Lei 29.2023
Lei 29.2023
Lei 29.2023
GABINETE DO PREFEITO
LEI Nº 29/2023, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2023
Dispõe sobre o uso e ocupação do solo do Município de Ipanguaçu, e adota outras providências.
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE IPANGUAÇU, Estado do Rio Grande do Norte, no uso de suas atribuições legais, definidas pela Lei Orgânica
de Ipanguaçu/RN FAZ SABER que a Câmara Municipal de Ipanguaçu, Estado do Rio Grande do Norte aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS
Art. 1°. Esta Lei tem por objetivo dispor sobre a regulação do uso e ocupação do solo do Município de Ipanguaçu, visando os seguintes objetivos:
– ordenar as funções da cidade através da utilização racional do território, do sistema viário e de transporte, da implantação e do funcionamento das
atividades industriais, comerciais, residenciais, de serviços e dos usos públicos, valorizando, preservado e protegendo o patrimônio cultural e os
recursos naturais;
– atender à função social e ambiental da propriedade imobiliária urbana;
– compatibilizar a densidade das atividades urbanas com as condições naturais, bem como a infra-estrutura instalada e projetada, inclusive sistema
viário e transportes, evitando sobrecarga ou ociosidade;
– compatibilizar o uso do solo à função da via, assegurando segurança, fluidez, circulação, conforto e as restrições físico-operacionais da mesma;
– incentivar o processo de ocupação do solo em áreas com concentração e com tendência à concentração de atividades, à medida que houver
ampliação da capacidade da infra-estrutura, preservando-se a qualidade de vida da coletividade.
Art. 2°. Nenhum tipo de licença, alvará ou concessão que tenha ligação com o uso e a ocupação do solo, público ou privado, será expedido sem a
verificação prévia do seu enquadramento ao estabelecido nesta lei.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 3°. Para efeito de aplicação da legislação urbanística da Cidade de Ipanguaçu e das sedes distritais, são adotadas as seguintes definições:
- ACESSO - é o dispositivo que permite a interligação para veículos e pedestres entre:
logradouro público e propriedade privada;
propriedade privada e áreas de uso comum em condomínio;
logradouro público e espaço de uso comum em condomínio.
- ACOSTAMENTO - é a parcela da área de plataforma adjacente à pista de rolamento, objetivando:
permitir que veículos em início de processo de desgoverno retomem a direção correta;
proporcionar aos veículos acidentados, com defeitos, ou cujos motoristas fiquem incapacitados de continuar dirigindo, um local seguro para serem
estacionados fora da trajetória dos demais veículos;
estimular os motoristas a usar a largura total da faixa mais próxima ao meio-fio;
permitir o embarque e desembarque sem interrupção de fluxo de tráfego.
- ACRÉSCIMO ou AMPLIAÇÃO - é a obra que resulta no aumento do volume ou da área construída total da edificação existente;
- ALINHAMENTO - é a linha legal, traçada pelas autoridades municipais, que serve de limite entre o lote ou gleba e o logradouro público;
- ALTURA MÁXIMA da EDIFICAÇÃO - é a distância vertical tomada em meio da fachada, e o ponto mais alto da cobertura, incluindo as
construções auxiliares, situadas acima do teto do último pavimento (caixa d'água, casas de máquinas, halls de escadas) e os elementos de composição
da referida fachada (platibandas e frontões), observando-se:
relativamente ao afastamento das construções quanto ao alinhamento com o logradouro - público, a altura será contada a partir da cota altimétrica do
passeio, no plano da fachada, coincidindo com o centro da mesma;
relativamente ao afastamento das construções, quanto as divisas Iaterais e de fundos, a altura será contada a partir da cota altimétrica do terreno que
coincidir com o centro da fachada correspondente.
- ALVARÁ - é o documento que licencia a execução de obras relativas a loteamentos, urbanização de áreas, projetos de infra-estrutura, projetos de
edificações, bem como a localização e o funcionamento de atividades;
– ANÁLISE DE ORIENTAÇÃO PRÉVIA (AOP) – é o exame de um Projeto Especial de empreendimento ou de uma intenção de realização de
atividade à luz das normas definidas pela lei, através da qual o Município fornece ao interessado as diretrizes urbanísticas;
- APARTAMENTO - é a unidade autônoma de moradia em prédio de habitação multifamiliar.
- APROVAÇÃO do PROJETO - é o ato administrativo que precede ao licenciamento da construção;
- ÁREA COBERTA - é a medida da superfície da projeção, em plano horizontal, de qualquer coberta da edificação, nela incluída superfícies das
projeções de paredes, pilares, marquises, beirais e demais componentes das fachadas;
- ÁREA COMUM: é a medida da superfície constituída dos locais destinados a estacionamento e lazer em qualquer pavimento, pilotis, rampas de
acesso, elevadores, circulações e depósitos comunitários, apartamento de zelador, depósito de lixo, casa de gás, guarita, e subsolo;
- ÁREA CONSTRUÍDA do PAVIMENTO - é a área de construção de piso do pavimento, inclusive as ocupadas por paredes e pilares, incluindo-se as
áreas comuns e excluído-se os vazios de poços de ventilação e iluminação;
- ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL - é a soma das áreas de pisos de todas as edificações principais e edículas, inclusive as ocupadas por áreas comuns;
- ÁREA de ENCOSTA - é a área compreendida por terrenos cuja extensão se observem declividades superiores a 30% (trinta por cento);
- ÁREA LIVRE do LOTE - é a superfície do lote não ocupada pela projeção da edificação;
- ÁREA "NON AEDIFICANDI" - é a área situada ao longo das águas correntes e dormentes, das faixas de ferrovias, rodovias e dutos bem como ao
longo de equipamentos urbanos, definidas em leis federal, estadual ou municipal onde não é permitido qualquer edificação;
- ÁREA OCUPADA - é a superfície do lote ocupada pela projeção da edificação em plano horizontal, não sendo computados para o cálculo dessa
área, elementos componentes das fachadas, tais como: "brise-soleil", jardineiras, marquises, pérgolas e beirais;
– ÁREA PARCIAL DA EDIFICAÇÃO – é a soma das áreas parciais de todos os pavimentos de uma pavimentação.
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- ÁREAS PÚBLICAS - são áreas de parcelamentos destinadas à circulação, à implantação de equipamentos urbanos e comunitários bem como
espaços Iivres de uso público;
- ÁREA de RECUO - é a área de terreno não edificável, compreendida entre as divisas do terreno e os alinhamentos dos recuos.
XXl - ÁREA TOTAL de EDIFICAÇÃO - é a soma das áreas de piso de todos os pavimentos de uma edificação;
- ÁREA de USO COMUM - é a área edificada ou não, que se destina ao uso comum dos proprietários ou ocupantes de uma gleba ou de uma
edificação, constituídas de unidades autônomas;
- ÁREA para USO INSTITUCIONAL - é a área destinada exclusivamente a implantação de projetos especiais ou equipamentos urbanos e
comunitários;
- ATIVIDADES COMERCIAIS - são atividades econômicas que têm como função específica a troca de bens;
- ATIVIDADES EXTRATIVISTA / AGROPECUÁRIAS - são atividades econômicas voltadas para a exploração do solo com finalidade de atender
as necessidades, quer seja de matéria prima ou para subsistência;
- ATIVIDADES INDUSTRIAIS - são atividades voltadas para a extração, ou transformação de substâncias ou produtos, em novos bens ou produtos;
- ATIVIDADES INSTITUCIONAIS - são atividades voltadas para o aspecto social, cultural, artístico, lazer e governamental instituídas por iniciativa
do Poder Público;
- ATIVIDADES RESIDENCIAIS - são atividades correspondentes às formas de morar, em caráter permanente de pessoas ou grupos de pessoas;
- ATIVIDADES de SERVIÇOS - são atividades econômicas que têm como função específica a prestação de serviços de qualquer natureza;
- BALANÇO - é o avanço da edificação ou de elementos da edificação sobre os recuos;
- BANCA ou BARRACA - é o equipamento de pequeno porte, móvel e de fácil remoção, para o exercício de atividades comerciais ou de serviços;
- BEIRA, BEIRAL OU BEIRADO - é o prolongamento da coberta que sobressai das paredes externas de uma edificação;
- BICICLETÁRIO - é o estacionamento dotado de equipamento mínimo para manter uma bicicleta em posição vertical e acorrentada.
- CAIXA CARROÇÁVEL ou de ROLAMENTO - é a faixa da via destinada á circulação de veículos, excluídos os passeios, os canteiros centrais e o
acostamento;
- CALÇADA ou PASSEIO - é a parte do logradouro destinada ao trânsito de pedestres e de bicicletas quando este for dotado de ciclofaixa, segregada
e em nível diferente à via, dotada quando possível de mobiliário urbano, sinalização e vegetação;
- CALÇADÃO - é a parte do logradouro público, destinado ao pedestre e equipado de forma a impedir o estacionamento e o transito de veículos,
exceto quando dotado de ciclofaixa, tendo por propósito oferecer condições adequadas à circulação e lazer da coletividade;
- CAMPING - é o empreendimento destinado à atividade coletiva, turístico - esportiva, provido dos equipamentos de apoio necessários ao exercício
da atividade de acampamento;
XXXIX - CANTEIRO CENTRAL - é o espaço compreendido entre as bordas internas das pistas de rolamento, objetivando separá-las física,
operacional, psicológica e esteticamente;
XXXIX - CANTEIRO LATERAL - é o espaço compreendido entre as bordas externas das pistas expressas e a borda interna da pista coletora
objetivando separá-las física, operacional, psicológica e esteticamente;
XL - CASA - é a edificação organizada e dimensionada para o exercício de atividade uniresidencial;
XLI - CASAS GEMINADAS - são edificações destinadas a duas unidades domiciliares residenciais, cada uma das quais dispondo de acessos
exclusivos para o logradouro, constituindo-se, no seu aspecto externo, uma unidade arquitetônica homogênea, com pelo menos uma das seguintes
características:
parede divisória total ou parcialmente contíguas ou comuns em um ou dois lotes;
superposição total ou parcial de pisos em um só lote.
XLII - CICLOFAIXA - é a faixa exclusiva para bicicletas nas calçadas, passeios e calçadões ou contíguas às vias de circulação;
XLIII - CICLOVIA - é a via destinada. única e exclusivamente, à circulação de biciclos ou seus equivalentes, não motorizados;
XLIV - CLASSE da ATIVIDADE - é a identificação da atividade pelo porte e natureza;
XLV - CLASSE da VIA - é a identificação da via pela sua função no sistema viário urbano do município, caixa carroçável e capacidade de fluxo de
veículos;
XLVI - COTA - é a indicação ou registro numérico de dimensões;
XLVII - DELIMITAÇÃO - é o processo através do qual o Executivo Municipal estabelece o perímetro de áreas do território (para fins
administrativos, de planejamento ou estabelecimento de normas);
XLVIII - DENSIDADE BRUTA - é a relação entre o número de habitantes e uma determinada área, inclusive ruas, áreas verdes e institucionais;
XLIX - DENSIDADE LÍQUIDA na QUADRA - é a relação entre o número de habitantes e a área da quadra total.
L - DIVISA - é a linha limítrofe de um terreno;
LI - DUPLEX - é a unidade residencial constituída de dois pavimentos;
LII - EDIFICAÇÃO - é a construção acima, no nível ou abaixo da superfície de um terreno com estruturas físicas que possibilitem a instalação e o
exercício de atividades;
LIII - EIXO da VIA - é a linha imaginária que, passando pelo centro da via, é eqüidistante aos alinhamentos;
LIV - EQUIPAMENTO de USO INSTITUCIONAL - são estabelecimentos ou instalações destinados aos usos dos setores de saneamento,
abastecimento, assistência social, atividade religiosa, cultura, lazer, esporte, transporte, segurança, quer do domínio público ou privado, além dos
equipamentos para a administração governamental;
LV - EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS - são espaços destinados a:
Campos de esporte e "play-grounds" abertos à utilização pública gratuita ou restrita;
Edificações e instalações destinadas a atividades de assistência médica e sanitária, promoção de assistência social, educação, abastecimento, cultura,
segurança, esporte e lazer da administração direta do poder público ou com ela conveniada;
LVI - EQUIPAMENTO de IMPACTO - são empreendimentos públicos ou privados que representem uma excepcional sobrecarga na capacidade da
infra-estrutura urbana ou ainda que provoquem dano ao meio ambiente natural ou construído;
LVII - EQUIPAMENTOS URBANOS - são aqueles destinados à prestação dos serviços de abastecimento d'água, esgotamento sanitário e pluvial,
energia elétrica, rede telefônica e gás canalizado e destino final do lixo;
LVIII – ESCALA - é a relação entre as dimensões do desenho e o que ele representa;
LIX - ESPAÇO LIVRE DE USO PÚBLICO - é o percentual da área objeto de parcelamento destinada exclusivamente a praças, parques, jardins para
usufruto da população;
LX - ESTACIONAMENTO - é o espaço público ou privado destinado à guarda ou estacionamento de veículos, constituído pelas áreas de vagas e
circulação;
LXI - FAIXA de DOMÍNIO de VIAS - é a área que compreende a largura ou caixa da via acrescida da área "non aedificandi";
LXII - FAIXA de PROTEÇÃO da GALERIA de DRENAGEM - é a área "non-aedificandi" que compreende a largura da galeria de drenagem
acrescida da área de proteção;
LXIII - FICHA TÉCNICA - é o documento emitido pela Administração informando a situação urbanística para determinado imóvel ou
empreendimento;
LXIV -FRENTE (do lote ou terreno) - é a divisa do terreno lindeira com o(s) logradouro(s) público(s), ou reconhecido como tal.
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LXV - FUNDO de TERRENO - é a divisa oposta à frente do lote.
LXVI - GALERIA - é o espaço de Iivre acesso público para circulação de pedestres, coberto por marquise ou laje do pavimento imediatamente
superior, podendo, em casos especiais, dar acesso a veículos de serviço e/ou acesso a estacionamento;
LXVII - GLEBA - é o terreno que ainda não foi objeto de parcelamento, sob qualquer forma;
LXVIII - GRUPOS de USO - é o conjunto de usos que possuem características comuns, e são divididos em subgrupos que reúnem atividades afins.
Os grupos de uso são: Grupo Residencial, Grupo Comercial, Grupo de Serviço, Grupo Industrial, Grupo Institucional, Grupo Extrativista-
Agropecuária;
LXIX - HABITAÇÃO (Domicílio) - é a edificação destinada á moradia;
LXX - HABITE-SE - é o documento fornecido pela municipalidade autorizando a utilização da edificação;
LXXI - INDICADORES URBANÍSTICOS - são taxas, quocientes, índices e outros indicadores com o objetivo de disciplinar a implantação de
atividades e empreendimentos no município;
LXXII- ÍNDICE de APROVEITAMENTO - é o quociente entre o somatório das áreas parciais de todos os pavimentos do edifício e a área total do
terreno;
LXXIII - LARGURA de uma VIA - é a distância entre os alinhamentos da via; LXXIV - LINDEIRO - é o que se limita ou é limítrofe;
LXXV - LOGRADOURO PÚBLICO - é o espaço Iivre, reconhecido pela municipalidade, destinado ao trânsito, tráfego, comunicação ou lazer
públicos;
LXXVI - LOTE - é a parcela de terreno contida em uma quadra, resultante de processo de parcelamento, com pelo menos uma das divisas lindeira à
via pública;
LXXVII - MARQUISE - é a coberta em balanço aplicada às fachadas de um edifício;
LXXVIII - MEIO FIO - é a linha composta de blocos de cantaria ou concreto que separa o passeio da faixa de rolamento ou do acostamento;
LXXIX - MEZANINO - é a laje de piso situada em nível intermediário entre o piso e o teto de um pavimento, cuja projeção ocupa no máximo 50%
(cinqüenta por cento) da área do pavimento onde se situa;
LXXX - MOBILIÁRIO URBANO - é o equipamento urbano, público, destinado ao uso da população, localizado em logradouros públicos e que
visem proporcionar um maior nível de conforto, de segurança e urbanidade à população usuária, tais como: abrigos e paradas de ônibus, lixeiras,
bancos, cabines telefônicas e policiais, caixas de coletas de correspondência, equipamentos de fisicultura e de lazer, hidrantes, etc;
LXXXI - MUDANÇA DE USO - é a alteração de uso dado a um imóvel incorrendo ou não em alteração física do mesmo;
LXXXII - NIVELAMENTO - é a fixação da cota correspondente aos diversos pontos característicos da via urbana, a ser observada por todas as
construções no seus limites com o domínio público (alinhamento);
LXXXIII- ORDENAMENTO do USO e da OCUPAÇÃO do SOLO - é o processo de intervenção do Poder Público visando orientar e disciplinar a
implantação de atividades e empreendimentos no território do município, com vistas a objetivos de natureza sócio-econômica, cultural,
administrativa;
LXXXIV - PÁTIO ABERTO - é o espaço descoberto, para o qual está voltada apenas uma face do edifício, sem possibilidade de unir à face ou faces
de outros edifícios vizinhos;
LXXXV - PÁTIO FECHADO - é o espaço descoberto, limitado por quatro paredes do mesmo edifício, ou quando limitado por duas ou três paredes
do mesmo edifício possa vir a ter como limite uma parede do edifício vizinho;
LXXXVI - PAVIMENTO - é o espaço da edificação, fechado ou vazado, compreendido entre dois pisos sucessivos ou entre um piso e a cobertura;
LXXXVII - PAVIMENTO TÉRREO - é o pavimento definido pelo projeto, cujo piso não fique acima de 1,00m (um metro) em relação ao ponto
médio do(s) passeio(s) do(s) logradouro(s) que Ihe(s) sejam lindeiro(s);
LXXXVIII - PAVIMENTO TIPO - são pavimentos com a mesma planta que se repetem na edificação;
LXXXIX - PÉ-DIREITO - é a distância vertical entre o piso e teto de um compartimento;
XC - PLAY-GROUND - é a área destinada para fins recreacionais, não podendo estar localizada em subsolo;
XCI - PORTE da ATIVIDADE - é a característica da edificação ou terreno no qual a atividade está implantada, considerando, cumulativa ou
separadamente, sua área construída, a dimensão do lote, a capacidade ou a lotação;
XCII - PROFUNDIDADE do LOTE - é a distância média entre a frente e o fundo do lote;
XCIII - PROJETO - é o plano geral de edificações, de parcelamento ou de outras obras quaisquer;
XCIV - PROJETO URBANÍSTICO - é o projeto desenvolvido para determinada área urbana, mediante prévia aprovação do Município,
considerando, entre outros os seguintes aspectos:
revitalização do espaço urbano;
criação de áreas e equipamentos de uso público;
preservação de edificações e espaços de valor histórico;
definições dos usos;
definição do sistema de circulação;
reserva de áreas para alargamento do sistema viário;
reserva de área para estacionamento e terminais de transporte público.
XCV - REENTRÂNCIA - é a área para a qual o mesmo edifício tem três faces, ou quando embora limitado por duas faces do mesmo edifício, possa
a vir a ter uma terceira formada pela parede do edifício vizinho;
XCVI - RECUO - é a distância medida entre o limite externo da projeção da edificação no plano horizontal, e a divisa do lote. O recuo de frente é
medido com relação ao alinhamento ou, quando se trata de lote lindeiro a mais de um logradouro público a todos os alinhamentos. Os recuos são
definidos por linhas paralelas às divisas do lote, ressalvada a execução de balanço, marquises, beirais, e elementos componentes de fachada em
edificações;
XCVII - REFORMA - são serviços ou obras que impliquem em modificações na estrutura da construção, nos compartimentos ou no número de
pavimentos da edificação, podendo haver ou não alteração da área edificada;
XCVIII - REPAROS GERAIS - são obras destinadas, exclusivamente, a conservar e estabilizar a edificação e que não impliquem em alteração nas
dimensões dos espaços, admitida, com responsabilidade técnica, a execução de laje até o limite de 40,00m2 (quarenta metros quadrados);
XCIX – REURBANIZAÇÃO - é o processo pelo qual uma área urbanizada sofre modificações que substituem, total ou parcialmente, suas primitivas
estruturas físicas e urbanísticas;
C - SISTEMA VIÁRIO BÁSICO - conjunto de vias que, de forma hierarquizada e articuladas com as vias locais, viabilizam a circulação de pessoas,
veículos e cargas.
CI - SUBSOLO - são pavimentos, enterrados ou semi-enterrados, situados abaixo de pavimento térreo;
CII - TAXA de OCUPAÇÃO - é a percentagem da área do terreno ocupada pela projeção da edificação no plano horizontal, não sendo computados
nesta projeção os elementos componentes das fachadas, tais como: brises, jardineiras, marquises, pérgolas e beirais;
CIII - TAXA de OCUPAÇÃO do SUBSOLO: é a percentagem da área do terreno ocupada pela área de pavimento de subsolo;
CIV - TAXA de PERMEABILIDADE - é a relação entre a parte do lote ou gleba que permite a infiltração de água, permanecendo totalmente livre de
qualquer edificação e a área total dos mesmos;
CV - TERRENO IRREGULAR - é aquele cujas divisas não formam entre si quatro ângulos iguais de 90o graus.
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CVI - TESTADA - é a distância, medida no alinhamento, entre as divisas laterais do lote; CVII - USO ADEQUADO - é o uso compatível às
características de determinada zona; CVIII – USO INADEQUADO - é o uso incompatível às características de determinada zona;
CIX - USO PERMITIDO – é o uso compatível, porém com restrições, às características de determinada zona;
CX - USO do SOLO - é o resultado de toda e qualquer atividade, que implique em dominação ou apropriação de um espaço ou terreno;
CXI - VIA de CIRCULAÇÃO - é o espaço organizado para a circulação de veículos, motorizados ou não, pedestres e animais, compreendendo a
pista de rolamento, o passeio, o acostamento e canteiro central;
CXII - VISTORIA - é a inspeção efetuada pelo Poder Público com objetivo de verificar as condições exigidas em lei para uma obra, edificação,
arruamento, ou atividade.
TÍTULO II
DO USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO
CAPITULO I
DO ZONEAMENTO
Art. 4°. Para efeito de planejamento das ações municipais e aplicação da legislação de parcelamento, de uso e ocupação do solo, o Município de
Ipanguaçu está dividido, espacialmente, em quatro zonas:
– ZONAS DE DESENVOLVIMENTO URBANO – ZDU
– ZONAS DE EXPANSÃO URBANA –ZEU
– ZONAS DE TRANSIÇÃO – ZT
– ZONAS DE USOS ESPECIAIS – ZUE
Parágrafo Único. Cada uma dessas áreas está delimitada em função da topografia, condições ambientais, ocupação urbana existente, disponibilidade
de equipamentos urbanos e comunitários, serviços e sistema viário.
Art. 5°. As Zonas de Desenvolvimento Urbano - ZDU compreendem as áreas destinadas à concentração das atividades eminentemente urbanas, onde
será intensificado o uso e a ocupação do solo observadas as características do meio ambiente, a capacidade do solo e as possibilidades da infra-
estrutura instalada ou projetada. Corresponde às áreas centrais e adjacências, com infra-estrutura de saneamento em parte do território, onde observa-
se certa concentração de atividades habitacionais, institucionais, comerciais, industriais e de serviços.
Parágrafo Único - As Zonas de Desenvolvimento Urbano - ZDU dividem-se nas seguintes microzonas: ZDU - 1, ZDU - 2, ZDU - 3 e ZDU – 4.
Art. 6°. As Zonas de Expansão Urbana - ZEU – são aquelas destinadas ao crescimento e expansão das atividades urbanas. Compreende as áreas do
Município consideradas urbanas, com grandes extensões de áreas loteadas, embora com carência de infra-estrutura mínima de abastecimento d’ água,
esgotamento sanitário, rede de energia e até de circulação e acessos.
Parágrafo Único. As Zonas de Expansão Urbana dividem-se nas seguintes microzonas: ZEU - 1, ZEU - 2, ZEU - 3 , ZEU – 4 e ZEU - 5.
Art. 7°. As Zonas de Transição - ZT – compreende as área que fazem mediação entre as atividades urbanas e rurais. São áreas de pequena vocação
para o abrigo de atividades urbanas, desprovidas de infra-estrutura, onde ainda encontram-se presente atividades agropecuária, além de sítios e
chácaras de lazer.
Parágrafo Único. Para efeito de diferenciação nos indicadores urbanísticos, as Zonas de Transição encontram-se divididas no Mapa 01, em Zonas
de Transição 1 e 2 e Zona de Transição Rigorosa - ZTR.
Art. 8°. As Zonas de Usos Especiais - ZUE – compreende a áreas onde os usos têm normas e padrões específicos estabelecidos em função da
peculiaridade das atividades e por características ambientais e urbanísticas, assim definidas:
Parágrafo Único. As Zonas de Usos Especiais - ZUE dividem-se nas seguintes áreas :
- Áreas de Preservação Ambiental – APAM;
- Áreas de Proteção Urbana - APUR;
– Área Especial de Interesse Paisagístico - AEIP.
- Área Central – AC ;
- Áreas Industrial – AI ;
– Áreas Estratégicas para Grandes Equipamentos – AEGE.
- Áreas de Interesse Social – AIS;
- Área Estratégica de Exploração Mineral – AEEM; VIX – Área de Uso Institucional - AUI
Art. 9°. As atividades desenvolvidas no perímetro urbano obedecerão às restrições de uso e ocupação, conforme o tipo ou porte, de acordo com os
indicadores urbanísticos constantes desta Lei e seus Anexos.
Art. 10. As zonas de usos referidas nos artigos 4°, 5°, 6°, 7°e 8°, estão delimitadas conforme perímetros descritos no anexo X da presente Lei.
SEÇÃO I
DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Art. 11. A Área de Preservação Ambiental - APAM - compreende as áreas cujas características de suas componentes físico-ambientais e paisagísticas
a qualificam como non aedificandi, de acordo com a Lei Federal n°4.771, de 15 de setembro de 1965, que dispõe sobre o Código Florestal.
§ 1°. Consideram-se Áreas de Preservação Ambiental - APAM de Ipanguaçu, para efeito desta lei, a seguinte área: DESCREVER A ÁREA QUE
PODE SER CONSIDERADA APAM E DEFINA NO MAPA.
§ 2°. Os perímetros das Áreas de Preservação são os constantes no Mapa, parte integrante desta lei.
Art. 12. Nas Áreas de Preservação Ambiental - APAM apenas serão adequados os seguintes usos e atividades:
– atividades de pesca e aquicultura;
– silviculltura, plantio, replantio e manutenção de matas;
– floricultura, fruticultura, horticultura; IV– camping, parques verdes e aquário; V – horto florestal;
§ 1°. A execução de quaisquer planos e obras, ou implantação de atividades, públicas ou privadas, ou ainda, de interesse social será em consonância
com o Art. 3°, § 1°da Lei Federal N° 4.771, de 15 de setembro de 1965, que dispõe sobre o Código Florestal.
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§ 2°. Nas Áreas de Preservação Ambiental já ocupadas com usos e atividades inadequados ficam proibidas quaisquer mudanças de uso e/ou
acréscimos na área construída e impermeabilizada.
Art. 13. Nas Áreas de Preservação Ambiental, a delimitação do lote ou gleba só poderá ser feita por cercas vivas, gradis ou cercas de arame, ficando
proibida a construção de muros nos limites dos terrenos.
Parágrafo Único. As cercas vivas deverão ser mantidas em bom estado de conservação com sua vegetação adequada aparada no alinhamento do
terreno.
Art. 14. A aprovação ou licenciamento de qualquer parcelamento do solo, execução de obras, serviços ou atividades em terrenos que incluam áreas
de preservação ficará condicionado à emissão de pareces favoráveis pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente - pelo IDEMA ou Pela Autarquia
Municipal do Meio Ambiente e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.
Parágrafo Único. Em função das características e do porte da atividade, a Municipalidade poderá solicitar análise prévia ou manifestação, de outros
órgãos estaduais ou federais que tenham vinculação com o caso.
Cet,max1
Art. 15. Os trechos dos recursos hídricos canalizados a céu aberto, com ou sem arruamento limítrofe ao canal, têm a Área de Preservação com
dimensões iguais aos trechos em que correm ao natural.
Art. 16. Os trechos dos recursos hídricos canalizados em galeria, e que não apresentam área de preservação, terão uma “faixa de proteção de
galeria” com dimensão mínima de dois metros para cada lado dos limites da galeria.
Parágrafo Único. São permitidas apenas obras de manutenção relativas à conservação, segurança e higiene às edificações já implantadas na “faixa
de proteção de galeria”.
SEÇÃO II
DA ÁREA DE PROTEÇÃO URBANA
Art. 17. A Área de Proteção Urbana – APUR - compreende as áreas contíguas às Áreas de Preservação Ambiental funcionando como área de
transição com as outras áreas ou zonas de uso.
Parágrafo único. As faixas das Áreas de Proteção Urbana – APUR são os constantes no Mapa, parte integrante desta lei.
Art. 18. Os indicadores urbanísticos da APUR constam no Anexo XX, parte integrante desta Lei.
SEÇÃO III
DA ÁREA DE USO INSTITUCIONAL
Art. 19. As Áreas de Uso Institucional - AUI - compreendem as áreas onde as edificações ou grupos de edificações abrigam atividades do grupo de
uso institucional nos setores de administração, defesa, segurança, saneamento, transportes, cultura, esporte, saúde, lazer, abastecimento, e a atividade
de educação – universidade que, pelo porte e natureza das atividades, deverão ser considerados projetos especiais.
Parágrafo único. A regulamentação do parcelamento, uso e ocupação do solo destas áreas deverá cumprir os dispositivos previstos para os Projetos
Especiais de Impacto Urbano.
Art. 20. O Poder Executivo poderá delimitar Áreas Institucionais, caso julgue necessário, ouvido o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio
Ambiente.
SEÇÃO IV
DA ÁREA CENTRAL
Art. 21. A Área Central corresponde ao núcleo inicial da Cidade de Ipanguaçu com características de relevante valor histórico e artístico dignos de
serem conservados e recuperados para a proteção da memória, do traçado urbano e da paisagem, para o desenvolvimento e valorização da cultura
local, articulados ao desenvolvimento sócio-econômico da população.
Parágrafo Único – A delimitação da Área Central – AC – consta no Anexo 03 e Mapa 01 integrantes da presente lei.
Art. 22. Para efeito desta lei, são considerados elementos de fundamental importância para a conservação da paisagem urbana e preservação da
memória local, na Área Central:
– O traçado urbano, tal como se encontra;
– A topografia natural da área, enquanto somatório da topografia dos terrenos e implantação das edificações;
– As edificações, reconhecidas pelo Município como de valor histórico e artístico, e sua ambiência em sua integridade, compreendidos os elementos
externos de composição arquitetônica e volumétrica, tais como fachadas, telhados, paredes, pisos, materiais e técnicas construtivas.
– Os logradouros – ruas, praças, jardins públicos, becos e demais espaços livres deverão
Art. 23. Na Área Central as intervenções em edificações ou terrenos públicos ou privados, logradouros e demais espaços urbanos e que resultarem
em reformas, ampliações ou novas construções ficam sujeitos as seguintes restrições:
- os indicadores urbanísticos para a área serão:
taxa de ocupação (TO) – 80% (oitenta por cento);
índice de aproveitamento – 1,4 (hum vírgula quatro);
taxa de permeabilidade – 15% (quinze por cento);
dimensões mínimas do lote – será admitida as dimensões constantes do Registro de Imóveis, desde que o registro tenha data anterior a vigência da
presente Lei;
altura máxima das edificações – 9,0m (nove metros) contados a partir da soleira da via por onde tem acesso até o ponto mais alto da coberta,
incluindo caixa d’água, etc;
– os usos adequados são os de habitação, comercio e serviço de natureza e porte;
– será permitido a construção no alinhamento dos logradouros e nas divisas laterais do lote, respeitados o recuo de 1,20m (dois metros) na divisa de
fundo e a taxa de ocupação;
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– será exigido o recuo mínimo lateral de 1,20m (um metro e vinte centimetros) em ambos os lados da edificação;
Art. 24. Para garantir a preservação do traçado urbano e da ambiência na Área Central de Ipanguaçu o Poder Executivo estabelecerá por
regulamento diretrizes e normas referentes a:
– pavimentação de passeios, logradouros e faixas de rolamento;
– mobiliário urbano;
– Iluminação pública e sinalização;
– Elementos de Publicidade, propaganda e comunicação;
– Condições de acesso aos lotes e edificações e estacionamento;
- Recomendações quanto a:
elementos de composição arquitetônica;
materiais e técnicas construtivas
Art. 25. Os projetos de edificações, execução de obras, reparação ou restauração na área Central serão objeto de exame especial por parte do poder
Municipal que, de acordo com os dispositivos da presente Lei, concederá o alvará de construção.
SEÇÃO V
DA ÁREA INDUSTRIAL
Art. 26. A Área Industrial é aquela de uso estritamente industrial, destinada à implantação de indústrias de grande porte, bem como suas atividades
complementares.
Art. 27. Fica definida como Área Industrial a área delimitada no Anexo 04 e no Mapa 02.
Art. 28. Os indicadores urbanísticos destas áreas são os contidos no Anexo 02.
Art. 29. O Poder Executivo poderá delimitar outras Áreas Industriais, caso as julgue necessárias, ouvido o Conselho Municipal de Urbanismo e
Meio Ambiente.
SEÇÃO VI
DA ÁREA DE INTERESSE SOCIAL
Art. 30. A Área de Interesse Social tem por objetivo garantir aos cidadãos a função social da cidade e da propriedade, garantindo dessa forma a
diminuição das desigualdades sociais e a melhoria da qualidade de vida da população.
Art. 32. São Aglomerados Habitacionais de Interesse Social as áreas enquadradas nas seguintes situações:
– Assentamentos Populares – são ocupações por população de baixa renda - favelas ou assemelhados – em terrenos públicos ou privados, destituída
de propriedade dos terrenos, cuja forma de ocupação se dá em desacordo com a legislação urbanística em vigor.
– Reassentamentos Populares – ocupação de terreno nos quais o Poder Público municipal, estadual ou federal tenha o interesse na promoção de
loteamentos e assentamentos para a população de baixa renda.
Parágrafo Único. Ficam proibidos os assentamentos ou reassentamentos em logradouros públicos, áreas livres destinada a uso público e a
equipamentos urbanos e comunitários, oriundos ou não da transferência para o patrimônio público em processo de loteamento.
Art. 33. Não será permitida a urbanização de assentamentos populares localizados em áreas:
– com risco à segurança de seus ocupantes;
– com declividade maior ou igual a 30% (trinta por cento);
– de preservação ambiental e de proteção urbana;
– com condições físicas e ambientais inadequadas à edificação;
– aterradas com material nocivo à saúde pública, sem prévio saneamento;
– sob viadutos ou pontes;
– causadoras de transtornos à rede de infra-estrutura implantada e projetada;
– destinadas à realização de obras ou implantação de planos urbanísticos de interesse coletivo, incluídas as áreas institucionais, as áreas de uso livre e
as vias públicas.
Art. 34. As áreas de assentamento e reassentamento populares deverão ser delimitadas pelo Poder Público municipal, estadual e federal com o
objetivo de urbanizá-las com infra-estrutura e equipamentos urbanos e, quando for o caso, regularizá-las juridicamente quanto à propriedade da terra.
Parágrafo Único. A localização para a implantação de Áreas de Interesse Social será definida por ato do Poder Executivo, quando não estiver
explícito no Zoneamento, ouvido o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente.
Art. 35. Nos projetos urbanísticos de áreas de reassentamento popular, serão observados:
– a promoção destes projetos é exclusiva do Poder Público;
– da área total do terreno do projeto será destinado 10% (dez por cento) para área livre;
– acima de 100 (cem) unidades deverá ser elaborado um estudo que considerará o porte do projeto e sua localização, visando estabelecer a
necessidade de reserva de área para implantação de equipamentos comunitários;
– taxa de ocupação do lote de 70% (setenta por cento);
– índice de aproveitamento igual a 1,5 (um vírgula cinco);
– recuo de fundo mínimo de 2,0m (dois metros);
– gabarito de dois pavimentos;
VI – as vias de circulação de uso local, internas ao conjunto, poderão ter dimensões mínimas de 8,0m (oito metros) sendo 1,20m (um metro e vinte
centímetros) de passeio e 6,0m (seis metros) de rolamento.
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Art. 36. Conjuntos habitacionais de interesse social são os projetos urbanísticos enquadrados em programas governamentais federal, estadual e
municipal para atendimento da população de baixa renda, incluindo a infra-estrutura básica e os equipamentos urbanos.
§ 1°. Os empreendimentos enquadrados no caput do artigo deverão obedecer os seguintes
critérios:
– da área total do terreno do projeto será destinado 10% (dez por cento) para área livre;
– as vias de circulação deverão observar as diretrizes para o sistema viário básico da cidade,
sendo facultativo o uso de vias locais com caixas reduzidas de 11,0m (onze metros);
– acima de 100 (cem) unidades deverá ser elaborado um estudo que considerará o porte do projeto e sua localização, visando estabelecer a
necessidade de reserva de área para implantação de equipamentos comunitários;
– taxa de ocupação do lote de 60% (sessenta por cento);
– índice de aproveitamento igual a 1,5 (um vírgula cinco);
– recuos de frente e fundo de 3,0m (três metros) cada;
– gabarito permitido de três pavimentos;
– testada mínima do lote com 6,0m (seis metros) e com área mínima de 135,0 m² (cento e trinta e cinco metros quadrados).
§ 2°. Os casos de empreendimentos da iniciativa privada ou de entidades representativas de comunidades, com características enquadradas como
Conjunto Habitacional de Interesse Social serão analisados como projeto especial.
Art. 37. São exigências para aprovação de construção de Conjunto Habitacional de Interesse Social:
I – solicitação de Plano de Diretrizes Urbanísticas e Densidade Demográfica ao órgão
municipal competente;
– aprovação do projeto compreendendo parcelamento do solo, se a área já não for loteada, edificações e infra-estrutura;
– obras de infra-estrutura dimensionadas de forma compatível com a densidade projetada para o conjunto, nos termos do Plano referido no item I;
– construção de equipamentos comunitários, simultaneamente, aos conjuntos habitacionais com mais de 100 (cem) unidades;
– análise prévia da definição de equipamentos comunitários que considerará o porte do conjunto, a localização e os equipamentos existentes na área
de implantação do conjunto habitacional.
Parágrafo Único. Para efeitos dessa Lei, são obras de infra-estrutura a execução:
- das vias de circulação;
- dos sistemas de esgotamento sanitário e abastecimento d’água;
- da drenagem urbana;
SEÇÃO VII
DA ÁREA ESTRATÉGICA PARA GRANDES EQUIPAMENTOS
Art. 38. A Área Estratégica para Grandes Equipamentos - AEGE corresponde a área destinada a implantação de grandes equipamentos de natureza
diversa, industriais ou de atividades classificadas como inadequadas ao meio urbano.
Art. 39. Na AEGE para a implantação de atividade industrial composta de uma única planta industrial, será permitido o parcelamento do solo em
quadras com dimensões que podem variar entre 1.000 e 40.000 metros quadrados
§ 1°. As vias de circulação lindeiras as quadras com uma das dimensões superior a 1.000 (mil) metros deverão ter seção mínima de 15 (quinze)
metros.
§ 2° . Nos processos de parcelamento do solo deverá ser atendido a Lei de Parcelamento do Solo e do Sistema Viário, no que couber.
SEÇÃO VIII
DA ÁREA ESTRATÉGICA PARA EXPLORAÇÃO MINERAL
Art. 40. A Área Estratégica para Exploração Mineral - AEM compreendem as áreas de reconhecido potencial para exploração mineral de granito,
areia, argila etc, certificado pelo órgão competente de acordo com a legislação federal.
Art. 41. No município de Ipanguaçu, a atividade de exploração mineral poderá ser licenciada nas áreas identificadas como Zona de Expansão
Urbana - ZEU, constantes no Mapa 01.
Art. 42. No licenciamento pelo Município para a atividade de exploração mineral será exigido a comprovação pelo requerente do licenciamento
pelos órgãos competentes estadual e federal.
Art. 43. Para o licenciamento referido no artigo anterior é obrigatório a aprovação do Plano de Manejo e Recuperação da área a ser minerada e do
Plano de Segurança para a população envolvida.
SEÇÃO IX
DA ÁREA ESPECIAL DE INTERESSE PAISAGÍSTICO
Art. 44. As Áreas de Interesse Paisagístico – AEIP são as que, por seu relevante interesse ecológico, ambiental e turístico, deverão receber
tratamento específico.
§ 1°. Nas AEIPs, não serão permitidas edificações nem atividades que alterem o ecossistema
existente.
§ 2°. Nas AEIP’s a altura máxima das edificações fica limitada a 8,0m (oito metros).
Art. 45. Fica definida como Área Especial de Interesse Paisagístico a área delimitada no Anexo 02.
CAPITULO II
DO PATRIMÔMIO AMBIENTAL
Art. 46. O Poder Público, no sentido de valorizar seu Patrimônio Ambiental, deverá promover ações a fim de ressaltar as potencialidades do
território municipal, além de garantir sua perpetuação e superação dos conflitos referentes à poluição e degradação do meio ambiente natural e
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construído.
Parágrafo Único. Para efeito desta lei, o Patrimônio Ambiental abrange os Patrimônios Cultural e Natural.
Art. 48. Integram o Patrimônio Natural os elementos naturais ar, água, solo, subsolo, fauna, flora, assim como as amostras significativas dos
ecossistemas originais do sítio de Ipanguaçu, indispensáveis à manutenção da biodiversidade ou à proteção das espécies ameaçadas de extinção, as
manifestações fisionômicas que representam marcos referenciais da paisagem e sejam de interesse proteger, preservar e conservar a fim de assegurar
condições de equilíbrio urbano, essenciais à sadia qualidade de vida.
Art. 49. Com vistas a proteger e valorizar seu Patrimônio Natural, o Município poderá propor áreas que deverão servir de implantação de Unidades
de Conservação da Natureza, conforme inciso VI do art. 9°da Lei n° 6.938 de 31 de agosto de 1981.
§ 1°. Unidade de Conservação é o espaço físico-territorial, definido por ato do Poder Público, que reúne características ambientais peculiares.
§ 2°. São Unidades de Conservação as Reservas Biológicas, Estações Ecológicas, Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse
Ecológico, Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, Reservas de Fauna, Monumentos Naturais, Refúgios de Vida Silvestre, Floresta Nacional,
Reservas Extrativistas, Reservas de Desenvolvimento Sustentável, Reservas Particulares do Patrimônio Natural, conforme Lei n°9.985/00.
Art. 50. Além da implantação de Unidades de Conservação, o Poder Executivo poderá implementar programas como:
– Programa de Proteção às Áreas Naturais propondo desenvolver estudos para a identificação de espaços representativos de valor natural, com vistas
a estabelecer usos sustentáveis, resguardando as características que lhe conferem peculiaridade e envolvendo a recuperação de áreas degradadas e a
prevenção de riscos ambientais;
– Programa de Implantação e Manutenção de Áreas Verdes Urbanas envolvendo ações permanentes de implantação e manutenção de parques e
praças, de disciplinamento da arborização nos passeios públicos e de criação de incentivos à arborização e ao ajardinamento em áreas privadas;
– Programa de Gestão Ambiental propondo a elaboração de um Plano de Gestão Ambiental contendo diretrizes gerais de atuação consolidadas a
partir dos planos setoriais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana, gerenciamento de resíduos sólidos e de energia e de
proteção ambiental;
– Programa de Prevenção e Combate à Poluição propondo ações permanentes de monitoramento da qualidade da água, do solo e do espaço urbano
visando à prevenção, ao controle e à fiscalização das atividades potencialmente poluidoras, considerando as condições atmosférica, hídrica, do solo e
visual e a degradação do meio ambiente.
Art. 51. As atividades consideradas potencialmente causadoras de alterações ambientais deverão ser submetidas a análise e exigências pelo Poder
Executivo Municipal.
Parágrafo Único. São consideradas atividades potencialmente poluidoras ou causadoras de alterações ambientais, entre outras, as seguintes:
aterros;
desmatamentos;
obras de terraplanagem;
retificação de canais;
construção de barragens;
construção de moles e diques;
instalações industriais;
dragagens;
atividades nucleares.
Art. 52. A implantação de projetos urbanísticos em área de interesse ambiental, a critério do órgão municipal competente do meio ambiente,
dependerá da elaboração de EIA (Estudos de Impacto Ambiental) e RIMA (Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente) de acordo com o item XV,
do Art. 2°da Resolução CONAMA n°001 de 23 de janeiro de 1986.
Art. 53. Aplicam-se, como instrumentos desta seção, no que couber, as Legislações Federal (Lei n° 4.771, Lei n° 6.766, Lei n° 6.803, Lei n° 6.938,
Lei n° 7.347, Lei n° 7.754, dentre outras) e Estadual (Lei n° 10.147, Lei n° 11.423, Dec. n° 24.959/1998, dentre outras) referente ao patrimônio
natural e as garantias de sua preservação
SEÇÃO II
DO PATRIMÔNIO CULTURAL
Art. 54. Integra o Patrimônio Cultural, para efeitos desta Lei, o conjunto de bens imóveis de valor significativo – edificações isoladas ou não –
ambiências, parques urbanos e naturais, praças, sítios e paisagens, assim como manifestações culturais – tradições, práticas e referências,
denominados de bens intangíveis, que conferem identidade a estes espaços.
Art. 55. O Município poderá declarar o tombamento ou a preservação dos bens ou conjunto de bens representativos culturais, naturais ou produzidos
pelo homem, garantindo a permanência das expressões do processo histórico e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população e
para valorização da memória social.
§ 1°. Incluem-se entre os bens tombados no Município aqueles já tombados por órgãos federais ou estaduais competentes, devendo ser desenvolvidas
ações conjuntas visando a adequada preservação da memória e do patrimônio cultural.
§ 2°. Qualquer bem ou conjunto de bens, naturais ou produzidos pelo homem, poderá ser declarado tombado ou preservado por ato dos poderes
federal, estadual ou municipal.
Art. 56. O tombamento e preservação de qualquer bem ou conjunto de bens representativos culturais poderá ser solicitado, mediante requerimento
por qualquer cidadão ou entidades representativas da sociedade.
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Art. 57. O tombamento ou a preservação de bens ou conjunto de bens poderá ser provisório ou definitivo, de acordo com o processo ou com o
respectivo decreto.
Parágrafo Único. O tombamento ou preservação provisórios ocorrerão quando o decreto correspondente se destinar a ações preventivas, e/ou
emergenciais, até que estudos específicos concluam pelo seu caráter definitivo.
Art. 58. O Município poderá implementar programas de valorização do Patrimônio Cultural envolvendo ações e políticas que permitem identificar e
classificar elementos de valor cultural, estabelecer diretrizes e realizar projetos e obras com vistas ao resgate da memória cultural, tais como
conservação, reparação ou restauração de edificações ou de áreas significativas e criar ou aperfeiçoar instrumentos normativos para incentivar a
preservação.
Parágrafo único. As ações de valorização do Patrimônio Cultural de que trata este artigo caracterizam-se pela execução de obras do bem,
considerando-se que:
– conservação é a intervenção de natureza preventiva que consiste na manutenção do bem cultural a ser preservado, tratando-se de pequenos reparos
tais como pinturas e retelhamentos;
– reparação é a intervenção de natureza corretiva que consiste na substituição, modificação ou eliminação de elementos estranhos ou incompatíveis
com a unidade arquitetônica do conjunto ou edifício isoladamente considerado;
– restauração é a intervenção também de natureza corretiva, que consiste na reconstituição das características originárias do imóvel mediante a
recuperação da estrutura afetada e dos elementos destruídos, danificados ou descaracterizados ou, ainda, de eliminação de elementos estranhos.
Art. 59. Fica o Poder Municipal autorizado a conceder os seguintes benefícios fiscais ao particular que promover a conservação, reparação ou
restauração do imóvel de sua propriedade:
– isenção do imposto predial pelo prazo de até 2 (dois) anos, quando a atividade preservadora tiver sido de conservação;
– isenção de imposto predial pelo prazo de até 5 (cinco) anos, quando a atividade preservadora tiver sido de reparação;
- isenção de imposto predial pelo prazo de até 10 (dez) anos, quando a atividade preservadora tiver sido de restauração.
Art. 60. Aplicam-se, como instrumentos desta seção, no que couber, as Legislação Federal e Estadual (Dec. Lei n° 25/1937, dentre outras) referente
ao patrimônio cultural e as garantias de sua preservação.
CAPÍTULO III
DAS CATEGORIAS DE ATIVIDADES E GRUPOS DE USO
Art. 61. No perímetro urbano do Município de Ipanguaçu, as atividades serão classificadas conforme os seguintes usos urbanos e seus respectivos
grupos, assim relacionados:
- RESIDENCIAL - Grupo de atividades relacionadas às formas de morar pessoas ou grupos de pessoas, em caráter permanente. No grupo residencial
também enquadra-se o uso misto - habitação com atividade comercial ou habitação com atividade de serviços.
- COMERCIAL - Grupo de atividades econômicas voltadas especifica para troca de bens;
- DE SERVIÇOS - Grupo de atividades econômicas voltadas para a prestação de serviços de qualquer natureza;
- INDUSTRIAL - Grupo de atividades, adequadas ou inadequadas ao meio urbano, voltadas para extração ou transformação de substâncias ou
produtos em novos bens ou produtos;
- INSTITUCIONAL - Grupo de atividades de caráter cultural, artístico, social, recreacional, governamental instituídas pelo Poder Público ou pelo
Setor Privado;
– EXTRATIVISTA/AGROPECUÁRIO – Grupo de atividades voltadas para a exploração do solo com finalidade de atender as necessidades, quer
seja de matéria-prima ou para subsistência.
Art. 62. A adequação de todas as atividades ocorrerá, prioritariamente, em função das restrições,da zona onde a atividade está inserida, além da
classificação da via.
Art. 63. Para os equipamentos e/ou atividades referentes a diversos tipos de usos como Projetos Especiais – PE, é obrigatória a Análise de
Orientação Prévia – AOP por parte dos órgãos municipais competentes.
Parágrafo Único. São considerados Projetos Especiais os empreendimentos públicos ou privados que por sua natureza ou porte demandem análise
específica quanto a sua implantação no território do Município. Podem ser:
Pólos Geradores de Tráfego – PGT, que são as edificações onde se desenvolvem atividades de grande número de viagens, e cuja implantação
provoque impacto no tocante à saturação da capacidade viária do entorno, na circulação circunvizinha, na acessibilidade à área, na qualidade
ambiental, na segurança de veículos e na capacidade da infra- estrutura existente;
Equipamentos de Impacto que são empreendimentos públicos ou privados que possam vir a representar uma sobrecarga na capacidade da infra-
estrutura urbana ou ainda que possam vir a provocar danos ao meio ambiente natural ou construído;
Torres de telefonia e redes de transmissão de energia elétrica.
Art. 64. As atividades industriais que, por sua natureza poluidora, são classificadas como Inadequadas ao Meio Urbano, podem ser implantadas
somente em determinadas zonas, conforme o disposto nesta lei, desde que sejam realizados controles de emissão de ruídos, vibrações, resíduos e
radiações, além do tratamento de efluentes, sendo obrigatório o Estudo de Impacto Ambiental – EIA.
Art. 65. As atividades industriais classificadas como Nocivas ao Meio Urbano, serão consideradas Projetos Especiais e só poderão ser implantadas
em áreas de urbanização específica, conforme Lei Federal n° 6766/79, dentro ou fora do perímetro urbano, com requisitos urbanísticos específicos
com vistas à preservação ambiental, a serem definidas pelo Poder Municipal e avaliadas pelo CONSELHO MUNICIPAL DE URBANISMO E
MEIO AMBIENTE
§ 1°. São consideradas Atividades Industriais Nocivas ao Meio Urbano aquelas que produzam ou armazenem material explosivo ou inflamável, ou
causem perigosas radiações ou emanações, a exemplo de usinas siderúrgicas e similares, refinarias de combustíveis, indústrias químicas, fábricas de
explosivos.
§ 2°. Os indicadores urbanísticos a serem específicos para essas áreas serão: Taxa de Ocupação, Índice de Aproveitamento, Recuos e Taxa de
Permeabilidade.
§ 3°. As áreas de urbanização específica para implantação das atividades referidas deverão:
situar-se em áreas que apresentem elevada capacidade de assimilação de efluentes e proteção ambiental;
localizar-se em áreas que favoreçam a instalação de infra-estrutura e serviços básicos necessários ao seu funcionamento e segurança;
manter, em seu contorno, anéis verdes de isolamento capazes de proteger as zonas circunvizinhas contra possíveis efeitos residuais e acidentes.
§ 4°. Serão exigidos Estudo de Impacto Ambiental – EIA e Relatório de Impacto Ambiental – RIMA para todas as indústrias classificadas como
Nocivas ao Meio Urbano.
SEÇÃO I
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DOS INDICADORES URBANÍSTICOS PARA OCUPAÇÃO
Art. 66. Os indicadores urbanísticos do tipo Taxa de Permeabilidade, Taxa de Ocupação e Índice de Aproveitamento constituem instrumentos de
controle das densidades e da ocupação do solo e incidirão nas zonas, em forma de índices ou percentuais conforme a especificidade de cada zona.
Art. 67. Os valores dos indicadores citados no artigo anterior, deverão estimular ou inibir a ocupação urbana da seguinte forma:
- Nas Zonas de Desenvolvimento Urbano - ZDU os valores destes indicadores deverão estimular a ocupação urbana de forma compatível com a
infra-estrutura existente e/ou projetada, consolidando a área como Centro Urbano e garantindo o bem-estar da população e a preservação dos
recursos naturais
- Nas Zonas de Expansão Urbana (ZEU), áreas destinadas ao crescimento urbano, a precariedade de infra-estrutura e a própria demanda por espaços
construídos apontam para o estabelecimento de indicadores que resultem em densidades média/baixa.
- Nas Zonas de Transição - ZT, estes indicadores deverão inibir a ocupação e o desenvolvimento de atividades urbanas.
§ 1°. O adensamento das Zonas de Desenvolvimento Urbano visa otimizar a infra-estrutura e diminuir os custos da urbanização, assegurando a
qualidade de vida da população e do meio ambiente.
§ 2°. Nas Zonas de Usos Urbanos Especiais, estes indicadores são definidos conforme as peculiaridades ambiental e urbanística de cada área que a
compõe.
§ 3°. Os índices e percentuais a serem adotados em cada zona são os constantes no Anexo 1.
Art. 68. Com o objetivo de assegurar a paisagem fica limitado a altura máxima das edificações de qualquer natureza, das chaminés, silos, torres e
quaisquer elemento de propaganda, publicidade ou comunicação no território compreendido no limite norte e leste da linha de demarcação da Área
Especial de Interesse Paisagístico - AEIP:
– Altura máxima de 16,0m (dezesseis metros) na área compreendida:
– Altura máxima de 9,0m (nove metros) na área compreendida: com a linha demarcatória da Área Especial de Interesse Paisagístico – AEIP até a
seguinte área: ;
Parágrafo Único. A altura máxima permitida será considerada a distância, medida na vertical, entre a cota da soleira da via de acesso até o ponto
mais alto da coberta, ou elemento da fachada, estrutura, painel ou elemento de qualquer natureza
SEÇÃO II
DO ESTACIONAMENTO POR CATEGORIA DE USO
Art. 70. É obrigatória a reserva de espaços, no interior do lote, para estacionamentos ou garagens de veículos vinculados às atividades da edificação:
§ 1°. O número de vagas para um estacionamento é estabelecido em função do porte do equipamento e de acordo com o tipo de ocupação do imóvel;
§ 2°. O número mínimo de vagas para o estacionamento é calculado conforme o disposto no Anexo 01, parte integrante desta Lei.
§ 3°. No caso das atividades de comércio, depósitos, prestação de serviços, escolas e indústrias, é obrigatório a reserva de espaço para carga e
descarga / embarque e desembarque no interior do lote, conforme o caso.
Art. 71. As vagas para estacionamento serão fixadas de acordo com as seguintes condições:
- Largura mínima de 2,30m ( dois metros e trinta centímetros);
- Comprimento mínimo de 4,50m (quatro metros e cinqüenta centímetros);
- Quando existir circulação interna, as vias deverão ter as seguintes larguras mínimas:
6,00m (seis metros) para vias com veículos estacionados em um ou ambos os lados num ângulo de 90º (noventa graus) coma a via;
3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) quando houver estacionamento em apenas um dos lados da via interna de circulação, com os veículos
estacionados de modo a ocorrer um ângulo de 45º (quarenta e cinco graus) com a via;
Art. 72. É obrigatória a reserva de vaga de estacionamento para portadores de deficiência física, e para idosos, de acordo com norma da ABNT.
Art. 73. Os acessos ao estacionamento deverão distar, no mínimo 8,00m (oito metros), de qualquer esquina, medidos a partir do alinhamento do
terreno.
Art. 74. A utilização do recuo de frente como estacionamento deve ser de acordo com o disposto nesta Lei.
TÍTULO III
DO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA
Art. 75. A Administração Municipal, através de seus órgãos competentes, promoverá sempre e constantemente, a articulação do exercício do seu
poder de polícia administrativa para o ordenamento do uso e da ocupação do solo com o exercício das competências correspondentes nos demais
níveis de governo.
Parágrafo Único. Para cumprimento do disposto neste artigo é facultado ao Executivo Municipal:
- requisitar às Administrações Federal e Estadual diretrizes e orientação sobre assuntos de suas competências que contenham implicações com o
ordenamento do uso e ocupação do solo no Município;
- assumir, por delegação federal ou estadual, competências para a fiscalização do ordenamento do uso e ocupação do solo, áreas privativas da União
e do Estado, no território do Município.
Art. 76. Os infratores das disposições desta Lei, no que concerne a obras e projetos, estão sujeitos às seguintes sanções:
- advertência, com fixação de prazo para regularização da situação, prorrogável à juízo da administração Municipal através do órgão competente, e
mediante solicitação justificada do interessado sob pena de embargo das obras do empreendimento;
– multa graduada proporcionalmente à natureza da infração e área construída do empreendimento, em valor não inferior a 150 (cento e cinqüenta)
Unidades Fiscais de Referência Municipal - UFIRM e não superior a 1500 (um mil e quinhentos) Unidades Fiscais de Referência Municipal -
UFIRM;
- embargo das obras ou das demolições, nos casos de empreendimentos iniciados ou executados sem a aprovação do órgão competente da
Administração Municipal, e sem o necessário licenciamento para edificar ou ainda, em desacordo com o projeto aprovado, ou com inobservância das
restrições existentes.
– demolição em até:
cinco dias úteis após decorrido o prazo de defesa da Notificação;
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cinco dias úteis após o indeferimento das alegações apresentadas em atendimento à interpelação do Poder Público Municipal, não sendo possível a
regularização da obra;
- proibição de contratarem com o Município enquanto perdurar a infração.
Art. 77. Os infratores das disposições desta Lei, no que concerne ao exercício das atividades, ficam sujeitos às seguintes sanções:
- advertência, com fixação de prazos para regularização da situação, prorrogável a juízo do órgão competente da Administração Municipal, e
mediante solicitação justificada do interessado, sob pena de interdição do estabelecimento e/ou atividade.
- multa graduada proporcionalmente à natureza da infração e área do empreendimento, em valor não inferior a 150 (cento e cinqüenta) Unidades
Fiscais de Referência Municipal- UFIRM e não superior a 1500 (um mil e quinhentos) Unidades Fiscais de Referência Municipal - UFIRM;
- interdição temporária ou definitiva da atividade, no caso da não regularização da mesma, nos prazos previstos nos incisos I e II deste artigo.
§1°. As sanções previstas nos incisos I, II, e III deste artigo serão aplicados pelo executivo Municipal, através do órgão competente.
§2°. A penalidade de interdição temporária ou definitiva poderá implicar, respectivamente, na suspensão ou cassação da licença municipal para o
exercício da atividade.
Art. 78. A aplicação das penas, contidas na presente Lei, não exclui a responsabilidade civil ou criminal a quem possa estar sujeito, devendo as
autoridades encaminhar à competente ação civil ou penal, depois de imposição definitiva das penas administrativas, contidas nesta lei.
Art. 79. Ato executivo municipal regulamentará a aplicação das penalidades previstas neste capítulo.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 81. O processo administrativo referente a obras em geral, principalmente quanto a aprovação de projetos e licenciamento de construções, será
regulamentado pelo Executivo Municipal, ouvido o Conselho Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente e observadas as seguintes normas gerais:
- publicação e divulgação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e de sistema viário vigorantes na data de sua expedição;
- instituição de expediente administrativo para o procedimento, expedição e registros dos seguintes atos:
análise de viabilidade da implantação do empreendimento em consonância com o estabelecido nesta Lei, vigente em cada zona ou área especial da
situação da gleba ou lote de terreno onde se pretenda construir;
aprovação do projeto e Iicenciamento da construção ou empreendimento;
vistoria da construção ou empreendimento e concessão do "habite-se".
- estabelecimento de prazos máximos de validade para os atos referidos no inciso II - "a" e "b" e o número máximo de prorrogações de sua validade,
quando for o caso, bem como dos efeitos da caducidade dos mesmos atos.
Art. 82. As obras, cujo licenciamento de construção haja sido concedido anteriormente à data da vigência desta Lei, deverão ser iniciadas no prazo
de validade do licenciamento, sob pena de caducidade.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo às obras cujo início ficar, comprovadamente, na dependência de ação judicial para retomada
do imóvel ou para a sua regularização jurídica, desde que proposta no prazo, dentro do qual deveriam ser iniciadas, podendo ser revalidado o
licenciamento de construção tantas vezes quantas forem necessárias.
Art. 83. Os empreendimentos regularmente instalados, que não se enquadrarem nas classes adequadas nesta Lei, terão funcionamento considerado
precário.
Parágrafo único. Os empreendimentos e atividades com uso inadequado terão novos alvarás expedidos a título precário, não sendo permitidas
ampliações, reparos gerais e modificações das edificações, ressalvadas as reformas consideradas essenciais à segurança e à higiene dos prédios,
instalações e equipamentos, de acordo com projeto previamente aprovado pelo órgão competente do Município.
Art. 84. Os casos omissos da presente Lei serão dirimidos pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, após ouvido o Conselho Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente.
Art. 85. Caberá ao Executivo Municipal normatizar o procedimento administrativo da Análise de Orientação Prévia – AOP, análise de projeto e
licenciamento ambiental, no que couber, previsto na presente lei, fixando, prazos de tramitação de processo e de validade das licenças.
§ 1º. O licenciamento ambiental se dará fundamentado na Resolução 237/97– Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA - e convênio a ser
firmado com órgão estadual de meio ambiente.
§ 2º. Lei municipal fixará as taxas de expediente relativas a questões urbanísticas e ambientais.
Art. 86. O Poder Executivo divulgará, de forma ampla e didática o conteúdo desta Lei visando o acesso da população aos instrumentos de política
urbana que orientam a produção e organização do espaço habitado.
Art. 87. Esta Lei entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data da publicação, revogadas as disposições em contrário.
(Academia de ginástica/musculação; Escola de natação; Escola de Dança) - Área Construída ≤ 500 m² 01/50 m² 10% -
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Açougue 01/50 m² 10% -
Armazenagem e estocagem de mercadoria de grande porte; Depósito de material e equipamento de empresa Sujeito à análise e diretrizes específicas
construtora; Locação de andaime; Ferro-velho; Comércio de sucata; Depósito de material reciclado; Depósito e
aluguel de caçamba
(Auditório; Cinema; Sala de convenção; Sala para concerto acústico; Teatro) - Área Construída ≤ 300 m² 01/20 m² 10% -
(Bar noturno; Cachaçaria; Choperia; Churrascaria; Pizzaria; Restaurantes) - Área Construída ≤ 150 m² 01/35 m² 10% 01 VU
(Bar noturno; Cachaçaria; Choperia; Churrascaria; Pizzaria; Restaurantes) - 150 m² < Área Construída ≤ 500 m² 01/25 m² 10% 01 VU
(Clínica médica (sem internação); Clínica de fisioterapia/pilates; Consultório odontológico; Clínica veterinária; 01/50 m² 10% -
Laboratório de análise clínica) - Área Construída ≤ 300 m²
(Comércio e/ou depósito atacadista de produtos em geral) - Área Construída ≤ 500 m² 01/100 m² 10% 1 VUC
Comércio, manuseio e estocagem de produto químico, inflamável e explosivo 01/100 m² - 01 VCM./500 zm² de área de terreno
(Cozinha industrial, inclusive com fornecimento de marmitex, sem consumação no local; Disk pizza; Delivery; 01/100 m² mín. 04 vagas -
Rotisserie) - Área Construída ≤ 150 m²
(Disk pizza; Delivery; Rotisserie) - Sem consumação no local 01/100 m² mín. 04 vagas 01 VU
Edifício horizontal com salas para fins comerciais ou de serviços 01/50 m² 10% -
(Edifício(s) vertical(is) comercial(is) e/ou de serviços compostos por unidades autônomas, tais como prédios 01/50 m² 10% 01 VU
comerciais, galerias, boulevard, conjunto de lojas.) - Área Construída ≤ 1.000 m²
Condomínios horizontais e verticais não residenciais. Será utilizada a configuração apresentada pelo empreendedor/condomínio, precedido da análise de
viabilidade pelo Município.
(Escola de ensino técnico/profissionalizante; Cursos livres) - Área Construída ≤ 400 m² 01/50 m² 20% -
(Escola infantil; Berçário; Creche; Hotelzinho; Maternal; Curso de arte e/ou artesanato) - Área Construída ≤ 300 m² 01/70 m² 10% -
Indústria - Área Construída ≤ 500 m² 01/70 m² 10% (1 VUC e/ou 01 VCL) - De acordo
com a demanda da atividade permitido
dentro do galpão
Indústria - 500 m² < Área Construída ≤ 1.500 m² 01/100 m² 10% (1 VUC e/ou 01 VCL e/ou 01 VCM) –
De acordo com a demanda da
atividade permitido dentro do galpão
(Mercado; Supermercado; Hipermercado; Atacadista) - Área Construída ≤ 500 m² 01/35 m² 10% 01 VCL
Oficina mecânica; Funilaria; Pintura e auto elétrica de veículos; Borracharia; Tapeçaria de auto; Funilaria artesanal; 01/100 m² 10% -
Oficina de manutenção de ar- condicionado
Revenda de GLP mín. 2 vagas mín. 04 vagas 01 VCL ou de acordo com a demanda
da atividade
Shopping center ou centro comercial - Área Construída ≤ 1.000 m² 01/25 m² 10% 01 VUC
Obervações:
1) o número mínimo para vaga de veículo leve (automóvel) será igual a 1 (um);
2) Para o cálculo de número de vagas para motos a porcentagem incidirá sobre o número das vagas de veículos leves com o mínimo de 01 vaga;
3) O número de vagas será aproximado para mais quando a fração for igual ou maior a 0,5 (cinco décimos).
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Qualificação das áreas Taxa de ocupação (%) Indice de aproveitamento Taxa de Permeabilidade (%) Recuos (metros)
Publicado por:
Anderson Dantas Alexandre
Código Identificador:DB1C0CBB
Matéria publicada no Diário Oficial dos Municípios do Estado do Rio Grande do Norte no dia 18/01/2024. Edição 3203
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