Membrana Plasmática
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Membrana Plasmática
1. MEMBRANA PLASMÁTICA
Toda célula viva é revestida por uma finíssima película com cerca de 7
nanômetros (nm) de espessura, a membrana plasmática, que delimita o espaço celular
interno, isolando-o do ambiente ao redor. Estudos recentes indicam que a membrana
é constituída basicamente por duas camadas moleculares de fosfolipídios, nas quais há
moléculas de proteínas incrustadas.
As proteínas da membrana se distribuem mais ou menos espaçadamente na
dupla camada de fosfolipídio; algumas se encontram em posição mais superficial, ao
passo que outras atravessam as camadas lipídicas de lado a lado.
Segundo a hipótese dos pesquisadores S. Jonathan Singer e Garth L. Nicolson,
originalmente formulada em 1972 e continuamente confirmada por estudos recentes,
a estrutura da membrana plasmática é dinâmica, sendo comparável a um mosaico
molecular em constante modificação. Os cientistas denominaram a hipótese modelo
do mosaico fluido. De acordo com esse modelo, os fosfolipídios deslocam—se
continuamente no plano da membrana, porém sem nunca perder contato uns com os
outros, conferindo grande dinamismo às membranas biológicas; as proteínas também
se movem entre as moléculas de lipídios.
Já foram identificados mais de 50 tipos de proteína nas membranas
celulares. Algumas formam poros que permitem a passagem de moléculas de água,
de íons etc. Outras capturam substâncias fora ou dentro da célula, transportando--
as através da membrana e soltando-as do outro lado. Outras proteínas da
membrana, os receptores hormonais, reconhecem a presença dessas substâncias no
meio e estimulam a célula a reagir ao estímulo hormonal.
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Elaborado por: Félix Fernando D. Panzo
célula atue ativamente em sua absorção ou expulsão, bombeando-as para dentro ou
para fora do citoplasma; com isso, a célula gasta energia. Esse processo é denominado
transporte ativo.
1.3.1 Difusão
A entrada de gás oxigênio (O2) em nossas células, por exemplo, ocorre por
difusão simples. Como as células estão sempre consumindo O2 em sua respiração, a
concentração desse gás no meio celular interno é baixa.
1.3.2 Osmose
Osmose é um caso especial de difusão em que apenas a água, o solvente das
soluções biológicas, se difunde através de uma membrana semipermeável. O
citoplasma é uma solução aquosa, em que a água é o solvente e as moléculas
dissolvidas (glicídios, proteínas, sais etc.) são os solutos.
Se uma célula é colocada em água pura, a concentração externa desse solvente
é maior que no interior da célula, em que a água divide o espaço com as moléculas de
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soluto. Consequentemente, a água tende a se difundir em maior quantidade para o
interior celular, o que faz a célula inchar. Apenas a água se difunde, pois, sendo a
membrana plasmática semipermeável, ela impede ou dificulta a passagem da maioria
dos solutos.
Se uma célula é colocada em uma solução altamente concentrada em solutos,
maior que sua concentração interna, haverá relativamente mais solvente (água)
dentro da célula que fora, e a tendência é haver maior difusão de água de dentro para
fora da célula que no sentido inverso, fazendo-a murchar. Quando se comparam duas
soluções quanto às concentrações em solutos, diz-se que a mais concentrada é
hipertônica em relação à outra; esta, em contrapartida, é denominada hipotônica.
Quando duas soluções têm concentração equivalente de solutos, elas são
denominadas isotônicas. Para que ocorra osmose, deve haver sempre uma solução
hipotônica e outra hipertônica separadas por uma membrana semipermeável.
1.4Transporte ativo: bomba de sódio-potássio
As células vivas mantêm, em seu interior, moléculas e íons em concentrações
diferentes das encontradas no meio externo. As células humanas, por exemplo,
mantêm uma concentração interna de íons de potássio (K+) cerca de 20 a 40 vezes
maior que a concentração existente no meio extracelular (o sangue e os fluidos que
banham as células). Por outro lado, a concentração de íons de sódio (Na+) no interior
das células humanas mantém-se cerca de 8 a 12 vezes menor que a concentração do
meio externo.Para manter tais diferenças, contrariando a tendência da difusão, a
célula gasta energia. Na membrana plasmática há proteínas transportadoras que agem
como “bombas” de íons, capturando ininterruptamente íons de sódio (Na+) no
citoplasma e transportando-os para fora da célula. Na face externa da
membrana, essas proteínas capturam íons de potássio (K+) do meio e os transportam
para o citoplasma. Esse bombeamento contínuo é conhecido como bomba de sódio—
potássio.
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os termos endocitosee exocitose, respectivamente, para os processos de entrada e de
saída de substâncias na célula intermediados por bolsas membranosas de transporte
1.5.1 Endocitose
Endocitose é o processo em que partículas são capturadas por invaginações da
membrana plasmática e englobadas em bolsas, que passam a fazer parte do
citoplasma. Os citologistas costumam distinguir dois tipos de endocitose: fagocitose e
pinocitose. Fagocitoseé o processo em que a célula engloba partículas de tamanho
relativamente grande por meio de expansões citoplasmáticas denominadas
pseudópodes; eles “abraçam” a partícula a ser englobada, envolvendo-a totalmente
em uma bolsa membranosa, que se desprende da membrana celular e passa a fazer
parte do citoplasma, recebendo o nome de fagossomo. A fagocitose é o processo pelo
qual certos organismos unicelulares (protozoários, por exemplo) se
alimentam.Pinocitose é um processo em que a célula engloba líquidos e
pequenas partículas por meio da invaginação da membrana celular, a qual forma um
canal no citoplasma; esse canal estrangula-se nas bordas e libera uma pequena bolsa
membranosa que contém o material englobado, o pinossomo. A pinocitose ocorre em
praticamente todos os tipos de célula.
1.5.2 Exocitose
Muitas células são capazes de eliminar substâncias por meio de bolsas
formadas pela membrana, processo denominado exocitose. As substâncias a serem
eliminadas são previamente acumuladas em bolsas membranosas, as quais se
aproximam da membrana plasmática e fundem-se a ela, expelindo seu conteúdo para
o exterior da célula. A exocitose é utilizada por certas células para eliminar restos da
digestão intracelular. Células glandulares utilizam a exocitose para eliminar produtos
úteis ao organismo, processo denominado secreção celular.
1.6 Envoltórios externos à membrana plasmática
A maioria das células apresenta algum tipo de envoltório externo à membrana
plasmática. Dois exemplos são o glicocálix e as paredes celulares.
1.6.1 Glicocálix
O glicocálix, presente na maioria das células animais e também em certos
protozoários, é uma malha de moléculas filamentosas entrelaçadas que envolve
externamente a membrana plasmática. Ele protege a célula e cria um microambiente
propício para seu funcionamento. Os principais componentes do glicocálix são
glicolipídios (glicídios associados a lipídios) e glicoproteínas (glicídios associados a
proteínas).
Parede celular
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Com exceção das células animais, as células de outros grupos de seres vivos
(bactérias, fungos, alguns protozoários, algas e plantas) apresentam, externamente à
membrana plasmática, um envoltório relativamente espesso denominado parede
celular. Em algas e plantas, a parede celular é constituída basicamente pelo
polissacarídio celulose, daí ser chamada de parede celulósica. As moléculas de
celulose formam fibras finíssimas, longas e resistentes, as microfibrilas, que se mantêm
unidas por uma matriz aderente, constituída por glicoproteínas, hemicelulose e
pectina (estes dois últimos, polissacarídios.
EXERCÍCIOS
1 - (PUC-RJ) Em relação aos envoltórios celulares, podemos
afirmar que:
a) Todas as células dos seres vivos têm parede celular.
b) Somente as células vegetais têm membrana celular.
c) Somente as células animais têm parede celular.
d) Todas as células dos seres vivos têm membrana
celular.
e) Os fungos e bactérias não têm parede celular.