ITESP - Terra e Cidadãos Aspectos Da Ação de Regularizaçã - 1998

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TERRA E CID~DÃOS:
Aspectos da Ação de ~egularizacão
Fundiária no Estado de São Paulo

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TERRA E CIDADÃOS:
Aspe da Ac e Regularização
Fundiária no I lo de São Paulo

São Paul
NOVEMBI

WPNO DO ESTADO
DE $AO PAULO
Q 1998. Instihito de T m s do Estado de Sáo Pau
Av. Bng. Luiz Antônio, 554 - São Paulo - SP
Tel: (011) 232-0933 - E-mail: [email protected]
Editores:
Tânia Andrade
Carlos Alberto Claro Pereira
Marcia Regina de Oliveira Andrac
Diretor d o DRF
Antônio Garcia Leal
Responstíveis T é c n i c3s
~
Carlos Raberto D. da Costa Filho
Elcia Ferreirada Silv a
Isabel Ramosda Silva Felício
João Orivaldo Sávio
Márcia Moreira Montei-
Newton Batista de Santana Ir
Oziel Pinto
Paulo Eduardo Boldn
Vitar Lúcio de Toled
Wladimir Belisirio Ji
Equipe Técnica
Técnicos do DRF que parlicipm n da elabora
Plano de Regulariza$ão Fundiária
- -.-..- .-- ...- ..
,\lc,sandn> lerreirade Souza
('arloia Cainacho Lops
Ilclcn;~hl;ins <:<*ar(ion~aler
Neu.., 1:rsnrclina J c Sciuza
R<iti.jldo Frere \I:inn
Wagner da Cmz Martins
Tratamento d e imagens
Otto Luiz Castm Nunes
Apoio a Peiquiqa Cartow%Fiea
<'irlos R o k r t o D. da C<1\13F~lho
hlircia Morctra Montelro
Lay-oot d e capa
Pedro Luiz Montini

IA CATAM

il: são Yaulo


'ERRA E CIDADÁOS: Aspectos da A$.& de Regularbqão
FundUria no Estado de Sào Paulo. N ' 4 (no". 1998). São
Paulo: ITESP, 1998. 128p.: il., 23 cm. (Série Cadernos ITESP
/Secretaria da Juai~ae da Defesa da Cidadania).

Paulo If. Sé,rie


CDD 333.323.4
-
r p o desde 4
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULi
MÁRIO COVAS
Governador

SECRETARIA DA JUSTIÇA E DA DEFESA DA CIDADANIA


BELISÁRIO DOS SANTOS JÚNIOR
Secretário

EDSON LUIZ VISMONA


Secretário Adjunto

INSTITU1r 0 DE TERRAS DO ESTADO DE SÃO PAULO


"JO!SÉ GOMES DA SILVA"
TÂNIA ANDRADE
Coordenadora

UNIVEASIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO


ANTONIO MANOEL DOS SANTOS SILVA
Reitor

-
Convênio Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania SJDC
Instituto de Terras do Estado de São Paulo 'Vosé Gomes da Silva"- Itesp
Universidade Estadual Paulista "Júliode Mesquita Filho"- UNESP
Fundação para o Desenvolvimento da Unesp - FUNDUNESP
CIDADANIA E JUSTIÇA NO CAMPO

A regularização da posse da terra a pequenos posse,iros, em


várias regiões do Estado de São Paulo, representa u m*nr.n
k ~ .U,L,isivo
, ~ ~ na
Anr

io da cidizdania e ida realizrzção da ji campo.


Legitima e consag'ra o e3y?>rçode c de trabalhadores
rurais que, em contato diário com a mãe natureza, semeiam e colhem os
frutos nec à sua sobrevivência e ao desemolvimento do

v csruuu reconhece. assim, um direito adquirido corn rnuiru


trabalho, com muito esforço. Isto significa, evidentemente, o cumprimento
de várias etapas políticas, técnicas,jur;dicas e administrativas.
iiadãos descreve e: M a . Apresenta diferentes
Sngulos c ~balhominucioso 'e que, quase sempre, não
~hegaao KrurLue público. Revela, sor,recuuu, a implantação da vontade
política de concretizar a democracia com justiça social, de fon
vez mais participativa.
9 Plano de Regukzrização Fundiária do Estado de São Paulo
ex essa vontade políti 'caao titu[laro peq ueno posseiro, ao destinar
á r ~ uc
u ~grandes fazendas puiu -
.---o ua~rrirurrccrcto
-". de trabalhadores rurais
sem-terra, ao proteger o meio ambiente, ao pr solução,
e negociada de conflitos.

:áriodos !Santos Jr.


,..-.:---A-, >-,-""A- r
.
;.
.
A regularizaçãofundiária abre novas portas de cidadania para
uma grande populaçüo de pequenos posseiros em várias regiões do Estado
de São Paulo. Propicia a concretizaçüo de um direito que já havia sido
garantido pelos legisladores: legitimar0 pequeno posseiro que usa aforça
de trabalhofamiliar para sobreviver do trabalho na terra.
O título de domínio simboliza o reconhecimento do Estado, do
regime jurídico e da sociedade para esse direito que já havia sido
adquirido com o suor do trabalho das comunidades. É, muitas vezes,
um longo percurso. São muitos os passos técnicos, administrativos e
jurídicos que devem ser dados para garantir esse direito.
Terra e Cidadãos possui o mérito de descrever esse percurso
árido. É um trabalho minucioso e detalhado, que muitas vezes não
transparece ao público. Só dá frutos quando chega ao concreto: o titulo
de legitimação de posse. Com o título, o posseiro tem uma garantia de
que o fruto do seu trabalho, incorporado na terra, poderá ser usufruído
pela sua famz7ia e pelos descendentes.
Terra e Cidadãos apresenta em primeiro lugar; a ação estra-
tégica do Estado, consubstanciada no Plano de Regularização
Fundiária do Estado de São Paulo. São estabelecidos os objetivos
fundamentais dessa política, que incluem a legitimação de posses, o
assentamento de trabalhadores rurais, a solução de conflitos e a pmteção
ambiental, e as áreas prioritárias de atuação.
Este livro aborda, a segui6 as interfaces da política de regulari-
zação fundiária com a questão ambiental, que se manifestam, de f o m
acentuada, em diversas regiões do Estado - é o caso do Vale do Ribeira,
da região de Somcaba, do Valedo Paraz%ae Litoral Norte. São indicados
elementos do desenvolvimento histdrico de cada uma dessas regiões,
implicando em determinadas características da estrutura fundiúria e
dos sistemas agrários predominantes. Os sistemas de exploração, por
sua vez, possuem diversas implicações no meio ambiente.
Na seqüência, são discutidas as relações entre a regularização
fundiúria e a questão agrária. Éapresentada a intervenção govenamental
na região do Ponta1 do Paranapanema, que resultou numa profunda
alteraçào da estruturafundiária local nas áreas em que ocorreu a ação
governamental, através da destinação de imóveis de grande extensão
para a implantação de projetos de assentamento.
Terra e CihiEos não esgota a questão da regularizaçãofundiá-
ria. Mas demonstra que a política de regularização fundiúria possui
implicações, insuspeitas, mais profundas e abrangentes do que usualmente
se supõe. É uma obra coletiva, que contou com os exaustivos esforços e
as reflexões do corpo técnico do Departamento de Regularização
Fundiúria e dos demais .urofissionais
"
do Itesu. Não uodenámos deixar
também de agradecer ao Instituto Geogrújico e Cartogrújico (ZGC)e ao
engenheiro agrimensorAdilson Haroldo Piveta pelas suas Contribuições.
Destacamos,finalmente, que este trabalho não se limita a apre-
sentar o percurso técnico. Revela, também, a vontade política, que
estabelece, a partir de um diúlogo com a sociedade, as prioridades. A
garantia dos direitos é, fundamentalmente, uma ação política, tantopara
as comunidades como para o Governo. Ajinal, é tão complexa a trama
do regime dominial que énecessário eleger o que éfundamental. Quando
o Governo é democrático, essas prioridades tem como objetivo atender
aos reclamos da sociedade. Ofruto desse processo é aqui revelado.

TanjaAndrade
Cwrdenadora do Itesp
CIDADANIA E JUSTIÇA NO CAMPO
Belisário dos Santos Jr. ......................................................................VI1
.
APRESENTAÇAO ................................................................................... M

PARTE I
Plano de Regularização Fundiária do Estado de São Paulo .............. 1
I . Introdução ........................................................................................ 3
I1. Situação Jurídica das Terras do Estado ........................................... 7
I11. Objetivos Estratégicos do Plano ...................................................... 11
IV. RegularizaçãoFundiária e Agricultura Familiar .............................. 13
V. Areas Pnontárias de Atuação ......................................................... 15
VI . Estratégia de Ação .......................................................................... 23
VI1. Capacidade Operacional Atual ........................................................ 27
VI11. Cronograma e Metas ....................................................................... 29

PARTE I1
Procedimentos para a Regularização Fundiária .................................
I . Introdução ........................................................................................
. . .
I1. Ação Discnmnatória .......................................................................
. . .
1.Aspectos legaishistóncos .............................................................
2.Fases da Ação Discriminatória ....................................................
.. "
111. Legitimaçao de Posses ....................................................................
IV. Trabalhos Desenvolvidospelo Itesp ................................................
1.Ação Discriminatória - Roteiro de Atividades .............................
2.Legitimação de Posses - Roteiro de Atividades ..........................
V. Apoio as Prefeituras Municipais para a elaboração da planta
topográfica cadastral-Cadastro Urbano ..........................................
1.Planta de Referência Cadastra1....................................................
2.Planta de Quadra ..........................................................................
3.Boletim de Informações Cadastrais (BIC) ...................................
VI . Resultado dos Trabalhos na Área da Regularização Fundiária
desenvolvidospelo ItespiDRF .........................................................
PARTE I11
Regularização Fundiária e Meio Ambiente ........................................ 61
I. Introdução ........................................................................................ 63
11. Vale do Paraiba e Litoral Norte ....................................................... 67
1.Aspectos históricos ...... ............... ... 68
2.Unidades de iConserva( ale do Pai
e Litoral Norí e ............. ... 69
3.Trabalhos Desenvolvidos pela Coordenaçãi3 Regiona
Taubaté e a Questão Ambienta1 ................................ ... 72
III. Vale do Ribeira ................................................................................ 75
l.Aspectos históricos ....................................................................... 76
2.Unidades de Conservação Ambiental do Vale do Ribeira
e Região de Sorocaba ................................................ ... 79
3.Trabalhos Desenvolvidos pela Coordenação Regionai uc
Paniquera-Açiu e a Questãi Ambiental ...... n,

IV. Regiã o de Sorocaba ........


..
1.Aspectos hst'óricns
..... ......
2.Situação Adminis
3.Trabalhos Desenvolvidos pela Coordenação Regiona
Sorocaba e a Questão Ambienta1 ................................................. 88
PPLRTEIV
Rt:gulariza~ção Fund ............. ... 91
I. Introdlucão ....... ............. ... 93
11. Ponta1 do Paranapanema ............................................. 95
1.Aspectos históricos ...... .................................................. %
2.0 Plano de Ação G~ve...~~~~,..,. para o
Pontal do Paianapanen ... 100
3.AçCies Reivindicatórias ... 104
Bibliográ:Ficas ........
:~çrn~tiias ... 109
O QUE É O ITESP ...........................
m p............................................. 111
PARTE I

PLANO DE REGULARIZAÇ~OFUNDIÁRIA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
A Secretan a da Justiça e da Defesa da Cidadania,por intermédio do
Itesp, tem como abil3uição a proposição e execução da política agrária e fundiária
. -- . - --
do Dstado de Sáo Paulo, conforme previsto no Decreto n." 35.706 de 23 de
- - ?

agosto de 1991 estão incluí&IS no escopo das su; Ões os tralbalhos de


regularizaição fundiária.
,*;.,I
A insegurança domi,,,,, ,,.
nir c .;-
.,,, ,;nrln4
0
, ..,,,iedade da
terra, é um sério obstáculo para o desenvolvimentosocial e econômico de várias t

regiões do Estado. Inibe a realização de investimentos, prejudica a produção


agropecuária e favorece a ocorrência de conflitos pela posse da tena.
Em áreas abrangidas por decretos de proteção ambienta], o Estado foi
o a pagar indenizações bilionárias em qões de desapropriação indireta.
u, ~,,,dnto,é de se supor que uma parcela substantiva das terras localizadas
nas áreas de proteçâio ambienid são de\ da não dis

.., . -.
Já no início do Gove
-. .-* .
>ropercebeu-se a im
ae reguiarização funaiana. u uecreto no ~ 4ILS,
.
. ae 1'163,lnstltulu O Mastemim
(Plano Diretor de Desenvol. igrícola do Vale dcI Ribeira]
conduzido pelo GEAF (Gmp vo de Ação Fundiária), postei
substituídopelo Departamento oe ~eguiarizacãoFundiária, aue e< orpao c
-- ao i t e s ~
desde 19'91. Até 1988, o Govemo Estadual atuou de forma abrangente em
diversos I>erímeaos,gerando uma grande quanticiade de títulos para pequenos

Os goven quentes de ,I',,,, .,,b,,U incia para a regula-


undiária ,ilizaram as estrut desenvolIveram o
- . . . ... . .
Masterpian. Com infra-estmtura debilitada, o Itesp ror obngado a atuar prm-
cipalmente através; de convênios corn as Prefieituras, rc:gularizando áreas
municipalis e perímc:tros urbai10s. relegimdo para isegundo pImo sua atuação na
área mral
bém a ext omplexidade das situações encontradas nos
perímetros em discriminação acarretam uma morosidade desestimuladora das
ações judiciais, seja pela dificuldade no acompanhamento dos processos, seja
pela própria dinâmica social que altera diuturnamente a malha fundiária, gerando
uma necessidade de renovações sucessivas dos trabalhos técnicos e jurídicos.
No entanto, toda essa situação, não pode persistir. Vários exemplos
recentes demonstram a premência por uma ação que aponte definitivamente
para a regulariização fun[diária de nosso Estado. A sociedade civil organizada
tem cobrado do GovemcJ uma atuação mais consistente na área, regularizando
posses de peq,,..,,
,.a*,." a,Licultores. Esta ação é essencial em áreas de conflito,
3-

mas é também iimportante:instmmerito de desenvolvimer :ultura famuliar.


No (Mto da 'i 'erra' , organizações de traballhadores n
do Governo Estadual o encaminhamento de soluções para as dificuldades vividas
pelos posseiro!i que ocup,am áreas devolutas, unidades d ação ambiirntal
ou que enfrentam confl itos pela posse e uso da terr ile do Ribeira,
..
além dos posseiros, diversas comunidades quilombolas aguardam o reconhe-
cimento de su; dades.

2 ..
A e2remplo dc1 Plano de Ação (: a o Ponta 1 do
Paranapanema,. eiaoorado em 1995, com o oojetivo a e enrrentar a complexa
situação lá enc tomou-se necessário estabelet ano de regula-
rização fundiá ;sas áreas. Desde 1996, quanc am no Vale do
Ribeira enchentes ae grandes proporções, o Governo Esraauai vem coordenando
a ela implantação de um Plano de Desenvolvimento para a região.
cessidade de um plano de regularização fundiária não se restringe
ao Vale. O desenvolvimento de p;irte da região de Sorocaba, oiide se inclui o
"ramal da fome", região de extrenia pobreza, também depende ida solução das
incertezas dominiais. Nesta região também encontram-se comunidades
quilombolas. No Vale do I E, multiplic:am-

O f6nini pcnanrntc do Cirltn da Terra fo! in.;tiruid<ipelo Goreniadur xcn.. . .olicita(io da Ccnval
.
" - - - a doi Traha1hndore.i ICCTI e da Confcdcrqdo doi Irahalhaditrrr Agdçciln iCOUTA<i =un.ndu di\crqas
","L

secreiaria5 de crudo. 6rp3m púhliror. $indicatu\ r epmrnianter d~ W I C ~ J J CCI\II. com 1>0h)ell\ode dníidl~r
as reii n \ ~ n d i . ' d ~do
h m.nImrnii>wxial e cniammhai <olii(n<
'Nãaserefereaqui aeonflitos envolvendotrabalhadoresrurais semtemem burcaderefomiaag8ria. mar amnflitos
Ivendo pequenos w s s e h s em lula conua erpiculadores imobiliánoi e grileiros.
,de Aqão edita ctembm de 1%>S. peloqual se pmpugnava r l a legitimaqá 8oIutas
oresa IiWhae 8 judicial dai 6reas devolutas superiores a 5M3 ha destinand mento
~bdhadoresni, prcificando os conflitos que vinham se acirrando desde I!
se as ações de desapropriação indireta e a proposição de discriminatórias é um
poderoso instrumento para o Estado contestar as absurdas indenizações que
vêm sendo pleiteadas. No Pontal do Paranapanema ainda existe um vasto campo
de atuação para o Estado.
Atuar em todas estas regiões, enfrentando problemas extremamente
complexos, exige que se apmfunde o relacionamento com os principais parceiros,
no caso a Procuradoria Geral do Estado, as prefeituras municipais, a Secretaria
do Meio Ambiente e organizações da sociedade civil.
A importância da regularização fundiária sensibilizou os legisladores
que elaboraram a Constituição Estadual de 1989. O artigo 33 do ADCT
determina que o Poder Público "promoverá, no prazo de três anos, a
identificação prévia de áreas e o ajuizamento de ações discriminatórias,
visando separar as terras devolutas das particulares, e manterá cadastro
atualizado dos seus recursos jündiários".
O Programa Estadual de Direitos Humanos, publicado em 15/09/97,
no seu artigo 31, compromete-se a "apoiar política e programa de açóes
integradas para o desenvolvimento do Pontal do Paranapanema e do
Vale do Ribeira, incluindo ações de regularização fundiária, assentamento
d e trabalhadores sem terra, com infra-estrutura adequada para a
produção agrícola, eco-turismo e incentivo a outras atividades econômicas
compatíveis com a defesa do meio ambiente".
O que se exige, portanto, é a redefinição de diretrizes, consolidadas
em um Plano de Regularização Fundiásia do Estado de São Paulo, cumprindo a
Constituição Estadual, atendendo às expectativas da sociedade e procurando
reverter a tendência predominante dos últimos penodos, para consolidar a ação
governamental em novos parâmetsos. É este o principal objetivo deste Plano.
As terras ao csraao de São Paulo estãc> classificaaas, parai os fins
deste plano, em três grandes categorias: não discriiminadas, j ulgadas dievolutas
e particulares.
PLS terras não discrinlinadas estão locali:cadas em perímetro!r onde a
ação discriiminatória ;ainda não foi ajuizada ou já se encontra c:m andam1mto, em
d..,.,,, -,tágios. En.r .,
tD.73'.iiil
,,.gadas devolutas incl,,...-,,
1llllm.c~
0.
,
, , ,.. ,.,
, ri\* n nl.ni\r
6-oo

de legitimação por iniciar e áreas remanescentes de planos de legitimação náo


concluídos. Por terras particulares compreende-se aquelas julgadas particulares
nas ações discriminatórias e as áreas já legitimadas pelo Governo Estadual.
r)estacamots ainda diias situaçiSes especiais, com s:ituaçõesjurídicas
diferenciacIas das aniteriores: as áreas da Atra, loc;ilizadas a3 Vale do Ribeira,
e as áreas de assentamento no Pontal do Paranap
As áreas da Atra, Assessoria Técnica de Revisão A o glebas
" . .
discriminadas administrativamente, onde inicialmente toram expedidos títulos
por antigas empresas de colonização e, na seqüência, pela Secretaria da
Agricultura. Na década de 1960,após a implantação da ditaduia militar, cJ Estado
. . . ouantas
perdeu o controle sobre a alienacãodas áreas. desconhecendo. inciusive.
e quais glelbas encontram-se hc~ j em
e sitiiação regi :guiar.
hluitos dos ocupantes;,que c h e:aram
- ,. . ~ . a..pagar.ao.Est:ado pela a1
de suas giet>as.nao receberam ate noje os aeviaos tituios ou sequer tiveram
suas áreas as, e vêm ajuizando ações contra o Estado para garantir
seus direitc
As áreas de assentamlento, por sua vez, são terras clevolutas reinvin-
dicadas pelo Estado e destinacIas ao assientamentc) de trabalhadores riurais no
Pontal do Paranapanema.
No quaaro seguinte apresenta-se a situaçao junaica das áreas de
3ção pnontária:

Situação Jurídica das Regióes Prioritárias


(Vale do Ribeira, Ponta1 do Pauanapaneina, Vale do Paraiba e Sorocaba)
-fiéadio&s ~ e k )- % '

Devolutas 44h.XIX) 11

Particulares e Legitimadas 1295.200 ?O

Cacia uiiia urraaa ~iruay-ù rniãr iuiiiiaa u r aruatav u i ~ ~ i i i r < i SAS


.
.. lares não são passí~

.,,
áreas panicui reis de ação do Ites;p; as áreas já destinadas
para o assent,amento de:trabalha(lores mrais estão c(mtempladas pela política
de assentame..,,,, ~bjetivapr,.,.,.,.
ntnr n..n r
,,,,I.,.,.
Annnn.rnlr ~imento
sócio-econômico
das famílias beneficiad,as e as tena s incluídas nas outras situaçijes serão ()bjeto
deste Plano de Ação.
~ > - - - . ~" .>:<-:. -.
Quando o Estaao promove açoes ae reguianzaçao c-
- - ~ - 3
--
iunaiana, procura
alcançar obje em geral estão ligados a quatro grupos de interesse:
defender o Es :ões de desapropriação, promover legitimação de posses,
arrecadar área$ vara assentamento de trabalhadores m a i s sem terra e solu-
cio1 os fundiários envolv
ção discriminatóna ações
. .
onde uma ação de desapropnação incide em terras presumivelmente devolutas,
geralmente ci>m o objetivo de desonerar os cofres públicos do pagamento de
indenizações por terras que já são públicas. É o caso das desapropriações
..
indiretas em aeas ae interesse arnbiental. Também tem como obietivo impedir
que terceiros recebam indenizaçt 3; é o
caso de desapropriações por inte ia em
terras com domínio duvidoso ocupaaas por granues Iazenaeuu
Os planos de legitimação de posses são propostos ao final das
discriminatórias,nas terras julgadas devolutas,beneficiando pequenos posseiros
que ocupam áreas de até 100 hectares, segundo os parâmetros fixados pela Lei
Estadual 4.925185 e Decreto 28.389188, ou atendendo comunidades de
remanescentes de quilombos, conforme a Lei Estadual 9.757197.
As áreas devolutas ou que vierem a ser julgadas devolutas nas
discriminatórias, ocupadas por grandes posseiros, não são passíveis de
legitimação, devendo ser arrecadadas pelo Estado e destinadas para o
assentamento de trabalhadores rurais, possibilitando a solução dos graves
conflitos pela terra e propiciando utilização social e econ6mica condizente com
a função estatal.
Há também situações de conflitos envolvendo pequenos posseiros
que ocupam áreas devolutas ou de domínio duvidoso, sendo urgente a ação do
Estado para impedir ou minimizar as tensões, sustando eventuais ações propostas
por supostos proprietários contra trabalhadores rurais que ocupam há anos
pequenas posses, nelas desenvolvendo lavouras de subsistência. Também é
necessário buscar soluções para conflitos entre o Estado e as populações, como
no caso das unidades de conservação que abrangeram áreas ocupadas por
comunidades tradicionais.
Nas áreas da Atra será imprescindível realizar, em primeiro lugar, um
diagnóstico preliminar da situação antes de planejar a atuação necessária.
Cada situaçãojurídica, associada ao interesse público incidente nessas
áreas, exige um conjunto de ações distintas, articuladas a partir dos objetivos
estratégicos que norteiam este plano.
a ) Pron nento sóc,io-econônzico de pr
agric to suas p osses;
b ) Fornecer mecanismos mais eficientes ao ostado para defesa
de st,us interesses nas ações de desapropriação indireta
nas Lfreas abrangidas por Unidades de Conservação e em
acõe s de desapropriação oara fins de reforma aarária
M a s pelo Incra:
~iciara soluçüo de conflitos pela pos :se existe?
-..- - - - p-U 3 J C 1 1 0 3 ,
F ocupadas por peyucriub

d ) Cria,r alternativas para reassentamento ou desenvolvimen-


to de projetos de manejo sustentável para as comurzidades
tradiicionais que se ram e m
Conservação .Ambienta
. .
e ) ~rrecadar,atraves da propositura de açoes relnvindrca-
r, terras devolutas, obedecendo aos parâmetros legais,
destinar ao assentamento de trabalhadores rurais.

Tais Objetivos compõem diferentes vertentes do Plano de Regula-


zação Fundiária do Estado, tendo todos igual dimensão, com maior ou menor
iondade prática de implementação de acordo com a situação concreta das
ferentes regiões de atuação.
A regularização fundiária, assim como a reforma agrária, não é uma
política que tem fim em si mesma; deve ser compreendida, num sentido estrito,
como promotora da melhor distribuição da terra, do desenvolvimento sócio-
econômico da população beneficiada e, de forma mais ampla, compreendida
como um instrumento de fortalecimento da agricultura familiar.
Garantir ao pequeno posseiro o domfnio da terra é condição necessária,
mas insuficiente, para promover o seu desenvolvimento sócio-econômico.
Considere-se que esses trabalhadores mrais, via de regra, encontram-se
descapitalizados e dispõem de condições de produção muito precárias no
momento em que recebem o título, haja vista a sua localização nas regiões mais
pobres do Estado associada à impossibilidade até então de obtenção de
financiamentos bancários.
Se o domínio da terra permite que o antigo posseiro - e novo proprietá-
rio - passe a ter o direito de pleitear recursos financeirosjunto aos bancos, nada
garante que obterá o financiamento. O Pronaf (Programa Nacional de Apoio à
Agricultura Familiar) é ainda incipiente no Estado de São Paulo, e não estão
disponíveis outras linhas de financiamento para estas populações.
Algumas comunidades de posseiros enfrentam dificuldades adicionais:
ocupam terras em áreas em que há incidência de restrições ambientais. Na
maioria das vezes estas comunidades iá estavam nas terras muito antes da
edição dos regulamentos que criaram as unidades de conservação, e a partir de
então não encontram alternativas para viabilizar a exploração agropecuária.
As populações que tiveram suas posses legitimadas devem ser
contempladas com todo um conjunto integrado de ações para garantir sua
permanênciana terra. É necessário vislumbrar alternativas técnicas, econômicas
e ecológicas viáveis, articulando a política de regularização fundiária a um objetivo
iis amplo, que é o necessário fortalecimento da agricultura familiar no país.
portanto, parte essencial de: uma pol ítica de desenvolvimento social e
snômico integrada e integradcIra da proteção ambiental.
Na1s páginas seguintes, faz-se uma breve análise d!e cada uma das
2 s priorit;irias de atuação do plano de regularização fundi&ia. Estas regiões
Gaacterísticas em comum: estão localizadh. c ~ t ~ e mdo
o sEstado,
:ando fora das principais rotasi de desenvolvimenl:o econômiico, tendcI ainda
ia situação econômica precána , elevadc> percentua1 de terraLS devolut;as e de
:as não discriminad;as.
Nai Parte Iii deste CalZemo, voltaremos dle forma rnais detallhada a
ras regiõeS.
-
'...
I*

Ponta1 do
Paranapanema
- \ Região de
,;..,..<
.'

Son

' 1 .,..:.
,:
,
,. .*. , Paraii
Vale
Ribc r; f
,:V,
- vale ao nir>elrar utorai JUI

Os primeiros núcleos >açãono Va itam ao


Século XVII. A procura de mt,,., p.;ciosos (ourb , .,.,, .,,.,,,,.mente,
consolidou efetivamente a ocupação de siuas terras no final do século passado,
originada principalmente de programas dc:imigraçã o e colonização de famílias
estrangeiras. A colonização da região originou uma estrutura fundiátia em que
Pr,edominann pequenas posses. A região i 3-se também pela presença
: diversas unidades de conservação da t
,.,,
8

Ai
-, ,O,..JS,trabalhú,,.,. A n r m n nir
.,.ais que exploram de forma
familiar as t~:mas que ocupam, são pressioniados tantcI pela insegurança dominial,
q1ie impedi
. . e o acesso a qualquer fina nciaments . . o, como pela ameaça de
especuladoresde tenaou de exploradoresde maaeira, gerando conflitos fundiários.
Também erifrentam ameaças à sua sotrevivênciia, comuriidades
tr; is, que vivemi e trabalham há décaidas em áreas de preservação ambiental.
. ..
A partlr do momento em que toram publicados os decretos que cnaram as unidades
de: conservação, passaram a sofrer diversas restrições para trabalhar nas terras
91ie ocupam . Para poder se desenvolver, necessitam segurança sobre suas posses
.,.-.. ue manejo ecologicamente viáveis e auto-sustentados.
e pianos J.

No Vale do Ribeira está também concentrada a maior parte das comu-


dades remanescentes dos quilombos, principalmente em terrasjulgadas devolutas.
É a região mais pobre do Estado de São Paulo.
TERRA E CIDADÃOS:
ASPECTOS I):t ACÃO DE R E ~ ~ U I A R I Z A C Ã O
.TO 13'7:11>0/)E SÃO R4 Lil.0
FL'.VDI.~KIA

Pe.( (segundo parágrafo) Onde está escrito: "engenheiro


agrimensor.' leia-se "engenheiro cartogmfo"
Pe.( contracapa) Onde está escrito: "Isabel Ramos da
Silva Felicio" leia-se "Isabel Ramos d e Lira Felicio*
=(Tabela - Situação Dominial do Pontal do
Paranapanema 10' Região Administrativa d o Estado). Onde
está escrito "terras d e quilombos" e "Atra" leia-se
"reservas ambientais" e "assentamentos",
respectivamente.
Pe.27:incluir tabela
Produtividade das equipes técnicas por região
de atuação
Região Número Produtividade Total Anual
Equipes
-
hi/dia/equipe (ha)*
Vale do Rikira
---
14 40 100.000
Vale do Paraiba
-.
9 40 65íK)O
Sorocaba S 40 36.000
Pontal do h 100 IOR.000
Paranapanema*
Total 34 309.MlO
* Para efeito de planejamento, considera-se o ano como tcndo I0
mescs, sendo um més rercrente As férias e outro mCs a eventuais
imprevistos.
" Considcra-sc que, na região do Pontal. 50% do cíetivo tccnico
atende as demandas de assentamento.
laça0 uonumal aa KegiaO Especial do Vale do Ribeira
n
:ao dasTerrss

plano de legitimação por iniciar


áreas remanescente
terras de quilombos
ATRA
Não Diseri
acão em andamento ~ ~ ~~~

ação não iniciada $34.000


Particular 42.200
- .'6.L'..."" m.000
julgadas 312.200
r - -. . . ., .~
1
lrrp. De;entbro
Fo<i>ir<: </e 1997
*Áreas correspondentes a Perimetros eujas Ap3es Discriminat6"as encontram-se em andamento ou
cujos trabalhos complementares estko sendo concluídos para a propositura dessas a ~ õ c s .

- Pontal
As origens da atual estatura fundiária do Pontal do Paranai,
-.$tão assenitadas em
,..,
grilos4,ou seja, na apropriação indevida de enormes
imensões de terras a partir da falsificação de documentos. O processo de
cupação de terras, após o desmatamento agressivo da região, gerou o
redomíniio de grandes fazendas, caracterizadas pela exploiação de iecuária
e corte e:xtensiva com baixos índices de produtivi~dade.
O Pontal do Paranapanema tem mere,.,,. r i A n ,
.
,,,a,r . r Z n no..- cial do
,
,,,,
iovemo do Estado para a questão agrária e fundiária, umsi vez que é nessa
:gião que se concentraram os mais graves conflitos fundi6irios pela posse e
so da terra, e onde há uma atuação mais expressiva do MST - Movimento
os Trabalhadores Rurais Sem Terra.
. região, em razão dessa situação, foi objeto de u le Ação
ruvciiiaiiiental em que foram propostas ações reivindicatórias LUUL jxdido de
tutela antecipada que permitiram, com o :apoio do Incra, a arrecadação de mais
de 40 imóveis irregularmente ocupados, propiciancio o assentamento de quase
2.500 famílias até dezembro de 1997.

Situaçã :a1d o Porital d o Pa


.. .
l V' Kegiao Administrativa a o Estaao
cia&ific"ão das ~e&as ea &a)
Devolutas \ I .O00
planode legitim;içáo por iniciar 4X.(XX)
áreas remanescente! 37.MO
terras de quilombos 5 1 .o00
ATaA $8.000
Não Discriminadas
acZo em andamento
a&io náo iniciada
Particulares
legitiiiiadas
iuleadas oarticulare!
~

Irr.sl>. De?u,nhro <I<


>ri,r:
Somad<is as assentamenlc m os novos r :m 1998. alc
i marca de 101 mil hecta

A palavra $tifo ou i- 8tiEuia tem sua wigem os pdtiea relatada pçlm antizos a*cultores. segundo a qual
d<r.iiininsn <Ir! e m \ p r r drls. *e a\<cnhnmm. dcirmdoodixumrniii íalw crn
p n d c \ íaxnJriro* t ~ l , i f i ~ a \ a m
~ l nr ~ . l p , e n i icom enlo. vivo.. l:.iri .nm viirncndii ar h r . l . 6 Jo p ~ p r l" t i mmi~r.yunnclo rralwarn .ena
.uhsinri~que amarcl~viaodwumento. iland+lhe a~pectorrnclhccid<i
:- Vale do Paraíb, -., ,.

Vale do Paraíba e Litoral Norte são outras re giões de atuação


I
para regularização fundiária. Aprese ntam gra!nde parte de sua
. .
xtensso inserida em Unidades de Conservação, as quais vêm sendo o'bjeto de
ropositur es de der ção indir eta, envo ultosas
~denizaçõt

Nesse sentioo, a atuaçao a o itesp tem sioo necessana para apontar a


xistênci;a de títulos de propriedade duvidosos, para estremar terras devolutas e
~.
vitar a sisbreposição de títulos, objetivando uma defesa mais eficaz do Estado
pela n
rrocuradoria Geral do Estado. Tramitam nas Comarcas da reeião 350
~

ações de desapropriações indir


de Conservação.

A grande incidência de conflitos envc~lvendo


equenos p iores imobiliários que têm agido em função da
usência de uma atuação mais eficiente por parte do Estado
~ituaçãoDominiai ao vaie ao Paraioa I ~1,iroraiNorte
Região A ativa do Estado
lassificação das Terras %
)e~oluta~ '5.000
-
5
plano de legitimarão por iniciar
áreas remanescentes
Não Discriminadas

.a$ão em andamento
ação não iniciada
Particulare
legitimada
julgadas P ~ I L I L U I - ~
h "
Total

D - Região Adminisi :Sorocaba


cmr>orainciuinuo areas com airos niveis ae inaustnaiizaça
urbanização, a região abrange também o chamado "Ramal da Fome",
caracterizado pelos baixos níveis de renda de grandes parcelas da população e
elevado grau de subdesenvolvimento,com altos índices de mortalidade infantil.
Parte da regiião é cara1:terizada pela presença de peiquenas e Inédias
unidades de produção. Apresenta situações diferenciadas no q ue diz res peito à
--...----
--se e uso das terras, ~ u i ipaiide
i
.&-IA
incidência de coiliiirus :-*
" --
U C L U L L C L ~ Lua
.
.
-e
- L..-
G ~ ação
J

especuladores imobiliários, motivados, principalmfmte, pela )quenadiistância


rsas áreas à capital paulista.

.egião está localizada na área de entorno da Serra de Paranapiacaba,


8

parte das unidades de consenração ambiiental. Também apresenta


inues proolemas de ocupação dessas á

Situaçao uominial da Região Administrativa de Sorocaba


Parte da 4" Região Administrativa do Estai

evnlutas
plano dele: >oriniciar

Unadas
ação em anidamento
- nao
acao - iniciada
.
articulares
legitimadas
julgadas particulares

Fonte: Itrsp. Dc?ei?ihro ile 1997


A partir da análise da situação dominial das terras do Estadi3 e dos
~.~
incipais piroblemas (:ncontrados foram traçados osi objetivos estrat6gic:os. Foi
~ ~uma~análise
aooraaa, em seguiaa,
~ ~~ ~3~ ~ ~ . da
~~ ~ situação
. ~ das áreas p n o n m a s ae atuação
. . S . .
I Plano de Regularização Fundiána. Cabe agora apresentar os pontos principais
i estratégia de ação que será desenvolvida para que sejam alcançados os
)ietivosfix--'--
Otimização dos recursos o peracionais:, com a aidequaçlío da es-
.riuiuid
....-...- uu
A .-- u- -supuilr
i ~ e s ppaia
-TA----. ..--.-- uas .-- ---
A-- -.
dvws - ..
prrvis~as,
iricluindo o
aparelhamentot6cnico em equipamentose veículos,jáparcip ilmente
obtido com recursos próprios e por meio do convênio com a
FundunespS, bem como a redistribuição e capacitação da equipe
técnica.
Envolvimento dos parceiros, em especial a Prociiradoria G
.
Estado e a Secretaria do Meio Ambiente, com a uturonnizaçao P

dos conceitos e procedimentos mais importantes, propiciando uma


atuação conjunta e concatenada.
F'riorização das áreas mrais na legitimação, reorientando os tra-
balhos do Estado para tais áreas, estaduais e municipais, adotando
como linha de ação a parceria com as Prefeituras para a realização
dos cadastros urbanos, de modo a obter que a própria munici-
palidade execute estes trabalhos com a orientação e transferência
de conhecimentos específicos do Itesp.

- -
' Funaqao para o Desmvolvimento da Un~vcrsidadeEqtadual Paulista "Júliode Mcsquita FilW
4. Conciliação dos interesses da regularização fundiiria com a
proteção ambiental, identificandose as comunidades tradicionais
situadas em unidades de conservação para busca de soluções
negociadas, de forma a garantir a proteção do meio ambiente em
harmonia com a sobrevivência dos cidadãos.
5. Apoio aos pequenos agricultores legitimados, garantindo a fixação
do bomemna terracom dignidade e condições de desenvolvimento
social e econômico, por meio de ações conjuntas entre os órgãos
do Estado, que envolvam a elaboração de planos técnicos de manejo
sustentado, capacitação dos agricultores e acompanhamento
técnico adlequado.
. ,
Iiagnóstico aas areas da Atra, com o levantamento no local da
real situação dessas áreas, cadastramento e avaliação documental
$e tcdos M::upantes, rmssibilitando a proposição de liinhas de atuação
: à realida
7. Racionalização das áreas nas discriminatórias, adequando o
tamanho dos perímetros, aglutinando as glebas objeto da atuação
por idêntica situação jurídica, diminuindo assim o número de réus
nos processos e abreviando o Drazo das acões. possibilitando
melhores resultados
Racionalizacão das Ações

Te& Devoiútas

DeTesa
da Estado
Desapropriações J. ~ L Y ~ Y I
(ambientais, Cesp, Inera)
~ ~ J - ~ e s a p r o p r i a ç 6 e sjá propostas
(ambientsis, Cesp, Incra)
Dircriminiitória por gleba única Intcrveni6ncio nas açõe*
ou conjunto de glebas que se
filiem à mesma origem dominial Cumulaçáo com açáo
reinvindicat6ria. conforme o caso
Desapropria~Besprevistas
Discriminat6ria de vastas &as
com qualquer número de rkus
Usucapião de grandes Preas
Discriminatúria por gleba única
Legitimaqão Posses ate 100 ha sem Posses ate 100 ha com
de Posses documentação hábil legitimaçáo a iniciar
Discriminathria por glebas que Legitimação da área total do
aglutinem as pequenas posses perímetm, ate sua conclusão
nesta situagão
Posses st6 100 ba com Remanescentes de
documentação devidamente legitimaçáo anterior
registrada d o u superior a 20 anos Resgate dos orocessos
Não priorizar a discriminatória existentes, verificação das
pendências e conclusão
dos planos
i Areas de qualquer tamanho com
indícios de serem particulares Areas d e quilombos de
Não priorizar a discriminatória qualquer tamanho
Atenção especial (ver
Constitui@o Federal e
Lei Estadual 9.757197)

Arrecadaçáo
para
. Grandes áreas viáveis para
assentamento
i Grandes áreas viáveis para
nssentsmento
assentamento Acordoí de regularização. Reivindicação de giebas únicas
nos Temos do Decreto 42.041/97
Discriminitória por gleba única ou Grandes áreas vagas
conjunto de glebas que se filiem h Demarcação e destinação
mesma origem dominial. com pequeno das áreas
número de réus
ução de i Avaliar caso a caso a viabilidade i Avaliar casa a casa s
nflitos d a aqão e os limites d a conflito viabilidade d a ação e
envolvendo ~iscriminntbriade toda a
~ ~

os limites do co"flit0
posseiros gleba envolvida Reivindicar a 6rea e promover
Cumulação com reivindicat6ria assentamento ou legitimnção
conforme a caso dos agicultores
Para consecução de ui .ama, dimensionou-se a capacidade
operacional, baseando-se nos pa técnicos de produtividade de campo
das equipes de cadastro e topogratia, que dependem quase exclusivamente

.
npanDiiizar ramoem .,
viamente há que se ar, além clisso, a ne:cessidade de se
. ,.. dependentes em
a produtiviaaae aos trabalhosjunaicos,
grande parte dos Cartórios de Regisim de 1nnóveis e d;is Procuradorias Regionais
envolvidas. Com estas, travou-se um longo processo ide discussão que culminou
com a adoção de um cronograma único die ação. .
Devido às característicasgeográficas,meteorológicas, fundiárias,etc.,
a média de execução dos cadastros de campo difere nas diversas regiões de
atuação no Estado de São Paulo, conforme demonstrado no quadro aba:--
Prodi das equi
Nhem
- cas por i

Pmhiovidade Total
d
- (hddidequipe) Anual ma)'

-
Fon te: Iresp. De,zenbro de i
a Para efeito die planejamei a-se o ano c<amo tendo li
-
b.," *&A""
.c..m. = YLIVOmês a e>c.,,.... evistns.
do um mês r

** Considera-se-que, P-giãQoPontal,~O% do efetivo'tcnien atende-.as..demandas de asses


r
"
. .. .s .,,
Os quadros a seguir apresentam as metas e seu cronograma,
considerando-se como de curto prazo, as metas passíveis de execução em
1998199; de médio prazo, as executáveis até o fim da próxima gestão; e de
longo prazo, as ações que se estenderão para além de 2002.
Alcançá-las envolve um mar de complexidade técnica e jurídica,
questões sociais, conflitos, interesses ambientais e humanos, toda uma gama de
interpretações e questionamentos.
Nos capítulos posteriores, procuraremos demonstrar o que é navegar
nesse mar, ora tranqüilo ora revolto, os aspectos envolvidos e procedimentos
adotados na busca de alcançar a solução dos problemas que se apresentam
cotidianamente.
Move-nos, porém, a certeza de que navegar é preciso.
Cronograma para propositura de Ações Discriminatórias por Objetivo
* .............>.......
,.................... .. ...
..,..".. i? . . . . . . . . . . . . . ." . ..;ii-..','-.

j prazos
,

Curto
,

:
, . ,
Médio
?"""p""r"";or
: Região Objetivos 199811999 2000 2001 2002 Longo da,
Metas
Pontal do Defesa do E~tado O O O O 0 O
Paranapanema As~entamento 80.000 50 000 50.000 50.000 O 230.000 Médio prazo
Legitimaçãode Posses 40.000 20.000 20.000 20.000 O 100.000 Médio prazo
Solução de Conflitos O O O O O O
Total 120.000 70.000 70.000 70.000 O 330.000
Vale do Paraía Defesa do Estado 53.000 34.000 34.000 32.000 O 153.000 Médio prazo
Assentamento O O O O O O
Legitimação de Posses O O O O 290.000 290.000 Longo prazo
Solução de Conflitos 2.000 O O O O 2.000 Curto prazo
Total 55.000 34.000 34.000 32.000 290.000 445.000
Vale do Ribeira Defesa do Estado 25.000 15.000 15.000 15.000 30.000 100.000 Longoprazo
Assentamento 5.000 O 5.000 O O 10.000 Médio prazo
LegitimaçãodePosses 68.500 53.500 53.500 58.500 80.000 314.000 Longo prazo
Solução de conflitos 5.000 5.000 O 0 O 10.000 Médio prazo
Total 103.500 73.500 73.500 73.500 110.000 434.000
Sorocaba Defesa do Estado 15.800 O O O 0 15.800 Médio prazo
Assentamento O O O O O O
Legitimaçáode Posses 25.000 31.500 31.500 32.000 486.000 óO6.000 Longo pram
Solução de Conflitos 2.700 O O O O 2.700 Curto prazo
PROCEDIMENTOS PARA A
REGULARIZA~ÃOJ ~ D I Á R I A
O trabalho de regularização fundiária consiste em uma série de
procedimentos técnicos, jurídicos e administrativos (cadastro e levantamentos
topográficos, análise da origem dominial dos imóveis, ações discnminatórias
judiciais, demarcações, planos de legitimação de posses, etc.) que visam acabar
com a incerteza dominial, separando as áreas devolutas das particulares e
legitimandoa posse e uso de terras públicas, que foi desenvolvido durante décadas,
no âmbito da Procuradoria do Patrimônio Imobiliário - PPI, órgão ligado à
Procuradoria Geral do Estado.
A partir da criação do Instituto de Terras do Estado de São Paulo
"José Gomes da Silva" - Itesp" as atribuições relacionadas ao desenvolvimento
dos trabalhos de regularização fundiária passaram a ser executadas por este
órgão, por meio de seu Departamento de Regularização Fundiária - DRE
O princípio básico do ItespIDRF é o de contribuir para a fixação do
homem no campo, oferecendo-ihe a segurança dominial, ao tempo em que se
dá a adequada destinação às terras públicas, fazendo da regularização fundiária
um autêntico instrumento de desenvolvimentoregional.
p~~
~p

" A iriprm do Itrrp r 4 \inct,lada ar! Inrltiiito dc A,\unio, Fi~ndihnor- IAl; çriadii rm I983 pelo <;oremador
Frdnco \Inntom. td?a1173dil xu Sari.t5no de Agri;ulIunr 4hr~lr.çlmrnto.l u 4 ti<iniesdr Silkr. inr<irp<irdndo
a eq!npc 1rrni:i ~ n u n J<Iri .&\wi*ori31'r';nlr~ J i Keriibu ,\grlrid - ,\TR.4 da Secrcirni 0,. Apaiilliira e
(;1..41 - (iniv8 I:.xwurciu de .\(;"i
i\h.l.ri.;iincnr~. c =<i 1:rihll~n~.
~ n ~ i r u i cin
d o IWF.
Em 1986, o IAF e o GEAF foram incowrado à Sememia Executiva de Assuntos Fundiános. Logo ap65, em
1987, esta se tornou a Secretana de Esuido de Assuntos Fundiános, passando a contar com o Oepmmento de
Assentamento Fundiário - DAR e o D e p m e n t o de Regularização Fundiana- D E %ta Secretana foi extinta
em 1988, retomando o DAF B Secretaria de Agriculhira e Abasecimento e vinculando-se a DRF à Pmeuradoria
Geral do Esmdo.
Fioalmente. apanirde 1991, o I ~ p f m e s t n i ~ r a d o j u nat oSecretariadaIwtiçae daDefesadaCidadania, mediante
os Decretos 33.133191.33.706/91,39.544/94 e 42.839/98,reunificandoo DAFe ODRE ampliardoe aprimorando
suas atribuiçóes. e insuumenCalizando o 6rgão com um Cenho de Capacitação Técnico-Agrária. um Cenm de
Solução de Conflitos Fundiários, uma Assessoria de Apoio a Comunidades Quilomboliis e uma Divisão de
Para esse rim, os trabalhos são desenvolvidos em diversas regiões do
stado de São Paulo, por meio de seus Escritórios Técnicos de Levantamento
Cadastro - E.T.L.C., os quais atuam junto à Procuradoria Geral do Estado e
: suas Regionais, fornecendo os elementos necessários ao encaminhamento
is questõe!r relacionaidas aos pr ocessos discriminatcjrios, açõe:s reivindic:atórias
:terras devolutas, b4em como ao proced imento de: legitima<:ão de pos ses.
fl
L,
:>z- >- 7
onsideranuu ii vaariuau -...>.
uu oarduu >. '.=-
uc n
.
.. 7.
aau rauiu, L.
-.
oern .
como a
versificação de situações nas suas várias regiões, sobretudo com a incidência
df : grandes áreas de conservação ambiental, e em conformidade com o Plano
Esrauuai "r; Regularização Fundiária, foram eleitas pelo Itesp áreas prioritárias
.*nrl..nl A a

: atuação., que ser& io abordadas oportunamente: no decorrer do p resente


kbalho.
I'E eliminam Sm, cabe ti ntários acierca dos aispectos
stóncos, ji~rídicose 1 :lativos a 1lção Discinminatóri,a e a Legitimação
: Posses.
Etimologicamente, discriminar significa separar, estremar uma coisa
da outra, estabelecer diferença, como demonstra Aurélio Buarque de Holanda
-Novo Dicionário da Língua Portuguesa:
"DISCRIMINAR - I . Diferença5 distingui>;discernir; 2. Separar;
especificar: Discriminados os prós e contras antes de aceitar a
proposta; 3. Dgerençac distinguic discernir: discriminar o bem
do mal; 4. Separa5 estremar: 5. Estabelecer diferença; distinguir:
discriminar entre o bom senso e o absurdo".
Juridicamente, no que concerne às terras devolutas, a palavra
discriminação tem sentido mais amplo, embora guardando fidelidade à sua
significaçãovocabular. Em realidade significa o poder que tem o Estado de lançar
mão de um determinado tipo de ação para encontrar as suas terras devolutas.
As terras devolutas constituem um patrimônio infieri, pois sabe-se
que existem, porém não se sabe onde estão.
Vários doutrinadores ao longo do tempo, ou mesmo as legislaçóes
que trataramdo assunto, dispunham de forma diversa acerca de terras devolutas.
De toda conceituação conhecida, pode-se colecionar algumas proposições, de
modo a subtrair uma compreensão do tema.
Terra devoluta é espécie de terra pública, visto que é aquela que em
nenhum momento integrou o patrimônio particular, ainda que esteja
irregularmente emposse de particulares7. Em outras palavras, terra devoluta é

' A Constihii@o Federal estabelece que inexiste usucapião sobre tem pública. Anigo 183 P 3" e Anigo 191,
Parágrafoúnico.
terra pública, pelo fato de não haver esta ingressado no domínio particular.
Aliás, diga-se para argumentar, a palavra devoluta, dentro de sua semântica,
inclui o conceito de terra devolvida ou a ser devolvida ao Estado.
Sem a pretensão de definir conclusivamente o que seja terra devoluta,
busca-se simplesmente nesta oportunidade apresentar uma idéia básica, a fim
de explicitar o procedimentojudicial.
Em suma, a Ação Discriminatória é o meio hábil para que o Estado
possa separar as terras que se encontram sob domínio particular, daquelas
consideradas como "públicas" ou que devam retomar ao dom'nio público - as
terras devolutas.
Entretanto, para ser iniciado o processo da ação discriminatória, é
necessário que a Fazenda Pública do Estado delimite a área a ser discriminada,
que será demandada em face de todos aqueles inseridos nessa delimitação, a
qual se denominará Perímetro. Não existe para o Estado, porém, a obriga-
toriedade de ingressar em Juízo contra todos os ocupantes dessa área numa
única ação, podendo o Perímetro ser subdivididoem função do interesse público
e para maior agilidade do processo.
No Estado de São Paulo, foi instituída pelo Decreto no 8.6008,de 20
de dezembro de 1976, uma comissão permanente, no âmbito da Procuradoria
Geral do Estado, com a finalidade de estabelecer critérios adequados na
preparação administrativa, bem como a definição de áreas prioritánas para
promoção das Ações Discriminatórias
Pois bem, para essa separação que se procede por via judicial, o
magistrado, dentro de suajurisdição, comintuito de aferir a característicadominial
dos imóveis, toma por base alguns critérios históricos; em outras palavras,
procede-se detalhado estudo da cadeia de filiação dos imóveis inseridos na
área discriminanda, inserta nos Perímetros, visando unicamente aferir se houve
ao longo da história, com fulcro na legislação cronologicamente disposta, a
passagem regular da propriedade para o domínio particular.
O Decreto Estadual no 14.9169,de 06 de agosto de 1945, que dispõe
sobre as terras devolutas, em seu artigo 2", letras "a", "b" e "c", define alguns

O DecretoEstadual d 10.408 de 30109fl7.jBestabeleeianamasdefimjãadeprioridades Èdiscriminaçãodetenas


devolutas no Estado de São Paulo.
Ahlalmente o procedimento da A@o Discriminnt6ria 6 regulado pela Lei no 6.383/76
6rios, que ainda são O ~ S ~ N ~para
~ OseScaracterizar
, as terras de do
ticular, nos seguintes termos:
:stadoreccinhece corno terras dlo domínic r, indepenc
,. .
nre ae legitimacão ou revaiiaa cão:
is adquiricias de acc~rdocom a lei n. 6( de setemtiro de
1850, decreto n. 1.:318, de 30 de janei 4 e outra!E leis,
J.
Lieçrcius.e. çunçessries
.
A.-
. .... .... -
de caráter federai;
is, concedidas ou ccimo tais r€:conhecid as pelo Estado;
1s assim declaradas por sentença judicial com força da ",,,Q%2

3.

- Out
..
es mestres também dispusenim acerca dos critérios a
. . .
serem afendos para separação das terras devolutas das particulares, cabendo
~~

citar alguns:
, bud uvid. 'Ação D ~ S L L L L L U,~II ~çdição,
A 1lacy de A s ~ s ciii LULL~

onso Borges, em sua obra "D a Ação DIiscnminat Ória",


1076.

magistrad10, Vito Jo!d Guglielrni,em sua obra: "As terras devi


:seu regiistro", eniiarte extraído do rnatenal apresentad
~ ~

2alestra ministrada em 25 de abril de 1996, no Itesp.


E bem; o procedimento da Ação Discriminatória é atualmente
- uiaoo veia Lei 6.383, de 07 de Dezembro de 1976. Referida norma.
disc:iplinando o processc3 discrimiilatório dari terras da União, tan
aos Estados nnembros, por força de seu artigo 27.
n-, :-:"I -:-"'L.L".
r",,raiiiu, u piu~-cssujuui~-ia
.#..
ua A,
tivau UISL-iiiiiiiiaiuiidscia yiuiiiiIVIUU,
no iâmbito do1s Estados membros, pelo órgão própri o estadualI, por meio dos

,."*.-*o..*n
L",.
.,r
.@o -
repi:esentantes judiciais do Estado. No Estado de São Paulo, rterá intent.ada a
nD-i.l,. $Ia P r o c.A,.&"
pela Fazenda F'ública do Estado de São. l~r_~~
Geral do Estado, por in ie seu rep resentante: legal que é o Procu rador
do lEstado.
As legislações anteces!$oras, que outrora ciefiniam c> procedirnento
adotado para a discriminação dei terras, niio alteravam de forma subst;incial
sua forma, nnas simplesmente a competência para sua prc~positura.Para
exemplificar, observa-st que a partir da Constituição Federal de 1891 os Estados
$arama le:gislar sobre a matéria'0.
Obs.erve-se também a Lei Federa , de 22.12 eces-
d
.
,, da Lei 6.383/76), que regulava o proc,,~, , , Ações Di~,....-..-~rias e
munia os municípios para promoverem ações discriminatórias nos segiiintes
termos: "Compete à União, Estado e Municbios a ação d iscrimina,tória,
para deslinde das terras de seu domfnio......". Entretanto, a Lei 6.383/76,
que vigora como reguladora da matéria, silenciou em seu texto acerca da
competência dos municípios, iniciando-se a partir de então, soberbas discussões
em nossos tribunais superiores, acerca da legitimidade dos Municípios em
moverem esse tipo de ação.
problemática se agrava no sentido de que tados membros,
apamr aa constituicão Federal de 1891, apoiando-se na propnedade transferida
pela União as as devolutas situadas em seus temtórios",
transferiram, ~rçõesdessas terras aos seus Municípios.
Em >ao rauio, a concessão é feita com baise no Dec:reto Lei Com-
plementar no09, de 3 1 de dezembro de 1969 (Lei Orgâinicados h4unicípios), em
seu artigo 60, dispondo da seguinte forma:
"Pertencem ( ônio municipal as terras devolutas que se
rlizem den I raio de 2$0Km, nmtados do ponto central
-- sede d o MunicQio, e de. 12,
. . ~ ..
contados da Praça da Sé, no
murricipio de São Pau 10".
Par ágrafo ún!ice: "lntc?gram, igi Snio municipal
terras devolutas localizadas dentro d o raro d e 6,O Km,
tados d o ponto central d o seus distritos".
A partir de então, cria-se uma grande celeuma jurídica atado de
São Paulo, poiis as terras devolutóis inseridas no círcu10 municilpal com raio de
8.0 Km e distrital comi raio de I5.0 Km, f oram tran sferidas ao domínio dos
Municípios; ~ G U ~ V , , , " .... ".-.
. , . ,."+-,.+.,m r,'.-..&.:,i,.c pelo legislador

i.1895; Lei 54
-.,~2 ,,*
território.^. cobmdo o Uniio somente oporpio de território o u for imdi.~~cmáv~l
w m o defe.endoa fronrcirm,
fonificacdedes. conrrm~5esmilitares E e.vtmdos de ferro feiú
P a d p f o Úoico. Os próprios nociomais. qw mio forem c
domínio dos E . ~ t d o sem
. cujo trnitório estiverem si ruo doi^
na Lei 6.383/76, deixando de mencionar à respeito de sua competência para
promover ações discriminatórias. Sobre o tema já decidiram os tribunais:
"TERRAS DEVOLUTAS - Açáo discriminatória proposta por
Prefeitura Municipal - Indeferimento da inicial "ex vi" do
disposto no art. 295, 1, e parágrafo único, 111 do CPC - Decisão
mantida por maioria de votos - Inteligência do art. 27 da lei
6.383/76"12.
Assim, tem-se como competentespara promover ação discriminatória
a União e o Estado, pela disposição de artigo expresso da Lei 6383/7613,levando
a competência municipal para discussão jurispmdencial.

2. Fases da Ação Discnminatória


O processo judicial da ação discriminatória decorre em 03 fases
definidas: Citatóna, Contenciosa e Demarcatória.
A - Fase Citatóna
Após coletados os dados necessários, inclusive quanto aos indícios
de terras devolutas na área que se pretende discriminar, poderá o Poder Público
ingressar em juizo com a competente ação discnminatória.Toda a documentação
que acompanha o pedido inicial intentado pela Fazenda do Estado de São Paulo,
bem como todos os trabalhos técnicos e jurídicos que subsidiam a propositura
da ação, são realizados pelo Itesp e que, adiante e no momento oportuno, serão
detalhadamente explicitados. Essa documentação que acompanha a peça
inicialL4é denominada pelos doutrinadores de percurso prévio.
Recebida e autuada a petição, passa-se à citação por editalI5,
convocando todos os interessados a contestarem o pedido inicial formulado
pela Fazenda do Estado, que necessariamente indicou as áreas a serem
declaradas como devolutas.

"Artigo 27 da Lei 6383116: "0proces.sodiscrimi"otdtiop>wisto nesta Lei aplicar-se-4 no que coube? br terras
dwoluras estaduais. obseruodo o seguinte:
I - Na instancia adminisuativa. wr intemedio de 6mHo " estldualesoecifica. ou atrav6s do InstiNto Nacional de
Colonização e R e f o m Agrária- INCRA, mediante convênio:
ii - Na instancia judicial, na conformidade do que dispuser a lei de Organiraçao Judiciária local."
" De acordo com o an. 3' da Lei 6.383/76.
' 3 Pw for$&do art. 20 O 2' da Lei 6.383176.
B - Fase Contenciosa
Após fmdados os prazos dos editais, inicia-se a fase contenciosa, na
qual, conforme os termos da petição inicial, a Fazenda do Estado indica as
terras a serem declaradas como de dom'nio público pelo Poder Judiciário, sendo
que, em contrapartida, os particulares interessados tentam provar tratar-se de
terras de domínio particular ou, em outras palavras, buscam demonstrar a
passagem dessas terras ao domínio particular. Esta fase tem seu término com
a sentença do juiz, após aferidos os critérios legais, históricos e doutrinários,
declarando quais sejam as terras de domínio particular bem como aquelas de
domínio público.
C- Fase Demarcatória
Esta fase inicia-se após a sentença, que não necessita estar transitada
em julgado, sendo esta uma grande inovação trazida pela Lei 6383/7616, pois
caberá apelação da sentença proferida, mas esta será recebida somente no seu
efeito devolutivo, facultada ainda, a execução provisória.
Na Demarcação" se procede efetivamente a delimitação física, onde
materializa-se no solo os limites resultantes da sentença, realizando-se a
separação física das terras declaradas pela sentença como devolutas, daquelas
de domínio particular.
Tem fim esta fase com a homologação judicial dos trabalhos t6cnicos
apresentados pelo Perito Judicial (Arbitrador), sendo que, é requerida pela
Fazenda Pública do Estado, a expedição da competente carta de sentença,
valendo esta para o registro das terras devolutas em nome da Fazenda Pública
que se tomará, a partir de então, parte integrante do patrimônio público estadual,
finalizando todo o procedimento judicial.

Conf-e
l6 dis* o artigo 21 da Lei 6.383n6.
" A demarcaçZo praceder-se-á na foma dos artigos 959 a 966 do CMigo de Processa Civil Brasileim (art. 22.
@@o único da Lei 6383n6).
p6s finalizado o procedimento judicial da ação discriminatóna, é
at orne da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, junto ao Serviço
Registra1 de Imóveis da localidade, o competente registro imobiliário das terras
declaradas I pela sentc:nça. Esses imóveis ;ar20 a int:egrar o
patrimônio :tadual, po~derão,a partir de en etados a qsualquer
. . .
fim, a critério da Administração Pública Estadual, sempre com vista aos
P' incípios que norteiam a admiriistração p
EIntretanto, poderá o Poder Púi nder por 1bem legitiimar os
. . . i.
Dosse~rosaue se encontrem na oosse aessas terras aevoiurai
erá o Pocler Público Estadu:11 regulariizar os pequenos
a posse e:m terras devolutas, dentro d10s limite!; legais
..........
esiaot-icciuusL\medidiari~t:a uulurxa . >-- .<-:.
J. *<L. . I - J -..>
- uc tituiu ut: uorruniu uu irnriu ut:WI
. -
-..a-.

de uso. Trata-se, no caso, do pleno exercício do Poder Di


administrador Pública1.
procedinlento adrriinistrativiu para leg:itimação de posse:i segue
CI :ais a sere1rn aferido!i pelo adnlinistrado:r público, na pessoai de seu
. . .- . -
representante legal - nocurador do Estado. bsses critérios estão estabelecidos
e seus inc:isos, do f tadual no 2E8.389188:
9rf. 1" Sül9 legitimd terras dei
pularmente discrimrnaaas. em aenen'cio da pessoa Jtsrca aue:

-
'V .. .- 6 regido pela Lei 3.96207 e pelo D m t o EslAual 'n 28.
de maio de 19""
'Pader Disiric: : o Dinito coniicde Admini do explícito oii implícito. paiil a pr6tica
de atos admini iberdade na escolhade suacc aminidadecconteiido" Meirellen, Hely
Laper - Direi 'ivo Rrarileim, ed. Malheim São Paulo, 1996.p8g. 102.
I - ocupe área igual ou inferior a 100 ha (cem hectares) nos
termos do artigo 11 da Lei no 4295 de 19 de dezembro de 1985,
em glebas contínuas ou descontínuas;
I1 - não seja proprietário de outro imóvel com características
rurais;
III - mantenha a posse efetiva da área, conforme o disposto no
artigo l oda Lei 3.962, de 24 de julho de 1957"".
Portanto, denota-se que o primeiro requisito a ser cumprido pelo
beneficiário do título de domínio em terras devolutas no Estado de São Paulo é
tratar-se de pessoa físicaI.
Em todo o texito legal, sempre prc legislador,, beneficiar o
-.^..-I- -2 .I--:-- - "3" >uLiai
,
-1 2"" *-..
pequeno posseiro, objetivaiuu yiiviicgiai u urib ~ciras devolutas
estadiuais, no ai?seio de que a propiiedade cumpra sua função social.
No qiie se refere à outorga de termo de permissão de uso" ,poderá
ser e>cpedido p,ela Fazenida do Est:%doem favor do ocupante, ciija posse não
seja 11rgitimáve I, desde qiie preenchia os seguintes requi sitos legai s mínimo!.. 9.

. ,
A Morada habitual na gleba ou seu real aproveitamento: -.
Itura efetiva ou ediicação residencial, conforme as caractensticas
tais ou urbanas do imóvel, respectivamente.
Em sendo assim, todo trabalho jui rídico e té:cnico de levantamento
procedido pelo ItesplDRF pauta-se na mais profunda pesquisa e obtenção de
dados e elementos inerentes à ocupação do ir,.,,,, ,,,, todos os sentidos, a fim
nA.rnl am

de que se possa aferir com segurarica os critérios legais dispostc,s, evitanc10 a


ocorrência de injustiças.
Desta forma, finalizado o levantamento técnico e jurídico, e na medida
em que o Estado legitima o posseiro através de outorg:a de título de domínio,
transferindo-lhe a propriedade imóvel, esse título é letrado pelo beneficiário a
. . . .
registro, junto ao Serviço Registral de Imóveis, iniciando-se uma nova linha
domiinial, com ii respectic,a e devi&i subtraçãc1, do registro originário, em nome
da Fazenda Pútjlica Estaclual, daqu'ela área le,gitimada.

:efetiva. segundo os t e m r pelo período i tos. a


do levantamento da glcba.
mo de permissão de uso incirlirá sobre área 100 ha. pode"ao ser uimpai.sado esse limite em
-
.-..excepcionais, em razão da er<en<zn2arirn . .
.i Pmr>inrlo"l
....... I"
Gnal do E-la~..
Assim, na medida em que o Estado outorga tíiulo de domínio aos
ocupantes, a propriedade, que anteri,ormente: era públii:a, passa I,ara o donúnio
privado, visando com isso privilegiarousosocial da piropriedadí+.
.. .. . . . ..
Conclui-se, portanto, que o procecumento adnu~strativo de legihmação
de posses não perfaz nenhuma correlação ao processo judicial da ação
discriminatória.Todavia, só épossível iniciar o procedimento de legitimação de
posses, após a Fazenda Pública do Estado deter o efetivo domínio do imóvel
legitimando, declarado através do processo discriminatório, conforme
sobejamente demonstrado anteriormente.
Cabe ressaltar ainda, que anteriormente ao início do procedimento de
legitimação de posse, faz-se necessário verificar junto aos órgãos competentes
a viabilidade da legitimação pretendida, principalmente junto à Secretaria do
Meio Ambiente, consultando-a acerca da incidência de Área de Conservação
Ambienta1na região a ser legitimada, fato este que, existindo, obstaria a pretensa
regularização dominial.
No que tange as terras declaradas como devolutas por ação
discriminatória, inseridas no círculo municipal com raio de 8,O Km,bem como
distrital com raio de 6.0 Km, após registradas no Serviço Regishal de Imóveis
competente, em nome da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, são
transferidas por termo de convenção administrativa para o domínio do
Município. Da mesma forma, essas terras são registradas em nome da
municipalidade, iniciando-se uma nova corrente dominial, subtraindo do imóvel
originário, em nome da Fazenda do Estado, a área transferida legalmente
ao município.
ito h legitimação ou mesmo ? afetação
i desse im6vel transferido
a mi ide, com1>eteexcluisivamente tal definição ao 1'oder Pút,lico
Municipal, sem qualquer intervenção do Estado. O município também poderá
procí:der a reg ularização dominial das áreas devolutas inseridas nos círculos
muniicipal ou distrital, mediante a expedição de título de domínio aos ocupantes
que se encontrem na posse desses imóveis.
Ocorre que a legitimação de posses procedida pelo Município, reger-
se-á por lei municipal, que nomeará uma comissão permanente de legitimação.
Essa comissão será responsável pela análise e elaboração de pareceres, opinando
quanto à outorga dos títulos, passando após, à vista do Sr. Prefeito Municipal,
para homologação.
~uuu iraoairiu iruuçu c junuicu purra, a Giiirnu uu iiiuiucípio,
r reaiizaao por convênio com o Estado, tendo o Itesp, por meio de seu De-
irtamento de Regularização Fundiaria, competência para realização
)s trabalhosz2.

-.
....
.........
.. .-..,. .., ineiso I11 do Decreto rstadual no 33.706, de 23/08/1991
Feitas essas singelas considerações acerca do processo discriminatório
e procedimento de legitimação de posses, passaremos a explicitar os trabalhos
desenvolvidos pelo Itesp/DRF na execução, organização e implementaçãodesses
traba

ae ".
3-
ierras ao osraao>-
ae >ao
. - A ~ ~.~ ~.
i visto que:o Decreti3 Estadual
" - n~
~
rauio varias .
, . amouiçoes,
519 1 confeIre ao Instiituto
. . elas, a ae atuar
oenrre 3

junto i Procuradoria Geral do Estado, fornecendo os elementos necessários ao


encaminhamento das questões relacionadas aos processos discriminatórios e
de legitimação de posses.
Cabe ao Departamem ria - DR E a
elaboração de cadastro técnico que ~uiiiciiipit:as caiacrtíribiicab Ciuiiuianah
.->ZLL--
dos
imóveis, levantando tod a a documentação dos ocupantes de terras públicas,
para fins de diocriminaçãtD ou legitimação,procedendo ainda a análise detalhada
."
dos documentú., .'.I,." "
+ais foram adquiridas, de forma a permitir a decisão
juridicamente íidequada Iquanto ao domínio dlestes imóveis.

-zn n a m n - ,:...:.."&A-, :-" .I..A <

A - Caracteriisticas fui ?o Técnic


. . . .. .
Antecedendo o inicio dos trabalhos de cadastro técnico, visando a
P*Pl ositura de ação dis<:riminatóiia, são pr omovidas reuniões com todas as
pesscIas que te:nham evc:ritual intf :resse dineto ou in<lireto no procedimento
juríd ico, com aI finalidadle de esclarecer os objetivos desta ação judicial, além
~ .. .
de dar publicidade a ação governamental na área de interesse, conforme
disposto na Ins 302198, do Departamento de Regularizaição Fundiiána
- DRE
Na seqüência, o ItespJDRF executa o levantamento da malha
fundiária,visando a montagem do Percurso Prévio23.Na elaboração da malha
fundiária, ao caracterizar as glebas, é observado no croqui do Perímetro os
limites das áreas que transpõem os Perímetros confinantes.
Ao delimitar o Perímetro discrirrúnando, procede-se a indicação dos
nomes dos confinantes, observando-:;e os casos em que a divisa constitui-se
em acidente geográfico.
Na hipótese de se executar os trabalhos com fotograf~asaéreas ou
cartas aerofotogramétricas, utiliza-se plantas ou croqui dos Perímetros
confrontantes. Para tanto, procede-se o lançamento do croqui do Perímetro
discriminando, nas fotografias aéreas ou cartas, fechando com os Perímetros
confrontantes e respeitando as divisas daqueles já discriminados.
Toda informação que subsidiará a confecção da peça inicial da Ação
Discriminatória (qualificação dos ocupantes, características do imóvel etc.), é
coletada em campo pelos técnicos do Itesp, sendo utilizada para preenchimento
de documento próprio deste órgão, denominado Laudo de Identificação Fundiária
(LiF),que é assinado pelo próprio técnico subscritor, bem como pelo ocupante
ou declarante que prestou as informações.
O LIF é aplicado em todas as glebas" identificada s no Perírnetro,
procurando fazer constar nele o maior número de i,,..f,.-~~n,
,..,,, ,,,.,;is,
I r ..nrri.,ri
de
modo a identificar precisamente a gleba, seu ocupante e os confrontantes. Para
isso, o técnico percorrerá, na companhia do ocupante ou seu preposto, as divisas
da gleba, identificando os vértices (pontos) reconhecidos na área, de forma a
indicar as 10calizações dos âng:ulos das linhas delimitador;as, aplicando a
simbologia e: gpecífica.
Par
., . ....
ição do CPoqui no L1ir, o recnico uuiizará as convenções
padrões, acre na legentda todas a.s informações possíveis.

" É o conjunto de tada documenl bilifará a pmp


?'Terreno identificado no interior iiscriminando.
planialtirn6tncas.
CROQUI DO IMÓVEL

Coleta d
1 Leste
L O e s t e

entos
-05 e Rio do 8
R-doA

Toda aocumentaçao referente h quaiiticaçao pessoal dos ocupantes


identificados, bem como a referente à aquisição do imóvel, é solicitada por
meio de notificação lavrada pelo técnico, quando da visita para identificação do
imóvel e avlicação do LIE
Visando a coleta dos documentos, estipula-se na notificação prazo
para sua apre:sentação, não sendo necessária a autenticação da cópia da
d ~ ~ l i i i i c i iz-i a ~
a aser
u entregue pelo ocupante.

Na elaboração do "0vprl.y'''' , além das informações coletadas


mediante a aplicação do LF, os téciiicos do setor de engienharia re;ilizam consulta
de todo o material cartogrifico disiponível sc~ b r ae regiião, tais c<)mo: Cartíis do
.. . . -
Instituto Geográfico e Cartográfic-:n- T -C-X-,
? Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - TBGE, Plantas do Departamento de Estradas de Rodagem - DER
e da Companhia Energética de São Paulo - CESP, obsewando sempre a divisa
temtorial de Distitos e Municípios, círculos municipais e distritais, caminhos,
estradas e rodovias públicas, ferrovias, restições ambientais, limites dos terrenos
" OVERLAY - 6 um pmduto gráfico intermediário.obtido através da transpo<i$ãode tados elementosconstantes
docadastrorealizado sobre afoto~fiafiaaéna.
de marinha, L,. ...,..L.Yo ,-
.nundação das usinas hidrelétricas, represas e
ides, bem como ou0.os dados <que possit ia melhor : ;ão do
ímetro discriminanc10.
..
n .. -Descrição do Yeirím~trn
Na elaboração da Descrição do P'erímetro, dá-se ênfaise ao Perímetro
.. .
disjcriminando, com su.as caracte:Ksticas e confinâncias, certa ou aproximada.
,. .
aproveitanao., em Dnncipio, os aciaenres ni
L
..
. Rol de Iocupaçõe
",'-1, Aa
,,,,,a~õe.s~~,
-.i..
, , , , , , , . ,é p,u..w-, ,,
io horário e numeração em seq uência, f r ~
,. ...
ais ao Norte,
onstar
n varredur
rea corres
Pesquisa da cadeia dominial
títulos e r tuais, incidentes sob são obtidq3s por
meio ae pesquisa junto aos serviços Registrais de imoveis, processarido-se
mediante a indicação doI Cartório E:respectiva circunscriçãoimobiliária,indicação
do número do registro (matrícula IDU transcrição), data, liwo e folha, qualificação
dos indicados no Registro e....area
c
-- >
uo imóvel em hectares ou a constante do mesmo.
o 11evantamento é procedido visando a anillise da cadleia domin
Svel, a fimi de constatar sua legitimidade: OU evenhia1 irregul:aridade.
. Diagnós~ticotécniico da &ri
m base n os levant amentos e observ:ições realizadas, c:om a
. . . .
utilização dos levantamentos aerofotogramétricos e através de cartas
ográficas, é elabora<lo um esbc,ço circunstanciado da área as'er discriminada.
8

itendo as sreguintes iinformações:


-, . ... -
ASpeCtOS risicvs: relevo. solo. niaromaria, vegetacao. meios de
-
acesso, el
uárias
as:

Outros A spectos: < ocupação., tensão social, pre


;nA:nnn. rnmiin;As b n..;1n- hn. m;nm
reservas tiorestais, áreas consideradas de interesse do desenvolvi-
mento econômico da região, de interesse de órgãc1s público
presumível domínio privado.
Análise oreliminar da situação juríciiea
vindo-se dos documientos colhidosjunto aos ocupantes, bem como
cartorial., elabora-.se manif estação sobre eventual vício ou
,,w.,\IULIY

u~cgulalidadequt: UCIIIUIISU~ ..-...-


:-J<. .:--a- .--.
UIUIGIUS uc serem devolutas as áreas uisLnmin
>:
..L
-:-
a.->..
nuas
e, da mesma forma, a respeito daquelas que indiqu, únio particular,
afastando o interesse estatal sobre as mesmas.
Ref erente ainda à situação jurídi ca da áreiI objeto da pretensa ação
:riminatória, são ob!;ervados aJguns fatcires relevantes:
panto a ocupaçáo: os aspectos de exploração, tempo de ocuparan
:moradia.

. .- . - .
Quanto à presunção de dom
.
aspectos de explor
. ..
. ae 11
:xistencia ou nao ae eventuais ocuoacoes e ocorrencia

çt....,.,.,,
. - L ão dos trabalhos,, .,.,., ,. ,
,, ,

Corisiderandc)-se que a represent;sção judicial do Estado, bem como


~mpetência para primover a Ação Disicriminatória e o procedimenito de
legitimaçáo de posses estão afetas à Procuradoria Geral do Estado, por meio
de s;eus Procciradores, tão logo e:stejam concluídos os trabalhos técniicos e
jurít dicos sob a respons:ibilidade (io ItespIDRF, são esses remetidos h Prccura-
. ,ia Kegional competente, com vistas ao ingresso da ação discriminatóna,
io entregues os seguintes documentos:
"Overlay" (croqui);
Descrição do Perímetro ;
Laudos de Identificação Fundi
3ocumentos e Certidões referentes a aquisiçso dos imbveis
lol de Ocupaçóes;
-
>iaenósticoda Área:
inálise RI:liminar stobre a sitciação juríc lica do Perímetro e
'esquisa d,a Cadeia Ilominial.
m suma, toda documentação, bem como os estudos necessáxios para
da competente Ação Discriminatória, são encamirihados à PGE2'.

L. Legitimaçáo de Posses - Roteiro de ~.t..i w..a a d e s


Após a homologação judicial da demarcatória do perímetro discrimi-
nado judicialmente e o competente registro em cartório das áreas julgadas devo-
lutas, em nome da Fazenda do Estado de São Paulo, iniciam-se os procedimentos
para a legitimaçãodas pequenas posses localizadas nestas áreas em conformidade
com a Lei no 3.962157 e Decreto Estadual no 28.389, de 17/05/1988.
A - Procedimentos preliminares
Para que se dê início ao processo de legitimaçao ae ipós a
sentença transitada em julgado declarando a área devoluta, deve-se efetuar
vistoria prévia da área de interesse28,a qual consiste em verificar sua situação
física, ou seja, relevo, vegetação, hidrografia, meios de acesso, estimativa do
número de ocupantes, levantamento de possíveis conflitos e culturas
predominantes, a fim de se definir a metodologia de trabalho a ser utilizada.
Após esta etapa, passa-se à obtenção e preparação do material
disponível, qual seja: planta da demarcatória do perímetro, plantas ou croqui de
perímetros confrontantes, fotografias aéreas, cartas oficiais (IGC, IBGE)
existentes da região, descrição perimétrica dos municípios e distritos, memoriais
descritivos de unidades de conservação, etc. São promovidas reuniões com
todas as pessoas que tenham eventual interesse d i t o ou indireto no procedimento
administrativo, com a finalidade de esclarecer os objetivos deste, além de dar
publicidade à ação governamental na área do Perímetro a ser trabalhado.
B - Cadastro técnico
Após os procedimentos preliminares, executa-se o cadastro tecnico
que compreende as seguintes etapas:
B . l - Levantamento da malha
isiste na identificação das glet>asem fotiografias a1ireas amp:liadas
Par: 1:10.000, onde são percomcIas todas :as divisas, na comp~anhia
-
>'Document+m exigjds FIO an. 20, 5 1" da Lei 6.383n6- Perr"rs0 m vio.
'W praro~anrcmidoenm o inicia e a fim da discrimina61 ria, via &regi -a muito I n g o, faz uwn que a malha
fundiáriatenha que wr refeita para a legitima~áodep s e s , em f u ~ ã o d a srnuitas e f q i i entes altera@zs havida
no rol de ocupantes dou na esuutum fundifia d i região.
.
dos ocupantes e de seusi confrontantes, prc
. e *Denreitonas
culturas " .. . .. .
existentes.
itamento das

Para a atualização da malha fundiária, poderão ser utilizadas as plantas


contendo a malha já existente ou cartas da área onde estão sendo executados
OS trabalhos, enn substituiição as foitografias aéreas.

B.2 - Aplicaçâio do Lauido de Identificação Fundiária (LIF)


Outro elemento primordial no cadastro técnico é o Laudo de Iden-
tifica<;%oFundiária (LIF), que consiste na identificação e qualificação dos
ocupaintes. Consta aindanoreferido laudo um campoespecífico para aconfecção
do croqui do imóvel, onde são detalhados os aspectos físicos relevantes da gleba,
figura anterior.
B.3 - Levantamento Topogritic
Consiste no levantamento cadastra:I das feiçties existerites na gk:ba,
porénn não idemtificada.s nas fotografias aéreas, plantas ouI cartas. Tal
..... ,.
Ia,,.,", ,simantn n,nrlar.5 r-.. 'ifetivado por topo@,.., ,..,.,.,.,
"*F;., rnn.,.m.r;n.,-i,. ,
,+&.n;rsir de
.i.
;,,.L
.,,,

posicioilamentaI, com uso de G.P.S.(Global Positioning S i ~ t e m ) ~ ~ .


B.4 - Produto Final
- . .
V produto final 6 composto pelas seguintes peças técnicas:
* Planta geral do Perímetro - compreende todo o conjunto de folhas
plotadas em material copiativo, que representam graficament ..
Perímetro a ser trabalhado, na escala 1:10.000 e sistema
coordenadas SAD 69.
* Plantas individuais -Consiste no d cada gleba que com1
o Perímetro, devidameiite plotadc -na1 copiativo. form
A4 (ABNT)"'.
* Memoriais descritivos - Consiste na descrição perimt!bica de c:ada
área, usando para isto os azimutes, distâncias e confrontantes de
cada eleba.

-
Sisten. o pasicionamm I sinais transm

' ABNI Brasileira de : :as


V. APOIO AS PREFEITURAS MUNICIPAIS
PARA A ELABORAÇÃO DA PLANTA T O P O G R ~ ~ L A
-CADASTRAL-CADBSTRO URBANO
Outro relevante: serviço prestado pelo Iteslp/DRF nc) âmbito
tização fuindiária é o apoio As prefeituras municipsus para a c:onfecção
I

rn 1,rhiinn

A regtilarização fundiária nos núcleos urbanos municipaiis elou dishi-


tais, te m com prc:ssuposto a efetiva caracterização da situação dorninial destas
,. ..,
,
.
,,
"
"
O
, ..ro,.Knr . ..,.,.
,. ngopulacionais, servindo como eficient~;nr+nim.a t o para os
trabalhos de planejamento físico e temtorial urbano, com a conseqüente
modernização dos instrumentos necessários para o adequado sistema tributário
municipal, mediante a elaboração de plantas, cadastro e aplicação do Boletim
de Informações Cadastrais (BIC).
O cadastro urbano, ou cadastro unoaiiiáno, constitui-se de um conjunto
de plantas com características que, ora passaremos a descrever:

1. Plai
Essa planta tem por objetivo a representação geográfica dos setores,
quadras e lotes, bem como das benfeitonas urbanas, tais como: postes, muros,
passeios, etc...,apaitirde suas localizaçõesgeográiicas, elaboradanaescala 1: 1.000.

2. Planta de quadra
É a representação gráfica do conjunto das unidades imobiliárias que
a compõem, com as respectivas edificações, confeccionadas na escala 1:500.

3. Boletim de Informações Cadastrais (BIC)


Consiste em um impresso onde são an otadas as característiicas relatiç,as
a cada unidade imobiliári;i, necessánas ao cáIculo e lançamento dos hibut os
municipais.
,iL urvr Luiirr;lLaiiipuù poin O registrc ,
,
, ,,,L,Lmações neces-
sárias e suficientes previstas no cadastro, podendo, dessa forma, armazenar
um número maior ou nienor de informaçi5:s para atc:nder tis peculiaridades e
critcSrios de avaliação d~ ,.sAo
ruuu
3 - i r nicípio.

preenchirnento 6 obrigatório )ara cada Linidade imobiliária, cons-


tmfi I, devendc) ser feito com a niaior c l m:za possível. Este pNreen-
8
. ..
-....nem0 envolve atividades de coleta de dados em campo e de revisão e cálculos
rhir
nos escritório
ui-se em d definitivc as informações
, . . 8

contiaas nele sao passiveis ae aaaptaçoes ou mesmo moairicacões aue se


compatibilizem com as necessidades de tributação, planejamen > solo
urbano de cada município.
Basicamente, o BIC está dividido em 04 (quatro) panes aisrintas:
* i4 primeir.a, onde são anotados: número de registro cadastra1
.,,. 4nntn ,,,,idade imobiliária, localização, nome do con-
i."

ribuinte e o endere!;o para a iremessa de correspc~ndência.


i segunda, onde são ;assinalados: spiçor; e equiparnentos pút>ECOS
xistentes na face da quadra onde se localiza a unidade imobiliária,
a existência ou não de muro e passeio:
I

>.
i terceira. destinada às características ua consrni
\ quarta e: última p;arte, do virrso do BIC, destina-se ao croqui,
:álculos d:3 área e as dimensõt:s da unid:3de imobi'liária.

-
" Parte lateral e um pouco elevada das ma. desuiada ao banam de pedesar: calcada

,*e
i TRABALHOS
----I-

Após esmiuçadas as principais atividades uesenvoividas no âmbito


da regularização fundiiria pelo Instituto de Terras, passamos a apresentar um
quadro demonstrativo dos resultados obtidos com esses trabalhos no Estado de
Sãct Paulo no período cle março c outubro dt
DOCUMENTOS EXPEDIDOS NO PERÍODO DE 1991-1994
DOCUMENTOS EXPEDIDOS NO PERÍODO DE 1995-1996
PARTE 111

REGULARIZA~AOFUNDIÁRIA
E MEIO AMBIENTE
Nos últimos tempos, assiste-seem todo o mundo, e no Brasil particular-
mente, a uma crescente preocupação com a defesa do meio ambiente, estarn-
pada em ações de várias organizaçõesnão governamentais - ONGs -ou mesmo
diretamente pelo Poder Público. Essas ações têm por objetivo sempre a proteção
da natureza, buscando com isso manter-se o equilíbrioecológico,pam proporcionar
meihor qualidade de vida, principalmente às populações futuras.
No Brasil, a Constituição Federal de 1988trouxe significativo avanço
à proteção do meio ambiente. A matéria, que anteriormenteera objeto de normas
infra-constitucionais, sujeitas a modificações com menor rigidez, foi inserida na
Constituiçãopelo seu artigo 225:
"todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
sendo este, bem de uso comum d o povo e essencial à sadia
qualidade de vida".
Outrossim,no artigo 5", inciso LXXIII de nossa Lei Maior, o legislador
constitucional elevou a proteção ambiental à categoria de direito fundamental
de todo cidadão.
Neste contexto, qualquer atuação na área de Regularização Fundiária,
exige ações distintas a serem observadas. Entre as áreas prioritárias de atuação
do Plano de Regularização Fundiária do Estado estão aquelas que sofrem
interferência de Unidades de Conservação Ambiental.
Após estudos realizados, aferiu-se no Estado de São Paulo aquelas
áreas onde a questão ambiental tem grande relevância, principalmente nas
seguintes regiões: Vale do Ribeira, Região de Sorocaba, Vale do Paraíba e
Litoral Norte.
Sendo assim, o ItespiDRF priorizou sua atuação com ênfase à questão
ambiental, através dos Escritórios Regionais de Pariquera-Açu, Sorocaba e
T a ~ b a t éSobre
~ ~ . seu trabalho teceremos adiante comentários pormenorizados,
principalmente com relação h inte~eniênciada questão ambiental.
É importante ainda ressaltar, que o ItespDW, em 11 de dezembro de
1997, definiu diretrizes de atuação, que foram consolidadas no Plano de
Regularização Fundiária do Estado de São Paulo, cujo teor é a essência da
Parte I deste Caderno.
Foi contemplada no Plano a problemática da questão ambienta1 e sua
relação direta com a Regularização Fundiária. A partir de então, definiu-se que
a Ação Discriminatória,em vista da sua naturezajurídica, poderá ser um eficiente
instrumento na defesa do Estado, impedindo que o Poder Público seja condenado
a indenizar terras que já lhe pertencem.
Desta forma, várias Ações Ordinárias de Indenização por Desapro-
priação Indireta propostas em face da Fazenda Pública do Estado de São Paulo,
embasadas em registros imobiliários de origem duvidosa, ou seja, em terras
presumivelmente devolutas, resultariam improcedentes.

Escritórios Técnicos de Levanmento e Cadastro: U. N e V.


Mapa de Distribuição da Cobertura Vegetal no Estado de São Paulo

, MATO GROSSO
DO SUL
MINAS GERAIS

f 51.0 PWl0
Z Lkrai LEGENDA
3 YaJe ttct Perc(ba
4 Sarecabn ' a ~ o b e c t u r aVegetal Natvitrsl
s Gamplnir
6 RiMlr&e Praia Ieflore$tarnenta
7 S. JorC @a R k Preto
6 krrç6tcrba
s Bauiu
10 Presidente Prudentr
i 11 urtrna
I
Florestal ds Emtio de São Paulo
i Coorderiação Regional de 7'aubatk desenvolve suas ativiciades na
r 'ale do Par&a eLilitoira1 Norte, que abran;ge 40 municípios. Es tendem-
.- . . - . -- . -. . -
se essas regioes, desde a berra da Mantiqueira ate os contins da Serra do Mar
(Litoral Norte do Estado de São Paulo).

..n, 'LU",,
1. Aspectos históricos
A - Vale d o Paraíba
A ocupação das terras da região do Vale do Paraíba remonta ao
século XVII, sendo a primeira concentração populacional denominada de Vila
de Taubaté, primogênita da civilizaçãoque iria se desenvolverentre a Mantiqueira
e os contrafortes da Serra do Mar.
No século X W I , inicia-se o desenvolvimento dos núcleos primitivos,
com o nascimento de três novas vilas e mais sete povoados. A região, que na
época tinha sua economia voltada ao abastecimento das minas ao norte da
Mantiqueira, sentiu, ao final daquele século, a decadência desse comércio, em
face da queda da extração do ouro e das pedras preciosas, pelo esgotamento
das minas.
Já no século XIX, surgem os primeiros pés de café, desenvolvendo-
se posteriormente a riqueza e esplendor da região, sendo considerado como o
maior fenômeno agrícola do século. Tal fato, trouxe ao Vale do Paraíba grande
desenvolvimentoeconômico, criando o café uma aistocracia rural, a dos "Baróes
do Café", que perdurou por vários anos.
Certa feita porém, as terras enfraqueceram, acarretando o início da
vertiginosa queda na produção dos cafezais. Os inúmeros jornais da região
passaram a noticiar, seguidamente, a venda das fazendas de café.
Nos dias de hoje, verifica-se que a região do Vale do Paraíba possui
grande desenvolvimento na área produtiva, tornando-se efetivamente um pólo
industrial. Tal fato, está intimamente ligado à sua localização geográfica, visto
que, o Vale é ponto de interligação de dois grandes Estados brasileiros: Rio de
Janeiro e São Paulo, sendo ainda cortado por uma das mais importantes rodovias
federais, a Presidente Dutra.
B - Litoral Norte
Diversamente do que ocorreu com as terras do Vale do Paraíía, o
Litoral Norte Paulista não efetiva a ocupação de suas terras em épocas longínquas.
Têm-se principalmente como marco da ocupação e exploração, o
início do século XIX, advindo com o desenvolvimento do cultivo de café no
Vale do Paraíba, bem como pela importação de escravos africanos, trazidos
para babainarem nas colheitas, que muitas vezes fugiam das grandes fazendas
de café, ocultando-se nas encostas da Serra do M a P .
Outro fator relevante da ocupação do litoral iiuirc; puusta, foi o
desbravamento de suas terras 1pelos Banideirantes, isto no séc ,visando
o escoamento do ouro brasileiiro para Portugal, pel o litoral. ? i notícias
da ocupação efetiva das terra,r mn. ri, ..,, ,..,.,,.,.,
,,
6 0 rln , ,,ma saída ,.
"V,

Ipara o mar.
4 produç; i no Vale do Paraít oada no liombo de
burros que venciam os caminhos íngremes da Serra do Mar, para os portos
exportadoresdo litoral. Porém, nos meados do sécu10 XM, oc:omu a decadência
destes portos com a chegada da estradii de f e ~ ao o Vale do Paraíba.
4 ocupação humana aas terras ao . ...iitorai norte pauiista
.. sempre
c grandes dificuldade s condiçõ~ ?s físico-climáticas adversas
( dividade; solos ácic is, com baixo potenc:ia1 paraatividades
agnçoias; regime hídrico e clima umido). Todavia, . e uma região de grande
interesse especulativo imobiliário, devido não só às belezas naturais que a
compõem, mas sobretudo, por estar concentrada no Litoral Norte do Estado
de São Paulo, grande parte do remanescente de Mata Atlântica existente no
Brasil. É uma das regiões onc am-se as Inaiores ái-eas dos Parques e
Reservas Florestais do Estad nião, tom ando-se c)alto de inúmeras
disputasjc'.'i--~

1. Unidad o Ambier ale do Pa


Litoral
1. Parque Nacioi rra da Bc lecreto Federal no
68.172de04.12 ecreto Fed 694 de 08.06.1972;
2. Parc[ue Estaàuai aa aerra do h a r - uc :creto Estadual no
10.25i I de 30.08.1977, Decreto Estadual no 13..313de06.03.1979
e De<:reto Estadual no 19.448 de 30.08.1982;
3. Par dual de Dlha Bela -- Decreto Estadual
de 2

' De fato, receliiemcors a comunidade de Caçanooca se aprercnrou ao ire; :Q u i l a m h .


solicimdo seu quadramento na Lei 9.757r97, com foites indícios nt .
'"oram excluídas da lislagem a?Unidades de Conservagio Ambiental, instituídaspor Decretose Leis municipais.
3. Trabalhos Desenvolvidos pela Regional de Taubaté e a
Questão Ambiental
Diante das inúmeras Unidades de Conservação Ambiental incidentes
na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, principalmente na região litorânea,
com a criação do Parque Estadual da Serra do Mar e Parque Estadual de
Ilhabela, o Escritório Técnico de Levantamento e Cadastro V de Taubaté
priorizou sua atuação no sentido de subsidiar a Procuradoria Geral do Estado -
PGE na defesa em relação às Ações Ordinárias de Indenização por
Desapropriação Indireta, ajuizadas contra a Fazenda míblica do Estado, por
conta da criação dos referidos Parques Estaduais.
A título de esclarecimento, pode-se dizer que a Ação Ordinária de
Indenização por Desapropriação Indireta traduz-se na postulação de indenização,
procedida pelo efetivo proprietário do imóvel atingido por uma Unidade de
Conservação Ambiental, em face do Poder Público (Federal, Estadual ou
Municipal), instituidor da restrição ambiental.
Em outras palavras, significa que, estando o pleno exercício do Direito
de Propriedade protegido pela Constituição Federal e legislações infra-
constitucionais, o titular do domínio atingido pleiteia indenização em face do
Poder Público, pelo fato da criação da unidade de conservação ambienta1 gerar
restrições ao pleno uso da propriedade imóvel. Ocorre que, nessas regiões,
usualmente o pretenso proprietário é na verdade possuidor - ou nem isso,
detentor de um 'documento de propriedade' - de terra devoluta ou
presumivelmente devoluta, em função das suas origens.
Nesse contexto, o E.T.L.C. V de Taubaté desenvolve as seguintes
atividades:
A Identificação em Cartas Oficiais, com projeção de coordenadas
em U.T.M." ,de todas as áreas objeto de Ação de Desapropriação
Indireta, a fim de ser aferido se o imóvel foi efetivamente atingido
por uma unidade de conservação ambiental e qual a porcentagem
atingida; constatar as sobreposições tanto em áreas de domínio
público (terras devolutas) como em áreas objeto de ações análogas,
em trâmite ou já indenizadas pelo Estado.
A Estudo da cadeia filiatória dos imóveis, a fim de se aferir a legalidade
do registro imobiliário da área objeto da indenização.

35 Universal Transversade Mercator


É importante salientar também que o E.T.L.C. V de Taubat6 subsidia
a Procuradoria Regional de Taubaté, PR-03, nas demais ações que a Fazenda
do Estado é instada a se manifestar e que envolvam questões de Direito Real36.
Desde a criação do E.T.L.C. V de Taubaté, em 20.12.1995, foram
encaminhados a esse Escritório Regional, vários Processos Administrativos e
Judiciais para informações pertinentes. Algumas das informações prestadas
pelo Itesp nessa área, tomaram-se de grande importância à defesa do Estado,
levando inclusive à suspensão do pagamento de indenizações milionárias, em
que o Governo do Estado de São Paulo já havia sido condenado a pagar.
Tal caso pode ser exemplificado por uma determinada Ação de
Desapropriação Indireta que tramitou pela comarca de Ubatuba, onde o Estado
foi condenado a indenizar o proprietário do imóvel, que supostamente foi
reshingido no exercício pleno do direito de propriedade, por ocasião da criação
do Parque Estadual da Serra do Mar, sendo o valor da indenização estipulado
em 1 bilhão de Reais. Essa vultosa indenizaçáo teve seu pagamento sustado,
por haver sido constatado, com o auxílio do E.T.L.C. V de Taubaté, sobreposição
do imóvel objeto da indenizaçáo, com outro imóvel já indenizado anteriormente
pelo Estado, em ação análoga, aliado ainda ao fato de que o registro imobiliário
respectivo estava maculado por várias irregularidades.
Outras informações foram inclusive noticiadas pelos meios de
comunicação, como é caso da informação prestada referente à indenizaçáo
postulada pelo espólio de Nelson Manoel do Rego, que tramitou pela comarca
de São Sebastião, sendo a matériaveiculada no jornal "O Estado de São Paulo",
do dia 11.05.1998, sob o título: "Estado tem de indenizar donos de área
fraudada".
O Itesp consagrou no seu Plano de Regularização Fundiária do Estado,
que a ação discriminatória também poderá, em determinadas regiões, servir
como matéria de defesa do Estado, por via da definição dominial, conforme já
delineado. Nessa linha, o E.T.L.C. V de Taubaté procedeu ao cadastro da
malha fundiária, bem como os procedimentos necessários à propositura de Ação
Discriminatóriado l0Perímetro de Ubatuba-parte " A já ajuizada pela P.G.E..
Conforme dispõe o artigo 23 da Lei 6.383/76, o processo discrimi-
natório judicial tem caráter preferencial e prejudicial em relação às ações em
"Direito Real 6- o direito que se prende à coisq prevalecendo com a exclusão da concorrência de quem quer que
seja, independendoparao seu eerríciodacolabora~ãodeouuerne conferindoao seu titulara possibilidadede ir
buscaracoisa ondequer que seencona, para sobre elaexercer seu direito"R0DRIGUES. Silvio-Direito d a s
Coisas,ed. Saraiva, 21' edi~ão,São Paulo, 1994, pág. 5.
andamento, referentes a domínio ou posse de imóveis situados, no todo ou em
parte, na área discriminanda. Desta forma, pode-se observar alguns resultados
práticos, oriundos da propositura da Ação Discriminatória, referente ao 1"
Perímetro de Ubatuba, parte " A .
No processo de Desapropriação Indireta no 765196, em trâmite pela 2"
Vara da Comarca de Ubatuba, a MM. Juíza de Direito determinou a suspens50
do processo até o desfecho da Ação Discnminatória ajuizada, nos seguintes termos:
"...Noticiada a existência de ação discriminatória em curso, a
qual tem por objeto área contida na área objeto desta ação,
recomenda-se a suspensão do feito. Isto porque, para que se
legitime a auferição de vantagem por seus titulares, imprescindível
se faz a discriminação das mesmas.
É portanto questão prejudicial. Assim, legítimas as partes e
devidamente representadas, dou o feito por saneado. Diante da
natureza dos fatos alegados, a prova pericial é imprescindível.
Pelos fundamentos acima, determino a suspensão do feito com
fundamento no artigo 265, inciso IV; letra "a" do Código de
Processo Civil, devendo aguardar o desfecho da Ação Discri-
minatória noticiada, quando então os autos serão conclusos para
nomeação de perito judicial...".
Em outro processo, tamb6m versando sobre Desapropriação Indireta,
apesar da Manifestação do Ministério Público ser favorável à suspensão do
feito, a MM. Juíza achou por bem indeferir o pedido de suspensão do processo
nos seguintes termos:
" A presente ação de indenização é de natureza pessoal, foi
proposta antes da ação discriminatória ajuizada pela Fazenda
do Estado e, apenas em caráter incidental, discute a posse ou o
domínio do imóvel, razão pela qual não vislumbro motivo para
que este processo seja suspenso.
Todavia, em caso de procedência da ação, este Juízo, em razão
do poder geral de cautela, poderá, tendo em vista a propositura
da ação discriminatória, exigir caução para o levantamento de
eventual verba indenizatória".
Ambas as decisões, proferidas em primeira instância, foram objeto de
recurso aos Tribunais Superiores, os quais, ainda não decidiram acerca do pleito.
O Estado de São Paulo é dividido em 14 regiões administrativas. A
primeira é o Vale do Ribeira, considerada a mais pobre do Estado, com graves
problemas sociais e fundiários, devido à grande extensão de terras não
discriminadas ou devolutas ocupadas irregularmente. Toda a região soma cerca
de 1,6 milhão de hectares ou 15.675mil Km2.
, .,, ,
, .,,,,,,, , .,
yVI.LV .ia ação
:gionalizada do Itesp, por 22 municípios, que possuem 332.496 moradores",
:presentando 0,97% da população do Estado. Os municípios de atuação do
,TLC I1 são: Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia,
Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itaóca, Itapirapuã Paulista, Itariri,
Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Pemíbe,
Registro, Ribeira, Sete Barras, Tapiraí.
raticamente toda região está inserida e:m APA (.Área de Proteção
.
Há tambtSm diversc,s parques ecológico:s, estações ecológicas, zonas
. ..
orestais, zonas de vida silvestre e outros mecanismos de proteção legal à fauna
e à flora nativa. Assim, qualquer trabalho que vise a regularização fundiána,
deve sempre levar e m considi ;a realidade, compatibilizando-a aos
preceitos legais.
. Aspectos Históricos
:istoricamente,o povoamento da região do vaie do Kibeira contunde-
:com o do Brasil. Quando o colonizador português Martim Afonso de Souza
esembarcou em Cananéia, no ano de 1531, surpreendeu-se ao encontrar,
mvivendo pacificamente entre os nativos, seis europeus, entre eles Mestre
Cosme Femandes, mais conhecido como Bacharel, deportado de Portugal em
razão de uma lei de ra, de 1447, tendo desembarcado na
região em 1.501.
Ainda no secuio x v i , mais precisamente em 1537, era fundado o
úcleo de: Iguape, tomando-se, juntamente com Cananéia, os mais prósperos
ovoados; da região sudeste da Capitania de São Vicente.
P,or se situarem na divisa do Tratado de Tordesilhas, estes núcleos
>ram paioo de diversas lutas entre portugueses, espanhóis e até franceses.
.
enominaaos .
lestes con flitos, os portugueses, denominados "vicentinos" e os espanhóis,
"caparIaenses ", disvutavam o direito de ~ovoamentoe posse
udutos da região.
articulaçiio com o interior, através do F r e seus af luentes,
, . -. . .
:vou a tomação de outros pequenos núcleos como: KegiStrO, bidorado, Juquiá,
icupiranga e Sete Barras. Este processo de penetraça0 para o interior, tinha
ur objetivo principal a procura de metais preciosos, especialmente ovro e prata.
-.
N o início do século XVI, começa a se desenvolver,na região, o ciclo do
um, com <{estaquepara as &e;as de Registro, Eldorado, Apiaí, Iporanga e, em
- .... . .-
" Segundo dados estatístinis de iWb do IiIGE
-
Ruíizas da Casa da Moeda Ijiuape

menor escaia, Iguape. No ano de 1635 Iguape já possuía a " C a a diI mcina
Real de Fundição de Ouro", considerada a primeira Casa d,a Moeda c10 Brasil.
.. .
Para um número cada vez maior de oessoas iigaaas ao setor
< a, iniciou.-se a proclução agric(>Iade niantiment~ 1s de subiristência,
( ?do-se de!ita manei~ .a, os priniórdios da real ocuy)ação das terras do
'vaic uu nibeira.
Com a descoberta do ouro nas Minas Gerais, durante o sécullo X V I ~ ,
wrdia sua privilegiada posição no cenário nacicmal, em I.elação à
. ...
produçao de minenos. Assim sendo, houve a necessidade de se desenvolver
1uma nova vocação 1>ara garanitir a integração, ainda que parcial, na e:conomia

1mercantil escravoctata da época. Desenvolvia-se então, a cultura (jo arroz,


. ..
piantaao nos maneues, cnarcos, várzeas e breios , da região. No séciulo XIX.
Iguape se a no primeiro prodiitor de arr
Ipremiado alidade, em Tunmíitália.
4 decadência do ciclo do arroz, na região do Vale do Ribeira, deu-se
istrução do Vaio Grande e o I~onsequer ite açoreai canal do
teno, inviabilizando a nave gação e Eiportagen arcações
rargueiras junto ao Porto de Ioiinne
11153

A política de incentivo à imigração, que vem do ini(ciodo Séc:ulo XIX,


.- . .-
ainda na época da cultura do arroz, intensitica-se logo após a decadencia desta.
Em duas cxasiões o,correm mc~vimentos : d e imigração signil!cativos: Iie 1874a
1876ede 1886 a 191DO. A partiir de 1920, a imigração adquirf:novas C01notações,
embora o governo b rasileiro ciontinue não cumprindo as nonnas de rec,ebimento
dos imigrantes, o que gera inúmeras reclamações dos países que para cá
mandam seus compzitriotas, como por exc:mplo Itália, Polônia, Alemanha e Japão,
entre outras. No V;ile do Rit ira, a iniigração, fundamentalmente japonesa,
a .
passa a ser reita através de uma companhia própria, a KKKK (Kaigai Kogyo
Kabushiki Kaisha S/A Industrial de Além-Mar), que, apesar de vários entraves,
garantiria algumas condições de fixação desse povo na região.
Jáem 1912,ogoven10paulistzi haviafeit o contato com a Cia. Imperial
ção. que era subsidiária da iSKKK. Est;a passou a se responsabilizar
".
,, ,.,r'.n;ón mni
,"ta" ,
,,,,,.~itarnento dos imigrú,.,, i
,,.diante a isenção de impostos
nos cinco primeiros anos, e cessão de 50.000 hectares de terras devolutas.
Nesse período, os principais assentamentos ocorrem em Jipovura ( a31ônia de
Katzura), estendendo-se de Iguape para Registro e Sete Barras.
propned ade
I do regime:republicai il havia intTWUZIOO,
. .
por volta de IXYZ, a propnedade da terra nos moldes previstos pelos sistemas
capitalistas, isto é, passavam a serproprietános aqueles que possuíssem um contrato
denominado "Registro de Propriedade", efetivado entre o indivíduo e o Estado.
Na região, apenas alguns conseguiram seu titulo de propriedade e a grande maioria
das famílias continuou a ter apenas a posse da terra. Com a consolidação da
república, nos anos seguintes, essa situação agravou-se para os posseuros.
Durante e:ste período históri co, apens1s os grarides latifiindiários
possuíam título de propriedade. Os imugrantes j aponeses, embora Ixquenos
proprietários. conseguiram o título, devjido à ação da KKKE junto ao governo.
- .. - .
bntretanto, apesar de não contar com esta intermediaçao, imigrantes de outros
países também acabaram por obter seus títulos de propriedade a partir de ações
governamentais de incentivo à colonização. Assim, paralelamente ao surgimento
dos dois grupos sociais nativos, o "caipira" da região e o latifundiário, surge o
outro grupo: o pequeno propri grante, que aos poucos, vai comprando
as terras do caipira posseiro en ao mesmo tempo que passa a empregá-
lo como assalariado, diarista GU
Os incentivos efetivados pelo governo nesse penodo da primeira
república, evidenciaram um absoluto desconhecimento das tendências da região.
Assim, de 1910 a 1940, o Vale do Ribeira adquiriu os traços de subdesen-
volvimento que o configuram até os dias de hoje. Com a decadência do sistema
produtivo para exportação baseada no arroz, com a extinção das possibilidades
de mineração, com a crise de 29/30, o Vale do Ribeira foi uma das regiões que
mais sofreu, com vertiginosa queda no comércio e aumento da imigração.
A ocupação do temtório que hoje constitui o Estado de Siío Paulo
acompanhou, genericamente, o ciclo histórico da formação fundiária do Brasil,
qual seja: Capitanias Hereditárias, Sesmarias, Primeiro e Segundo li..,mn6Gnr .,,
I10s quais ocorreram a criaç50 de gra ndes latif undios e o implen
c:olonização por imigrantes.
.. .. . ..
rJo período da República, - ~

a União iransteriu aos Estados as terras


c nseridas ern seus territC ~mentoem que se inic:ia i r a m 0 S Fnimeiros
l ntos de d iscrimina! $1 .egularizai;ão fundi;ú1a pelos Estados
r Em São Paulo, tais I211. :ntos ficar am a cargi3, sucessi)iamente,
. , . . . . .
aos juizes comssanos e a a Secretana aa AgI'ICUitura e, desae a ediÇao do
.. - .
Decreto Estadual no 10.351 de 2 1/06/1939,da então Procuradoria do Pahimônio
Imobiliário e Cadastro.
As ações discriminatórias começaram a ser propostas, em grande
quantidade, no final da década de 30, com a preocupação primordial de declarar
como devolutas as terras discriminadas, sendo secundário a regularização das
posses nestas terras. Apesar dessa preocupação inicial, o Estado não conseguiu
1evar a temno muitas daquelas ;ações discriminatórias, o que acabou por agravar
ai indefinição do d o rúnio na R<:gião do \'ale do Ribeira, que consequentemente
. .. ..
fez eclodir diversos conflitos pelo uso e posse da terra. O exemplo marcante
encontrado na região, está no fato dos ocupantes de terras devolutas possuírem
documentos registrados nos Serviços Registrais de Imóveis, muitas vezes até
sobrepondo-se a documentos registrados em nome do Estado, criando uma
situaçáo de:difícil geirenciamen e políticc
Saçrnario do Meio Ambiente

2. Unidades de Conservação Ambienta1 do Vale do Ribeira e


Região de Soroabas
-
1. Parque Estadual M s t i c o do Alto Ribeira PETAR -
Decreto Estadual no32.283 de 19/05/58e Lei no5.973 de 281111
60e Decreto Estadual ~"41.626de 30101163;
2. Parque Estaduai Carlos Boteiho - Decreto Estadual no
19.499de 10109182;
-
3. Parque Estadual da iiha do Cardoso Decreto Estadual
no40.319 de 03/07/62;
4. Parque Estaduai de Jacupiranga - Decreto Lei no 145 de
08/08/69, Decreto Estadual no 12.689 de 14/11/78;Decreio
Estadual no 12.690de 14/11/78;Decreto Estadual no5.474de
0910111975 e Decreto Estadual nn43.176 de 24/03/64,
5. Parque Estadual da Serra do Mar - Decreto Estadual no
10.251 de 30/08/77; Decreto Estadual no 13.313 de 06/03/79
e Decreto Estadual no 19.448 de 30/08/82;
6. Parque Estadual Intervales - Decreto Estadual no 40.135
de 08/06/95;
7. Parque Estadual Pariquera - Abaixo - Lei no 8.873 de 161
08/94;
8. Reserva Estadual de Itatins (inserida na Estação
Ecológica Juréia-Itatins) - Decreto Estadual no 3 1.650 de
08/04/58;
9. Parque Estadual de Jurupará (Reserva Estadual São
Roque) - Decreto Estadual no 12.185 de 30/08/78, Decreto
E~tadualno 35.703 e Decreto Estadual no 15 704, de 22/09/92:
10. Reserva Estadual Xitué - Decretos Estaduais no 26.872 de
27/11/56; no 28.153 de 23/03/57; no 24.151 de 24/10/85 e no
26.890 de 12/03/87;
-
11. Estação Ecológica Juréia-Itaiins Decr. Estadual no 24.646
de 20/10/86; Decretos Estaduais nD26.714,no 26.715,26.716 e
n" 26.717 de 06/02/87; Lei Estadual no5.649 de 28/04/87;
12. Estação Ecológica Chauás - Decreto Estadual no 26.719
de 06/02/87;
13. Área de Proteção Ambiental CananéialIguapePemíbe
- Decreto Federal no 90.347 de 23/10/84;
14. Área de Proteção Ambiental de Ilha Comprida - Decre-
to Estadualno26.881de 11/03/87eDecretoEstadua1no30.817
de 30111/89;
15. Area de Proteção Ambiental da Serra do Mar - Decreto
Estadual no 22.717 de 21/09/84;
16. Nuclebrás (inserida na Estação Ecológica Juréia-Itatins)
- Decreto Federal no 84.771 de 04/06/80;
17. Tombamento da Serra do Mar - Resol. no 40 de 06/06/85.
18. Estação Ecológica Federal Tupiniquins - Decreto Federal
no92.964, de 21/07/86
3. Trabalhos Desenvolvidos pela Regional de Panquera-Açu
e a Questão Ambiental
Tendo em vista a questao ambiental,bem como aproblemática dominial
enfrentada no Vale do Ribeira, o ItespIDRF, por meio de seu ETLC lI de Pariquera-
Açu, tem desenvolvido ações próprias no âmbito da regularização fundiária.
A primeira experiência nesse campo, refere-se à legitimação de posses
compreendidas na APA (Área de Proteção Ambiental) da Serra do Mar,
regulamentada pelo Decreto Estadual no 28.347, de 22/04/1988, autorizando a
outorga de Título de Domínio ou Termo de Permissão de Uso a título precário,
de acordo com o interesse público, e nos termos da legislação vigente.
Esse decreto determina que, nas áreas declaradas zona de vida
silvestre da APA da Serra do Mar, não será defenda expedição de Título de
Domínio, sendo facultado, contudo, a outorga de Permissão de Uso.
Tal realidade impõe a necessidade de cooperação com a Secretaria
do Meio Ambiente, disposta na Resolução Conjunta SJDCISMA - 28, de 241
0911996, publicada pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, que
resultou numa maior interação entre as duas Secretarias no tocante legitimação
de posses em APA e de onde surgiu uma proposta de trabalho piloto em cinco
áreas do Vale do Ribeira: 29", 39" e 40" Perímetros de Apiaí - Município de
Iporanga; 14" Perímetro de Iguape - Município de Juquiá e 3" Perímetro de
Cananéia - Município de Cananéia; nas quais tem-se utilizado os seguintes
procedimentos técnicos:
A Após a conclusão do levantamento da malha fundiária e confecção
da planta cadastra1 pelo D W disponibiliza-se esse material para
equipe do DEPRN/SMA39.
A Os técnicos do DEPRNISMA, de posse desse material, procedem
a vistoria para definir as áreas de Reserva Florestal Obrigatória
em cada gleba cadastrada;
A Em seguida, o material retoma ao DRF, para que seja gerado
memorial descritivo e lançada na planta individual, a Reserva
Florestal Legal da gleba, documentos estes que passarão a integrar
o Plano Geral de Legitimação de Posses;

" DEPRNISMA - Departamento Estadual de Rotqão aos Recursos NahraisISecretaria do Meio Ambiente.
* Após analisado, deferido e expedido, o Título de Domínio conterá:
memorial descritivo da gleba, memorial descritivo da Reserva
Florestal Legal (R.F.L.) e planta individual da gleba, contendo os
limites da R.F.L.
* No ato do registro do título de domínio pelo outorgado, o oficial do
Serviço Registra1 de Imóveis procederá a averbação da Reserva
Florestal Legal, possibilitando assim o licenciamento ambienta1por
parte do DEPWSMA.
Cabe ressaltar que os trabalhos nas áreas piloto encontram-se em
pleno desenvolvimento, não havendo portanto uma avaliação conclusiva dos
resultados dos procedimentos adotados.
Dentre as atividades desenvolvidas pelo ItespDRF na região do Vale
do Ribeira, vale ainda destacar os trabalhos de subsídio à Procuradoria Geral
do Estado - PGE, nas ações de usucapião, desapropriação direta e indenização
por desapropriação indireta, especialmente nas áreas atingidas por unidades de
conservação.
Nos processos de usucapião, os trabalhos consistem na análise técnica
e jurídica, quando se realiza vistoria para localização do imóvel usucapiendo,
bem como os estudos pertinentes relativos 21 sua documentação imobiliária,
visando a identificação do imóvel e aferição quanto à sua origem dominial.
A exemplo do mencionado no capítulo anterior, nas ações de indenização
por desapropriação indireta ou nas desapropriações d i t a s , encaminhadas pela
Procuradoria Geral do Estado ao ItespDW as informações prestadas referem-
se à localização do imóvel, sua dominialidade, isto é, se se trata de área devoluta
e, ocasionalmente, a existência de sobreposição com áreas já indenizadas pela
Fazenda do Estado em outros processos análogos, ou mesmo com ação já em
curso. Nos casos de sobreposição de áreas ou quando o imóvel é caracterizado
como devoluto, a P.G.E. utiliza as informações do Itesp como subsídio para a
contestação da ação. Na hipótese do imóvel objeto da ação, incidir em terras
particulares, analisar-se-á o seu registro imobiliário, elaborando-se sua cadeia
filiatória, a fim de verificar se esse registro é oriundo do imóveljulgado como de
domínio particular pela respectiva Ação Discriminatória.
i"'01

;i.O".",
, Aspectc
Em época anterior a Cabral, existiam n as atuais ruas de
orocaba, os Peahirus - um caminho ou talvez um ,r onde passavam
5 índios e bem mais tarde transitariam os bandeirantes e missionários, em
J sul e oes : ao litoral
omo obje ite na épc
--c
puvuaiiicritus .-- .- - - - .(uuiu r piara).
iixaairi-sc lia p i u ~ u i auus iiirrais piruusus
--e---

atividade também se afigurava muito conveniente para o explorador porque,


náo sendo dependente d e nenhuma instalação de infra-estrutura, era
perfeitamente compatível com os insucessos da busca, o que dava absoluta
ITiobilidade ao homem para teni nonzontes.
A região respondeu satisfatoriamenteao esforço inicial dos exploradores,
avendo relzistros de 1zrabalhos cle mineras:ão na região de Arac;oiaba, no vale do
o Ribeira e seus a f llentes,
~ corn destaqui:para Api iga.
-Fm 1654, o capitão Baltazar Femandes, já tendo construído .2.-,.imeia
die Nossa Sf :nhora da Ponte e su,a moradia.,mudou-a:com familiares e escravos,
fiindando novo povoado ao qua1 deu o r!iome de Sorocaba, clenominação que
. .- . . . .. ...
tem origem tupi-guarani, que signitica terra (aba) tendida ou rasgada ( m o )
or volta dt iltazar Fer licitou ao então gov,
8

10, Salvac ideSáel , a elevaç,ão de Ser,


..
%teganade vila.
No século : se havia estabelecido uma rc ietração
- ara o sul do país, pelo piariaitu. Nas operações militares nos parripias, ciii defesa
da área do Rio Grande do Sul contra os castelhanos invasores, as tropas: saíram
de São Paulo com uma rota que compreendia os seguintes pousos e mantiimentos:
'. O primeiro pouso, sítio de Piedade, onde aprontavam os iiiaiiii-
mentos para os trz:s dias se@
pintes, at6 a vila de: Sorocabr
. ...,
O segundo p o u s ~ .,iln
, ,Sorocaba, onde SL 5inrnnt.x
A*
, I
,.,..,,.. ,
,
:mos para quatro dias seguintc:, até Itapi:tininga.
O terceiro pouso, Itapetininga, com F~reparativc
1s de três
marcha até o Porto de Apia;
O quarto pouso, Pc
Ribeirão do Fundc
1 1733, passam por Sorocaba as primeiras tropas de m
nduzidas 1,elo coronel Cristóvão Pereira de Abreu, fundador do Rio Grande
Sul, inaug:umdo um novo ciclo histórico, o "Tropeinsmo". Com o passar dos
os, Sorocaiba toma-se sede da Feira de Muares, reunindo-se aqui brasileiros
.i*todos quadrantes a venderem ou comprarem animais e ao mesmo tempo,
[dando a disseminação cultura I dos vário1s rincóes 1>átrios.A cidade, por força
I

sua situação geográifica privib:giada, transformou.-se no eixcI geo-econômico


.. -
tre as regiões norte e sul do Brasil.
Com o desenvolvimento das fe:iras e coiisequente nto da
..L.,.,-.L..-

io-de-obra especializada das indústrias L--~- -.-- - --~ S 1I,oco


~ C I KCIII O J L há iniciativa no
npo fabril:a do algodão, de Manuel Lopes de Oliveira e a da seda em teares
)ricados ptelo próprio pioneiro Francisco de Pauia Oliveira e Abreu. Ambas
,. raa.aaln de ensaios por falta de apoio financeiro.
i 1856, foiram plantadas as primeiras sementes de algodão, cultura
e se desenivolveu muito bem na região, a ponto de se pensar na construção
,
., uma estra,,A n AP
,,C,.,.;-o para facilitar a exportação do produto. Luiz M-fhp*.~ U....,""

Maylasky, o maior comprador de algodão da zonat, em reuriião de próceres


sorocabanos, aventou a idéia da fundação da ferrovia levandc>-a a bom termo
.
a o fim de 5 anos. Em julho de 1875 é inaugurada a Estrada de F e m Soroc---.-.
~p

ahann
,pois do tropeirismo, a cidade projetou-se com a fierrovia - :i Sorocabana foi
ia das pioneiras do país - e com a indústtia têxtil, duas ativi,dades marcantes
i sua história até a primeira metade deste século.

partir da década de 70, após um breve período de estagnação,


nbeceu um novo ciclo de crescimento, a partir da implantação e
renvoivimento de numerosas indústrias. aue não só a recolocou no contexto
:ional, ma! reriu na mc lizado.
2.
b o ponto ( iiusba ata'o regional izada, o E!rcritório Técnico
tento e Ca - Sorocabia, trabalha com 23 Inunicípio s loca-
ados em 03 Regiões Administrativas:
Sorocaba (municípios de Ali ia Serra, Ibiúna,
Piedade, Pilar do Sul, Saltc )caba, Ta]piraí e
..
Votorantim),
A Itapetininga (municiípios de A lambari, Capela do iilto. São Ivliguel
Arcanjo e Sarapuí) e
A Itapeva (municípios de Apiaí, Barra do Chapéu, Capão Bonito,
Guapiara, Iporanga, Itaoca, Itapirapuã Paulista, Ribeira, Ribeirão
Branco e Ribeirão Grande).
'abe ainda ressaltar que os municípios de Apiaí, Barra do Chapéu,
Iporanga, 11taoca, I t aiirapuã
~ Paulista e Ribeira, apesar de est;irem enqu adrados
na área de trabalho dc) E.T.L.C. IV - Sorocaba, fazfim parte, sc)b o ponto de vista
- . ..
dos aspectos tisiográficos locais, da região do Yale do Ribeira, visto que a bacia
hidrográfica que drena estes temnos é a do Rio Ribeira de Iguape. O município
de Tapiraí tem uma peculiaridade: é atendido pelas duas regionais anteriormente
mencionadas, Sorocaba e Vale do Ribeira, devido às condições de acesso.
A região de Sorocaba, comporta altos n íleis ~ de indlustnaliza~ ;ão e de
urbanização. Essa região abrange também o assim denominado "R;mal da
Fome", caracterizado pelo baixo nível de renda de ir.nrle nrr
&
L-
..
-- .-pulação
u---.-r d n rln nn
e elevado grau de subdesenvolvimento,com altos índices de mortalidade infantil.
Uma das principais atividades da região concentra-se na pirodução
agii~-UIU,
Li-,^
- onde está o chamado "cinturão verde", abastecendocuiii bcub prcdutos
a região da Grande SIão Paulo.
.. . P.arte da re;gião é car; pela pres equenas e
..
unidades de produção. Apresenta situações diterenciadas no que diz respeito a
posse, dominialidade e uso da terra, com grande incidência de conflitos
decorrentes da ação de especuladores imobiliários motivados, principalmente,
pela Deauena distância entre essas áreas e a ca~italnaulista
. 'ikabalhios.Desen
.. ivolvidos pela Reg
Questão Amoleiital
Criado em abril de 1994, o Escritório Técnico de Levanta1
Cadastro IV de Sorocaba contava inicialmente com um escritório na
município, com o intuito de atuar junto h Regional da Procuradoria Gerai ao
Estado, na retomada dos trabalhos de regularização fundiána iniciad10s pela
Procuradoria do Patrimônio Imobiliário e na defesa do Estac10, especi;almente
no tocante às ações de desapropriações indiretas.
om novos estudos, em 1995, houve necessidade de expansão da
E iando foram abertos dois novos escritórios: Capela do Alto e Ribeirão
Gkattur;. Escritório de Capela do Alto foi fechado em 30 de junho de 1997.
O E.T.L.C. IV atua em uma área de aproximadamente 650.000.00
ha, localizada no entorno da S e m de Paranapiacaba, sendo que 25% do seu
temtório está inserido em Unidades de Conservação (PetaF, Intervales, Xitué,
Carlos Botelho, Jumpará e duas zonas tampóes). Ressalta-se que especialmente
o Parque Estadual do Junipará demonstra necessidade de ação governamental
conjunta, tendo em vista as ocupações desordenadas existentes, ensejando a
redefinição dos seus limites e o remanejamento das famílias que ocupam áreas
em seu interior, para evitar assim sua total descaracterização.
Atento às necessidades de execução de ações conjuntas, o Itesp 1
DRF expôs suas metas de atuação à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e,
preliminarmente, tem executado vistorias conjuntas na região do Vale do Ribeira,
visando a legitimação de posses inseridas em unidades de conservação ambiental.
No que se refere h ação nesta Regional, o município de Iporanga,
onde há escritório deste Departamento, está sendo objeto de trabalhos conjuntos
com a S.M.A., com vistas ao lançamento de área de preservaçãojá no Serviço
Registra1Imobiliário. Esta 6 a mesma proposta de trabalho piloto abrangendo o
29", 39" e 40" Perímetros de Apiaí, desta regional, descritos no item referente
aos trabalhos desenvolvidos no E.T.L.C. 11 de Pariquera-Açu. Desta forma,
busca-se a agilização dos processos de regularização fundiária e a preservação
das áreas verdes (proteção ambiental), favorecendo tanto o beneficiário da
regulaxização quanto a coletividade.

S ~ < r ~ r a r<i<>
i u Meio Atnlti?~trc

PPXAK - Puquc Fstadual b \ l i c o do Alto Ribnra. ~ c m i Estadual


o n." 32283 dc 19 dc maio dc 1958: 1x1
""5973 dr >h Jcno<rmhrodr IW,I>ccinn tis~aiualn ' l l h 2 h d c 1ti Jcjancirode 1%). DecreloE.iaiiu~l n.'
ZXUhf* dr 13 de janeiro dc 1988. Oroclu E i i a J u ~n"
l 2x412 Jc 20 de rndici Jc 19ok
PARTE IV

REGULARIZAÇAO FUNDIÁRIA
E ASSENTAMENTOS
ama,cdq&

O deste capítulo é fornecer ao 1 ies gerais sobre a


região do P 'aranapanema, as at ividades d das pelo Instituto
.- - .
de Terras, por meio do Escritório Técnico de Levantamento e Cadastro JII, de
seu Departamento de Regularização Fundiária e a sua contribuição na resolução
dos problemas agrários regionais.
O ETLC I [I, de Pre:sidente Prudente, atua nos municípios que
compõem a 10" Reg:i50 Adm inistrativa do Estado de São Paulo e que se
encontram inseridos, total ou piarcialmente, nos Perímetros criados pela PGE
nessa Região, quais sejam: Alvares Machado, Anbumas, Caiuá, Dracena,
Euclides da Cunha Paulista, Flora Rica, Irapuru, Junqueirópolis, Marabá Paulista,
Mirante do Paranapanema, Ouro Verde, Pacaembu, Panorama, Pauliceia,
Piquerobi, Pirapozinho, Presidente Bemardes, Presidente Epitácio, Presidente
Pmdente, Presidente Venceslau, Regente Feijó, Ribeirão dos fndios, Rosana,
Sandovalina, Santa Mercedes, Santo Anastácio, São João do Pau D'Alho,
Tarabai. Teodoro Sampaio e Tupi Paulista.
trabalho (i e regularização fundiária, compreendendo identificação
, .
de areas passiveis de serem discriminadas, ações discriminatórias,
reinvindicatórias e 11 1 de posses, é atualmente exercido de forma
peculiar no Ponta1do I :ma, em vinculação estreita com o Departamento
de AssentamentoFunuiano uo ~tesp,em razão da existência de grandes conflitos
fundiános que tem origem na sua própria ocupação.
i. Aspectos n~sroricos
A Região do Pontal situa-se no extremo oeste do Estado de São
Paulo, tendo seus limites físicos dados pelos seguintes acidentes naturais: ao
norte o Rio do Peixe, ao sul o Rio Paranapanema, a oeste o Rio Paraná e a
leste pelo Rio Lar2inja Doce ão dos Giuachos. 7a1 como pode ser
observado na figura 01.
A exemplo do que oc ipoca da colonização do solo brasileiro
pelos portugueses, a ocupaçi ião deu-se em caráter exploratório e
predatório sem a menor preocupaçao com o seu desenvolvimento econômico e
social, ou mesmo com o meio ambiente. Tal como uma sesmaria, o Pontal do
Paranapanema foi fracionado e aposseado, desrespeitando-se a lei, a
comunidaae e sooremdo, a ecologia regional, último reduto das matas tropicais
do planalto paulista (Leite, 1981)
(3 uso predlatório da terra não ii peculiari
-.. -...
exploradorrs, -
quando - - -
viram esgotados os solos anrenormenre --.-
i região. A
~.~ o<:upaaos, ~~~ ~~

decidiram desbrava Estado à 1 'eas para


serem exploradas.
Liegundo historiadores, não há notícias d,e efetiva c~ u p a ç ã oda região
2mtes do in:ício do século
XX,ou seja por volta de l!306a 1912i, pois até o final do
. . . ..
século XIX, predominavam as florestas tropicais, cujos habitantes eram indígenas.
)e acordo com Leite (1981). Ique teve c:omo base de análiste apenas
c ~ i o de
s Marabá Paulista, Teodloro Sampaio e Presidente Epi.tácio, as
.. -... .. ..-
.
.L
noras uc caráter científico mais antigas qur se çunnrçr sobre o vaie uu J. .,.I.

Paranapanema são as do pioneiro Teodoro Sampaio. Tais notas versan


extensão aproximada do vale, suas matas com boas madeiras, a qual
seu solo e a ferocidade dos índios Caiuá e Caiagangues.
Zstes índic1s. reconhc:cidos conno os prinutivos hatjitantes dci Vale do
I ema, foram expulass de suas terras e praticam:nte exter minados
. . . -
pelos colonos invasores, que, na 2nsia de riquezas, tizeram uso predatóno da
.. .
t'e m , sem se preocu par com as conseqüiências que adviriar
iefetivai da região deu-se com a implaintação da Estrada
U c rc11u auiucauaiid. iviais uiiiii
.-- -S -~-
..VCL, .:..Ai
~ U I I I Uus
- > - I ..---.. -- ---- .I -
U I I I W ~ I U S aii~ci~uirs, III~L~ILUU-

se a monacultura cafeeira, a qual deu suporte à formação da rede urbana e a


Fwtir de 1'930 inseriu a região na economia nacional. Mesmo com a crise de
lrL7,
010 a " ^*,-~ d u ç ã do
o café continuou até 1940, quando paulatinamente foi sendo
Substituídai pela cultiIra do algi>dão e pel a pecuárir

Ista substiituição oc;asionou niuitas tran is nas reli


. - . .
trabalho e de produçáo. Segundo Leite (1981). a cultura do algodáo era
Clesenvolvida em pequenos estabelecimlentos mr;iis, com área entre 20 e 50
kiectares, SIindo a ma ioria deles dirigida )ormeeiroS. Os supostos proprietários,
. . .
-
por meio ae eranaes arrendatários e restas ae rerm. utilizavam-se de oeauenos
posseiros, explorando sua mãc de obra Imata par;i. desmata
colonizand10-a e a explorando Ida forma jue Ihes cc~nvinha.
,.-...
É i m p o mite dizer, q,..- ~ ~ ~ p a çocorreram
ões de forma inzgular e
ilegal. Do ponto de vista exclusivamente jurídico, os exploradores não eram
legítimos proprietários das terras, vez que não possuíam título de domínio ou os
tinham viciados, isto é, em desacordo com as leis vigentes ou até falsificados.
O estudo da origem dos títulos que informam os imóveis da região, demostra
claramente a invalidade dos mesmos.
Os pretensos proprietários ou ocupantes, declaravam suas posses
nos chamados registms paroquiais, também conhecidos como registros dos
vigários. Estes registros eram vagos e imprecisos, as posses declaradas não
tinham delimitação física (cercas), referiam-se a acidentes geográficos
desconhecidos ou localizados em outras regiões.
Analisando-se a Lei de Terras n.O 601 de 1850, regulamentada pelo
Decreto n.O 1854,o que é corroborado pela doutrina e jurispmdência dominantes,
vê-se que o registro paroquial ou registro do vigário jamais conferiu domínio,
tinha fins meramente estatísticos e servia para comprovar a posse, desde que
presentes outros requisitos, tais como cultura efetiva e moradia.
Contribuíram para que essas posses fossem declaradas de maneira
tão imprecisa a falta de conhecimento dos acidentes geográficos, como rios,
nascentes etc., e a amplia~ãotemtoriai, bem como a forma como eram feitos
os registros paroquiais, pois o declarantepagava ao vigário por letra da descrição
da área a ser registrada, tomando-a muito vaga, e este último era obrigado a
aceitar a declaração da forma que o pretenso possuidor desejasse, isto é, o
vigário não tinha poder de recusar tal declaração, contestá-la ou retificá-la.
%sando o conhecimento preciso acerca dos Sertões do Paranapa-
nema e por questões estratégicas, econômicas e jurídicas, a Comissão Geográ-
fica e Geológica do Estado de São Paulo, nos últimos 25 anos do século XIX,
organizou expedições que tiveram dupla importância: geográfica e cartográfica.
As primeiras exploraram o Rio Paranapanema; no início do século XX (1905-
1906). foram explorados os Rios Tietê, Paraná, Aguapeí (também conhecido
como Rio Feio) e Peixe.
Para obter o reconhecimento do domínio, as posses declaradas perante
os vigários em livros da paróquia, desde que exploradas e habitadas, deveriam ser
medidas e ter demarcadas suas divisas, comprovando-se as rendas e pagando os
emolumentos devidos. Na maioria dos casos isso não ocorreu, tanto que, em
algum documentos que sucederam esses registros, há mençóes expressas de
"uma sorte de terras de matas sem criaçóes ou culturas", demonstrando
claramente que essas posses só existiam na fértil imaginação de quem as declarou.
De posse dos registros paroquiais, seus portadores deram início a
uma grande especulação imobiliária, que consistia em vendas, doações e
permutas de Grilos, que foram posteriormente registradas nos cartórios
Ciompetente:s até chel ar aos atuais ocup;antes.

Por várias vezes, pre tensos prt~prietárioé


-"- -.
áicaa quc ~ompõem o.n--.-l A. . n
ruiirai uu .--. suds wsses,
raiaiialJaiic1iia rriiraiaiii ic~iiiii~ai
-
uer junto 2io Govem,o do Estad10, quer jui %toa Juize s de Direiito, sem no entanto
onseguire m êxito, sendo seius documlentos rei teradameinte consicierados
nprestávei1s.
luando o iinteressado requeria a legitimação da posse em juízo, a
ai mandavii apurar a veracidade das informações constantes no
.. .:- -.
requerimento, tais como: divisas, benfeitorias, roças, criaqões existentes. ouvia
testemunhas, etc. Sendo constatada a veracidade das informações declaradas,
demarcava-se a área da gleba e se expedia o título de legitimação. Se nião eram
titulares do domínio e nem tinham de fato a posse, caracterizada pela cultura
elfetiva e morada habitual, a te1rra não Ihc
A. colonizac;ão se deu num prim natando
, ..
os inaios e postenormente os pequenos posseiros. rara matar os p nmitivos -~-~- ~-

ocupantes foram organizadas expedições chamadas Dadas; para os pequenos


posseiros foram contratados jagunços, conhecidos por quebra-milhos.
nbserva-se entáo que a ocupação do Ponta1 deu-se de forma
irregular, sob o po nto de vista jurídico, econômico e social 'yoi
)ela f o m 1s irracionais empregadas, que acabaram por ferir o
..leio ambiente, irregular também porque poucos se apoderaram de muito,
e1 tuitos p e manecerc.
~ ~msem nada" (Leite, 1981).

da C
- ..".."
o intuito (je coibir ri exploração predatória, visan
da fauna L yaia , '
v dstabelecimento de florestas yiv.rruiar, iuiaiti

criadas pelo Dr. Femando Costa, engenheiro agrônomo então Govemador do


Estado de São Paulo, três reservas florestais4' : Reserva Florestal do M 'orro do
Diabo, Reserva da Lagoa São Paulo e Grande Reserva do Pnnt-1
O Estado, no entanto, não se aparelhou no senti<10 de fiscalizar e
combater com eficácia os invasores destas áreas. Tais reservas legíilmente
-inda existem, visto que os decretos que as criaram não forari' - ~ v u -r -a d o s No
.
?tanto, de fato, atua existe a IReserva d,o Morro t
8 2, ainda
;sim, não iintegralmf

A R c r w F l m i a l d u Monodo Diahofoi criada pelo M o 12 279. Reservada


r Paulo. iniiimida p l o Decreio I3 BIY. dc 00 dr novembro
L ~ p < #São i do Ponta1
e,t;~kle.ida ~ n d pclua I k n o 13 1175. de 2 5 dc n<i$rmhn>de IOJ?
Iministrativamente,o Pontal foi dividido em perímetros com o obje-
ropor ações discriminatórias, tal como mostra a figura 01, ante-
ferenciad:1 para ilustrar os liniites físicc~sda região.
.. . .
ações discriminatórias até então julgadas, reconheceram como
.i
particulares apenas as terras contidas no 13" Perímetro de Mirante do
Paranapanema e no 20" Perímetro de Santo Anastácio. Diversos outros
perímetros já foram julgados devolutos, a exemplo do conhecido 11" Perímetro
de Mirante do Paranapanema e outros ainda não foram discriminados, tais
como o 18"de Dracena e 16" de Presidente Venceslau. Porém, há sérios indícios
que levam a crer serem os mesmos constituídos de terras devolutas. Cabe
dizer que aquelas Ações Discriminatórisis foram j ulgadas hiá décadas
Portanto, desde há milito sabe?:re da exisitência destas terras.
.
Foi uma ocupaçao, que apesar de iiegai, realizada com vioiencia.*e ae
forma predatóna ao mleio ambiente, contou com a tiotal inérci 10, que
não reconheceu como válidos os títulos exibidos ou as posses is, mas
também não. ç..u!L:i.~~ i uessa prática abusiva, nem cuiuuu
.
: A-.. >.
uab Lerda que lhe
pertenciam, não dando a elas uma destinação mais condizente com o dever do
Estado, de proporcionar o bem estar social. Observa-se ainda que a maior
parte dos fazendeiros e negociadores das terras eram políticos da região ou
pe ssoas ligaidas ao golremo ou políticos er
an ..,
Nsi atual ida^,, o
,...,. ., ,",,.,,
, ,&r A n i",
;"i
,,, .,.,.,.,.,
, ,posse
contratam seguranças; os pequ'enos posseiros, bói:a-frias, pequenos ar~enda-
tários, meeims e empregados nirais, orgrmizam-se em movi!mentos sociais e
lutam pela posse e uso da terra.
:ssas brev.es linhas, tem-se uma idéia dos porquês da situação
c0 da Regiãc1 do Ponta1 do Paranapanema, entende-se o motivo da
int,..,.,, -
..L.
nnGm 1 - do Estado nessa questão, compreende-se a dimensão
....,

do Plano de Ação para o Pontal

- u...-. - .- o
riano ae ~ p Govemamenrai orIra O
Pontal do Param
) assumir a atual ges lstado enc,ontrou umia série
de conflitos pela posse e uso da terra, sendo que a situação mais connindente
esctava localiizada na 10aRegiãc) Adminis D Estado, e mais especifi-
ca mente no Ponta1 do Paranapauiema.
a região, situada nú oeste do Estado de São Paulo, na
fronteira cor8 os estados do Mato Grosso do Sul e Paraná, com uma extensão
total de 1,2 milhão de hectares, apresenta um dos menores índices de
desenvolvimento do Estado de São Paulo, com baixa concentração demográfica
e inexpressivo crescimento industrial e comercial. A principal atividade eco-
nômica dá-se no setor agropecuário, com predominância da pecuária extensiva
de corte, ocupando até 78% da área da região, seguida de culturas anuais,
principalmente algodão e milho, com baixa produtividade.
A semelhança do Vaie do Ribeira, região de Soro ile do
Paraiba, o Pontal do Paranapanema apresenta grande parte L, , ,,.,.~it6rio
cornposta poir terras de'volutas ou ainda não discriminadas, mas; provavelimente
tanibém devc)lutas. Por.ém. diferímtemente daquelas regiões, no Pontal r~redo-
. .
minam grandes latitúndios na posse de relativamente poucas pessoas, cujas
ati\ ram pouco emprego.
'ontal caracteriza-se pelo contraste bmtai entre os latifúndios, quase
sen.,., ,.,dutivos ou de bakíssima produtividade, e os inúmeros trabalhadores
mrais em desamparo, os quais têm tradiçião na agricultura e pecuária, como
meeiros, arrendatários e bóias-frias, mas não têm terras para exerceir suas
atividades, nem habilidades para outras t a.efas.
A fàlta de d inamismo econômico da região, que oferece poucas

I P ,..,.,
estmturais q ~ rnntr;hi
, r.
,
.
,i:r+im s,
,.,,
alternativas Ide empre,go e rend a, ficou iicentuada devido a outros fatores
,
n,,P ..,.ide
"r=.

cul;m e n t e os8 trabalhadores mrair; e trabalhiidores não


parte da população local, parti-
ados, sofressem
um processo de depau peração.
o s p c q u c ~ ~agricultor^>
u~ 2-..L-:^^
aiiciiuaraiiua ^ -.
C assaiaiiduus rurais passam

a perder suas ocupações, diante da crescente crise no setor agrícola. O


desemprego no setor sucro-alcooleiro ocorre devido a crescente mecanização
nas operações de colheita. A cultura do algodão, uma das principais atividades
desenvolvidas pela agricultura familiar na região, perde em conipetitivids
mercado internacional, cujos preços a tomam inviávt$1econom icamente.
.-...L.,L.>..
Outra importante atividade geradora de reiiua aos A
.
iraoainauures de
baixa qualificação, a colheita de sementes de pastagem, também tem decrescido
em decorrência da redução nos investimentos em renovação de pastagens,
devido à queda dos preços agrícolas. Por outro lado, com o término da construção
de grandes hidrelétricas nos rios P'aranapane:ma e Paraná, enomies conting:entes
de trabalhadores com baixa quali ficação permanecer;un na região, mesm,o sem
alternativas estáveis de. rnnrl.,
.,, n,Gmprego.
r
A economia urbana, bastante modesta, reflete a diminuição no
J&
movimento e sofre sua própria crise, desempn:gando oii mesmo fechando
estabeleciimentos, inclusive bancos. Neste contexto, o coriflito pela posse da
. .
terra avoiuma-se como alternativa de sobrevivência aa população mais afetada,
fechando o quadro que se observava no início de 1995.
Constituindo enormes acampamentos h beira de rodovias, os trabalha-
dores mrais sem-te]rra promovem ocupações em fazendas improdutivas ou de
baixa produtividade.na sua mriioria julga idas devolutas, causando grande impacto
. .
político, com repercussao nacional, amplamente divulgados na imprensa.
Do ponto 4de vista jui rídico-adniinistrativo, a 10"egião Administrativa
.., . . - .
está dividida em 33 Penmetrc>s,que tenI sido objeto de ações discriminatórias.
,
Alem ae granaes exrensoes ae areas iul~adasdevolutas. diversos wnmetros
i m o iníciiD de açõesi discrimir
Com base no diagnc ituação ec social e ji irídica do
ronrai, o Governo do v..->- 8. -~--, ue IYYJ,cum piano ue
csraao propos, ia em setemoro ~ -
--A. ~ >~ --e.
~~~~-
acao -

para a região, que foi concebidl i plano inte jetivando


o desenvolvimento regional.
O Plano Ide Ação ( ental para do Paraniapalcula
tem os se]pintes objetivos esl
A -.--..--
- .
R~inh.OdUçáo
. . . .
de tomas mais eficientes e sustentáveis de produção
. .

agrope,cuária, atr,avés da p romoção (ie projeto s de assenitamento;


* Reinserção do Pontal do I'aranapan
. ema. enqu
,.
anto regiiio de im-
... .. "
portam:ia economica, ahaves da reguianzaçao runaiana e eii-
mina@io das incertezas dominiais, com a dinamização de seu
mercadlo local e regional;
* Recup:ração ambienta1 de áreas noje aegraaaaas pela exploração
extensi va, através da recomposição florestal de áreas de preser-
vação xrmanente e de Reserva Legal Obrigatória (protegidas por
lei) nos; assentam
;ãosocial, gerando um clima propício para um novo ciclo de
., .,. ..,., .,,.-mnnr ,..,., .,. ,.
? I , > i r n m n t n nn ,.-mn.,m, nrln n
,
A .
rnn..;ivencia harmoniosa
.

das tenras regularizadas.

'' Ver pane I deste Caderno.

*P
......",,revê3 fas,,.
Na Primeira Fase -Arrecadação de Área as e Assentamento
- foram desenvolvidas as seguintes ações:
4 Identificação e cadastramento de todas as famílias acampadas,
para seleção:
4 Identificação de todas as pro ,.,,. Jevolutas c.nV...
, ,
,
m irrio

superioi- a 500 ha, e realização de vis a levan-


tamentoI das benfs:itorias;
* ,c-"-=-
Reivindi~a~au A- ....-I
uc " --a .--:.."A-
iurcia aiitcwyaua ue A
30% deasas piupiiedades,
por aci medida liiminar ju dicial, p;ira promioção de
assenta ovisórios, até a am:cadação itotal das 2ueas;
...
.,
* inrerraçao ae outros orgaos , - . . ... o
governamentais para viaoiiizar
assentamento provisório das famílias nas áreas tuteladas;
4 Realiza$:ão de acordos com os detentores dos imóveis, com recursos
r.IylYYIdo~
enlrc* pelo Incra para indenização das benfeitorias, sendo
70% em Títulos da Divida Agrária e 30% em Imoeda coi
*
Realização dos assentamentos definitivos;
*
Aplicação da política de assentamentos do Itesp e integração com
ouhas Secretarias de Estaclo para a implantaç olidação
dos projetos4).
PJa SeguncIa Fase dcI Plano - Acordos rias Áreas ainda Não Discri-
ninadas - lFoi editado o Decreto 42.041197'M,peloquia1o possu idor de uma grande
'izenda nessa situaçãio jurídica pode fazer acordo CIJm o Estaio na própria Ação
Discriminatória e, cedendo uma parte da área para assentamento, ter o restante
regularizacto em seu nome, e\ritando-se para amtIas as parites os pra
C:ustos- soiciais e ecc~nômicos- decorreiites das a(;ões judici ais.

A Terceira Fase do Plano - Edição de Lei de Terras - propõe ampla


discussão com os agentes sociais e políticos sobre os aspectos da regularização
não discutidos antenomente. O Plano propôs a mecadação de áreas superiores
i 500 ha. E'odem ser legitimados, segunc10 a legislação estaciual vigen te, áreas
nferiores a 100 ha, existindoI, portantcI, a necessidade de estudos técnicos,

4' Ver Sdne Cadmoa do itcsp, n's 01. 02. 07 e 08.


Nocálculodaporcentagem daaieaaser4daparaasicntamcnmenoan
easiluação t6cnicadafazend6avaIiadapelonívelde investimentoernbe
Quanto menor a dúvida dorninial c maior o nível de investimentos. me
poder&variar de 35% a 707
...--v-.....-,.... .. ,"..
,,,..,...,,,,,,,..,.,,,p ara definir a situação dos imóveis com áreas entre 100
ha e 500 ha,, A Lei d'e Terras t bjetivará resolver c iações
Per io resolvi(Ias nas fa! xes.
- . -
A i%tuaçãodo Estado tem sido pioneira e eficaz, e se não acabou,
iinuiu em muito os conflitos, evitando ondas de violência que poderiam ter
gido, casc1 permanecesse inerte. As ações desenvolvidas pelo Estado têm o
. . . ..
sentiao ae eiiminaro monopólio do latifúndio. democratizandoa terra pública e
proporcionarido a possibilidade (ie forialec ra familiar, com
os assentame:ntos que :;ão impla~tad dos no
Os resultados alcançados, tanto em termos econ6micos, como no

.,
âmbito da pacificação social são animadores. Estimulam, portanto, o redobrar
dos esforços "?,r- ,,.u,seguirmos na linha de ação hoje adotada, até a solução
",",C

cornpleta do rsecular coritlito fundiáriono Pc~ntal,entrando definitivamente numa


no1ia etapa d'e desenvoIvimento para a região.
. ~~ ~

medidas judiciais, aliadas aos acordos realizados com base no


.v
.. .

Convênio Incd t e s p ou no Decreto 42,041197, têm pnoporciona,do um equilíbrio


soc:ia1à regi21o, que se não extinguiu,certamente dimiriuiu de forma considerável
. .. .
a violencia no campo.

Ações Rt
A ação reiviitui~,iruiiarevelou-sç iiiaiiuiiir;iiru apru à promoção da
regularização fundiária, quando \risa a arrec:adatterra:3 devolutais irregularmente
ocupadas, dando-lhes nova destinação econômica e social: paira assentamento
de trabalhadores rurais sem tellm,,
,-*o
,,. ,.
.,,,,, .,.,,..,ientes
;"e..f;c;
A,.
para sua
subsistência; para a consolidação das unidades de consewação afetas à política
0

ambienta1 do Estado; ou para qualquer outro uso de interesse coletivo a critério


administração pública, em estrita obediência à legislação vigente, qual seja,
Leis no 4.1257185, no 9.757185 e outras.
No caso específico do 1 ema, as ár.eas arrecaidadas
. . .. .
via ação reivindicatória,têm por objetivo o assentamentode trabalhadores rurais
sem terras, sendo estes devidamente cadastrados, selecionados e classificados
por uma Comissão de Seleção constituída sob a égide a Lei 4.957/8545.

'I O Art. 7' da Lei 4.957185 p ~ v Ea m o s l i h t i ~ á ode urna Comirrâo de SeleçZo Municipal e m par6ciwZe de
representantes do Itesp (Residente), Pmuradona Geral do Estada. Câmara Municipal. Prefeitura Municipal,
Casa da A ~ c u l t u r ae Sindicato doa Trabalhadores Rurais locais, alem de 2 reprerentantes da s i e d a d c civil
escolhidos pelos anteriores, geralrnmte ligados ror gnipos de trabalhadores sem tena
JS legais da Ação Reivindic ........
:xemplo ia discriniinatória, é competik c i a da 1 ria do
r a ação reiivindicatóiia, cabendo ao ItespiDRF exec balhos
téc,., ., 2ssários p,., ,,.,,Jositura desta Ação.
Dil'erentemente da di scriminatÓria, não há encarninhamerito de
%tÓrio,ma:s dos seguintes docoimentos:
A
. - ama1
mam'cula ou transcnçao . . . ,
que descn:ve o imovei, consel
por meio ide pesquisa cartoria 1,
,. .
copia aa sentença que julgou a area aevoluta e
spectivo rio Serviço Registral de Imóve
I
&--:,.-e
rrriiicvr, -
-20 necessários e s uG^:n"+n^
~ ~ ~ . . , ~ , L.,kvLndicar
<
,~~
a á r e a o niemorial descritivo e a planta planiméeica em escala apropriada.
Ne!sta etapa da regularização, normalmente já é possível efetuar o
levantamento topográfico cadastra1 da área, que consistirá em medição do
perímetro e da área, ci~nseguind o assim delimitar c:om preci!são as linhas de
divisa. A partir desta inedição e dos elementos por ela obtidios, elabora-se o
memorial descritivo.
Pode-se dizer que as peças teicnicas qiue acompanham a ação
reivindicatória são mais precisas qpe aquela!5 que aconipanham a discriminatória,
' -
)devido aos obietivos distintos aas acoes.

Na pnmeira rase ao riano ao rontai, pietteou-se nos autos aas ações


reivindicatónas a tutel;i antecipa,da de 30% da área de cada imóvel, senclo que
a maioria foi concedid;a pela Jus!tiça, perm itindo a instalação riessas áre:3s dos
- -
assentamentos provisói
6s exausti ieiro proc iegociação, em rela
ma.,.., ,,,,.~s ações h ~ ,,r 4 n .,
*riir0 n
r.irir r JS ocupantes. Tais ac

conisistem na indenizaçãopelas benfeitorias existentes nos imóve:is,com m:ursos


8

rePassados
- . ..
pe:lo Convênio Incrdtesp. sendc>30%emidinheiro e 70% em ''ítulos
.- .
i
da Dívida Agrária (TDA), resgatáveis em 05 (cinco) anos, com o primeiro
resl 2 (dois) anos após o lançamei?to dos miesmos.
Iecreto no 42.041, de 01 de 14gosto de 1997, quie "dispõe sobre
criterios, condições e procedimentos para arrecadação de terras em pmces-
,, ,.,.
.minação por meio de acordos", permite o recebimento d~ ,-.-
Iárea pelo Estado, qiue em conseqüência renuncia ao direito de discrirrunar as 8

rras ou diiscutir a pcm e da área remanc:scente dc) ocupantc:, fixando vários


. ..
itérios e bases para a concretização dos mesmos,
Paira que o acordo pclssa ser ccmcretizad10, tecnicamente é preciso
aborar uma planta pllanimétrica cadastra.1 da área, ;acompanhiada de memorial
... Os
:scntivo. .
elementos que constam aa , . . - .
manta sao as linhas de divisa da
.
ea a ser r com as n alinha-
entos e a
Juridicamerite deve-s,e analisar o registrcI atual do imóvel, a fim de
verificar iniFormações; pertinentes, tal cc)mo existi!ncia ou iião de hipoteca,
entre outro: 9.

A tabela a !seguir, mc 'eas arrec;idadas ou em arrecadação


ncI Pontal dc2 Paranap;anema. Cc serva. a áirea total destes projetos de
. . -.. .
assentamentos é de 79.453 hectares, com um total de 3.135 lotes implantados
OL :lo DRE

ASSENTAMENTOS IMPLAN1'AUOS
ou EM IMPLANTAÇÃO NO PERIODO 95/98

-
V" Projeto
Assentamentos Definitivos no Pontal

Munic
- Fm.
No Area
(ha) -
,. RI.II"II Caiuá 172 4.418 ITESPIINCKA
2. SantaRita Caiuá 21 533 ITESPIINCRA
3. Porto Letíc Euclid~"I.. -".-... 36 75 1 ITESP/lNCRA
4. Rancho AI Euclides da Cunha 52 1.300 ITESP
-
10: NCRA
~~~

5. Rancho Grande Euclid~s: da Cunha - ---


6. Alvorad, Mirant panema 2' NCRA
7. Arco-Iri Mirant panema 10: NCRA
8. Canaá Mirantc uu raaiiopanema 5: NCRA
9. Estrela I)'Alva Mirant e do Paranapanema 31 833 ITESP
O. FlorRon;a Mirant e do Paranapanema 32 951 ITESPiINCRA
1. Haroldiria Mirante do Paranapanema 71 1.984 ITESPiINCRA
2. Kine Micat
-

3. LuaNo\
- Mirant e do Paranananema
Mirant panema
46
I!
1.135 ITESPiINCRA
ITESPIINCRA
4. Marco I Mirant panema ! ITESPIINCRA

.,......,L,.,..,
Mirant panema ! ITESPIINCRA
5. Nossa S
a".< ,...
XYUVV
I,
ILVI,.~UZ,LC
i
\"ii""* "
.
e
"
,
.
"
,., ,., L,A' 1.542 ITESPiINCRA
cipio órgão
. .

17. Santa Apolòni:~ Mirante do Paranapaneniii 104 1.723 ITESPIINCRA


18. SantaCarmem Mirante do Paranapaneme 37 1.062 ITESPIINCRA
19. Santa Clara Mirante do Paranapaneina 46 970 ITESP
20. SantaCristina Mirante do Paranapanema 35 852 ITESPIINCRA
21. SanraLíiria Mir:inie do I1:ir:iii.ap.inema 23 571 ITFSPIINCRA
22. Santa F:osa hlirante do I1aran.ip.tnema ;- --2 ITFSPIINCRA
23. Santo iintonio 1 Miranite do Paranapanema : 2 ITESPIINCRA
24. São Bento
,..,.
25. Vale do,," C,."I.*"
26. Washington Luís
Miranite do P m ;apanema
Mirar,te A* D"."", r..""n,."
Miranite do Paran;apanema
II
'
1
4

6
7
ITESP
ITESPIINCRA
iTESP/lNCRA
27. Santa Rita Piquerobi 3 ITESPIINCRA
28. S. Antonioda Lagoa Piquembi 9 ITESPIINCRA
29. São José &Lagoa Piquembi CY r29 KESPIINCRA
30. água^ P&S. Bemardes 12 956 ITESP/INCRA
31. água^ Pres. Bemardes !6 789 ITESPIINCRA
32. Palu PIeS. Bemardes (5 1.299 ITESPIINCRA
33. Quatro Pres. Bemardes O
! 484 ITESPIINCRA
34. Rodeio Pres. Bemardes O ITESP,IINCR A
35. SantaE PIes. Bemardes 7 ITESP,ONCRA
36. Santo i Pres. Bemardes O ITESP,nNCRA
37. sao10r'6
38. F'rimavera l
..--.
D-a" Bemardes

Pres. 'Venceslau
d
7

9
PTFQD
..-v.,
nNPR A
ITESP,IINCRA
39. F'rimavera 2 %S. 'Venceslau 5 ITESP,IINCRA
40. Radar F'res. 'Venceslau 7 ITESP,IINCRA
41. Tupanc n... .
r r r s . Venceslau IO L.IJL
rn -E"n ,,,.7nn
IIC<OnIIYLRII
A

42. Yapina! Ribeiirão dos fndios 40 854 ITESPIINCRA


43. Bonan; Rosar18 23 1.144. ITESPIINCRA
44. Novad Rosaria 116 2.900 ITESP
45. Bom P astor )valina
... ...
2
.- -- -.
I'l'kSP,
-.
46. AgiiaEIranca 1 >mSampaio O ITESP,
47. Alcidiai d a Gata 110 Sampaio 4 ITESP,
48. Cachotu".:-nuu 4- E ".
.-
~ruriiu icuuuiu P .-
...--^:^
oriiiipaiu 2 ITESP,...r -..r,
49. Cómego do Azul Tecdom Sampaio 2 ITESPIINCRA
50. Haidéia Tecdom Sampaio I ITESPIINCRA
5 1. Porto Alcídia Tecdom Sampaio 7 ITESPIINCRA
52. Santa Rita da Serra Tecdoro Sampaio 2 ITESPIINCRA
53. Ssnia V.ioria ~ e o d o r o~anipxio LU -71 ITESPIINCKA
51. STere71nhadcAlcídia 'lhrlom Samnaio 33 835 1TFSPIINC:RA
55. Sto AnP dos Coqueiros Teodoro Sampaio 17 428 ITESPIINCRA
56. Vale Verde Teodoro Sampaio 17 999
. ITESPIINCRA
57. VôTonico
- ~

T e d (>roSampaio o ITESP
58. SantaRita Tuoi Paulista 5 ITESP
-.Z7"^ - -.w"-v*vrw,-.- ..
~ u b t o t a ~ e i i n i ~e- 2.479, 67.78d-':"
Assentamentos Provisórios no Ponta1

.Municipio

59. Poiital (Santa Ros a 2 ) Mirante do Parar 29 766 1TF.Sl


60. Santa 1CNZ Mirante do Para 50 1.395 ITESF
61. Santa1Isabel 1 Mirante do Parar 70 1.799 ITESF
62. Santm,a Mirante do Parar 28 700 ITESF
63. Santa Maria 18, ITESF

b.. i. -ir

Nova1s Aeordc1s no Porital


. ...
i
rlY
(h1
Novos Acordos no Penlal- ConvPnio com o Incra
64. StaTelrezinha Águ;a Suniida Teodoro San 54 1.345 ITESPIINCRA

- - 65. Santa:Zélia
" ._, .
Teodoro San

CllllbC,
Suhtotai - Convênio com o Incra 164
10 2.272

3.617
ITESPIINCRA

Novos o Pontai - I
L< o
.
- >
Rosa
67. Santa' rerezinba

v
s ~ b t o t a l -kieereto 42:0i1m
TOTAL GERAL
6z
35
i.nz
79.453
-
ANTONIC), A P. O Movimento Social e a Organização do Espaço Rural nos Assen-
tamenl'os Populacionais Dirigidos pelo Estado: Os Exemplos na Alta Sorocabana
no Pefíodo 1960-1990. Tese de Doutoramento aoresentada ao Departamento de
Geogr;ifia da Faciuldade de Filosofia, Letras e Ciêiicias Humimas da Uniiversidade
de São Paulo. São Paulo, 19910.
8

3 - A .r.
ASSIS, J. ocn5-uo n:. ....
: z.
uiscriminuioriu. .On>:.< z-
i miyau. m.
v., n-- .-..
rurciisc.n. >
:
niu ue Janeiro. ir ro.
3"
,O
,

BARRIOS, N.A de Z. O Agrossistema do Extremo Oeste Paulista: Proposta Metodo-


lógica de Análise e Avaliaçüo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1995.
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.,
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.*P
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RECURISOS NATURAIS I SECRETARIADA EDUCAÇÃO- V2:A Ocupação e o
Povoamionto do Vale do Ribeira. Por Vera Lúcia Vieira e helena Mirabelli. São
Paulo, 19189.
-
ZRRAFOTO S.A. Atividades de Aerolevanitamento Manual de
Domínio de Terras Devolutas,por Aerofo togrametri<a. São Paul
1 ITES

O Instituto t3e Terras do Estado de São Paulo "José Gomes d;I Silva"
foi criado pelo Decreito Estadual n." 33.1 33, de 15 de março de 1991, n:unindo
..
--
.-....AP
órgãos já existentes com atuação nas questões agrária e fundiária do Es.tado
São Paulo. Recebeu recenteme,nte o nome de José Gomes da Silva, em ho-
menagem à(pele que, grande defensor da reforma agrária, iniciou a parti,cipação
estadual sistemática nessa área, criando o embrião do que hoje é o Itesp

tuaimente,, o Instituito de Terras é o responsável 1pela execi


PC iria e funiMria do :Estado, vinculado à Secretaria da Justi'
D L ....~
';A4Arn;s
~ ~
Ta- ~
n m ii.," a
r
,.
,
.
,
.
rrriuruia
I- ..;",.r. dirnnr *
i
(
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engloba diversas atividades envc i terras púlAicas do E


n
..-
O Centro de Soluçãu ut. LUIIIIILU~"i..--r uiidiirios alua Iid irli .
de todos os conflitos pela terra no Estado, interrnediando as negociações entre as
familias sem-tem e os órgãos competentesemcada caso, cadastrandoe analisando
o perfil sócio-econõmicodas famílias, suas necessidadesbásicas e reivindicações,
gerando um banco de dados sobre a situação jurídica, agronômica e social em
litígio. Tem como filosofia o respeito às diferentes organizações sociais, a
identificação das demandas e a busca de possíveis soluções para os conflitos, de
miodo a evit; cia.

.
Departarnento de Regularizaç50 Fundiiria rei
, .- - - ae terras
técnicos ae reguiarizaçao .
ibalhos
estaduais e municipais. iaentiricanao e
demarcando terras devolutas, elaborando os planos de legitimação das po,sses até
100 hectares e propiciando a arrecadação de áreas para assentament,o. Tem
como fundamentocontribuir para fixar o homem ao campo através da seguiaiiva"
dominial e da adequada destinação de terras públicas, utilizando a regularização
fundiáriacomoinstmmento dedesenvolvimentoregional.
Assessoria ~mpeciaipara yuiiomoos, çnaua em 1997, atua na
entificação, demarcação, regularização e titulação das comunidades de rema-
:scentes de quilombos em áreas devolutas do estado, comuma políticade apoio
comunidades, buscando o seu desenvolvimento sócio-econõmico, de forma
sustentável, respeitando e valori zando was tradiçõe:s e manifestações culturais.

O Departamento de Assentamlento Fundiário é o responsável pela


. .
implantação da política de assentamentos estaauai, incluindo a administração e
assistência técnica aos assentamentos estaduais e federais, além do
desenvolvimento de diversos programas de apoio aos assentamentos, visando a
diversificação da produção e o fortalecimento da agricultura familiar. Tem como
filosofiao modelo de construção participativa da novai comunidz[dede agricultores
agoraassentados, buscando tomá1-10sprodutores autôiiomos e viáveis, resgatando-
Ihes a cidadania.

Centro I3e Capacitaçáo Tt :rária atu a na forniação e


.,
capacitaçao de assentaaos e tecnicos do Iteso.
z . arraves de cursos organizados em
parceria coin univers idades e xganizaçCies não gcwernameritais, ministrados
diretamente nos asseritamentos, além de outros eve:ntos e ati vidades ligadas à
.-.<-:. ....- ..
discussãoda -.I<.:..
poiiriça agrdnat: ao aperieigoamenio
.
~2.
:.
prorissionai. O Centro também
é responsável pela organização de biblioteca agrária de documentos
produzidos pelo Itesp e profissionais da área.
SÉRIE CADERNOS ITESP - 1998
RETRATO DA TERRA: NEGROS DO RIBEIRA:
Perfil sócio-econômico dos
Assentamentos do
3 I Reconhecimento Étnico e
Conquista do Território
Estado de São Paulo
O
PONTALVERDE: TERRASECIDADÃOS:
Plano de Recupera@o Aspectos da Ação de
Ambienta1 nos Assentamentos Regularização Fundiária
E; -.- do Ponta1 do Paranapanema no Estado de São Paulo

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Endereço:.;*::e.:,--: .
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Dat *_,.Assinatura:.:?y73zz?:?, ~,,vzr~~~:!~f!um?81T7.v.xt7v-ey~?e


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PARA SOLICITARSEUEXEMPLAR,ENTRAREMCONTATO COM:

INSTITUTODE TERRAS DO ESTADODE sÃoPAULO


<~JOSÉ
GOMESDASILVA??
Av.BrigadeiroLuiz Antonio, 554 - CEP01318-000 - SáoPaulo- SP
Tel. (011) 232-0933 -ramal 1700- E-mail: [email protected]
A LTDA.
35, 1.138
VLO - SP

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