Apostila 04 - Conceitos Semanticos
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Autor: Otávio Souza – PMMINAS
Ed.23.10.10
ATENÇÃO: PROIBIDA A VEICULAÇÃO DESTES MATERIAIS, ainda que sem finalidade de lucro (uso
autorizado apenas para o comprador), todos os direitos reservados. Muito cuidado com a
investigação social, fase importantíssima do seu certame - a honra militar começa nos estudos.
LIVE COM APROVADOS (APRENDA A ESTUDAR COM ELES E SEJA APROVADO VOCÊ TAMBÉM):
ATENÇÃO: Qual a finalidade desta Apostila? Com este material quero que tenha uma base sólida
para encarar a prova da PMMG. Este PDF, somado a realização de questões específicas para a banca
CRS/PMMG fornecerá os aprofundamentos necessários e suficientes para sua aprovação.
Estas foram, inclusive, as palavras do Filipe Carvalho que hoje é oficial da Polícia Militar de Minas Gerais:
”Otávio, estudei somente por seus materiais e metodologia e fui aprovado na PMMG, obrigado irmão” –
nos links acima é possível assistir à várias entrevistas com alunos aprovados pelo Método OBA.
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SUMÁRIO
SEMÂNTICA ............................................................................................................................ 4
SENTIDO DENOTATIVO x CONOTATIVO .................................................................................. 4
SINONÍMIA (SINÔNIMO) x ANTONÍMIA (ANTÔNIMO) ........................................................... 4
HOMONÍMIA ........................................................................................................................... 4
HOMÔNIMOS PERFEITOS ...................................................................................................... 5
HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS ................................................................................................. 5
HOMÔNIMOS HOMÓFONOS ................................................................................................... 5
PARONÍMIAS ....................................................................................................................... 6
HIPÔNIMOS E HIPERÔNIMOS ................................................................................................ 6
FIGURAS DE LINGUAGEM ....................................................................................................... 6
FIGURAS DE SINTAXE .......................................................................................................... 7
ELIPSE ............................................................................................................................ 7
PLEONASMO ..................................................................................................................... 7
ASSÍNDETO E POLISSÍNDETO ............................................................................................ 8
REPETIÇÃO ...................................................................................................................... 8
ANÁFORA ......................................................................................................................... 8
ALITERAÇÃO .................................................................................................................... 9
ONOMATOPEIA ................................................................................................................. 9
HIPÉRBATO OU INVERSÃO ................................................................................................. 9
ANACOLUTO ................................................................................................................... 10
SILEPSE ........................................................................................................................ 10
FIGURAS DE PALAVRAS ...................................................................................................... 11
COMPARAÇÃO ................................................................................................................ 11
METÁFORA ..................................................................................................................... 11
METONÍMIA.................................................................................................................... 11
SINÉDOQUE ................................................................................................................... 12
CATACRESE ................................................................................................................... 13
ANTONOMÁSIA (OU PERÍFRASE)....................................................................................... 13
SINESTESIA ................................................................................................................... 13
FIGURAS DE PENSAMENTO ................................................................................................. 13
ANTÍTESE ...................................................................................................................... 13
PARADOXO (OU OXÍMORO) .............................................................................................. 14
PROSOPOPÉIA ................................................................................................................ 14
EUFEMISMO ................................................................................................................... 15
IRONIA .......................................................................................................................... 15
GRADAÇÃO .................................................................................................................... 15
APÓSTROFE ................................................................................................................... 15
VÍCIOS DE LINGUAGEM ........................................................................................................ 17
BARBARISMO.................................................................................................................. 17
SOLECISMO .................................................................................................................... 18
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NEOLOGISMO ................................................................................................................. 18
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA ...................................................................................... 19
CACÓFATO OU CACOFONIA .............................................................................................. 19
PLEONASMO VICIOSO OU TAUTOLOGIA ............................................................................. 19
ESTRANGEIRISMO ........................................................................................................... 20
ARCAÍSMO ..................................................................................................................... 20
PRECIOCISMO ................................................................................................................ 20
PLEBEÍSMO OU VULGARISMO ........................................................................................... 20
ECO ............................................................................................................................... 21
HIATO............................................................................................................................ 21
COLISÃO ........................................................................................................................ 21
OBSCURIDADE ................................................................................................................ 21
REGIONALISMO .............................................................................................................. 22
PAREQUEMA ................................................................................................................... 22
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SEMÂNTICA
A semântica estuda a significação das palavras. Isso significa que analisaremos o sentido que as
palavras podem produzir em cada contexto e de que maneira devem ser classificadas.
Para isso, primeiramente iremos esclarecer alguns conceitos fundamentais para a matéria:
CONOTATIVO: é o sentido figurado, não-literal, apresentado de acordo com seu emprego no contexto.
É mais utilizado em gêneros textuais literários.
Parecido – semelhante
Bonito – belo – lindo
Grosso – bruto – estúpido
Grosso – gordo – robusto
Grosso – fino
Grosso – educado
Bonito – feio
Alegre - triste
HOMONÍMIA
São palavras estruturalmente iguais na grafia ou na pronúncia (fonemas), mas SEMPRE possuem
sentidos diferentes.
OBSERVAÇÃO:
Não confunda homônimos com palavras polissêmicas (palavras
que possuem mais de um sentido).
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As palavras polissêmicas têm a mesma origem, é de fato a mesma
palavra com sentidos diferentes. É o caso do sentido figurado, por
exemplo.
As palavras homônimas, por sua vez, são palavras de fato diferentes,
mesmo que sejam grafadas e pronunciadas da mesma forma.
Por exemplo, a manga da blusa e a fruta manga não tem qualquer
relação entre si.
HOMÔNIMOS PERFEITOS
São palavras iguais na pronúncia E na grafia.
HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS
São palavras cuja escrita é a mesma, mas se diferenciam na pronúncia.
HOMÔNIMOS HOMÓFONOS
São palavras cuja escrita é diferente, mas a pronúncia é a mesma. São as palavras com as quais
mais nos confundimos na hora de escrever.
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PARONÍMIAS
PAronímias são palavras Parecidas, mas nada é de fato igual, nem a escrita, nem o sentido, nem a
pronúncia.
Comprido
Cumprido
Descrição
Discrição
Absolver
Absorver
HIPÔNIMOS E HIPERÔNIMOS
HIPÔNIMO: É uma relação estabelecida entre dois termos que parte do específico para o geral.
Girassol e flor.
Azul e cor.
HIPERÔNIMO: É uma relação estabelecida entre dois termos que parte do geral para o específico.
Flor e girassol.
Cor e azul.
FIGURAS DE LINGUAGEM
As figuras de linguagem são estudadas dentro da estilística, que estuda os recursos expressivos da
língua. As figuras de linguagem exploram o sentido conotativo das palavras, enfatizando, recriando
ou alterando seu sentido.
ATENÇÃO!
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→ FIGURAS DE PALAVRAS (ou tropos): termos que adquirem novo significado em determinado
contexto.
→ FIGURAS DE PENSAMENTO: realçam o significado das palavras e expressões.
FIGURAS DE SINTAXE
ELIPSE
É a omissão de uma palavra, desde que não haja interferência na mensagem a ser transmitida.
“A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos.” (Carlos Drummond de Andrade)
“As quaresmas abriam a flor depois do carnaval, os ipês em junho” (Rachel de Queiroz)
Também é possível que a omissão aconteça não por uma razão estilística,
mas com a intenção de evitar a repetição de uma palavra. Nesse caso,
chamamos ZEUGMA:
PLEONASMO
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"Os impostos, é necessário pagá-los." (Camilo Castelo Branco)
ASSÍNDETO E POLISSÍNDETO
POLISSÍNDETO: é a repetição de uma conjunção. Nos textos poéticos, o mais comum é a repetição
do “e” para sugerir movimentos contínuos ou séries de ações que se sucedem rapidamente.
"Vão chegando as burguesinhas pobres, e as criadas das burguesinhas ricas, e as mulheres do povo, e
as lavadeiras da redondeza." (Manuel Bandeira)
“Por você eu largo tudo. Vou mendigar, roubar, matar. Que por você eu largo tudo. Carreira, dinheiro,
canudo.” (música “Exagerado” de Cazuza)
“A tua raça de aventura quis ter a terra, o céu, o mar. A tua raça quer partir, guerrear, sofrer, vencer,
voltar.” (“Epigrama nº 7” de Cecília Meireles)
“Tem que ser selado, registrado, carimbado, avaliado, rotulado, se quiser voar. Pra lua, a taxa é alta.
Pro sol: identidade.” (música “Carimbador Maluco” de Raul Seixas)
REPETIÇÃO
"O surdo pede que repitam, que repitam a última frase." (Cecília Meireles)
"O mar foi ficando escuro, escuro, até que a última lâmpada se apagou." (Inacio de Loyola Brandão)
ANÁFORA
Consiste na repetição de uma mesma palavra ou expressão no início de cada oração, sentença,
ou versos de poemas.
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a valsa vienense,
se você dormisse, Se acabar não acostumando.
se você cansasse, Se acabar parado calado.
se você morresse... Se acabar baixinho chorando.
Mas você não morre, Se acabar meio abandonado”.
você é duro, José!”
(Carlos Drummond de Andrade) Segue Seco (Marisa Monte).
ALITERAÇÃO
É a repetição de fonemas consonantais no texto. Com isso, tem a intenção de ser um recurso sonoro.
“Chove chuva, chove sem parar” (Jorge Ben Jor): observe como a repetição do CH traz um som que
remete ao som de chuva.
ONOMATOPEIA
Consiste em na construção/uso de palavras cuja sonoridade imita o som que se quer representar.
"Pedrinho, sem mais palavras, deu rédea e, lept! lept! arrancou estrada afora.” (Monteiro Lobato)
"O longo vestido longo da velhíssima senhora frufrulha no alto da escada." (Carlos Drummond de
Andrade)
HIPÉRBATO OU INVERSÃO
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Consiste em alterar a ordem normal dos termos ou orações com o fim de lhes dar destaque.
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heroico, o brado retumbante (As margens
plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico).
"Justo ela diz que é, mas eu não acho não." (Carlos Drummond de Andrade)
"Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho não sei." (Graciliano Ramos)
ANACOLUTO
O anacoluto, fato bastante comum na língua oral, deve ser usado, na expressão escrita, com
sobriedade e consciência.
"Esses colonos que se viram desalojados do Congo, não digo propriamente nada contra eles, mas
não servem para nós." (Raquel de Queirós)
SILEPSE
A silepse faz uma “concordância ideológica”, ou seja, efetuamos a concordância não com os termos
expressos, mas com a ideia subentendida.
SILEPSE DE GÊNERO
“Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove." - Olavo Bilac (Sobre a triste “cidade” Ouro
Preto...)
Vossa Majestade será informado acerca de tudo. (Vossa Majestade subentende “o rei”)
"A certa altura, a gente tem que estar cansado." - Fernando Pessoa (“A gente” é um artigo e substantivo
que literalmente significaria “as pessoas”. Todavia, ao conjugar “cansado” Fernando Pessoa nos faz
compreender que está falando dele mesmo, ou de nós mesmos).
SILEPSE DE NÚMERO
"Corria gente de todos os lados, e gritavam." - Mário Barreto (“gritavam” está concordado com a
ideia de que são muitas pessoas correndo).
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"Está cheio de gente aqui. Tire esse povaréu da minha casa. Que é que eles querem?" (Dalton
Trevisan)
"O casal de patos nada disse, pois a voz das ipecas é só um sopro. Mas espadanaram, rufiaram e
voaram embora." (Guimarães Rosa)
"Aliás todos os sertanejos somos assim." - Raquel De Queirós (A autora utiliza “somos” concordando
com a ideia de que “nós”, os sertanejos, somos assim. Ou seja, quem fala se inclui, se mostra, como
um sertanejo também.
"Mas haverá para qualquer de nós, os que lutamos, alguma alternativa?" (Fernando Namora)
FIGURAS DE PALAVRAS
COMPARAÇÃO
Recurso utilizado para comparar dois elementos a fim de lhes destacar semelhanças ou atribuir as
características de um ao outro explicitamente.
Eles não têm ideal: são como folhas levadas pelo vento.
"Como uma informe nódoa, avulta e cresce / a sombra à proporção que a luz recua." (Raimundo
Correia)
METÁFORA
Paulo é um doce.
Meu doce está atrasado para nosso encontro.
Eles não têm ideal: são folhas levadas pelo vento.
Murcharam-lhe os entusiasmos da mocidade.
"Lá fora, a noite é um pulmão ofegante." (Fernando Namora)
METONÍMIA
A metonímia consiste na substituição de termos por outros, e nesse sentido se aproxima da metáfora
e da comparação. Todavia, a metonímia se trata de uma substituição consagradas, compreensíveis para
um interlocutor médio.
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Há várias substituições que constituem metonímia:
"O aço [faca] de Zé Grande espelha reflexos dos cristais" (Haroloo Bruno)
SINÉDOQUE
É a substituição de termos de modo que se substitua o todo pela sua parte, do plural pelo singular,
do objeto pelo material ou da espécie pelo gênero.
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Aquelas pessoas não têm teto (representa toda a moradia)
Ele pediu a minha mão em casamento (não é apenas a mão, mas representa toda a pessoa)
CATACRESE
Consiste em se utilizar de expressões que designam alguém ou alguma coisa por meio de algum
de seus atributos ou de um fato que a tornou célebre.
SINESTESIA
FIGURAS DE PENSAMENTO
ANTÍTESE
"Última flor do Lácio, inculta e bela, és, a um tempo, esplendor e sepultura." (Olavo Bilac)
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"Como eram possível beleza e horror, vida e morte harmonizarem-se assim no mesmo quadro?"
(Érico Veríssimo)
"Feliz culpa, que nos valeu tão grande Redentor!" (Santo Agostinho)
"O que não tenho e desejo é que melhor me enriquece." (Manuel Bandeira)
PROSOPOPÉIA
Chora, violão.
"A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice Lispector)
Inutilidades
José Paulo Paes
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Até bolo esportivo e bala de revólver.
EUFEMISMO
Consiste em suavizar a expressão de uma ideia triste ou desagradável, substituindo o termo por palavras
mais amenas ou polidas;
IRONIA
Há recessão, há desemprego, há miséria, mas tudo está sob controle de geniais economistas."
(Evandro Lins e Silva)
"Um carro começa a buzinar... Talvez seja algum amigo que venha me desejar Feliz Natal. Levanto-
me, olho a rua e sorrio: é um caminhão de lixo. Bonito presente de Natal!" (Rubem Braga)
GRADAÇÃO
Um ser limitado, uma ínfima criatura, um grão de pó perdido no cosmo, eis o que o homem é
(descendente).
APÓSTROFE
É a interrupção do discurso para se dirigir a pessoas ou coisas presentes ou ausentes, reais ou fictícias.
Deus te leve a salvo, brioso e altivo barco, por entre as vagas revoltas ..." (José de Alencar)
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(PMMG – 2019 – 2° Tenente – Cirurgia pediátrica) Marque a alternativa em que
a figura de linguagem está, CORRETAMENTE, identificada, nas frases transcritas.
COMENTÁRIOS:
B) A frase não atribui qualquer característica humana a seres não humanos ou de ser vivo
a seres inanimados. Logo, não há prosopopeia.
GABARITO: D
A) Metáfora
B) Metonímia
C) Perífrase
D) Comparação
COMENTÁRIOS:
Essa é uma questão simples. Basta se lembrar que sempre que houver “COMO” no
contexto de comparação se tratará de comparação.
Diferente da metáfora, em que a comparação é implícita e da metonímia, que consiste na
substituição de um termo por outro em situações consagradas, em que um interlocutor
médio compreenderá do que se trata.
GABARITO: D
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B) Uma pessoa torpe, uma criatura limitada, um grão de pó perdido no universo, eis o que
Roberto é.
D) Esses escravos que se viram libertos, não penso nada contra eles, mas não servem
para nós.
COMENTÁRIOS:
Para resolver a questão devemos saber que zeugma é uma subclassificação da elipse.
Enquanto a elipse consiste em omitir palavras por motivos estilísticos, o zeugma consiste
em omitir a palavra apenas para evitar repetição, para evitar que a frase fique truncada.
A única omissão entre todas as alternativas está na letra A: Minha mãe trabalhava numa
empresa particular; eu, trabalhava em uma empresa pública.
GABARITO: A
PMMG: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/37951caf-89
PMMG: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/386da8cd-43
PMMG: https://www.qconcursos.com/questoes-militares/questoes/b78197ae-2d
VÍCIOS DE LINGUAGEM
Vícios de linguagem são erros cometidos na língua falada e na escrita que ocorrem geralmente devido
ao descuido por parte do emissor ou ao desconhecimento da norma padrão da língua. Classificamos eles
de acordo com a maneira que eles acontecem e são executados. Podemos identificá-los em diversos
níveis linguísticos: sintáticos, morfológicos, semânticos ou fonológicos. Vamos agora conhecer essas
classificações, ou seja, aos principais vícios de linguagem:
BARBARISMO
O Barbarismo está associado ao erro com relação à grafia, pronúncia e significado de palavras,
considerando o que entendemos como norma culta. Exemplos:
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Gratuíto (em vez de “gratuito”)
SIGNIFICAÇÃO: palavras utilizadas pelo emissor que pensa que ela tem um sentido, mas na
verdade ela tem outro.
As pessoas têm o costume de usar a palavra “literalmente” com o intuito de intensificar a veracidade do
que está sendo dito pelo interlocutor. Mas essa palavra tem a função de expressar algo denotativo, ou
seja, que de fato é real e não pode ser usada no sentido figurativo (é o oposto disso). Literalmente é o
que de fato é literal, sem nenhuma alteração ou forma de interpretação. Exemplos:
Estou literalmente cansada. EXPLICAÇÃO -> há um erro nessa construção, pois aqui o
emissor quis empregar intensidade na condição em que se
encontrava, ou seja, cansada (muito cansada). Mas como
vimos, não devemos usar a palavra “literalmente” com essa
função. Para ficar ainda mais claro, vamos ao outro exemplo:
Estou literalmente morta de tanto trabalhar. EXPLICAÇÃO -> há um erro nessa construção,
pois como o significado da palavra
“literalmente” é de realmente ser verdadeiro, ou
seja, que de fato está ocorrendo, se alguém está
"literalmente morto", significa que essa pessoa
não está viva e, portanto, não poderia estar
falando.
SOLECISMO
O Solecismo está relacionado a erros sintáticos (erros de concordância, regência, colocação e emprego
de pronomes, entre outros). Exemplos:
Fazem dois anos que não nos vemos. (em vez de “faz”, pois o verbo “fazer” no sentido de
tempo decorrido é impessoal, logo ele não flexiona para o plural).
Eu lhe amo. (erro em relação à função sintática do oblíquo “lhe”, pois o verbo “amar” é Verbo
Transitivo Direto (VTD) e o “lhe”, como complemento verbal, foi criado para ser Objeto Indireto, ou seja,
houve aqui uma incompatibilidade sintática, pois se o verbo é VTD não podemos ter Objeto Indireto e
sim Objeto Direto)
NEOLOGISMO
Neologismo é a criação palavras novas, inventadas. São palavras novas formadas na língua que ainda
não foram dicionarizadas, portanto são consideradas vícios de linguagem. Pode ser que hoje uma palavra
que é considerada um neologismo deixe de ser futuramente.
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Meu celular está bugado.
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Ocorre quando uma palavra, frase ou expressão pode ser interpretada de diferentes maneiras,
muitas vezes levando a confusão ou falta de clareza na comunicação.
O menino viu o incêndio da escola. (Uma interpretação: o incêndio pode ter acontecido na escola,
ou seja, o incêndio é na escola e o menino viu o incêndio. Outra interpretação: pode ser que “da escola”
seja o lugar de onde o menino observou o incêndio, ou seja, ele viu o incêndio que estava acontecendo
em outro lugar e nesse momento ele estava na escola). Resumindo: O incêndio ocorreu na escola ou
esse foi o local de onde o menino viu o incêndio?
O policial deteve o suspeito em sua casa. (Uma interpretação: o suspeito estava em sua própria
casa, o policial foi até lá e o deteve naquele local. Outra interpretação: o suspeito estava na casa do
policial que o deteve naquele local). Resumindo: Não ficou claro de quem era a casa. O suspeito foi
detido na casa dele ou na casa do policial?
Aquele rapaz me cobrou por um serviço que não prestou. (Uma interpretação: O serviço não foi
prestado e o rapaz cobrou por ele. Outra interpretação: O serviço cobrado pelo rapaz não prestou, ou
seja, não foi de qualidade. Resumindo: o serviço prestado não foi de qualidade ou o serviço não foi
efetivado?
CACÓFATO OU CACOFONIA
Ocorre quando há uma sequência de sons ou palavras que, quando pronunciadas juntas, criam um
som desagradável e por vezes engraçado.
Não tenho pretensão acerca dela. (Não tenho pretensão “a ser cadela”?)
É a redundância de maneira não intencional que como consequência causa a repetição desnecessária
de palavras para expressar uma ideia.
Acabamento final.
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Bizu: O pleonasmo pode ser um vício de linguagem ou uma figura de linguagem. Isso vai
depender do contexto utilizado. Trata-se de vício de linguagem o que chamamos de
pleonasmo vicioso. O pleonasmo também pode ser utilizado como figura de linguagem
quando utilizado como recurso intencional de estilo para realçar alguma mensagem sendo
comum em poesias.
ESTRANGEIRISMO
É o uso de palavras, expressões e construções de outras línguas que são usadas no nosso dia a dia de
forma misturada com nossa língua portuguesa.
Usar termos de outras línguas será considerado um vício de linguagem quando já existe uma forma em
português satisfatória para expressar algo. Portanto, o estrangeirismo só deve ser usado em caso de
necessidade por não haver, em português, expressões equivalentes ao que se deseja falar. Exemplo:
Por que usar performance se temos em nossa língua as expressões: desempenho/atuação? Outros
exemplos:
“Menu” (Cardápio)
“Chofer” (Motorista)
“Corner” (Escanteio)
ARCAÍSMO
Bizu: Pode ser, em certas situações, que o arcaísmo seja empregado como estilo literário.
Portanto, ele será vício de linguagem SE empregado de maneira desnecessária.
PRECIOCISMO
“Outrossim, sopitados os ânimos, foi possível constatar como claudicava aquela pletora
léxica da comunicação organizacional.”
PLEBEÍSMO OU VULGARISMO
Cara (indivíduo)
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Pra burro (muito)
Grana (Dinheiro)
Troço (objeto)
ECO
Eco nada mais é do que a rima na poesia. Na poesia chamamos de rima, mas quando usamos palavras
que rimam em um texto que exige a norma culta cometemos o vício de linguagem que é chamado então
de eco.
HIATO
É a sequência antieufônica de VOGAIS, ou seja, não produz “eufonia” resultando num efeito
desagradável aos ouvidos.
Eu iria à aula hoje se não chovesse. (Muitas vogais se juntaram, produzindo um som não muito
legal aos ouvidos)
COLISÃO
Bizu: Na poesia chamaríamos isso de aliteração, mas como estamos falando de vícios de
linguagem, estamos pressupondo que ela estaria presente num texto que exige norma
culta causando assim um erro.
OBSCURIDADE
Ocorre quando a estrutura de uma frase ou expressão é construída de maneira que o sentido da
mensagem se torna obscuro, confuso, embaraçado ou ininteligível para o leitor ou ouvinte.
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A telespectadora mandou uma carta, que eu recebi semana passada, linda. (Não era melhor dizer
que a telespectadora mandou uma “carta linda”? O “linda” no final não foi empregado de maneira ideal
de forma que trouxesse clareza à mensagem)
Foi provocada uma discussão entre vizinhos desnecessária. (Para um sentido mais claro, melhor
seria: “Foi provocada uma discussão desnecessária entre vizinhos”).
REGIONALISMO
É o uso de palavras ou expressões de cada região do nosso país. A utilização dele fora de um
gênero que permita sua utilização é considerada um vício de linguagem.
PAREQUEMA
A) Cacófato
B) Plebeísmo
C) Solecismo
D) Barbarismo
COMENTÁRIO:
Cacófato: Ocorre quando há uma sequência de sons ou palavras que, quando pronunciadas
juntas, criam um som desagradável e por vezes engraçado.
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Barbarismo: O Barbarismo está associado ao ERRO COM RELAÇÃO À GRAFIA,
PRONÚNCIA E SIGNIFICADO de palavras considerando o que entendemos como norma
culta.
Sabendo disso, em: “Haviam muitos homens no evento”, percebe-se o erro concordância
verbal, pois o verbo “haver” no sentido de existir é impessoal, ou seja, ficará no singular.
O correto é: “Havia muitos homens no evento”. Logo, erro de concordância ->
SOLECISMO.
GABARITO: C
“(…) vendo onde precisava um retoque, talvez uma mão de tinta, etc.” (linhas 6 e 7).
A) Eu vi ela na rodoviária.
D) Nasceu em Pindamonhangaba.
COMENTÁRIO:
Eu vi ela na rodoviária. (“Viela”? Viela é uma via ou rua estreita, portanto soou com
estranheza na frase, logo aqui há cacofonia. Para evitar o vício de linguagem nesse
contexto devemos dizer: “Eu a vi na rodoviária”.
GABARITO: A
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A) Barbarismo.
B) Solecismo.
C) Preciosismo.
D) Ambiguidade.
COMENTÁRIO:
Em: “vá pegá-lo” não é possível concluir se o rapaz está mandando o Garfield pegar o rato
ou o biscoito, produzindo assim o vício de linguagem “ambiguidade”. No terceiro
quadrinho, é possível observar que Garfield entendeu que era para pegar o rato e
aparentemente o rapaz (baseado na cara de desapontamento que ele fez) queria que
Garfiled tivesse pegado o rato.
GABARITO: D
D) Você deve buscar seu amigo e levá-lo em seu carro até o aeroporto
COMENTÁRIO:
Os vícios de linguagem podem ser diversos, mas lendo as alternativas observa-se que o
vício de linguagem explorado é a ambiguidade. Muito comum a ocorrência de ambiguidade
com o empego de pronomes possessivos. Avaliaremos as alternativas:
Quando Ana entrou no consultório de Vilma, encontrou-a com seu noivo. (Noivo de quem?
Da Ana ou da Vilma?) – Presença de AMBIGUIDADE
Caro investidor, cuide melhor de seu dinheiro. Aqui só há uma possibilidade: o dinheiro é
do investidor. O pronome aqui se refere apenas ao investidor: “Dinheiro do investidor”.
Ausência de ambiguidade ou de outro vício de linguagem. GABARITO.
Você deve buscar seu amigo e levá-lo em seu carro até o aeroporto. (Carro de quem? Do
amigo ou de quem vai buscá-lo? - Presença de AMBIGUIDADE
GABARITO: B
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