Influencia Económica de Lago
Influencia Económica de Lago
Influencia Económica de Lago
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3.2.5. Entrevista................................................................................................................ 10
6. Bibliografia........................................................................................................................ 14
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1. CAPITULO I; Introdução
Os principais problemas ambientais, tais como mudança climática e perda de biodiversidade,
representam desafios para as ciências econômicas, no sentido de que o seu instrumental
analítico deve ser capaz de fornecer respostas consistentes que apontem para uma relação
mais harmônica entre meio ambiente e sistema econômico.
Nesse sentido, o presente artigo tem como objectivo apresentar os aspectos teóricos e
metodológicos das duas correntes em economia que tentam apreender as relações entre
economia e meio ambiente, apontando as principais distinções existentes entre elas.
Apresentam-se os fundamentos da economia ambiental neoclássica (Environmental
Economics), que é uma tentativa de incorporação da problemática ambiental e de critérios de
sustentabilidade por parte do mainstream econômico, e da economia ecológica (Ecological
Economics), uma corrente ainda não-influente no pensamento econômico que tenta ampliar o
escopo da análise dos problemas ambientais, reivindicando a contribuição de outras
disciplinas com o objectivo geral de apresentar uma visão sistémica sobre a relação meio
ambiente economia.
O ponto em comum entre essas duas correntes é, como não poderia deixar de ser, o foco nas
interacções do sistema econômico com o seu meio externo. Isto é, de que maneira o sistema
econômico afecta o ecossistema maior que o sustenta e de que maneira a degradação do meio
ambiente pode constringir o crescimento econômico.
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1.1. Justificativa
Contudo, a actividade económica tem impactos sobre o meio envolvente e, muitas vezes, têm
surgido situações conflituantes ou mesmo insustentáveis.
1.2. Problematização
Ao contrário, o sistema econômico interage com o meio ambiente, extraindo recursos naturais
(componentes estruturais dos ecossistemas) e devolvendo resíduos. Em razão do enfoque
dado pelas diferentes vertentes teóricas de tratamento das questões ambientais, privilegia-se
apenas a dinâmica do sistema econômico ou as interfaces entre este e o meio ambiente.
O fato é que um esquema analítico focado somente nas relações existentes dentro da “caixa”
que representa o sistema económico será fatalmente reducionista e limitado, dado que o meio
ambiente interage com a economia, sendo fornecedor de insumos e receptor de
dejetos/resíduos resultantes dos processos de produção e consumo.
Em sua versão ambiental, o formato da curva sugere que, nos primeiros estágios de
crescimento das economias, em que estas passam de uma fase essencialmente agrícola para
uma fase de industrialização e modernização, haveria uma correlação positiva entre o
aumento da renda per capita e a emissão de poluente e degradação ambiental no geral.
Para alguns autores, essa interpretação permite dizer que o próprio desenvolvimento
tecnológico leva ao aumento da produtividade e à utilização mais intensa de métodos
produtivos menos nocivos ao meio ambiente, em decorrência da imposição de leis ambientais
mais rígidas e exigências do mercado externo (Arraes et al., 2006).
Para PERROUX (19620), o crescimento não surge em todos os lugares ao mesmo tempo. Na
realidade, ele se manifesta em pontos ou polos de crescimento, com intensidades variáveis. O
crescimento se transmite através de diversos canais e com efeitos variáveis para o conjunto da
economia.
Com essas afirmações, PERROUX (1967) apresentou a essência de sua teoria, a saber:
ideológicos, para tentar mostrála pura, ou seja, somente como um conjunto de relações
técnicas, é simplesmente uma forma de esconder, mascarar a ideologia da classe dominante.
Verificamos que foram três grandes ordens de factores explicativos da localização actividades
económicas: em primeiro lugar, surgem os custos de transporte; seguem-se os custos da mão-
de-obra; e, por último, temos as forças de aglomeração (positivas e negativas).
“Os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas,
exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas
nem se submetem à prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de
interacção) e se valem de diferentes abordagens” (Gerhardt & Silveira, 2009, p.32).
De acordo Gerhardt & Silveira (2009), a pesquisa descritiva exige do investigador uma série
de informações sobre oque deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e
fenómenos de determinada realidade. O principal uso deste tipo de pesquisa é definir melhor
uma opinião, atitude ou comportamento de um grupo de pessoas em determinado assunto.
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Segundo Vilelas (2009) a observação consiste no uso sistemático dos nossos sentidos
orientadores para a captação da realidade em estudos, para além de ver e ouvir consiste
também, em examinar os fenómenos em estudo.
Esta técnica permitira observar para onde é canalizada as taxas de mercado cobradas aos
comerciantes informais, com vista a perceber as formas e o nível de contribuição do comércio
informal no desenvolvimento económico do distrito de Lago.
3.2.5. Entrevista
A entrevista é, portanto, uma forma de interrogação social. Trata-se, Segundo Gil (1991) uma
técnica em que o investigador se apresenta frente a frente do investigado e lhe fórmula
perguntas com o objectivo de obtenção dos dados que interessam a investigação.
A presente monografia baseou-se numa entrevista semi-estruturada que, conforme Gerhardt &
Silveira (2009), o pesquisador organiza um conjunto de questões (roteiro) sobre o tema
queestá sendo estudado, mas permite, e às vezes até incentiva, que o entrevistado fale
livremente sobre assuntos que vão surgindo como desdobramentos do tema principal. No
presente trabalho a entrevista foi feita aos técnicos do conselho municipal da vila de Lago na
área de Mercados.
Nesta ordem de ideias, concluímos que o nível de contribuição dos mercados informais para o
desenvolvimento económico da cidade é aceitável, ou seja, satisfatório, porque mostra ser
uma das principais fontes de arrecadação de receitas para os cofres do município, que por sua
vez estas ajudam para a materialização dos planos municipais tanto a curto, médio e longo
prazo.
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5.1. Sugestões
Elaborar um novo plano de estrutura urbana da Cidade de Tete, com vista a
relocalização das áreas de desenvolvimento de actividades económicas;
Requalificar os bairros da cidade com o intuito de implantar novas áreas de
actividades económicas;
Auscultar a população antes de implantar qualquer empreendimento ligado à
actividades económicas;
Contemplar áreas de actividades económicas nos planos de ordenamento do território;
Produzir planos que assegurem a inclusão de todos os aspectos de actividades
humanas.
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6. Bibliografia
1. AMAZONAS, M. de C. Eonomia ambiental neoclássica e desenvolvimento
sustentável. In: NOBRE, M., AMAZONAS, M. de C. Desenvolvimento sustentável: a
institucionalização de um conceito. Brasília: Edições Ibama, 2002.
2. MOTTA, R. S. da. Manual para valoração econômica de recursos ambientais.
Brasília: Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal,
1998.
3. MUELLER, C. C. Os economistas e as relações entre o sistema econômico e o meio
ambiente. Brasília: Editora UnB, 2007.
4. DANIEL, C. Andrade, Economia e meio ambiente: aspectos teóricos e metodológicos
nas visões neoclássica e da economia ecológica. Leituras de Economia Política,
Campinas, (14): 1-31, ago.-dez. 2008.