Viaturas Elétricas
Viaturas Elétricas
Viaturas Elétricas
6. Conclusão ............................................................................................................................... 21
7. Biografia ................................................................................................................................. 22
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1. Introdução
O presente trabalho da unidade curricular de Contabilidade e Gestão Fiscal pretende expor de
forma temática, com uma abordagem teórico-prática, a questão da aquisição de viaturas elétricas e sua
fiscalidade inerente.
Assim, numa fase inicial começamos por fazer a distinção entre viaturas que são movidas a
gasolina, diesel, híbridos, híbridos plug-in, GNV, GPL e eletricidade (que são a maior preponderância
em análise). Deste modo, há uma breve introdução sobre cada tipo de automóvel, passando de seguida
para a legislação fiscal consequente, desde as Tributações Autónomas, Depreciações Fiscalmente
Aceites, entre outros, tendo em conta valores de aquisição, taxas e respetivos impostos.
Posteriormente, iremos centralizar-nos na diferença daquilo que são as viaturas de passageiros,
mercadorias e mistas com o auxílio da legislação fiscal em vigor para o ano vigente.
Finaliza-se a teoria com a indicação das vantagens e desvantagens da compra de uma viatura
elétrica com destaque pela positiva para a preservação ambiental, redução de emissões nocivas,
facilidade e acessibilidade de utilização geral, diminuição das despesas de manutenção e benefícios a
nível do pagamento de impostos. A nível de apoios e incentivos financeiros e monetários para a compra
de automóveis elétricos são também destaque como um fator que apela à “Fiscalidade Verde”
fornecidos tanto pelo Governo da República como em concreto pelo Governo da Região Autónoma
dos Açores.
Numa última análise focada na parte prática será realizada uma comparação a nível quantitativo e
qualitativo entre a aquisição de viaturas de diversos tipos, com ênfase em simulações consoante o valor
de compra e os gastos de utilização com base na carga fiscal, de modo a apurar se há benefícios ou
prejuízos fiscais em causa. Há um comparativo entre marcas que fornecem viaturas elétricas e não
elétricas, aquisição abaixo ou acima do valor de isenção do pagamento de taxas de imposto, aquisição
em Portugal Continental e nos Açores e consequente dedutibilidade dos gastos e despesas fiscais.
Em suma, a finalidade em estudo prende-se com a exposição da fiscalidade que está associada à
compra de cada veículo automóvel, seja ele para fins particulares ou empresariais, de
passageiros/mercadorias ou misto, e com isto relevar de que modo entre que valores e limites
associados se torna mais vantajoso e rentável para cada um de nós ou entidades, a preferência de
aquisição de uma viatura movida a eletricidade comparada com as ditas convencionais
disponibilizadas no mercado em Portugal.
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2. Distinção entre viaturas elétricas e restantes
No que concerne a categorias de veículos são de referir os veículos elétricos, híbridos, híbridos
plug-in, diesel, gasolina, GPL e GNV.
Um veículo elétrico a bateria, também designado por BEV (Battery Eletric Vehicle) ou elétrico
puro, utiliza como meio exclusivo de propulsão um ou vários motores elétricos alimentados por
baterias. Estas são carregadas através de uma ligação à rede elétrica, e o sistema não envolve gasolina,
diesel ou gás. Os veículos elétricos estão a tornar-se cada vez mais comuns e acessíveis devido às
rápidas inovações dos fabricantes automóvel. Além disso, as infraestruturas e tecnologias de
carregamento estão a evoluir, e as redes de carregamento têm crescido nos últimos anos.
Quanto ao veículo híbrido, é constituído por dois tipos de energia diferentes, em que o objetivo
deste modelo é o de tirar o máximo partido da função de dois motores (combustão e elétrico). Com
isto, há um baixo consumo, aumento da segurança e da potência, boa performance e, redução do
impacto ambiental e das emissões de CO2.
No caso dos híbridos plug-in ou PHEV, trata-se de uma tecnologia ecológica que se diferencia das
viaturas híbridas convencionais mencionadas em cima no sentido que no plug-in o motor elétrico tanto
pode ser um motor de apoio/secundário como o principal, sendo que nos híbridos o motor movido a
energia elétrica nunca pode funcionar sem o motor a combustão. De forma resumida e simplista, caso
alguém pretenda circular em modo 100% elétrico num híbrido convencional não o pode fazer, mas
num plug-in isso já será possível. Outro fator diferenciador entre as viaturas híbridas ocorre no
carregamento, sendo que no plug-in o mesmo pode ser realizado enquanto o automóvel trabalha ou
através de uma fonte externa.
Em relação aos automóveis standard e convencionais movidos a gasolina e gasóleo, importa referir
que a maior diferença entre ambos reside na forma como se dá a ignição ao combustível. Assim sendo,
no caso de um motor a gasolina, este processo é realizado através de uma faísca criada por uma vela
de ignição, já num motor a gasóleo a ignição ocorre devido às altas temperaturas criadas pela enorme
pressão dentro do cilindro.
No caso do veículo GPL (Gás de Petróleo Liquefeito) é benéfico no sentido que o utilizador poupa
cerca de 50% face ao litro de gasolina - enorme autonomia que possibilita que o condutor circule
muitos quilómetros sem ter que estar a parar para abastecer, é menos poluente que os combustíveis
convencionais e aumenta a durabilidade do motor. Trata-se de um combustível composto por uma
mistura de gás butano e gás propano.
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Por último, no que diz respeito aos automóveis GNV (Gás Natural Veicular), é um gás semelhante
ao que usamos para aquecer casas e cuja composição é quase inteiramente gás metano (90%). A sua
utilização não é tão difundida como o GPL, pelo que acaba por ser mais difícil encontrar pontos de
abastecimento. A maior diferença entre o GPL e GNV reside no seu estado, pois enquanto GPL é um
gás no estado líquido, o GNV está no estado gasoso. Nos aspetos positivos da compra de veículos
desse tipo, o destaque vai para a diminuição do preço, a manutenção e a sua clara menor poluição.
Após uma breve introdução teórica sobre cada veículo automóvel disponível do mercado
português, abordaremos de seguida a questão da fiscalidade inerente ao ramo do automobilismo para
2023.
A tributação autónoma consta do artigo 88º do CIRC, sendo definida como uma tributação
adicional que incide sobre determinadas despesas, independentemente de a empresa ter lucro ou
prejuízo, sendo calculada de forma independente e isolada em relação ao IRC e taxa municipal da
derrama. Para o ano vigente, as taxas aplicadas para os veículos são:
▪ 10% - Veículos ligeiros de passageiros a gasóleo/gasolina e híbridos, híbridos plug-in que não
usufruem de benefícios fiscais e GPL;
▪ 2,5% - Veículos a GNV e híbridos plug-in;
▪ 0% - Veículos elétricos;
▪ 35% - Veículos ligeiros de passageiros a gasóleo/gasolina e híbridos, híbridos plug-in que não
usufruem de benefícios fiscais e GPL;
▪ 15% - Veículos a GNV e híbridos plug-in;
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▪ 0% - Veículos elétricos, se o custo de aquisição for inferior a 62.500€ (sem IVA). A partir
desse valor é aplicada uma T.A. de 10%.
Contudo, de acordo com o Orçamento de Estado 2023, os sujeitos passivos que se enquadrem na
categoria B do IRS estão isentos do pagamento da T.A. de 10% quando o valor de aquisição de um
veículo exclusivamente elétrico for superior a 62.500 euros.
Nota: Os veículos híbridos plug-in que usufruem de benefícios fiscais (como a aplicação de uma T.A.
mais baixa) são aqueles que possuem uma bateria que pode ser carregada através de ligação à rede
elétrica e que têm uma autonomia mínima, no modo elétrico, de 50km e emissões oficiais inferiores a
50gCO2/Km.
Para a aquisição de uma viatura ser vista fiscalmente como um gasto, deve ter em consideração
os limites estabelecidos consoante o tipo que se pretende adquirir. O valor de aquisição das viaturas é
amortizado ou depreciado a uma taxa máxima de 25% por ano de acordo com o Decreto Regulamentar
25/2009, sendo que a depreciação de cada ano abate ao lucro da empresa. Primeiramente, há que
referenciar que a amortização anual (VI-VR) incluída na renda tem um limite máximo de 25% do valor
de cada contrato.
Quanto aos veículos movidos a gasóleo, gasolina e híbridos, o limite anual máximo que é
permitido é de 6.250 euros, que corresponde a 25% de 25000 euros (limite máximo de aquisição sem
IVA). Já em relação às viaturas movidas a GPL e GNV, o limite anual máximo corresponde a 25% de
37.500 euros (limite máximo de aquisição sem IVA), o que dá no máximo 9.375 euros. No que diz
respeito aos híbridos plug-in com ou sem benefícios fiscais, o limite anual corresponde a 25% de
50.000 euros (limite máximo de aquisição sem IVA), o que corresponde ao máximo de 12.500 euros.
Por fim, veículos exclusivamente elétricos, o limite anual corresponde a 25% de 62.500 euros (limite
máximo de aquisição sem IVA), o que perfaz um máximo de depreciação aceite no valor de 15.625
euros.
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➢ Dedução do IVA
Quanto às vantagens de dedução do IVA, as viaturas comerciais (com dois ou três lugares) têm
direito ao IVA dedutível:
No caso das viaturas ligeiras de passageiros, a dedução do IVA em certas despesas depende da
tipologia do mesmo e do seu valor em concreto de aquisição:
Por fim, tirando as viaturas exclusivamente elétricas e híbridas plug-in que podem deduzir o IVA
da eletricidade a 100%, as outras viaturas têm direito ao IVA dedutível no gasóleo, GPL, Gás Natural
e biocombustíveis em 50%. Contudo, se as viaturas forem licenciadas para o transporte público de
passageiros/táxi (exceto os rent-a-car) o IVA do combustível pode ser deduzido a 100%, mesmo em
viaturas a gasolina.
O Imposto sobre veículos (ISV) é um imposto cobrado aos carros novos e usados, quando o
automóvel recebe a matrícula portuguesa. No entanto, este imposto só é pago uma única vez. Em
termos de cálculos, o ISV calcula-se consoante o ano do carro, variando de acordo com as emissões
de CO2, mas também da cilindrada da viatura. Em termos de isenção, apenas os veículos
exclusivamente elétricos estão isentos do pagamento deste imposto. Contudo, o Orçamento do Estado
2023 contempla alguns benefícios fiscais em termos de ISV nos seguintes casos:
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▪ Híbridos: pagam 60% do ISV, caso os motores híbridos sejam a gasolina ou gasóleo e a energia
solar ou eletricidade. A autonomia elétrica mínima deve ser de 50 km e as emissões de CO2
devem ser inferiores a 50g/km.
▪ Híbridos plug-in: Têm de pagar apenas 25% do ISV. Os motores híbridos podem ser a gasolina
ou gasóleo e eletricidade. No entanto, estes devem ter uma bateria com carregamento de
tomada elétrica, uma autonomia mínima de 50 km e emissões de CO2 menores de 50g/km.
▪ Gás Natural (GN / GNC / GNL): Pagam 40% do ISV, mas os bifuel/dualfuel estão excluídos
dos benefícios fiscais.
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equipamento não seja destinado unicamente ao transporte de mercadorias ou a uma utilização com
carácter agrícola, comercial ou industrial, é considerado viatura de turismo.
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fechada de lotação até três lugares, incluindo o do condutor, que não sejam considerados veículos
automóveis ligeiros de uso misto, nos termos do número anterior e desde que dotados das seguintes
características:
Retificação dada pela Declaração de Rectificação de 5 de Junho de 1989
▪ Antepara inamovível que separe totalmente o espaço destinado ao condutor e passageiros do
destinado às mercadorias, devendo a caixa de carga ter um estrado contínuo;
▪ Não poderão apresentar mais de uma porta do lado esquerdo;
▪ Os painéis laterais poderão ser providos de vidros fixos na zona imediatamente a seguir ao
espaço destinado ao condutor e passageiros, em extensão que não ultrapasse metade do
comprimento útil da caixa de carga.
Regime jurídico aplicável aos transportes rodoviários de mercadorias, por meio de veículos com peso
bruto igual ou superior a 2500 kg: https://dre.pt/dre/detalhe/decreto-lei/257-2007-636181
Deste modo, e começando precisamente pela comparação feita em setembro do ano transato
pela UVE (Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos) dos custos de percorrer, por exemplo,
100 Km com uma viatura elétrica ou uma viatura movida a gasóleo ou gasolina, a vantagem cai sobre
os veículos elétricos. Assim, segundo as contas, o gasto energético para que uma viatura 100% elétrica
que tenha um consumo médio de energia de 16,9 kWh/100 km percorra estes mesmos 100 km varia
entre os 2,12€, carregando em casa e tendo em conta um preço médio de 0,13€ por kWh de uma tarifa
bi-horária, os 3,21€, no caso do carregamento ser também em casa mas tendo em conta uma tarifa
simples com um preço médio de 0,19€ por kWh, e os 6,36€, se o carregamento for efetuado numa rede
pública Mobi.e , onde o preço médio por kWh é de 0,38€. Por outro lado, para um automóvel movido
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a gasolina percorrer 100 km teria um custo de 10,45€ e um veículo movido a Diesel teria um custo de
8,43€. Transitando para a realidade empresarial, para percorrer os mesmos 100 km, a utilização da
mobilidade elétrica através da redução da fatura energética custa, atualmente e em média, 1,50€ para
as empresas.
*relembrar que esta comparação foi realizada em setembro de 2022, tendo recorrido aos preços dessa
altura*
Já nos foi possível perceber que em termos de utilização é mais vantajoso o veículo elétrico.
Porém, tanto para particulares como para empresas, há que ter em conta outros fatores, como a
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manutenção da viatura. Neste aspeto, as despesas dos carros elétricos voltam a ser inferiores, pelo facto
de não serem necessárias algumas revisões frequentes comparativamente aos veículos movidos a
combustível, como por exemplo a substituição de filtros ou mudanças de óleo. É também importante
realçar que, de acordo com alguns especialistas da matéria, as pastilhas dos travões têm menos
desgaste, fenómeno este fundamentado pela “travagem regenerativa” presente nas viaturas elétricas.
Recorrendo então a valores, e na dificuldade da precisão de números exatos pela quantidade de
parâmetros são tidos em conta, como a variação de custos de marca para marca, é possível afirmar que
nos primeiros 5 anos os custos de manutenção dos carros elétricos variam entre os 50 e os 70 euros,
enquanto numa viatura movida a combustível, estes valores podem atingir entre os 200 a 250 euros.
Para além das diferenças de custos de utilização e manutenção, a opção por uma viatura elétrica
em detrimento de outra é também importante no que toca a benefícios e redução de impostos, quer
para empresas como para particulares. Deste modo, e no âmbito empresarial, o Estado tem vindo a
incentivar a compra de carros 100% elétricos através do Fundo Ambiental, onde consta o Regulamento
de Atribuição do Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Emissões Nulas no Ano de
2022, e que concedeu 6.000€ para cada aquisição ou locação de uma viatura ligeira de mercadorias,
sendo que este apoio estaria delimitado gasto total de 900.000€ ou a 150 veículos. Este incentivo
também foi e será, no ano de 2023, possível para particulares, onde os mesmos podiam até dia 30 de
novembro de 2022 adquirir um carro 100% elétrico e candidatar-se a este programa, que apoiava cada
particular em 4.000€ e, para tal, o mesmo teria de ser novo e não exceder o valor de 62.500€ com IVA,
sendo o limite total anual de incentivos estabelecido em 1.300 veículos de passageiros.
O incentivo à compra de viaturas elétricas não se cinge a apoios provenientes do governo pois,
para além do Fundo Ambiental, ainda existem benefícios fiscais concedidos a quem adquire um
veículo movido a eletricidade. Assim, especificamente para empresas e recorrendo à informação
disponibilizada na mobi.e (mobilidade elétrica), as mesmas dispõe dos seguintes incentivos:
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✓ Dedução da totalidade do IVA associado às despesas relativas à aquisição, fabrico ou
importação, à locação e à transformação em viaturas elétricas ou híbridas plug-in, de
viaturas ligeiras de passageiros ou mistas elétricas ou híbridas plug-in, quando
consideradas viaturas de turismo, cujo custo de aquisição não exceda 62.500€ - alínea
f) do n.º 2 do artigo 21º do Código do IVA, com o valor definido pelo nº 4 do artigo 1.º
da Portaria n.º 467/2010, de 7 de julho, alterada pela Lei nº 82-D/2014 de 31 de
dezembro.
✓ Dedução da totalidade do IVA associado a despesas respeitantes a eletricidade utilizada
em viaturas elétricas ou híbridas plug-in - alínea h) do n.º 2 do Artigo 21º do código do
IVA.
✓ São aceites como gastos as depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas,
na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao valor de reavaliação até ao valor
de 62.500€ - alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do IRC, com o valor definido
pelo nº 4 do artigo 1.º da Portaria n.º 467/2010, de 7 de julho, alterada pela Lei nº 82-
D/2014 de 31 de dezembro.
Para além destes benefícios provindos do Estado, alguns municípios e câmaras municipais
também adotaram esta ideia. É o caso da Região Autónoma dos Açores, que tem em atividade
‘Incentivos financeiros na aquisição de veículos elétricos e pontos de carregamento’, como ilustra a
seguinte imagem:
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Fonte: Direção Regional da Energia
5. Casos Práticos
Caso Prático 1
A empresa “Qualidade Máxima” adquiriu uma viatura elétrica de passageiros pelo valor de 60 mil
euros + IVA, com sede na Região Autónoma dos Açores.
Amortização anual = 60.000 x 25%= 15.000 x 14,7%= 2205€ (valor a deduzir em sede de IRC)
A nível de IVA:
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Poupança fiscal = 2205 + 9600 = 11.805 euros
Caso opte por fazer uso do subsídio da mobilidade elétrica fornecido pelo Governo Regional dos
Açores, poderá ainda poupar:
= 3000 euros total de subsídio, o que perfaz uma poupança fiscal na casa dos 14,805 euros.
D 434 60 000
D 2432 9600
C 11/12 69600
Amortização Anual
D 438 15000
C 7612 15000
Impacto Fiscal
D 812 2205
C 241 2205
Subsídio do GRA
D 11/12 3000
C 751 3000
Caso Prático 2
A empresa “Qualidade Máxima” adquiriu uma viatura de combustão de passageiros pelo valor de 60
mil euros + IVA, com sede na Região Autónoma dos Açores.
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A nível de IRC é possível determinar que:
A nível de IVA:
IVA dedutível = 0
D 434 69600
C 11/12 69600
Tributação Autónoma
D 241 6090
C 812 6090
Amortização Anual
D 438 6250
C 7612 6250
Impacto Fiscal
D 812 918,75
C 241 918,75
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Caso Prático 3
A Empresa “Qualidade Máxima” adquiriu uma viatura ligeira de passageiros elétrica cujo valor de
compra foi de 70.000€ + IVA. De referir que a empresa está sediada em Lisboa e organiza eventos de
promoção em Leiria.
Amortização anual – 62.500 x 25% = 15.625 x 21% = 3281,25 euros (valor a deduzir em sede de IRC)
A nível de IVA:
D 434 81200
C 11/12 81200
Amortização Anual
D 438 15625
C 7612 15625
Impacto Fiscal
D 812 2297
C 241 2297
Tributação Autónoma
D 241 2030
C 812 2030
16
Portagens:
D 6251 54,5
C 11/12 54,5
Impacto Fiscal
D 241 8,02
C 812 8,02
Caso prático 4
A Empresa “Qualidade Máxima” adquiriu uma viatura ligeira de passageiros a combustão cujo valor
de compra foi de 70 mil euros + IVA. De referir que a empresa está sediada em Lisboa e organiza
eventos de promoção em Leiria.
Amortização anual – 25.000 x 25% = 6250 x 21% = 1312,5 euros( valor a deduzir em sede de IRC)
A nível de IVA:
D 434 81200
C 11/12 81200
Tributação Autónoma
D 241 7105
C 812 7105
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Amortização Anual
D 438 6250
C 7612 6250
Impacto Fiscal
D 812 918,75
C 241 918,75
Portagens
D 6251 54,5
C 11/12 54,5
Impacto Fiscal
D 241 8,02
C 812 8,02
Caso Prático 5
A Empresa “Qualidade Máxima” está indecisa se deve optar pela compra de viatura elétrica ou viatura
movida a combustão, sendo que a sede de operações situa-se na Região Autónoma dos Açores. As
opções estão entre o Renault ZOE E-TECH 100% Elétrico com um valor de 36.250€ + IVA ou Renault
CLIO 1.0TCE LIMITED de 17.500€+IVA.
Tributação Autónoma = 0
Amortização anual – 36.250 x 25%= 9062,5x14,7% = 1332,19 euros (valor a deduzir em sede de IRC)
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Tributação Autónoma – 20.300 x 25% = 5075 x 0,10 = 507,50 euros
A nível de IVA:
IVA Dedutível = 0
(1332,19 + 5800) + 3000 de Subsídio do Governo Regional dos Açores = 10132,19 euros
Resposta: Apesar de ambos os veículos apresentarem uma poupança fiscal, o certo é que a compra
da viatura elétrica é mais benéfica para a entidade patronal por ser superior em relação ao veículo
movido a combustão.
Renault Elétrico
Aquisição
D 434 36250
D 2432 5890
C 11/12 42050
Amortização Anual
D 438 9062,5
C 7612 9062,5
Impacto Fiscal
D 812 1332,19
C 241 1332,19
19
Subsídio GRA
D 11/12 3000
C 751 3000
Renault Convencional
Aquisição
D 434 20300
C 11/12 20300
Tributação Autónoma
D 241 507,5
C 812 507,5
Amortização Anual
D 438 4375
C 7612 4375
Impacto Fiscal
D 812 643,14
C 241 643,13
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6. Conclusão
Com este trabalho, foi possível determinar as diferenças, vantagens e desvantagens a nível fiscal
acerca da aquisição de uma viatura elétrica quando comparado com as restantes desde as movidas a
combustão, híbridas, GPL e GNV.
Importa referir que as taxas de IRC são de 14,7% e 21% para os Açores e Portugal Continental,
respetivamente.
No que concerne aos apoios atribuídos pelo Governo Regional dos Açores, o certo é que o limite
é de 2.000 euros, podendo esse valor estender-se consonante a tarifa selecionada ou abate da viatura
velha. No caso do Governo da República também existem esses subsídios de incentivo à compra desse
tipo de veículos, no entanto, o processo de obtenção do mesmo é mais demorado.
Em suma, a aquisição de viaturas elétricas acaba por ser sempre mais benéfica face às ditas viaturas
convencionais, independentemente do valor de aquisição ser acima ou abaixo de 62.500 euros,
havendo incentivos de compra sustentados na ideologia da “Fiscalidade Verde”.
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7. Biografia
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