ↑TGO/AST
■ ↑TGP/ALT
■ ↑Bilirrubina direta
🔹 Anemia
■ de doença crônica
🔹 Marcadores
■ ↑CA 19.9
■ ↑CEA
🔹 Tomografia computadorizada
■ Massa hipovascular na cabeça do pâncreas
■ Sinal do duplo ducto
➜ Dilatação do ducto pancreático e do
colédoco (Estenose/obstrução)
76
■ Se permanece dúvida/pertence a outro sítio:
🔹 Colangiorressonância (colédoco)
🔹 Endoscopia (duodeno/papila)
🔹 CPRE
■ Sinal do duplo ducto
🔹 Ecoendoscopia periampular
■ É o mais sensível, mas invasivo
e operador dependente
Fonte: https://www.scielo.br/j/rb/a/SHx5w36FRNYW9GZWgy5v7gD/?lang=pt&format=pdf
Fonte:
Fonte: https://www.radiology.expert/en/ https://www.thelancet.com/journals/lancet/arti
cle/PIIS0140-6736%2804%2916683-X/fulltext
77
Se diagnóstico confirmado:
🔹 Tomografia de tórax, abdome e pelve
(estadiamento)
✔Classificação 🗃:
🔹 Ressecabilidade:
■ Doença ressecável
🔹 Sem envolvimento arterial
🔹 Envolvimento de veias <180°
🔹 Sem metástase
■ Ressecável localmente avançada/limítrofe
(borderline)
🔹 Envolvimento arterial <180°
🔹 >180° de envolvimento de veias
🔹 Sem metástase
■ Avançada/irressecável
🔹 >180° de artéria
🔹 Envolvimento de veia que não pode
ser reconstruído
🔹 Envolvimento de v. cava inferior ou
aorta
🔹 Metástases
✔Conduta :
Se incurável:
1. Tratamento paliativo
🔹 Quimioterapia, radioterapia
🔹 Via alimentar
■ Oral, sonda nasoentérica
■ Jejunostomia,
gastroenteroanastomose
🔹 Icterícia
■ CPRE
■ Drenagem biliar transparieto hepática
■ Derivação biliodigestiva
🔹 Manejo da dor
■ Medicações
■ Ablação do plexo celíaco
79
Tumor de Cauda do Pâncreas
➜ É um adenocarcinoma
➜ Possui pior prognóstico que os
periampulares
➜ Difícil diagnóstico, baixa taxa de
cura
■ Tomografia computadorizada
✔Conduta :
Se ressecável:
1. Pancreatectomia corpocaudal
Se não:
2. Tratamento paliativo
80
Fígado
81
Hemangioma
■ Tomografia computadorizada
🔹 Lesão nodular hipodensa, homogênea
🔹 Captação centrípeta de contraste (periferia
→ centro)
82
Hemangioma hepático(A- Sem contraste / B- Arterial / C- Portal / D-
Equilíbrio)
Fonte:
https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Hemangioma-hepatico-tipico-na-TC-Fases-sem-contraste-A-a
rterial-B-portal_fig1_250037172
✔Conduta :
3. Expectante
83
Hiperplasia Nodular Focal
➜ Indolente
■ Tomografia computadorizada
🔹 Lesão hipodensa com cicatriz central
(necrose/fibrose) e realce periférico (em
roda de carruagem)
■ Se dúvida ➡ RNM
🔹 Se persistir dúvida pode fazer biópsia
Hiperplasia nodular focal na TC
Fonte: https://dreduardoramos.com.br/especialidades/figado/lesoes-benignas/hiperplasia-nodular-focal/
84
Hiperplasia nodular focal nas 4 fases da TC com contraste
Fonte: http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=877&idioma=Portugues
✔Conduta :
1. Expectante
85
Adenoma
➜ Raro
➜ Risco de malignizar
■ USG/TC/RNM
🔹 Contraste hepato-específico (primovist)
🔹 Se dúvida ➡ pode ser feita biópsia
✔Conduta :
1. Suspender ACO
86
2. Perda de peso
Se >4-5cm ou sexo masculino:
3. Hepatectomia
87
Lesões hepáticas malignas
Metástases hepáticas
■ TC/RNM
88
🔹 Lesão hipodensa + doença primária
conhecida
Metástases hepáticas
Fonte:
https://cbcsp.org.br/wp-content/uploads/2016/12/Imagem-das-Met%C3%A1stases-Hep%C3%A1ticas.pdf
■ ↑CEA
🔹 Estadiamento
🔹 Acompanhamento
■ Se sítio primário oculto ou dúvida diagnóstica ➡
biópsia
✔Classificação 🗃:
✔Conduta :
89
1. Cirurgia (se possível)
Curável se:
🔹 Estado geral suficiente
🔹 Lesão ressecável
🔹 Sem lesões extra-hepáticas
🔹 Doença primária controlada
🔹 OU metástase neuroendócrina de tumor do
intestino médio (se ressecável)
■ Se não ressecável, pode ser
controlada com octreotide
(vasoconstrição)
Se não:
1. Tratamento paliativo
🔹 Estágio IV (doença metastática)
90
Carcinoma Hepatocelular
(CHC)
➜ Adenocarcinoma do fígado
➜ Tumor primário mais comum do fígado
➜ Causas
🔹 Adenoma hepático (lesão precursora) → CHC
🔹 Hepatopatia crônica → cirrose → CHC
■ Hepatite C crônica
■ Álcool
■ Hepatite B
■ NASH
■ Colangite
esclerosante primária
■ Hemocromatose,
doença de Wilson
■ Contaminação por
aflatoxinas
*Na hepatite B e NASH pode ir para CHC
mesmo sem cirrose
91
🔹 Hemocromatose, doença de Wilson
■ Contaminação por aflatoxinas
🔹 Fungo Aspergillus flavus e A. parasiticus
🔹 Principalmente no sudeste asiático
Clínica
■ Assintomático
■ Hepatopatia
■ Síndrome consumptiva
Rastreamento 🧭:
Indicações:
🔹 Hepatopatia crônica
Método - a cada 6 meses
🔹 USG abdominal com doppler
🔹 + alfa fetoproteína
■ >200
Se rastreio positivo:
■ TC trifásica
Fases:
🔹 Sem contraste
🔹 Arterial
🔹 Portal
🔹 +tardia
Achados suspeitos:
🔹 Hipervascular
🔹 Wash in (contrastação rápida)
🔹 Na fase arterial está mais contrastado
que o restante
92
🔹 Wash out (lavagem rápida do contraste)
🔹 Na fase venosa está menos
contrastado que o restante
Fonte:
https://www.semanticscholar.org/paper/Study-of-Liver-Diseases-using-Triple-phase-Computed-Ahmed-Moh
amed/625bce72172b0f5a84bb89b6bacc38aa087f33fb/figure/0
Se diagnóstico confirmado:
■ Estadiamento
🔹 Metástases
🔹 Pulmonares
🔹 Ósseas
🔹 Linfonodais
🔹 Suprarrenais
✔Classificação 🗃:
■ Escore Child-Pugh
🔹 B ilirrubina
🔹 E ncefalopatia
🔹 A scite
🔹 T AP
🔹 A lbumina
Classificação:
🔹 Child A (5-6)
➜ Não indicado transplante
🔹 Child B (7-9)
🔹 Child C (10-15)
94
Fonte:
https://faceres.com.br/wp-content/uploads/2014/01/RELATO-DE-CASO-RESSECCAO-HEPATICA-PARA-CAR
CINOMA-HEPATOCELULAR-EM-PACIENTE-CIRROTICO-CHILD-B.pdf
Fonte: https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5619/cirrose_e_suas_complicacoes.htm
✔Conduta :
96
Fonte: https://cirurgiadefigadoembrasilia.com.br/cirurgia-do-figado/
Segmentos hepáticos
Fonte:
https://www.researchgate.net/figure/Fig-2-Liver-segments-in-anterior-view-a-posterior-view-b-and-3D_fig2_
289124263
97
Lobos, setores e segmentos hepáticos
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Liver_segment
Se não:
1. Ablação
🔹 Pode ser usado como ponte entre
tratamentos
Se não curável:
1. Paliativos
🔹 Quimioembolização
■ Indicado se multinodular
🔹 Sorafenibe
98
Transplante hepático
✔Indicações ✅
🔹 Insuficiência hepática aguda grave
■ Icterícia persistente
■ Coagulopatia grave
■ Insuficiência renal
■ Encefalopatia
Causas:
■ Hepatite fulminante por drogas
■ Pós-operatória
■ Outros
🔹 Carcinoma hepatocelular
■ Critérios de Milão
🔹 1 de até 5 cm OU 3 de até 3 cm
🔹 Sem metástase ou invasão vascular
■ OU tumor neuroendócrino com
metástase para fígado com o
primário já operado
🔹 Cirrose com insuficiência hepática crônica
99
Para hepatopatia crônica (por cirrose ou CHC), avaliar:
■ Escore Child-Pugh
🔹 B ilirrubina
🔹 E ncefalopatia
🔹 A scite
🔹 T AP
🔹 A lbumina
Classificação:
🔹 Child A (5-6)
➜ Não indicado transplante
🔹 Child B (7-9)
🔹 Child C (10-15)
Fonte:
https://faceres.com.br/wp-content/uploads/2014/01/RELATO-DE-CASO-RESSECCAO-HEPATICA-PARA-CAR
CINOMA-HEPATOCELULAR-EM-PACIENTE-CIRROTICO-CHILD-B.pdf
Fonte: https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5619/cirrose_e_suas_complicacoes.htm
100
■ Score MELD (Model for End Stage Liver Disease)
➜ Avalia a gravidade da doença
Considera:
🔹 B ilirrubina
🔹 I NR
🔹 C reatinina
🔹 +sódio
*Cálculo complexo (colocar dados em calculadora)
Mortalidade em 3 meses (se não realizado o
transplante):
🔹 ≥40 ➡ 100%
🔹 30-39 ➡ 83%
🔹 20-29 ➡ 76%
🔹 10-19 ➡ 27%
🔹 <10 ➡ 4%
✔Contraindicações 🚫
✔ Cirurgia 😷:
1. Captação
■ Doador em morte encefálica
2. Preservação do fígado
■ Back table ➡ preparo do órgão
■ Solução de preservação (IGL)
🔹 Injetada nos vasos hepáticos (no lugar
do sangue)
■ Resfriamento
101
🔹 Isquemia fria de até 6h
🔹 Em gelo (mas não em contato
direto)
🔹 Não pode congelar!
3. Transplante
1. Hepatectomia total
2. Tempo anepático (sem fígado)
🔹 Edema e translocação intestinal (sem
drenagem para v. porta)
🔹 Defeitos do metabolismo e da
coagulação
🔹 Redução da pré-carga
🔹 Aumento da atividade anaeróbia
3. Enxerto
🔹 Anastomoses com:
■ V. cava
■ V. Porta
■ A. hepática
■ Via biliar
✔ Complicações ⚠:
🔹 Vasculares
■ Trombose
■ Sangramento
🔹 Imunológicas
■ Rejeição
🔹 Infecciosas
✔ Seguimento ⏩:
🔹 Cuidados intensivos
102
🔹 Imunossupressão
■ Evitar rejeição
🔹 Profilaxia antimicrobiana
103
Vesícula biliar e vias biliares
Colelitíase
➜ 10-15% da população
➜ Fisiopatologia
🔹 Perda de solubilidade →
Hiperssaturação no solvente
(bile) → precipitação →
Nucleação e cristalização
(formação de cálculos)
➜ Cálculos biliares (cole = bile / litíase =
cálculo)
Tipos de cálculo:
🔹 Colesterol (amarelos) (>80%)
🔹 Bilirrubinato de cálcio (marrons)
🔹 Carbonato de cálcio (pretos)
Tipos de cálculos biliares (colesterol, mistos e pigmentados)
Fonte: https://translational-medicine.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12967-019-1943-y
Tipos de condição:
🔹 Colecistolitíase
■ Cálculo na vesícula
104
■ Se for ao infundíbulo/ducto cístico e
retornar (obstrução transitória) ➡
sintomática
🔹 Colecistite aguda
■ Impactação de cálculos com
inflamação da vesícula
🔹 Coledocolitíase
■ Cálculo no ducto colédoco
■ Pode levar a pancreatite biliar
■ Colestase ➡ infecção ➡ colangite
(infecção da árvore biliar)
🔹 Síndrome de Mirizzi
■ Acometimento do colédoco por cálculo
na vesícula
🔹 Fístulas biliodigestivas
■ Cálculo atravessa para o intestino
■ Íleo biliar
105
■ Dor em hipocôndrio direito
■ Pós-prandial, especialmente alimentos
gordurosos
🔹 Laboratório
Aumento da pressão na via biliar comum:
■ ↑FA
■ ↑GGT
■ ↑TGO/AST
■ ↑TGP/ALT
Colestase
■ ↑Bilirrubina direta
➜ Pode indicar:
🔹 Coledocolitíase
🔹 Colangite
🔹 Síndrome de Mirizzi
Inflamação:
■ ↑Leucócitos
■ ↑PCR
➜ Pode indicar
🔹 Colecistite aguda
🔹 Colangite
🔹 Síndrome de Mirizzi
Diagnóstico diferencial de pancreatite
■ Amilase
■ Lipase
106
🔹 Ultrassonografia
➜ Diagnóstico de colelitíase e colecistite
➜ Vantagens 👍
🔹 Barato, rápido, acessível
🔹 Boa visualização
➜ Desvantagens 👎
🔹 Não visualiza colédoco distal
🔹 Operador dependente
Outros:
🔹 Colangiografia intraoperatória
➜ Vantagens 👍
🔹 Mais acurado
🔹 Suspeita de complicações
intraoperatórias e de coledocolitíase
➜ Desvantagens 👎
🔹 Invasivo
🔹 Operador dependente (capacitação de
execução, interpretação e conduta
imediata)
🔹 Tomografia computadorizada
➜ Pouco útil
🔹 Cálculos de colesterol não são
radiopacos)
■ Diagnóstico diferencial
■ Colecistite aguda
108
Colecistolitíase
🔹 Ultrassonografia
■ Cálculos
🔹 Imagens arredondadas
hiperecogênicas com sombra
acústica posterior
■ Avaliar presença de colecistite
109
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xcUApJh3Azg
Fonte: https://123sonography.com/cholelithiasis-and-choledocholithiasis
🔹 Laboratório
➜ Avaliar risco de coledocolitíase
➜ Avaliação pré-operatória
✔Conduta :
Se assintomático:
110
1. Seguimento
🔹 VIgilância de sintomas
🔹 Repetir USG em 6 meses
2. Avaliar colecistectomia, se:
🔹 Condições que predispõem a cálculos (muita
bilirrubina)
➜ Hemoglobina → hemólise →
bilirrubina → cálculos de bilirrubinato
de cálcio
■ Esferocitose
■ Anemia falciforme
🔹 Risco de câncer
■ Vesícula em porcelana
➜ Depósitos de cálcio na parede
da vesícula
■ Pólipos (qualquer tamanho)
■ Cálculos grandes (>3 cm)
🔹 Cálculos pequenos (controverso)
Se sintomático
1. Colecistectomia eletiva
🔹 Potencialmente contaminada
■ Pode ser feita cefazolina profilática
(principalmente se aberta)
Tipos
🔹 Parcial
🔹 Aberta
🔹 Pode ter exploração da via biliar comum
🔹 Videolaparoscópica (minimamente invasiva)
(preferencialmente)
Técnica
🔹 Clipagem do ducto cístico
🔹 Clipagem da artéria cística
111
🔹 No trígono de Calot
■ Ducto cístico
■ Ducto hepático comum
■ Borda hepática
Fonte: https://www.intechopen.com/chapters/77668
112
Colecistite Aguda
🔹 Laboratório
■ Leucocitose
🔹 Ultrassonografia de abdome superior (exame de
escolha)
■ Sinais de colecistolitíase
➜ Imagens arredondadas
hiperecogênicas com sombra
acústica posterior
■ Sinais de colecistite
🔹 Impactação do cálculo
🔹 Vesícula aumentada (>5 cm)
🔹 Espessamento da parede (>4 mm)
🔹 Líquido pericolecístico
114
Espessamento da parede da vesícula biliar na USG
Fonte: scielo.br/j/rb/a/rcDSKWTZP7PqybY939kt4Cp/abstract/?lang=pt
Fonte: https://brad.org.br/article/4210/pt-BR/colecistite-enfisematosa
115
Grangrena e perfuração da vesícula biliar
Fonte:
https://sbus.org.br/congresso/2020/wp-content/themes/congresso-sbus/assets/img/trabalho-Congresso-
2020-15983734205f453e2c20c9f.pdf
🔹 Colecistite enfisematosa
➜ Imagens ecogênicas na parede
com reverberação acústica
Fonte:
Fonte:
http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=2246
https://brad.org.br/article/4210/pt-BR/colecistit
&idioma=Portugues
e-enfisematosa
116
🔹 Abscesso/empiema
🔹 Colecistite alitiásica
🔹 Radiografia/TC/RNM
■ Complicações (ex.: Gás na parede)
🔹 Colecistografia (padrão ouro)
■ Marcador disida excretado na bile - trecho
que não cora
■ Solicitada em casos de dúvida
✔Classificação 🗃:
🔹 Tokyo Guidelines
■ Critérios diagnósticos
■ Avaliação da gravidade
🔹 A ➡ leve
🔹 B ➡ moderada
🔹 C ➡ grave
✔Conduta :
Se grave/complicada:
1. Estabilização e monitorização
2. Antibiótico
3. Colecistectomia de urgência
🔹 Laparoscópica
🔹 Se sem condições ➡ colecistostomia
percutânea
Se não:
1. Colecistectomia precoce
117
🔹 Até 72h
🔹 Videolaparoscópica (minimamente invasiva)
(preferencialmente)
2. Antibiótico
➜ Gram-negativo (E. Coli) e anaeróbio
(Enterobacter)
🔹 Metronidazol + ceftriaxona/ciprofloxacino
🔹 Amoxicilina + clavulanato
118
Coledocolitíase
119
Metabolismo bilirrubina normal
Fonte: https://eclinpath.com/chemistry/liver/cholestasis/bilirubin/bilirubin-metabolism-2/
120
Fonte: https://eclinpath.com/chemistry/liver/cholestasis/bilirubin/bilirubin-cholestasis-hemolysis/
🔹 Laboratório
■ FA, GGT
■ TGO, TGP
■ Bilirrubinas
🔹 Ultrassonografia
■ Sinais de colecistolitíase e colecistite
■ Normalmente não mostra a coledocolitíase
🔹 Estratificação de risco de coledocolitíase
■ Baixo risco
🔹 sem alterações (além das de
colecistolitíase)
■ Risco moderado (suspeita)
🔹 BT <4
🔹 Alteração de enzimas hepatobiliares
🔹 Pancreatite biliar
🔹 Sintomas colestáticos
➜ Suspeita ➡ investigar com
colangiografia:
■ Colangiorressonância
■ Ou colangiografia
intraoperatória
■ Ecoendoscopia (alto custo)
■ Alto risco (diagnóstico presuntivo)
🔹 BT >4 + Colédoco >0,6
🔹 OU colangite clínica
🔹 OU coledocolitíase na USG
➜ Diagnóstico presuntivo ➡ sem
necessidade de mais investigações
121
✔Conduta :
122
Colangite
🔹 Laboratório
■ ↑FA, ↑GGT
■ ↑TGO, ↑TGP
■ ↑Bilirrubina D
■ ↑Leucocitose
🔹 Ultrassonografia
■ Verificar colecistolitíase
■ Raramente vê dilatação de vias biliares e
cálculo no colédoco
✔Conduta :
123
🔹 Papilotomia + extração dos cálculos
2. Colecistectomia videolaparoscópica
124
Íleo Biliar
125
Tríade de Rigler na radiografia
Fonte:
https://www.semanticscholar.org/paper/Rigler-triad-in-gallstone-ileus.-Gil-Miguel/0aa0d9e8f98e53d84bb112
61341cc91ada394adc/figure/0
Fonte: https://www.ijam-web.org/viewimage.asp?img=IntJAcadMed_2016_2_2_253_196873_f1.jpg
126
✔Conduta :
127
Síndrome de Mirizzi
Síndrome de Mirizzi
Fonte: https://dreduardoramos.com.br/especialidades/vias-biliares/doencas/sindrome-de-mirizzi/
🔹 Laboratório
Pode ter discreto:
■ ↑FA, ↑GGT
■ ↑TGO, ↑TGP
■ ↑Bilirrubina D
128
■ ↑Leucocitose
🔹 Ultrassonografia
■ Vesícula de difícil visualização
■ Cálculo grande
■ Dilatação de vias biliares em colédoco médio
(dilatação só até o cálculo)
🔹 Colangioressonância
■ Cálculo grande acometendo via biliar comum
🔹 Diagnóstico intraoperatório
✔Classificação 🗃:
🔹 I ➡ compressão extrínseca
🔹 II ➡ fístula colecistobiliar com destruição até ⅓ do
colédoco
🔹 III ➡ fístula colecistobiliar com destruição até ⅔
🔹 IV ➡ destruição completa da circunferência do
colédoco
🔹 V ➡ presença de fístula colecistoentérica
■ Va ➡ sem íleo biliar
■ Vb ➡ com íleo biliar
Fonte: https://twitter.com/SEEDendoscopia/status/1305427584570863616/photo/1
129
✔Conduta :
Derivação biliodigestiva
Fonte: http://www.mediconerd.com.br/wp-content/uploads/2016/01/bileduct-profile-10a.jpg
130
Pólipo da vesícula biliar
✔Conduta :
131
Câncer da Vesícula Biliar
🔹 Laboratório
■ ↑FA, ↑GGT
■ ↑TGO, ↑TGP
■ ↑Bilirrubina D
■ ↑Leucocitose
🔹 Marcadores
■ ↑CA 19.9
■ ↑CEA
132
🔹 USG/TC/RNM
■ Diagnóstico: Lesão sólida da vesícula biliar
■ Fatores que aumentam o risco de câncer:
🔹 Vesícula em porcelana
■ Depósitos de cálcio na parede
da vesícula
🔹 Pólipos (qualquer tamanho)
🔹 Cálculos grandes (>3 cm)
Vesícula em porcelana na TC
Fonte: https://dreduardoramos.com.br/especialidades/vias-biliares/doencas/vesicula-em-porcelana/
Fonte: http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=2246&idioma=Portugues
133
✔Classificação 🗃:
🔹 Estadiamento TNM
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1785298/
✔Conduta :
Se irressecável:
1. Quimioterapia paliativa
2. Prótese biliar
Se ressecável:
1. Colecistectomia +/- linfadenectomia
134
🔹 T1a ➡ tratado
🔹 >T1b ➡ ampliar cirurgia
🔹 A partir de T3 ou linfonodo ➡ paliativo
135
Colangiocarcinoma
✔Classificação 🗃:
Classificação de Bismuth-Corlette
🔹 Tipo I ➡ na abaixo da confluência dos ductos
hepáticos direito e esquerdo
🔹 Tipo II (mais comum) ➡ na confluência dos ductos
hepáticos direito e esquerdo (Tumor de Klatskin)
🔹 Tipo III ➡ oclusão do ducto hepático comum
■ IIIa ➡ envolvendo o direito
■ IIIb ➡ envolvendo o esquerdo
🔹 Tipo IV ➡ tumor multicêntrico envolvendo ductos
esquerdo e direito
137
Classificação de Bismuth-Corlette
Fonte:
https://www.researchgate.net/figure/Bismuth-Corlette-classification-of-perihilar-cholangiocarcinoma-Type-I-
confined-to-the_fig2_350565187
✔Conduta :
Se ressecável:
1. Cirurgia conforme localização:
🔹 Intra-hepático ➡ ressecção hepática +
linfadenectomia
🔹 Distal ➡ duodenopancreatectomia +
linfadenectomia
🔹 Perihilar (klatskin) ➡ Ressecção hepática +
linfadenectomia + reconstrução da via biliar
Se não:
1. Tratamento paliativo
138
Intestino
Pólipos Intestinais
✔Achados 🔎:
🔹 Colonoscopia
✔Classificação 🗃:
🔹 Macroscopia
■ Pediculado
■ Séssil
Fonte: http://derival.com.br/polipo-colorretal/
139
🔹 Microscopia
Não-neoplásico
■ Hiperplásicos (mais comum)
🔹 Pequenos
🔹 Benignos
■ Hamartomatosos
🔹 Risco de malignização
■ Inflamatórios
■ Outros
Neoplásico
■ Adenomatosos (mais comum)
■ Serrilhados
🔹 Misto de hiperplásico e adenomatoso
✔Conduta :
1. Polipectomia
Polipectomia
Fonte: https://progastrojoinville.com.br/enciclopedia/polipectomia/
140
2. Anatomopatológico
3. Adequar rastreamento colonoscópico:
141
Síndrome de Peutz-Jeghers
➜ Rara
➜ Autossômica dominante
➜ 50% dos pacientes desenvolvem câncer até os 60
anos
■ Colorretal
■ Estômago, pâncreas, intestino delgado
■ Mama, ovário, útero
142
Fonte: https://dermatoaula.com.br/sindrome-de-peutz-jeghers/
✔Achados 🔎:
🔹 Colonoscopia
■ Pólipos hamartomatosos
🔹 Grandes
🔹 Vascularizados (avermelhados)
Pólipo hamartomatoso
Fonte: https://endoscopiaterapeutica.com.br/sindrome-da-polipose-juvenil/
✔Conduta :
143
1. Polipectomia + anatomopatológico
🔹 às vezes grandes (tirar em piecemeal)
Polipectomia em piecemeal
Fonte: https://progastrojoinville.com.br/enciclopedia/polipectomia/
2. Rastreamento de câncer
🔹 Colonoscopia
🔹 A cada 2 anos
🔹 CA colorretal
🔹 USG de abdome
🔹 A cada 1-2 anos
🔹 CA de pâncreas
🔹 USG transvaginal anual + mamografías
periódicas
🔹 CA mama, ovário, útero
🔹 Endoscopia digestiva alta
🔹 A cada 2 anos
144
Pólipos adenomatosos
➜ Pré-malignos - sequência
adenoma-adenocarcinoma (demora cerca de 8 anos)
Sequência adenoma-adenocarcinoma
Fonte:
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22420/1/AssociacaoPolimorfismosTipo_Santos_2016.pdf
✔Classificação 🗃:
Risco de malignização:
🔹 Tubulares - 5%
🔹 Tubulovilosos - 22%
🔹 Vilosos - 30-40%
145
Polipose Adenomatosa Familiar
(PAF)
➜ Autossômica dominante
■ Gene APC
➜ >100 pólipos adenomatosos
➜ Quase 100% terão câncer colorretal
✔Achados 🔎:
🔹 Colonoscopia
■ >100 pólipos adenomatosos
🔹 Normalmente mais de 100
■ Pólipos gástricos
■ Adenomas periampulares
146
Polipose adenomatosa familiar
Fonte:
https://www.igastroped.com.br/polipos-e-polipose-intestinal-diagnostico-e-tratamento/?_gallery=gg-42-231
✔Conduta :
1. Rastreio
🔹 Endoscopia a cada 1-2 anos
🔹 Risco de adenoma periampular
2. Proctocolectomia com bolsa ileal
🔹 Prevenir câncer (se não tirar, quase com
certeza vai ter)
Fonte:
https://rodrigogomesonline.com.br/bolsa-ileal-em-j-uma-das-principais-tecnicas-cirurgicas-em-coloproctolo
gia/
147
Tumor Colorretal
Fonte:
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22420/1/AssociacaoPolimorfismosTipo_Santos_2016.pdf
Rastreamento 🧭:
Indicações:
🔹 Todas as pessoas com >45 anos (ou >50 anos - MS)
até 75 anos
148
■ Se 75-85 anos + expectativa de vida >10 anos
➡ fazer rastreio
🔹 Se parente de 1° grau com CA colorretal ➡ 10 anos
antes do caso índice ou aos 40 anos
🔹 Se DII ➡ anual ou binanual após 8-10 anos de
doença
Método
🔹 Pesquisa de sangue oculto nas fezes
➜ Barato, fácil
➜ Pouco específico, mas sensível para câncer
colorretal
■ Anual
■ Se positivo ➡ colonoscopia
🔹 Colonoscopia (padrão ouro)
■ A cada 10 anos
🔹 Sequência adenoma-adenocarcinoma
leva cerca de 8 anos
■ Invasivo
■ Exige preparo
■ Terapêutico
🔹 Colonoscopia virtual
■ A cada 5 anos
■ Invasivo, mas menos preparo
■ Custo elevado
🔹 Retossigmoidoscopia flexível
■ A cada 5 anos
■ Invasivo
■ Avalia apenas até flexura esplênica
■ Se pólipo ➡ terapêutico + solicitar
colonoscopia
149
Seguimento:
150
■ Principalmente cólon esquerdo e sigmoide
🔹 Alteração do hábito intestinal (principalmente
esquerdo)
■ No direito dá mais sangramento
🔹 Síndrome consumptiva
🔹 Sangramento digestivo baixo
■ Hematoquezia
🔹 Fezes com presença de sangue
vermelho vivo
■ Enterorragia
🔹 Diarréia com sangramento maciço
🔹 Colonoscopia + biópsia
🔹 Tomografia de tórax, abdome e pelve
■ Estadiar lesão
■ Avaliar metástases (mais comum fígado, e
depois pulmão)
■ Se obstrução
🔹 Dilatação de alças
🔹 Massa intestinal
🔹 CEA (antígeno carcinoembrionário)
■ Estadiamento e prognóstico
■ Avaliar resposta ao tratamento e recorrências
151
Cintura incompleta na
■
circunferência do cólon
🔹 Níveis hidroaéreos
*sem volvo
Fonte :https://pubs.rsna.org/doi/full/10.1148/radiol.2015140916
✔Classificação 🗃:
🔹 Tis ➡ in situ (invade até lâmina própria)
🔹 T1 ➡ até submucosa
🔹 T2 ➡ até muscular
🔹 T3 ➡ até subserosa (limitado ao órgão)
🔹 T4
■ a - perfura a serosa
■ b- invade estruturas adjacentes
152
Estadiamento do Câncer Colorretal
Fonte: https://incariopreto.com.br/cancer-colorretal-2/
✔Conduta :
153
Artérias cólon e reto
Fonte: https://www.drderival.com/doencas-do-colon-e-reto.html
🔹 Derivação, se:
➜ Colostomia em alça proximal à
obstrução
■ Se reto extraperitoneal, pélvico, ou
paciente descompensado
🔹 Outros
■ Colectomia a Hartman (ressecção
sem anastomose)
154
Etapas colostomia de Hartman
Fonte: https://www.home.ufam.edu.br/dcc1/modulos/X/colon.htm
155
Doenças Orificiais
Doença hemorroidária
Fonte: https://www.drderival.com/hemorroidas.html
156
Hemorroidas internas
Fonte: https://rrmedicos.com.br/coloproctologia/
🔹 Exame proctológico
157
➜ Posicionamento em decúbito lateral
esquerdo
■ Inspeção estática e dinâmica
■ Toque retal
■ Anuscopia
Fonte: https://gastroclinic.com.br/doenca-hemorroidaria/
✔Classificação 🗃:
158
Classificação das hemorroidas internas
Fonte: https://www.drderival.com/hemorroidas.html
✔Conduta :
1. Orientações
🔹 Comportamento
■ Apoio para os pés ao defecar
■ Não ficar segurando
🔹 Banho de assento
🔹 Dieta anticonstipante
■ ↑Ingesta hídrica
■ FIbras
2. Laxativo oral
3. Se sangramento, colonoscopia
159
4. Analgesia
Se grau II:
5. Ligadura elástica
Fonte: https://gastroclinicaumuarama.com.br/exames/view/29/Ligadura-Elastica-de-Hemorroidas
Se III ou IV:
6. Hemorroidectomia
Técnicas
🔹 Milligan-Morgan
■ Cicatrização por segunda intenção
🔹 Ferguson
■ Suturar - primeira intenção
■ Estenose cicatricial
160
Técnica de Milligan-Morgan
Fonte:
https://web.facebook.com/Dra.LianeGoes/photos/milligan-morgan-%C3%A9-a-t%C3%A9cnica-cir%C3%BArgi
ca-convencional-para-hemorr%C3%B3idas-mais-realiza/354865225073338/?paipv=0&eav=Afb6z6HL5h7rDsA6
tYi2RC1D0-f9EMaIiPziSyoDDyyoottTLNrE5xPG8iiZ__WaFGA&_rdc=1&_rdr
Técnica de Ferguson
Fonte: https://gastroclinic.com.br/doenca-hemorroidaria/
7. Atenção a complicações
🔹 Trombose
161
■ Dor
■ Edema
■ Trombo visível
➜ Tratamento: cuidados locais e excisão
do trombo
🔹 Estrangulamento
■ Grau IV em Isquemia
➜ Tratamento: cirurgia de urgência
162
Hemorroidas externas
Fonte: https://rrmedicos.com.br/coloproctologia/
163
Fonte: https://quizlet.com/br/403177916/fissura-anal-flash-cards/
🔹 Exame proctológico
➜ Posicionamento em decúbito lateral
esquerdo
■ Inspeção estática e dinâmica
■ Toque retal
■ Anuscopia
✔Conduta :
1. Orientações
🔹 Comportamento
■ Apoio para os pés ao defecar
■ Não ficar segurando
🔹 Banho de assento
🔹 Dieta anticonstipante
■ ↑Ingesta hídrica
■ FIbras
2. Laxativo oral
164
3. Se sangramento, colonoscopia
4. Analgesia
5. Hemorroidectomia (se indicado)
165
Fissura anal
Fissura anal
Fonte: https://drpaulopittelli.com.br/doencas-e-tratamentos/fissura-anal/
🔹 Exame proctológico
➜ Posicionamento em decúbito lateral
esquerdo
166
■ Inspeção estática e dinâmica
🔹 Fissura anal
■ Toque retal
■ Anuscopia
Fissura anal
Fonte: https://rogerioparra.site.med.br/index.asp?PageName=fissura-anal
✔Classificação 🗃:
🔹 Mediana posterior (mais comum)
🔹 Mediana anterior
🔹 Lateral (⚠)
■ Normalmente secundária a outra doença:
🔹 Câncer
🔹 Doença de Chron
🔹 Infecção
Classificação da fissura anal
167
Fonte: https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/tc_fissura_anal.pdf
✔Conduta :
1. Orientações
🔹 Comportamento
■ Apoio para os pés ao defecar
■ Não ficar segurando
🔹 Banho de assento
🔹 Dieta anticonstipante
■ ↑Ingesta hídrica
■ FIbras
2. Laxativo oral
3. Se sangramento, colonoscopia
4. Analgesia
5. Medicamento tópico
➜ Relaxamento do esfíncter
➜ Cicatrização de 2-8 semanas
🔹 Bloqueador de canal de cálcio
■ Diltiazem
■ Nifedipino
168
Se refratário:
6. Avaliar adesão ao tratamento
7. Considerar esfincterotomia interna lateral
169
Abscesso Anorretal
Fonte: https://www.uptodate.com/contents/images/SURG/72874/ARFanalregionanatedit2.jpg
Abscesso perianal
Fonte: https://www.drderival.com/abscesso-anal.html
Abscesso isquiorretal
Fonte: https://www.drderival.com/abscesso-anal.html
✔Classificação 🗃:
🔹 Perianal
🔹 Isquiorretal
🔹 Pelvirretal
🔹 Interesfincteriano
171
Tipos de abscessos anorretais
Fonte: http://drgustavomelo.com.br/abscesso-anal-o-que-e-e-o-que-fazer/
✔Conduta :
1. Drenagem
🔹 Pronto-atendimento
■ Anestésico local não funciona tão bem
(ambiente ácido)
🔹 Centro cirúrgico
■ Anestesia axial
🔹 Pode complicar com fístula (perpetuação do
trajeto de drenagem)
2. Antibiótico (apenas se indicado)
🔹 Grandes
🔹 Complicações, graves
🔹 Imunossuprimido
🔹 Recidivante
172
Fístula Anorretal
Fonte: https://www.borraginol.com/en/type/jirou/
🔹 Exame proctológico
➜ Posicionamento em decúbito lateral
esquerdo
173
■ Inspeção estática e dinâmica
■ Toque retal
■ Anuscopia
🔹 Se fístulas complexas ➡ RNM de pelve
✔Classificação 🗃:
Fonte: https://www.drfernandobray.com.br/blog/tratamento-da-fistula-anal
Regra de Goodsal-Salmon
174
Fonte: https://cbcsp.org.br/wp-content/uploads/2016/aulas/fistula_peri-anal.pdf
✔Conduta :
2. Fistulotomia
3. Sedenho (seton) (avaliar colocação)
➜ Fio amarrado passando pelo orifício interno e
externo da fístula
🔹 Frouxo
■ Espaço para drenagem
🔹 Apertado
■ Fibrose protegendo esfíncter
Fonte:
https://sso.uptodate.com/contents/image?imageKey=SURG%2F63341&source=graphics_gallery&topicKey=135
08
175
Cirurgia Bariátrica
✔Indicações ✅
🔹 Critérios bariática:
■ Intratabilidade clínica (por avaliação de
endocrinologista) + obesidade grave >5 anos
ou tratamento por >2 anos
+1 dos seguintes:
■ IMC ≥ 40 kg/m2 (grau III)
■ IMC ≥ 35 kg/m2 (grau II) + comorbidades
🔹 HAS, DM2
🔹 Dislipidemia, doença coronariana
🔹 Colelitíase
🔹 DRGE
🔹 Artrose
🔹 SAHOS
🔹 Depressão associada
🔹 Outras
🔹 Cirurgia metabólica
■ IMC ≥ 30 kg/m2 (grau I) + DM2 refratário (há
<10 anos e idade de 30-70 anos)
✔Contraindicações 🚫
🔹 Uso de drogas
🔹 Doença psiquiátrica grave
176
✔ Cirurgia 😷:
Se IMC >50, DRGE, HAS ou DM2:
🔹 Bypass gástrico em Y de Roux
■ Gastroplastia redutora (pouch gástrico) +
gastroenteroanastomose em Y de Roux
■ Mecanismos
🔹 Restritivos
➜ ↓capacidade gástrica
🔹 Disabsortivo
➜ ↓capacidade de absorção
intestinal
🔹 Enterormonal
➜ ↓grelina (produzida no fundo
gástrico)
■ Causaria fome
➜ ↑GLP1 (íleo terminal) e
↑peptídeo Y (cólon) (ou
liberação mais precoce)
■ Saciedade central
■ Diminuição da
resistência à insulina e
da resistência vascular
periférica
■ Vantagens:
🔹 Melhor efeito metabólico
➜ Redução da resistência a
insulina e da resistência
vascular periférica
🔹 Sem ressecção
🔹 Antirrefluxo (bom esvaziamento
gastrojejunal)
177
■ Desvantagens
🔹 Complicações e mortalidade
🔹 Risco de hérnia inttnerna (Espaço de
petersen )
🔹 Déficits nutricionais (disabsorção)
🔹 Avaliar sucesso
■ Perda de 50% do excesso de peso (peso >25)
sustentando >2 anos
✔ Complicações ⚠:
178
🔹 Déficits nutricionais
🔹 Rabdomiólise
🔹 Fístulas
■ Y de Roux
■ Ângulo de Hiss (gastrectomia vertical)
🔹 Hérnia interna
■ Espaço de Petersen
✔ Seguimento ⏩:
179
Referências
Conteúdo:
1. UptoDate
2. Sabiston DC, Townsend CM. Sabiston textbook of surgery: The
biological basis of modern surgical practice. 20th ed. 2019.
3. Gama Rodrigues JJ, Machado MCC, Rasslan S. Clínica cirúrgica: 2
Volumes. São Paulo: Manole; 2008.
4. Rice TW, Patil DT, Blackstone EH. 8th edition AJCC/UICC staging
of cancers of the esophagus and esophagogastric junction:
application to clinical practice. Ann Cardiothorac Surg. 2017; 6(2):
119-30.
5. Pandolfino JE, Gawron AJ. Achalasia. JAMA [Internet]. American
Medical Association (AMA); 2015 May 12; 313 (18): 1876. Available
from: http://dx.doi.org/10.1001/jama.2015.3407
6. Hartke J, Johnson M, Ghabril M. The diagnosis and treatment of
hepatocellular carcinoma. Semin Diagn Pathol. 2017; 34(2): 153-9.
7. Atlanta Center for Gastroenterology. Understanding Colon
Polyps. Atlanta Center for Gastroenterology P.C. & Atlanta
Endoscopy Center. [Internet]. [acesso em 04/2023]. Disponível
em: http://www.acgaec.com/colon-polyps?lightbox=imageyip.
8. Grandhi MS, Kim AK, Ronnekleiv-Kelly SM, Kamel IR, Ghasebeh
MA, Pawlik TM. Hepatocellular carcinoma: From diagnosis to
treatment. Surg Oncol. 2016; 25(2): 74-85.
9. Neff KJ, Olbers T, Le Roux CW. Bariatric surgery: the challenges
with candidate selection, individualizing treatment and clinical
outcomes. BMC Med. 2013; 11(1): 1-17.
10. LabTOCE UFSC. Curso de Técnica Operatória e Cirurgia
Experimental. Disponível em:
https://youtube.com/playlist?list=PLbsm-nN5ghReNOtNs1JTyqZ
W_9TgfDNpW. Acesso em: 17 abr. 2023.
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