Detecção Usp
Detecção Usp
Detecção Usp
1. Introdução ............................................................................................................. 2
2. Elementos do sistema........................................................................................... 2
5. Bibliografia ......................................................................................................... 19
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Sistemas de detecção e alarme de
incêndio
1. Introdução
O sistema de detecção e alarme tem como propósito detectar o fogo em seu estagio
inicial, possibilitando que o edifício seja evacuado rapidamente por seus ocupantes e
que sejam iniciadas brevemente as ações de combate ao fogo. Ele deve
proporcionar a concentração de todos os alarmes e controles em uma central
principal, detecção automática de alguma anormalidade nos ambientes
supervisionados. Ele também deve facilitar a demanda por socorro dos usuários do
edifício de maneira efetiva, bem como indicar as vias de escape seguras nas áreas
de perigo.
2. Elementos do sistema
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3. Tipos de sistema de detecção
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4. Projeto do sistema
A seleção do tipo e do local de instalação dos detectores deve ser feita de acordo
com as características mais prováveis de um principio de incêndio, tendo de ser
considerados os seguintes parâmetros:
- Aumento da temperatura;
- Produção de fumaça;
- Produção de chama;
- Materiais existentes nas áreas protegidas;
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- Forma e altura do teto;
- Ventilação do ambiente;
- Temperaturas típica e máxima de aplicação;
- Outros requisitos dos equipamentos.
Os detectores pontuais de fumaça mais utilizados são dos tipos óptico (fotoelétrico)
e iônico.
Figura 4.2: Área máxima de cobertura do detector pontual de fumaça (Fonte: NBR
17240/2010)
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Figura 4.3: Cobertura de um detector de fumaça em áreas retangulares (Fonte: NBR
17240/2010)
Os detectores pontuais de fumaça devem estar localizados no teto, distantes no
mínimo 0,15 m da parede lateral ou vigas. Em casos justificados, os detectores
podem ser instalados na parede lateral, a uma distancia entre 0,15 m e 0,30 m do
teto (Figura 4.4), desde que garantido o tempo de resposta do sistema.
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detectores pontuais de fumaça (Figura 4.5). Da mesma forma, um ambiente de 12 m
x 23 m deve ser protegido por quatro detectores pontuais de fumaça (Figura 4.6)
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Figura 4.7: Distribuição de detectores pontuais de fumaça em áreas irregulares
(Fonte: NBR 17240/2010)
Se a altura da viga abaixo da laje for entre 0,21 m e 0,60 m, a máxima área de
cobertura do detector pontual de fumaça deve ser reduzida para dois terços do
espaçamento original. Se a altura da viga abaixo da laje for maior que 0,61 m, a
máxima área de cobertura do detector pontual de fumaça deve ser reduzida para a
metade do espaçamento original.
A redução da área de cobertura de um detector de fumaça não precisa ser aplicada
quando for instalado junto à laje pelo menos um detector em cada “caixa”formada
por vigas, desde que obedecendo à máxima área de cobertura do detector, de 81
m².
Para a distribuição de detectores pontuais de fumaça em tetos inclinados, com
ventilação na cumeeira, deve-se locar uma fileira de detectores, no máximo a 0,9 m
da cumeeira, acrescendo-se a seguir a quantidade de detectores necessária,
baseando as medidas na projeção horizontal do teto (Figuras 4.8 e 4.9).
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Figura 4.8: Distribuição de detectores pontuais de fumaça em tetos inclinados, com
ventilação na cumeeira (Fonte: NBR 17240/2010)
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Figura 4.10: Redução da área de cobertura do detector pontual de fumaça em
função do número de trocas de ar por hora (Fonte: NBR 17240/2010)
Em ambientes dotados de sistema de condicionamento de ar ou ventilação forcada,
recomenda-se adicionar detectores de fumaça próximos aos retornos do fluxo ou
detectores em dutos, para melhorar o desempenho do sistema. Recomenda-se
evitar a instalação de detectores pontuais de fumaça a menos de 1,50 m, a partir da
borda dos pontos de insuflamento ou entrada de ar no ambiente. O sistema de
detecção deve funcionar com e sem ventilação ou condicionamento de ar ligados.
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- Termovelocimétricos: instalados em ambientes cuja rapidez na elevação da
temperatura no sensor, indique seguramente um princípio de incêndio.
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Tabela 4.2: Redução do espaçamento em função da altura (NBR 17240/2010)
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Figura 4.13: Sensibilidade do detector de chama em função do ângulo de visão
(Fonte: NBR 17240/2010)
Detectores lineares de fumaça (Figura 4.14) devem ser posicionados com seus
feixes de luz projetados em direção paralela ao teto. Em casos específicos, como
prumadas de cabos elétricos em um edifício, os feixes podem ser instalados
verticalmente ou em qualquer ângulo necessário.
Este tipo de detector é composto por um dispositivo detector e uma rede de tubos
para amostragem de ar. O projeto da rede de tubos de amostragem deve garantir
uma sensibilidade e tempo de resposta no mínimo equivalente a uma rede de
detectores pontuais de fumaça.
O acionador manual (Figura 4.15) deve ser instalado em local de trânsito de pessoas
em caso de emergência, como saídas de áreas de trabalho, áreas de lazer,
corredores, saídas de emergência para o exterior, etc. Deve ser instalado a uma
altura entre 0,90 m e 1,35 m do piso acabado, na forma embutida ou de sobrepor, na
cor vermelho segurança.
A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, de qualquer ponto da área
protegida até o acionador manual mais próximo não pode ser superior a 30 m. Nos
edifícios com mais de um pavimento, cada pavimento da edificação deve possuir
pelo menos um acionador manual. Os mezaninos só estarão dispensados desta
exigência se a distância percorrida por uma pessoa, do ponto mais desfavorável do
mezanino até o acionador manual mais próximo for inferior a 30 m.
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Figura 4.15: Acionador manual. (Fonte: http://www.extinfar.com.br)
Os avisadores sonoros e/ou visuais devem ser instalados a uma altura entre 2,20 m
e 3,50 m, de forma embutida ou sobreposta, preferencialmente na parede. Em locais
com nível sonoro acima de 105 dBA, além de avisadores sonoros, devem-se prever
avisadores visuais.
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Em ambientes com presença de equipamentos eletrônicos, painéis elétricos, líquidos
e gases inflamáveis, fontes de calor e outros materiais com alto risco de ignição, cuja
área seja maior que a metade da área de cobertura de um único detector, devem ser
instalados no mínimo dois detectores.
Para o dimensionamento dos fios e cabos, seguir as tabelas de máxima corrente por
bitola, fornecidas pelos fabricantes, e atender ao requisito de máxima queda de
tensão. Os fusíveis e disjuntores de proteção utilizados no sistema devem ser
selecionados para atuação entre 150 % a 250 %, da corrente nominal do circuito
protegido.
Os circuitos de interligação entre varias edificações com uma única central devem:
a) Possuir fiação blindada eletrostaticamente;
b) Possuir dispositivos que evitem induções ou neutralizem diferença de
potencial (por exemplo, protetores de surto);
c) A blindagem dos cabos de interligação deve ser devidamente aterrada em um
único ponto, preferencialmente na central;
d) Os eletrodutos quando instalados de maneira subterrânea devem receber
atenção especial na sua impermeabilização. No caos de ser inevitável a
presença de água, o projetista deve prever meios eficientes de drenagem;
e) Toda a rede de eletrodutos do sistema de detecção e alarme de incêndio
deve ser identificada com anéis de 2 cm de largura mínima, na cor vermelha,
a cada 3 m no máximo. Cada eletroduto deve possuir pelo menos uma
identificação.
Quando utilizados fios ou cabos elétricos sem blindagem, são necessários meios de
proteção mecânica e contra-indução eletromagnética. Nestes casos devem ser
utilizados eletrodutos metálicos rígidos ou flexíveis, calhas e bandejamentos
metálicos fechados, de uso exclusivo do sistema de detecção de incêndio.
Para dimensionamento elétrico dos condutores, a máxima queda de tensão
admissível para os circuitos de detecção é de 5% e para circuitos de alarme e
comando é de 10%. A distância mínima entre cabos ou fios do sistema de detecção
e os fios de energia de alimentação 127/220 Vca deve ser de 50 cm.
5. Referências bibliográficas
SEITO, A.I. (coord.). A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto
Editora, 2008.
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