MORFOSSINTÁTICA

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 66

Aula 06

PETROBRAS - Língua Portuguesa


(Pós-Edital)

Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas

08 de Janeiro de 2024

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Índice
1) Sintaxe - Noções iniciais
..............................................................................................................................................................................................3

2) Funções Sintáticas
..............................................................................................................................................................................................4

3) Frase x Oração x Período


..............................................................................................................................................................................................
38

4) Questões Comentadas - Funções sintáticas - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
39

5) Lista de Questões - Funções sintáticas - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
55

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 2


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

NOÇÕES INICIAIS
Pessoal,
Daremos início a um dos pontos mais cobrados nas provas de concurso: a Sintaxe. Não só pela complexidade,
mas pela grandiosidade que ela representa em nossa língua
Assim, tenha em mente que sintaxe é a área responsável por estudar a organização da língua, a conexão
entre as partes da frase.
Muitos confundem classe gramatical (morfologia) com a função sintática que determinada palavra pode
exercer: um substantivo (classe morfológica), por exemplo, pode exercer a função sintática de sujeito ou de
objeto direto. Portanto, devemos sempre estar atentos ao tipo de análise pedido na questão (é uma análise
morfológica? sintática?).
Nesta aula, vamos focar naquelas funções sintáticas que sua banca mais gosta de explorar. A aula é bem
extensa, mas é completa e traz muitas questões comentadas (muitas mesmo), porque teoria resumida sem
prática apenas perpetua essa sensação de que "sintaxe é muito difícil". Optamos também por não partir a
aula porque todos os assuntos são interligados (sintaxe, orações, funções do QUE e SE) e o entendimento é
melhor se vistos como uma unidade.
Vamos nos divertir?!

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 3


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

FUNÇÕES SINTÁTICAS
A ordem natural da organização de uma sentença na nossa língua é SuVeCA:
Sujeito + Verbo + Complemento (+ Adjuntos)
Eu comprei uma bicicleta semana passada
Nós gostamos de comer em rodízios
Chamamos também essa sequência de “estrutura de base” da oração.
Para começar, apresentamos o exemplo acima, que é uma oração na ordem direta (SuVeCa), pois
é mais fácil perceber os componentes da frase (sujeito, verbo, complemento e adjuntos) nessa
ordem. Todavia, devo alertá-lo de que, na prática, esses termos são comumente invertidos e
entre eles são intercaladas outras estruturas, de modo que, muitas vezes, teremos dificuldade de
encontrar cada elemento desses. Deixo aqui a dica para o estudo de toda a língua portuguesa:
ache o verbo, tente colocar a sentença na ordem direta e procurar o sujeito de cada verbo. Na
análise sintática e na pontuação, essa dica salva vidas!

Termos da Oração
Uma oração é simplesmente uma frase que tem verbo! As funções sintáticas também podem
aparecer em forma de oração (ou seja, com um verbo, o que chamamos de estrutura oracional),
mas a análise que faremos será a mesma. Então, um adjetivo que desempenha função de adjunto
adnominal pode aparecer na forma de uma oração adjetiva. Veja:

Ex: O menino estudioso passa (adjetivo) / O menino que estuda passa (oração adjetiva)

Um adjunto adverbial pode aparecer na forma de uma oração adverbial.


Ex: Estudo no meu tempo livre (adjunto adverbial) / Estudo quando tenho tempo livre
(adjunto adverbial oracional / oração adverbial)

Um complemento, por exemplo, pode aparecer na forma de oração:


Ex: Anunciei a chegada do circo (objeto direto) / Anunciei que o circo chegaria (objeto
direto oracional)
Por isso, quando falarmos das funções, vamos mencionar também suas principais formas,
inclusive a forma oracional. Fique tranquilo caso não esteja familiarizado: a partir de agora, vamos
ver em detalhes cada uma das principais funções sintáticas que os termos de uma oração podem
assumir.

Sujeito e Predicado
Semanticamente, o sujeito é a entidade sobre a qual se declara algo na oração. O predicado é,

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 4


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

geralmente, a declaração feita a respeito do sujeito.


Sintaticamente, ele é um termo essencial da oração, com o qual o verbo geralmente concorda.
Então, em uma “regra prática”, o sujeito é o termo que “conjuga” o verbo, justifica o verbo estar
na primeira pessoa, no singular, no plural etc.
O sujeito tem um núcleo, que é o termo central, mais importante. Normalmente é um
substantivo ou pronome. Termos substantivados também podem ocupar essa posição de núcleo
(numerais, verbo no infinitivo...). Esse núcleo recebe termos que o “especificam”, “delimitam”:
são os chamados determinantes (artigos, numerais, pronomes, adjetivos, locuções adjetivas...).
Vamos ver melhor tais análises nos exemplos.
Nas sentenças abaixo, o sujeito está sublinhado e seu núcleo está em negrito. Vejamos:
Ex: Douglas é um gênio sem diploma. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um
substantivo)
Ex: Mudaram as estações. (sujeito simples, há apenas um núcleo “estações”; observe que
o sujeito está invertido, isto é, posposto ao verbo/ depois do verbo)
Ex: Silvério e Everton são muquiranas generosos. (sujeito composto, há mais de um
núcleo, há dois substantivos)
Ex: Nós somos capazes de tudo, se trabalharmos. (sujeito simples, há apenas um núcleo,
um pronome pessoal reto)
Ex: Dois cães ferozes brigaram na padaria. (sujeito simples, há apenas um núcleo, o
substantivo ‘cães’, que tem, por sua vez, dois determinantes: o numeral “dois” e o adjetivo
“ferozes”)
Ex: Duas de suas amigas foram aprovadas. (sujeito simples, há apenas um núcleo, o
numeral ”duas”, que recebeu o determinante “de suas amigas”, locução adjetiva)
Ex: O descansar deve ser prioridade para a manutenção da saúde (sujeito simples, há
apenas um núcleo: o verbo descansar foi substantivado com a colocação do artigo "o".
Portanto, aqui não atua como verbo, e sim como substantivo)
Ex: Estudar diariamente demanda dedicação. (sujeito simples, tem apenas um núcleo, o
verbo “estudar”, esse é o famoso sujeito oracional)
Observe que, como regra, o verbo se flexiona para concordar em número e pessoa com o núcleo
do sujeito.
O restante da sentença foi a ‘declaração’ feita sobre o sujeito, o que chamamos de predicado.
Aliás, essa palavra ”predicado” significa exatamente isto: característica atribuída a um ser;
atributo, propriedade.
Aprofundaremos essas análises mais a frente, no estudo de cada função sintática.
Voltando ao sujeito, faço um alerta quanto à identificação desse termo:
Em situação de prova, podemos encontrar um sujeito muito extenso, carregado de
determinantes longos, orações adjetivas, termos intercalados. Então, é importante localizar o
"núcleo" para então conferir a concordância:
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do
operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente — se tudo
der certo — serão votadas hoje.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 5


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Se retirarmos a “gordura” e localizarmos o núcleo desse enorme sujeito, teremos somente: leis
serão votadas.
Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do
operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente — se tudo
der certo — serão votadas hoje.
Então, uma boa análise sintática de período começa pelo verbo, pois ele indicará o número e
pessoa do sujeito e também sua identidade: o que será votado? As leis.
Resumindo: para fazer a análise sintática de um período.
1) Localize o verbo.
2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele(a), eles(a)) e o número do verbo
(singular/plural).
3) Localize o sujeito (geralmente, o “quem” do verbo e que com ele concorda em pessoa
e número).
Passaremos agora ao estudo do sujeito e suas diversas formas e classificações. Esse termo é
essencial, pois é a função sintática mais cobrada.

Sujeito Determinado
O sujeito determinado é aquele que está identificado, visível no texto, sabemos exatamente
quem está praticando (ou recebendo) a ação verbal. Ele pode tomar diversas formas:
Ex: Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo)
Ex: João e Maria fumam. (sujeito composto, mais de um núcleo)
O sujeito pode aparecer também na forma de uma oração, isto é, o sujeito vai ser uma estrutura
com verbo:
Ex: Exportar mais é preciso. (sujeito oracional do verbo “ser” (“é”), “exportar mais”. O
núcleo desse sujeito é o verbo no infinitivo “exportar”. Quando o sujeito é oracional, o verbo fica
no singular: [ISTO] é preciso.
IMPORTANTE: nesse último exemplo, temos, então, dois verbos e duas orações.
Precisamos relembrar aqui o “sujeito passivo”, aquele que “sofre” a ação, em vez de praticá-la.
Ex: [João] foi raptado por estudantes barbudos. (“João” é sujeito, mas não pratica a ação,
ele sofre a ação de ser raptado.)
Ex: Admite-se [que o Estado não pode ajudar.]
[que o Estado não pode ajudar] admite-se/é admitido
[ISTO] admite-se/é admitido
Observe que nessa oração acima, temos voz passiva sintética (VTD+SE), então o sujeito é
oracional E paciente.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 6


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Pronome oblíquo como sujeito???


Em regra, pronomes oblíquos têm função de complemento; contudo, destaco que há um caso
especial em que o pronome oblíquo átono (o, a, os, as) pode desempenhar função sintática de
sujeito. Isso ocorre quando tais pronomes ocorrem dentro de um objeto direto oracional dos
verbos causativos (deixar, mandar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir). Vamos entender:
Ex: Eu mandei o menino sair.
Eu mandei o quê? Mandar pede um complemento. Esse complemento (objeto direto) de
“mandei” é a oração: “o menino sair”, que está numa forma de oração reduzida de infinitivo,
equivalente à forma desenvolvida: “mandei que o menino saísse”. Agora, dentro dessa oração,
quem sai? É o menino; então: “o menino” é sujeito de “sair”.
Agora vamos trocar “o menino” por um pronome oblíquo átono:
Ex: Eu mandei o menino sair. >> Ex: Mandei-o sair.
Pronto, nesse caso, temos que este “o” é o sujeito de “sair”. Basta pensar que se a oração fosse
desenvolvida, “o menino” seria sujeito. Como o pronome o substitui, ele terá a mesma função
sintática.
Detalhe, não podemos trocar o pronome “o” por outro:
✔ Mandei-o sair
🗶 Mandei-lhe sair
🗶 Mandei ele sair
Esse é o raciocínio detalhado, para você entender. Para efeito de prova, grave:
Com os verbos Deixar, Fazer, Mandar, Ver, Ouvir, Sentir, o pronome oblíquo pode ser sujeito,
como nas sentenças abaixo:
Ex: Deixe-me estudar / Não se deixe aborrecer / Ela o fez desistir / Mandei-a ir embora.
Outro detalhe importante, como temos duas orações e, em uma delas, o sujeito é o pronome, as
formas deixe aborrecer, fez desistir, mandei ir etc. NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS, MAS DUAS
ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.

(TRT 4ª REGIÃO / 2022)


Em Seria indelicado insistir na recusa. (11º parágrafo), a expressão sublinhada exerce a mesma

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 7


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

função sintática do termo sublinhado em


(A) “Ou você, João, deseja alguma coisa?” (14º parágrafo)
(B) “Por obséquio, me acompanhe até a sala VIP.” (6º parágrafo)
(C) “Posso esperar perfeitamente aqui mesmo.” (7º parágrafo)
(D) “Vivemos numa república, João.” (23º parágrafo)
(E) “Você acha isso republicano?” (23º parágrafo)
Comentários:
No segmento original:
Seria indelicado insistir na recusa
O que seria indelicado? insistir na recusa seria indelicado => isso seria indelicado
Então, temos sujeito oracional. Temos que procurar outro termo que seja sujeito:
“Ou você, João, deseja alguma coisa?”
Quem deseja?
Você deseja.
"você" é sujeito; "João", entre vírgulas, é aposto.

(STM / ANALISTA / 2018)


A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o comportamento pelo qual se
consegue essa redução é a escolha, a tomada de decisão.
No período “A liderança (...) tomada de decisão”, a expressão “A liderança” exerce a função de
sujeito da forma verbal “é” em suas duas ocorrências.
Comentários:
Primeiro: marcamos o verbo> "é". Após perguntarmos "Quem/O que É”, saberemos quem é o
sujeito, que segue sublinhado nas frases abaixo, com seu "núcleo" destacado.
A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo
o comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha
A liderança só é sujeito do “é” na primeira sentença. Questão incorreta.

(SEFAZ RS / ASSISTENTE / 2018)


No período “A necessidade de guardar as moedas em segurança fez surgirem os bancos”, do
texto 1A1-II, o termo “os bancos” funciona como
A) complemento de “fez”.
B) agente de “fez”.
C) sujeito de “surgirem”.
D) complemento de “surgirem”.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 8


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

E) adjunto adverbial de lugar.


Comentários:
Quem surgiu? Os bancos “surgiram”, então “os bancos” é sujeito de “surgirem”. Gabarito letra
C.

(SEFAZ-RS / ASSISTENTE / 2018)


Os direitos humanos são fundados no respeito pela dignidade e no valor de cada pessoa. São
universais, ou seja, são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas. São
inalienáveis — e ninguém pode ser privado de seus direitos humanos —, mas podem ser
limitados em situações específicas: o direito à liberdade pode ser restringido se, após o devido
processo legal, uma pessoa for julgada culpada de um crime punível com privação de liberdade.
No texto, o sujeito da locução “podem ser limitados”, que está oculto, é indicado pelo termo
a) “todas as pessoas” (l.2).
b) “inalienáveis” (l.2).
c) “ninguém” (l.2).
d) “seus direitos humanos” (l.3).
e) “Os direitos humanos” (l.1).
Comentários:
Na oração “mas podem ser limitados”, o sujeito não apareceu expressamente porque já foi
mencionado antes e está claro no contexto:
Os direitos humanos são fundados no respeito pela dignidade e no valor de cada pessoa. (Os
direitos humanos) São universais, ou seja, são aplicados de forma igual e sem discriminação a
todas as pessoas. (Os direitos humanos) São inalienáveis — e ninguém pode ser privado de seus
direitos humanos —, mas (Os direitos humanos) podem ser limitados em situações específicas
O referente é “Os direitos humanos”. Gabarito letra E.

Sujeito Oculto / Elíptico / Desinencial


O sujeito oculto é determinado, pois podemos identificá-lo facilmente pelo contexto ou pela
terminação do verbo (desinência).
Ex: Encontramos mamãe. (sujeito oculto/elíptico/desinencial [-mos>nós])
No exemplo acima, sabemos que o sujeito é “nós”, mesmo que a palavra “nós” não esteja
escrita, expressa na oração.
Ex: É preciso ter cuidado com as plantas. Sem dedicação, não crescem.
Da mesma forma, na oração em que ocorre o verbo “crescem” não há um sujeito expresso.
Contudo, sabemos, pelo contexto, que o sujeito é “plantas”: sem dedicação, “as plantas” não
crescem.
Ex: Consultei meus advogados. Disseram que sou culpado.
O sujeito da primeira oração é oculto ("Eu" consultei). Observe que a oração “disseram que sou
culpado” também não traz um sujeito expresso, mas sabemos que o sujeito é “meus

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 9


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

advogados”, pelo contexto.

Sujeito Indeterminado
Contrariamente ao sujeito determinado, o sujeito indeterminado é aquele que não se pode
identificar no período. Não sabemos exatamente quem é o sujeito e não conseguimos inferir do
contexto.
A indeterminação do sujeito pode ocorrer pelo uso de um verbo na 3ª pessoa do plural, com
omissão do agente que pratica a ação verbal; esse é o sujeito favorito dos fofoqueiros (risos), veja
só:
Ex: Hoje me contaram que você joga futebol muito mal. (quem contou?)
Ex: Dizem que ela teve um caso com o chefe. (quem diz?)
Ex: Roubaram nosso carro! (quem roubou?)

OBS: não confunda sujeito “indeterminado” com sujeito “desinencial”! O sujeito


oculto ou desinencial é determinado, pois, mesmo que não esteja escrito ou dito
na oração, ele pode ser identificado pela terminação do verbo ou pelo contexto.
Com o sujeito indeterminado, isso não acontece, pois o contexto não é suficiente
para determinar quem praticou a ação verbal, ou seja, quem é o sujeito.
Ex: Aquele banco faliu. Roubaram mais de 20 milhões.
Observe que não está claro quem roubou. Aqui, o sujeito está “indeterminado”.
Ex: Os ladrões foram presos ontem. Roubaram mais de 20 milhões.
Agora, observe que neste caso o sujeito está oculto, porque não aparece escrito
na oração. Contudo, sabemos quem é o sujeito que praticou a ação de roubar 20
milhões, pela desinência e pelo contexto: o sujeito de “Roubaram” é o mesmo
da oração anterior: “ladrões”. Certo?!

Indeterminação do sujeito pelo uso da PIS:


O sujeito também pode ser indeterminado pelo uso da estrutura: VTI / VI / VL+SE
Verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação + SE (partícula de indeterminação do
sujeito-PIS).
Ex: Desconfia-se de que ela seja violenta.
Verbo Trans. Indireto + SE (Quem desconfia? Não se sabe...)
Ex: Precisa-se de médicos.
Verbo Trans. Indireto + SE (Quem precisa? Não se sabe também.)
Muitas vezes, o sujeito indeterminado é uma forma de expressar um sujeito universal, algo que

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 10


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

todos fazem, mas sem individualizar um agente em específico. Veja:


Ex: Respira-se melhor no campo.
Verbo Intransitivo + SE (Em geral, todos respiram melhor no campo.)
Ex: Vive-se bem em Campinas.
Verbo Intransitivo + SE (Quem Vive? Não está determinado.)
Ex: Sempre se fica nervoso durante um assalto.
Verbo de Ligação + SE (Em geral, todos ficam nervosos durante um assalto, temos um
sujeito indeterminado, um agente universal, genérico, não específico).
Dentro dessa regra, temos uma expressão que simplesmente “DESPENCA” em prova: “tratar-se
de” (VTI+SE). Essa expressão, quando tem sentido de assunto/referência ou quando funciona
como uma espécie de substituto do verbo “ser”, é sempre invariável, indica sujeito
indeterminado. Observe os exemplos.
Ex: Ela recebeu uma herança estranha: trata-se de duas moedas de cobre.
Ex: Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse.
Ex: Não se trata de quem é mais inteligente. Trata-se de quem persiste mais.
Lembramos que o sujeito não deve ter preposição (“de”, por exemplo) no seu início, dessa
forma a expressão que vem após “tratar-se de” jamais poderá ser um sujeito. Além do mais, a
preposição “de” é, nesse caso, exigida pelo próprio verbo “tratar”, o que indica que esse é um
verbo transitivo INDIRETO. Se o termo não é o sujeito, então não vai fazer o verbo se flexionar.
Logo, o verbo fica na terceira pessoa do singular.
Por outro lado, se tivermos Verbo Transitivo DIRETO (VTD) + SE, essa estrutura vai indicar voz
passiva pronominal. Abordaremos mais à frente o assunto, mas já adiantamos que diante de VTD
+ SE, o verbo vai se flexionar para concordar com o sujeito (paciente), como na frase abaixo:
Ex: Vendem-se casas > Casas são vendidas. (sujeito plural, verbo no plural)

(CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)


Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de
praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” (L.3) é
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 11


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

c) o termo “custoso” (L.3).


d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
Comentários:
Temos caso típico de sujeito oracional:
[Acreditar que morasse alguém naquele cemitério] era custoso.
[ISTO] era custoso. Gabarito letra A.

(STM / ANALISTA / 2018)


Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e da
unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias revolucionárias, seria
necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se manter a correção gramatical
do texto.
Comentários:
“Tratar-se DE” é expressão invariável, que configura sujeito indeterminado “Verbo Transitivo
Indireto+SE”. Logo, o verbo não vai ao plural. Questão incorreta.

Indeterminação do sujeito pelo uso do infinitivo impessoal:


No caso de indeterminação do sujeito pelo uso de um verbo no infinitivo, por não haver
concordância com nenhuma pessoa, a ação verbal é descrita de maneira vaga, sem revelar o
agente que pratica a ação. Veja:
Ex: Praticar esportes regularmente é muito importante. (o agente é genérico, indefinido;
não determinamos quem vai “praticar esportes”. O sujeito do verbo “praticar” é, portanto,
indeterminado. Já o sujeito do verbo “ser” ("é") vai ser a oração sublinhada.)
Ex: Instruções: lavar as mãos com álcool... (quem lava? Agente genérico)
Se o verbo no infinitivo estiver flexionado, então estará fazendo concordância com um sujeito
visível na sentença. Nesse caso, não há sujeito indeterminado.
Ex: É necessário passarmos por aquele caminho. (Aqui, a flexão do infinitivo “denuncia” o
sujeito “nós”; então, nesse caso, temos determinação do agente.)
Registre-se que as técnicas de indeterminação do sujeito são estratégias textuais para omitir o
agente de um verbo, caso não queira ou saiba precisar a “autoria” de uma ação.

Sujeito x Referente
Sujeito é uma função sintática, tem a ver com o papel funcional e estrutural que um termo
(substantivo, pronome etc.) desempenha na oração.
Referente é um termo semântico, está relacionado à ideia e ao contexto da frase e não
necessariamente coincide com a função sintática do termo a quem se refere. Na maior parte dos
casos, o sujeito e o referente são iguais. Mas é possível o verbo ter um “sujeito” diferente do seu
“referente”. Veja:

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 12


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Ex: Os meninos jogam futebol. Jogam futebol todos os dias.


Na primeira oração, “os meninos” é o sujeito de “jogar” e também o referente de jogar, pois são
os meninos que jogam.
Na segunda oração, “os meninos” é apenas o "referente” de “jogar"; sintaticamente, o sujeito
está oculto, omitido, elíptico, mas o referente, no mundo das ideias, é ainda “os meninos”.
Observe o trecho:
[Os meninos] jogam futebol. (Eles = Os meninos) Jogam futebol todos os dias.
Ex: Vi os meninos que jogam futebol.
(Agora, na oração sublinhada, “os meninos” continuam sendo o referente, pois, semanticamente,
são os meninos que jogam. Porém, o sujeito sintático é o pronome “que”. Nesse caso, referente
e sujeito não coincidem).
Ex: Uma dezena de médicos avaliou o candidato.
(Nessa oração, o verbo “avaliou” concorda no singular com o núcleo do sujeito “dezena”;
porém, semanticamente, o referente da ação é “médicos”, pois são os médicos que de fato
avaliam).

(SEDF / 2017)
Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham consultado
durante seu aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que escrever, para
eles, aconteceu naturalmente.
No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.
O sujeito da oração iniciada pela forma verbal “Disseram” é indeterminado.
Comentários:
Quem disse isso? Ora, foram os escritores. Então, o sujeito está determinado sim!
Nessa oração “Disseram que escrever, para eles, aconteceu naturalmente” o sujeito é oculto, já
que, embora não conste expresso, isto é, escrito, na oração, podemos recuperá-lo do contexto.
Questão incorreta.

(SEDF / 2017)
Um estudo da FGV aponta que 80% dos professores de educação infantil têm nível superior
completo. Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor.
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o item
que se segue:

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 13


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

O sujeito da forma verbal “mostram”, que está elíptico, tem como referente “Os dados”.
Comentários:
Vamos observar que há dois verbos na linha 6.
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [mostram que a formação dos professores das
instituições públicas continua melhor...].
[Os dados correspondem ao ano de 2014] e [(os dados) mostram que a formação dos professores
das instituições públicas continua melhor...].
O primeiro verbo, “correspondem”, tem como sujeito “os dados”. Já o segundo verbo,
“mostram”, não tem um sujeito expresso. O sujeito está elíptico, omitido. No entanto, sabemos
que são “os dados que mostram”, então podemos recuperar o referente desse verbo no
contexto. Esse é o caso clássico de “sujeito oculto, elíptico, desinencial”. Questão correta.

Oração sem sujeito


A oração sem sujeito pode tomar várias “formas”, vejamos as principais:
Fenômenos da natureza:
Ex: Choveu ontem.
Ex: Anoiteceu.
Verbos ser/estar/fazer/haver/parecer impessoais com sentido de fenômenos naturais, tempo ou
estado.
Ex: Faz 2 anos que não vou à praia.
Ex: Faz frio em Corumbá.
Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
Ex: Está quente aqui.
Ex: Parecia cedo demais.
Ex: São 7 horas da manhã, acorde!
OBS: O caso mais cobrado de oração sem sujeito é o uso do verbo “haver” impessoal (com
sentido de “existir”, “ocorrer” ou “tempo decorrido”)
Ex: “Há pessoas ruins no mundo”.
Ex: “Houve acidentes graves na avenida”.
Ex: “Há dois anos não fumo”.
Na oração “Há pessoas ruins no mundo”, o termo “pessoas ruins no mundo” é apenas “objeto
direto” de “haver” (verbo impessoal), por isso não há flexão. O objeto direto não faz o verbo se
flexionar (ir ao plural), isso é papel do sujeito.
Por outro lado, na oração “existem pessoas ruins no mundo”, o termo “pessoas ruins no mundo”
é sujeito do verbo “existir” (verbo pessoal, com sujeito), por isso há flexão.
IMPORTANTE: Lembre-se de que o verbo haver impessoal (ou outro impessoal que o substitua)
vem sempre no singular e “contamina” os verbos auxiliares que formam locução com ele,
permanecendo estes também no singular:

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 14


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Ex: Há mil pessoas aqui.


Ex: Deve haver mil pessoas aqui.
Ex: Deve fazer 3 anos que não fumo.
Ex: Deve ir para 2 meses que não fumo.
Se o verbo for pessoal, como “existir”, aí o verbo auxiliar se flexiona normalmente:
Ex: Existem mil pessoas aqui.
Ex: Devem existir mil pessoas aqui.
Essa lógica é vista na aula de concordância, mas está estritamente relacionada ao tipo de verbo e
à existência ou não do sujeito.
OBS: Orações como “basta/chega de brigas!”, “era uma vez uma linda princesa” e “dói muito
nas minhas costas, Doutor” também são classificadas como orações sem sujeito.

(TRT-MT / 2016)
“Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...”
O termo “dúvida” exerce a função de sujeito na oração em que ocorre.
Comentários:
O verbo “haver” é impessoal, não tem sujeito. “Dúvida” exerce função de objeto direto do verbo
“haver”.
Questão incorreta.

(TRT-MT / 2016)
...verifica-se a existência de matas e de estradas rurais em condições ruins ou onde é necessário o
uso de barcos para chegar à seção eleitoral. É importante lembrar, ainda, que, quando não havia
a urna eletrônica — facilitadora do voto —, o analfabetismo e os problemas de saúde dos idosos
poderiam comprometer a obtenção de um voto corretamente lançado (escrito a caneta) na
cédula de papel.
Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e facultativo
para analfabetos...
Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma função sintática nas
orações em que ocorrem.
Comentários:
É necessário o uso de barcos > O uso de barcos é necessário.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 15


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Sujeito
Estabeleceu-se o voto obrigatório > O voto obrigatório foi estabelecido.
Sujeito
Ambos os termos em destaque exercem função sintática de sujeito, com a distinção de que o
segundo integra uma oração que está na voz passiva. Questão correta.

Objeto Direto (OD)


Alguns verbos não pedem complemento nenhum, pois costumam ter seu sentido completo em si
mesmo. São chamados então de intransitivos:
Ex: Joana corre todos os dias.
Ex: O tempo passa.
Ex: O povo não vive, sobrevive.

Por outro lado, os verbos transitivos são aqueles que exigem um complemento. Se o verbo for
transitivo direto, seu complemento é direto, sem preposição (Vendi carros). Se for transitivo
indireto, seu complemento é indireto, pede uma preposição (Gosto de carros).
O objeto direto é o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, sem preposição. O verbo
se liga ao seu objeto diretamente, isto é, “transita” até o complemento sem “passar” por uma
preposição.
Ex: Comprei bombons na promoção. (Comprou o quê? Comprou bombons.)
Ex: Pedi ajuda logo no início. (Pediu o quê? Pediu ajuda.)
O OD também pode ter forma de uma oração:
Ex: Pedi que me ajudassem logo no início.
(Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu [ISTO])
Nesse caso, o objeto direto será uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou, em
termos mais simples, um objeto direto oracional. Não se preocupe com esse nome, essas
orações serão detalhadas adiante nesta aula.
Objeto Direto Pleonástico:
“Pleonástico” remete a ideia de “repetido”. O OD pleonástico é representado por um pronome
que retoma um objeto direto já existente na oração, com finalidade de ênfase.
Ex: Esta moto, comprei-a na promoção.
Ex: Aqueles problemas, já os resolvi.
Ex: Que você era capaz, eu já o sabia.
Objeto Direto Interno, Intrínseco, Cognato:
São objetos diretos que compartilham o mesmo “campo semântico” do verbo. O núcleo do
objeto vem acompanhado de um determinante.
Ex: Eu sempre vivi uma vida de grandes desafios.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 16


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Ex: Vamos lutar a boa luta e sangrar o sangue guerreiro.


Ex: Depois da prova, dormi um sono tranquilo.
Ex: Choveu aquela chuvinha leve, uma delícia para estudar.
Observe que, em outros contextos, “dormir”, “viver”, “sangrar” e “chover” são verbos
intransitivos, não pedem nenhum objeto.

(IHBDF / 2018)
Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar a atual Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João Goulart, então recém-alçado à
presidência do país sob o arranjo do parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira.
No texto CG2A1DDD, o termo “a primeira LDB brasileira” exerce a função sintática de
A) sujeito. B) predicado. C) objeto direto. D) objeto indireto. E) adjunto adverbial.
Comentários:
“Promulgar” é verbo transitivo direto e pede um objeto direto, sem preposição:
promulgou algo > promulgou a primeira LDB brasileira. Gabarito letra C.

(Instituto Rio Branco / 2012)


No período “Que Demócrito não risse, eu o provo”, o verbo provar complementa-se com uma
estrutura em forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente para um
pronome.
Comentários:
Organizando, temos:
Eu provo [que Demócrito risse (ria)]
Eu provo [isto] > eu o provo
Então, percebemos que o objeto de “provo” está na forma de uma oração, e o pronome “o”
retoma essa oração, de forma que temos a repetição do objeto. Portanto, temos um objeto
pleonástico. Questão correta.

Objeto Indireto
É o complemento verbal dos verbos transitivos indiretos. O verbo se liga ao seu objeto
indiretamente, por meio de uma preposição.
Ex: Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende, depende de algo/alguém).
Ex: Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém).

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 17


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Ex: Concordo com você. (Quem concorda COM algo/alguém).


O objeto indireto também pode ter forma de uma oração (oração subordinada substantiva
objetiva indireta):
Ex: Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo. (oração desenvolvida)
Ex: Não gosto de dormir tarde. (oração reduzida)
O objeto indireto também pode vir em forma pleonástica (repetida)
Ex: “Às violetas, não lhes poupei água”.
Ex: "Aos meus amigos, dou-lhes tudo que posso."
Os “pronomes” exercem função de objeto indireto pleonástico, pois apenas repetem o objeto
indireto que já estava na sentença.

(PREF. RECIFE / 2022)


O termo sublinhado em a fregueses mais antigos oferece, antes do menu, o jornal do dia
“facilitado” exerce a mesma função sintática do termo sublinhado em:
(A) O garçom estendeu-lhe o menu e esperou
(B) seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa
(C) Vez por outra, indaga se a comida está boa
(D) Uma noite dessas, o movimento era pequeno
(E) seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro
Comentários:
No enunciado, o termo sublinhado é complemento verbal, um objeto indireto de "oferece":
Ele oferece algo a alguém => (ele) oferece "a fregueses mais antigos" o jornal do dia.
O mesmo ocorre em
(E) seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro
Vejamos as demais.
(A) O garçom estendeu-lhe o menu e esperou (sujeito)
(B) seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa (adjunto adverbial)
(C) Vez por outra, indaga se a comida está boa (objeto direto)
(D) Uma noite dessas, o movimento era pequeno (adjunto adverbial)
Gabarito letra E.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 18


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

(STM / ANALISTA / 2018)


... a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm
os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função sintática no período
em que ocorrem.
Comentários:
Temos "vir DE+Aí" (vir daí) e "vir DE+A ignorância" (vir da ignorância). Em ambos os casos temos
objetos indiretos do verbo “vir”. Questão correta.
Obs: Verbos como VIR/IR/CHEGAR seguidos de um “lugar físico” tradicionalmente são
classificados como Verbos Intransitivos que podem vir seguidos de um adjunto adverbial.
Contudo, é possível também considerá-los como transitivos indiretos, quando o complemento
não indica exatamente um “lugar físico”, destino/origem de um movimento. Essa controvérsia
gramatical, no entanto, não faria diferença nessa questão e nem faz em questões de “sujeito
indeterminado”, uma vez que tanto Verbos Intransitivos + SE quanto Verbos Transitivos Indiretos
+ SE vão igualmente indicar que o SE indetermina o sujeito.

Objeto Direto Preposicionado


Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento
direto por motivo de clareza, eufonia ou ênfase. Nesse caso, teremos um objeto direto, mas
“preposicionado”. Vejamos os casos mais relevantes para os concursos:
Principais casos:
✔ Quando o objeto direto for um pronome oblíquo tônico ou “quem”:
Ex: Vendemos a nós mesmos. (“vender” é VTD, mas o complemento “nós” é um pronome
oblíquo tônico; nesse caso, a preposição “a”, é obrigatória)
Ex: “Nem ele entende a nós, nem nós a ele” (“entender” é VTD)
Ex: Encontrou o funcionário a quem tinha demitido. (“demitir” é VTD, mas o complemento
“quem” pede essa preposição “a”.)
✔ Quando o objeto direto for verbo no infinitivo, com os verbos “ensinar” e “aprender”:
Ex: Meu irmão tentou me ensinar a surfar, mas nem aprendi a nadar. (“Surfar” é objeto
direto de “ensinar”; “nadar” é o objeto direto do verbo “aprendi” e, por estar no infinitivo, a
preposição “a” também é obrigatória).
✔ Quando houver dupla possibilidade de referente, ou seja, ambiguidade:
Ex: A onça ao caçador surpreendeu. / À onça o caçador surpreendeu.
(se retirarmos a preposição, teríamos “a onça o caçador surpreendeu” e você poderia se
perguntar quem surpreendeu quem, já que haveria ambiguidade na frase.)
Ex: Considero Ricardo como a um pai. (como “considero um pai”)
Sem a preposição, a leitura seria:
Considero Ricardo como um pai (como um pai “considera” — “pai” é sujeito).
✔ Quando o objeto indicar reciprocidade:

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 19


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Ex: O menino e a menina ofenderam-se uns aos outros.


Nos casos abaixo, a preposição acompanhando o objeto direto geralmente aparece por ênfase
ou tradição.
✔ Com alguns pronomes indefinidos, sobretudo referentes a pessoas:
Ex: “Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a outros?”
Ex: “A quantos a vida ilude!”
Ex: "A estupefação imobilizou a todos."
Ex: "A tudo e a todos eu culpo."
Ex: "Como fosse acanhado, não interrogou a ninguém."
✔ Quando o OD for um nome próprio:
Ex: Busquei a José no aeroporto.
✔ Quando o objeto direto for a palavra “ambos”:
Ex: Contratei a ambos para minha empresa. (“contratar” é VTD)
✔ Quando houver reforço ou exaltação de um sentimento (normalmente com nomes próprios
ou por eufonia):
Ex: Ele ama a Deus e não teme a Maomé.
Ex: Judas traiu a Cristo.
Ex: Fizeram sorrir, sem dificuldade, a Tamires.
✔ Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar-lhe realce:
Ex: A você é que não enganam!
✔ Em construções paralelas com pronomes oblíquos (átonos ou tônicos) do tipo:
Ex: “Mas engana-se contando com os falsos que nos cercam. Conheço-os, e aos leais”.
Há implicações semânticas no uso do OD preposicionado:
Ex: Comi o pão (comi o pão todo) X Comi do pão (comi parte do pão)
Ex: Cumpri o dever X Cumpri com o dever (ênfase)
Outros exemplos importantes: fazer com que ele estude, puxar da faca, arrancar da espada,
sacar do revólver, pedir por socorro, pegar pelo braço, cumprir com o dever…
Objeto direto preposicionado partitivo: beber do vinho, comer do bolo, dar do leite...

Obs 1: na passagem para a voz passiva, a preposição desaparece:


Ex: Cumpri com o dever > O dever foi cumprido (por mim).

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 20


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Obs 2: A substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo


átono, se possível, deve ser feita com pronome “o”, “a”, “os”, “as”, não se faz
com – “lhe”.
Amar a Deus -> amá-lo; convencer ao amigo -> convencê-lo.

(STM / ANALISTA / 2018)


Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos
absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
O termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “absolveria”.
Comentários:
Quem absolve, absolve alguém DE alguma coisa. O verbo absolver é bitransitivo, mas seu objeto
indireto é regido da preposição DE, e não A. "A todos" é o objeto direto desse verbo. Com o
pronome indefinido “todos” como objeto direto, acrescentamos a preposição, constituindo um
objeto direto preposicionado. A propósito, isso também ocorre com os pronomes “quem” e
“ninguém”. Questão incorreta.

(TCE-PA / 2016)
Julgue correto ou incorreto o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho “só os tolos temem a
lobisomem e feiticeiras”, a preposição “a” poderia ser suprimida.
Comentários:
O verbo “temer” é transitivo direto, não exige preposição, portanto seu complemento verbal
será um objeto direto. Todavia, existe uma preposição, “a”, entre o verbo e seu objeto. A
preposição “a” utilizada no trecho introduz um objeto direto preposicionado, para reforço ou
exaltação de um sentimento. Trata-se do mesmo caso de “amar a Deus”. Portanto, a preposição,
por não ser obrigatória pela regência do verbo, poderia ser suprimida. Questão correta.

(TRT-MT / 2016)
Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos morais que impõem
a necessidade de contenção dos vícios eleitorais...
Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...
Os verbos “impor” e “dispor”, empregados, respectivamente, nas linhas, recebem a mesma
classificação no que se refere à transitividade.
Comentários:

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 21


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Nós classificamos os verbos quanto à transitividade de acordo com o complemento verbal que
eles pedem naquele contexto. Se o verbo demandou complemento com preposição, temos um
Objeto Indireto; se demanda complemento sem preposição, temos um objeto Direto.
Mas não confunda: no objeto direto preposicionado, a preposição, mesmo quando obrigatória, é
exigência do complemento, não do verbo.
...o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...> Quem dispõe, dispõe de alguma coisa > o
eleitor dispõe da melhor arma > OI, VTI.
...os preceitos morais que impõem a necessidade...> Quem impõe, impõe alguma coisa > A
necessidade é complemento sem preposição> OD, VTD.
“Impor” é VTD. “Dispor” é VTI. Logo, esses verbos não têm a mesma classificação. Questão
incorreta.

Complemento Nominal
É complemento de um nome que possua transitividade (substantivo, adjetivo ou advérbio), com
preposição. Parece um objeto indireto, com a diferença de que não completa o sentido de um
verbo, mas sim de um nome.
Ex: Não tenha dependência de ninguém para estudar. (Dependência é um substantivo
com transitividade. Quem tem dependência, tem dependência de algo/alguém).
Ex: João era dependente de café. (Dependente é um adjetivo e pede um complemento,
preposicionado. Dependente de quê? DE café).
Ex: O juiz decidiu favoravelmente ao autor. (Favoravelmente é um advérbio. O Juiz decide
favoravelmente a quem/quê? AO autor).

O complemento nominal (CN) também pode ter forma de uma oração:


Ex: O cão sentia falta de que brincassem com ele.
Ex: O cão sentia falta de brincar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo)
Ex: João tinha consciência de que precisava passar.
Ex: João tinha consciência de precisar passar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo).

Adjunto Adnominal
Termo que acompanha substantivos concretos e abstratos para atribuir-lhes características,
qualidade ou estado. Os adjuntos adnominais têm função adjetiva, ou seja, modificam termo
substantivo.

Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva.
Núcleo
Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome “carros” e atribuem a
ele características como quantidade, qualidade, posse. Observe que esses termos não foram
exigidos pelo nome “carros”, mas sim acrescentados por quem fala ou escreve.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 22


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Vejamos outros exemplos de adjunto adnominal:


Ex: Ouro em pó/em barras.
Ex: Barco a vela/a vapor/a gasolina.
ATENÇÃO!
Adjunto adnominal x Complemento Nominal
Esse tema é queridinho de qualquer banca. Vamos entender isso de uma vez por todas!
Na verdade, esses dois termos são bem diferentes! Há um único caso em que ficam parecidos e
geram muita dúvida, mas é esse caso que cai em prova rs...
Antes das dicas para distingui-los, precisamos ter em mente que a diferença essencial entre eles
é que o adjunto não é "exigido"; já o complemento nominal, assim como o objeto direto e o
indireto, é obrigatório para complementar o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou
advérbio).
Diferenças:
✔ O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. O adjunto
adnominal só se liga a substantivos. Então, se o termo preposicionado se ligar a um
adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é complemento nominal.
✔ O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto pode ser ou não.
Então, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai ter que ser Adjunto.
✔ O Complemento Nominal se liga a substantivos abstratos (sentimento; ação; qualidade;
estado e conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes concretos e abstratos. Então, se
o nome for um substantivo concreto, vai ter que ser adjunto e será impossível ser CN.
✔ Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não seja “de”,
normalmente será CN. Se a preposição for “de”, teremos que analisar os outros aspectos.

Semelhanças:
Essas duas funções sintáticas, CN e AA, só ficam parecidas em um caso: substantivo abstrato
com termo preposicionado (“de”). Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção.
🗶 O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal.
🗶 O termo preposicionado pode ser substituído por uma palavra única, um adjetivo
equivalente: adjunto adnominal.
✔ O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal.
✔ O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele nome for
transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso ocorre porque o complemento
nominal é “como se fosse” o objeto indireto de um nome.
Vamos analisar os termos sublinhados e aplicar essa teoria:

As duas meninas de branco sorriram com medo de mim.


“As” e “duas” se ligam a substantivo concreto e não são preposicionados = adjunto; “de
branco” é termo preposicionado, mas se liga a substantivo concreto, então não pode ser CN, é

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 23


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

adjunto também. “Medo” é substantivo abstrato, indica sentimento. A relação é paciente, pois
“mim” não é quem está com medo, mas o objeto do medo. Portanto, temos um complemento
nominal.

O abuso de remédios é prejudicial à saúde da mulher.


“de remédios” se liga a substantivo abstrato (“abuso” – derivado de ação - "abusar") e tem
sentido passivo. Por isso, não pode ser adjunto, é complemento nominal. “à saúde” é termo
preposicionado ligado a adjetivo (“prejudicial”). Se o termo é ligado a adjetivo ou advérbio, não
há dúvida, é complemento nominal. Para confirmar isso, observe que o sentido é passivo, pois “a
saúde é prejudicada".
Já “da mulher” se liga ao substantivo “saúde”, que é abstrato. A mulher é agente, tem a saúde e
há claro sentido de posse; então, temos um adjunto adnominal. Para confirmar isso, poderíamos
substituir a locução “da mulher” pelo adjetivo “feminina”, mantendo exatamente o mesmo
sentido e função sintática. Estamos fazendo um exercício, nem sempre todos os critérios serão
satisfeitos ao mesmo tempo. A principal distinção deve sempre ser: “sentido passivo” (CN) x
"sentido ativo/posse" (AA).

As pessoas da família nem sempre são favoráveis ao trabalho dos filhos.


“da família” se liga ao substantivo concreto “pessoas”, então só pode ser adjunto adnominal;
“ao trabalho” é termo preposicionado ligado ao adjetivo “favoráveis”. Se está ligado a adjetivo
ou advérbio, só pode ser Complemento Nominal. Observe também que se transformarmos
“favorável” em verbo, teremos um complemento verbal: favorecer o trabalho. Essa necessidade
de complementação também é pista para o sentido do complemento nominal.
Além disso, observe o papel de alvo de “favorável”, sentido paciente, outra característica do CN.
“dos filhos” é termo preposicionado ligado a substantivo abstrato, trabalho (ação). Então,
poderia ser CN ou Adjunto. Tiramos a dúvida pelo teste do agente/paciente: os filhos trabalham,
têm o trabalho, são agentes. Além disso, há sentido de posse. Trata-se, portanto, de adjunto
adnominal.
Pessoal, sempre tente “matar” a função sintática dos termos pelas diferenças. Se for caso de
substantivo abstrato ligado a termo preposicionado (“de”), aí tente ver se é possível substituir
perfeitamente por um adjetivo.
Se ficar a dúvida, veja se o sentido do termo preposicionado é agente ou paciente. Esse deve ser
o último critério.
Adjunto Adnominal x Complemento Nominal
Não é exigido pelo nome (ex.: "mulher de É exigido pelo nome (ex.: "obediência aos
branco") pais")
Substituível por adjetivo perfeitamente Não pode ser substituído por um adjetivo
equivalente perfeitamente equivalente

Substantivo Concreto. Também pode ser Só complementa Substantivo Abstrato


Abstrato com sentido ativo, de posse, ou (Sentimento; ação; qualidade; estado e
pertinência. Se for concreto, só pode ser conceito).

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 24


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

adjunto.
Refere-se a advérbio, adjetivos e
Só modifica substantivo: Então, termo substantivo abstratos. Então, termo
preposicionado ligado a adjetivo e preposicionado ligado a adjetivo e
advérbio nunca será adjunto adnominal. advérbio só pode ser Complemento
Nominal.
Sempre preposicionado. Quando o termo
Nem sempre preposicionado. Qualquer
é ligado a substantivo abstrato e a
preposição, inclusive de pode indicar
preposição diferente de “de”,
adjunto adnominal.
normalmente temos CN.

(IPE PREV / ANALISTA / 2022)


Dentre as expressões destacadas, a que exerce a mesma função sintática do segmento
sublinhado em “Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos
EUA, acredita que a melhor maneira de validar as emoções é ‘apenas ouvi-las’.” é
(A) “O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose
clínica, prefere falar em ‘emoções desreguladas’ do que ‘negativas’.”.
(B) “O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose
clínica, prefere falar em ‘emoções desreguladas’ do que ‘negativas’.”.
(C) “Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, ‘o problema com a positividade tóxica é
que ela é uma negação de todos os aspectos emocionais (...)’”.
(D) “A paleta de cores emocionais engloba emoções desreguladas, como tristeza, frustração,
raiva, ansiedade ou inveja.”.
(E) “Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico ‘nos últimos anos’, mas
principalmente durante a pandemia.”.
Comentários:
Em "professora de psicologia", o termo "de psicologia" é um especificador de tipo, na forma de
locução adjetiva, sintaticamente um adjunto adnominal. O termo "professor" não pede
complemento.
Em "psicóloga britânica", o adjetivo "britânica" é adjunto adnominal de "psicóloga".
Em A, temos complemento nominal. Em B, temos adjunto adverbial de assunto (isso mesmo, não
é objeto indireto!). Em D, temos objeto direto. Em E, temos adjunto adverbial de tempo.
Gabarito Letra C.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 25


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

(PC-SE / DELEGADO / 2018)


A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes e delegados de
atendimento a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas, centralizam procedimentos
relativos a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem inquéritos
e termos circunstanciados e fazem investigações de queixas.
Os termos “a crimes contra o público” e “de queixas” complementam, respectivamente, os
termos “relativos” e “investigações”.
Comentários:
Sim. Se houver termo preposicionado ligado a adjetivo, não há dúvida, temos complemento
nominal. “Relativo” é um adjetivo que exige complemento com a preposição “a”:
“Relativo” A algo> “Relativo” A crimes contra o público...
“Investigações”, por sua vez, é um substantivo abstrato derivado de ação e “de queixas” possui
valor passivo: “queixas são investigadas”. Então, temos clássico caso de complemento nominal.
Questão correta.

(MPU / ANALISTA / 2018)


buscando-se o aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade
racial e dos direitos humanos
Os termos “de gênero”, “da igualdade racial” e “dos direitos humanos” complementam a
palavra “justiça”.
Comentários:
Os termos “da igualdade racial” e “dos direitos humanos” complementam a palavra “garantia”.
São termos preposicionados passivos ligados a substantivo abstrato derivado de ação:
Garantia “da igualdade racial” (a igualdade racial é garantida) e
Garantia “dos direitos humanos” (os direitos humanos são garantidos)
O termo preposicionado “de gênero” não possui sentido passivo, é uma especificação, apenas
um adjunto adnominal de “justiça”. Questão incorreta.

Predicativo do Sujeito
É a qualificação/estado/caracterização que se atribui ao sujeito, normalmente por via de um
verbo de ligação: ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se; andar; virar; continuar.
Vejamos os exemplos mais comuns e as diversas “formas” como aparecem.
Ex: Ela continuava pomposa, mesmo na miséria. (Predicativo na forma de adjetivo)
Ex: Mesmo celebridades ficam nervosas diante da mídia. (Predicativo na forma de adjetivo)
Ex: O violão é de madeira rara. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Todos estão sem paciência. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: Você é dos meus. (Predicativo com preposição, locução adjetiva)
Ex: O mundo é um moinho. (Predicativo na forma de substantivo)

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 26


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Ex: O governo virou o maior inimigo do povo. (Predicativo na forma de substantivo)


Ex: Lá em casa, somos quatro. (Predicativo na forma de numeral)
Ex: É necessário que estudemos mais. (Predicativo de um sujeito oracional)
Ex: O problema foi considerado como insolúvel. (Predicativo com preposição acidental)
Ex: João não é mau, mas Maria o é. (Predicativo na forma de pronome demonstrativo)
Atenção: Se um desses verbos aparecer com uma circunstância adverbial, e não uma qualidade
do sujeito, este vai ser um verbo intransitivo, não verbo de ligação.
Ex: O homem permaneceu no bar todo o tempo. (“no bar” é circunstância de lugar; “todo
o tempo” é circunstância de tempo. Nesse caso, “Permaneceu” é Verbo Intransitivo, não é
verbo de ligação!)
Ex: A professora saiu atrasada. (O verbo “sair” é intransitivo, e, mesmo assim, o “atrasada”
é predicativo do sujeito. Não é só verbo de ligação que acompanha predicativo do sujeito!
Quando ocorre ao lado de um verbo de “ação”, o predicativo do sujeito indica o
“estado/caracterização” do sujeito no momento da prática daquela ação).

(PGE-PE / Analista Judiciário de Procuradoria / 2019)


... é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral ...
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” funciona como complemento desse termo.
Comentários:
Na verdade, temos um caso de predicativo ligado a sujeito oracional:
dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral é difícil
ISTO é difícil
O “ser” é verbo de ligação. Questão incorreta.

(CGM-JOÃO PESSOA – 2018)


Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu
amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.
Em “temos o ‘jeitinho’ virando corrupção”, os termos ‘jeitinho’ e “corrupção” funcionam como
complementos diretos da forma verbal “temos”.
Comentários:
“Corrupção” é um predicativo do sujeito “jeitinho”, ligado a ele por um verbo de ligação
(virando – “jeitinho” tornando-se “corrupção”: mudança de estado). Questão incorreta.

(IHBDF / 2018)

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 27


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Quase sempre, condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos saem em disparada,


ambulância cortando o trânsito, sirenes ligadas, para atender a alguém que nunca viram. Mas
podem chegar à cena e encontrar um amigo. Estão preparados. O espaço para a emoção é
pequeno em um serviço que só funciona se apoiado em seu princípio maior: a técnica.
Os termos “um amigo” e “preparados” exercem a mesma função sintática nos períodos em que
se inserem.
Comentários:
“um amigo” é objeto direto de “encontrar”. Preparados é predicativo do sujeito oculto do verbo
de ligação “Estão”:
condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos estão preparados. Questão
incorreta.

Predicativo do Objeto
Qualificação/estado que se atribui ao objeto, por via de alguns verbos específicos (verbos
transobjetivos), aqueles que pedem um objeto + predicativo.

Ex: Julgaram o réu culpado.


Obj. dir.
Ex: O povo elegeu-o senador.
Ex: Achei o filme bacana.
Ex: A bebida torna o homem verdadeiro.
Ex: Ele fez o método mais rápido.
Ex: Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação.
Ex: Nomearam meu primo Procurador da República.
Embora menos comum, o objeto indireto também pode ter predicativo.
Ex: Chamei ao político de ladrão.
Ex: Não gosto de você maquiada.
Ex: Sonhei com você, fantasiado de mulher.
Bechara traz alguns exemplos menos “intuitivos” de predicativo do objeto, vale registrar aqui:
Ex: Tinham o réu como/por inocente.
Ex: Dou-me por satisfeito.
Ex: Quero João para padrinho.
Ex: Vi-a forte, mesmo na doença.
Predicativo do objeto x Adjunto Adnominal
Semanticamente, o predicativo é uma característica atribuída ao ser e não é permanente/inerente
(portanto, é transitória). O adjunto adnominal, por sua vez, é uma característica própria do ser,
vista como inerente e definitiva.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 28


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Ex: Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação. (predicativo do objeto: o sujeito
atribuiu o estado de “irritação” à menina, uma característica vista como transitória, é uma
“opinião do sujeito sobre o objeto”)
Ex: A menina irritada da sala implica com todos. (adjunto adnominal: ela é irritada sempre,
a característica é inerente, definitiva; não é atribuída a ela por um sujeito).
Sintaticamente, para identificar a diferença entre um predicativo do objeto e um adjunto
adnominal, devemos substituir o objeto direto por um pronome (o, a, os , as) e verificar se o
termo permanece junto (adjunto) ou se separa do substantivo (predicativo). Isso também pode
ser testado na conversão para a voz passiva. Veja:
Ex: Julguei as perguntas complexas.
Ex: Julguei-as complexas.
Ex: as perguntas foram julgadas complexas.
O adjetivo permanece separado, então é predicativo, que é termo independente. Agora veja um
exemplo hipotético em que teríamos um adjunto:
Ex: Resolveram as perguntas complexas.
Ex: Resolveram-nas.
Ex: as perguntas complexas foram resolvidas
O adjetivo desapareceu junto com o substantivo na pronominalização, então é adjunto. Isso
significa que o adjetivo permaneceu sempre “junto ao nome”, o que confirma sua função
sintática de “adjunto adnominal”.
Predicativo do sujeito x Adjunto Adnominal
Além da diferença semântica mencionada acima (predicativo: estados / características transitórias
x adjunto: estados / características permanentes), há outras formas de distinção: o predicativo do
sujeito pode aparecer distante do sujeito, separado por pontuação. O adjunto adnominal deve
ficar “junto ao nome”.
Ex: [O menino] chegou desanimado e foi dormir. (predicativo do sujeito, “chegou e estava
desanimado”.)
Ex: [O menino], desanimado, chegou e foi dormir.
Ex: Desanimado, [o menino] chegou e foi dormir. (predicativo do sujeito, “chegou e estava
desanimado”. A pontuação e o deslocamento também indicam que não é adjunto.)
Ex: [O menino desanimado] chegou e foi dormir. (adjunto adnominal, característica
inerente “ele é desanimado e chegou”, não é um característica limitada ao momento de
“chegar’.)
Por fazer parte do sujeito, o adjunto adnominal o acompanha. Se substituirmos por um pronome,
o adjunto “some” com o sujeito; teremos: Ele chegou.
Já o predicativo não faz parte do sujeito, não o acompanha; então, se o substituirmos por um
pronome, teremos: Ele chegou desanimado.

Tipos de Predicado
Agora que sabemos reconhecer um predicativo, fica bem mais fácil conhecer o predicado e seus

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 29


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

tipos.
Os termos “essenciais” de uma oração são “sujeito” e “predicado”. Numa oração, tudo que não
for o sujeito será o PREDICADO. A depender de qual for seu núcleo, o predicado pode ser
verbal, nominal ou verbo-nominal.
O PREDICADO VERBAL tem como núcleo um verbo nocional (transitivo ou intransitivo), que
indica “ação”, “movimento”: correr, falar, pular, beber, sair, morrer, pedir.
Ex: João comprou um rifle. (predicado verbal, verbo de ação “comprar”, transitivo direto)
Ex: João gosta de música celta. (predicado verbal, verbo de ação “gostar”, transitivo
indireto)
Ex: João correu. (predicado verbal “correr”, verbo de ação, intransitivo)
João é o sujeito e o restante da sentença é o predicado verbal.
O PREDICADO NOMINAL tem como núcleo um predicativo do sujeito, termo que atribuiu uma
==2afc69==

característica, qualidade, estado, condição ao sujeito. Essa característica vai ser ligada ao sujeito
SEMPRE por um verbo de ligação (verbos de estado: ser, estar, ficar, permanecer, parecer,
continuar, andar...).
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito
Ex: João parece melancólico.
Ex: João tornou-se rancoroso.
Ex: João está empolgado.
Ex: João anda animadíssimo.
Ex: João é servidor público.
O predicado VERBO-NOMINAL, por sua vez, é uma mistura dos dois acima: tem verbo de ação e
tem também predicativo.
Teremos a seguinte estrutura:
Verbo (não de ligação) + Predicativo (do sujeito ou do objeto). Para efeito didático, vamos
“quebrar” essa estrutura em duas possibilidades:
1) Verbo de ação intransitivo + Predicativo do sujeito
Ex: João saiu triste.
Ex: João sorriu desconfiado.
Ex: João, cansado, desistiu.
OBS: Aqui, temos não só a ação, mas também um estado (ou característica) atribuído ao sujeito
no momento da ação.
Já podemos tirar algumas conclusões:

Só o predicado verbal não tem predicativo.


Predicativo pode acompanhar também verbos que não sejam de ligação.

Vamos à segunda possibilidade de predicado verbo-nominal, dessa vez com um predicativo

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 30


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

ligado ao objeto do verbo.


2) Verbo de ação transitivo + Predicativo do objeto
Ex: João achou a menina melancólica.
Ex: João julgou o réu culpado.
Ex: O povo elegeu o réu presidente.
Ex: Os pais tornaram os meninos atletas.
Ex: Douglas gosta da mãe animada.
Ex: O professor precisa da turma motivada.
Observe que se atribui estado/qualidade ao objeto.
(TCE-PA – 2016)
De que adiantaria tornar a lei mais rigorosa...
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.
O termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”.
Comentários:
Aqui, o verbo “tornar-se” está sendo utilizado como verbo transitivo direto. A estrutura é: Tornar
X alguma coisa; ou seja, tem um objeto direto e esse objeto vai receber um predicativo:
tornar o mundo (OD) melhor (predicativo do OD)
tornar a lei (OD) mais rigorosa (predicativo do OD). Questão correta.

(TRE-PI – 2016)
A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça.
Julgue o item a seguir:
Os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a mesma função sintática, uma vez que
atribuem característica ao termo “identidade”.
Comentários:
“Cultural” é adjetivo, termo ligado ao nome “identidade”. Funciona como adjunto adnominal.
“Estável” e “movediça” atribuem qualidade ao sujeito, por via de um verbo ligação, “é”, o que
não ocorre com “cultural”. Temos, então, dois predicativos do sujeito.
Observe que, se trocássemos “identidade cultural” por um pronome, o adjunto sumiria: ela é
estável e movediça. Como vimos, isso confirma a função de adjunto adnominal.
De fato, as três palavras atribuem característica, mas não exercem a mesma função sintática.
Questão incorreta.

Vocativo
O vocativo é um chamamento, é termo externo, pois se remete ao ouvinte ou leitor. É isolado na
oração, sempre marcado por vírgulas ou pausas equivalentes. O vocativo não é considerado um

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 31


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

termo interno da oração, pois se refere ao interlocutor.


Ex: Paulo, preciso de ajuda aqui!
Ex: Mãe, passei para Auditor.
Ex: Pela ordem, Meritíssimo, a prova não consta dos autos.

Aposto
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo
da oração, normalmente com uma relação de “equivalência” semântica.
O aposto pode ser explicativo, quando amplia, detalha, enumera, resume um termo anterior; ou
pode ser especificativo, quando especifica o referente dentro de um universo.
O aposto mais comum em prova é o explicativo, que vem na forma de expressões intercaladas,
geralmente entre vírgulas, parênteses ou travessões.
Cuidado: a aposto é diferente do adjetivo (AA), pois não traz uma qualidade, traz sim “outra
forma” de se referir ao termo. O aposto não tem valor adjetivo.
Ex: Jorge, o malandro, ainda é jovem. (substantivo>aposto)
Poderíamos dizer: O malandro ainda é jovem.
Agora, compare o exemplo anterior com o a seguir:
Ex: Jorge, malandro, ainda é jovem. (adjetivo>predicativo do sujeito)
O aposto, pela sua identidade semântica, em alguns casos, pode até substituir o termo a que se
refere, assumindo sua função sintática, ou seja, quando se refere ao sujeito, pode virar o sujeito;
quando se refere ao objeto direto, pode virar objeto direto...

Ex: Maria, a babá, virou empresária.


“a babá” é termo explicativo que vem entre vírgulas e pode substituir o sujeito Maria: A babá
virou empresária. É um aposto do sujeito.

Ex: Gosto de vários animais - cães, gatos, pássaros.


“cães, gatos, pássaros” é termo explicativo que vem separado dos outros termos e pode
substituir o objeto indireto “de vários animais”. É um aposto de objeto indireto. Isso mostra a
“identidade e equivalência semântica” entre o aposto e o termo a que se refere: Maria=Babá;
Animais=Cães, gatos, pássaros...
Entendeu a lógica?? Vamos avançar...
Outros exemplos comuns de aposto:
Ex: O pior desafio, o da mudança, acaba sendo vencido.
Ex: Anderson Silva, ex-campeão peso-médio, tem 41 anos.
Ex: Roupas, móveis e eletrodomésticos, tudo foi destruído pelo tornado.
Ex: Tenho dois desejos, trabalhar e ser reconhecido.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 32


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Ex: Chegaram apenas dois alunos: Mário e Ricardo.


Ex: Machado de Assis, como romancista, nunca foi superado.
Ex: Ninguém quer estudar, fato que impede a aprovação.
Ex: Ninguém quer estudar, o que impede a aprovação. (nesses últimos dois casos, o
pronome demonstrativo “O” e a palavra “fato” se referem a toda oração anterior...)
OBS: O aposto “especificativo” não vem separado por pontuação e individualiza o seu referente.
Sua forma mais comum se configura em um nome próprio especificando um substantivo comum.
Veja:
Ex: O artilheiro Messi é o melhor da história.
Ex: A praia da Pipa é linda.
Ex: Ele cometeu crime de latrocínio.
Ex: A cidade do Rio de Janeiro sofreu com a especulação imobiliária.
Adjunto Adnominal X Aposto Especificativo
── Ah, professor! Por que não posso dizer que “da Pipa” é um adjunto adnominal?
── Porque não há valor adjetivo nem de posse. Veja:
O aposto especificativo “nomeia”. “Pipa” é a própria praia, não é que uma “Pipa” tem uma
“praia”, não há sentido de posse, há identidade semântica entre os termos: Pipa=Praia. Pipa é o
nome da praia, a preposição poderia ser até retirada e isso se manteria: A praia Pipa.

Veja uma lógica diferente:


Ex: O clima do Rio de Janeiro.
Nesse caso, temos adjunto adnominal, pois não há identidade semântica entre “Clima” e “Rio de
Janeiro”, o Rio não é um clima. Porém, há sentido de posse, o Rio tem o seu clima.
Da mesma forma, Crime=Latrocínio, o “latrocínio” é o próprio “crime”. O “artilheiro” é o próprio
“Messi”, o “Rio de Janeiro” é própria “cidade”, assim por diante, ok?

(EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa pela concorrência, visto que é por
meio da garantia e da possibilidade de entrar no mercado internacional, de estabelecer
permanência ou de engendrar saída, que se consubstancia a plena expansão das atividades
comerciais e se alcança o resultado último dessa interatuação: o preço eficiente dos bens e
serviços.
Na linha 4, os dois-pontos introduzem um esclarecimento a respeito do “resultado último dessa
interatuação”.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 33


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Comentários:
É clássico o aposto explicativo vir após o sinal de dois-pontos, já que este serve para anunciar um
esclarecimento. O termo “o preço eficiente dos bens e serviços” é justamente o esclarecimento
do que é “o resultado último dessa interatuação”. Questão correta.

(ANVISA – 2016)
Caso se alterasse a ordem dos termos em “o iconoclasta Oscar Wilde” para “o Oscar Wilde
iconoclasta”, haveria mudança do significado original do texto, mas as funções sintáticas de
“Oscar Wilde” e de “iconoclasta” permaneceriam inalteradas.
Comentários:
Lembre-se de que se as classes mudarem, o sentido também muda. Bastava isso para saber que
o item está errado.
“o iconoclasta Oscar Wilde” (iconoclasta é a pessoa)
Subst
“o Oscar Wilde iconoclasta” (iconoclasta é a qualidade)
Adj
O aposto especificativo tradicionalmente aparece na forma de um nome próprio substituindo o
um nome comum. Então, notamos que “Oscar Wilde” é um aposto especificativo do substantivo
comum “iconoclasta”.
No segundo caso (Oscar Wilde iconoclasta), “Oscar Wilde” é núcleo substantivo, sendo
modificado pelo adjetivo “iconoclasta”, com função de adjunto adnominal.
Então, a inversão causa mudança sintática, pois no aposto especificativo, o nome próprio vem
depois do comum, que está sendo especificado.
Outros exemplos de aposto especificativo, que pode ser preposicionado ou não: Praia de
Copacabana; Meu filho Pedro; Crime de latrocínio; O cantor Renato Russo. Questão incorreta.

Adjunto Adverbial
É a função sintática do termo que modifica o verbo, trazendo uma ideia de circunstância, como
tempo, modo, causa, meio, lugar, instrumento, motivo, oposição.
Ex: Ele morreu por amor. (adjunto adverbial de motivo)
ontem. (adjunto adverbial de tempo)
de fome. (adjunto adverbial de causa)
assim. (adjunto adverbial de modo)
aqui. (adjunto adverbial de lugar)
só. (adjunto adverbial de modo)
Não é possível listar ou memorizar todas as possibilidades de adjunto adverbial. Para a prova, se
um termo indicar a circunstância de um verbo, especificar a forma como aquele verbo é
praticado, teremos um adjunto adverbial.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 34


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

O adjunto adverbial também pode ser referir a um adjetivo, um advérbio e até a uma oração
inteira.
Ex: Ela é muito bonita. (“muito” é um advérbio usado para “intensificar” o adjetivo
“bonita”; sua função sintática é de adjunto adverbial)
Ex: Ela será aprovada muito provavelmente. (“muito” é um advérbio usado para
“intensificar” o advérbio “provavelmente”; sua função sintática é de adjunto adverbial)
Ex: Infelizmente, o governo não vai resolver seus problemas. (“infelizmente” é um
advérbio que se refere à oração como um todo e expressa uma forma de
“julgamento/opinião” sobre seu conteúdo; sua função sintática é de adjunto adverbial)
O adjunto adverbial também pode aparecer na forma de uma oração adverbial, com
circunstância de condição, causa, tempo, finalidade etc.
Ex: Se eu pudesse, ajudaria. (oração adverbial condicional)
Ex: Está tudo molhado, porque choveu muito. (oração adverbial causal)
Ex: Quando for nomeado, tudo terá valido a pena. (oração adverbial temporal)

Observe que fatores como o tipo de verbo, a pontuação ou ausência dela pode influenciar na
função sintática. Veja que o mesmo adjetivo pode assumir ou participar de várias funções
sintáticas:
O menino continua rico. (predicativo do sujeito – o sujeito é "O menino")
O menino fez o pai rico. (predicativo do objeto – "o pai" -objeto- "ficou rico")
O menino rico tinha carros esportivos (adjunto adnominal – junto ao nome)
O menino, rico, tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
Rico, o menino tinha carros esportivos. (*predicativo do sujeito – separado)
O menino, um rico, tinha carros esportivos. (aposto – O menino = um rico)
O menino, apesar de ser rico, vivia endividado. (adjunto adverbial – indica concessão)
Menino rico, ajude-me. (vocativo – o menino rico é o ouvinte)
*Observe que nos exemplos 4 e 5, o adjetivo com função de predicativo tem sentido cumulativo
de causa (rico = porque era rico).

Agente da Passiva
Na voz ativa, o sujeito pratica a ação. Na voz passiva, ele sofre a ação e quem a pratica é
justamente o “agente da passiva”. Em outras palavras, o agente da passiva é o agente do verbo
numa sentença na voz passiva.
Quando transpomos a voz ativa para a passiva analítica, o sujeito vira agente da passiva e o

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 35


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

objeto direto vira sujeito paciente.


Ex: Eu comprei um carro > Um carro foi comprado por mim.
Sujeito Verbo OD Sujeito Locução agente da
passiva
agente Voz ativa paciente voz passiva
O agente da passiva geralmente é omitido na passiva sintética e também pode ser introduzido
pela preposição “de”.
Ex: O mocinho foi cercado de zumbis.

(TRT-MT / 2016)
“A par disso, quando se pensa no processo eleitoral — embora logo venha à cabeça a figura dos
candidatos, partidos e coligações como sujeitos de uma trama que é ordinariamente vigiada por
eles próprios e por órgãos estatais...”
“Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos morais que
impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais”
Os termos “por órgãos estatais” e “dos preceitos morais” exercem a função de complemento
verbal nos períodos em que ocorrem.
Comentários:
Uma trama que é vigiada por eles próprios e por órgãos estatais.
Sujeito locução agente da passiva agente da passiva
paciente voz passiva
“por órgãos estatais” exerce função sintática de agente da passiva. “dos preceitos morais” é
complemento verbal preposicionado (OI) do verbo “advir” (VTI; de). Questão incorreta.

(EMAP / Nível Superior /z 2018)


Uma estrutura de VTS (Serviço de tráfego de embarcações) é composta minimamente de um
radar com capacidade de acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de
identificação de embarcações denominado automatic identification system, um sistema de
comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e
hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um
radar” (L.1-2), fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.
Comentários:
O agente da passiva pode ser introduzido pela preposição “de” no lugar do “por”:

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 36


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Uma estrutura de VTS é composta minimamente de (ou por) um radar. Questão correta.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 37


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

FRASE X ORAÇÃO X PERÍODO


Geralmente a banca pede para analisar período X ou Y e ver se uma determinada substituição ou reescritura
está correta. Temos que saber essas noções básicas para localizarmos trechos que estão sendo objetos de
cobrança. Vamos, então, diferenciar os conceitos de frase, oração e período.
Frase é qualquer enunciado de sentido completo, que exprima ideias, emoções, ordens, apelos, ou qualquer
sentido que seja plenamente comunicado e compreensível.
Ex: Socorro! / Deus lhe pague / Você está sendo filmado / Morra!
Uma frase pode ter verbo ou não. Se não tiver verbo, será uma frase nominal.
Ex: Que matéria fácil! / Fogo! / Cão Feroz / Arraial do cabo a 50km.
Se tiver verbo, será uma frase verbal, isto é, uma oração.
Ex: Comprei um cachimbo. / Ned Stark foi decapitado!
Oração é a frase verbal. A marca da oração é ter verbo. Por essa razão, nem toda frase é oração.
Ex: Cuidado com o cão.
Como não tem verbo, é frase nominal, não é oração.
Período é a frase vista como um todo, podendo conter uma ou mais orações dentro dele. Um período com
somente uma oração é um período simples e essa oração será chamada de oração absoluta, pois é uma
frase de sentido completo, com verbo e não ligada a nenhuma outra; um período com mais de uma oração
é um período composto e essas orações poderão estar ligadas por coordenação ou subordinação.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 38


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

QUESTÕES COMENTADAS - FUNÇÕES SINTÁTICAS - CEBRASPE


1. (CEBRASPE / PC-AL / 2023)
Os dados publicados no panorama foram obtidos pelo FBSP, por meio da Lei de Acesso à
Informação. Foram solicitados, a cada estado brasileiro ((os dados de boletins de ocorrência dos
últimos cinco anos, referentes a mortes violentas intencionais (homicídio doloso; feminicídio;
latrocínio; lesão corporal seguida de morte; e mortes decorrentes de intervenção policial) e
violência sexual (estupros e estupros de vulneráveis) contra crianças e adolescentes. Essas
informações não são sistematicamente reunidas e padronizadas, tratando-se, portanto, de uma
análise inédita e essencial para a prevenção e a resposta à violência contra meninas e meninos.
No último período do texto, o termo "Essas informações" exerce a função de sujeito das orações
expressas pelas formas verbais "são" e "tratando-se".
Comentários:
"Essas informações" é sujeito de "são", por isso o verbo está no plural. Contudo, "Essas
informações" não pode ser sujeito de "tratando-se", pois "tratar-se de" é expressão invariável,
formada de verbo transitivo indireto + SE, indicativa de sujeito indeterminado.
Questão incorreta.

2. (CEBRASPE / CNMP / 2023)


A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem
qualquer instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o
Decreto n.º 3.912 delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização
das comunidades “remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à
definição colonial da Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º
4.887/2003, que, por sua vez, aboliu a exigência de permanência no território e, com base no
critério de autodefinição previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a categoria “remanescentes de quilombos” como
“grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria,
dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada
com a resistência à opressão histórica sofrida” (Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto
também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas reivindicadas por particulares,
bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e impediu a alienação das propriedades
tituladas.
No último período do primeiro parágrafo, a substituição de “a titulação” por da titulação não
prejudicaria a correção gramatical do texto, mas alteraria as relações sintáticas nele
estabelecidas.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 39


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Comentários:
Não haveria erro gramatical, mas haveria análises sintáticas diferentes:
O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas reivindicadas por
particulares, bem como a titulação
"a titulação" é objeto direto de estabeleceu.
O decreto também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas reivindicadas por
particulares, bem como da titulação
"da titulação" é complemento nominal de necessidade.
Questão correta.

3. (CEBRASPE / MPE-SC / 2023)


Justiça é justiça social. É atualização dos princípios condutores, emergindo nas lutas
sociais, para levar à criação de uma sociedade em que cessem a exploração e a opressão do
homem pelo homem. O direito não é mais, nem menos, do que a expressão daqueles princípios
supremos, como modelo avançado de legítima organização social da liberdade. Mas até a
injustiça como também o antidireito (isto é, a constituição de normas ilegítimas e sua imposição
em sociedades mal organizadas) fazem parte do processo, pois nem a sociedade justa, nem a
justiça corretamente vista, nem o direito mesmo, o legítimo, nascem de um berço metafísico ou
são presente generoso dos deuses: eles brotam nas oposições, no conflito, no caminho penoso
do progresso, com avanços e recuos.
Em “opressão do homem” (segundo período do primeiro parágrafo) e “presente generoso dos
deuses” (último período do primeiro parágrafo), a substituição das locuções adjetivas “do
homem” e “dos deuses” pelos adjetivos humana e divino, respectivamente, manteria a correção
gramatical e as relações coesivas do texto original.
Comentários:
Cuidado, o trecho é "opressão do homem pelo homem", não é possível simplesmente trocar "do
homem" por "humana" sem prejudicar as relações coesivas originais:
"opressão humana pelo homem"?
Além disso, o "do homem", nesse caso, é complemento nominal, tem valor passivo, então não
pode ser substituído por uma locução adjetiva. Locuções adjetivas equivalem a adjetivos, então
têm função sintática de adjunto adnominal ou de predicativo.
Já em "presente generoso dos deuses", "dos deuses" tem valor de posse, então pode sim ser
substituído por uma locução: presente divino.
Questão incorreta.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 40


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

4. (CEBRASPE / MPE-SC / 2023)


Atendendo às características federais do Estado brasileiro, a CF trata do Ministério Público da
União e daquele dos diversos estados-membros da Federação. A CF declara o MP como
instituição permanente e essencial à função jurídica, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
No último período do texto, o segmento “como instituição permanente e essencial à função
jurídica” funciona, sintaticamente, como predicativo do termo “o MP”.
Comentários:
Sim. Questão extremamente específica. Nesse tipo de estrutura, o "como" é uma preposição
acidental, com aquele sentido de "na função de", "na qualidade de", "na ótica de", e introduz
um predicativo do objeto direto, o termo "o MP".
Para reforçar, vejamos outros exemplos:
Ex: Eu declarei o caso como insolúvel.
Ex: O professor considerou a questão como impossível.
Vejam que esse "como" poderia até ser retirado e isso tornaria mais evidente o valor do adjetivo
no predicativo:
Ex: Eu declarei o caso insolúvel.
Ex: O professor considerou a questão impossível.
Caso tenhamos voz passiva, o "como" vai introduzir um predicativo do sujeito:
Ex: O caso foi declarado como insolúvel.
Ex: A questão foi considerada como impossível.
Questão correta.

5. (CEBRASPE / MPE-SC / 2023)


No Brasil, a figura do promotor de justiça só surge em 1609, quando é regulamentado o Tribunal
de Relação na Bahia. No Império, tratava-se a instituição no Código de Processo Criminal, sem
nenhuma referência constitucional. Somente na Constituição de 1824, foram criados o Supremo
Tribunal de Justiça e os tribunais de relação, nomeando-se desembargadores, procuradores da
Coroa, conhecidos como “chefe do parquet”. No entanto, a expressão “Ministério Público” só
seria utilizada no Decreto n.º 5.618, de 2 de maio de 1874.
O segmento “a expressão ‘Ministério Público’” (último período do segundo parágrafo) contém
um aposto.
Comentários:
Sim. Mas cuidado. Aqui, temos o aposto especificativo ou denominativo, um tipo de aposto que
não é separado por pontuação. Consiste, normalmente, de um nome próprio determinando um

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 41


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

substantivo comum. Basicamente é um termo que indica o nome ou denominação específica de


alguma coisa:
Ex: O rio Amazonas, O artilheiro Messi, O menino Jesus, O número quatro, O nome Enzo...
Também pode ser preposicionado:
Ex: A cidade do Rio de Janeiro, O estado do Rio Grande do Sul...
Portanto, o segmento “a expressão ‘Ministério Público’” (último período do segundo parágrafo)
contém um aposto especificativo.
Questão correta.

6. (CEBRASPE / MPE-SC / 2023)


O justo se desvela no decorrer das lutas de libertação na história. O justo é um saber que se vai
constituindo à medida que nossa consciência da história se aguça. Mas não basta a consciência
da história, pois procurar a justiça é uma atitude ética — é uma escolha. Não podemos cair em
uma visão automática da história, na qual nossa simples posição em dado estrato social nos leva
necessariamente a pensar de certa forma, a valorizar em certa medida. Se aceitássemos essa
visão, bastaria ficarmos quietos esperando que a história se fizesse de acordo com seus
mecanismos. Mas o real é outro. A justiça está se fazendo pela organização popular, pelo
aguçamento dos conflitos. E cada um de nós vislumbra o norte da justiça, por via da busca de
uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a uma análise rigorosa das circunstâncias
presentemente vividas.
No quinto período do primeiro parágrafo, a oração “ficarmos quietos” funciona, sintaticamente,
como complemento da forma verbal “bastaria”.
Comentários:
bastaria ficarmos quietos
bastaria ISSO
ISSO bastaria
A oração “ficarmos quietos” é subordinada substantiva subjetiva; portanto, funciona,
sintaticamente, como SUJEITO da forma verbal “bastaria”.
Questão incorreta.

7. (CEBRASPE / FUNPRESP-EXE / 2022)


Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez.
Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então,
de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 42


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza
havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.
No penúltimo período do texto, os termos “um extraordinário desenvolvimento das ciências e
das técnicas” e “a exploração desenfreada (...) os humanos” exercem a função de complemento
da forma verbal “Resultou”.
Comentários:
Sempre devemos tentar organizar as sentenças na ordem direta:
Sujeito + Verbo + Complemento (+adjuntos)
Os termos indicados são sujeito do verbo “resultar”:
um extraordinário desenvolvimento das ciências e das técnicas, mas também a exploração
desenfreada (sujeito) RESULTOU daí (complemento)
Questão incorreta.

8. (CEBRASPE / IBAMA / 2022)


De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de
Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que
fomenta o uso irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras
áreas, o que faz que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam
doenças que não existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio ambiental,
causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima, aumentam ainda mais a
probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam e alcancem o
patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.
No segundo período do terceiro parágrafo, a forma pronominal ‘nos’ funciona como
complemento das formas verbais ‘atinjam’ e ‘alcancem’.
Comentários:
“nos” é complemento de “atinjam”; o complemento de “alcancem” é “o patamar de epidemias
e pandemias”.
Questão incorreta.

9. (CEBRASPE / PETROBRAS / 2022)


...O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se
virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de modo justo.
No último período do texto, o termo “Aquele” exerce a função sintática de sujeito da oração
“que conhece a justiça”.
Comentários:
Questão pesada, exigindo a função sintática do “que” pronome relativo. Para saber sua função, é
preciso basicamente substituir o “que” pelo seu referente e analisar: a função sintática que o
referente assumiria na análise é a função do “que”:
Aquele [que conhece a justiça]

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 43


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

O “que” retoma “aquele”>


[Aquele conhece a justiça]>
“aquele” seria sujeito de “conhece”>
Logo, o “que” é sujeito de “conhece”.
Questão incorreta.

10. (CEBRASPE / IBAMA / 2022)


...Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro consumo
consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção consciente,
assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.
O pronome “que”, em “que causam” (último período do texto), exerce a função de sujeito da
oração em que ocorre e retoma o termo “as empresas”.
Comentários:
O pronome “que”, em “que causam” (último período do texto), exerce a função de OBJETO
DIRETO da oração em que ocorre e retoma o termo “impactos”.
impactos [que causam]
[causam impactos]
Questão incorreta.

11. (CEBRASPE / DPE-DF / 2022)


Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede para
entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem do campo
reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o porteiro, “mas
agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o porteiro se põe de
lado, o homem se inclina para o interior através da porta.
A locução “Uma vez que”, que inicia o período “Uma vez que a porta da lei continua como
sempre aberta, e o porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta”,
foi empregada no sentido de conformidade.
Comentários:
A locução “Uma vez que”, que inicia o período “Uma vez que a porta da lei continua como
sempre aberta, e o porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta”,
foi empregada no sentido de CAUSA.
COMO a porta da lei continua como sempre aberta, e o porteiro se põe de lado, o
homem se inclina para o interior através da porta.
Questão incorreta.

12. (CEBRASPE / TELEBRAS / 2022)


É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 44


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?”
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa
simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
Assim como o termo ‘cavalheiro’ em ‘Posso ajudá-lo, cavalheiro?’ (segundo parágrafo), o termo
‘senhor’, em ‘O senhor vai dar risada quando souber’ (nono parágrafo), exerce função de vocativo
no texto, dado que é empregado para chamar, de forma cordial, o interlocutor.
Comentários:
“Cavalheiro” é de fato vocativo, pois interpela o ouvinte, a quem se dirige a pergunta.
O termo “O senhor”, contudo, é sujeito do verbo “vai”.
Questão incorreta.

13. (CEBRASPE / DPE-RS / 2022)


Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o
século XVIII, identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e originalidade. Há
um estreito vínculo entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos e o regime de
propriedade que protege os direitos dos autores e dos editores. É essa relação que coloca em
questão o mundo digital, que propõe textos brandos, ubíquos, palimpsestos.
No trecho “Há um estreito vínculo entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos”,
o termo “dos textos” funciona como complemento do adjetivo “reproduzível”.
Comentários:
Funciona como adjunto adnominal de “identidade”: identidade dos textos
Reproduzível é apenas outro adjunto adnominal de identidade. Questão incorreta.

14. (CEBRASPE / DPE-RS / 2022)


O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor
pode intervir em seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco pela
composição tipográfica. Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades textuais das
quais se apodera. Nesse processo, desaparece a atribuição dos textos ao nome de seu autor, já
que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla, polifônica.
Na oração “já que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla,

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 45


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

polifônica” (segundo parágrafo), o termo introduzido pela preposição “por” expressa o


responsável pela ação de modificar.
Comentários:
Aqui temos um agente da passiva:
são modificados por uma escritura
Se tivéssemos voz ativa, o termo seria o sujeito:
Uma escritura modifica os textos...
Questão correta.

15. (CEBRASPE / PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CRISTÓVÃO (SE) / 2019)

Considerando as propriedades linguísticas e os sentidos do poema precedente, julgue o próximo


item.
No verso 13, o termo “imastigável” funciona como complemento nominal de “grão”.
Comentários:
No trecho: "um grão imastigável, de quebrar o dente", notamos que o vocábulo "imastigável" é
um adjetivo que está caracterizando/restringindo o substantivo concreto grão.
Sintaticamente, exerce a função de adjunto adnominal, e não de complemento nominal. Questão
incorreta.

16. (CEBRASPE / CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)


Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de
praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto, o sujeito da oração “Era custoso” (L.3) é

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 46


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
c) o termo “custoso” (L.3).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
Comentários:
Temos caso típico de sujeito oracional:
[Acreditar que morasse alguém naquele cemitério] era custoso.
[ISTO] era custoso. Gabarito letra A.

17. (CEBRASPE / PGE-PE / Analista Judiciário de Procuradoria / 2019)


==2afc69==

... é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral ...
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” funciona como complemento desse termo.
Comentários:
Na verdade, temos um caso de predicativo ligado a sujeito oracional:
dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral é difícil
ISTO é difícil
O “ser” é verbo de ligação. Questão incorreta.

18. (CEBRASPE / PRF–Policial – 2019)


Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão
de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos cercam
movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho
alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.
No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações
diversas entre os indivíduos”, o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de produção
dos objetos”.
Comentários:
Muito cuidado, a questão é avançada. O sujeito sintático da oração adjetiva é o pronome relativo
“que”:
Os processos de produção dos objetos [que nos cercam] movimentam relações
A oração adjetiva é esta entre colchetes, o termo “Os processos de produção dos objetos” nem
sequer faz parte da oração. Na verdade, é o sujeito da oração principal:
Os processos de produção dos objetos movimentam relações
Para saber a função do pronome relativo, basicamente o substituímos pelo termo que substitui e
analisamos normalmente a oração adjetiva após a troca:

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 47


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

[que nos cercam]


[Os processos de produção dos objetos nos cercam]
Como o termo SERIA (HIPÓTESE) o sujeito, sabemos que o “que” é o sujeito. Lembre, esse é um
artifício de análise, o termo “Os processos de produção dos objetos” não faz parte de fato da
oração adjetiva e não pode ser sujeito dela, o sujeito é o pronome! Questão incorreta.

19. (CEBRASPE / CAGE-RS–Auditor Fiscal – 2018)


Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos, que atingem o fluxo econômico, por tributos
que incidam sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior desenvolvimento
econômico, pois gera mais consumo, produção e lucros que compensam a tributação sobre a
riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 2 do texto 1A10AAA, é
a) oculto. b) composto. c) indeterminado. d) inexistente. e) simples.
Comentários:
Para saber a função do “que” dentro da oração adjetiva, precisamos trocar o “que” por seu
antecedente e depois analisar a função que assume:
tributos [que incidam]
[tributos incidam]
Ora, os tributos incidem, “tributos” assume função de sujeito; logo, o “que” é sujeito,
classificado como simples, por ter apenas um núcleo, o próprio pronome. Gabarito letra E.

20. (CEBRASPE / CGM-JOÃO PESSOA – 2018)


Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu
amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.
Em “temos o ‘jeitinho’ virando corrupção”, os termos ‘jeitinho’ e “corrupção” funcionam como
complementos diretos da forma verbal “temos”.
Comentários:
“Corrupção” é um predicativo do sujeito “jeitinho”, ligado a ele por um verbo de ligação
(virando – “jeitinho” tornando-se “corrupção”: mudança de estado). Questão incorreta.

21. (CEBRASPE / IHBDF / 2018)


Quase sempre, condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos saem em disparada,
ambulância cortando o trânsito, sirenes ligadas, para atender a alguém que nunca viram. Mas
podem chegar à cena e encontrar um amigo. Estão preparados. O espaço para a emoção é
pequeno em um serviço que só funciona se apoiado em seu princípio maior: a técnica.
Os termos “um amigo” e “preparados” exercem a mesma função sintática nos períodos em que
se inserem.
Comentários:
“um amigo” é objeto direto de “encontrar”. Preparados é predicativo do sujeito oculto do verbo

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 48


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

de ligação “Estão”: condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos estão


preparados. Questão incorreta.

22. (CEBRASPE / STM / ANALISTA / 2018)


Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e da
unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias revolucionárias, seria
necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se manter a correção gramatical
do texto.
Comentários:
“Tratar-se DE” é expressão invariável, que configura sujeito indeterminado “Verbo Transitivo
Indireto+SE”. Logo, o verbo não vai ao plural. Questão incorreta.

23. (CEBRASPE / PC-SE / DELEGADO / 2018)


Para que a atuação policial ocorra dentro dos parâmetros democráticos, é essencial que haja a
implementação de um modelo de policiamento que corresponda aos preceitos constitucionais,
promovendo-se o equilíbrio entre os pressupostos de liberdade e segurança.
A oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” (ℓ.2) tem a função de
qualificar o adjetivo que a antecede: “essencial” (ℓ.2).
Comentários:
O adjetivo já é um qualificador, adjetivos qualificam substantivos. A oração possui função de
sujeito, trata-se de uma oração subordinada substantiva subjetiva, ou seja, um sujeito oracional.
[que haja a implementação de um modelo de policiamento] é essencial...
[ISTO] é essencial... Questão incorreta.

24. (CEBRASPE / STM / ANALISTA / 2018)


A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o comportamento pelo qual se
consegue essa redução é a escolha, a tomada de decisão.
No período “A liderança (...) tomada de decisão”, a expressão “A liderança” exerce a função de
sujeito da forma verbal “é” em suas duas ocorrências.
Comentários:
Primeiro: marcamos o verbo> "é". Após perguntarmos "Quem/O que É”, saberemos quem é o
sujeito, que segue sublinhado nas frases abaixo, com seu "núcleo" destacado.
A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo
o comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha
A liderança só é sujeito do “é” na primeira sentença. Questão incorreta.

25. (CEBRASPE / SEFAZ RS / ASSISTENTE / 2018)

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 49


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

No período “A necessidade de guardar as moedas em segurança fez surgirem os bancos”, do


texto 1A1-II, o termo “os bancos” funciona como
A) complemento de “fez”.
B) agente de “fez”.
C) sujeito de “surgirem”.
D) complemento de “surgirem”.
E) adjunto adverbial de lugar.
Comentários:
Quem surgiu? Os bancos “surgiram”, então “os bancos” é sujeito de “surgirem”. Gabarito letra
C.

26. (CEBRASPE / SEFAZ-RS / ASSISTENTE / 2018)


Os direitos humanos são fundados no respeito pela dignidade e no valor de cada pessoa. São
universais, ou seja, são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas. São
inalienáveis — e ninguém pode ser privado de seus direitos humanos —, mas podem ser
limitados em situações específicas: o direito à liberdade pode ser restringido se, após o devido
processo legal, uma pessoa for julgada culpada de um crime punível com privação de liberdade.
No texto, o sujeito da locução “podem ser limitados”, que está oculto, é indicado pelo termo
a) “todas as pessoas” (l.2).
b) “inalienáveis” (l.2).
c) “ninguém” (l.2).
d) “seus direitos humanos” (l.3).
e) “Os direitos humanos” (l.1).
Comentários:
Na oração “mas podem ser limitados”, o sujeito não apareceu expressamente porque já foi
mencionado antes e está claro no contexto:
Os direitos humanos são fundados no respeito pela dignidade e no valor de cada pessoa. (Os
direitos humanos) São universais, ou seja, são aplicados de forma igual e sem discriminação a
todas as pessoas. (Os direitos humanos) São inalienáveis — e ninguém pode ser privado de seus
direitos humanos —, mas (Os direitos humanos) podem ser limitados em situações específicas
O referente é “Os direitos humanos”. Gabarito letra E.

27. (CEBRASPE / STM / ANALISTA / 2018)


Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos
absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
O termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “absolveria”.
Comentários:
O verbo “absolver” não pede preposição; logo, não pede objeto INDIRETO. A preposição que

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 50


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

está ali configura um objeto direto preposicionado. Com o pronome indefinido “todos” como
objeto direto, acrescentamos a preposição, constituindo um objeto direto preposicionado. A
propósito, isso também ocorre com os pronomes “quem” e “ninguém”. Questão incorreta.

28. (CEBRASPE / STM / ANALISTA / 2018)


... a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm
os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função sintática no período
em que ocorrem.
Comentários:
Temos "vir DE+Aí" (vir daí) e "vir DE+A ignorância" (vir da ignorância). Em ambos os casos temos
objetos indiretos do verbo “vir”. Questão correta.

29. (CEBRASPE / MPE PI / ANALISTA / 2018)


Já houve acusados que se declararam culpados de crimes que não cometeram.
O sujeito da forma verbal “cometeram” é indeterminado.
Comentários:
Dica simples para reconhecer o sujeito indeterminado: você não sabe quem ele é! Então, se você
consegue determinar o sujeito no contexto, ele não pode ser indeterminado. Lendo o texto, é
evidente que “acusados” não cometeram os crimes; então, o sujeito é apenas oculto, pois não
está expresso na oração, mas pode ser determinado pelo contexto. Questão incorreta.

30. (CEBRASPE / PC-SE / DELEGADO / 2018)


A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes e delegados de
atendimento a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas, centralizam procedimentos
relativos a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem inquéritos
e termos circunstanciados e fazem investigações de queixas.
Os termos “a crimes contra o público” e “de queixas” complementam, respectivamente, os
termos “relativos” e “investigações”.
Comentários:
Sim. Se houver termo preposicionado ligado a adjetivo, não há dúvida, temos complemento
nominal. “Relativo” é um adjetivo que exige complemento com a preposição “a”:
“Relativo” A algo> “Relativo” A crimes contra o público...
“Investigações”, por sua vez, é um substantivo abstrato derivado de ação e “de queixas” possui
valor passivo: “queixas são investigadas”. Então, temos clássico caso de complemento nominal.
Questão correta.

31. (CEBRASPE / MPU / ANALISTA / 2018)


buscando-se o aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 51


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

racial e dos direitos humanos


Os termos “de gênero”, “da igualdade racial” e “dos direitos humanos” complementam a
palavra “justiça”.
Comentários:
Os termos “da igualdade racial” e “dos direitos humanos” complementam a palavra “garantia”.
São termos preposicionados passivos ligados a substantivo abstrato derivado de ação:
Garantia “da igualdade racial” (a igualdade racial é garantida) e
Garantia “dos direitos humanos” (os direitos humanos são garantidos)
O termo preposicionado “de gênero” não possui sentido passivo, é uma especificação, apenas
um adjunto adnominal de “justiça”. Questão incorreta.

32. (CEBRASPE / TCM-BA / AUDITOR EST. / 2018)

Julgue o item a seguir.


Nos trechos “chega o correio” (ℓ.1), “Fecha a casa” (ℓ.14) e “espera surpresa” (ℓ.15), os
elementos “correio”, “casa” e “surpresa” exercem a mesma função sintática.
Comentários:
“O correio chega” traz “o correio” como sujeito, posposto, após o verbo. Por outro lado, “Casa”
e “Surpresa” são objetos diretos de “fecha” e “espera”. Questão incorreta.

33. (CEBRASPE / PC-MA / ESCRIVÃO / 2018)


Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e mais casos de assédio sexual em
ambientes profissionais — como os que envolvem produtores e atores de cinema—, no Brasil, o
número de processos desse tipo caiu 7,5% entre 2015 e 2016.
Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no
trabalho, considerando-se só a primeira instância.
Os números mostram que o tema ainda é tabu por aqui, analisa o consultor Renato Santos,
que atua auxiliando empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As pessoas não falam por
medo de serem culpabilizadas ou até de represálias”.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 52


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas corporações já recebem
queixas de assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele, “o anonimato ajuda, já
que as pessoas se sentem mais protegidas para falar”.
A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um superior sobre um subordinado para
tentar obter vantagem sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há crime, embora
tal comportamento possa dar causa a reparação por dano moral.
No texto, o trecho “4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho” (L. 4) tem a mesma
função sintática de
A) ‘por medo de serem culpabilizadas’ (L.7-8).
B) “mais e mais casos de assédio sexual” (L. 1).
C) ‘mais protegidas para falar’ (L. 11).
D) “chantagem de um superior sobre um subordinado” (L. 12).
E) “queixas de assédio” (L.9-10).
Comentários:
O termo destacado no enunciado é sujeito (posposto) do verbo intransitivo “surgir”:
surgem mais e mais casos de assédio sexual
mais e mais casos de assédio sexual surgem
O outro “sujeito” está em:
foram registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho
4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho foram registradas
O termo “4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho” é sujeito paciente da locução
passiva “foram registradas”.
Vejamos as demais:
A) ‘por medo de serem culpabilizadas’– Adjunto adverbial de causa: não falam porque têm
medo...
C) ‘mais protegidas para falar’ – predicativo do sujeito “pessoas”.
D) “chantagem de um superior sobre um subordinado” – objeto direto do verbo “haver”, que
não tem sujeito porque é impessoal no sentido de “existir”.
E) “queixas de assédio” - objeto direto do verbo “recebem”. Gabarito letra B.

34. (CEBRASPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


Destaca-se como a principal diferença o efeito que cada instrumento busca neutralizar
O sujeito da oração iniciada por “Destaca-se” é indeterminado, portanto não está expresso.
Comentários:
Destaca-se como a principal diferença [o efeito que cada instrumento busca neutralizar]
Questão incorreta.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 53


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

[o efeito que cada instrumento busca neutralizar] destaca-se


[o efeito que cada instrumento busca neutralizar] é destacado

35. (CEBRASPE / IHBDF / 2018)


Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar a atual Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João Goulart, então recém-alçado à
presidência do país sob o arranjo do parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira.
No texto CG2A1DDD, o termo “a primeira LDB brasileira” exerce a função sintática de
A) sujeito. B) predicado. C) objeto direto. D) objeto indireto. E) adjunto adverbial.
Comentários:
“Promulgar” é verbo transitivo direto e pede um objeto direto, sem preposição:
promulgou algo > promulgou a primeira LDB brasileira. Gabarito letra C.

36. (CEBRASPE / IFF / 2018)


Vi terras por onde andaram os dozes pares de França, os heróis do meu Carlos Magno, lido e
relido como história de Trancoso. Vi terras do sul, o mar Mediterrâneo, o mar da história, o mar
dos gregos, dos egípcios, dos fenícios, dos romanos.
Tendo em vista que, no texto CG1A1AAA, algumas expressões têm a função de acrescentar uma
explicação ao conteúdo de outras, julgue o item a seguir:
O trecho apresentado (“o mar da história, o mar dos gregos, dos egípcios, dos fenícios, dos
romanos”) é uma explicação do segundo — “o mar Mediterrâneo”.
Comentários:
Sim. O termo “o mar da história, o mar dos gregos, dos egípcios, dos fenícios, dos romanos” é
justamente um desenvolvimento, uma explicação de “o mar Mediterrâneo”. De fato, esse mar,
localizado entre a Europa e a África, foi um canal entre essas civilizações antigas. Questão
correta.

37. (CEBRASPE / EBSERH / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)


Creio que o governo não é assim um negociante ganancioso que vende gêneros que possam
trazer a destruição de vidas preciosas; e creio que não é, porquanto anda sempre zangado com
os farmacêuticos que vendem cocaína aos suicidas. Há sempre no Estado curiosas contradições.
O sujeito elíptico da forma verbal “anda” retoma a expressão “um negociante ganancioso”.
Comentários:
Pelo contexto, percebemos que quem anda zangado é o “governo”, então o referente do verbo
“anda” não é “um negociante ganancioso”. Questão incorreta.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 54


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

LISTA DE QUESTÕES - FUNÇÕES SINTÁTICAS - CEBRASPE


1. (CEBRASPE / PC-AL / 2023)
Os dados publicados no panorama foram obtidos pelo FBSP, por meio da Lei de Acesso à
Informação. Foram solicitados, a cada estado brasileiro ((os dados de boletins de ocorrência dos
últimos cinco anos, referentes a mortes violentas intencionais (homicídio doloso; feminicídio;
latrocínio; lesão corporal seguida de morte; e mortes decorrentes de intervenção policial) e
violência sexual (estupros e estupros de vulneráveis) contra crianças e adolescentes. Essas
informações não são sistematicamente reunidas e padronizadas, tratando-se, portanto, de uma
análise inédita e essencial para a prevenção e a resposta à violência contra meninas e meninos.
No último período do texto, o termo "Essas informações" exerce a função de sujeito das orações
expressas pelas formas verbais "são" e "tratando-se".

2. (CEBRASPE / CNMP / 2023)


A regulamentação do direito quilombola — reconhecido no artigo 68 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 1988 (CF) — passou anos sem
qualquer instrumento legal de abrangência nacional que guiasse sua efetivação. Em 2001, o
Decreto n.º 3.912 delimitou o período entre 1888 até 5 de outubro de 1988 para a caracterização
das comunidades “remanescentes de quilombos”, utilizando uma noção de quilombo vinculada à
definição colonial da Convenção Ultramarina de 1740. Tal decreto foi revogado pelo de n.º
4.887/2003, que, por sua vez, aboliu a exigência de permanência no território e, com base no
critério de autodefinição previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) para povos indígenas e tribais, definiu a categoria “remanescentes de quilombos” como
“grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria,
dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada
com a resistência à opressão histórica sofrida” (Decreto n.º 4.887/2003, art. 2.°). O decreto
também estabeleceu a necessidade de desapropriação das áreas reivindicadas por particulares,
bem como a titulação coletiva das terras dos quilombos, e impediu a alienação das propriedades
tituladas.
No último período do primeiro parágrafo, a substituição de “a titulação” por da titulação não
prejudicaria a correção gramatical do texto, mas alteraria as relações sintáticas nele
estabelecidas.

3. (CEBRASPE / MPE-SC / 2023)


Justiça é justiça social. É atualização dos princípios condutores, emergindo nas lutas
sociais, para levar à criação de uma sociedade em que cessem a exploração e a opressão do
homem pelo homem. O direito não é mais, nem menos, do que a expressão daqueles princípios

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 55


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

supremos, como modelo avançado de legítima organização social da liberdade. Mas até a
injustiça como também o antidireito (isto é, a constituição de normas ilegítimas e sua imposição
em sociedades mal organizadas) fazem parte do processo, pois nem a sociedade justa, nem a
justiça corretamente vista, nem o direito mesmo, o legítimo, nascem de um berço metafísico ou
são presente generoso dos deuses: eles brotam nas oposições, no conflito, no caminho penoso
do progresso, com avanços e recuos.
Em “opressão do homem” (segundo período do primeiro parágrafo) e “presente generoso dos
deuses” (último período do primeiro parágrafo), a substituição das locuções adjetivas “do
homem” e “dos deuses” pelos adjetivos humana e divino, respectivamente, manteria a correção
gramatical e as relações coesivas do texto original.

4. (CEBRASPE / MPE-SC / 2023)


Atendendo às características federais do Estado brasileiro, a CF trata do Ministério Público da
União e daquele dos diversos estados-membros da Federação. A CF declara o MP como
instituição permanente e essencial à função jurídica, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
No último período do texto, o segmento “como instituição permanente e essencial à função
jurídica” funciona, sintaticamente, como predicativo do termo “o MP”.

5. (CEBRASPE / MPE-SC / 2023)


No Brasil, a figura do promotor de justiça só surge em 1609, quando é regulamentado o Tribunal
de Relação na Bahia. No Império, tratava-se a instituição no Código de Processo Criminal, sem
nenhuma referência constitucional. Somente na Constituição de 1824, foram criados o Supremo
Tribunal de Justiça e os tribunais de relação, nomeando-se desembargadores, procuradores da
Coroa, conhecidos como “chefe do parquet”. No entanto, a expressão “Ministério Público” só
seria utilizada no Decreto n.º 5.618, de 2 de maio de 1874.
O segmento “a expressão ‘Ministério Público’” (último período do segundo parágrafo) contém
um aposto.

6. (CEBRASPE / MPE-SC / 2023)


O justo se desvela no decorrer das lutas de libertação na história. O justo é um saber que se vai
constituindo à medida que nossa consciência da história se aguça. Mas não basta a consciência
da história, pois procurar a justiça é uma atitude ética — é uma escolha. Não podemos cair em
uma visão automática da história, na qual nossa simples posição em dado estrato social nos leva
necessariamente a pensar de certa forma, a valorizar em certa medida. Se aceitássemos essa
visão, bastaria ficarmos quietos esperando que a história se fizesse de acordo com seus
mecanismos. Mas o real é outro. A justiça está se fazendo pela organização popular, pelo
aguçamento dos conflitos. E cada um de nós vislumbra o norte da justiça, por via da busca de

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 56


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a uma análise rigorosa das circunstâncias
presentemente vividas.
No quinto período do primeiro parágrafo, a oração “ficarmos quietos” funciona, sintaticamente,
como complemento da forma verbal “bastaria”.

7. (CEBRASPE / FUNPRESP-EXE / 2022)


Esse movimento, além de tardio na história da humanidade, só se produziu uma única vez.
Para retomar uma fórmula muito conhecida de Descartes, o homem se fez então “mestre e
senhor da natureza”. Resultou daí um extraordinário desenvolvimento das ciências e das
técnicas, mas também a exploração desenfreada de uma natureza composta, a partir de então,
de objetos sem ligação com os humanos: plantas, animais, terras, águas e rochas convertidos em
meros recursos que podemos usar e dos quais podemos tirar proveito. Naquela altura, a natureza
havia perdido sua alma e nada mais nos impedia de vê-la unicamente como fonte de riqueza.
No penúltimo período do texto, os termos “um extraordinário desenvolvimento das ciências e
das técnicas” e “a exploração desenfreada (...) os humanos” exercem a função de complemento
da forma verbal “Resultou”.

8. (CEBRASPE / IBAMA / 2022)


De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Sustentabilidade do ISAE Escola de
Negócios, a disseminação do vírus é resultado do atual modelo de desenvolvimento, que
fomenta o uso irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como florestas e outras
áreas, o que faz que animais, forçados a mudar seus hábitos de vida, contraiam e transmitam
doenças que não existiriam em situações normais. “Situações de desequilíbrio ambiental,
causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima, aumentam ainda mais a
probabilidade de que zoonoses, ou seja, doenças de origem animal, nos atinjam e alcancem o
patamar de epidemias e pandemias”, explica a professora.
No segundo período do terceiro parágrafo, a forma pronominal ‘nos’ funciona como
complemento das formas verbais ‘atinjam’ e ‘alcancem’.

9. (CEBRASPE / PETROBRAS / 2022)


...O sábio é aquele que atinge essa percepção. Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se
virtuoso. Aquele que conhece a justiça não pode deixar de agir de modo justo.
No último período do texto, o termo “Aquele” exerce a função sintática de sujeito da oração
“que conhece a justiça”.

10. (CEBRASPE / IBAMA / 2022)


...Por outro lado, para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro consumo
consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as empresas realizem a produção consciente,
assumindo sua verdadeira responsabilidade pelos impactos que causam.
O pronome “que”, em “que causam” (último período do texto), exerce a função de sujeito da

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 57


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

oração em que ocorre e retoma o termo “as empresas”.

11. (CEBRASPE / DPE-DF / 2022)


Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede para
entrar na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem do campo
reflete e depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o porteiro, “mas
agora não”. Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o porteiro se põe de
lado, o homem se inclina para o interior através da porta.
A locução “Uma vez que”, que inicia o período “Uma vez que a porta da lei continua como
sempre aberta, e o porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta”,
foi empregada no sentido de conformidade.

12. (CEBRASPE / TELEBRAS / 2022)


É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer.
Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”
“Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?”
“Sim?”
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa
simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.”
“Sim, senhor.”
Assim como o termo ‘cavalheiro’ em ‘Posso ajudá-lo, cavalheiro?’ (segundo parágrafo), o termo
‘senhor’, em ‘O senhor vai dar risada quando souber’ (nono parágrafo), exerce função de vocativo
no texto, dado que é empregado para chamar, de forma cordial, o interlocutor.

13. (CEBRASPE / DPE-RS / 2022)


Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o
século XVIII, identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e originalidade. Há
um estreito vínculo entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos e o regime de
propriedade que protege os direitos dos autores e dos editores. É essa relação que coloca em
questão o mundo digital, que propõe textos brandos, ubíquos, palimpsestos.
No trecho “Há um estreito vínculo entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos”,
o termo “dos textos” funciona como complemento do adjetivo “reproduzível”.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 58


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

14. (CEBRASPE / DPE-RS / 2022)


O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor
pode intervir em seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco pela
composição tipográfica. Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades textuais das
quais se apodera. Nesse processo, desaparece a atribuição dos textos ao nome de seu autor, já
que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla, polifônica.
Na oração “já que são constantemente modificados por uma escritura coletiva, múltipla,
polifônica” (segundo parágrafo), o termo introduzido pela preposição “por” expressa o
responsável pela ação de modificar.

15. (CEBRASPE / PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CRISTÓVÃO (SE) / 2019)

Considerando as propriedades linguísticas e os sentidos do poema precedente, julgue o próximo


item.
No verso 13, o termo “imastigável” funciona como complemento nominal de “grão”.

16. (CEBRASPE / CGE-CE / CONHEC. BÁSICOS / 2019)


Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de
praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto, o sujeito da oração “Era custoso” (L.3) é
A) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
B) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 59


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

C) o termo “custoso” (L.3).


D) classificado como indeterminado.
E) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).

17. (CEBRASPE / PGE-PE / Analista Judiciário de Procuradoria / 2019)


... é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral ...
Todo o trecho subsequente ao termo “difícil” funciona como complemento desse termo.

18. (CEBRASPE / PRF–Policial – 2019)


Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que vemos existe em razão
de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos objetos que nos cercam
==2afc69==

movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a organização do trabalho


alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da história.
No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações
diversas entre os indivíduos”, o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de produção
dos objetos”.

19. (CEBRASPE / CAGE-RS–Auditor Fiscal – 2018)


Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos, que atingem o fluxo econômico, por tributos
que incidam sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior desenvolvimento
econômico, pois gera mais consumo, produção e lucros que compensam a tributação sobre a
riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 2 do texto 1A10AAA, é
A) oculto. B) composto. C) indeterminado. D) inexistente. E) simples.

20. (CEBRASPE / CGM-JOÃO PESSOA – 2018)


Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu
amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção.
Em “temos o ‘jeitinho’ virando corrupção”, os termos ‘jeitinho’ e “corrupção” funcionam como
complementos diretos da forma verbal “temos”.

21. (CEBRASPE / IHBDF / 2018)


Quase sempre, condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos saem em disparada,
ambulância cortando o trânsito, sirenes ligadas, para atender a alguém que nunca viram. Mas
podem chegar à cena e encontrar um amigo. Estão preparados. O espaço para a emoção é
pequeno em um serviço que só funciona se apoiado em seu princípio maior: a técnica.
Os termos “um amigo” e “preparados” exercem a mesma função sintática nos períodos em que
se inserem.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 60


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

22. (CEBRASPE / STM / ANALISTA / 2018)


Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e da
unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias revolucionárias, seria
necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se manter a correção gramatical
do texto.

23. (CEBRASPE / PC-SE / DELEGADO / 2018)


Para que a atuação policial ocorra dentro dos parâmetros democráticos, é essencial que haja a
implementação de um modelo de policiamento que corresponda aos preceitos constitucionais,
promovendo-se o equilíbrio entre os pressupostos de liberdade e segurança.
A oração “que haja a implementação de um modelo de policiamento” (ℓ.2) tem a função de
qualificar o adjetivo que a antecede: “essencial” (ℓ.2).

24. (CEBRASPE / STM / ANALISTA / 2018)


A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o comportamento pelo qual se
consegue essa redução é a escolha, a tomada de decisão.
No período “A liderança (...) tomada de decisão”, a expressão “A liderança” exerce a função de
sujeito da forma verbal “é” em suas duas ocorrências.

25. (CEBRASPE / SEFAZ RS / ASSISTENTE / 2018)


No período “A necessidade de guardar as moedas em segurança fez surgirem os bancos”, do
texto 1A1-II, o termo “os bancos” funciona como
A) complemento de “fez”.
B) agente de “fez”.
C) sujeito de “surgirem”.
D) complemento de “surgirem”.
E) adjunto adverbial de lugar.

26. (CEBRASPE / SEFAZ-RS / ASSISTENTE / 2018)


Os direitos humanos são fundados no respeito pela dignidade e no valor de cada pessoa. São
universais, ou seja, são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas. São
inalienáveis — e ninguém pode ser privado de seus direitos humanos —, mas podem ser
limitados em situações específicas: o direito à liberdade pode ser restringido se, após o devido
processo legal, uma pessoa for julgada culpada de um crime punível com privação de liberdade.
No texto, o sujeito da locução “podem ser limitados”, que está oculto, é indicado pelo termo
A) “todas as pessoas” (l.2).
B) “inalienáveis” (l.2).

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 61


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

C) “ninguém” (l.2).
D) “seus direitos humanos” (l.3).
E) “Os direitos humanos” (l.1).

27. (CEBRASPE / STM / ANALISTA / 2018)


Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos
absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
O termo “a todos” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “absolveria”.

28. (CEBRASPE / STM / ANALISTA / 2018)


... a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm
os enganos piores, não da ignorância.
O vocábulo “daí” e a expressão “da ignorância” exercem a mesma função sintática no período
em que ocorrem.

29. (CEBRASPE / MPE PI / ANALISTA / 2018)


Já houve acusados que se declararam culpados de crimes que não cometeram.
O sujeito da forma verbal “cometeram” é indeterminado.

30. (CEBRASPE / PC-SE / DELEGADO / 2018)


A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes e delegados de
atendimento a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas, centralizam procedimentos
relativos a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem inquéritos
e termos circunstanciados e fazem investigações de queixas.
Os termos “a crimes contra o público” e “de queixas” complementam, respectivamente, os
termos “relativos” e “investigações”.

31. (CEBRASPE / MPU / ANALISTA / 2018)


buscando-se o aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade
racial e dos direitos humanos
Os termos “de gênero”, “da igualdade racial” e “dos direitos humanos” complementam a
palavra “justiça”.

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 62


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

32. (CEBRASPE / TCM-BA / AUDITOR EST. / 2018)

Julgue o item a seguir.


Nos trechos “chega o correio” (ℓ.1), “Fecha a casa” (ℓ.14) e “espera surpresa” (ℓ.15), os
elementos “correio”, “casa” e “surpresa” exercem a mesma função sintática.

33. (CEBRASPE / PC-MA / ESCRIVÃO / 2018)


Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e mais casos de assédio sexual em
ambientes profissionais — como os que envolvem produtores e atores de cinema—, no Brasil, o
número de processos desse tipo caiu 7,5% entre 2015 e 2016.
Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no
trabalho, considerando-se só a primeira instância.
Os números mostram que o tema ainda é tabu por aqui, analisa o consultor Renato Santos,
que atua auxiliando empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As pessoas não falam por
medo de serem culpabilizadas ou até de represálias”.
Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir corrupção nas corporações já recebem
queixas de assédio e ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele, “o anonimato ajuda, já
que as pessoas se sentem mais protegidas para falar”.
A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um superior sobre um subordinado para
tentar obter vantagem sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há crime, embora
tal comportamento possa dar causa a reparação por dano moral.
No texto, o trecho “4.040 ações judiciais sobre assédio sexual no trabalho” (L. 4) tem a mesma
função sintática de
A) ‘por medo de serem culpabilizadas’ (L.7-8).
B) “mais e mais casos de assédio sexual” (L. 1).
C) ‘mais protegidas para falar’ (L. 11).
D) “chantagem de um superior sobre um subordinado” (L. 12).
E) “queixas de assédio” (L.9-10).

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 63


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

34. (CEBRASPE / EMAP / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


Destaca-se como a principal diferença o efeito que cada instrumento busca neutralizar
O sujeito da oração iniciada por “Destaca-se” é indeterminado, portanto não está expresso.

35. (CEBRASPE / IHBDF / 2018)


Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar a atual Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João Goulart, então recém-alçado à
presidência do país sob o arranjo do parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira.
No texto CG2A1DDD, o termo “a primeira LDB brasileira” exerce a função sintática de
A) sujeito. B) predicado. C) objeto direto. D) objeto indireto. E) adjunto adverbial.

36. (CEBRASPE / IFF / 2018)


Vi terras por onde andaram os dozes pares de França, os heróis do meu Carlos Magno, lido e
relido como história de Trancoso. Vi terras do sul, o mar Mediterrâneo, o mar da história, o mar
dos gregos, dos egípcios, dos fenícios, dos romanos.
Tendo em vista que, no texto CG1A1AAA, algumas expressões têm a função de acrescentar uma
explicação ao conteúdo de outras, julgue o item a seguir:
O trecho apresentado (“o mar da história, o mar dos gregos, dos egípcios, dos fenícios, dos
romanos”) é uma explicação do segundo — “o mar Mediterrâneo”.

37. (CEBRASPE / EBSERH / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)


Creio que o governo não é assim um negociante ganancioso que vende gêneros que possam
trazer a destruição de vidas preciosas; e creio que não é, porquanto anda sempre zangado com
os farmacêuticos que vendem cocaína aos suicidas. Há sempre no Estado curiosas contradições.
O sujeito elíptico da forma verbal “anda” retoma a expressão “um negociante ganancioso”.

GABARITO
1. INCORRETA
2. CORRETA
3. INCORRETA
4. CORRETA
5. CORRETA
6. INCORRETA
7. INCORRETA
8. INCORRETA
9. INCORRETA
10. INCORRETA

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 64


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins


Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 06

11. INCORRETA
12. INCORRETA
13. INCORRETA
14. CORRETA
15. INCORRETA
16. LETRA A
17. INCORRETA
18. INCORRETA
19. LETRA E
20. INCORRETA
21. INCORRETA
22. INCORRETA
23. INCORRETA
24. INCORRETA
25. LETRA C
26. LETRA E
27. CORRETA
28. INCORRETA
29. INCORRETA
30. CORRETA
31. INCORRETA
32. INCORRETA
33. LETRA B
34. INCORRETA
35. LETRA C
36. CORRETA
37. INCORRETA

PETROBRAS - Língua Portuguesa (Pós-Edital) 65


www.estrategiaconcursos.com.br 66

08669842750 - Jan Keleson Remidio Martins

Você também pode gostar