VENTILAÇÃO

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VENTILAÇÃO, UMIDADE E

TEMPERATURA
Ana Guimarães Pereira (0198/97-2)
Luciane Berto (1857/96-0
Rosinaura Barros (4164/91-2)
Temperatura
O ambiente da biblioteca necessita de boas condições
térmicas para que o usuário possa sentir-se disposto a
desenvolver suas atividades. Deve ser um local quente no
inverno e fresco no verão, a temperatura e a umidade do ar
precisam ser controladas, pois afetam, principalmente, o
acervo e para isso há soluções naturais e mecânicas.
Segundo padrões internacionais, a temperatura ideal para o
conforto das pessoas que freqüentam a biblioteca é de 22 a
24°C. Para os livros a temperatura recomendada é de 16 a
19°C e para fotografias e filmes P&B, que são material muito
sensível, é de –18 a 4°C.
Estudos comprovaram que a duração média de um livro está
diretamente ligada ao grau de temperatura do ambiente.
Provaram, também, que uma simples diminuição de 2ºC na
temperatura do ambiente, resultou na longevidade sete vezes
maior dos livros.
A instalação de aparelhos de ar condicionado deve ser
adequada para equilibrar a temperatura e não haver
oscilações.
Umidade
A umidade é fator importante a ser verificado em bibliotecas.
É considerada inimiga da coleção bibliográfica, quando
encontra-se em excesso forma-se o mofo, que é outro perigo,
principalmente, para as encadernações, quando está com
umidade baixa, secura demasiada, produz o ressecamento do
papel.
O controle efetivo da umidade e temperatura pode ser feito
com instrumentos sensores e filtros que preservam a
diversidade dos formatos de materiais informativos.
Usa-se o higrômetro para medir a umidade.
Não se tem no Brasil uma norma técnica de controle para
esse tipo de efeito em ambientes.
Para uma maior durabilidade do acervo de papel a umidade
indicada é de 30% e 60% de umidade relativa do ar, sendo a
ideal de 50%.
Ventilação
Uma boa ventilação é imprescindível na biblioteca, pois dela
depende a saúde dos funcionários, dos leitores e a
conservação dos livros.
O ar deve ser constantemente renovado, as janelas deverão
estar dimensionadas e posicionadas adequadamente, sem
corrente direta, proporcionando a movimentação devida do ar.
Num espaço sem ventilação pode se desenvolver o bolor,
favorecer o crescimento de microorganismos e insetos que
são capazes de devastar documentos.
Visando à conservação dos livros, as estantes devem ser
abertas para propiciarem a constante renovação de ar, pois os
livros têm necessidade de ar, assim como de higiene e
limpeza.
Alguns pesquisadores acreditam que para haver ventilação
suficiente, por exemplo, numa sala para 30 leitores é preciso
que o espaço tenha 10 metros de extensão, 5 metros de
largura e 3 de altura.
É necessário um bom projeto de biblioteca para controlar
temperatura, umidade do ar e ventilação do ambiente.
Climatização de Materiais ( SANTOS, 1998)
Material Temperatura Umidade Oscilação*
Papel Ideal 12ºC 45% a 60% ± 5ºC
Tolerável 16ºC
a 22ºC
Diapositivos 16ºC a 21ºC 30% a 50% ± 2ºC
Fotografia 16ºC a 21ºC 30% a 50% ± 2ºC
Microfilme 21ºC a 24ºC 20% a 40% ± 5ºC
Equipamentos 22ºC 50% ± 10ºC
de Informática
* Oscilação de temperatura permitida no período de 24 horas.
Alguns conselhos práticos para amenizar a umidade:
1. Esparramar pelo ambiente 5 tabletes de cânfora;
2. Colocar em locais úmidos: ½ Kg de sal grosso, ou silicagel,
ou cal virgem, ou 5 barras de giz escolar esmagado.
Bibliografia Recomendada:
1 BECK, Ingrid. Manual de Conservação de Documentos.
Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1985.
2 BRAWNE, Michael. Bibliotecas – Arquitectura,
Instalaciones. Barcelona, Blume, 1970.
3 CARVALHO, Maria Carmen Romcy de. Estabelecimento de
Padrões para Bibliotecas Universitárias.
Fortaleza/Brasília, Edições UFC/ABDF, 1981.
4 CORUJEIRA, Lindaura Alban. Conserve e Restaure seus
Documentos. Salvador, Itapuã, 1971.
5 CUNHA, George Martin; CUNHA, Dorothy Grant.
Conservation of Library Materials. N. J., Scarecrow Press,
1971.
6 FERRAZ, Wanda. A Biblioteca. Brasília, Freitas Bastos/INL,
1972.
7 GREENFIELD, Jane. Como Cuidar, Encadernar e Reparar
Livros. Lisboa, CETOP, c 1988.
8 KATHPALIA, Yash Pal. Conservation and Restoration of
Archive Materials. Paris, UNESCO, 1973.
9 LA LLAVE, Juan Vicens de. Como Organizar Bibliotecas.
México, Grijalbo, 1962.
10 LA VEJA, Javier Lasso de. La Biblioteca como Edificio
Funcional – su construccion y equipo. Madrid, Cons. Sup. Inv.
Cient., 1948.
11 LITTON, Gaston. Serviços Técnicos da Biblioteca. São
Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1975.
12 MACIEL, Alba Costa. Planejamento de Bibliotecas.
Niterói, EDUFF, 1993.
13 MAMBRINI, Honores. Aspectos de Conforto Ambiental
em Bibliotecas. Porto Alegre, UFRGS/PROPAR, 1995.
14 ___________. Evolução Histórica das Tipologias e os
Aspectos de Conforto Ambiental. Porto Alegre,
UFRGS/PROPAR, 1997.
15 MASCARÓ, Lucia R. de. Luz, Clima e Arquitectura.
Lisboa, Editorial Presença, Martins Fontes, 1979.
16 MEDEIROS, Priscila Fernandes. A Qualidade Ambiental na
Biblioteca Edgar Sperb – Escola de Educação Física/UFRGS.
Praxis Biblioteconômica, Porto Alegre, v.2, n.2, p.221-238,
fev. 1999.
17 POOLE, Frazer. Programa para o Edifício da Biblioteca
Central – Universidade de Brasília. Brasília, UnB, 1973.
18 RIVERO, Roberto. Arquitetura e Clima. Porto Alegre, D.C.
Luzzatto Editores Ltda, 1986.
19 RODRIGUES, Clarice da Luz. A Influência do Conforto
Ambiental na Qualidade do Trabalho: uma proposta para o
Centro de Documentação e Informação do Serviço Federal de
Processamento de Dados – Regional Porto Alegre. Praxis
Biblioteconômica, Porto Alegre, v.2, n.1, p.95-103, set.
1998.
20 SANTOS, Marília de Oliveira. Conservação dos Suportes
Informacionais: do papel ao meio magnético. Porto Alegre,
ABEBD, 1998.

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