MORFOSSINTÁTICA
MORFOSSINTÁTICA
MORFOSSINTÁTICA
Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas
08 de Janeiro de 2024
Índice
1) Sintaxe - Noções iniciais
..............................................................................................................................................................................................3
2) Funções Sintáticas
..............................................................................................................................................................................................4
NOÇÕES INICIAIS
Pessoal,
Daremos início a um dos pontos mais cobrados nas provas de concurso: a Sintaxe. Não só pela complexidade,
mas pela grandiosidade que ela representa em nossa língua
Assim, tenha em mente que sintaxe é a área responsável por estudar a organização da língua, a conexão
entre as partes da frase.
Muitos confundem classe gramatical (morfologia) com a função sintática que determinada palavra pode
exercer: um substantivo (classe morfológica), por exemplo, pode exercer a função sintática de sujeito ou de
objeto direto. Portanto, devemos sempre estar atentos ao tipo de análise pedido na questão (é uma análise
morfológica? sintática?).
Nesta aula, vamos focar naquelas funções sintáticas que sua banca mais gosta de explorar. A aula é bem
extensa, mas é completa e traz muitas questões comentadas (muitas mesmo), porque teoria resumida sem
prática apenas perpetua essa sensação de que "sintaxe é muito difícil". Optamos também por não partir a
aula porque todos os assuntos são interligados (sintaxe, orações, funções do QUE e SE) e o entendimento é
melhor se vistos como uma unidade.
Vamos nos divertir?!
FUNÇÕES SINTÁTICAS
A ordem natural da organização de uma sentença na nossa língua é SuVeCA:
Sujeito + Verbo + Complemento (+ Adjuntos)
Eu comprei uma bicicleta semana passada
Nós gostamos de comer em rodízios
Chamamos também essa sequência de “estrutura de base” da oração.
Para começar, apresentamos o exemplo acima, que é uma oração na ordem direta (SuVeCa), pois
é mais fácil perceber os componentes da frase (sujeito, verbo, complemento e adjuntos) nessa
ordem. Todavia, devo alertá-lo de que, na prática, esses termos são comumente invertidos e
entre eles são intercaladas outras estruturas, de modo que, muitas vezes, teremos dificuldade de
encontrar cada elemento desses. Deixo aqui a dica para o estudo de toda a língua portuguesa:
ache o verbo, tente colocar a sentença na ordem direta e procurar o sujeito de cada verbo. Na
análise sintática e na pontuação, essa dica salva vidas!
Termos da Oração
Uma oração é simplesmente uma frase que tem verbo! As funções sintáticas também podem
aparecer em forma de oração (ou seja, com um verbo, o que chamamos de estrutura oracional),
mas a análise que faremos será a mesma. Então, um adjetivo que desempenha função de adjunto
adnominal pode aparecer na forma de uma oração adjetiva. Veja:
Ex: O menino estudioso passa (adjetivo) / O menino que estuda passa (oração adjetiva)
Sujeito e Predicado
Semanticamente, o sujeito é a entidade sobre a qual se declara algo na oração. O predicado é,
Se retirarmos a “gordura” e localizarmos o núcleo desse enorme sujeito, teremos somente: leis
serão votadas.
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do
operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente — se tudo
der certo — serão votadas hoje.
Então, uma boa análise sintática de período começa pelo verbo, pois ele indicará o número e
pessoa do sujeito e também sua identidade: o que será votado? As leis.
Resumindo: para fazer a análise sintática de um período.
1) Localize o verbo.
2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele(a), eles(a)) e o número do verbo
(singular/plural).
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e que com ele concorda em pessoa
e número).
Passaremos agora ao estudo do sujeito e suas diversas formas e classificações. Esse termo é
essencial, pois é a função sintática mais cobrada.
Sujeito Determinado
O sujeito determinado é aquele que está identificado, visível no texto, sabemos exatamente
quem está praticando (ou recebendo) a ação verbal. Ele pode tomar diversas formas:
Ex: Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo)
Ex: João e Maria fumam. (sujeito composto, mais de um núcleo)
O sujeito pode aparecer também na forma de uma oração, isto é, o sujeito vai ser uma estrutura
com verbo:
Ex: Exportar mais é preciso. (sujeito oracional do verbo “ser” (“é”), “exportar mais”. O
núcleo desse sujeito é o verbo no infinitivo “exportar”. Quando o sujeito é oracional, o verbo fica
no singular: [ISTO] é preciso.
IMPORTANTE: nesse último exemplo, temos, então, dois verbos e duas orações.
Precisamos relembrar aqui o “sujeito passivo”, aquele que “sofre” a ação, em vez de praticá-la.
Ex: [João] foi raptado por estudantes barbudos. (“João” é sujeito, mas não pratica a ação,
ele sofre a ação de ser raptado.)
Ex: Admite-se [que o Estado não pode ajudar.]
[que o Estado não pode ajudar] admite-se/é admitido
[ISTO] admite-se/é admitido
Observe que nessa oração acima, temos voz passiva sintética (VTD+SE), então o sujeito é
oracional E paciente.
Sujeito Indeterminado
Contrariamente ao sujeito determinado, o sujeito indeterminado é aquele que não se pode
identificar no período. Não sabemos exatamente quem é o sujeito e não conseguimos inferir do
contexto.
A indeterminação do sujeito pode ocorrer pelo uso de um verbo na 3ª pessoa do plural, com
omissão do agente que pratica a ação verbal; esse é o sujeito favorito dos fofoqueiros (risos), veja
só:
Ex: Hoje me contaram que você joga futebol muito mal. (quem contou?)
Ex: Dizem que ela teve um caso com o chefe. (quem diz?)
Ex: Roubaram nosso carro! (quem roubou?)
Sujeito x Referente
Sujeito é uma função sintática, tem a ver com o papel funcional e estrutural que um termo
(substantivo, pronome etc.) desempenha na oração.
Referente é um termo semântico, está relacionado à ideia e ao contexto da frase e não
necessariamente coincide com a função sintática do termo a quem se refere. Na maior parte dos
casos, o sujeito e o referente são iguais. Mas é possível o verbo ter um “sujeito” diferente do seu
“referente”. Veja:
(SEDF / 2017)
Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham consultado
durante seu aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que escrever, para
eles, aconteceu naturalmente.
No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.
O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Disseram” é indeterminado.
Comentários:
Quem disse isso? Ora, foram os escritores. Então, o sujeito está determinado sim!
Nessa oração “Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente” o sujeito é oculto, já
que, embora não conste expresso, isto é, escrito, na oração, podemos recuperá-lo do contexto.
Questão incorreta.
(SEDF / 2017)
Um estudo da FGV aponta que 80% dos professores de educação infantil têm nível superior
completo. Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor.
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o item
que se segue:
O sujeito da forma verbal “mostram”, que está elíptico, tem como referente “Os dados”.
Comentários:
Vamos observar que há dois verbos na linha 6.
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [mostram que a formação dos professores das
instituições públicas continua melhor...].
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [(os dados) mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor...].
O primeiro verbo, “correspondem”, tem como sujeito “os dados”. Já o segundo verbo,
“mostram”, não tem um sujeito expresso. O sujeito está elíptico, omitido. No entanto, sabemos
que são “os dados que mostram”, então podemos recuperar o referente desse verbo no
contexto. Esse é o caso clássico de “sujeito oculto, elíptico, desinencial”. Questão correta.
(TRT-MT / 2016)
“Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...”
O termo “dúvida” exerce a função de sujeito na oração em que ocorre.
Comentários:
O verbo “haver” é impessoal, não tem sujeito. “Dúvida” exerce função de objeto direto do verbo
“haver”.
Questão incorreta.
(TRT-MT / 2016)
...verifica-se a existência de matas e de estradas rurais em condições ruins ou onde é necessário o
uso de barcos para chegar à seção eleitoral. É importante lembrar, ainda, que, quando não havia
a urna eletrônica — facilitadora do voto —, o analfabetismo e os problemas de saúde dos idosos
poderiam comprometer a obtenção de um voto corretamente lançado (escrito a caneta) na
cédula de papel.
Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e facultativo
para analfabetos...
Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma função sintática nas
orações em que ocorrem.
Comentários:
É necessário o uso de barcos > O uso de barcos é necessário.
Sujeito
Estabeleceu-se o voto obrigatório > O voto obrigatório foi estabelecido.
Sujeito
Ambos os termos em destaque exercem função sintática de sujeito, com a distinção de que o
segundo integra uma oração que está na voz passiva. Questão correta.
Por outro lado, os verbos transitivos são aqueles que exigem um complemento. Se o verbo for
transitivo direto, seu complemento é direto, sem preposição (Vendi carros). Se for transitivo
indireto, seu complemento é indireto, pede uma preposição (Gosto de carros).
O objeto direto é o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, sem preposição. O verbo
se liga ao seu objeto diretamente, isto é, “transita” até o complemento sem “passar” por uma
preposição.
Ex: Comprei bombons na promoção. (Comprou o quê? Comprou bombons.)
Ex: Pedi ajuda logo no início. (Pediu o quê? Pediu ajuda.)
O OD também pode ter forma de uma oração:
Ex: Pedi que me ajudassem logo no início.
(Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu [ISTO])
Nesse caso, o objeto direto será uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou, em
termos mais simples, um objeto direto oracional. Não se preocupe com esse nome, essas
orações serão detalhadas adiante nesta aula.
Objeto Direto Pleonástico:
“Pleonástico” remete a ideia de “repetido”. O OD pleonástico é representado por um pronome
que retoma um objeto direto já existente na oração, com finalidade de ênfase.
Ex: Esta moto, comprei-a na promoção.
Ex: Aqueles problemas, já os resolvi.
Ex: Que você era capaz, eu já o sabia.
Objeto Direto Interno, Intrínseco, Cognato:
São objetos diretos que compartilham o mesmo “campo semântico” do verbo. O núcleo do
objeto vem acompanhado de um determinante.
Ex: Eu sempre vivi uma vida de grandes desafios.
(IHBDF / 2018)
Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar a atual Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João Goulart, então recém-alçado à
presidência do país sob o arranjo do parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira.
No texto CG2A1DDD, o termo “a primeira LDB brasileira” exerce a função sintática de
A) sujeito. B) predicado. C) objeto direto. D) objeto indireto. E) adjunto adverbial.
Comentários:
“Promulgar” é verbo transitivo direto e pede um objeto direto, sem preposição:
promulgou algo > promulgou a primeira LDB brasileira. Gabarito letra C.
Objeto Indireto
É o complemento verbal dos verbos transitivos indiretos. O verbo se liga ao seu objeto
indiretamente, por meio de uma preposição.
Ex: Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende, depende de algo/alguém).
Ex: Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém).
(TCE-PA / 2016)
Julgue correto ou incorreto o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho “só os tolos temem a
lobisomem e feiticeiras”, a preposição “a” poderia ser suprimida.
Comentários:
O verbo “temer” é transitivo direto, não exige preposição, portanto seu complemento verbal
será um objeto direto. Todavia, existe uma preposição, “a”, entre o verbo e seu objeto. A
preposição “a” utilizada no trecho introduz um objeto direto preposicionado, para reforço ou
exaltação de um sentimento. Trata-se do mesmo caso de “amar a Deus”. Portanto, a preposição,
por não ser obrigatória pela regência do verbo, poderia ser suprimida. Questão correta.
(TRT-MT / 2016)
Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos morais que impõem
a necessidade de contenção dos vícios eleitorais...
Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...
Os verbos “impor” e “dispor”, empregados, respectivamente, nas linhas, recebem a mesma
classificação no que se refere à transitividade.
Comentários:
Nós classificamos os verbos quanto à transitividade de acordo com o complemento verbal que
eles pedem naquele contexto. Se o verbo demandou complemento com preposição, temos um
Objeto Indireto; se demanda complemento sem preposição, temos um objeto Direto.
Mas não confunda: no objeto direto preposicionado, a preposição, mesmo quando obrigatória, é
exigência do complemento, não do verbo.
...o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...> Quem dispõe, dispõe de alguma coisa > o
eleitor dispõe da melhor arma > OI, VTI.
...os preceitos morais que impõem a necessidade...> Quem impõe, impõe alguma coisa > A
necessidade é complemento sem preposição> OD, VTD.
“Impor” é VTD. “Dispor” é VTI. Logo, esses verbos não têm a mesma classificação. Questão
incorreta.
Complemento Nominal
É complemento de um nome que possua transitividade (substantivo, adjetivo ou advérbio), com
preposição. Parece um objeto indireto, com a diferença de que não completa o sentido de um
verbo, mas sim de um nome.
Ex: Não tenha dependência de ninguém para estudar. (Dependência é um substantivo
com transitividade. Quem tem dependência, tem dependência de algo/alguém).
Ex: João era dependente de café. (Dependente é um adjetivo e pede um complemento,
preposicionado. Dependente de quê? DE café).
Ex: O juiz decidiu favoravelmente ao autor. (Favoravelmente é um advérbio. O Juiz decide
favoravelmente a quem/quê? AO autor).
Adjunto Adnominal
Termo que acompanha substantivos concretos e abstratos para atribuir-lhes características,
qualidade ou estado. Os adjuntos adnominais têm função adjetiva, ou seja, modificam termo
substantivo.
Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e atribuem a
ele características como quantidade, qualidade, posse. Observe que esses termos não foram
exigidos pelo nome “carros”, mas sim acrescentados por quem fala ou escreve.
Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas, CN e AA, só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato
com termo preposicionado (“de”). Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
🗶 O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.
🗶 O termo preposicionado pode ser substituído por uma palavra única, um adjetivo
equivalente: adjunto adnominal.
✔ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal.
✔ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele nome for
transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o complemento
nominal é “como se fosse” o objeto indireto de um nome.
Vamos analisar os termos sublinhados e aplicar essa teoria:
adjunto também. “Medo” é substantivo abstrato, indica sentimento. A relação é paciente, pois
“mim” não é quem está com medo, mas o objeto do medo. Portanto, temos um complemento
nominal.
adjunto.
Refere-se a advérbio, adjetivos e
Só modifica substantivo: Então, termo substantivo abstratos. Então, termo
preposicionado ligado a adjetivo e preposicionado ligado a adjetivo e
advérbio nunca será adjunto adnominal. advérbio só pode ser Complemento
Nominal.
Sempre preposicionado. Quando o termo
Nem sempre preposicionado. Qualquer
é ligado a substantivo abstrato e a
preposição, inclusive de pode indicar
preposição diferente de “de”,
adjunto adnominal.
normalmente temos CN.
Predicativo do Sujeito
É a qualificação/estado/caracterização que se atribui ao sujeito, normalmente por via de um
verbo de ligação: ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se; andar; virar; continuar.
Vejamos os exemplos mais comuns e as diversas “formas” como aparecem.
Ex: Ela continuava pomposa, mesmo na miséria. (Predicativo na forma de adjetivo)
Ex: Mesmo celebridades ficam nervosas diante da mídia. (Predicativo na forma de adjetivo)
Ex: O violão é de madeira rara. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Todos estão sem paciência. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Você é dos meus. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: O mundo é um moinho. (Predicativo na forma de substantivo)
(IHBDF / 2018)
Predicativo do Objeto
Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por via de alguns verbos específicos (verbos
transobjetivos), aqueles que pedem um objeto + predicativo.
Ex: Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação. (predicativo do objeto: o sujeito
atribuiu o estado de “irritação” à menina, uma característica vista como transitória, é uma
“opinião do sujeito sobre o objeto”)
Ex: A menina irritada da sala implica com todos. (adjunto adnominal: ela é irritada sempre,
a característica é inerente, definitiva; não é atribuída a ela por um sujeito).
Sintaticamente, para identificar a diferença entre um predicativo do objeto e um adjunto
adnominal, devemos substituir o objeto direto por um pronome (o, a, os , as) e verificar se o
termo permanece junto (adjunto) ou se separa do substantivo (predicativo). Isso também pode
ser testado na conversão para a voz passiva. Veja:
Ex: Julguei as perguntas complexas.
Ex: Julguei-as complexas.
Ex: as perguntas foram julgadas complexas.
O adjetivo permanece separado, então é predicativo, que é termo independente. Agora veja um
exemplo hipotético em que teríamos um adjunto:
Ex: Resolveram as perguntas complexas.
Ex: Resolveram-nas.
Ex: as perguntas complexas foram resolvidas
O adjetivo desapareceu junto com o substantivo na pronominalização, então é adjunto. Isso
significa que o adjetivo permaneceu sempre “junto ao nome”, o que confirma sua função
sintática de “adjunto adnominal”.
Predicativo do sujeito x Adjunto Adnominal
Além da diferença semântica mencionada acima (predicativo: estados / características transitórias
x adjunto: estados / características permanentes), há outras formas de distinção: o predicativo do
sujeito pode aparecer distante do sujeito, separado por pontuação. O adjunto adnominal deve
ficar “junto ao nome”.
Ex: [O menino] chegou desanimado e foi dormir. (predicativo do sujeito, “chegou e estava
desanimado”.)
Ex: [O menino], desanimado, chegou e foi dormir.
Ex: Desanimado, [o menino] chegou e foi dormir. (predicativo do sujeito, “chegou e estava
desanimado”. A pontuação e o deslocamento também indicam que não é adjunto.)
Ex: [O menino desanimado] chegou e foi dormir. (adjunto adnominal, característica
inerente “ele é desanimado e chegou”, não é um característica limitada ao momento de
“chegar’.)
Por fazer parte do sujeito, o adjunto adnominal o acompanha. Se substituirmos por um pronome,
o adjunto “some” com o sujeito; teremos: Ele chegou.
Já o predicativo não faz parte do sujeito, não o acompanha; então, se o substituirmos por um
pronome, teremos: Ele chegou desanimado.
Tipos de Predicado
Agora que sabemos reconhecer um predicativo, fica bem mais fácil conhecer o predicado e seus
tipos.
Os termos “essenciais” de uma oração são “sujeito” e “predicado”. Numa oração, tudo que não
for o sujeito será o PREDICADO. A depender de qual for seu núcleo, o predicado pode ser
verbal, nominal ou verbo-nominal.
O PREDICADO VERBAL tem como núcleo um verbo nocional (transitivo ou intransitivo), que
indica “ação”, “movimento”: correr, falar, pular, beber, sair, morrer, pedir.
Ex: João comprou um rifle. (predicado verbal, verbo de ação “comprar”, transitivo direto)
Ex: João gosta de música celta. (predicado verbal, verbo de ação “gostar”, transitivo
indireto)
Ex: João correu. (predicado verbal “correr”, verbo de ação, intransitivo)
João é o sujeito e o restante da sentença é o predicado verbal.
O PREDICADO NOMINAL tem como núcleo um predicativo do sujeito, termo que atribuiu uma
==2afc69==
característica, qualidade, estado, condição ao sujeito. Essa característica vai ser ligada ao sujeito
SEMPRE por um verbo de ligação (verbos de estado: ser, estar, ficar, permanecer, parecer,
continuar, andar...).
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito
Ex: João parece melancólico.
Ex: João tornou-se rancoroso.
Ex: João está empolgado.
Ex: João anda animadíssimo.
Ex: João é servidor público.
O predicado VERBO-NOMINAL, por sua vez, é uma mistura dos dois acima: tem verbo de ação e
tem também predicativo.
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo (não de ligação) + Predicativo (do sujeito ou do objeto). Para efeito didático, vamos
“quebrar” essa estrutura em duas possibilidades:
1) Verbo de ação intransitivo + Predicativo do sujeito
Ex: João saiu triste.
Ex: João sorriu desconfiado.
Ex: João, cansado, desistiu.
OBS: Aqui, temos não só a ação, mas também um estado (ou característica) atribuído ao sujeito
no momento da ação.
Já podemos tirar algumas conclusões:
(TRE-PI – 2016)
A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça.
Julgue o item a seguir:
Os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a mesma função sintática, uma vez que
atribuem característica ao termo “identidade”.
Comentários:
“Cultural” é adjetivo, termo ligado ao nome “identidade”. Funciona como adjunto adnominal.
“Estável” e “movediça” atribuem qualidade ao sujeito, por via de um verbo ligação, “é”, o que
não ocorre com “cultural”. Temos, então, dois predicativos do sujeito.
Observe que, se trocássemos “identidade cultural” por um pronome, o adjunto sumiria: ela é
estável e movediça. Como vimos, isso confirma a função de adjunto adnominal.
De fato, as três palavras atribuem característica, mas não exercem a mesma função sintática.
Questão incorreta.
Vocativo
O vocativo é um chamamento, é termo externo, pois se remete ao ouvinte ou leitor. É isolado na
oração, sempre marcado por vírgulas ou pausas equivalentes. O vocativo não é considerado um
Aposto
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo
da oração, normalmente com uma relação de “equivalência” semântica.
O aposto pode ser explicativo, quando amplia, detalha, enumera, resume um termo anterior; ou
pode ser especificativo, quando especifica o referente dentro de um universo.
O aposto mais comum em prova é o explicativo, que vem na forma de expressões intercaladas,
geralmente entre vírgulas, parênteses ou travessões.
Cuidado: a aposto é diferente do adjetivo (AA), pois não traz uma qualidade, traz sim “outra
forma” de se referir ao termo. O aposto não tem valor adjetivo.
Ex: Jorge, o malandro, ainda é jovem. (substantivo>aposto)
Poderíamos dizer: O malandro ainda é jovem.
Agora, compare o exemplo anterior com o a seguir:
Ex: Jorge, malandro, ainda é jovem. (adjetivo>predicativo do sujeito)
O aposto, pela sua identidade semântica, em alguns casos, pode até substituir o termo a que se
refere, assumindo sua função sintática, ou seja, quando se refere ao sujeito, pode virar o sujeito;
quando se refere ao objeto direto, pode virar objeto direto...
Comentários:
É clássico o aposto explicativo vir após o sinal de dois-pontos, já que este serve para anunciar um
esclarecimento. O termo “o preço eficiente dos bens e serviços” é justamente o esclarecimento
do que é “o resultado último dessa interatuação”. Questão correta.
(ANVISA – 2016)
Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” para “o Oscar Wilde
iconoclasta”, haveria mudança do significado original do texto, mas as funções sintáticas de
“Oscar Wilde” e de “iconoclasta” permaneceriam inalteradas.
Comentários:
Lembre-se de que se as classes mudarem, o sentido também muda. Bastava isso para saber que
o item está errado.
“o iconoclasta Oscar Wilde” (iconoclasta é a pessoa)
Subst
“o Oscar Wilde iconoclasta” (iconoclasta é a qualidade)
Adj
O aposto especificativo tradicionalmente aparece na forma de um nome próprio substituindo o
um nome comum. Então, notamos que “Oscar Wilde” é um aposto especificativo do substantivo
comum “iconoclasta”.
No segundo caso (Oscar Wilde iconoclasta), “Oscar Wilde” é núcleo substantivo, sendo
modificado pelo adjetivo “iconoclasta”, com função de adjunto adnominal.
Então, a inversão causa mudança sintática, pois no aposto especificativo, o nome próprio vem
depois do comum, que está sendo especificado.
Outros exemplos de aposto especificativo, que pode ser preposicionado ou não: Praia de
Copacabana; Meu filho Pedro; Crime de latrocínio; O cantor Renato Russo. Questão incorreta.
Adjunto Adverbial
É a função sintática do termo que modifica o verbo, trazendo uma ideia de circunstância, como
tempo, modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição.
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
ontem. (adjunto adverbial de tempo)
de fome. (adjunto adverbial de causa)
assim. (adjunto adverbial de modo)
aqui. (adjunto adverbial de lugar)
só. (adjunto adverbial de modo)
Não é possível listar ou memorizar todas as possibilidades de adjunto adverbial. Para a prova, se
um termo indicar a circunstância de um verbo, especificar a forma como aquele verbo é
praticado, teremos um adjunto adverbial.
O adjunto adverbial também pode ser referir a um adjetivo, um advérbio e até a uma oração
inteira.
Ex: Ela é muito bonita. (“muito” é um advérbio usado para “intensificar” o adjetivo
“bonita”; sua função sintática é de adjunto adverbial)
Ex: Ela será aprovada muito provavelmente. (“muito” é um advérbio usado para
“intensificar” o advérbio “provavelmente”; sua função sintática é de adjunto adverbial)
Ex: Infelizmente, o governo não vai resolver seus problemas. (“infelizmente” é um
advérbio que se refere à oração como um todo e expressa uma forma de
“julgamento/opinião” sobre seu conteúdo; sua função sintática é de adjunto adverbial)
O adjunto adverbial também pode aparecer na forma de uma oração adverbial, com
circunstância de condição, causa, tempo, finalidade etc.
Ex: Se eu pudesse, ajudaria. (oração adverbial condicional)
Ex: Está tudo molhado, porque choveu muito. (oração adverbial causal)
Ex: Quando for nomeado, tudo terá valido a pena. (oração adverbial temporal)
Observe que fatores como o tipo de verbo, a pontuação ou ausência dela pode influenciar na
função sintática. Veja que o mesmo adjetivo pode assumir ou participar de várias funções
sintáticas:
O menino continua rico. (predicativo do sujeito – o sujeito é "O menino")
O menino fez o pai rico. (predicativo do objeto – "o pai" -objeto- "ficou rico")
O menino rico tinha carros esportivos (adjunto adnominal – junto ao nome)
O menino, rico, tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
Rico, o menino tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
O menino, um rico, tinha carros esportivos. (aposto – O menino = um rico)
O menino, apesar de ser rico, vivia endividado. (adjunto adverbial – indica concessão)
Menino rico, ajude-me. (vocativo – o menino rico é o ouvinte)
*Observe que nos exemplos 4 e 5, o adjetivo com função de predicativo tem sentido cumulativo
de causa (rico = porque era rico).
Agente da Passiva
Na voz ativa, o sujeito pratica a ação. Na voz passiva, ele sofre a ação e quem a pratica é
justamente o “agente da passiva”. Em outras palavras, o agente da passiva é o agente do verbo
numa sentença na voz passiva.
Quando transpomos a voz ativa para a passiva analítica, o sujeito vira agente da passiva e o
(TRT-MT / 2016)
“A par disso, quando se pensa no processo eleitoral — embora logo venha à cabeça a figura dos
candidatos, partidos e coligações como sujeitos de uma trama que é ordinariamente vigiada por
eles próprios e por órgãos estatais...”
“Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos morais que
impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais”
Os termos “por órgãos estatais” e “dos preceitos morais” exercem a função de complemento
verbal nos períodos em que ocorrem.
Comentários:
Uma trama que é vigiada por eles próprios e por órgãos estatais.
Sujeito locução agente da passiva agente da passiva
paciente voz passiva
“por órgãos estatais” exerce função sintática de agente da passiva. “dos preceitos morais” é
complemento verbal preposicionado (OI) do verbo “advir” (VTI; de). Questão incorreta.
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de (ou por) um radar. Questão correta.
Comentários:
Não haveria erro gramatical, mas haveria análises sintáticas diferentes:
O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas reivindicadas por
particulares, bem como a titulação
"a titulação" é objeto direto de estabeleceu.
O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas reivindicadas por
particulares, bem como da titulação
"da titulação" é complemento nominal de necessidade.
Questão correta.
meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza
havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.
No penúltimo período do texto, os termos “um extraordinário desenvolvimento das ciências e
das técnicas” e “a exploração desenfreada (...) os humanos” exercem a função de complemento
da forma verbal “Resultou”.
Comentários:
Sempre devemos tentar organizar as sentenças na ordem direta:
Sujeito + Verbo + Complemento (+adjuntos)
Os termos indicados são sujeito do verbo “resultar”:
um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também a exploração
desenfreada (sujeito) RESULTOU daí (complemento)
Questão incorreta.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?”
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa
simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
Assim como o termo ‘cavalheiro’ em ‘Posso ajudá-lo, cavalheiro?’ (segundo parágrafo), o termo
‘senhor’, em ‘O senhor vai dar risada quando souber’ (nono parágrafo), exerce função de vocativo
no texto, dado que é empregado para chamar, de forma cordial, o interlocutor.
Comentários:
“Cavalheiro” é de fato vocativo, pois interpela o ouvinte, a quem se dirige a pergunta.
O termo “O senhor”, contudo, é sujeito do verbo “vai”.
Questão incorreta.
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
c) o termo “custoso” (L.3).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
Comentários:
Temos caso típico de sujeito oracional:
[Acreditar que morasse alguém naquele cemitério] era custoso.
[ISTO] era custoso. Gabarito letra A.
... é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral ...
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” funciona como complemento desse termo.
Comentários:
Na verdade, temos um caso de predicativo ligado a sujeito oracional:
dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral é difícil
ISTO é difícil
O “ser” é verbo de ligação. Questão incorreta.
está ali configura um objeto direto preposicionado. Com o pronome indefinido “todos” como
objeto direto, acrescentamos a preposição, constituindo um objeto direto preposicionado. A
propósito, isso também ocorre com os pronomes “quem” e “ninguém”. Questão incorreta.
Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas corporações já recebem
queixas de assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele, “o anonimato ajuda, já
que as pessoas se sentem mais protegidas para falar”.
A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um superior sobre um subordinado para
tentar obter vantagem sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há crime, embora
tal comportamento possa dar causa a reparação por dano moral.
No texto, o trecho “4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho” (L. 4) tem a mesma
função sintática de
A) ‘por medo de serem culpabilizadas’ (L.7-8).
B) “mais e mais casos de assédio sexual” (L. 1).
C) ‘mais protegidas para falar’ (L. 11).
D) “chantagem de um superior sobre um subordinado” (L. 12).
E) “queixas de assédio” (L.9-10).
Comentários:
O termo destacado no enunciado é sujeito (posposto) do verbo intransitivo “surgir”:
surgem mais e mais casos de assédio sexual
mais e mais casos de assédio sexual surgem
O outro “sujeito” está em:
foram registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho
4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho foram registradas
O termo “4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho” é sujeito paciente da locução
passiva “foram registradas”.
Vejamos as demais:
A) ‘por medo de serem culpabilizadas’– Adjunto adverbial de causa: não falam porque têm
medo...
C) ‘mais protegidas para falar’ – predicativo do sujeito “pessoas”.
D) “chantagem de um superior sobre um subordinado” – objeto direto do verbo “haver”, que
não tem sujeito porque é impessoal no sentido de “existir”.
E) “queixas de assédio” - objeto direto do verbo “recebem”. Gabarito letra B.
supremos, como modelo avançado de legítima organização social da liberdade. Mas até a
injustiça como também o antidireito (isto é, a constituição de normas ilegítimas e sua imposição
em sociedades mal organizadas) fazem parte do processo, pois nem a sociedade justa, nem a
justiça corretamente vista, nem o direito mesmo, o legítimo, nascem de um berço metafísico ou
são presente generoso dos deuses: eles brotam nas oposições, no conflito, no caminho penoso
do progresso, com avanços e recuos.
Em “opressão do homem” (segundo período do primeiro parágrafo) e “presente generoso dos
deuses” (último período do primeiro parágrafo), a substituição das locuções adjetivas “do
homem” e “dos deuses” pelos adjetivos humana e divino, respectivamente, manteria a correção
gramatical e as relações coesivas do texto original.
uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a uma análise rigorosa das circunstâncias
presentemente vividas.
No quinto período do primeiro parágrafo, a oração “ficarmos quietos” funciona, sintaticamente,
como complemento da forma verbal “bastaria”.
C) “ninguém” (l.2).
D) “seus direitos humanos” (l.3).
E) “Os direitos humanos” (l.1).
GABARITO
1. INCORRETA
2. CORRETA
3. INCORRETA
4. CORRETA
5. CORRETA
6. INCORRETA
7. INCORRETA
8. INCORRETA
9. INCORRETA
10. INCORRETA
11. INCORRETA
12. INCORRETA
13. INCORRETA
14. CORRETA
15. INCORRETA
16. LETRA A
17. INCORRETA
18. INCORRETA
19. LETRA E
20. INCORRETA
21. INCORRETA
22. INCORRETA
23. INCORRETA
24. INCORRETA
25. LETRA C
26. LETRA E
27. CORRETA
28. INCORRETA
29. INCORRETA
30. CORRETA
31. INCORRETA
32. INCORRETA
33. LETRA B
34. INCORRETA
35. LETRA C
36. CORRETA
37. INCORRETA