Prova-Xxxii-Trabalho-Gabarito - PDF CONTESTAÇÃO

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO


PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 08/08/2021
ÁREA: DIREITO DO TRABALHO
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta,
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”

PADRÃO DE RESPOSTA – PEÇA PROFISSIONAL

Enunciado

Érica Grama Verde trabalhou para a sociedade empresária Auditoria Pente Fino S.A. de 29/09/2011 a 07/01/2020,
exercendo, desde a admissão, a função de gerente do setor de auditoria de médias empresas. Na condição de
gerente, Érica comandava 25 auditores, designando suas atividades junto aos clientes do empregador, bem como
fiscalizando e validando as auditorias por eles realizadas. Érica recebia salário mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais), acrescido de gratificação de função de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Érica pediu demissão, em 07/01/2020, e ajuizou reclamação trabalhista em 30/01/2020, na qual postulou o
pagamento de horas extras, alegando que trabalhava de segunda-feira a sábado, das 8h às 20h, com intervalo de
1 hora para refeição, sendo que não marcava folha de ponto. Érica requereu o pagamento da indenização de 40%
sobre o FGTS, que não foi depositada na sua conta vinculada, conforme extrato analítico do FGTS, que juntou com
a inicial. Ela afirmou, ainda, que a empresa não efetuou o recolhimento do INSS nos anos de 2018 e 2019, fazendo
comprovação disso por meio do seu Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), juntado com a petição
inicial, no qual se constata que, nos anos citados, não houve recolhimento previdenciário, pelo que requereu que
a empresa fosse condenada a regularizar a situação. Érica explicou e comprovou com os contracheques que, a
partir de 2018, passou a receber prêmios em pecúnia, em valores variados, pelo que requereu a integração do
valor desses prêmios à sua remuneração, com reflexos nas demais verbas salariais e rescisórias, inclusive FGTS, e
o pagamento das diferenças daí decorrentes.

Érica informou que, desde o início de seu contrato, realizava as mesmas atividades que Silvana Céu Azul, outra
gerente do setor de auditoria de médias empresas, admitida na Auditoria Pente Fino S.A. em 15/01/2009, já na
função de gerente, mas que ganhava salário 10% superior ao da reclamante, conforme contracheques que foram
juntados com a petição inicial e evidenciam o salário superior da modelo. Uma vez que as atividades de Érica
eram desenvolvidas em prédio da sociedade empresária localizado ao lado de uma comunidade muito violenta,
tendo a empregada ouvido diversas vezes disparos de arma de fogo e assistido, da janela de sua sala de trabalho,
a várias operações policiais que combatiam o tráfico de drogas no local, requereu o pagamento de adicional de
periculosidade. Por fim, Érica requereu o pagamento de honorários advocatícios de 20% sobre o valor da
condenação, conforme o Art. 85, § 2º, do CPC.

Diante da situação, você, como advogado(a) da sociedade empresária, deve elaborar a peça processual
adequada à defesa dos interesses de seu cliente, sabendo que a demanda foi proposta perante a 200ª Vara do
Trabalho de São Paulo sob o número 0101010-50.2020.5.02.0200. (Valor: 5,00)

Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à
pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.

Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, não será necessário que o(a) examinando(a) a apresente,
admitindo-se que o escritório possui setor próprio ou contratado especificamente para tal fim.

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Prova Prático-Profissional – XXXII Exame de Ordem Unificado
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 08/08/2021
ÁREA: DIREITO DO TRABALHO
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta,
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”

Gabarito Comentado
O examinando deve apresentar uma peça no formato de contestação, digirida ao Juízo da 200ª Vara do Trabalho
de São Paulo, com base no Art. 847 da CLT, identificando as partes envolvidas.
Deverá suscitar preliminar de incompetência material em relação ao recolhimento do INSS, na forma da Súmula
Vinculante 53 do STF, Súmula 368, inciso I, do TST e art. 876, Parágrafo único, da CLT.
Deverá suscitar preliminar de inépcia em relação à equiparação salarial porque há causa de pedir sem pedido,
conforme Art. 330, § 1º, II, do CPC.
Deverá ser arguida a prejudicial de mérito de prescrição parcial, para ver declarado prescrito todo e qualquer
suposto direito anterior a 30/01/2015 ou anteriores a cinco anos do ajuizamento da ação, conforme o Art. 7º,
inciso XXIX, da CRFB/88, o Art. 11 da CLT e a Súmula 308, inciso I, do TST.
Deverá ser contestado o pedido de horas extras porque sendo a autora gerente e, efetivamente, tendo poder de
gestão e salário diferenciado, com gratificação de função superior a 40%, ocupa cargo de confiança e, assim, não
tem direito a limite de jornada. Consequentemente, não tem direito ao pagamento de horas extras, conforme o
Art. 62, inciso II, da CLT.
Deverá ser sustentado que não há direito à indenização de 40% sobre o FGTS porque a autora pediu demissão, o
que impede a pretensão, porque essa hipótese não é prevista na norma cogente, na forma do Art. 18, § 1º, da Lei
nº 8.036/90 e Art. 9º, § 1º, do Decreto 99.684/90.
Deverá ser contestado o pedido de integração dos prêmios porque, ainda que habituais, eles não integram a
remuneração conforme previsão legal expressa no Art. 457, § 2º, da CLT.
Deverá ser contestado, em razão princípio da eventualidade, o pedido de equiparação salarial porque a modelo
tem mais de 2 anos na função, não implementando uma das condições legais, na forma do Art. 461, § 1º, da CLT.
Deverá ser contestado o pedido de periculosidade porque a situação retratada na petição inicial não autoriza
tecnicamente o pagamento do adicional, pois a empregada não laborava em atividade ou operações perigosas
segundo o Art. 193 da CLT.
Deverá ser contestado o pedido de honorários advocatícios porque limitam-se a 15%, além de postulados
honorários sucumbenciais, na forma do Art. 791-A da CLT.
Por fim, o fechamento, indicando local, data, nome e inscrição OAB.

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Prova Prático-Profissional – XXXII Exame de Ordem Unificado
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 08/08/2021
ÁREA: DIREITO DO TRABALHO
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta,
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”

Distribuição dos Pontos

ITEM PONTUAÇÃO
Endereçamento
1. Contestação dirigida ao juízo da 200ª Vara do Trabalho de São Paulo (0,10) 0,00/0,10
2. Qualificação das partes: identificação do réu (0,10) e da autora (0,10) 0,00/0,10/0,20
3. Indicação Art. 847, CLT (0,10) 0,00/0,10
Preliminar
4. Incompetência material quanto ao recolhimento do INSS (0,20). Indicação Art. 114,
VIII, CF/88 ou Súmula Vinculante 53 STF ou Súmula 368, I, TST ou art. 876, p. único, CLT 0,00/0,20/0,30
(0,10)
5. Inépcia da equiparação porque não há pedido (0,20). Indicação Art. 330, § 1º, I, CPC
0,00/0,20/0,30
(0,10)
Prescrição parcial
6. Prescrição das pretensões anteriores a 30/01/2015 ou prescrição das pretensões
anteriores a cinco anos do ajuizamento da ação (0,40). Indicação Art. 7º, XXIX, CF/88, ou 0,00/0,40/0,50
Art. 11, CLT ou Súmula 308, I, TST (0,10)
Horas extras
7. Indevida hora extra porque a autora ocupava cargo de confiança (0,40). Indicação Art.
0,00/0,40/0,50
62, II, CLT (0,10)
40% FGTS
8. Indevida a indenização de 40% sobre o FGTS porque a autora pediu demissão (0,40).
0,00/0,40/0,50
Indicação Art. 18, § 1º, Lei 8.036/90 OU art. 9º, § 1º, Decreto 99.684/90 (0,10)
Prêmios
9. Os prêmios, ainda que habituais, não integram a remuneração (0,40). Indicação Art.
0,00/0,40/0,50
457, § 2º, CLT (0,10)
Equiparação salarial
10. Pelo princípio da eventualidade, inviável a equiparação porque a modelo tem mais
0,00/0,30/0,40
de 2 anos na função (0,30). Indicação Art. 461, § 1º, CLT (0,10)
Adicional de periculosidade
11. Indevido porque a situação não autoriza o pagamento da periculosidade OU porque
a empregada não laborava em atividade ou operações perigosas (0,40). Indicação Art. 0,00/0,40/0,50
193, CLT (0,10)
Honorários
12. Os honorários limitam-se a 15% (0,20). Pedido de honorários sucumbenciais (0,20).
0,00/0,20/0,30/0,40/0,50
Indicação Art. 791-A, CLT (0,10)
Encerramento
13. Renovação da(s) preliminar(es) (0,10) 0,00/0,10
14. Renovação da prejudicial de prescrição parcial (0,10) 0,00/0,10
15. Requerimento de improcedência dos pedidos (0,20) e indicação das provas a serem
0,00/0,10/0,20/0,30
produzidas (0,10)
Fechamento
16. Data, local, advogado e OAB (0,10) 0,00/0,10

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ÁREA: DIREITO DO TRABALHO
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”

PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 01

Enunciado

Jéssica trabalha como operadora de telemarketing em uma sociedade empresária, oferecendo vários produtos,
por telefone (seguro de vida, seguro saúde e plano de capitalização, entre outros).

A empregadora de Jéssica propôs que ela trabalhasse de sua residência, a partir de fevereiro de 2018, o que foi
aceito. Então, a sociedade empresária montou a estrutura de um home office na casa de Jéssica, e o trabalho
passou a ser feito do próprio domicílio da empregada.

Passados 7 (sete) meses, a sociedade empresária convocou Jéssica para voltar a trabalhar na sede, a partir do mês
seguinte, concedendo prazo de 30 (trinta) dias para as adaptações necessárias. A empregada não concordou,
argumentando que já havia se acostumado ao conforto e à segurança de trabalhar em casa, além de, nessa
situação, poder dar mais atenção aos dois filhos menores. Ela ponderou que, para que a situação voltasse a ser
como antes, seria necessário haver consenso, mas que, no seu caso, não concordava com esse retrocesso.

Diante da situação retratada e dos ditames da CLT, responda aos itens a seguir.

A) Analise se a empregada tem razão em negar-se a voltar a trabalhar fisicamente nas dependências da
sociedade empresária. Justifique. (Valor: 0,65)

B) Se Jéssica ajuizasse ação postulando horas extras no período em que atuou em seu domicílio, que tese você,
contratado(a) pela sociedade empresária, sustentaria? Justifique. (Valor: 0,60)

Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.

Gabarito Comentado
A) A empregada não tem razão, pois é direito do empregador retornar do trabalho realizado em domicílio para o
presencial, sendo desnecessária a concordância do empregado para mudança do regime de teletrabalho para o
presencial, conforme o Art. 75-C § 2º, da CLT.

B) A tese a ser apresentada é a de que o teletrabalho não enseja pagamento de horas extras, estando excluído do
regime de duração horária, na forma do Artigo 62, inciso III, da CLT.

Distribuição dos Pontos

ITEM PONTUAÇÃO

A. A empregada não tem razão, porque é direito do empregador retornar do trabalho


em domicílio para presencial ou é desnecessária a concordância para mudança do 0,00/0,55/0,65
regime de teletrabalho para o presencial (0,55). Indicação Art. 75-C, § 2º, CLT (0,10)
B. O teletrabalho não gera horas extras ou está excluído do regime de duração horária
0,00/0,50/0,60
(0,50). Indicação Art. 62, III, CLT (0,10)

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO
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ÁREA: DIREITO DO TRABALHO
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”

PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 02

Enunciado

A sociedade empresária Madeiras de Lei Ltda. contratou você, como advogado(a), para defendê-la em uma
reclamação trabalhista proposta pelo ex-empregado Roberto.

Após devidamente contestada e instruída a demanda, a sentença foi prolatada, julgando o pedido procedente em
parte. A sociedade empresária pretende recorrer da sentença porque acha que nada deve ao ex-empregado e
questiona o valor dos custos desse recurso.

Cientificada por você do valor das custas e do depósito recursal, a sociedade empresária diz que está acumulando
capital para abrir novas filiais e ampliar sua rede, de modo que, no momento, em razão de suas prioridades
internas, só tem valor disponível para as custas.

Considerando a narrativa dos fatos e os termos da CLT, responda às indagações a seguir.

A) Indique a alternativa jurídica que viabilizaria a interposição do recurso ordinário sem a necessidade de a
sociedade empresária desembolsar o numerário do depósito recursal, considerando que, pela narrativa, ela
não é beneficiária de gratuidade de justiça. Justifique. (Valor: 0,65)

B) Se a sociedade empresária tivesse a recuperação judicial deferida pela Justiça Comum antes da sentença,
como ficaria a questão do depósito recursal para fins de interposição do recurso ordinário por ela desejado?
Justifique. (Valor: 0,60)

Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.

Gabarito Comentado

A) A substituição ou apresentação do depósito recursal em dinheiro por fiança bancária ou seguro garantia
judicial, na forma do Art. 899, § 11, da CLT.

B) Nesse caso, a sociedade empresária ficaria isenta do depósito recursal, na forma do Art. 899, § 10, da CLT.

Distribuição dos Pontos

ITEM PONTUAÇÃO

A. A substituição do depósito recursal por fiança bancária OU seguro garantia


0,00/0,55/0,65
judicial (0,55). Indicação Art. 899, § 11, CLT (0,10)
B. A sociedade empresária seria isenta do depósito recursal (0,50). Indicação do
0,00/0,50/0,60
Art. 899, § 10, da CLT (0,10)

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
XXXII EXAME DE ORDEM UNIFICADO
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 08/08/2021
ÁREA: DIREITO DO TRABALHO
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta,
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”

PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 03

Enunciado

Rezende, contratado em 05/04/2019 como cozinheiro no restaurante Paladar Supremo Ltda., trabalhava de
segunda à sexta-feira, das 16h às 00h, sem intervalo. Em 04/09/2019, Rezende foi dispensado sem justa causa e
ajuizou reclamação trabalhista postulando o pagamento de 1 hora diária com adicional de 50%, em razão do
intervalo para refeição não concedido, além da integração dessa hora com adicional de 50% ao 13º salário, às
férias, ao FGTS e ao repouso semanal remunerado.
Considerando a situação apresentada e os termos da CLT, responda aos itens a seguir.
A) Caso você fosse contratado pela empresa, que reconhece não ter concedido o intervalo para refeição, que
tese jurídica você poderia advogar em defesa dos interesses da reclamada para reduzir eventual
condenação? (Valor: 0,65)
B) Caso a reclamação trabalhista proposta por Rezende não identificasse nenhum valor, mas apenas a
indicação dos direitos que ele postulava, que preliminar você advogaria em favor da empresa? (Valor: 0,60)
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.

Gabarito Comentado
A. A tese a ser apresentada é a de que o intervalo para refeição devido, após o advento da Lei nº 13.467/17, tem
natureza indenizatória e, assim, não gera reflexo em outros direitos, conforme prevê o Art. 71, § 4º, da CLT.

B. Na defesa dos interesses da empresa, deverá ser suscitada preliminar de inépcia para extinção do processo
sem resolução do mérito porque não houve indicação do valor na petição inicial, em desacordo com o que
determina o Art. 840, §§ 1º ou 3º, da CLT, Art. 852-B, I ou § 1º, da CLT, Art. 330, I ou § 1º, I ou II, do CPC ou Art.
337, IV, do CPC.

Distribuição dos Pontos

ITEM PONTUAÇÃO

A. O intervalo para refeição tem natureza indenizatória (0,55). Indicação Art. 71, § 4º,
0,00/0,55/0,65
CLT (0,10).
B. Inépcia da petição inicial (0,50). Indicação Art. 840, §§ 1º ou 3º, CLT, Art. 852-B, I ou §
0,00/0,50/0,60
1º, CLT ou Art. 330, I ou § 1º, I ou II, CPC ou Art. 337, IV, CPC (0,10)

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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”

PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 04

Enunciado

Clotilde foi contratada, em 10/12/2019, pela sociedade empresária Viação Pontual Ltda., a título de experiência,
por 45 dias, recebendo o valor correspondente a 1,5 salário mínimo por mês. Passado o prazo de 45 dias e não
tendo Clotilde mostrado um bom desempenho no serviço, a empregadora resolveu não dar prosseguimento ao
contrato, que foi extinto no seu termo final.

Ocorre que o ex-empregador não pagou à Clotilde as verbas relativas ao rompimento contratual, o que a levou a
ajuizar reclamação trabalhista pedindo justamente essas verbas, que foram liquidadas na inicial e alcançaram o
valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).

Na sentença, e seguindo os pedidos formulados, considerando, ainda, que a sociedade empresária reconheceu
que não pagou qualquer verba por estar em dificuldades financeiras, o juiz julgou procedente o pedido e
condenou a sociedade empresária ao pagamento de aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais
acrescidas de 1/3, saldo salarial de 15 dias e honorários advocatícios de 10% sobre o valor da execução, conforme
rol de pedidos formulados na demanda.

Diante da narrativa apresentada e dos termos da CLT, responda às indagações a seguir.

A) Caso você fosse contratado(a) pela sociedade empresária, que tese de mérito apresentaria no recurso
ordinário em relação ao objeto da condenação para tentar reduzi-lo? Justifique. (Valor: 0,65)
B) Caso fosse necessário, quantas testemunhas, no máximo, a sociedade empresária poderia conduzir à
audiência na reclamação trabalhista de Clotilde? Justifique. (Valor: 0,60)
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.

Gabarito Comentado
A) A tese defensiva é a de que na extinção de contrato a termo, como é o caso do contrato de experiência, não
é devido o pagamento do aviso prévio, conforme Art. 487 da CLT, pois o contrato foi encerrado no termo
final previsto.
B) Uma vez que o valor dos pedidos submete a causa ao procedimento sumaríssimo, a sociedade empresária
poderia conduzir, no máximo, duas testemunhas, conforme o Art. 852-H, § 2º, da CLT.
Distribuição dos Pontos

ITEM PONTUAÇÃO

A. No contrato de experiência não é devido o aviso prévio OU indevido o aviso prévio


porque o contrato encerrado no termo final previsto (0,55). Indicação Art. 487, CLT 0,00/0,55/0,65
(0,10)
B. No máximo, duas testemunhas (0,50). Indicação Art. 852-H, § 2º, CLT (0,10) 0,00/0,50/0,60

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Prova Prático-Profissional – XXXII Exame de Ordem Unificado

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