Noções de Direito Administrativo Estratégia - Aula 03

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Aula 03

Noções de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico do Seguro Social - Com videoaulas

Professor: Daniel Mesquita

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AULA 03: Serviços públicos.

SUMÁRIO

1) INTRODUÇÃO À AULA 03 2

2) SERVIÇOS PÚBLICOS 2

2.1. INTRODUÇÃO E CONCEITO 2


2.2. COMPETÊNCIA 5
2.3. CLASSIFICAÇÃO 7
2.4. REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE 11
2.5. REQUISITOS DO SERVIÇO PÚBLICO (PRINCÍPIOS) 13
2.6. FORMAS E MEIOS DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO 14
2.7. CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 15
2.7.1. DEFINIÇÕES E ASPECTOS GERAIS 15
2.7.2. LICITAÇÃO PRÉVIA À CELEBRAÇÃO DOS CONTRATOS 25
2.7.3. PRAZO 26
2.7.4. RESPONSABILIDADE 26
2.7.5. DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO USUÁRIO 28
2.7.6. EXTINÇÃO DA CONCESSÃO OU PERMISSÃO 29
2.8. PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS 45
2.8.1. INTRODUÇÃO, CONCEITO E MODALIDADES 45
2.9. AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 47

3) RESUMO 56

4) QUESTÕES 58

5) REFERÊNCIAS 79

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1)Introdução à aula 03

Que bom que você veio para nossa aula 03 de direito


administrativo, do curso preparatório para Técnico de Seguro Social do
INSS.
Nesta aula 03 abordaremos: “7. Serviços públicos: noções
fundamentais sobre delegação, concessão, permissão e autorização.”.
Não se engane, com base nos “conceitos” o examinador pode
cobrar, por exemplo, a diferença entre a concessão prevista na lei nº
8.987/95 e as parcerias público-privadas. Por isso, abordaremos
também este tema nesta aula.
Separei as melhores questões de concurso para que você não se
surpreenda na hora da prova.
Num concurso como este, a matéria é muito extensa. Não há como
você ler a matéria hoje e apreender tudo até no dia da prova. Por isso,
programe-se para ler os resumos na semana que antecede a prova.
Lembre-se: o planejamento é fundamental.
Chega de papo, vamos a luta!

2) Serviços Públicos

2.1. Introdução e conceito

Para iniciar o estudo sobre serviços públicos, importante destacar


que a Constituição Federal de 1988, em seu art. 175, atribui
expressamente ao Poder Público a titularidade para a prestação de
serviços públicos.

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Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou


sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a
prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de
serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua
prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e
rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado

Note que a prestação do serviço público pode ser executada de


maneira DIRETA (pela própria Administração Pública Direta ou Indireta)
ou INDIRETA (por particulares, mediante delegação, por meio de
concessão ou permissão). No caso da execução indireta, é obrigatória
licitação prévia.
ATENÇÃO!!! A titularidade na prestação de um serviço
público é intransferível, ou seja, nunca sai das mãos da
Administração Pública. O que pode ser transferido aos
particulares é a execução do serviço público, mas nunca a
titularidade.
A Lei nº 8.987/95 é o diploma normativo específico que regula a
forma pela qual o Estado transfere a prestação de serviço público para o
setor privado, mediante delegação (concessão e permissão).
É possível a delegação de serviços públicos mediante autorização?
Sim, em hipóteses excepcionais (ex: telecomunicações).
Sem prejuízo do disposto anteriormente, que descreve a regra
geral dos serviços públicos no Brasil, há atividades que devem ser
prestadas como serviços públicos pelo Estado, sem intuito de lucro, mas
também podem ser exercidas complementarmente pelo setor privado
por direito próprio, como serviços privados, sem adotar o regime de
delegação.

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Essa situação peculiar é própria de atividades pertinentes aos
direitos fundamentais sociais (exs: educação e saúde). Nesse caso, a
titularidade dos serviços públicos não é exclusiva do poder público.
Já podemos abordar, nesse momento, o conceito de serviço
público.
Apesar de não haver essa definição na Constituição ou nas leis,
convém registrar, preliminarmente, que a expressão “serviço público”
pode ser empregada em um sentido subjetivo, referindo-se ao conjunto
de órgãos e entidades que desenvolvem atividades administrativas, ou
em um sentido objetivo, quando trata de determinada coleção de
atividades. Para o nosso estudo, interessa apenas o sentido objetivo.

Para o sentido objetivo, prevalece o conceito formal que considera


serviço público qualquer atividade de oferecimento de utilidade material
à coletividade, desde que, POR OPÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO,
essa atividade deva ser desenvolvida sob regime de Direito Público.

ATENÇÃO!!! Segundo entendimento doutrinário dominante,


o Brasil filia-se à corrente formalista.

Por fim, para entender melhor onde se localiza o serviço público na


atividade estatal, veja o esquema
abaixo:

Atividade
LEGISLATIVA
ESTADO SERVIÇOS PÚBLICOS (ativ. prestacionais)
Atividade
Fomento (estímulo no setor econômico)
ADMINISTRATIVA
Polícia (restrição de direitos)

Atividade Intervenção (restrição de propriedade)


JUDICIÁRIA

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2.2. Competência

Os três entes federativos são competentes para a prestação de


serviços públicos, sendo essas competências discriminadas pela
Constituição. Para a repartição de competências, adotou-se o

Princípio da predominância do interesse.

As competências da União, matérias de interesse


predominantemente geral, são exclusivas (indelegabilidade a outros
entes federados) e taxativas.
O art. 21 da Constituição prevê a competência da União para
prestar diversos serviços públicos. Dentre os incisos desse artigo,
destacam-se os seguintes:

Art. 21. Compete à União:


X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou
permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá
sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros
aspectos institucionais;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia,
geologia e cartografia de âmbito nacional;
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e
018953

exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e


reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e
seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:

Contudo, o inciso mais importante do art. 21 é o XII. Leia, com


MUITA ATENÇÃO, esse dispositivo:

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Art. 21. Compete à União:


XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou
permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento
energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se
situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros
e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou
Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

Tenha sempre em mente que é a União quem tem a competência


para prestar os seguintes serviços:
 Postal;
 Correio aéreo nacional;
 Telecomunicações;
 Radiodifusão sonora e de sons e imagens;
 Instalações de energia elétrica;
 Navegação aérea;
 Transporte ferroviário e aquaviário entre portos;
 Portos;
 Transporte rodoviário interestadual e internacional.
CUIDADO, não caia na pegadinha: transporte rodoviário entre
municípios de um mesmo Estado não é de competência da União.
Com relação aos serviços postais, o STF declarou que o monopólio
dos Correios para prestar esses serviços foi recepcionado pela
Constituição (ADPF 46).
No tocante aos estados e ao DF, somente se encontra discriminada
a competência para exploração dos serviços locais de gás canalizado.
De resto, a eles pertence a competência remanescente ou residual, ou
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seja, a realização de todos os serviços não atribuídos à União nem de
interesse local dos municípios (matérias de interesse regional).
O STF já teve oportunidade de decidir que é da competência dos
Estados a exploração e a regulamentação do serviço de transporte
rodoviário intermunicipal de passageiros.
Os municípios possuem as competências relacionadas a seus
interesses locais, conforme preceitua o art. 30, CF. Exemplos: serviços
de coleta de lixo, de transporte coletivo urbano, de promoção da
proteção do patrimônio histórico-cultural, etc. O STF já decidiu que os
serviços funerários constituem serviços municipais.
Além disso, existem as competências comuns, arroladas no art. 23,
CF, em que deve haver atuação paralela de todos os entes federativos.
Exemplos: saúde, educação, assistência social, combate à pobreza e a
calamidades, proteção do meio ambiente, etc.

2.3. Classificação

Utilizando a natureza do serviço público como critério, não existe


consenso na doutrina ou na jurisprudência no que concerne à adoção de
uma classificação uniforme.
A classificação mais aceita é a que adota por critério os
destinatários do serviço público, classificando-o em: serviços gerais ou
uti universi e serviços individuais ou uti singuli. Essa distinção possui
relevância principalmente no âmbito tributário, uma vez que somente
os serviços prestados uti singuli podem ser fato gerador de taxas,
enquanto que os serviços uti universi devem ser custeados por
impostos e não por taxas nem tarifas.
Vejamos as principais características de cada espécie:
GERAIS OU UTI UNIVERSI INDIVIDUAIS OU UTI
SINGULI

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Prestados à coletividade ou Prestados de forma
postos à sua disposição, em individualizada a pessoas
caráter geral e em condições de específicas
igualdade
Usuários indeterminados e Número determinado ou
indetermináveis determinável de usuários
Serviços indivisíveis (não é Serviços divisíveis (passíveis
possível determinar-se quem os de utilização, separadamente, por
utiliza ou quanto é utilizado para cada um dos usuários e essa
cada um) utilização é mensurável)
Normalmente, são gratuitos, São divididos, medidos e
ou seja, não são cobrados do cobrados do usuário na proporção
usuário, pois são mantidos por de sua utilização. Podem ser
toda a sociedade remunerados pormeio de taxa
(prestação por ente público –
regime legal – é tributo) ou de
preços públicos (prestação por
particular delegado do Estado –
regime contratual – não é tributo)
Não há, necessariamente, Há relação jurídica entre o
relação jurídica específica com o usuário e o prestador (ex:
Estado contrato)
Exemplos: iluminação pública, Exemplos: coleta domiciliar
limpeza urbana, conservação de de lixo, fornecimento domiciliar de
logradouros públicos, policiamento água, gás, energia elétrica, serviço
urbano, garantia da segurança postal, telefônico, etc
nacional, estradas, saúde,
segurança

Por falar em impostos, taxas e tarifas, qual é a natureza jurídica do


valor cobrado em sua conta de luz ou de água?
O entendimento consagrado no STJ e no STF é no sentido de que a
sua conta de água ou luz cobra tarifa ou preço público. Vale ler o
seguinte trecho de julgado do STJ: “Este Tribunal Superior,
encampando entendimento sedimentado no Pretório Excelso, firmou
posição no sentido de que a contraprestação cobrada por
concessionárias de serviço público de água e esgoto detém natureza
jurídica de tarifa ou preço público” (ERESP 690609).
Outra classificação também mencionada no estudo do serviço
público é quanto à delegabilidade. O serviço público pode ser delegável
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ou indelegável. Em regra, os serviços são delegáveis, pois o Estado
pode transferir a execução do serviço a um particular, por meio da
concessão, permissão ou autorização. Há casos, contudo, que há a
indelegabilidade, como nos serviços que se traduzem na manifestação
do poder de polícia.
Com relação à autorização no exercício do poder de polícia quis
dizer aquela autorização que um comerciante, por exemplo, pede ao
poder público (à prefeitura) para abrir uma empresa, o famoso "alvará
de funcionamento". Ou então, aquela autorização também pedida pelo
cidadão à prefeitura para construir. Todas essas autorizações são dadas
no exercício do poder de polícia, pois representa um controle prévio de
legalidade (a loja só vai funcionar e a construção só poderá ser
realizada se preencherem todas as condições de segurança, de
localização etc. estabelecidas previamente em lei pelo Município).
Essa autorização difere da estudada nesta aula, pois aqui tratamos
de uma autorização para o exercício de um serviço público, como o
transporte público individual realizado por taxistas, por exemplo.
O poder de polícia, administrativo ou judiciário, não pode ser
delegado.
A última classificação que por vezes é cobrada em concursos é a
que subdivide o serviço público em próprio e impróprio.
Os serviços públicos próprios são aqueles que atendem as
necessidades básicas da sociedade e, por isso, o Estado presta esses
serviços diretamente (pela administração direta ou indireta) ou por
meio de empresas delegatárias (concessionárias e permissionárias). Ex:
fornecimento de água, energia elétrica, tratamento de esgoto etc.
O impróprios são aqueles que atendem a necessidades da
coletividade, mas não é o Estado quem os executa (nem direta nem
indiretamente). Nesses serviços, o Estado apenas fiscaliza e
regulamenta a sua execução por entidades privadas (ex: instituições
financeiras, seguradoras etc.).

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Você percebeu que a classificação dos serviços públicos é tema
muito cobrado em provas, por isso, ESTUDE-O COM CARINHO.

Questões de
concurso

1. (FCC – 2014 – Prefeitura de Cuiabá – MT – Procurador


Municipal) Determinado Município, visando promover prestação mais
eficiente de serviço municipal de coleta de lixo domiciliar, edita lei
específica, por meio da qual cria empresa pública dedicada ao referido
serviço, antes praticado por órgão municipal. No caso houve:
a) concentração de um serviço uti possidetis.
b) desconcentração de um serviço uti universi.
c) descentralização de um serviço uti universi
d) descentralização de um serviço uti singuli.
e) desconcentração de um serviço uti singuli.

Conforme vimos anteriormente, quando a prestação de serviço for


para usuários determinados, tal prestação será considerada uti singuli,
o que é o caso da coleta de lixo municipal.
Resta agora saber se será desconcentração ou descentralização. No
caso mencionado, haverá a descentralização do serviço, pois houve o
deslocamento do serviço público para empresa pública.

Gabarito: letra “d”.

2. (FCC – 2014 – TRT - 18ª Região (GO) – Juiz do Trabalho)


Serviço público de natureza exclusiva e, no tocante ao regime de
prestação, deve ser classificado como uti universi. Refere-se ao serviço
a) Educacional.
b) De fornecimento de energia.

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c) Postal.
d) De limpeza dos logradouros públicos.
e) De atendimento à saúde.

São considerados serviços uti universi aqueles prestados a usuários


indeterminados e indetermináveis. Conforme se verifica no caso, a
única assertiva que corresponde à serviço uti universi é a de limpeza
dos logradouros públicos.
Gabarito: letra “d”.

2.4. Regulamentação e controle

Muitos exercícios ajudam você a fixar a matéria.


Vamos juntos, pois se você parar, você vai ser atropelado pelo
caminhão de gente que está, nesse momento, estudando nas
bibliotecas!
Passemos agora ao estudo da regulamentação dos serviços
públicos.
Essa regulamentação é promovida pelo Estado com a edição das
leis necessárias ao estabelecimento das condições e diretrizes gerais de
sua prestação, bem como a edição dos atos administrativos infralegais
destinados a regulamentar e dar fiel execução a essas leis.
Veja bem: mesmo os serviços públicos delegados aos particulares
são regulados pelo Estado, pois este não perde a titularidade do
serviço.
A competência para regulamentar é sempre do ente federado a que
a Constituição atribui a titularidade do serviço.
Já o controle dos serviços públicos deve ser exercido pela própria
administração pública, pela população em geral, bem como pelos
órgãos incumbidos de tutelar interesses coletivos e difusos (exs: MP,
órgãos de defesa do consumidor).

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No caso dos serviços públicos, o dever de controle por parte da
Administração é ainda mais necessário, uma vez que os serviços
públicos devem ser adequados, eficientes e contínuos, por interessarem
diretamente à população.
Não podemos encerrar este ponto sem mencionar as modalidades
de fiscalização (parágrafo único do art. 30 da Lei nº 8.987/95):

1. Fiscalização PERMANENTE: realizada por intermédio de


órgão técnico do poder concedente ou por entidade com ele conveniada,
nos moldes da ordinariamente prevista para os contratos
administrativos em geral; e
2. Fiscalização PERIÓDICA: realizada periodicamente, de
acordo com norma regulamentar, por comissão composta de
representantes do poder concedente, da concessionária e dos usuários
(comissão tripartite).
Por fim, a lei informa que é assegurado a qualquer pessoa a
obtenção de certidão sobre atos, contratos, decisões ou pareceres
relativos à licitação ou às próprias concessões e permissões de serviços
públicos. O dispositivo não exige que o requerente seja usuário nem
que demonstre interesse pessoal (art. 22 da Lei 8.987/95).

ATENÇÃO!!! Lembre-se que as concessões e permissões são


espécies de contratos administrativos, sujeitando-se, portanto,
às cláusulas peculiares, que conferem à
exorbitantes01008991538
Administração uma posição de supremacia na relação
contratual, com prerrogativas próprias de Direito Público, como
a possibilidade de rescisão unilateral do contrato.

Não se esqueça, também, que é possível o ato ou fato lesivo ser


apreciado pelo Poder Judiciário, que anulará os atos ilegais ou ilegítimos
e ainda determinará a reparação dos danos eventualmente suportados
pelos usuários ou pela Administração.

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Por fim, vale mencionar que, atualmente, o contrato de concessão
pode prever o emprego de mecanismos privados (p. ex: arbitragem)
para a solução de disputas relacionadas ao contrato.

2.5. Requisitos do serviço público (Princípios)

Segundo prevê o art. 6º da Lei nº 8.987/95, toda prestação de


serviço público deve assegurar aos usuários um serviço ADEQUADO. A
lei estabeleceu alguns requisitos mínimos para que o serviço seja
considerado adequado.

Tão grande a importância desses requisitos que a doutrina os


eleva à categoria de princípios da prestação dos serviços públicos.
Vamos a eles:

1. Regularidade: obediência a um padrão de qualidade. Os


serviços públicos devem funcionar de acordo com um conjunto de
normas previamente previsto (controle de qualidade), que se
encontram em lei ou contrato de prestação de serviços
2. Continuidade (ou permanência): a regra é que o serviço
público não pode ser interrompido/paralisado sem justa causa, por visar
a satisfação do bem-estar social.
MUITA ATENÇÃO!!!

Existem 3 formas de paralisação que não violam esse princípio:

ł Situações emergenciais, independente de aviso prévio. Ex: caiu


um raio e o serviço de energia foi interrompido

ł Necessidades técnicas, após aviso prévio. Ex:


limpeza/manutenção de postes de energia elétrica

ł Falta de pagamento do usuário, após aviso prévio (no caso de


serviços públicos “uti singuli”. O STJ autorizou a concessionária a
interromper o fornecimento do serviço de energia elétrica em razão do

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não pagamento, mediante aviso prévio (AG 1200406 – AgRg). A Corte
Superior, contudo, observando o princípio da continuidade do serviço
público, não autoriza o corte de energia elétrica em unidades públicas
essenciais, como em escolas, hospitais, serviços de segurança pública
etc. (ERESP 845982).

3. Eficiência: o serviço público deve funcionar segundo padrões


mínimos de eficiência
4. Segurança: o serviço público deve ser prestado de modo a
não oferecer riscos ou prejuízos à coletividade
5. Atualidade: o serviço público deve ser prestado com
equipamentos e técnicas modernas/atualizadas e por pessoal
devidamente habilitado
6. Generalidade: deve ser assegurado o atendimento sem
discriminação a todos os que se situem na área abrangida pelo serviço,
efetivamente ou potencialmente, desde que atendam a requisitos gerais
e isonômicos
7. Cortesia na prestação: deve-se tratar as pessoas com
urbanidade durante a prestação do serviço público
8. Modicidade das tarifas: quando o serviço público é prestado
por particular, ele precisa ser remunerado mediante tarifa. A tarifa deve
ser equilibrada/razoável (remuneração/satisfação do prestador dos
serviços e não exorbitante para o usuário), vedada a obtenção de lucros
extraordinários. Os contratos poderão prever mecanismos de revisão
das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro.

2.6. Formas e meios de prestação do serviço público

Os serviços públicos podem ser prestados de forma: (a) DIRETA (a


própria Administração presta); (b) INDIRETA (o serviço é prestado por
particulares, que, mediante delegação do poder público, são
responsáveis por sua mera execução); (c) CENTRALIZADA (o serviço é

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prestado pela Administração Direta, ex: Delegacia da Polícia Federal);
(d) DESCENTRALIZADA (o serviço é prestado por pessoa diferente do
ente federado a que a Constituição atribui a titularidade do serviço, seja
por entidade da Administração Indireta, seja por particular, mediante
concessão, p.ex.).

Por fim, fala-se, ainda, em prestação (e) DESCONCENTRADA,


hipótese em que o serviço é executado por órgão, com
competência específica para prestá-lo, integranteda estruturada
pessoa jurídica que detém a titularidade do serviço.

Agora vamos entrar em um importante e interessante tema, não só


dos serviços públicos, mas do direito administrativo como um todo.

Vamos em frente!

2.7. Concessão e permissão de serviço público

2.7.1. Definições e aspectos gerais


Como já visto anteriormente, a Lei nº 8.987/95 é a lei de normas
gerais sobre os regimes de concessão e permissão de serviços públicos.
Ela é um ato normativo de caráter nacional, ou seja, aplicável à União,
aos estados, ao DF e aos municípios. Os diversos entes federados
podem editar leis próprias acerca de concessões e permissões
pertinentes a suas esferas de competência, desde que não contrarie as
normas gerais.

E quais são as diferenças entre concessão e permissão de serviço


público?

Com base no art. 2º, II, da Lei nº 8.987/95, concessão de serviço


público é o contrato administrativo por meio do qual o Estado transfere
a uma pessoa jurídica ou a um consórcio de empresas, mediante
licitação na modalidade de concorrência, a prestação de um serviço

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público e o contratado aceita prestá-lo em seu nome, por sua conta e
risco e por prazo determinado, sendo remunerado por tarifa paga pelo
usuário final.

Já segundo o inciso IV do mesmo dispositivo, permissão de serviço


público é a delegação feita a pessoa jurídica ou pessoa física que
demonstre condições de prestação em licitação pública (não há
exigência legal de uma modalidade específica), formalizada mediante
contrato de adesão, precário e revogável unilateralmente pelo Poder
Público.

ATENÇÃO!!! Existem 2 tipos de permissão: o ato administrativo


(ex: permissão de uso de bem público) e o contrato
administrativo (para outorga de serviço público). Estamos
tratando do segundo tipo.

Destacam-se algumas diferenças existentes entre a concessão e a


permissão de serviços públicos:

CONCESSÃO PERMISSÃO
ł Outorgada a pessoa jurídica ł Outorgada a pessoa jurídica ou
ou consórcio de empresas pessoa física
ł Contrato estável, ou seja, só ł Contrato precário, ou seja,
se desfaz em casos específicos pode ser revogado
previstos em lei unilateralmente pelo poder
concedente
ł A modalidade de licitação é ł Não há determinação legal de
018953
a concorrência modalidade específica de
licitação
ł Delegação de serviços de ł Delegação de serviços mais
maior complexidade (grandes simples (pequenos
investimentos) investimentos)
Vamos ver como isso cai em concurso?

Questões de
concurso

3. (FCC – 2014 – TRT 2ª Região – Analista Judiciário) Os


serviços públicos podem ser prestados direta ou indiretamente pelo

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Poder Público, respeitadas a titularidade e competência previstas na
legislação pertinente. Dentre a possibilidade de execução indireta do
serviço público por determinado ente está a outorga de:

a) permissão de serviço público, contrato que delega ao privado


execução do serviço público e, caso também tenha transferido a
titularidade, permite o exercício do poder de polícia antes competência
do Poder Público.

b) permissão de serviço público, cuja natureza contratual permite a


delegação de titularidade e execução das atribuições típicas do ente
político.

c) concessão de serviço público, contrato que estabelece as


atribuições e condições da prestação do serviço, cabendo ao contratado
o desempenho adequado do mesmo e a responsabilidade pelo risco do
negócio.

d) concessão de serviço público, ato que transfere ao privado a


competência para o adequado desempenho das atribuições,
responsabilizando-se o Poder Público, no entanto, integralmente pelo
risco do negócio.

e) autorização de serviço público, contrato que delega ao privado


execução do serviço público e, caso também tenha transferido a
titularidade, permite o exercício do poder de polícia antes competência
do poder público.

Pessoal, com base no art. 2º, II, da Lei nº 8.987/95, concessão


de serviço público é o contrato administrativo por meio do qual o
Estado transfere a uma pessoa jurídica ou a um consórcio de empresas,
mediante licitação na modalidade de concorrência, a prestação de
um serviço público e o contratado aceita prestá-lo em seu nome, por
sua conta e risco e por prazo determinado, sendo remunerado por
tarifa paga pelo usuário final.

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Gabarito: C

4. (FCC-2013- TRT 1 Região- Analista Judiciário- Área


Judiciária) Não dispondo de recursos financeiros, o Poder Público
pretende delegar a execução material de serviço público de sua
titularidade a particular para que ele possa explorá-lo e dele se
remunerar. De acordo com o ordenamento jurídico vigente, o poder
público pode

a) firmar contrato de concessão de serviço público, precedido de


licitação.

b) outorgar a titularidade do serviço público por meio de ato


normativo, precedido de licitação.

c) editar decreto transferindo a concessão do serviço público ao


particular, independentemente de licitação.

d) celebrar convênio para trespasse da exploração do serviço


público, precedido de licitação.

e) celebrar contrato de permissão de serviço público, declarando-se


prévia inexigibilidade de licitação.

Vejamos, item por item:

A alternativa “a” está correta, uma vez que o Estado possui a


titularidade do serviço público, podendo delegá-lo por meio de
concessão, sempre pela modalidade licitatória de concorrência.

A alternativa “b” está errada pelo fato de a descentralização por


outorga legal só poder ocorrer por lei que institua a entidade ou
autorize sua criação, não podendo ser por licitação.

A alternativa “c” está incorreta por falar “independentemente de


licitação”, sendo que, como vimos, esta é obrigatória.

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Na alternativa “d” o erro está no fato de que a descentralização por
colaboração poder se dar por concessão, permissão ou autorização para
prestação do serviço.

Por fim, a alternativa “e” fala da inexigibilidade de licitação, porém


vimos que está sempre deverá ocorrer em se tratando de contrato de
permissão de serviço público.

Gabarito: Letra “a”.

5. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) A


concessão de serviço público, disciplinada pela Lei Federal no 8.987/95,
constitui

a) ato do Poder Público que transfere à pessoa jurídica distinta a


titularidade de determinado serviço público, que passará a executá-lo
em seu próprio nome.

b) contrato administrativo por meio do qual a Administração


Pública, mantendo-se titular de determinado serviço público, delega ao
concessionário a execução do mesmo, compreendendo a remuneração
paga diretamente pelo usuário, por meio da cobrança de tarifa.

c) contrato administrativo do Poder Público que transfe- re a


pessoa jurídica de direito público ou privado a titularidade de
determinado serviço público, que passará a executá-lo em seu próprio
nome.

d) ato administrativo de delegação de titularidade e execução de


serviço público, compreendendo a remuneração paga diretamente pelo
usuário, por meio da cobrança de tarifa.

e) contrato administrativo que transfere à pessoa jurídica de direito


público distinta a titularidade de determinado serviço público, que

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passará a executá-lo remunerando-se diretamente da tarifa paga pelo
usuário.

Com base no art. 2º, II, da Lei nº 8.987/95, concessão de serviço


público é o contrato administrativo por meio do qual o Estado transfere
a uma pessoa jurídica ou a um consórcio de empresas, mediante
licitação na modalidade de concorrência, a prestação de um serviço
público e o contratado aceita prestá-lo em seu nome, por sua conta e
risco e por prazo determinado, sendo remunerado por tarifa paga pelo
usuário final.

Gabarito: Letra “b”.

6. (FCC- 2012- TST- Analista Judiciário- Área Judiciária) De


acordo com a legislação federal em vigor (Lei no 8.987/95), é uma
diferença entre concessão e permissão de serviço público

a) ser obrigatória a licitação para a primeira; e facultativa, para a


segunda.
b) ser a primeira contrato; e a segunda, ato unilateral.
c) ter a primeira prazo determinado; e a segunda, não comportar
prazo.
d) voltar-se a primeira a serviços de caráter social; e a segunda, a
serviços de caráter econômico.
e) poder a primeira ser celebrada com pessoa jurídica ou consórcio
de empresas; e a segunda, com pessoa física ou jurídica.
Conforme visto na tabela acima, no decorrer da aula, a concessão
pode ocorrer entre pessoa jurídica e consórcio de empresas, enquanto a
permissão pode ocorrer entre pessoa física ou jurídica, logo a
alternativa correta é a “e”.
Gabarito: Letra “e”.

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7. (FCC- 2012- PGM/João Pessoa/PB- Procurador Municipal) No
tocante ao regime das concessões comuns de serviços públicos, a Lei
Federal no 8.987/95
a) assegura, em igualdade de condições, preferência à proposta
apresentada por empresa brasileira.
b) admite a interrupção dos serviços a cargo da concessionária,
apenas em caso de situação de emergência motivada por razões de
ordem técnica ou de segurança das instalações.
c) exige que, para concessão de um serviço tarifado, haja a
existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário.
d) impõe o reajuste da tarifa, sempre que houver alteração
unilateral do contrato que onere o concessionário.
e) estabelece como critérios mutuamente excludentes para
julgamento da licitação o menor valor da tarifa e a maior oferta pela
outorga da concessão.
Dentre as alternativas acima, temos que nos atentar ao disposto
no artigo 15, parágrafo 4º, da Lei 8.987/95, na qual afirma que será
dada preferência à proposta apresentada por empresa brasileira,
quando em igualdade de condições.
Gabarito: Letra “a”.

ATENÇÃO! A Lei nº 9.074/95, em seu art. 2º, tornou obrigatória a


edição de lei autorizativa para a execução indireta de serviços
públicos mediante concessão ou permissão, sendo aplicável a todos os
entes federativos. Ressalva-se dessa obrigação os serviços de
saneamento básico e limpeza urbana, bem como os serviços públicos
que a CF, as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas do DF e dos
municípios, desde logo, indiquem como passíveis de ser prestados
mediante delegação.

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O disposto no parágrafo 2º desse dispositivo é que pode derrubar
muita gente num concurso. Ele afirma que o transporte de cargas
pelos meios rodoviário e aquaviário independe de concessão,
permissão ou autorização.

Também o parágrafo 3º contém previsão que representa uma


“poça de óleo no percurso do concursando” – CUIDADO! Ele prevê que
independem de concessão ou permissão os seguintes transportes:
aquaviário de passageiros, que não seja realizado entre portos
organizados; rodoviário e aquaviário de pessoas, realizado por
operadoras de turismo no exercício dessa atividade; e de pessoas,
em caráter privativo de organizações públicas ou privadas, ainda
que em forma regular.

Questões de
concurso

8. (FCC/2013/TCE-SP/Auditor do Tribunal de Contas)


Determinado município pretende outorgar à iniciativa privada a
prestação de serviço público de transporte de passageiros em linhas de
ônibus. Considerando a disciplina legal da matéria, a prestação do
serviço por entidades privadas
a) somente é admitida sob regime de concessão, com prazo
determinado, precedida de lei específica e licitação na modalidade
concorrência.
b) depende de lei específica, autorizando a transferência da
titularidade do serviço à iniciativa privada.
c) é admitida sob o regime de concessão, em caráter precário, ou
por permissão, quando ensejar subsídio do poder concedente.
d) somente é admitida em caráter subsidiário e precário, mediante
permissão ou autorização.

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e) é admitida sob o regime de concessão ou permissão, precedida,
em qualquer caso, de licitação.
De acordo com o art. 175 da Constituição Federal, “incumbe ao
Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação
de serviços públicos”.
Gabarito: Letra “e”.

9. (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário -


Área Judiciária) Entende-se por permissão de serviço público a
a) expedição de ato unilateral, discricionário e precário, em favor
de pessoa jurídica ou física que comprove formalmente perante o poder
concedente, a sua plena capacidade para a prestação do serviço.
b) transferência através de contrato por prazo determinado e
prévia licitação, na modalidade concorrência, celebrado pelo poder
concedente com a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, que tenha
demonstrado capacidade para a sua prestação, por sua conta e risco.
c) outorga mediante ato unilateral e precário, expedido pelo poder
público à pessoa física ou jurídica que tenha demonstrado no decorrer
do procedimento licitatório, capacidade para a prestação do serviço, por
sua conta e risco.
d) contratação mediante ato administrativo discricionário e
precário, sem necessidade de realização do certame licitatório, de
pessoa jurídica que comprove plena capacidade para a execução do
serviço.
e) delegação a título precário, mediante contrato de adesão e
prévia licitação, objetivando a prestação de serviço público, formalizado
entre o poder público e a pessoa física ou jurídica que tenha
demonstrado, no procedimento licitatório, capacidade para a sua
prestação.

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Como estudamos, a permissão de serviço público é a delegação
feita a pessoa jurídica ou pessoa física que demonstre condições de
prestação em licitação pública (não há exigência legal de uma
modalidade específica), formalizada mediante contrato de adesão,
precário e revogável unilateralmente pelo Poder Público.

Gabarito: E

10. (FCC- 2013- MPE/SE- Analista- Direito) O Município de


Aracajú pretende delegar à iniciativa privada a prestação do serviço
municipal de transporte coletivo de passageiros. Após estudos técnicos
e econômico-financeiros, resolveu fazê-lo por meio de concessão
comum de serviço público, disciplinada pela Lei no 8.987/1995. Para
tanto, é necessário, entre outras providências,

a) realizar procedimento licitatório, em qualquer modalidade,


havendo, no entanto, necessidade de justificar a escolha.
b) realizar procedimento licitatório, na modalidade concorrência,
com participação restrita a pessoas jurídicas.
c) realizar procedimento licitatório, na modalidade concorrência, do
qual poderão participar pessoas físicas e pessoas jurídicas.
d) firmar contrato escrito, por prazo determinado, não sendo
obrigatória a realização de licitação, por se tratar de concessão, não de
permissão de serviços públicos.
e) firmar contrato escrito, por prazo determinado, sendo
obrigatória a realização de procedimento licitatório, na modalidade
leilão.
Dispõe o artigo 2o, inciso II, da Lei 8.987/95:
Art.2º: Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita
pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de
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concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que


demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e
por prazo determinado;
Logo, ao analisarmos a letra da Lei, a alternativa “b” é a única
adequada ao texto legal.
Gabarito: letra “b”.

2.7.2. Licitação prévia à celebração dos contratos


Conforme preceitua o art. 175, CF, as concessões e as permissões
de serviço público devem SEMPRE ser precedidas de licitação, sob o
regime geral da Lei nº 8.666/93.

ATENÇÃO!!! Não têm aplicação às concessões e permissões de


serviço público quaisquer normas legais que legitimem
celebração de contratos administrativos sem licitação prévia, a
exemplo das hipóteses de dispensa e de inexigibilidade de
licitação.

As concessões, como vimos, devem ser precedidas de licitação na


modalidade concorrência. Entretanto, não existe algum critério de
julgamento que deva ser considerado preferencial.

O art. 16 da Lei 8.987/95 estabelece como regra geral a


ausência de exclusividade na outorga de concessão ou permissão,
salvo se for técnica ou economicamente inviável a coexistência de duas
ou mais concessões ou permissões para o mesmo serviço,
fundamentadamente demonstrado no ato que precederá o edital de
licitação.

Na regra geral das licitações é que primeiro ocorre a fase de


habilitação (= a Administração avalia a documentação e diz se aquele
interessado preenche os requisitos – fiscais, de contabilidade, de
capacidade técnica, etc. – para contratar com o poder público) e depois
o julgamento (melhor proposta).

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No art. 18-A da Lei 8.987/95, fica autorizado que o edital
estabeleça a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento,
de forma similar ao que ocorre na modalidade de licitação chamada
pregão.

Por fim, há cláusulas essenciais que devem constar do contrato de


concessão ou permissão. Elas estão no art. 23 da Lei nº 8.987/95,
destacando-se a que possibilita a resolução de conflitos por arbitragem.

2.7.3. Prazo
Em regra, o contrato administrativo possui prazo de 12 meses. Na
concessão ou permissão, normalmente, o prestador dos serviços
públicos investiu em equipamentos para a prestação. Por isso, os prazos
dos contratos de concessão ou permissão de serviços públicos são
longos, podendo ser prorrogado uma única vez, se previsto no edital.

Não há previsão de prazos máximos ou mínimos na Lei nº


8.987/95.

ATENÇÃO!! Quanto às parcerias público-privadas, a duração do


contrato não pode ser inferior a 5 anos nem superior a 35 anos.

2.7.4. Responsabilidade
Inicialmente, indispensável a leitura do art. 37, § 6º, da
Constituição:

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras


de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.

A responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado


prestadoras de serviços públicos é objetiva, isto é, o indivíduo
lesado não precisa alegar que o ato que gerou o dano foi praticado com
dolo ou culpa, basta que ele prove que houve o dano e que este foi
praticado pela empresa que presta serviço público.
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Ademais, as concessões e as permissões de serviços públicos,
assim como ocorre com os demais contratos administrativos, são
celebradas intuitu personae. A regra geral prevista no art. 25, “caput”,
da Lei nº 8.987/95 é de que incumbe à concessionária a execução do
serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos
causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a
fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue
essa responsabilidade.

O §1º do dispositivo acima mencionado permite que a


concessionária ou permissionária, sem que isso afaste a sua
responsabilidade, contrate com terceiros o desenvolvimento de
atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço
concedido, bem como a implementação de projetos associados. Essa
faculdade diz respeito a contratos privados, firmados entre a
concessionária e uma pessoa privada, sem necessidade de
consentimento do poder público e sem qualquer participação deste na
celebração do contrato.

Questões de
concurso

11. (FCC/2011/TRT-20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área


Judiciária)

NÃO constitui característica da concessão de serviço público:

a) delegação contratual da execução do serviço.

b) necessidade de licitação.

c) responsabilidade subjetiva do concessionário.

d) permanecer o Poder Público sempre com a titularidade do


serviço.
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e) contratação intuitu personae.

A concessão de serviço público tem como características a


delegação da prestação de serviço público, sendo assim, o poder
público permanece com a titularidade do serviço. Outras características
são: deve ser sempre precedida de licitação, com o fim de celebrar o
contrato administrativo, que, por sua vez, deve ser cumprido pela
própria pessoa contratada, ou seja, intuitu personae.

Dessa forma, a alternativa que não corresponde com uma das


características da concessão de serviço público é a de letra “c”. Como
vimos, a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado
prestadoras de serviços públicos é objetiva, isto é, o indivíduo lesado
não precisa alegar que o ato que gerou o dano foi praticado com dolo
ou culpa.

Gabarito: Letra “c”.

2.7.5. Direitos e obrigações do usuário


O art. 7º da Lei nº 8.987/95 e outros dispositivos da lei
estabelecem sete direitos e dois deveres dos usuários:

 Receber serviço adequado (direito);


 As tarifas devem ser acessíveis aos usuários, podendo o poder
público, até mesmo, subvencionar o serviço para que o preço
reduza (direito);

 Receber do poder concedente e da concessionária informações


para a defesa de interesses individuais ou coletivos (direito);
 Obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre
vários prestadores de serviços, quando for o caso, observadas
as normas do poder concedente (direito);
 Levar ao conhecimento do Poder Público e da concessionária as
irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao
serviço prestado (direito);
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 Comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos
praticados pela concessionária na prestação do serviço
(direito);
 Ter à disposição no mínimo seis datas opcionais para escolher
os dias de vencimento de seus débitos (direito);
 Contribuir para a permanência das boas condições dos bens
públicos através dos quais lhes são prestados os serviços
(dever);
 Pagar as tarifas que remunerem o serviço público a eles
fornecido (dever).
CUIDADO – O SEU CONCORRENTE VAI ESCORREGAR:

O vínculo jurídico formado entre o prestador e o usuário do serviço


público enquadra-se como relação de consumo, razão pela qual pode
utilizar contra a concessionária ou permissionária, se necessário, as
normas de proteção trazidas pelo Código de Defesa do Consumidor.
Isso quer dizer que seria possível a restituição, pelo consumidor,
daquilo que foi pago à concessionária em razão de cobrança indevida.
Ocorre que o Superior Tribunal de Justiça vem entendendo que
essa restituição em dobro só seria possível nas hipóteses de cobrança
indevida por má-fé, abuso de direito ou culpa da concessionária.
Se houve cobrança em dobro em razão do de interpretação
equivocada de legislação estadual ou de simples engano justificável,
não há restituição em dobro (EREsp 1155827/SP, DJe 30/06/2011).

2.7.6. Extinção da concessão ou permissão


Chegamos, por fim, ao último aspecto das concessões e
permissões de serviços públicos: a sua extinção.
Extinta a concessão ou permissão, passam à propriedade do poder
concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos
à concessionária.

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As hipóteses de extinção da concessão ou permissão são as
seguintes:

Advento do termo contratual: É a forma ordinária de extinção da


concessão, ocorrendo quando chega ao fim o prazo estabelecido no
contrato. A concessionária tem direito a indenização quando os
investimentos que houver realizado nos bens reversíveis ainda não
tenham sido inteiramente depreciados ou amortizados. O poder
concedente deve promover os levantamentos e avaliações necessários à
determinação dos montantes da indenização que serádevida à
concessionária (art. 35, §4º).

Encampação (“assumir o que é seu”): É a retomada do serviço público


pelo poder concedente, durante o prazo da concessão, em razão de
interesse público e sem culpa do contratado. Para isso, deve
haver: (a) Lei autorizativa específica e (b) Prévia indenização em
dinheiro.

Caducidade (rescisão administrativa unilateral): É a retomada do


serviço público pelo poder concedente em razão de inadimplência
total ou parcial do concessionário. A concessionária deve ser
comunicada, antes da instauração do processo administrativo, dos
descumprimentos contratuais, com a estipulação de prazo para correção
das falhas. O poder concedente deve declarar a caducidade por
decreto. As falhas da concessionária que podem ensejar a caducidade
são: (a) serviço prestado de forma inadequada ou deficiente; (b)
descumprimento de cláusulas contratuais ou disposições legais; (c)
paralisação do serviço, ressalvado o caso fortuito e a força maior; (d)
perda dascondições econômicas, técnicas ou operacionais; (e)
descumprimento das penalidades impostas por infrações; (f) não
atendimento da intimação do poder concedente para regularizar a
prestação do serviço; (g) condenação em sentença transitada em
julgado por sonegação de tributos; (h) transferência de concessão ou

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do controle societário da concessionária sem prévia anuência do poder
concedente.

A lei assegura indenização à concessionária, abatendo-se o valor


das multas e encargos devidos à Administração.

Rescisão: Decorre do descumprimento de normas contratuais pelo


poder concedente e é sempre resultado de uma decisão judicial.
Nesse caso, os serviços prestados pela concessionária não poderão ser
interrompidos ou paralisados até a decisão judicial transitada em
julgado que reconheça o inadimplemento do poder concedente e
autorize a concessionária a considerar extinto o contrato pela rescisão.

ATENÇÃO!!! Nos contratos de concessão de serviços


públicos, é absoluta a inoponibilidade da exceção do contrato
não cumprido pela concessionária, ao contrário do que ocorre
nos demais contratos administrativos, em que o contratado só é
obrigado a suportar 90 dias de inadimplência da administração
pública, podendo, depois disso, paralisar a execução do
contrato.

Anulação: É a extinção do contrato em decorrência de ilegalidade ou


ilegitimidade. Pode ser declarada unilateralmente pelo poder
concedente ou pelo Judiciário, se houver provocação. Quem tiver dado
causa à ilegalidade deve ser responsabilizado. Aplica-se, no caso, o art.
59 da Lei nº 8.666/93:

Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera


retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria
produzir, além de desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar
o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for
declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não
lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

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Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou
incapacidade do titular, no caso de empresa individual: Essa hipótese
de extinção tem como fundamento a natureza pessoal dos contratos de
concessão ou permissão de serviços públicos.

Para memorizar:

Encampação => sem culpa do concessionário.

Caducidade => inadimplência total ou parcial do


concessionário.

Para que você não se perca nos estudos, veja como esse ponto
costuma cair em concursos:

Questões de
concurso

12. (FCC – 2014 – AL-PE – Analista Legislativo) O princípio da


continuidade do serviço público serve de fundamento para a

a) utilização compulsória de equipamentos, recursos humanos e


materiais da empresa contratada empregados na execução do contrato,
quando este tiver sido rescindido unilateralmente.

b) proibição do direito de greve de servidores públicos, prevista


inclusive na Constituição Federal.

c) proibição, em qualquer hipótese, de suspensão da execução do


contrato administrativo pelo particular.

d) regra legal da inexigibilidade de licitação nos casos de guerra ou


grave perturbação da ordem.

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e) exigência de permanência do servidor em serviço, ainda que
este preencha os requisitos para aposentadoria compulsória.

Pessoal, o princípio da continuidade fundamenta a utilização


compulsória de equipamentos, recursos humanos e materiais da
empresa contratada empregados na execução do contrato, quando este
tiver sido rescindido unilateralmente.

Gabarito: A

13. (FCC- 2013- TCE/SP- Auditor do Tribunal de Contas)


Empresa controlada pelo Estado, concessionária de serviço público de
geração de energia elétrica, com contrato de concessão celebrado ao
amparo das Leis Federais nos 8.987/95 e 9.074/95, considerou que a
tarifa estabelecida pelo Poder Concedente para vigorar na hipótese de
prorrogação do contrato de concessão não seria suficiente para
remunerar os custos de operação, manutenção, encargos setoriais e
amortizar os investimentos necessários à manutenção da atualidade dos
serviços. De acordo com a legislação mencionada, assegura-se à
concessionária o direito de optar por
a) não renovação da concessão com a indenização das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou
depreciados.
b) renovação automática, pelo prazo necessário à amortização dos
investimentos em bens reversíveis, ainda não amortizados.
c) retenção dos bens vinculados à concessão, cujos investimentos
não tenham sido indenizados.
d) ressarcimento dos custos com pessoal e manutenção vinculados
ao objeto da concessão.
e) encampação do serviço, até a integral recomposição dos
investimentos efetivamente comprovados e não amortizados.

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A reversão no advento do termo contratual ocorre com a
indenização das parcelas vinculadas a bens reversíveis, ainda não
amortizados ou depreciados, os quais tenham sido realizados com o
objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido,
conforme expõe o artigo 36 da Lei 8.987/95, portanto a empresa
concessionária do serviço público poderia optar por não renovar a
concessão, sendo indenizada quanto aos investimentos em bens
reversíveis.
Gabarito: Letra “a”.

14. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário) A


respeito dos princípios e regime jurídico aplicável ao serviço público é
correto afirmar que

a) o princípio da universalidade veda a exploração por regime de


concessão de serviços de natureza essencial.

b) a modicidade tarifária impõe a obrigação do poder concedente


de subsidiar a prestação de serviço público por concessionários ou
permissionários quando o mesmo se mostrar deficitário.

c) o princípio da universalidade e da igualdade dos usuários veda a


suspensão da prestação de serviço público por inadimplemento do
usuário.

d) o princípio da continuidade do serviço público impede a


Administração de encampar o serviço enquanto não selecionar, por
procedimento licitatório, nova concessionária ou permissionária.

e) o princípio da continuidade do serviço públicoimpede o


concessionário de rescindir unilateralmente o contrato no caso de
descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente,
devendo intentar ação judicial para esse fim.

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Veja que aqui o examinador cobrou os princípios, mas sem estudar
a extinção das concessões você não seria capaz de resolver essa
questão. Vamos a ela.

Como vimos, a rescisão decorre do descumprimento de normas


contratuais pelo poder concedente e é sempre resultado de uma
decisão judicial. Nesse caso, os serviços prestados pela
concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados até a
decisão judicial transitada em julgado que reconheça o
inadimplemento do poder concedente e autorize a concessionária a
considerar extinto o contrato pela rescisão.

Gabarito: Letra “e”.

15. (FCC- 2012- MPE/AL- Promotor de Justiça) No tocante à


concessão de serviços públicos, reversão é
a) a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo
da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa
específica e após prévio pagamento da indenização.
b) a perda da delegação do serviço em razão da inexecução parcial
ou total pelo concessionário, após processo administrativo em que lhe
tenha sido assegurada a ampla defesa.
c) o rompimento do ajuste, por iniciativa da concessionária, no
caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder
concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse
fim.
d) a incorporação, pelo poder concedente, dos bens necessários à
continuidade da prestação do serviço público, após a extinção do
contrato de concessão.
e) o direito atribuído ao proprietário expropriado de pleitear a
devolução de bens desapropriados pela concessionária que não foram
efetivamente utilizados para a prestação do serviço público.

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Reversão, ou termo contratual, é o término do prazo contratual, no
qual ocorre a reversão de todos os bens adquiridos à Administração,
sendo que os bens adquiridos pelo concessionário ainda não
amortizados ou depreciados devem ser indenizados, garantindo que o
concessionário não deixe de realizar os investimentos necessários ao
fim do período de concessão.
Gabarito: Letra “d”.

16. (FCC - 2012 - INSS - Técnico do Seguro Social) Em relação


à extinção do contrato de concessão é correto afirmar que

a) caducidade é a resilição unilateral antes de findo o prazo de


concessão, que se consubstancia na retomada do serviço pelo poder
concedente por razões de interesse público.
b) reversão é a resilição unilateral da concessão que se
consubstancia na retomada do serviço pelo poder concedente por
razões de interesse público.
c) encampação é a extinção unilateral da concessão por motivo de
inadimplemento contratual, não cabendo, portanto, indenização ao
concessionário pelos prejuízos que sofrer.
d) reversão é a rescisão unilateral da concessão por motivo de
inadimplemento contratual do concessionário, cabendo indenização pela
interrupção do contrato antes de findo seu prazo.
e) encampação é a retomada do serviço pelo poder concedente por
razões de interesse público, durante o prazo de concessão, mediante lei
autorizativa específica.
Você já sabe que, a Encampação (“assumir o que é seu”): É a
retomada do serviço público pelo poder concedente, durante o prazo da
concessão, em razão de interesse público e sem culpa do
contratado. Para isso, deve haver: (a) Lei autorizativa específica e (b)

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Prévia indenização em dinheiro. Dessa forma a letra “a”, “b” e “c”
estão erradas e a letra “e” está certa.
Quanto a reversão a lei fala que, reversão no advento do termo
contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos
vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados,
que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e
atualidade do serviço concedido, art. 36 da Lei 8.987/95.
Gabarito: Letra “e”.

17. (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça) Permissionário


de cantina localizada em estádio municipal obteve autorização do
Município para venda de bebidas alcoólicas no seu estabelecimento.
Todavia, sobreveio lei estadual proibindo a venda e o consumo de
bebidas alcoólicas nos estádios de futebol localizados em território
estadual. Dessa nova circunstância decorrerá a
a) anulação da autorização.
b) revogação da autorização.
c) superação da autorização.
d) caducidade da autorização.
e) cassação da autorização.

Essa é uma questão que pode causar confusão. Por isso resolvi
trazê-la! =) Percebam que se o candidato se prender aos conceitos de
serviço público isoladamente terá dificuldade em resolver a questão.
Direito administrativo é uma matéria interdisciplinar. Por isso, cuidado,
ok? Vamos direto ao ponto. Existe uma diferença entre a caducidade do
contrato e caducidade do ato administrativo. A questão não informa que
houve qualquer falha na prestação do serviço. Porém, houve a extinção
do ato pela superveniência de uma norma que lhe retira os efeitos.
Assim ocorrerá a caducidade do ato administrativo!

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Gabarito: D

18. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário -


Área Judiciária) Empresa concessionária de transporte público urbano
passou a prestar o serviço de forma deficiente, sem regularidade e
descumprindo obrigações contratuais. Diante dessa situação, o Poder
Concedente
a) poderá revogar a concessão, dada a sua natureza precária.
b) poderá encampar o serviço, com vistas a sua continuidade, sem
necessidade de lei autorizativa.
c) deverá decretar a intervenção, mediante autorização legal
prévia, com vistas a reestabelecer a regularidade dos serviços.
d) poderá declarar a caducidade da concessão ou aplicar as
sanções previstas no contrato de concessão.
e) poderá decretar a caducidade, desde que comprove razões de
interesse público determinantes para a retomada dos serviços.

Como já vimos, Caducidade é a retomada do serviço público pelo poder


concedente em razão de inadimplência total ou parcial do
concessionário. A caducidade será declarada e o poder concedente
poderá aplicar as sanções previstas no contrato.

Gabarito: D

19. (FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho) A


prestação de serviço público mediante regime de permissão
a) caracteriza a prestação do serviço público em regime precário,
nas situações em que o regime de concessão não seja viável em face da
ausência de sustentabilidade financeira da exploração mediante
cobrança de tarifa.

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b) é possível apenas em relação a serviços públicos não exclusivos
de Estado, também denominados impróprios, cuja exploração
econômica é facultada ao particular mediante autorização do poder
público.
c) independe de prévio procedimento licitatório, dado o seu
caráter precário e limita-se ao prazo máximo de 5 (cinco) anos.
d) somente é permitida para serviços de natureza não essencial,
sendo obrigatória, nos demais casos, a prestação direta pelo poder
público.
e) constitui delegação feita pelo poder concedente, a título
precário, mediante licitação, a pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

Como estudamos, a permissão de serviço público é a delegação


feita a pessoa jurídica ou pessoa física que demonstre condições de
prestação em licitação pública (não há exigência legal de uma
modalidade específica), formalizada mediante contrato de adesão,
precário e revogável unilateralmente pelo Poder Público. Portanto,
temos a letra E como gabarito.

Gabarito: E

20. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário - Área Judiciária)


Na concessão de serviço público, a rescisão unilateral por motivo de
inadimplemento contratual denomina-se
a) retrocessão.
b) encampação.
c) reversão.
d) caducidade.
e) adjudicação.

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Apenas para treinar! Já vimos essa questão várias vezes!
Novamente a banca cobrando a caducidade.
Gabarito: D

21. (FCC - 2011 - TCE-SE - Analista de Controle Externo -


Coordenadoria Jurídica) À retomada do serviço público pelo poder
concedente durante o prazo da concessão por motivo de interesse
público dá-se doutrinariamente o nome de
a) reversão.
b) encampação.
c) assunção.
d) caducidade.
e) desconstituição.

Como já estudamos, a encampação é a retomada do serviço


público pelo poder concedente, durante o prazo da concessão, em razão
de interesse público e sem culpa do contratado. Para isso, deve
haver: (a) Lei autorizativa específica e (b) Prévia indenização em
dinheiro.

Gabarito: B

22. (FCC/2011/TRT-14ª Região (RO e AC)/Analista Judiciário -


Área Judiciária) A permissão de serviço público
a) tem por objeto a execução de serviço público, razão pela qual a
titularidade do serviço fica com o permissionário.
b) é formalizada mediante contrato de adesão, precário e
revogável unilateralmente pelo poder concedente.

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c) pressupõe que o serviço seja executado pelo permissionário,
todavia, a responsabilidade por sua execução pertence a ele e ao poder
concedente.
d) não pode ser alterada a qualquer momento pela Administração.
e) independe de licitação, ao contrário do que ocorre na concessão
de serviço público.

A alternativa correta é a letra “b”, visto que, de acordo com o inc.


IV, do art. 2º, da Lei 8.987, a permissão de serviço público é “a
delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de
serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica
que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco”, ou seja, o contrato tem caráter temporário, deve ser precedido
de licitação e a responsabilidade por sua execução é apenas do
permissionário. Além do mais, pode ser revogado unilateralmente pelo
poder concedente e a transferência refere-se apenas à execução do
serviço público, e, não, à titularidade.

Gabarito: Letra “b”.

23. (FCC/2011/TCM-BA) Constitui uma forma de extinção do


contrato de concessão de serviços públicos a

a) caducidade, declarada pelo poder concedente em decorrência de


descumprimento de obrigação contratual ou falha na execução do
serviço, condicionada à autorização legislativa.

b) anulação, caracterizada pela retomada do serviço, antes do


prazo contratual, por razões de interesse público, precedida de
indenização ao concessionário.

c) encampação, caracterizada pela retomada forçada do serviço em


razão da falha na sua prestação, decretada judicialmente.

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d) intervenção, caracterizada pela retomada do serviço, por
descumprimento contratual ou razões de interesse público,
condicionada à indenização dos investimentos.

e) rescisão, pelo poder concedente ou pelo concessionário, este


último apenas por decisão judicial em função de descumprimento, pela
Administração, de normas contratuais.

O item “a” está errado, pois a declaração de caducidade não


pressupõe autorização legislativa.

O item “b” está errado, pois não são razões pura e simplesmente
de interesse público que levam à anulação, mas de vício na legalidade
do contrato.

A encampação depende de autorização legislativa. Por isso, o item


“C” está errado.

A intervenção, por sua vez, é o ato através do qual o Poder Público


interfere na execução do contrato para assegurar a adequada prestação
de serviço e o fiel cumprimento das normas contratuais,
regulamentares e legais pertinentes. Não é uma modalidade de
extinção, por isso o item D está errado.

Por fim, a rescisão, é o desfazimento do contrato promovido pelo


concessionário junto ao Poder Judiciário, durante o prazo de execução,
em face do descumprimento do contrato por parte do poder
concedente. A doutrina admite que o poder público também possa
promover a rescisão, fazendo-a unilateralmente, sem a necessidade de
se socorrer ao Judiciário, diante do princípio da supremacia do interesse
público. Desse modo, a resposta é a letra: “E”.

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24. (FCC - 2010 - TCE-RO – Procurador) Encampação e
caducidade constituem, ambas, hipóteses legais de extinção antecipada
do contrato de concessão de serviço público. Diferem, porém, em seus
pressupostos e consequências, sendo correto afirmar que
a) ambas dependem de autorização legislativa, porém apenas a
encampação assegura ao concessionário a indenização das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou
depreciados.
b) a encampação constitui prerrogativa do poder concedente,
enquanto a caducidade pode ser declarada tanto pelo poder
concedente, como pelo concessionário, na hipótese de descumprimento
de obrigações contratuais pela outra parte.
c) apenas a encampação pressupõe autorização legislativa
específica, enquanto a caducidade pode ser declarada pelo poder
concedente em caso de descumprimento total ou parcial do contato.
d) apenas a caducidade depende de autorização legislativa
específica, porém ambas exigem a prévia indenização das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou
depreciados, descontando-se, no caso de encampação, o valor das
multas aplicadas.
e) a caducidade pode ser declarada em função do interesse público
na retomada do serviço, enquanto a encampação pressupõe o
descumprimento, pelo concessionário, de obrigação contratual.

Vamos rever os conceitos?


A Encampação é a retomada do serviço público pelo poder
concedente, durante o prazo da concessão, em razão de interesse
público e sem culpa do contratado. Para isso, deve haver: (a) Lei
autorizativa específica e (b) Prévia indenização em dinheiro.
A Caducidade é a retomada do serviço público pelo poder
concedente em razão de inadimplência total ou parcial do

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concessionário. A concessionária deve ser comunicada, antes da
instauração do processo administrativo, dos descumprimentos
contratuais, com a estipulação de prazo para correção das falhas. O
poder concedente deve declarar a caducidade por decreto. A lei
assegura indenização à concessionária, abatendo-se o valor das multas
e encargos devidos à Administração.
Aí fica fácil, não é mesmo?
Gabarito: C

25. (FCC- MPE/AL- Promotor de Justiça) Permissionário de


cantina localizada em estádio municipal obteve autorização do Município
para venda de bebidas alcoólicas no seu estabelecimento. Todavia,
sobreveio lei estadual proibindo a venda e o consumo de bebidas
alcoólicas nos estádios de futebol localizados em território estadual.
Dessa nova circunstância decorrerá a
a) anulação da autorização.
b) revogação da autorização.
c) superação da autorização.
d) caducidade da autorização.
e) cassação da autorização.
Nas palavras de Alexandre Mazza, caducidade, ou decaimento,
consiste na extinção do ato por causa de sobrevinda de norma legal
proibindo situação anteriormente autorizada. Destarte, a autorização
para venda de bebidas alcoólicas no estádio municipal sofrerá a
caducidade.
Gabarito: Letra “d”

26. (FCC/ TCE-PR/ ANALISTA JURÍDICO/ 2011) No curso de


contrato de concessão de serviços públicos, a concessionária passou a
prestar os serviços de maneira deficiente, deixando de atender às

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normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade
dos serviços. Diante deste cenário, o poder concedente
a) está autorizado a proceder à encampação do serviço,
independentemente de prévia autorização legislativa.
b) poderá decretar a caducidade da concessão, precedida de
processo administrativo para verificação da inadimplência da
concessionária, assegurado o direito de ampla defesa.
c) poderá decretar a caducidade da concessão, condicionada ao
prévio procedimento de intervenção e quando deste não resultar a
regularização da prestação dos serviços.
d) deverá aplicar as multas previstas no contrato de concessão,
podendo declarar a caducidade apenas na hipótese de não pagamento
das mesmas pela concessionária.
e) poderá declarar a caducidade da concessão ou proceder à
encampação do serviço, em decorrência do inadimplemento da
concessionária, mediante prévio procedimento administrativo.
Nos termos do artigo 38 da Lei 8.987/95:
Art. 38: A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério
do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a
aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste
artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.
Portanto, trata-se de uma hipótese de caducidade, uma vez que a
concessionária passou a executar seus serviços de maneira deficiente,
configurando a inexecução parcial expressa no artigo.
Gabarito: Letra “b”.

2.8. Parcerias público-privadas

2.8.1. Introdução, conceito e modalidades

As parcerias público-privadas (PPP) são modalidades específicas de


contratos de concessão, instituídas e reguladas pela Lei nº

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11.079/2004. Assim, não esmoreça, guerreiro! Continue lendo este
tópico da aula para que você não seja surpreendido pelo examinador!
Já estamos na reta final de nossa aula!
As PPPs são definidas como o contrato administrativo por meio do
qual o Estado (“parceiro público”) e o concessionário (“parceiro
privado”) ajustam entre si a gestão, implantação e prestação de um
serviço público, mediante investimentos de grande vulto do parceiro
privado e uma contraprestação pecuniária do parceiro público, com
divisão de ganhos e perdas entre os parceiros, nas modalidades
concessão administrativa e concessão patrocinada.

ATENÇÃO!!! Aqui o Estado paga ao concessionário e ambos


dividem os riscos, totalmente diferente do que ocorre na
concessão comum.

E quais são as espécies de parcerias público-privadas? São elas:

1. Concessão PATROCINADA: semelhante à concessão comum,


porém envolve uma contribuição pecuniária adicional ao valor
da tarifa cobrada do usuário. O Estado patrocina a concessão,
complementando a remuneração. É utilizada quando o valor da
tarifa é insuficiente
2. Concessão ADMINISTRATIVA: é a concessão de serviços
públicos em que o Estado é o usuário direito ou indireto dos
serviços, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento
e instalação de bens. Ou seja, é uma concessão de serviços
públicos nos casos em que a cobrança de tarifa é impossível
(ponto de vista legal) ou inviável (ponto de vista fático),
assumindo o Estado o pagamento integral do concessionário
De acordo com um limite de recurso disponibilizado pelo Estado,
há necessidade de autorização legislativa específica. Se mais de 70% da
remuneração do parceiro privado for patrocinada pelo Estado, será
necessária uma lei autorizando a realização da PPP.

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IMPORTANTE: O art. 2º, §4º, da Lei nº 11.079/2004 dispõe que é
vedada a celebração de parceria público-privada:

1. cujo valor do contrato seja inferior a 20 milhões de reais;


2. cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 anos ou
superior a 35 anos; ou
3. que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra,
o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de
obra pública.
Convido vocês a analisarem com carinho o seguinte quadro, que
apresenta a diferença entre as 3 espécies de delegação de serviço
público na modalidade de concessão:

CONCESSÃO COMUM CONCESSÃO CONCESSÃO


PATROCINADA ADMINISTRATIVA
Delegação comum de Parceria público- Parceria público-
serviço público privada privada
Regida pela Lei nº Regida pela Lei nº Regida pela Lei nº
8.987/95 11.079/2004 11.079/2004
Cobrança de tarifa Valor de tarifa e Cobrança de tarifa
suficiente para quantidade dos impossível (ponto de
viabilidade do usuários insuficiente vista legal) ou
empreendimento para viabilidade total inviável (ponto de
do empreendimento vista fático)
Pagamento pelo Pagamento pelo Pagamento pelo
usuário usuário e pelo Estado
Estado

2.9. Autorização de serviço público

Esse é o último ponto desta aula!


Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, autorização de
serviço público é “o ato administrativo discricionário mediante o qual
é delegada a um particular, em caráter precário, a prestação de
serviço público que não exija elevado grau de especialização
técnica nem vultoso aporte de capital. (...) sendo o seu beneficiário

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exclusivo ou principal o próprio particular autorizado.” (Direito
Administrativo Descomplicado, 2010).

Importante lembrar de 2 elementos essenciais para


caracterizar a autorização:

1. É ato administrativo e não contrato administrativo


2. Não há exigência de licitação (interesse do próprio
autorizatário)
ATENÇÃO!! NÃO CONFUNDIR!!! O ato de polícia denominado
autorização não é instrumento de delegação, pois não diz
respeito a uma atividade de titularidade exclusiva do poder
público. Configura ato administrativo de controle prévio que
condiciona o exercício, pelo particular, de uma atividade
privada, regida pelo direito privado e aberta à livre iniciativa.

Questões de
concurso

27. (FCC – 2014 – SEFAZ-RJ – Auditor Fiscal da Receita


Estadual) A Administração celebrou contrato pelo qual ela própria é
usuária direta de um serviço. Esse contrato, com valor de R$ 30
milhões, prevê prazo de prestação de serviços de 8 anos. O serviço em
questão consiste em fornecimento de mão de obra, não havendo
nenhum aspecto de execução de obra. Nos termos da Lei nº
11.079/2004, que trata das parcerias público-privadas, esse contrato
a) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pela
conjugação dos elementos prazo e valor.
b) é enquadrado como concessão administrativa.
c) é enquadrado como concessão patrocinada.

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d) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois
tem por objeto exclusivamente fornecimento de mão de obra.
e) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois
não inclui nenhum aspecto de execução de obra.

Como vimos na aula, o art. 2º, §4º, da Lei nº 11.079/2004 dispõe


que é vedada a celebração de parceria público-privada:

- cujo valor do contrato seja inferior a 20 milhões de reais;


- cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 anos ou
superior a 35 anos; ou
- que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-
obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a
execução de obra pública.
Portanto, letra D é o gabarito.
Gabarito: D

28. (FCC - 2013 - PGE-BA - Analista de Procuradoria - Área de


Apoio Administrativo) No direito brasileiro, a parceria público-privada:
a) tem caráter contratual, podendo ser formalizada como
concessão comum, administrativa ou patrocinada, ou ainda como
consórcio ou associação pública.
b) dispensa formalização contratual, se houver lei específica que
lhe autorize expressamente a outorga do serviço público
c) constitui contrato de concessão, podendo ser na modalidade
administrativa ou patrocinada.
d) é contrato de consórcio ou de associação entre em- presas
privadas e o Estado, com vistas à prestação de um serviço público de
qualidade ou à realização de uma obra pública considerada de grande
vulto.
e) é exemplo de descentralização administrativa, integrando a
Administração pública indireta.

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Como vimos, as parcerias público-privadas (PPP) são modalidades


específicas de contratos de concessão, instituídas e reguladas pela
Lei nº 11.079/2004. São espécies de parcerias público-privadas:
concessão PATROCINADA e concessão ADMINISTRATIVA.

Gabarito: C

29. (FCC - 2013 - TCE-SP - Auditor do Tribunal de Contas) O


Estado pretende atribuir a particular a construção e operação de uma
nova linha de Trem Metropolitano. Os investimentos envolvidos são
vultosos, não sendo passíveis de cobertura apenas com a receita
tarifária oriunda da exploração do serviço. Outro aspecto importante é
que, em face da complexidade da obra, estima-se que a operação e o
consequente início da percepção da receita tarifária, somente ocorram
em cerca de cinco anos. O modelo contratual que se adéqua à situação
narrada é o de concessão

a) administrativa, com pagamento da contraprestação pelo Estado


na etapa de obras e receita tarifária auferida pelo privado na fase de
operação.
b) patrocinada, com possibilidade de Aporte do Estado, destinado
aos investimentos em bens reversíveis e contraprestação a partir da
disponibilização do serviço.
c) comum, precedida de obra pública, com percepção de receita
tarifária pelo parceiro privado, complementada por Aporte, na fase de
obras, e contraprestação na fase de operação.
d) patrocinada, admitindo-se o pagamento de contraprestação na
fase de operação, em caráter complementar à tarifa, vedado o Aporte
de recursos públicos antes da disponibilização dos serviços.

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e) patrocinada, tendo a Administração como usuária indireta do
serviço, a qual arcará integralmente com a remuneração do parceiro
privado, mediante o pagamento de contraprestação pecuniária.

Como estudamos, a concessão patrocinada é semelhante à


concessão comum, porém envolve uma contribuição pecuniária
adicional ao valor da tarifa cobrada do usuário. O Estado patrocina a
concessão, complementando a remuneração. É utilizada quando o valor
da tarifa é insuficiente. Portando é a modalidade que se enquadra no
caso descrito, certo?
Gabarito: B

30. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) Nos termos da


legislação em vigor sobre as parcerias público-privadas, a modalidade
de concessão de serviços públicos ou obras públicas, que envolver,
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, é denominada
concessão
a) comum.
b) administrativa.
c) ordinária.
d) tradicional.
e) patrocinada.

Novamente uma concessão cobrando a concessão patrocinada.


Portanto não façam confusão, ok? Quando a questão informar que será
necessária tarifa adicional cobrada dos usuários, contraprestação
pecuniária do parceiro público ao privado, teremos a concessão
patrocinada.
Gabarito: E

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31. (FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho) De
acordo com a Constituição Federal, incumbe ao Poder Público, na forma
da lei, a prestação do serviço público, podendo fazê-lo diretamente ou
sob o regime de concessão ou permissão. Quando o serviço público não
é prestado diretamente pelo Poder Público, mas sim por particular em
regime de concessão ou permissão,
a) caracteriza-se como serviço público impróprio e submete-se ao
regime jurídico de direito privado.
b) submete-se aos princípios inerentes ao regime jurídico público,
incluindo o da continuidade do serviço público.
c) depende de autorização, regulamentação e fiscalização do Poder
Público, prescindindo de licitação.
d) impede sua retomada pelo Poder Público, salvo nos casos de
descumprimento das obrigações do permissionário ou concessionário.
e) submete-se, no caso de concessão, ao regime público e
depende de prévia licitação, e, no caso de permissão, ao regime
privado, condicionado a autorização do poder concedente.

Pessoal, observem que a questão trata de prestação de serviço


público por particular, sob regime de concessão ou permissão. Pois
bem. Como vimos, quando prestado por particular: é ato administrativo
e não contrato administrativo; não há exigência de licitação (interesse
do próprio autorizatário). Ademais, trata-se de ato administrativo
discricionário mediante o qual é delegada a um particular, em caráter
precário. Com essas informações nós podemos de cara eliminar as
letras “c”, “d” e “e”. O erro da letra “a” está em afirmar que se submete
ao regime jurídico de direito privado. Claro que não! Submete-se ao
regime jurídico de direito público. Portanto, temos a letra “b” como
gabarito.
Gabarito: B

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32. (FCC - 2012 - TCE-SP - Agente de Fiscalização Financeira –
Administração) De acordo com a Constituição Federal, a prestação de
serviço público por particular é
a) vedada, em qualquer hipótese.
b) permitida, apenas quando se tratar de serviço não essencial,
passível de cobrança de tarifa.
c) possível, apenas para aqueles serviços de titularidade não
exclusiva de Estado.
d) vedada, exceto quando contar com autorização legislativa
específica.
e) permitida, na forma da lei, mediante concessão ou permissão,
precedida de licitação.

Essa questão é bem tranquila! Vamos apenas relembrar, ok? Como


já estudamos, a prestação de serviço público por particular será
permitida, na forma da lei, mediante concessão ou permissão,
precedida de licitação.
Gabarito: E

33. (FCC- 2011- TRT 23 Região- Analista Judiciário- Execução


de Mandados) No que se refere à autorização de serviço público, é
correto afirmar:
a) Trata-se de ato precário, podendo, portanto, ser revogado a
qualquer momento, por motivo de interesse público.
b) Trata-se de ato unilateral, sempre vinculado, pelo qual o Poder
Público delega a execução de um serviço público de sua titularidade,
para que o particular o execute predominantemente em seu próprio
benefício.
c) O serviço é executado em nome do autorizatário, por sua conta
e risco, sem fiscalização do Poder Público.

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d) Trata-se de ato unilateral, discricionário, porém não precário,
pelo qual o Poder Público delega a execução de um serviço público, para
que o particular o execute predominantemente em benefício do Poder
Público.
e) Trata-se de ato que depende de licitação, pois há viabilidade de
competição.
Vejamos as alternativas:
A alternativa “a” está correta, pois é revogável a qualquer tempo,
não ensejando indenização.
A alternativa “b” está incorreta pelo fato da autorização ser um ato
discricionário, baseada no mérito do administrador.
Na alternativa “c” o erro se encontra na falta de fiscalização, pois
esta ocorrerá, obviamente, como, por exemplo, na autorização de porte
de arma, devendo ocorrer fiscalização regular.
A alternativa “d” está incorreta, pois trata-se de um ato precário,
conforme visto nas explicações da aula.
Por fim, a alternativa “e” está incorreta quando fala da exigência
de licitação, o que não tem respaldo legal.
Gabarito: Letra “a”.

34. (FCC – 2014 – TRT - 2ª REGIÃO (SP) – Analista Judiciário -


Área Judiciária) A prestação de serviços públicos de natureza essencial:
a) pode ser prestada direta ou indiretamente pelo poder
público, admitindo-se mais de uma forma de negócio jurídico prestante
a essa finalidade, quaisquer delas submetidas aos princípios que regem
os serviços públicos.
b) submete-se integralmente ao princípio da continuidade do
serviço público, quando prestado diretamente pelo poder público ou por
terceiros, afastando-se, contudo, o princípio da igualdade dos usuários,
na medida em que é inerente à mutabilidade do regime permitir que se
estabeleça distinção entre os administrados.

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c) pode ser prestada indiretamente, por meio de instrumento
jurídico deoutorga legalmente previsto, hipótese em que ficam
afastados os princípios que informam a Administração pública e a
execução dos serviços públicos, na medida em que o regime jurídico
transmuta-se para privado, para maior competitividade.
d) submete-se ao princípio da continuidade do serviço público
quando executado diretamente pela Administração pública, tendo em
vista que não se pode impor ao privado prejuízos decorrentes dessa
obrigação.
e) quando desempenhada pelos privados, com base em regular
outorga por meio de ato unilateral legalmente previsto, submete-se ao
princípio da continuidade do serviço público, afastando-se, contudo, o
princípio da igualdade dos usuários, na medida em que a mutabilidade
do regime permite estabelecer distinção entre os administrados, para
otimização de receita.

Como vimos anteriormente, os serviços essenciais, assim como os


não-essenciais serão prestados diretamente pelo Estado ou então serão
delegados a terceiros. Portanto, não resta dúvida de que a letra “a” está
correta.
Gabarito: letra “a”.

35. (FCC – 2014 – AL-PE – Analista Judiciário - Área


Legislativo) O Estado pretende construir um novo hospital especializado
em tratamento oncológico, dotá-lo dos equipamentos necessários e,
quando do início da operação do mesmo, transferir à iniciativa privada a
prestação de serviços não clínicos, tais como exames laboratoriais,
limpeza e alimentação hospitalar. Para tanto, poderá adotar a
modalidade contratual:
a) Empreitada integral, com pagamento das obras a cargo do
Estado, que também poderá complementar o custeio das despesas

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operacionais não cobertas com a exploração dos serviços pelo
particular.
b) Concessão patrocinada, complementando a remuneração
auferida pelo parceiro privado com contraprestação pública.
c) Concessão de serviço público precedida de obra pública,
arcando o Estado com os custos da construção e o privado com os de
operação e manutenção, remunerando-se mediante a cobrança dos
serviços não clínicos diretamente dos usuários.
d) Concessão comum, transferindo ao privado a exploração dos
serviços rentáveis, cuja receita poderá remunerar os custos
operacionais e amortizar os investimentos na construção.
e) Concessão administrativa, remunerando-se o privado pelas
obras, aquisição de equipamentos e prestação de serviços com
contraprestação pecuniária paga pelo poder público.

Será feita a concessão administrativa, pois o destinatário do


serviço não irá pagar nada no momento da utilização do serviço.
Tais serviços serão pagos totalmente com recursos públicos.
Gabarito: Letra “e”.

3) Resumo

Com base no art. 2º, II, da Lei nº 8.987/95, concessão de serviço


público é o contrato administrativo por meio do qual o Estado transfere
a uma pessoa jurídica ou a um consórcio de empresas, mediante
licitação na modalidade de concorrência, a prestação de um serviço

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público e o contratado aceita prestá-lo em seu nome, por sua conta e
risco e por prazo determinado, sendo remunerado por tarifa paga pelo
usuário final.

Já segundo o inciso IV do mesmo dispositivo, permissão de serviço


público é a delegação feita a pessoa jurídica ou pessoa física que
demonstre condições de prestação em licitação pública (não há
exigência legal de uma modalidade específica), formalizada mediante
contrato de adesão, precário e revogável unilateralmente pelo Poder
Público.

As hipóteses de extinção da concessão ou permissão são as


seguintes:

Advento do termo contratual; encampação (interesse público e sem


culpa do contratado); caducidade (rescisão administrativa unilateral em
razão de inadimplência total ou parcial do concessionário); rescisão;
anulação e falência ou extinção da empresa concessionária e
falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.

As parcerias público-privadas (PPP) são modalidades específicas de


contratos de concessão, por meio do qual o Estado (“parceiro
público”) e o concessionário (“parceiro privado”) ajustam entre si a
gestão, implantação e prestação de um serviço público, mediante
investimentos de grande vulto do parceiro privado e uma
contraprestação pecuniária do parceiro público, com divisão de ganhos
e perdas entre os parceiros, nas modalidades concessão administrativa
e concessão patrocinada. Tudo isso nas modalidades concessão
PATROCINADA e concessão ADMINISTRATIVA.

Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, autorização de


serviço público é “o ato administrativo discricionário mediante o qual
é delegada a um particular, em caráter precário, a prestação de
serviço público que não exija elevado grau de especialização
técnica nem vultoso aporte de capital. (...) sendo o seu beneficiário
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Administrativo Descomplicado, 2010).

4)Questões

1. (FCC – 2014 – Prefeitura de Cuiabá – MT – Procurador


Municipal) Determinado Município, visando promover prestação mais
eficiente de serviço municipal de coleta de lixo domiciliar, edita lei
específica, por meio da qual cria empresa pública dedicada ao referido
serviço, antes praticado por órgão municipal. No caso houve:
a) concentração de um serviço uti possidetis.
b) desconcentração de um serviço uti universi.
c) descentralização de um serviço uti universi
d) descentralização de um serviço uti singuli.
e) desconcentração de um serviço uti singuli.

2. (FCC – 2014 – TRT 18ª Região (GO) – Juiz do Trabalho)


Serviço público de natureza exclusiva e, no tocante ao regime de
prestação, deve ser classificado como uti universi. Refere-se ao serviço
a) Educacional.
b) De fornecimento de energia.
c) Postal.
d) De limpeza dos logradouros públicos.
e) De atendimento à saúde.

3. (FCC – 2014 – TRT 2ª Região – Analista Judiciário) Os


serviços públicos podem ser prestados direta ou indiretamente pelo
Poder Público, respeitadas a titularidade e competência previstas na

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legislação pertinente. Dentre a possibilidade de execução indireta do
serviço público por determinado ente está a outorga de:
a) permissão de serviço público, contrato que delega ao privado
execução do serviço público e, caso também tenha transferido a
titularidade, permite o exercício do poder de polícia antes competência
do Poder Público.
b) permissão de serviço público, cuja natureza contratual permite a
delegação de titularidade e execução das atribuições típicas do ente
político.
c) concessão de serviço público, contrato que estabelece as
atribuições e condições da prestação do serviço, cabendo ao contratado
o desempenho adequado do mesmo e a responsabilidade pelo risco do
negócio.
d) concessão de serviço público, ato que transfere ao privado a
competência para o adequado desempenho das atribuições,
responsabilizando-se o Poder Público, no entanto, integralmente pelo
risco do negócio.
e) autorização de serviço público, contrato que delega ao privado
execução do serviço público e, caso também tenha transferido a
titularidade, permite o exercício do poder de polícia antes competência
do poder público.

4. (FCC-2013- TRT 1 Região- Analista Judiciário- Área


Judiciária) Não dispondo de recursos financeiros, o Poder Público
pretende delegar a execução material de serviço público de sua
titularidade a particular para que ele possa explorá-lo e dele se
remunerar. De acordo com o ordenamento jurídico vigente, o poder
público pode
a) firmar contrato de concessão de serviço público, precedido de
licitação.

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b) outorgar a titularidade do serviço público por meio de ato
normativo, precedido de licitação.
c) editar decreto transferindo a concessão do serviço público ao
particular, independentemente de licitação.
d) celebrar convênio para trespasse da exploração do serviço
público, precedido de licitação.
e) celebrar contrato de permissão de serviço público, declarando-se
prévia inexigibilidade de licitação.

5. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário) A


concessão de serviço público, disciplinada pela Lei Federal no 8.987/95,
constitui
a) ato do Poder Público que transfere à pessoa jurídica distinta a
titularidade de determinado serviço público, que passará a executá-lo
em seu próprio nome.
b) contrato administrativo por meio do qual a Administração
Pública, mantendo-se titular de determinado serviço público, delega ao
concessionário a execução do mesmo, compreendendo a remuneração
paga diretamente pelo usuário, por meio da cobrança de tarifa.
c) contrato administrativo do Poder Público que transfe- re a
pessoa jurídica de direito público ou privado a titularidade de
determinado serviço público, que passará a executá-lo em seu próprio
nome.
d) ato administrativo de delegação de titularidade e execução de
serviço público, compreendendo a remuneração paga diretamente pelo
usuário, por meio da cobrança de tarifa.
e) contrato administrativo que transfere à pessoa jurídica de direito
público distinta a titularidade de determinado serviço público, que
passará a executá-lo remunerando-se diretamente da tarifa paga pelo
usuário.

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6. (FCC- 2012- TST- Analista Judiciário- Área Judiciária) De
acordo com a legislação federal em vigor (Lei no 8.987/95), é uma
diferença entre concessão e permissão de serviço público
a) ser obrigatória a licitação para a primeira; e facultativa, para a
segunda.
b) ser a primeira contrato; e a segunda, ato unilateral.
c) ter a primeira prazo determinado; e a segunda, não comportar
prazo.
d) voltar-se a primeira a serviços de caráter social; e a segunda, a
serviços de caráter econômico.
e) poder a primeira ser celebrada com pessoa jurídica ou consórcio
de empresas; e a segunda, com pessoa física ou jurídica.

7. (FCC- 2012- PGM/João Pessoa/PB- Procurador Municipal) No


tocante ao regime das concessões comuns de serviços públicos, a Lei
Federal no 8.987/95
a) assegura, em igualdade de condições, preferência à proposta
apresentada por empresa brasileira.
b) admite a interrupção dos serviços a cargo da concessionária,
apenas em caso de situação de emergência motivada por razões de
ordem técnica ou de segurança das instalações.
c) exige que, para concessão de um serviço tarifado, haja a
existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário.
d) impõe o reajuste da tarifa, sempre que houver alteração
unilateral do contrato que onere o concessionário.
e) estabelece como critérios mutuamente excludentes para
julgamento da licitação o menor valor da tarifa e a maior oferta pela
outorga da concessão.

8. (FCC/2013/TCE-SP/Auditor do Tribunal de Contas)


Determinado município pretende outorgar à iniciativa privada a

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prestação de serviço público de transporte de passageiros em linhas de
ônibus. Considerando a disciplina legal da matéria, a prestação do
serviço por entidades privadas
a) somente é admitida sob regime de concessão, com prazo
determinado, precedida de lei específica e licitação na modalidade
concorrência.
b) depende de lei específica, autorizando a transferência da
titularidade do serviço à iniciativa privada.
c) é admitida sob o regime de concessão, em caráter precário, ou
por permissão, quando ensejar subsídio do poder concedente.
d) somente é admitida em caráter subsidiário e precário, mediante
permissão ou autorização.
e) é admitida sob o regime de concessão ou permissão, precedida,
em qualquer caso, de licitação.

9. (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário -


Área Judiciária) Entende-se por permissão de serviço público a
a) expedição de ato unilateral, discricionário e precário, em favor
de pessoa jurídica ou física que comprove formalmente perante o poder
concedente, a sua plena capacidade para a prestação do serviço.
b) transferência através de contrato por prazo determinado e
prévia licitação, na modalidade concorrência, celebrado pelo poder
concedente com a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, que tenha
demonstrado capacidade para a sua prestação, por sua conta e risco.
c) outorga mediante ato unilateral e precário, expedido pelo poder
público à pessoa física ou jurídica que tenha demonstrado no decorrer
do procedimento licitatório, capacidade para a prestação do serviço, por
sua conta e risco.
d) contratação mediante ato administrativo discricionário e
precário, sem necessidade de realização do certame licitatório, de

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pessoa jurídica que comprove plena capacidade para a execução do
serviço.
e) delegação a título precário, mediante contrato de adesão e
prévia licitação, objetivando a prestação de serviço público, formalizado
entre o poder público e a pessoa física ou jurídica que tenha
demonstrado, no procedimento licitatório, capacidade para a sua
prestação.

10. (FCC- 2013- MPE/SE- Analista- Direito) O Município de


Aracajú pretende delegar à iniciativa privada a prestação do serviço
municipal de transporte coletivo de passageiros. Após estudos técnicos
e econômico-financeiros, resolveu fazê-lo por meio de concessão
comum de serviço público, disciplinada pela Lei no 8.987/1995. Para
tanto, é necessário, entre outras providências,
a) realizar procedimento licitatório, em qualquer modalidade,
havendo, no entanto, necessidade de justificar a escolha.
b) realizar procedimento licitatório, na modalidade concorrência,
com participação restrita a pessoas jurídicas.
c) realizar procedimento licitatório, na modalidade concorrência, do
qual poderão participar pessoas físicas e pessoas jurídicas.
d) firmar contrato escrito, por prazo determinado, não sendo
obrigatória a realização de licitação, por se tratar de concessão, não de
permissão de serviços públicos.
e) firmar contrato escrito, por prazo determinado, sendo
obrigatória a realização de procedimento licitatório, na modalidade
leilão.

11. (FCC/2011/TRT-20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área


Judiciária)
NÃO constitui característica da concessão de serviço público:
a) delegação contratual da execução do serviço.

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b) necessidade de licitação.
c) responsabilidade subjetiva do concessionário.
d) permanecer o Poder Público sempre com a titularidade do
serviço.
e) contratação intuitu personae.

12. (FCC – 2014 – AL-PE – Analista Legislativo) O princípio da


continuidade do serviço público serve de fundamento para a
a) utilização compulsória de equipamentos, recursos humanos e
materiais da empresa contratada empregados na execução do contrato,
quando este tiver sido rescindido unilateralmente.
b) proibição do direito de greve de servidores públicos, prevista
inclusive na Constituição Federal.
c) proibição, em qualquer hipótese, de suspensão da execução do
contrato administrativo pelo particular.
d) regra legal da inexigibilidade de licitação nos casos de guerra ou
grave perturbação da ordem.
e) exigência de permanência do servidor em serviço, ainda que
este preencha os requisitos para aposentadoria compulsória.

13. (FCC- 2013- TCE/SP- Auditor do Tribunal de Contas)


Empresa controlada pelo Estado, concessionária de serviço público de
geração de energia elétrica, com contrato de concessão celebrado ao
amparo das Leis Federais nos 8.987/95 e 9.074/95, considerou que a
tarifa estabelecida pelo Poder Concedente para vigorar na hipótese de
prorrogação do contrato de concessão não seria suficiente para
remunerar os custos de operação, manutenção, encargos setoriais e
amortizar os investimentos necessários à manutenção da atualidade dos
serviços. De acordo com a legislação mencionada, assegura-se à
concessionária o direito de optar por

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a) não renovação da concessão com a indenização das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou
depreciados.
b) renovação automática, pelo prazo necessário à amortização dos
investimentos em bens reversíveis, ainda não amortizados.
c) retenção dos bens vinculados à concessão, cujos investimentos
não tenham sido indenizados.
d) ressarcimento dos custos com pessoal e manutenção vinculados
ao objeto da concessão.
e) encampação do serviço, até a integral recomposição dos
investimentos efetivamente comprovados e não amortizados.

14. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário) A


respeito dos princípios e regime jurídico aplicável ao serviço público é
correto afirmar que
a) o princípio da universalidade veda a exploração por regime de
concessão de serviços de natureza essencial.
b) a modicidade tarifária impõe a obrigação do poder concedente
de subsidiar a prestação de serviço público por concessionários ou
permissionários quando o mesmo se mostrar deficitário.
c) o princípio da universalidade e da igualdade dos usuários veda a
suspensão da prestação de serviço público por inadimplemento do
usuário.
d) o princípio da continuidade do serviço público impede a
Administração de encampar o serviço enquanto não selecionar, por
procedimento licitatório, nova concessionária ou permissionária.
e) o princípio da continuidade do serviço públicoimpede o
concessionário de rescindir unilateralmente o contrato no caso de
descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente,
devendo intentar ação judicial para esse fim.

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15. (FCC- 2012- MPE/AL- Promotor de Justiça) No tocante à
concessão de serviços públicos, reversão é
a) a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo
da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa
específica e após prévio pagamento da indenização.
b) a perda da delegação do serviço em razão da inexecução parcial
ou total pelo concessionário, após processo administrativo em que lhe
tenha sido assegurada a ampla defesa.
c) o rompimento do ajuste, por iniciativa da concessionária, no
caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder
concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse
fim.
d) a incorporação, pelo poder concedente, dos bens necessários à
continuidade da prestação do serviço público, após a extinção do
contrato de concessão.
e) o direito atribuído ao proprietário expropriado de pleitear a
devolução de bens desapropriados pela concessionária que não foram
efetivamente utilizados para a prestação do serviço público.

16. (FCC - 2012 - INSS - Técnico do Seguro Social) Em relação


à extinção do contrato de concessão é correto afirmar que
a) caducidade é a resilição unilateral antes de findo o prazo de
concessão, que se consubstancia na retomada do serviço pelo poder
concedente por razões de interesse público.
b) reversão é a resilição unilateral da concessão que se
consubstancia na retomada do serviço pelo poder concedente por
razões de interesse público.
c) encampação é a extinção unilateral da concessão por motivo de
inadimplemento contratual, não cabendo, portanto, indenização ao
concessionário pelos prejuízos que sofrer.

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d) reversão é a rescisão unilateral da concessão por motivo de
inadimplemento contratual do concessionário, cabendo indenização pela
interrupção do contrato antes de findo seu prazo.
e) encampação é a retomada do serviço pelo poder concedente por
razões de interesse público, durante o prazo de concessão, mediante lei
autorizativa específica.

17. (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça) Permissionário


de cantina localizada em estádio municipal obteve autorização do
Município para venda de bebidas alcoólicas no seu estabelecimento.
Todavia, sobreveio lei estadual proibindo a venda e o consumo de
bebidas alcoólicas nos estádios de futebol localizados em território
estadual. Dessa nova circunstância decorrerá a
a) anulação da autorização. b)
revogação da autorização. c)
superação da autorização. d)
caducidade da autorização. e)
cassação da autorização.

18. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário -


Área Judiciária) Empresa concessionária de transporte público urbano
passou a prestar o serviço de forma deficiente, sem regularidade e
descumprindo obrigações contratuais. Diante dessa situação, o Poder
Concedente
a) poderá revogar a concessão, dada a sua natureza precária.
b) poderá encampar o serviço, com vistas a sua continuidade, sem
necessidade de lei autorizativa.
c) deverá decretar a intervenção, mediante autorização legal
prévia, com vistas a reestabelecer a regularidade dos serviços.
d) poderá declarar a caducidade da concessão ou aplicar as
sanções previstas no contrato de concessão.

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e) poderá decretar a caducidade, desde que comprove razões de
interesse público determinantes para a retomada dos serviços.

19. (FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho) A


prestação de serviço público mediante regime de permissão
a) caracteriza a prestação do serviço público em regime precário,
nas situações em que o regime de concessão não seja viável em face da
ausência de sustentabilidade financeira da exploração mediante
cobrança de tarifa.
b) é possível apenas em relação a serviços públicos não exclusivos
de Estado, também denominados impróprios, cuja exploração
econômica é facultada ao particular mediante autorização do poder
público.
c) independe de prévio procedimento licitatório, dado o seu
caráter precário e limita-se ao prazo máximo de 5 (cinco) anos.
d) somente é permitida para serviços de natureza não essencial,
sendo obrigatória, nos demais casos, a prestação direta pelo poder
público.
e) constitui delegação feita pelo poder concedente, a título
precário, mediante licitação, a pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

20. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário - Área Judiciária)


Na concessão de serviço público, a rescisão unilateral por motivo de
inadimplemento contratual denomina-se
a) retrocessão.
b) encampação.
c) reversão.
d) caducidade.

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e) adjudicação.

21. (FCC - 2011 - TCE-SE - Analista de Controle Externo -


Coordenadoria Jurídica) À retomada do serviço público pelo poder
concedente durante o prazo da concessão por motivo de interesse
público dá-se doutrinariamente o nome de
a) reversão.
b) encampação.
c) assunção.
d) caducidade.
e) desconstituição.

22. (FCC/2011/TRT-14ª Região (RO e AC)/Analista Judiciário -


Área Judiciária) A permissão de serviço público
a) tem por objeto a execução de serviço público, razão pela qual a
titularidade do serviço fica com o permissionário.
b) é formalizada mediante contrato de adesão, precário e
revogável unilateralmente pelo poder concedente.
c) pressupõe que o serviço seja executado pelo permissionário,
todavia, a responsabilidade por sua execução pertence a ele e ao poder
concedente.
d) não pode ser alterada a qualquer momento pela Administração.
e) independe de licitação, ao contrário do que ocorre na concessão
de serviço público.

23. (FCC/2011/TCM-BA) Constitui uma forma de extinção do


contrato de concessão de serviços públicos a

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a) caducidade, declarada pelo poder concedente em decorrência de
descumprimento de obrigação contratual ou falha na execução do
serviço, condicionada à autorização legislativa.
b) anulação, caracterizada pela retomada do serviço, antes do
prazo contratual, por razões de interesse público, precedida de
indenização ao concessionário.
c) encampação, caracterizada pela retomada forçada do serviço em
razão da falha na sua prestação, decretada judicialmente.
d) intervenção, caracterizada pela retomada do serviço, por
descumprimento contratual ou razões de interesse público,
condicionada à indenização dos investimentos.
e) rescisão, pelo poder concedente ou pelo concessionário, este
último apenas por decisão judicial em função de descumprimento, pela
Administração, de normas contratuais.

24. (FCC - 2010 - TCE-RO – Procurador) Encampação e


caducidade constituem, ambas, hipóteses legais de extinção antecipada
do contrato de concessão de serviço público. Diferem, porém, em seus
pressupostos e consequências, sendo correto afirmar que
a) ambas dependem de autorização legislativa, porém apenas a
encampação assegura ao concessionário a indenização das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou
depreciados.
b) a encampação constitui prerrogativa do poder concedente,
enquanto a caducidade pode ser declarada tanto pelo poder
concedente, como pelo concessionário, na hipótese de descumprimento
de obrigações contratuais pela outra parte.
c) apenas a encampação pressupõe autorização legislativa
específica, enquanto a caducidade pode ser declarada pelo poder
concedente em caso de descumprimento total ou parcial do contato.

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d) apenas a caducidade depende de autorização legislativa
específica, porém ambas exigem a prévia indenização das parcelas dos
investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou
depreciados, descontando-se, no caso de encampação, o valor das
multas aplicadas.
e) a caducidade pode ser declarada em função do interesse público
na retomada do serviço, enquanto a encampação pressupõe o
descumprimento, pelo concessionário, de obrigação contratual.

25. (FCC- MPE/AL- Promotor de Justiça) Permissionário de


cantina localizada em estádio municipal obteve autorização do Município
para venda de bebidas alcoólicas no seu estabelecimento. Todavia,
sobreveio lei estadual proibindo a venda e o consumo de bebidas
alcoólicas nos estádios de futebol localizados em território estadual.
Dessa nova circunstância decorrerá a
a) anulação da autorização.
b) revogação da autorização.
c) superação da autorização.
d) caducidade da autorização.
e) cassação da autorização.

26. (FCC/ TCE-PR/ ANALISTA JURÍDICO/ 2011) No curso de


contrato de concessão de serviços públicos, a concessionária passou a
prestar os serviços de maneira deficiente, deixando de atender às
normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade
dos serviços. Diante deste cenário, o poder concedente
a) está autorizado a proceder à encampação do serviço,
independentemente de prévia autorização legislativa.
b) poderá decretar a caducidade da concessão, precedida de
processo administrativo para verificação da inadimplência da
concessionária, assegurado o direito de ampla defesa.

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c) poderá decretar a caducidade da concessão, condicionada ao
prévio procedimento de intervenção e quando deste não resultar a
regularização da prestação dos serviços.
d) deverá aplicar as multas previstas no contrato de concessão,
podendo declarar a caducidade apenas na hipótese de não pagamento
das mesmas pela concessionária.
e) poderá declarar a caducidade da concessão ou proceder à
encampação do serviço, em decorrência do inadimplemento da
concessionária, mediante prévio procedimento administrativo.

27. (FCC – 2014 – SEFAZ-RJ – Auditor Fiscal da Receita


Estadual) A Administração celebrou contrato pelo qual ela própria é
usuária direta de um serviço. Esse contrato, com valor de R$ 30
milhões, prevê prazo de prestação de serviços de 8 anos. O serviço em
questão consiste em fornecimento de mão de obra, não havendo
nenhum aspecto de execução de obra. Nos termos da Lei nº
11.079/2004, que trata das parcerias público-privadas, esse contrato
a) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pela
conjugação dos elementos prazo e valor.
b) é enquadrado como concessão administrativa.
c) é enquadrado como concessão patrocinada.
d) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois
tem por objeto exclusivamente fornecimento de mão de obra.
e) não é enquadrável nas espécies de concessão de que trata, pois
não inclui nenhum aspecto de execução de obra.

28. (FCC - 2013 - PGE-BA - Analista de Procuradoria - Área de


Apoio Administrativo) No direito brasileiro, a parceria público-privada:
a) tem caráter contratual, podendo ser formalizada como
concessão comum, administrativa ou patrocinada, ou ainda como
consórcio ou associação pública.

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b) dispensa formalização contratual, se houver lei específica que
lhe autorize expressamente a outorga do serviço público
c) constitui contrato de concessão, podendo ser na modalidade
administrativa ou patrocinada.
d) é contrato de consórcio ou de associação entre em- presas
privadas e o Estado, com vistas à prestação de um serviço público de
qualidade ou à realização de uma obra pública considerada de grande
vulto.
e) é exemplo de descentralização administrativa, integrando a
Administração pública indireta.

29. (FCC - 2013 - TCE-SP - Auditor do Tribunal de Contas) O


Estado pretende atribuir a particular a construção e operação de uma
nova linha de Trem Metropolitano. Os investimentos envolvidos são
vultosos, não sendo passíveis de cobertura apenas com a receita
tarifária oriunda da exploração do serviço. Outro aspecto importante é
que, em face da complexidade da obra, estima-se que a operação e o
consequente início da percepção da receita tarifária, somente ocorram
em cerca de cinco anos. O modelo contratual que se adéqua à situação
narrada é o de concessão

a) administrativa, com pagamento da contraprestação pelo Estado


na etapa de obras e receita tarifária auferida pelo privado na fase de
operação.
b) patrocinada, com possibilidade de Aporte do Estado, destinado
aos investimentos em bens reversíveis e contraprestação a partir da
disponibilização do serviço.
c) comum, precedida de obra pública, com percepção de receita
tarifária pelo parceiro privado, complementada por Aporte, na fase de
obras, e contraprestação na fase de operação.

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d) patrocinada, admitindo-se o pagamento de contraprestação na
fase de operação, em caráter complementar à tarifa, vedado o Aporte
de recursos públicos antes da disponibilização dos serviços.
e) patrocinada, tendo a Administração como usuária indireta do
serviço, a qual arcará integralmente com a remuneração do parceiro
privado, mediante o pagamento de contraprestação pecuniária.

30. (FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público) Nos termos da


legislação em vigor sobre as parcerias público-privadas, a modalidade
de concessão de serviços públicos ou obras públicas, que envolver,
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, é denominada
concessão
a) comum.
b) administrativa.
c) ordinária.
d) tradicional.
e) patrocinada.

31. (FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho) De


acordo com a Constituição Federal, incumbe ao Poder Público, na forma
da lei, a prestação do serviço público, podendo fazê-lo diretamente ou
sob o regime de concessão ou permissão. Quando o serviço público não
é prestado diretamente pelo Poder Público, mas sim por particular em
regime de concessão ou permissão,
a) caracteriza-se como serviço público impróprio e submete-se ao
regime jurídico de direito privado.
b) submete-se aos princípios inerentes ao regime jurídico público,
incluindo o da continuidade do serviço público.

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c) depende de autorização, regulamentação e fiscalização do Poder
Público, prescindindo de licitação.
d) impede sua retomada pelo Poder Público, salvo nos casos de
descumprimento das obrigações do permissionário ou concessionário.
e) submete-se, no caso de concessão, ao regime público e
depende de prévia licitação, e, no caso de permissão, ao regime
privado, condicionado a autorização do poder concedente.

32. (FCC - 2012 - TCE-SP - Agente de Fiscalização Financeira –


Administração) De acordo com a Constituição Federal, a prestação de
serviço público por particular é
a) vedada, em qualquer hipótese.
b) permitida, apenas quando se tratar de serviço não essencial,
passível de cobrança de tarifa.
c) possível, apenas para aqueles serviços de titularidade não
exclusiva de Estado.
d) vedada, exceto quando contar com autorização legislativa
específica.
e) permitida, na forma da lei, mediante concessão ou permissão,
precedida de licitação.

33. (FCC- 2011- TRT 23 Região- Analista Judiciário- Execução


de Mandados) No que se refere à autorização de serviço público, é
correto afirmar:
a) Trata-se de ato precário, podendo, portanto, ser revogado a
qualquer momento, por motivo de interesse público.
b) Trata-se de ato unilateral, sempre vinculado, pelo qual o Poder
Público delega a execução de um serviço público de sua titularidade,

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para que o particular o execute predominantemente em seu próprio
benefício.
c) O serviço é executado em nome do autorizatário, por sua conta
e risco, sem fiscalização do Poder Público.
d) Trata-se de ato unilateral, discricionário, porém não precário,
pelo qual o Poder Público delega a execução de um serviço público, para
que o particular o execute predominantemente em benefício do Poder
Público.
e) Trata-se de ato que depende de licitação, pois há viabilidade de
competição.

34. (FCC – 2014 – TRT - 2ª REGIÃO (SP) – Analista Judiciário -


Área Judiciária) A prestação de serviços públicos de natureza essencial:
a) pode ser prestada direta ou indiretamente pelo poder público,
admitindo-se mais de uma forma de negócio jurídico prestante a essa
finalidade, quaisquer delas submetidas aos princípios que regem os
serviços públicos.
b) submete-se integralmente ao princípio da continuidade do serviço
público, quando prestado diretamente pelo poder público ou por
terceiros, afastando-se, contudo, o princípio da igualdade dos usuários,
na medida em que é inerente à mutabilidade do regime permitir que se
estabeleça distinção entre os administrados.
c) pode ser prestada indiretamente, por meio de instrumento
jurídico de outorga legalmente previsto, hipótese em que ficam
afastados os princípios que informam a Administração pública e a
execução dos serviços públicos, na medida em que o regime jurídico
transmuta-se para privado, para maior competitividade.
d) submete-se ao princípio da continuidade do serviço público
quando executado diretamente pela Administração pública, tendo em

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vista que não se pode impor ao privado prejuízos decorrentes dessa
obrigação.
e) quando desempenhada pelos privados, com base em regular
outorga por meio de ato unilateral legalmente previsto, submete-se ao
princípio da continuidade do serviço público, afastando-se, contudo, o
princípio da igualdade dos usuários, na medida em que a mutabilidade
do regime permite estabelecer distinção entre os administrados, para
otimização de receita.

35. (FCC – 2014 – AL-PE – Analista Judiciário - Área


Legislativo) O Estado pretende construir um novo hospital especializado
em tratamento oncológico, dotá-lo dos equipamentos necessários e,
quando do início da operação do mesmo, transferir à iniciativa privada a
prestação de serviços não clínicos, tais como exames laboratoriais,
limpeza e alimentação hospitalar. Para tanto, poderá adotar a
modalidade contratual:
a) Empreitada integral, com pagamento das obras a cargo do
Estado, que também poderá complementar o custeio das despesas
operacionais não cobertas com a exploração dos serviços pelo
particular.
b) Concessão patrocinada, complementando a remuneração
auferida pelo parceiro privado com contraprestação pública.
c) Concessão de serviço público precedida de obra pública,
arcando o Estado com os custos da construção e o privado com os de
operação e manutenção, remunerando-se mediante a cobrança dos
serviços não clínicos diretamente dos usuários.
d) Concessão comum, transferindo ao privado a exploração dos
serviços rentáveis, cuja receita poderá remunerar os custos
operacionais e amortizar os investimentos na construção.

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e) Concessão administrativa, remunerando-se o privado pelas
obras, aquisição de equipamentos e prestação de serviços com
contraprestação pecuniária paga pelo poder público.

Gabarito: 20) D
1) D
21) B
2) D
22) B
3) C
23) E
4) A
24) C
5) B
25) B
6) E
26) B
7) A
27) D
8) E
28) C
9) E
29) B
10) B
30) E
11) C
31) B
12) A
32) E
13) A
33) A
14) E
34) A
15) D
35) E
16) E
17) D
18) D
19) E

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5)Referências

ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo


Descomplicado. 18ª Ed., São Paulo, Método, 2010.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Intervenção no VI Fórum da


Reforma do Estado. Rio de Janeiro, 1º. de outubro de 2007.

CAETANO, Marcelo. Princípios Fundamentais de Direito


Administrativo. Ed. Forense, Rio de Janeiro, 1977.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito


Administrativo, 13ª Ed., Lumen Juris Editora, Rio de Janeiro, 2005.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22ª Ed.


Editora Atlas, São Paulo, 2009.

GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo, 13ª Ed., Editora


Saraiva, São Paulo, 2008.

MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo, Tomo I, 3ª Edição,


Salvador, 2007, Jus Podivm.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 23ª ed.,


São Paulo: Malheiros Editores, 1998.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo,


27ª Ed., Malheiros Editores, São Paulo, 2010.

TALAMINI, Daniele Coutinho. Revogação do Ato Administrativo,


Malheiros Editores, 2002.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo –


24ª edição, São Paulo: Malheiros Editores, 2005.

ZANCANER, Weida. Da Convalidação e da Invalidação dos Atos


Administrativos, 3ª Ed., São Paulo, Malheiros Editores, 2008.

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ZANNONI, Leandro. Direito Administrativo – Série Advocacia
Pública, Vol. 3, Ed. Forense, Rio de Janeiro, Ed. Método, São Paulo,
2011.

Informativos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em


www.stf.jus.br, e do Superior Tribunal de Justiça, em www.stj.jus.br.

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