Trab. Estatística
Trab. Estatística
Trab. Estatística
Como é visível na seguinte tabela, a taxa de risco de pobreza tem vindo a diminuir
progressivamente nos últimos anos, tanto antes como após transferências sociais (com a
exceção do ano de 2020 e 2022, como consequências da pandemia).
Fonte: Pordata
As taxas de atividade da população em idade ativa que não tem qualquer nível de
escolaridade completo ou que concluiu apenas o 1º ciclo do ensino básico têm sido muito
inferiores à taxa de atividade média global e são cada vez mais baixas (6,9% e 22,8%,
respetivamente, em 2022).
É importante ainda referir que, para além da taxa de atividade do ensino superior, todas
as outras taxas correspondentes aos outros níveis de escolaridade têm vindo a diminuir.
Remuneração:
Quanto mais alto é o nível escolar de um indivíduo, maior a probabilidade de conseguir
um retorno positivo no que diz respeito à remuneração de trabalho.
Gráfico 4. Remuneração média mensal de base (€), por nível de escolaridade, em Portugal,
2021.
Outros fatores com impacto para a taxa de risco de pobreza
É importante referir que, apesar do nível de escolaridade de cada indivíduo ter um
grande impacto na taxa de risco de pobreza, não protege, necessariamente, as pessoas da crise,
pelo que há vários outros fatores que contribuem para a sua evolução, tais como:
Analisando a Tabela 2, podemos concluir que a crise de 2008 teve, então, um impacto
muito forte na taxa de risco de pobreza, em Portugal, uma vez que, em 2009, teve um aumento
de quase dois p.p. em relação a 2008. Em 2010, o ano de recuperação a taxa voltou a diminuir
(0,9 p.p.)
Troika
Em 2011, a economia portuguesa acabava de sofrer o choque da crise financeira de
2008/2009 e preparava-se para mais uma recessão, ainda mais duradoura e intensa. Em 2011,
2012 e 2013, a economia portuguesa voltou a contrair, devido à crise das dívidas soberanas da
Zona Euro, da qual fazia parte como país que tinha recorrido a ajuda externa. A retoma começou
em 2014, ano da “saída limpa” da troika, mas foi lenta e só em 2018 é que a economia tinha
superado definitivamente as duas crises
consecutivas que enfrentou, de tal modo que Gráfico 5. Saldo orçamental, em Portugal, entre
2011 e 2020
até conseguiu um crescimento económico
em 2019 de 2,5%, como podemos observar
no gráfico 5.
Pandemia
Após o crescimento económico de
2019 (2,5%), a pandemia chegou e provocou
a maior queda da história democrática
(7,6%).
A pandemia levou ao aumento de 1,1 p.p. da taxa de risco de pobreza antes de qualquer
transferência social, e de 2.2 p.p. após transferências sociais, em 2020. Porém, em 2021 as duas
taxas voltaram a diminuir, e em 2022, apenas a taxa de pobreza após transferências sociais
voltou a aumentar, em 0,6 p.p.
Base de dados
Tabela 1:
Variáveis numéricas (percentagem):
Medidas representativas:
Média = 43,8%
Mediana = 43,4%
Média = 24,2%
Mediana = 23%
Média = 18%
Mediana = 18,3%
Gráfico 1:
Descrição: esta variável indica o nível de escolaridade dos indivíduos, dividida em três grupos:
até ensino básico, ensino secundário e ensino superior.
Descrição: esta variável representa a proporção de pessoas em risco de pobreza dentro de cada
grupo de nível de escolaridade.
Descrição: esta variável representa o ano em que as taxas de risco de pobreza foram
registadas.
Medidas representativas:
Gráfico 2:
Nenhum;
1º CEB;
2º CEB;
3º CEB;
Ensino secundário;
Ensino superior.
Gráfico 3:
CITE 0-2;
CITE 3-4;
CITE 5-8.
Gráfico 4:
1º CEB;
2º CEB;
3º CEB;
Ensino secundário;
Ensino pós-secundário;
Ensino superior – curso técnico superior professional;
Ensino superior – bacharelato;
Ensino superior – licenciatura;
Ensino superior – mestrado;
Ensino superior – doutoramento.
Medidas representativas:
Média = 1199,26 €
Mediana = 1003,40 €
Gráfico 5:
Tabela 2:
Medidas representativas:
Média = 44,6%
Mediana = 43,7%
Média = 23,7%
Mediana = 24,3%
Média = 18%
Mediana = 18%