Biogeografia 2023

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Estratégias e planos de acções para a conservação da diversidade biológica em regiões
Costeiras de Moçambique

Nome: Argentina Horácio Código: 708212486

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Biogeografia
Ano de frequência: 3o ano

Pemba, Abril de 2023

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Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas

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Índice

Introdução ................................................................................................................................... 2

1.Estratégias e planos de acções para a conservação da diversidade biológica em regiões


costeiras de Moçambique ........................................................................................................... 4

1.1.Objectivos Estratégicos ........................................................................................................ 5

1.2.Metas nacionais .................................................................................................................... 5

1.3.Acções prioritárias para a intervenção.................................................................................. 5

1.4.Horizonte temporal ............................................................................................................... 6

1.5.Indicadores de desempenho .................................................................................................. 6

1.6.Mecanismos para a implementação ...................................................................................... 7

2.Sinergias .................................................................................................................................. 7

Conclusão ................................................................................................................................... 8

Bibliografia ................................................................................................................................. 9

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Introdução

As áreas de conservação são um tipo especial de área protegida, ou seja, espaços territoriais
com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo poder público, com
objectivos de conservação e com delimitações definidos, sob regime especial de
administração, às quais se aplicam garantias adequadas de protecção.

Em Moçambique, conforme o estabelecido na Política de Conservação e sua Estratégia de


implementação, as áreas de conservação têm como objectivos principais a conservação da
biodiversidade nacional e a contribuição para o crescimento económico para a erradicação da
pobreza no país. Estas áreas são instrumentos eficazes para resguardar a integridade dos
ecossistemas, a biodiversidade e os serviços ambientais associados, tais como a conservação
do solo, a protecção das bacias hidrográficas, a polinização, a reciclagem de nutrientes e o
equilíbrio climático entre outros.

Objectivo geral:

• Analisar as estratégias e planos de acções para a conservação da diversidade biológica


em regiões costeiras de Moçambique;

Objectivo específico:

❖ Descrever os planos de acções para a conservação da diversidade biológica em regiões


costeiras de Moçambique;
❖ Caracterizar a estratégias e planos de acções para a conservação da diversidade
biológica em regiões costeiras de Moçambique;
❖ Explicar as estratégias e planos de acções para a conservação da diversidade biológica
em regiões costeiras de Moçambique.

Para que fosse possível a concretização do trabalho, teve como metodologia de trabalho a
consulta bibliográfica. No que diz respeito, o trabalho obedece a seguinte estruturação:
introdução, desenvolvimento, conclusão e a respectiva referência bibliográfica, que desde já
deseja-se uma boa leitura e esperançosos das observações e criticas para o seu
enriquecimento.

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1. Estratégias e planos de acções para a conservação da diversidade biológica em
regiões costeiras de Moçambique

A prevenção, mitigação e compensação do impacto das actividades humanas associadas à


agricultura, mineração, pesca, exploração florestal, indústria, e outras representam ameaças
severas à biodiversidade, e devem, portanto, ser consideradas prioritárias. Isto torna-se,
particularmente, importante no contexto nacional em que o sector da agricultura, mineração,
desenvolvimento de infra-estruturas e turismo pode ter sérios efeitos (irreversíveis) sobre a
biodiversidade, (Pereira, 2000).

Uma forma de prevenir é assegurar que os Estudos de Impacto Ambiental para os projectos de
desenvolvimento considerem, efectivamente, as questões da biodiversidade, incluindo os
aspectos da compensação pela sua perda, quando esta for inevitável. Simultaneamente, a
condução de avaliações ambientais estratégicas de políticas e programas tornam-se relevantes.
A monitoria dos planos de gestão ambiental, o controle e inspecção são também importantes
para garantir a observância dos instrumentos e políticas existentes, (Macucule, 2006).

A gestão de resíduos (incluindo a poluição), a todos os níveis, é de extrema importância do


ponto de vista da conservação da biodiversidade. Assim, o desenvolvimento e implementação
de programas de gestão de resíduos que previnam a contaminação dos lençóis de água
superficiais e subterrâneos, os solos e os ecossistemas a eles associados, são cruciais. A perda
de biodiversidade devido ao desenvolvimento económico deve ser devidamente compensada,
pelo que a definição do valor para a compensação da biodiversidade deve ser uma aposta
nacional, (Micoa, 2012). Assim, acções que visem a determinação de níveis de compensação,
e a definição de medidas de gestão e de tomada de decisão sobre estas áreas são relevantes.

No entanto, as estratégias e planos de acções para a conservação da diversidade biológica em


regiões costeiras estão divididos em 7 componentes:

❖ Objectivos estratégicos
❖ Metas nacionais
❖ Acções prioritárias para intervenção
❖ Horizonte temporal
❖ Indicadores de desempenho
❖ Orçamentação
❖ Responsabilidade na implementação
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1.1.Objectivos Estratégicos

Os objectivos estratégicos definidos abrangem 4 áreas prioritárias de intervenção, com


enfoque em: (i) Objectivo Estratégico A (OEA): Reduzir as causas directas e indirectas da
degradação e perda da biodiversidade; (ii) Objectivo Estratégico B (OEB): melhorar o estado
da biodiversidade, salvaguardando a diversidade de ecossistemas, de habitats, de espécies e
genes; (iii) Objectivo Estratégico C (OEC): melhorar a partilha dos benefícios provenientes da
biodiversidade e dos serviços fornecidos pelos ecossistemas para todos os sectores do governo
e da sociedade; e (iv) Objectivo Estratégico D, (OED): melhorar a implementação através da
planificação participativa, gestão do conhecimento e capacitação.

1.2.Metas nacionais

A realização dos objectivos traçados para esta estratégia será possível se as 21 metas
nacionais traçadas forem alcançadas. Estas fornecem uma orientação para a identificação das
acções, que permitem contrariar a situação actual de perda e degradação da biodiversidade.
Este plano de acção adopta uma abordagem flexível, baseada no Princípio Orientador 4 sobre
a Gestão Adaptativa, e persegue a opção de uma abordagem ecossistémica, tendo em vista a
melhoria do conhecimento, e o uso sustentável da biodiversidade, (Micoa, 2003).

As metas enfocam ainda a importância de reforçar o quadro legal e institucional nacional,


bem como a necessidade do reforço da capacidade institucional na planificação e
implementação de acções de maneio e da conservação da biodiversidade, (Micoa, 2003). As
metas nacionais constituem também uma ferramenta para o desenvolvimento de projectos de
média e larga escala, orientados para resolver os principais desafios da conservação da
biodiversidade em Moçambique.

1.3.Acções prioritárias para a intervenção

Para cada meta nacional foram identificadas, de forma sistemática, as acções prioritárias.
Embora estas não devam ser consideradas exclusivas, na medida em que outras acções
poderão ser inseridas, possuem uma prioridade média a elevada no contexto nacional, pelo
que vão permitir o alcance do postulado nesta estratégia e plano de acção, dentro do horizonte
temporal estabelecido, (Mitader, 2015). As acções são apresentadas numa matriz, que permite
uma efectiva verificação do horizonte temporal, dos indicadores de desempenho e das

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instituições responsáveis pela sua implementação, bem como os seus colaboradores e
orçamentação.

1.4.Horizonte temporal

A definição de um horizonte temporal para as acções definidas neste plano de acção pretende
ser coerente com a realidade global e nacional. Embora o referencial de 2035 não se alinhe
totalmente com o postulado na Estratégia Global 2011-2020 e as Metas de Aichi para a
biodiversidade, representa a opção preferida considerando a demora no início da revisão da
estratégia, bem como a conjuntura nacional, em termos de capacidade humana e institucional,
(Mitader, 2015).

Neste contexto, o horizonte temporal, bem como os valores e percentagens, definidos nas
metas, tomam como referencial o ano de 2017, porque o período de 2015-2016, se destina à
criação das bases fundamentais para a implementação da estratégia, e assim sendo, a partir de
2017 haverá conhecimento e capacitação suficiente, que garanta uma implementação eficaz
do postulado neste documento, (Mitader, 2015). Aquelas metas cujo horizonte temporal
culmina antes de 2035, devem ser avaliadas e, se necessário, novas metas serão definidas para
o período remanescente.

1.5.Indicadores de desempenho

A monitoria e avaliação do progresso na implementação deste plano são definidas em função


de uma série de indicadores de desempenho. Assim, para cada acção estabelecida neste plano,
foram identificados indicadores os quais pretendem ser SMART (sigla do inglês Specific,
Measurable, Achievable, Realistic and TimeTargeted), que significa específicos, mensuráveis,
atingíveis, realísticos e orientados temporalmente, (Mitader, 2015). Portanto, os indicadores
foram definidos tomando em consideração a capacidade nacional para a sua implementação.

Instituições responsáveis pela implementação A responsabilização dos vários sectores chave


na priorização de acções para a conservação da biodiversidade (incluindo o privado) são
igualmente importantes para o sucesso deste plano de acção.

Neste sentido, o plano estabelecido nesta estratégia reconhece o papel de todos os actores
nacionais no alcance efectivo da conservação e uso sustentável da biodiversidade. Esses
actores, foram activamente identificados em termos dos seus mandatos e áreas de intervenção,
por forma a garantir a sua participação na implementação do plano de acção. Alguns destes
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actores foram consultados, e participaram no processo de definição das intervenções
postuladas neste plano, (Mitader, 2015).

1.6.Mecanismos para a implementação

A implementação da estratégia e plano de acção, ora estabelecidos, devem seguir um processo


participativo para incluir os diferentes sectores da sociedade moçambicana especialmente o
governo, as ONGs, as comunidades locais, instituições privadas, organizações internacionais
e regionais, etc.

2. Sinergias

A presente estratégia nacional e o seu plano de acção não podem ser vistos apenas como um
documento isolado, pelo que a sua efectiva implementação depende das sinergias com outros
planos nacionais, leis e programas que, directamente, influenciam a conservação da
biodiversidade, o uso sustentável e a partilha de benefícios, (Mitader, 2015). Estas sinergias
são:

❖ Plano Estratégico Global 2011-2020 para a Biodiversidade e as Metas de Aichi;


❖ Protocolo de Nagoya (Regulamento de ABS);
❖ Estratégia Nacional de Adaptação e Mitigação as Mudanças Climáticas (ENMC);
❖ Plano Nacional de Acção para o Combate à Seca e Desertificação (em preparação);
❖ Convenção de Ramsar sobre as terras húmidas;
❖ Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Flora e Fauna Selvagens
em risco de Extinção (CITES);
❖ Convenção sobre Espécies Migratórias (CMS).

Portanto, a implementação efectiva da estratégia e plano de acção, assenta em primeiro lugar,


na responsabilização de várias instituições, a nível nacional, provincial e local significando
que uma coordenação entre os diferentes níveis será imprescindível. É também importante
para o sucesso desta que os diferentes sectores da sociedade moçambicana sejam
considerados e incluídos na sua aplicação nomeadamente o sector privado, ONG’s e a
sociedade civil em geral. O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA,
2012) deverá orientar a coordenação das actividades de implementação e garantir a integração
dos vários sectores, através da Unidade Nacional de Diversidade Biológica.

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Conclusão

Contudo, as actividades antrópicas sob os ambientes naturais têm sido listadas como as
principais causas da perda de biodiversidade costeira e marinha no mundo, resultando na
perda e fragmentação de habitat, sobre exploração, extinção de espécies, disseminação de
espécies invasoras, contaminação das águas, sedimentação das zonas costeiras e mudanças
climáticas.

Felizmente, as áreas de Conservação, áreas naturais protegidas por lei que possuem em seu
espaço uma ampla diversidade de ecossistemas, habitats e espécies, são apontadas como um
componente essencial na estratégia de conservação da biodiversidade. Entretanto, nas últimas
décadas, movimentos ambientais em prol da protecção e conservação dos ecossistemas
costeiros e marinhos aumentaram significativamente ao ponto desse assunto se tornar tema
constante nas agendas políticas nacionais e internacionais dos países.

Portanto, apesar dos esforços para os avanços na ampliação das áreas costeiras e marinhas
protegidas em áreas de Conservação, o desempenho do país está muito aquém do esperado
com relação à meta estipulada, existindo um descompasso entre os esforços de conservação
nos diferentes ambientes, assim como nas diferentes categorias de protecção.

8
Bibliografia

Macucule, A. (2006). Introdução à Gestão Participativa de Recursos Naturais. IUCN.


Maputo.

Micoa. (2003). Estratégia e Áreas de Acção para a Conservação da Diversidade Biológica


em Moçambique. Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MITADER), Maputo

Micoa. (2012). Perfil ambiental e mapeamento do uso actual da terra nos distritos costeiros
de Moçambique. Projecto de Avaliação ambiental estratégica da zona costeira-Moçanbique,
Distrito de Matutuine. Maputo.

Mitader. (2015). Estratégia e plano de acção para a conservação da diversidade biológica


em Moçambique (2015-2035). Maputo.

Pereira, M. A. M. (2000). Estudo Comparativo das Comunidades Ictiológicas de dois Recifes


de Coral da Ilha da Inhaca e sua Relação com a Estrutura do Habitat. Tese de Licenciatura.
68 pp. Maputo,Universidade Eduardo Mondlane.

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