História Económica III
História Económica III
História Económica III
Tema:
O impacto da colonização na economia africana
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escrita cuidada,
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discussão Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
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Conclusão 2.0
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gerais
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6ª edição em
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citações e
s bibliográficas
bibliografia
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 13
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INTRODUÇÃO
Na época das conquistas coloniais, a Europa vivia a segunda revolução industrial e
necessitava de matérias-primas (principalmente o ferro, cobre, ouro, prata etc.) e
géneros agrícolas para alimentar as suas cidades. A África, por outro lado, possuía esses
recursos, terras abundantes e população passível de ser explorada. O continente africano
era visto pelos burgueses europeus como uma possibilidade de novos negócios para
expansão futura. Ter um “pedaço” da África significava controlar essas “reservas”
(Ferro, 1996).
Assim, conforme explica Ferro (1996) o período entre os finais do século XVIII e
princípios do século XIX, proporcionou muitas mudanças políticas económicas,
decorrentes da revolução industrial, do aumento da competição e fortalecimento da
indústria como matriz da económica e do produto industrial como elemento
significativo do comércio internacional global actual.
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1. O IMPACTO DA COLONIZAÇÃO NA ECONOMIA AFRICANA
Desde o final do século XV, a África participava da economia mundial como um sector
periférico e dependente, inteiramente voltada para a Europa. Mas, em vésperas do
estabelecimento da dominação colonial europeia, não existia em solo africano controlo
estrangeiro algum sobre as actividades económicas cotidianas (Boahen, 2010). Segundo
este autor, esta situação foi se estabelecendo progressivamente depois da perda da
soberania africana, ou seja, o sistema económico colonial não atingiu o apogeu senão no
período imediatamente anterior à II Guerra Mundial. Os anos 1880‑1935 correspondem,
portanto, ao período em que foram lançadas as bases das relações de produção
características do colonialismo.
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sertão. O afastamento da costa constituiu um dos elementos deterrninantes do rápido
avanço colonial.
Olhando para os confins da África central, de acordo com Visentini (2011) foi ainda a
rede comercial árabe que forneceu aos colonos europeus a sua primeira base económica.
Entretanto, o norte da África combinava certos traços das regiões oriental e ocidental do
continente, mas de forma mais aguda. As economias norte‑ africanas faziam parte tanto
do conjunto mediterrânico como do sistema transariano. A experiência já adquirida pelo
contacto com a economia europeia permitiu a diversos sectores da sociedade
norte‑africana adaptar‑se à intensificação da produção destinada à Europa e à difusão de
artigos europeus nos mercados locais. Mas a bem estabelecida e exploradora classe
dirigente estava resolvida a defender suas fronteiras, ainda que desejosa de reforçar as
relações económicas com os europeus. Desse modo, embora muitas vezes deixando aos
norte‑africanos uma autoridade nominal, a economia colonial progredia, e antes mesmo
da completa submissão do corpo social indígena estava institucionalizada. (Visentini,
2011).
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1.1.1. Colónias de exploração ou de enquadramento
De acordo com Beirão (2011) eram países administrados directa ou indirectamente por
funcionários da metrópole, e que se destinavam a exportar produtos exóticos, géneros
agrícolas ou matérias-primas, minerais.
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1.1.2. Colónias de povoamento ou enraizamento
Segundo Beirão (2011) nesse tipo de colónia, as minorias europeias ocupavam posições
sociais, económicas e administrativas dominantes, ou seja, os nativos foram
expropriados de suas terras pelos europeus e excluídos até mesmo das mais simples
funções burocráticas, em qualquer actividade e os brancos recebiam salários mais
elevados. Essa situação deu origem a conflitos particularmente agudos, como a guerra
civil pela independência da Argélia e a política do apartheid da África do sul.
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necessidades práticas de utilização das autoridades locais para extrair vantagens da
comercialização da produção colonial (Cumbane,2017).
Todavia, conforme explica Soares (2004) durante esse período de dominação colonial
em África, várias actividades económicas foram desenvolvidas, com destaque para as
seguintes: a agricultura, a mineração, exploração floresta e comércio. Todavia, a
predominância dessas actividades variava de acordo com a respectiva região:
Em relação a África Central, Sorares (2004) refere que esta região tornou-se numa área
do domínio das companhias devido às fracas densidades populacionais, mas na África
Ocidental britânica preferiu-se aproveitar o campesinato africano na produção de
mercadorias agrícolas. Muitas outras actividades foram criadas ou transformadas pelas
novas relações de produção. Foi o caso das reservas florestais que levaram à criação de
empresas madeireiras no Gabão e em outros locais onde existissem florestas.
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1.3.1. O papel das companhias na economia colonial
As principais actividades económicas ligadas à economia colonial como a agricultura, a
mineração ou o comércio raramente foram desenvolvidas directamente pelas
autoridades da metrópole. Em regra, coube às companhias monopolistas desenvolver as
diferentes actividades, com maior enfoque para a agricultura de plantação, a mineração,
a exploração florestal, o comércio, entre outras. Foram muitas as companhias
monopolistas que, a mando da metrópole, assumiram-se como perfeitos agentes da
exploração colonial em Africa, nas diversas regiões:
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borracha, etc., registaram neste período grande incremento. Em alguns casos,
como aconteceu na Africa Ocidental, as culturas de exportação eram produzidas
pelos africanos;
c) A introdução da economia monetária - tornada realidade em África a partir da
década de 1920, a economia monetária introduziu um novo padrão de riqueza
baseado no dinheiro, estimulou o nascimento de uma nova categoria de
trabalhadores (assalariados) e deu início ao surgimento das actividades
bancárias. Portanto, a monetarização da economia africana permitiu o
incremento do comércio entre a África e a Europa.
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das empresas europeias. Foi assim que o tradicional comércio inter-africano, a
longa distância e em caravanas, foi desestimulado na medida em que com a
dominação colonial o fluxo do comércio das colónias foi reorientado para a
metrópole;
f) O elevado peso da dominação sobre os africanos – o trabalho forçado, o trabalho
migratório, as culturas obrigatórias, a expropriação das terras, as políticas
monetárias aplicadas nas colónias, entre outras práticas, tornaram a dominação
colonial um enorme fardo para os africanos.
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CONCLUSÃO
“O impacto da colonização na economia africana” foi o tema abordado ao longo do
presente trabalho, do qual, em jeito de conclusão se podem tecer as seguintes
considerações finais:
Vários factores puseram em causa a independência económica dos africanos a partir dos
finais do século XIX, salientando-se de entre eles a construção de sistemas de
transportes e comunicações, meios logísticos que permitiram novas agressões a partir
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Beirão, E. B. (2011). Módulo de História das Instituições Políticas. Beira: UCM-IED.
Boahen, A.A. (Ed) (2010). História geral da África, VII: África sob dominação
colonial. 2.ed. rev. Brasília: UNESCO.
Sumbane, S.A. (20017). H11 - História 11ª Classe. 2ª Ed. Maputo: Texto Editores.
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