Artigo Psicanálise
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INTRODUÇÃO
A compreensão dos símbolos e seu significado tem sido uma busca constante ao
longo da história da humanidade. Desde tempos imemoriais, as sociedades têm
utilizado símbolos para expressar conceitos complexos, transmitir conhecimento e
explorar as profundezas da mente humana. Dois sistemas simbólicos que têm
desempenhado papéis significativos nessa jornada são os símbolos arquetípicos de
Carl Jung e os símbolos do Tarot.
Por outro lado, o Tarot é um sistema simbólico de cartas com uma história rica e
fascinante. Originado na Europa medieval, o Tarot foi inicialmente usado como um
jogo de cartas, mas ao longo dos séculos, evoluiu para uma ferramenta poderosa de
autodescoberta e adivinhação. Cada carta do Tarot possui uma imagem simbólica
que representa aspectos da experiência humana e fornece insights sobre a psique e
o caminho da vida.
As cartas são divididas em arcanos maiores (22 cartas que representam arquétipos
universais), e 56 arcanos menores (cartas em quatro naipes, que abordam
diferentes aspectos da experiência humana).
Há ainda a teoria de que o tarot nasceu no antigo Egito. Tal teoria alega que os
arcanos maiores foram baseados nos hieróglifos e nas tradições esotéricas egípcias.
Um dos baralhos de tarot mais influentes e famoso é o Tarot de Marselha.
Desenvolvido no século XVIII, na cidade de Marselha, na França, esse baralho se
tornou um padrão para muitos outros baralhos de tarot que surgiram posteriormente.
Ele é caracterizado por ilustrações simples e simbólicas, com cores fortes e linhas
definidas.
No século XIX, durante o Renascimento Ocultista, o tarot ganhou interesse como
uma ferramenta de exploração espiritual e adivinhação. Pensadores como Eliphas
Levi, Aleister Crowley e Arthur Eduard Waite contribuíram significativamente para a
interpretação simbólica e esotérica do tarot, acrescentando novas camadas de
significado às cartas.
Ao longo do século XX, o Tarot continuou a evoluir e se expandir em popularidade.
Novos baralhos foram criados com diferentes temáticas e estilos artísticos,
ampliando as possibilidades de interpretação e aplicação do Tarot.
O Tarot passou a ser utilizado como uma ferramenta terapêutica, auxiliando na
exploração do inconsciente e no desenvolvimento pessoal. Atualmente é
amplamente utilizado como ferramenta de autoconhecimento, reflexão espiritual e
orientação.
Ele oferece um sistema simbólico rico e complexo que permite explorar questões
pessoais, obter insights e orientação para a tomada de decisões e promover a
compreensão dos padrões e desafios da vida.
O livro “O Homem e Seus Símbolos”, escrito por Carl Gustav Jung e publicado em
1964, é uma obra coletiva que reúne uma série de ensaios sobre a psicologia
analítica. O livro teve como objetivo principal, tornar os conceitos junguianos mais
acessíveis ao público em geral.
A obra busca transmitir uma compreensão mais ampla sobre o significado dos
símbolos e sua importância na psicologia e no desenvolvimento humano. Jung
acreditava que os símbolos têm um papel fundamental na vida e na psique humana,
atuando como uma linguagem simbólica do inconsciente coletivo.
“O Homem e Seus Símbolos” serve como uma introdução aos princípios e conceitos
fundamentais da psicologia analítica, incluindo a teoria dos arquétipos, a importância
do inconsciente coletivo, a interpretação dos sonhos e a análise simbólica. Ao
compartilhar este conhecimento, Jung têm como objetivo promover uma maior
consciência e compreensão do mundo interior, nos auxiliando a explorar os aspectos
mais profundos de nós mesmos e encontrarmos significado em nossas vidas.
A teoria dos arquétipos proposta por Carl Gustav Jung é uma das
contribuições mais importantes para a compreensão da psique humana. Jung
acreditava que além do mundo consciente, existe um vasto reino inconsciente
composto por padrões simbólicos que são inerentes a todas as culturas e
sociedades. Esses padrões são conhecidos como arquétipos, que
representam imagens primordiais e universais presentes no inconsciente
coletivo.
No ensaio “A Natureza da Psique”, Jung fala sobre esses arquétipos como padrões de
comportamento que possuem significados universais e são representados pela
mitologia, sonhos e, hoje em dia, por filmes e até mesmo pelo marketing e o mercado
publicitário
Em linhas gerais, é possível dizer que os arquétipos são imagens formadas pela
repetição constante de experiências que são gravadas em nós e nos conduzem de
forma indireta durante a nossa trajetória.
1. O INOCENTE
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2. O SÁBIO
3. O AVENTUREIRO
4. O REBELDE
É importante notar que o Rebelde também pode ter seu lado sombrio. A
rebelião sem propósito ou direção pode levar à destruição e caos.
Portanto, o equilíbrio e a reflexão são importantes para canalizar a
energia rebelde de maneiras construtivas e positivas.
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5. O MAGO
6. O HERÓI
7. O AMANTE
9. O HOMEM COMUM
11. O GOVERNANTE
12. O CRIADOR
Carta 0 - O Louco
Carta I - O Mago
Carta II - A Sacerdotisa
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Carta IV - O Imperador
Carta V - O Papa
profunda do divino.
Carta VI - Os Enamorados
Carta IX - O Eremita
Carta XI - A Força
Ela fala sobre a compreensão humana de que, para lidar com as dificuldades
da vida, é necessário um equilíbrio entre a força física e a força interior.
Ele diz que, muitas vezes, ao renunciarmos algo podemos alcançar um maior
crescimento espiritual ou obter uma nova compreensão. O Enforcado nos
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Ela fala sobre a compreensão universal de que a morte é uma parte inevitável
do ciclo da vida e que, por meio dela, ocorreu profundamente.
Reflete a compreensão humana de que, para que haja espaço para o novo, é
necessário deixar ir o antigo. Ela simboliza o fim de um ciclo, a herança de
estruturas antigas e a preparação para o renascimento e a renovação. Por
meios de perdas e mudanças, podemos experimentar crescimento e
transformação pessoal. O arcano nos convida a encarar a impermanência da
vida e encontrar um significado mais profundo nas transições e na
inevitabilidade da morte.
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Sua imagem é retratada por uma mulher com asas de anjo, vertendo um
líquido de forma precisa e equilibrada, entre duas jarras.
Ela personifica a busca humana por equilíbrio, tanto interno quanto externo, e
capacidade de harmonizar diferentes aspectos de si mesmo e do mundo ao
redor, afinal o equilíbrio é uma chave para uma vida saudável e harmoniosa.
Carta XV - O Diabo
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A Estrela apresenta o conceito de uma luz brilhante e guia celestial, que traz
esperança e renovação para aqueles que a seguem.
Trata da conexão com o mundo dos sonhos, dos sentimentos profundos e das
energias misteriosas.
Carta XX - O Julgamento
A abordagem terapêutica com o uso do Tarot pode ajudar o cliente a explorar suas
emoções, suas crenças e suas motivações em relação às situações que vivência. O
terapeuta analítico interpreta as cartas como base nas associações pessoais do
cliente, na análise simbólica e na compreensão dos arquétipos universais.
Ambos sugerem que o amor verdadeiro não se trata apenas de atração física,
mas sim de uma conexão emocional significativa e uma escolha consciente
de compartilhar nossas vidas com outras pessoas.
Assim como o Sol brilha com sua luz e energia positiva, o Bobo da Corte traz
risos e alegria aos outros, iluminando os corações com seu humor e
perspectiva única.
Assim como a Lua no Tarot nos convida a explorar nossas emoções mais
profundas e a conectar-nos com nosso mundo interior, o arquétipo do Criador
nos impulsiona a criar e manifestar algo novo a partir de nossas experiências,
intuições e visões pessoais.
A Lua representa o inconsciente, onde muitas ideias criativas podem ter suas
raízes, e o arquétipo do Criador simboliza a capacidade de trazer à luz essas
inspirações e expressá-las no mundo exterior.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS