SISTEMÁTICA

Biologia 11º ano - Sistemática dos seres vivos
2023/2024
Sistemática dos seres vivos
SISTEMÁTICA (Dedica-se à biologia evolutiva)

 Área da Biologia que procura compreender as ... entre os seres vivos, recriando as suas
relações de parentesco e história evolutiva, podendo também efetuar a sua
classificação taxonómica.
TAXONOMIA (Dedica-se a identificar, nomear e classificar os seres vivos)

 Área da Biologia que tem como objetivo de estudo a classificação dos seres vivos e a
nomenclatura (atribuição de nomes aos grupos criados) dos grupos formados.
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
 Práticos: agrupam os seres vivos de acordo com o seu interesse e utilidade para o
Homem
Exemplos: animais comestíveis e animais não comestíveis; plantas venenosas e plantas não
venenosas; separação de vertebrados e invertebrados; separação das plantas em ervas,
arbustos e árvores.
 Racionais: agrupam os seres vivos de acordo com as suas características morfológicas,
anatómicas e fisiológicas
 Artificiais:
- Baseiam-se num reduzido número de caracteres;
- Os grupos formados eram muito heterogéneos;
- As caracteríosticas do período pré-lineano.
 Naturais:
- Utilizam um elevado número de caracteres;
- Surgiram como necessidade de dar resposta à grande variedade de seres vivos
encontrados aquando dos Descobrimentos;
- Os grupos formados eram mais homogénos;
- Características do período pós-lineano e pré-darwiniano.
 Racionais Horizontais:
- Não consideram o fator tempo;
- Não estabelecem relações evolutivas entre os seres vivos;
- Até ao século XVIII, prevaleceu o Fixismo e as classificações dos seres vivos refletiam
esta ideia; consideram as espécies estáticas e imutáveis;
- São estáticas;
- As classificações racionais artificiais e naturais são horizontais.
 Racionais Verticais (filogenéticas ou cladísticas):

- Consideram o fator tempo; refletem relações evolutivas entre os seres vivos;
- Surgiram com as ideias evolucionistas, estabelecendo relações de parentesco que
podem ser representadas em árvores evolutivas ou filogenéticas e de cladogramas;
- Reproduzem a história evolutiva dos seres vivos;
- São dinâmicas.
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 Árvores filogenéticas:
- Representação gráfica, em forma de árvore, das
relações evolutivas entre vários grupos de seres
vivos que têm um ancestral comum;
- Cada nó com descendentes representa o mais
recente antepassado comum.
 Cladograma:
- Diagrama que mostra as relações
ancestrais entre organismos;
- Representa o padrão das relações entre
os nós da árvore;
- Os pontos correspondem ao mais
recente antepassado comum;
- Depois de cada ponto de ramificação,
surge uma característica derivada.
CLASSIFICAÇÃO FENÉTICA
- Tem como principal objetivo permitir a identificação rápida de um ser vivo, sem se
preocupar com as relações evolutivas dos organismos;
- Baseia-se no grau de semelhança entre organismos, tendo em conta a presença ou
ausência de uma série de caracteres fenotípicos;
- Uso de fenogramas que ilustrem o grau de similaridade entre os taxa estudados.
CLASSIFICAÇÃO VERTICAL, FILOGENÉTICA OU EVOLUTIVA

- Pretende traduzir com rigor as relações entre os organismos, tendo em conta a história
evolutiva dos seres vivos;
- Apresenta limitações como, por exemplo, a falta de registo fóssil completo ou mesmo a
inexistência de fósseis de alguns seres;
Vantagens e desvantagens das classificações

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TAXONOMIA E NOMENCLATURA
A nomenclatura define as regras a usar para nomear os grupos formados.
Taxa – conjunto de categorias taxonómicas (plural).
Taxon – singular de taxa, apenas uma categoria taxonómica.
HIERARQUIA DAS CATEGORIAS TAXONÓMICAS

Lineu apresentou um sistema de classificação, na sua obra Systema Naturae, ainda hoje
utilizado.
Existem 7 grupos taxonómicos/taxa (taxon, no singular) principais:

 Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie.
(Mnemónica: Raio Forte Caiu Ontem, Fazendo Grande Estrago)
 Podem existem categorias intermédias, indicadas pelo prefixo sub, infra
e super (exemplos: subfilo, subespécie, superclasse, infra ordem).
 A espécie é a unidade básica de classificação, sendo o único taxon
natural.
 Espécie – grupo de seres vivos semelhantes morfologicamente entre si,
que partilhando o mesmo fundo genético, se cruzam entre si e
originam descendência fértil (existe isolamento reprodutivo entre
espécies diferentes);
 No sentido ascendente (espécie → reino):
- O número de espécies vai aumentando;
- Cada grupo é mais abrangente;
- Aumenta a variabilidade;
- Cada taxon fica inserido no que lhe fica imediatamente acima e
contém os que lhe ficam imediatamente abaixo;
- Dois seres vivos são tanto mais próximos quanto maior o
número de taxa comuns, isto é, quanto mais restrito for o taxon em que
estão incluídos.
REGRAS DE
NOMENCLATURA
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 A designação dos diferentes grupos taxonómicos é feita em latim;

 As espécies são designadas por um sistema de nomenclatura binominal. A primeira
palavra é um substantivo com inicial maiúscula e corresponde ao nome do género a que
a espécie pertence. A segunda palavra é, geralmente, um adjetivo. Escreve-se com
inicial minúscula e designa-se por restritivo ou epíteto específico;
 Todos os taxa superiores à espécie possuem uma designação uninominal, escrita com
inicial maiúscula;
 O nome das famílias, nos animais, é obtido acrescentando idae à raiz do nome de um
dos géneros. Nas plantas, o sufixo é aceae;
 Sempre que uma espécie tem subespécies, utiliza-se uma nomenclatura trinominal.
Escreve-se normalmente o nome da espécie, seguido de um terceiro termo denominado
restritivo ou epíteto subespecífico;
 Os nomes genéricos devem ser escritos em itálico ou, no texto manuscrito, sublinhado.
 No caso dos nomes específicos ou subespecíficos, pode escrever-se o nome do
taxonomista que, pela primeira vez, classificou o organismo e a data dessa classificação.
OS REINOS DA VIDA
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE WHITTAKER MODIFICADO
Sistema de Classificação em 2 Reinos (Aristóteles a Lineu):

 No séc. IV, Aristóteles, dividiu os organismos em 2 reinos: Animalia e Plantae;
 As plantas eram imóveis e produziam o seu próprio alimento através da fotossíntese;
 Os animais apresentavam vida livre e dependiam da matéria orgânica produzida pelas
plantas;
 Esta classificação não conseguia incluir os seres fotossintéticos e com locomoção, bem
como os não fotossintéticos e fixos.
Sistema de Classificação em 3 Reinos (1866):

 Em 1866, Ernest Haeckel, após observar ao microscópio seres unicelulares, concluiu que
as primeiras formas de vida deveriam ser muito simples;
 Propôs a criação do reino Protista, que agrupava todos os organismos unicelulares e
multicelulares que não apresentassem diferenciação celular, incluindo as bactérias e os
protistas neste reino.
Sistema de Classificação em 4 Reinos (1956):

 Em 1956, Herbert Copeland, graças ao desenvolvimento do ME, propôs a divisão dos
organismos em quatro reinos: Protista, Monera, Animalia e Plantae;
 O Reino Protista incluia eucariontes unicelulares e fungos.
Sistema de Classificação em 5 Reinos, 1969:

 Em 1969, Whittaker, propôs a divisão dos seres vivos em cinco reinos;
 Acrescentou o reino Fungi;
 O sistema de classificação de Whittaker organiza os seres vivos em reinos, segundo os
seguintes critérios:
- Nível de organização celular;
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- Modo de nutrição;
- Interação nos ecossistemas.
Sistema de Classificação em 5 Reinos, 1969:

 Nível de organização celular – ser vivo procarionte ou eucarionte, unicelular, colonial ou
multicelular;
 Modo de nutrição – organismo autotrófico (quimiossintético ou fotossintético) ou
heterotrófico;
 Interação nos ecossistemas – produtores ou consumidores (macroconsumidores ou
microconsumidores*).
* decompositores
Sistema de Classificação em 5 Reinos, Whitakker 1969
Sistema de Classificação em 5 Reinos,

1979:
 Com o avanço da ciência e da tecnologia,
em 1979, Whittaker apresentou
mofificações ao seus sistema de
classificação;
 As algas multicelulares, devido ao seu
baixo grau de diferenciação, passaram a
fazer parte do reino Protista.
Sistema de Classificação - Evolução:
REINOS MONERA PROTISTA FUNGI ANIMALIA PLANTAE

Tipo de Procariótica Eucariótica Eucariótica Eucariótica Eucariótica
célula
Organização Unicelulares, Unicelulares, Multicelulares Multicelulares, Multicelulares,
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celular solitários ou solitários, com reduzida tecidos tecidos

coloniais coloniais ou diferenciação especializados especializados
multicelulares
com reduzida
diferenciação
Modo de Autotróficos Autotróficos Heterotróficos Heterotróficos Autotróficos
nutrição ou ou por absorção por ingestão (fotossíntese)
heterotróficos heterotróficos
por absorção (absorção ou
ingestão)
Interação Produtores ou Produtores, Microconsumi Macroconsumi Produtores
nos microconsumi micro ou dores dores
ecossistemas dores macroconsumi
dores
Exemplos Bactérias Amiba Bolores Cão Musgos
Algas Cogumelos Tubarão Fetos
Paramécia Leveduras Minhoca Flores
CLASSIFICAÇÃO EM DOMÍNIOS
 Lynn Margulis e Karalene Schwartz propuseram, em 1988, um novo sistema de

classificação dos seres vivos, onde constavam dois grandes supereinos ou domínios;
 Este sistema reflete a teoria endossimbiótica.
 Carl Woese,
sequências de RNA ribossómico, propôs agrupar os seres em três domínios e seis reinos.
 Atualmente o
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Sistemática dos seres vivos

SISTEMÁTICA (Dedica-se à biologia evolutiva)

TAXONOMIA (Dedica-se a identificar, nomear e classificar os seres vivos)

 Racionais Verticais (filogenéticas ou cladísticas):

CLASSIFICAÇÃO VERTICAL, FILOGENÉTICA OU EVOLUTIVA

Vantagens e desvantagens das classificações

HIERARQUIA DAS CATEGORIAS TAXONÓMICAS

Existem 7 grupos taxonómicos/taxa (taxon, no singular) principais:

 A designação dos diferentes grupos taxonómicos é feita em latim;

Sistema de Classificação em 2 Reinos (Aristóteles a Lineu):

Sistema de Classificação em 3 Reinos (1866):

Sistema de Classificação em 4 Reinos (1956):

Sistema de Classificação em 5 Reinos, 1969:

Sistema de Classificação em 5 Reinos, 1969:

Sistema de Classificação em 5 Reinos, Whitakker 1969

Sistema de Classificação em 5 Reinos,

Sistema de Classificação - Evolução:

REINOS MONERA PROTISTA FUNGI ANIMALIA PLANTAE

celular solitários ou solitários, com reduzida tecidos tecidos

 Lynn Margulis e Karalene Schwartz propuseram, em 1988, um novo sistema de

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