Função Social Da Dogmática
Função Social Da Dogmática
Função Social Da Dogmática
1. Credenciais do autor1
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CONTEÚDO aberto. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9rcio_Sampaio_Ferraz_J%C3%BAnior. Acesso em: 6
jun. 2023).
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2. Introdução
Nos séculos XVII e XVIII, afirma o autor, os textos romanos foram substituídos
pelos “princípios da razão” que deveriam ser investigados e serem aplicados de
modo sistemático. No entanto, foi no século seguinte que as bases da Dogmática
Jurídica se assentaram na herança jurisprudencial, na herança exegética, na
herança sistemática e na “perspectiva histórica e social”.
O autor indaga qual a função social da Dogmática Jurídica, não apenas como
uma teoria pura e simples do conhecimento (p. 7). O problema consiste em
“determinar as relações entre seus processos cognoscitivos e a própria realidade
social à qual ela se dirige” (p. 8).
Para influenciar aquela maioria que repudia a “visão da verdade”, Platão diz
que o filósofo deve recorrer a mitos, tais como o mito do inferno, o que perverteria a
própria razão (p. 15).
Segundo o autor, “Nesse contexto, o âmbito das teorias sociais passa a ser
constituído por questões técnicas [...] e por questões práticas” (p. 15).
Para o autor, a era do Direito Racional, marcada pela presença dos sistemas
racionais na teoria jurídica, vai de 1600 a 1800 (p. 36).
Não se elimina a vinculação aos textos, mas a exegese jurídica torna-se mais
livre. Quando o pensamento europeu distancia-se da “cosmovisão medieval”,
sustenta o autor, a teoria jurídica se desconecta de suas bases metódicas, abrindo
as portas para a ciência moderna (p. 37).
Assinala o autor que, “Numa teoria que devia legitimar-se perante a razão,
através da exatidão lógica da concatenação de suas proposições, o Direito
conquista uma dignidade metodológica especial” (p. 40-1).
Sustenta o autor que a teoria do Direito Natural, apesar de quebrar o elo entre
a jurisprudência e o procedimento dogmático embasado na autoridade dos textos
romanos, não lhe retira o caráter dogmático, mas “tenta aperfeiçoar ao dar-lhe uma
qualidade de sistema que se constrói a partir de premissas, cuja validade repousa
na sua generalidade racional”.
A teoria jurídica adquire um novo critério técnico que é sua funcionalidade (p.
46).
Nos séculos XVII e XIX houve uma radical mudança no quadro das teorias
científicas. A ciência se torna uma atividade construtora dos objetos conhecidos e
não meramente contemplativa (p. 49).
Puchta, segundo o autor, afirmava que “Direito era o Direito do povo”, fazendo
“uma simbiose entre o Direito posto e o Direito formado na consciência histórica” (p.
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55). Embora fosse considerada algo que não integrasse a ciência, a Dogmática
Jurídica vai ocupando um lugar principal.
4. Conclusão
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