A Dinâmica Familiar No Contexto Da Crise Suicida
A Dinâmica Familiar No Contexto Da Crise Suicida
A Dinâmica Familiar No Contexto Da Crise Suicida
Fichamento;
Disciplina: TCC 1;
Docente: Profª Drª ––––––––––;
Discente: ––––––––––.
KRÜGER, Liara Lopes. WERLANG, Blanca Susana Guevara. A dinâmica familiar no contexto
da crise suicida. In: Psico-USF. v. 15, n. 1, 2010, p. 59-70.
Comportamento suicida é uma expressão que cobre uma série de fenômenos ligados ao suicídio,
dos quais os mais relevantes são o suicídio propriamente dito (óbito) e a tentativa de suicídio
(p. 587).
No entanto, deve-se ressaltar que uma doença clínica grave, por si só, não é potencialmente
suicida. A exemplo do que se observa na população geral, a maioria dos suicídios dá-se em
pessoas que, além de sofrerem de uma doença clínica, encontram-se sob influência de
transtornos psiquiátricos, como depressão e agitação, esta última frequentemente em
decorrência de estados confusionais (delirium). Uma história de tentativa de suicídio é outro
fator que aumenta muito o risco de suicídio (p. 588).
Em termos de idade, as maiores taxas de suicídio são habitualmente encontradas entre pessoas
idosas (pico atual entre os acima de 75 anos de idade), porém, em determinados países a
situação é radicalmente diversa, como, por exemplo, na Nova Zelândia, onde o pico fica entre
25 e 34 anos, e no Japão, entre 55 e 64 anos (p. 588).
Mann e Arango descreveram o processo suicida como uma diátese, ou predisposição, a partir
de uma complexa interrelação de fatores socioculturais, vivências traumáticas, história
psiquiátrica e vulnerabilidade genética (p. 589).
Não podemos esquecer que há uma coexistência de desejos e atitudes antagônicas que capturam
a indecisão do indivíduo frente à vida. Ele deseja morrer e, simultaneamente, deseja ser
resgatado ou salvo. Atos estereotipados de tomar psicotrópicos e telefonar em seguida para
conhecidos solicitando ajuda expressam ambas as faces do ato. A maioria dos pacientes suicidas
é ambivalente, incorpora uma batalha interna entre o desejo de viver e o desejo de morrer (p.
589).
[...] Embora isso possa não ser conscientemente admitido, pode-se inferir que, numa parcela
dos casos, o comportamento suicida pretendia alterar uma situação de desadaptação e
sofrimento, influenciando pessoas significativas. Um grito de socorro que pode dar certo, ao
provocar um movimento de apoio e de reestruturação, ou que, ao contrário, pode provocar mais
agressões, vindas de pessoas próximas ou de uma equipe assistencial despreparada para atender
tentativas de suicídio (p. 590).