Transporte Rodoviário de Passageiros
Transporte Rodoviário de Passageiros
Transporte Rodoviário de Passageiros
ALAN CRUZ
ALEANDRO FONTOURA
DEYVID COELHO
LEONARDO RODRIGUES
ROGER MINOTO
WELLINGTON MACHADO
VITÓRIA
2019
ALAN CRUZ
ALEANDRO FONTOURA
DEYVID COELHO
LEONARDO RODRIGUES
ROGER MINOTO
WELLINGTON MACHADO
VITÓRIA
2019
RESUMO
Figura 3 – CANVAS..................................................................................... 64
3. METODOLOGIA ................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ........................................................................................ 87
APÊNDICE ................................................................................................ 92
1. RESUMO EXECUTIVO
9
estacionamento do ônibus, serviços complementares e infraestrutura para sua
acomodação já reservados.
10
estruturar a viabilidade técnica, operacional, estratégica, financeira e modelagem
do plano de execução/implementação do projeto. No capítulo 6 foi desenvolvida
uma análise global do projeto com percepções dos resultados obtidos,
aprendizado adquirido, recomendações para eventuais análises futuras e
eventuais limitações observadas ao longo do estudo.
11
2. BASES CONCEITUAIS
12
influenciar no resultado da pesquisa devem ser considerados (KOTLER;
KELLER, 2013).
13
recursos, tornou-se comum o slogan sustentabilidade para fazer uma
propaganda do que era para ser obrigação. Integrar os interesses financeiros
aos interesses do planeta não é tarefa fácil. Num mundo extrativista onde o
objetivo maior é lucrar, algumas atividades podem ser vistas como ameaças
reais à população. Chega a ser um assunto polêmico, onde a discussão muitas
vezes não chega a um consenso, principalmente quando envolve nascentes,
espécies em extinção, fauna e flora em geral. O desafio é encontrar um equilíbrio
entre a rentabilidade do negócio, de preferência sem agredir o ecossistema ou
na pior das hipóteses, agredindo menos ou colaborando de outra forma em
outras áreas (KOTLER; KELLER,, 2013).
14
2.1.5 Mensuração de Demandas Correntes e Futuras
15
Kotler e Keller (2013) destacam outro método com maiores informações
detalhadas em que o resultado obtido possui um direcionamento mais eficaz do
tipo de produto ou especificações necessárias. Os autores citam em seu
exemplo uma cervejaria que possui a intenção de mensurar a demanda para um
tipo de cerveja específica, uma cerveja light para acompanhamento de refeições.
O método é denominado método de proporção em cadeia. Na Figura1 pode-se
observar alógica para obter o potencial total de mercado para esse produto
específico.
Figura 1- Exemplo do Método de Proporção em Cadeia
16
empresa que fornece máquinas de costura para fabricantes de roupas deverá
acessar meios de pesquisa para identificar seus eventuais clientes, como o
próprio Google e catálogos para identificar a quantidade de confecções que
existem na região estudada e após identificar esse número, estimar a quantidade
média de máquinas que poderiam ser adquiridas por cada confecção. O
resultado desse levantamento será o potencial de mercado do fornecedor de
máquinas de costura na região estudada.
Já para o método de indexação multifatorial é aplicável, com maior
eficácia, para itens de consumo onde o público alvo é exatamente maior
comparado ao público identificado no método anterior, impossibilitando um
levantamento para se obter uma relação dos clientes. Para isso utiliza-se uma
indexação multifatorial para calcular o potencial de mercado da área estudada.
A aplicação multifatorial se dá por conta de um único fator não apresentar um
resultado com maior relevância, por exemplo, a empresa de canetas identifica
que no estado de São Paulo está concentrada 21.8% de toda a população
brasileira (IBGE 2019), logo entende-se que 21,8% do faturamento se aplicará
no estado de São Paulo. Mas esse resultado simples não é satisfatório, pois
existem outros fatores que impactam na demanda desta região e
consequentemente no faturamento. Podemos, para esse exemplo, selecionar
três fatores, conforme abaixo.
17
Os pesos foram classificados na mesma lógica ótica aplicada pelos
autores Kotler e keller (2013). Com isso é possível calcular o percentual do
potencial mercado regional com a seguinte fórmula:
(0,2 x 21,8%) + (0,3 x 30%) + (0,5 x 29,5%) = 28,11%
18
Para introdução de novos produtos no mercado, onde não há registros de
demandas passadas, estudos desenvolvidos ou especialistas com informações
confiáveis sobre o produto ou mercado a estudar, indicam a introdução do
produto no mercado com o objetivo de testar e obter dados que irão possibilitar
mensurar a demanda futura do produto testado. O teste determinará a aceitação
do produto perante o mercado e proporcionará testar variáveis em ambiente
controlado (MALHOTRA, 2011).
19
Como e Quem decide as compras?
As respostas para estas perguntas têm o objetivo de definir a política de preços,
plano de comunicação, ações promocionais e canais de distribuição.
Garber, Rogerio (2001), destaca que temos que nos atentar aos Consumidores,
pois eles são a peça mais importante no mecanismo do marketing. Devemos
quantificá-los, entender suas necessidades, disponibilizar serviços e produtos
distribuídos nos melhores canais, fins conquistá-los, satisfazê-los e retê-los seja
por meio de pessoa física ou jurídica, todos são potenciais consumidores do seu
produto ou serviço.
Concorrência:
Qual a posição no mercado? Quais produtos e serviços oferecidos? Quais
benefícios, características, preços? O que faz o cliente comprar e deixar de
comprar?
Fornecedores:
Quem são os fornecedores de insumos e equipamentos e tecnologia disponível?
Há disposição de estoque e data de entrega coerente?
21
2.1.7.2 Decisões para a realização do teste de mercado
Kotler (1994), destaca que os responsáveis pela implementação do Teste
de Mercado deverão realizar algumas decisões primordiais para o sucesso da
pesquisa sendo:
A quantidade de cidades e quais locais que o teste será realizado,
considerando um universo que abrange duas a seis cidades;
Quanto tempo o teste deve durar;
Que informações obter e que atitudes tomar a partir do resultado.
22
possibilita, por exemplo, buscar alavancagem financeira junto à parceiros,
investidores ou credores, com intuito de implementar o negócio de forma mais
rápida e sólida.
23
Já o SEBRAE (2013) nos chama a atenção para a importância das
pequenas empresas na economia do país, afirmando que elas possibilitam “a
inclusão social, mediante a maior oferta de postos de trabalho“.
Segundo o órgão as empresas “representam 99,1% dos
empreendimentos formais no Brasil, geram 52,2% dos empregos com carteira
assinada e respondem por 20% do Produto Interno Bruto (PIB).”
Estudos baseados em dados da Receita Federal do Brasil, apontam que
entre os anos de 2005 e 2009, 7 em cada 10 empresas formalizadas no Brasil
não sobreviveram por mais de 2 anos.
Segundo o SEBRAE (2013), isto acontece, pois, as empresas necessitam
de apoio e aprimoramento nos processos de gestão e, também de uma visão
prévia das condições do mercado em que atuam ou em que pretendem atuar.
Com mecanismos e ferramentas para prever os diversos cenários, será possível
tomar decisões calculadas de acordo com planejamento prévio dos riscos,
evitando assim o fechamento de tantas empresas.
O SEBRAE (2013) conclui que o “plano de negócio é o instrumento ideal
para traçar um retrato fiel do mercado,” e que, com esta ferramenta é possível
“identificar e restringir erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado.”
O SEBRAE (2013) estabelece ainda que o Plano de Negócio deva conter:
Sumário executivo; Dados do empreendimento, como Razão social, Nome
fantasia e CNPJ; CNAE; Missão da empresa; Setor de atividade; Forma jurídica;
Enquadramento tributário; Capital social; Fonte de recursos.
Abaixo se destacam alguns dos principais itens do Plano de Negócios:
Sumário Executivo - a cartilha do SERAE (2013) se baseia em CENNI
(1998) e afirma que o um item muito importante para o plano de negócios é o
Sumário Executivo, que é um resumo do Plano de Negócio. No Sumário
executivo não se deve justificar ou fazer uma introdução do Plano, e sim abordar
os pontos mais importantes, como: Dados dos empreendedores, experiência
profissional e atribuições. Dados importantes como informações dos
responsáveis pelo negócio e evidenciação de seus conhecimentos e
experiências serão de fundamental importância para este item do plano.
Para DORNELAS (2001), ao descrever o Plano de Negócios, deve ser
feito um breve relato com suas principais características, onde deverá ser
mencionado o que é o negócio.
24
“Embora o sumário executivo compreenda a primeira parte do plano, ele
só deve ser elaborado após a conclusão do mesmo.” (SEBRAE, 2013)
Missão da Empresa – um dos pontos que merecem destaque é a Missão
da empresa. Para Rodrigues et al (2009) a “missão é uma declaração de
propósitos que dá personalidade a uma empresa, a diferenciando de outras do
mesmo ramo de negócios.”
Já Costa (2007) acredita que “a missão de uma empresa deve responder
duas perguntas básicas: O que a empresa é, e para que ela serve.”
Forma Jurídica – Outro ponto que também merece destaque é a Forma
Jurídica da empresa, ou seja, sua constituição formal. Segundo Fabretti (2006)
“o primeiro passo para que uma empresa exista é a sua constituição formal.”
Fabretti (2006) afirma ainda que a definição da forma jurídica da empresa, e o
vai determinar como ela será tratada pela lei e perante os terceiros.
A Receita Federal do Brasil compreende as seguintes formas jurídicas:
Empresa Pública; Sociedade de Economia Mista; Sociedade Anônima Aberta;
Sociedade Anônima Fechada; Sociedade Empresária Limitada; Sociedade
Empresária em Nome Coletivo; Sociedade Empresária em Comandita Simples;
Sociedade Empresária em Comandita por Ações; Sociedade em Conta de
Participação; Cooperativa; Consórcio de Sociedades; Grupo de Sociedades;
Sociedade Simples Pura; Sociedade Simples Limitada; Sociedade Simples em
Nome Coletivo; Sociedade Simples em Comandita Simples; Consórcio Simples;
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Empresária);
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Simples);
Sociedade Unipessoal de Advogados; Fundação Privada; Organização
Religiosa; Organização Social (OS); Associação Privada; e Contribuinte
Individual.
Enquadramento Tributário – a Receita Federal do Brasil Instituiu o
Simples Nacional, através da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. O
enquadramento no Simples depende de aprovação da Receita Federal, já que
as informações de atividade e estimativa de faturamento são fatores para
classificar seu enquadramento.
Benefícios como facilidade de crédito e de acesso à justiça, o estímulo à
inovação e à exportação e desburocratizações também estão previstos nesta lei.
25
Empresas com receita bruta anual a ou inferior a R$ 360 mil são
enquadradas como microempresa (ME). Se a receita bruta anual for entre R$
360 mil a R$ 3,6 milhões a empresa será classificada como Empresa de
Pequeno Porte (EPP). Para as ME e EPP, o Simples Nacional compreende de
forma simplificada os tributos e contribuições: IRPJ, CSLL, PIS/PASEP,
COFINS, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social Patronal.
A Lei Complementar Nº 128, de 19 de dezembro 2008 criou o
Microempreendedor Individual (MEI). Pessoa que trabalha por conta própria
optante pelo Simples Nacional, com receita bruta anual de até R$ 60 mil. A
legislação determina que O MEI pode ter um empregado e não pode ser sócio
ou titular de outra empresa. Já o recolhimento dos impostos e contribuições é
feito em valor fixo mensal, independente da receita bruta, com limite em seu teto.
A legislação vigente prevê que além das empresas enquadradas no
regime tributário acima citado, existem empresas não optantes pelo Simples
Nacional, que podem se enquadrar no regime de tributação de Lucro Real ou
Presumido, e estarão sujeitas ao recolhimento dos seguintes tributos e
contribuições:
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica; PIS – Contribuição para os
Programas de Integração Social; COFINS – Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social; CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; IPI –
Imposto sobre Produtos Industrializados (para indústria); ICMS – Imposto sobre
Circulação de Mercado (para indústria, comércio e serviços de transporte
intermunicipal e interestadual); ISS – Imposto sobre Serviços (prestação de
serviços); CPRB – Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (para
custear a previdência social).
Capital Social – De acordo com Macedo (2016) O capital social é
representado por todos os recursos (dinheiro, equipamentos, ferramentas, etc.)
colocado(s) pelo(s) proprietário(s) para a montagem do negócio. Desta forma a
elaboração do plano financeiro demonstrará o capital a ser aplicando no negócio,
sendo importante saber que no caso de uma sociedade será necessário definir
o total de recursos que cada sócio aplicará como capital social do negócio.
Fonte de recursos – Determina como os recursos serão obtidos para
criação da empresa. Os recursos podem ser próprios (PL) ou de terceiros
(Bancos, e outros financiamentos).
26
2.2.2 Análise de Mercado
DORNELAS (2001) relata que “a análise de mercado é um dos
componentes do Plano de Negócio que está relacionado ao marketing da
organização”, e que devem ser observados os tópicos abaixo:
Estudo dos clientes
Considerada como uma das etapas mais importantes para a elaboração
do Plano de Negócio é preciso ter bem claro que clientes compram soluções.
(SEBRAE, 2013). Para atender as expectativas dos clientes, é preciso conhecê-
los e saber o que eles realmente precisam ou desejam. Os clientes podem ser
pessoas físicas ou jurídicas e segundo Whiteley (1992), clientes são as pessoas
cujas decisões são determinantes para a prosperidade de uma empresa. Desta
forma é muito interessante termos uma base de dados para melhor conhecer os
clientes potenciais para o negócio.
Estudo dos concorrentes
“Concorrentes são aquelas empresas que atuam no mesmo
ramo de atividade.” (SEBRAE, 2013). Desta forma precisamos conhecer
nossos concorrentes, saber quais seus pontos fortes e seus pontos
fracos, para que assim consigamos nos posicionar de forma consistente
no mercado. Estudo dos fornecedores.
De acordo com o art.3º da lei 8.078 de 1990 (CDC),
“Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação,
importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços.”
Sendo assim, é preciso analisar com cuidado os fornecedores, pois
eles serão parceiros do empreendimento e como preconiza o CDC, em muitos
casos o negócio poderá participar solidariamente em ações judiciais em razão
de atribuição de responsabilidade civil sobre a venda, produção ou prestação de
serviços.
27
2.2.3 Plano de marketing
Para Gabriel (2019), Plano de marketing é um planejamento das ações de
marketing de uma empresa, buscando alcançar um determinado objetivo. O
planejamento pode ser voltado para a marca, um produto específico ou serviço
oferecido pela empresa.
Ainda segundo Gabriel (2019), esse plano guiará as ações estratégicas
da marca e deverá conter: Informações para formação de preço – que é quanto
o consumidor está disposto a pagar por um produto ou serviço; Estratégias
promocionais – que consiste em dar publicidade ao produto ou serviço; Estrutura
de comercialização – que está voltada para canais de distribuição; Localização
do negócio – que consiste em identificar a melhor localização para a instalação
do negócio.
28
Investimento total – que é a consolidação de investimentos fixos, que são
bens a serem utilizados para o funcionamento do negócio; capital de giro, que
são recursos utilizados no dia a adia e servem para pagamento de fornecedores,
mão de obra, financiamentos e outros gastos; e investimentos pré-operacionais,
que são gastos relacionados ao ajuste do negócio antes de sua atividade para
que esteja apto a funcionar.
Estimativa do faturamento mensal da empresa – como enfatiza SEBRAE
(2013) é uma das tarefas mais difíceis para quem ainda não iniciou suas
atividades. Nesta etapa do plano deve-se multiplicar a quantidade de produtos
ou serviços estimados para venda pelo seu preço unitário. Devem-se observar
também os preços dos concorrentes e quanto o cliente está disposto a pagar.
Importante salientar que as previsões de vendas devem ser baseadas na
avaliação do potencial de mercado e na capacidade produtiva da empresa.
SEBRAE (2013). Importante salientar que no processo de produção e venda de
produtos ou prestação de serviço, deve ser reconhecido o custo para produção,
que pode ser direto, indireto, fixo ou variável. Segundo Lauria (2008) a empresa
deve ter clareza dos custos incidentes na produção ou prestação de serviços,
como forma de garantir uma margem de lucro favorável ao sucesso do
empreendimento.
Custos com Depreciação ou amortização – neste item do plano se deve
observar que máquinas e ferramentas de desgastam e seus custos de reposição
devem ser mensurados na forma de depreciação, e amortização para bens
intangíveis, como marcas e patentes por exemplo. Desta forma é possível
reconhecer os custos para reposição dos bens.
Para Pizzolato (2000), a depreciação é o reconhecimento contábil dos
desgastes dos bens produtivos à medida que são usados, ou à medida em que
envelhecem.
Demonstrativo de Resultados (DRE) – para Almeida (2000), DRE “é a
demonstração contábil destinada a evidenciar a composição do resultado
formado num determinado período de operações da entidade”. Nela estão
contidos dados de regime de competência de receitas, custos, despesas, e
demais gastos, a fim de se obter o resultado de um exercício.
29
Indicadores de viabilidade – São indicadores que demonstram o a saúde
econômica e financeira de um negócio, ou seja, se o negócio será ou não
atraente para seus investidores.
Para Dolabela (1999) um bom negócio surge quando se identifica uma
oportunidade, porém embasado em posterior estudo de viabilidade.
Pode-se considerar como indicadores de viabilidade
econômico/financeira alguns indicadores, como: Ponto de equilíbrio, que é o
quanto uma empresa necessita ter de receita para pagar seus custos; TIR (Taxa
Interna de Retorno), que é basicamente o quanto os ativos retornarão em um
determinado tempo; Lucratividade, que é o lucro pela receita líquida e serve para
demonstrar qual competitiva está a empresa; Rentabilidade, que mede o retorno
do capital investido pelos sócios; e PAY BACK, que demonstra o tempo em que
os investimentos feitos no negócio retornarão.
Construção de Cenários – Depois de concluídas todas as etapas
anteriores do Plano de Negócio, é necessário prever cenários. Esta prática é de
fundamental importância para o Plano de Negócio, pois permite que de forma
antecipada a empresa possa se preparar para cada circunstância, minimizando
assim situações não planejadas e demonstrando antecipadamente qual o
resultado esperado em cada possível situação futura.
Sanvicente (1991) sugere a adoção de três cenários futuros, sendo um
pessimista, um realista e um otimista.
30
valia para o investidor e o empreendedor, já que responde perguntas cruciais
que darão suporte e confiança para todos os stakeholders,
O Plano de Negócios deve sempre ser revisto e ajustado de acordo com
as mudanças do mercado. Sendo assim ele nunca pode ser visto como um
produto acabado, e seus ajustes servirão para embasamento em decisões como,
ir em frente com o negócio, expandir ou diminuir o ramo de atuação no mercado.
O risco de qualquer empreendimento sempre existirá, porém com um
plano bem estruturado os investidores e empreenderes conseguirão tomar
decisões mais assertivas e embasadas em uma metodologia de estudo, o que
os ajudarão a abrir seu negócio com mais segurança, minimizando assim sustos
pelo caminho.
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As empresas/organizações devem manter atenção especial ao
macroambiente exatamente por ser incontrolável e disseminarem novas
tecnologias e plataformas digitais que criam profundos vínculos às pessoas e
provocam mudanças nos costumes e consumo de produtos e serviços. Todo
este conjunto de coisas forma o ambiente conhecimento como Marketing Digital,
que possui o objetivo de promover a conexão entre as pessoas com
necessidades e anseios por produtos ou serviços ao objetivo de obtenção de
lucros das organizações.
Este crescimento vem trazendo uma corrida estratégica para que se torne
cada vez mais ágeis a criação de conteúdos e produção de marketing para
estreitar cada vez mais a relação e conhecer os hábitos dos consumidores.
Com isso, é criado este cenário crescente de demanda por ferramentas
digitais capazes de processar grande volume de informações e que agilizem e
automatizem as tarefas que acabam tomando tempo na execução de uma
compra. Com isso estimulando a compra mais facilmente e aumentando as
vendas.
Vale ressaltar algumas ferramentas de Marketing Digital usadas por
empresas Brasileiras que estão inseridas neste mercado, de acordo com
pesquisa de Benchmarking realiza em 2018 pela empresa Techtrends com mais
de 900 empresas.
A ferramenta Marketing de Conteúdo é a ferramenta que estuda o
comportamento do navegador para que ele possa direcionar as informações que
ele queira ver. Ele tem o princípio de informar possíveis produtos ou serviços
que este navegador poderá ter interesse no futuro de acordo com o seu
comportamento, com isso, acompanhando as suas necessidades.
Com isso, a empresa de marketing direciona e aproxima o potencial
cliente da empresa que oferta o produto. Isso faz com que as empresas levem
as soluções para possíveis clientes antes mesmo deles saberem que precisam
daquele produto ou serviço educando e informando as tendências futuras pela
sua persona.
A ferramenta do E-mail Marketing, muito utilizada também, nada mais é
que o envio de propagandas comerciais para um grande número de endereços
eletrônicos (e-mails), dentre os e-mails constam endereços de atuais clientes e
potenciais clientes.
32
De acordo com um estudo divulgado pelo Comitê de Gestores da
Internet no Brasil em 2018, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o
Instituto de Brasileiro de Opinião Pública e Estatística. 66,1% dos acessos a
internet no Brasil é por e-mail.
A grande maioria das vezes, é utilizado para comunicar promoções de
vendas de produtos/serviços ou até mesmo para pedidos de doações e
inscrições em programas voluntários e outros propósitos.
Para isso, são selecionadas listas de e-mail vendidas no mercado que não
tem muito grau de confiabilidade da veridicidade dos endereços ali
disponibilizados e as listas que são construídas por empresas através de
cadastros em lojas e sites. Estas sim são as mais indicadas e confiáveis sobre o
seu potencial de atingimento/recebimento das mensagens. Os novos e
potenciais clientes não gostam destes tipos de e-mail por considerarem irritantes
e insistentes. É muito comum as pessoas confundirem com SPAM’s que
diferente do E-mail Marketing, muitos são permitidos/autorizados pelos
recebedores das mensagens.
As redes Sociais são importantes ferramentas dos Marketing Digital dos
dias atuais. Elas se popularizaram facilmente e rapidamente depois da virada do
século. E tem o poder de atingir um grande número de usuários propagando as
informações em enorme velocidade. Mais e mais empresas estão presentes nas
redes sociais.
Segundo Valente (2018), em reportagem publicada na Agência Brasileira
de Comunicação em outubro de 2018, o facebook possui 2,3 bilhões de usuários
no mundo. Com isso, obtém um alcance de 34% da população mundial com as
suas propagandas, considerando os dados do Banco Mundial.
Para as organizações, também é muito importante ler os dados que estão
sendo gerados com as publicações e acessos dos internautas como os horários
que mais acessam e quais estratégias/métodos de divulgação estão tendo mais
aderências.
A ferramenta CRO – Conversion Rate Optimization, conhecida em
português como Otimização de Conversão é uma ferramenta para melhorar a
taxa de conversão em vendas ou em cliques para visualização em um
determinado site com o mesmo número de usuários.
33
Para isso, é realizado uma análise de como está construído o site e
distribuído o seu layout. Ele não pode ser feito por “achismos”, deve ser feito um
estudo no público que acessa o site e estudar os seus comportamentos para
aplicá-los no site. Com isso, deixando mais fácil a sua navegação e mais visível
ao usuário. Com isso, aumentando as ações que vocês pretendem que o usuário
faça no site. É o que diz Bernardo (2018), especialista de Growth Hacking da
Resultados Digitais.
Uma ferramenta fundamental para a exposição da sua marca é o
Marketing de Busca, conhecido pela sigla SEM – Search Engine Marketing. Ele
tem o foco estratégico nos buscadores. Os mais conhecidos e utilizados são o
Google, Bing, Yahoo e Uol. O desconhecimento desta ferramenta tem levado
empreenderes do e-commerce novatos a perderem grandes oportunidade de
exposição dos seus produtos e serviços e perdendo negócios.
O objetivo é conseguir o maior número de exposições possíveis nos sites
de busca. Esta exposição fará com que aumente o número de pessoas
acessando o seu site, expondo o produto ou serviço para mais internautas e
consequentemente convertendo em vendas.
De acordo com matéria publicada no site da Academia do Marketing por
Valle (2015), o Marketing de Busca é dividido em duas áreas: Buscadores
Orgânicos e Links Patrocinados.
Os Buscadores Orgânicos é a parte que não é paga. O ranking é definido
pelo número de busca no site. Eles aparecem no centro inferior da página de
buscas e tem os seus resultados alcançados de médio a longo prazo. É neste
cenário que surge o SEO (Search Engine Optimization) para divulgador o site,
de acordo com Pereira (2013), fundador do blog DIGAÍ.
Os Links Patrocinados é a parte que as empresas pagam aos sites
buscadores para aparecerem primeiro no ranking de buscas. Este ranking é
definido pelo valor que o anunciante paga por click no anúncio ao site buscador.
Tem o resultado de visualização em curto prazo. As empresas investem forte
neste tipo de marketing (PEREIRA, 2013).
O Google Analytics é uma ferramenta disponibilizada gratuitamente pela
Google. Ela consegue monitorar tráfego dos aplicativos e sites de e-commerce
trazendo estatísticas de quantas pessoas o visitaram. A ferramenta consegue
identificar a localização geográfica do visitante, de que forma chegou ao site, se
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foi através de links enviados por e-mail, se foi direto pelo endereço ou foi em
sites de busca. Com isso, é possível direcionar os anúncios para os canais que
estão dando maior resultado (MAYZEL, 2005).
Outra estatística gerada pelo Google Analytics é o que o internauta
pesquisou para chegar ao seu site. Que palavras foram mais utilizadas. Quanto
tempo ele permaneceu navegando pelo site e sua taxa de conversão em vendas,
comenta Machado (2017).
O programa SimilarWeb tem a função de fornecer dados sobre o volume
de tráfego do site de seus clientes, monitorar os seus concorrentes e identificar
novos players no mercado, suas tendências e estratégias utilizadas. Trata-se de
uma ferramenta paga e já está no mercado desde 2009 produzido pela antiga
SimilarGroup com sua sede em Londres, de acordo com o site da fabricante do
sistema. Através da sua plataforma, é utilizado a tecnologia Big Data para
produzir estatísticas, análises e coleta de dados dos usuários de websites.
O programa denominado Hotjar foi desenvolvido para mapear os pontos
do seu site onde o mouse do navegador mais ficou posicionado. É como se ele
tivesse um mapa de calor mostrando onde os usuários mais permaneceram no
website, onde obteve maior número de “cliques” e passam o mouse. Com isso,
é possível direcionar e realocar estrategicamente o layout do website,
posicionando o que mais interessa à maioria dos usuários. Relata o seu
fabricante em seu site oficial Hotjar.
Pode-se fazer diversos testes com links, por exemplo, se o usuário está
clicando mais em imagens, títulos ou outros elementos criados. Outro teste é o
da distração onde o programa identifica que o mouse estava passeando sem
objetivo nenhum pelo website sem foco ou direcionamento para os campos
principais do website. Com isso, é possível identificar locais de distração do
usuário que dificulte encontrar algo relevante ou um produto de busca. O Hotjar
possui uma ferramenta chamada feedback que permite interagir com o usuário
dentro do site fazendo perguntas estratégicas, de acordo com o seu site oficial.
O Hotjar também consegue identificar se o usuário está indo até o final do
seu site com a rodagem do mouse para saber estão acessando o fundo da
página ou se o website possui um falso final de página transmitindo a impressão
que não possui conteúdo a partir do ponto destacado pela ferramenta. Além de
35
resolver o problema do designer da sua página, ele inclui links ancora para as
partes inferiores da página, explica o fabricante.
Outro teste e muito importante feito pelo Hotjar é o teste da Header. Ele
identifica se o menu de navegação está roubando a atenção do usuário. Quando
ele detecta uma grande interação na área isso indica que não estão achando
intuitivamente o que precisam quando navegam livremente. Isso indica que você
precisa repensar o layout da página, relata o fabricante do sistema.
Outro sistema muito utilizado e que faz todo o gerenciamento automático
da estratégia de marketing digital de uma empresa é o RD Station. No site oficial
de vendas do sistema RD Station eles relatam que conseguem aumentar os
tráfegos, Leads, Vendas nos sites dos seus clientes. Eles também têm um CRM
que registra automaticamente as suas ações, com isso controlando os seus
processos comerciais com uma visão clara das etapas das suas negociações e
identificar onde você precisa gerar mais esforços, sita o fabricante do programa.
Mais uma ferramenta muito usada por empresas como IBM, National
Geografic e Rolling Stone é a ferramenta BuzzSumo. Esta ferramenta é gratuita
e consegue fazer uma leitura do conteúdo que está repercutindo no seu público.
Com um avançado mecanismo de buscas em redes sociais, o BuzzSumo
consegue identificar o conteúdo (links) mais compartilhado pelos tópicos, autor
ou domínio. É o que promete o fabricante da ferramenta.
Ele mantém um histórico de pesquisa instantânea dos últimos 12 meses
para disponibilizando um gráfico de temas que estão e continuam dominando o
ranking de visualizações. Ele monitora em tempo real as atividades das redes
sociais como Twiter, Linkedin e Google, com este sistema, é possível obter todos
os links que estão direcionando os conteúdos “ranqueados” para determinada
página pelas redes sociais. É possível filtrar por tipo de conteúdo mais
divulgados como vídeos ou infográficos. Relata o fabricante em seu site.
É possível incluir no website conteúdos selecionados após descobrir quais
estão sendo as tendências de compartilhamento e direcionar para o seu público
alvo. É o que promete a Buzzsumo.
Este sistema também faz uma busca por pessoas que são influenciadoras
em qualquer área para que você possa os seguir e ter melhores resultado de
marketing. Com isso é possível entender o conteúdo que possui maior relavância
entre os influenciadores nas redes sociais. É possível monitorar conteúdos mais
36
compartilhados, principais tópicos, frequências e domínios. De acordo com o site
oficial da ferramenta.
O sistema conta com um alerta automático quando mencionado palavras
chaves para monitorar concorrentes ou determinado temas de interesse. É o que
promete a ferramenta.
O sistema de monitoramento de redes sociais chamado Hootsuite,
divulgado no site oficial da ferramenta, é um sistema que permite que a empresa
monitore ao mesmo tempo em uma única plataforma todas as suas redes
sociais. Utilizados por empresas como a VISA e ACCOR HOTEIS.
É possível gerenciar todas as redes sociais em um único painel. Através
do painel é possível responder comentários, acompanhar palavras chaves com
o objetivo de encontrar possíveis influenciadores nas redes sociais e agendar
postagens em todas as redes sociais de uma só vez. De acordo com o site oficial.
O sistema também dispõe de um relatório que relata a abrangências
atingida em cada rede social. Com isso é possível mensurar a taxa de retorno
de conversão de vendas, qual foi a mais rentável e direcionar os seus
investimentos. Você consegue filtrar as conversar com palavras chaves em
vários idiomas para analisar o que as pessoas andam falando da marca, produto
e concorrentes. É o que diz Gillooly Diretor Digital da empresa Hootsuite.
Unbounce – Este é o nome de uma ferramenta que tem a função de criar
páginas conhecidas como Landing Page, banner fixos e pop up aumentando
assim a taxa de conversão com maior tráfego. É o que promete o fabricante da
ferramenta em seu site oficial.
Ele promete muita facilidade na criação e rapidez na personalização
destes itens de publicidade digital. Com apenas poucos clicks, copiando, colando
e recortando figuras você monta a sua publicidade., criar campanhas que poderá
ser utilizada por mais de uma vez, duplicar e criar as próximas campanhas com
menor tempo e maior facilidade, “pop ups” adicionados em sites rapidamente em
qualquer página, controlar/monitorar o tempo certo de entrar com a promoção
para um determinado cliente e adicionar Banners fixos nos cabeçalhos ou
rodapés dos sites com promoções personalizadas. Os recursos tendem a reduzir
os custos e tempo com produção dos desenvolvedores e ganhar velocidade na
publicação. O programa também dispõe de sistema de gerenciamento de
37
conteúdo, CRM e e-mail marketing agilizando todo o processo de análise de
dados. Expõe o site do fabricante.
As ferramentas, aqui apresentadas, estão revolucionando o mercado de
Marketing Digital no mundo todo. A cada dia estão sendo pensadas e inventadas
novas ferramentas que facilitem a interação e a leitura de milhares de dados que
são gerados a cada minuto na internet.
38
2.4.1 Taxa de retorno
Este é o principal índice a ser considerado na análise econômico-
financeira pois ele define qual é o lucro esperado (resultado da operação)
baseado nos custos e despesas para se tocar o negócio. É neste índice que
sócios e investidores mantêm seu maior interesse. Afinal de contas, ninguém
quer investir num negócio que não gere riquezas ou que gere riquezas abaixo
de investimentos mais seguros, como a poupança por exemplo. Por isso é
importante analisar no detalhe para que os investidores se sintam confortáveis
para investir e não fiquem frustrados com o resultado da operação (COSTA at
al., 2011).
Souza e Clemente (1997), falam que a Taxa Interna de Retorno (TIR), é
a taxa que torna o Valor Presente Liquido (VPL), de um fluxo de caixa
equivalente à zero, e a regra para decidir se um projeto é viável, utilizando-se a
TIR é muito simples. Se TIR > TMA, o projeto será́ viável, caso contrário, o
projeto deve ser considerado inviável.
39
O Valor contábil pode ser obtido no Balanço Patrimonial, são números. A
Quantidade de conhecimento é o resultado da fórmula, que é de fácil obtenção.
O que pode ser uma tormenta para os analistas é o Valor de mercado, pois este
item é intangível e sua definição depende de diversos fatores.
Exemplificando, a empresa Uber que atua no mercado há poucos anos
tem um Valor contábil baixíssimo mediante sua Quantidade de conhecimento
pois não mantém muitas estruturas físicas e não possui frota própria em diversos
países onde tem atuação. Sua operação é quase que 100% digital, tornando
seus custos baixíssimos, porém tem abrangência e operação mundial, o que
torna sua taxa de retorno altíssima. Com isso, o seu Valor de mercado também
é muito alto. Mas é de difícil definição.
40
Quando a empresa está com dois indicadores acima da média do
mercado. Um bom exemplo de posicionamento Bom é a Petrobrás, que
se viu envolvida em escândalos de corrupção de seus núcleo diretor, o
que deixa o seu valor de mercado baixo, mas a sua participação no
Bom mercado ainda é alta, pois domina o mercado brasileiro e a sua taxa de
retorno também se manteve alta, haja vista o aumento nos combustíveis
que são ditados pelos interesses do governo e a sua rápida recuperação
econômica.
41
sucesso ou o fracasso de um negócio. Portanto é bom sempre ficar atento se a
empresa está seguindo no caminho estratégico que ela definiu e se este caminho
é o melhor para a realidade daquele momento. Não se pode descartar a
mudança estratégica mediantes novos fatos ocorridos no dia a dia (COSTA at
al., 2011).
É bom destacar que, por melhor que seja a definição estratégica da
empresa ela sempre precisa ser implementada efetivamente para que saia do
campo teórico e que esta estratégia seja acompanhada de perto principalmente
pelos maiores interessados no sucesso do negócio, sócios e investidores
(COSTA at al., 2011).
42
2.4.7 Usuários das decisões estratégicas e análises econômico-financeiras
A análise financeira de uma empresa é de interesse para diversos
stackholders. Esta análise precisa ser de fácil entendimento para este vasto
público, pois isto pode determinar o futuro da empresa, conforme apresentado
na Tabela 3. (COSTA at al., 2011).
43
como também para investimentos de curto prazo. O grande campo de aplicação
destas técnicas está associado a métodos de geração de indicadores usados
para selecionar a melhor alternativa de investimento.
Geralmente são utilizados os seguintes indicadores: análise
macroeconômica, análise setorial, descrição da empresa, análise econômico-
financeira, outras informações e conclusão. Falaremos deles a seguir. (COSTA
at al., 2011).
44
liberação de um determinado componente isto pode atrasar a cadeia produtiva,
porém isto geralmente está contemplado no planejamento de produção. Mas se
o mesmo acontece num mercado varejista de bens de consumo já passa a ser
um problema, pois estocar produtos perecíveis pode acarretar na perda total do
ativo. Este é apenas um indicador, mas podemos citar vários outros como por
exemplo:
Número de empresas do setor;
Porte de cada firma em termos de vendas, ativo e patrimônio líquido;
Políticas de preços das empresas;
Nível de acirramento da competição;
Nível de qualidade exigido do mercado;
Grau de competição entre os produtos estrangeiros no mercado externo
e interno;
Existência ou não da necessidade de investimentos significativos para as
empresas se manterem competitivas.
45
Data da fundação (COSTA at al., 2011). Atividade principal da empresa:
Distribuição do capital social;
Membros da administração;
Auditoria;
Localização da empresa;
Principais decisões de investimento, de financiamento e operacionais;
Participação em companhias controladas e coligadas;
Histórico da empresa, abordando a sua evolução operacional;
Descrição de produtos e serviços;
Principais clientes e onde estão localizados;
Existência ou não de dependência em relação a poucos clientes;
Histórico de preços e quantidades vendidas dos principais produtos;
Principais concorrentes e parcela do mercado;
Avaliar se há estabilidade nas vendas ou se flutuam com o mercado;
Localização industrial – Deve se considerar os seguintes aspectos:
qualidade da mão de obra local, distância do centro produtor de matérias-
primas, transporte e logística de recebimento de matéria-prima e
escoamento da produção (malha ferroviária, rodoviária, aquaviária, etc),
disponibilidade de água, energia e área para tratamento de efluentes;
Processo produtivo;
Principais matérias primas e onde estão localizados os fornecedores;
Análise da força de barganha dos fornecedores e se existe dependência
em relação a poucos fornecedores;
Tecnologia empregada (própria ou de terceiros);
Histórico da capacidade instalada versus capacidade utilizada;
Investimento para ampliação da capacidade;
Investimento para modernização do processo produtivo.
46
Investimento em expansão e modernização;
Financiamento dos planos de expansão (utilização de recursos próprios e
financiamentos pleiteados);
Compatibilidade das fontes de recursos e investimentos;
Isenções e benefícios fiscais;
Política de gestão de pessoas;
Marcas e patentes;
Ações judiciais em andamento;
Obrigações legais e sua vigência (contratos de aluguel, leasing, acordos
trabalhistas, etc.).
47
3. METODOLOGIA
48
Possui o objetivo de descrever as características ou funções do mercado,
marcada pela elaboração prévia de hipóteses específicas (MALHOTRA, 2011,
p. 58).
Com base nessa metodologia, a pesquisa será explorada com a finalidade
de obter dados suficientes através de entrevistas, pesquisas de campo, áreas de
maior procura dos usuários do futuro aplicativo, concluir se o modelo de negócio
proposto possui interesse de mercado, por parte dos que necessitam do serviço
e também por parte dos que possuírem interesse de ofertar o serviço e sua
devida viabilidade econômica. A estratégia, método de pesquisa, instrumentos
de coleta de dados e análises foram definidos com base na metodologia aqui
descrita.
49
Os instrumentos de coletas definidos Benchmarking, levantamento
documental e bibliográficos estarão presentes no planejamento durante a
execução do estudo de campo.
50
essência, sem análises prévias, colocando os pesquisadores como responsáveis
por organizar esses dados e analisar sua aplicabilidade na pesquisa em curso.
A entrevista será aplicada para trazer riqueza de detalhes e informações
adicionais com objetivo em demonstrar a realidade estrutural, organizacional,
demandas e outros pontos relevantes do segmento para dentro da pesquisa.
A pesquisa, através dos métodos aqui detalhados, buscará obter dados
que justifique ou não um posicionamento e implementação da plataforma que
possibilitará a integração/conexão entre empresas do segmento de ônibus que
buscam vagas de garagem e serviços correlacionados às empresas que ofertam
esses serviços.
51
4. LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE INFORMAÇÃO
4.1 Benchmarking
O estudo de Benchmarking foi desenvolvido com base na realidade
organizacional das empresas V1, empresa de transporte por aplicativo que atua
na região metropolitana de Vitória-ES; Airbnb, empresa/plataforma que atua
conectando pessoas que desejam alugar seus espaços ociosos (casas,
apartamentos, quatos) com pessoas que desejam ocupar esses espaços; e a
empresa/plataforma Booking.com que atua como vitrine para hotéis e até mesmo
pessoas físicas possibilitando maiores possibilidades de negócios para seus
parceiros.
52
4.1.1 V1 app – Serviços de Transporte por Aplicativo
O V1 é um serviço de transporte executivo por aplicativo que faz você ter
a melhor experiência de transporte da Grande Vitória. Isso é o que promete. Ele
foi desenvolvido pelo Grupo Águia Branca. O grupo que é especializado em
transporte de passageiros e serviços logisticos em todo o pais e no Mercosul.
Com 73 anos de experiência de Mercado.
O V1 tem pouco mais de um ano e meio de existência e em então pouco
tempo teve uma evolução exponencial superando todas as espectativas de
crescimento do negócio.Os principais diferenciais estão no atendimento
personalizado, que é executado por motoristas profissionais extremamente
treinados em atendimento ao cliente, atendimento comercial e direção defensiva,
garantindo mais segurança aos seus usuários. Com frota própria, padronizada e
personalizada, todos os veículos são da Toyota (Étios e Prius) na cor preta e
com uma rigorosa padronização da manutenção da frota. O V1 quer entregar
excelência e inovação aos seus usuários.
Outro diferencial do V1 foi como ele foi criado e o quê eles fazem para
continuar em constante evolução para satisfazer as necessidades dos clientes.
O V1 foi o primeiro projeto do laboratório de inovação da VIX Logística, (empresa
que faz parte do Grupo Águia Branca), o VIX LABS. O espaço foi criado em julho
de 2017. Ele foi projetado para promover um ambiente com condições de
desenvolver a inovação por meio de descobertas, interações, conexões. Com
isso, criando soluções inovadoras que impactem as vidas das pessoas e no
Mercado.
A ideia de criação de um laboratório de inovação (VIX LABS) surgiu após
a imersão de alguns gestores da empresa no Vale do Silício (EUA). O foco da
viagem foi aprofundar o tema inovação nos negócios e teve o apoio da
Universidade de Berkeley, Stanford e Singularity University.
Hoje o Grupo Águia Branca já possui 4 Laboratórios de Inovação
espalhados pelas suas divisões (Passageiros, Comercio, Logística e Holding). A
inovação está no DNA do Grupo.
Em Agosto de 2018, a VIX Logística promoveu um evento hackathon
(Eventos que reúnem programadores, designers e outros profissionais ligados
ao desenvolvimento de software em maratonas de trabalho com o objetivo de
criar soluções específicas para um ou vários desafios). O evento foi chamado do
53
HackaVix e contou com mais de 120 profissionais e universitários em uma
imersão de 38 horas para criar, inovar, empreender e descobrir talentos. Estes
tipos de eventos promovidos pelo Grupo Águia Branca é sem duvida, um dos
seus grande pontos fortes.
O V1 primeiramente foi lançado apenas para funcionários do Grupo Águia
Branca para passar por uma fase de testes. Após 6 meses de testes e
aperfeiçoamentos, foi lançada para o Mercado Corporativo e Pessoas Físicas.
Possui seu atendimento restrito a Grande Vitória – ES nas cidades de Vitória,
Vila Velha, Serra, Vianae Cariacica.
Com pouco mais de um ano e meio de mercado, o V1 já possui mais de
100.000 clientes cadastrados de acordo com o Gerente de Inovações da VIX
Raphael Leitão Sbardelotti, isso se deve ao forte investimento em Marketing.
Hoje, grande parte da receita da empresa vai para o marketing segundo
Sbardelotti.
Outro fator de sucesso são as parcerias. Ele comenta sobre os seus
parceiros que são desde grandes empresas como VALE, Winer, clubes de
descontos, associações, promotores de eventos como Patrick Ribeiro, pequenas
empresas e até bares e restaurantes.
Os Recursos Tecnológicos utilizados pelo V1 em seu negócio são
tecnologias de ponta, como por exemplo, bancos de dados, linguagem mais
atuais para desenvolvimento de softwares, middleware integração,
conectividade e telemetria entre outros.
Atualmente o V1 utiliza uma plataforma que foi desenvolvida internamente
e se divide em alguns produtos tais como: App motorista, app cliente, backoffice,
backend e Fastrental comenta Sbardelotti.
A equipe de Marketing do V1 se relaciona com o cliente através de várias
mídias, tais como:
Online: mídias sociais (instagram e facebook), email marketing,
push através do aplicativo, sms, etc.
Offline: anúncios em jornais, outdoors, banners em locais públicos,
etc
A estratégia de marketing está baseada basicamente na atração de novos
clientes e retenção convertendo em uso da plataforma, para isso fazendo uso de
estratégias de growth e marketing digital. Trabalhado muito pouco o off-line.
54
Por se tratar de um novo negócio, o aporte financeiro com marketing neste
início corresponde a grande parte do investimento.
A forma de recebimento dos pagamentos dos seus serviços prestados
ocorre para corporações através de faturamento mensal por boleto bancário e
para pessoas físicas exclusivamente através de cartão de credito. Isso garante
um bom fluxo de caixa para o negócio uma vez que as empresas de cartão
realizam o depósito 48 horas após a execução do serviço.
Para o nosso negócio também pode ser copiada do V1. Poderemos fazer
um faturamento mensal para as empresas clientes/parceiras enviado boletos ou
podemos cobrar através de cartão de crédito corporativo. Já para o cliente
Pessoa Física, optaríamos pelo recebimento exclusivo através do Cartão de
Crédito. Forma mais segura de recebimento. A estrutura organizacional
atualmente está dividida em duas gerencias, sendo uma de Tecnologia e outra
de Operações que estão ligadas ao VP de Logística. Todas as demais áreas
como marketing, comercial, etc estão ligados a gerência de operações.
A parte operacional é toda controlada por uma central denominada de
CCO (Centro de Controle Operacional) e a operação é feita pelos próprios
motoristas através dos aplicativos nos seus Smartfones.
A empresa tem planos de expansão para outras cidades Brasileiras,
porém, ainda em estudos e segredos de negócio.
Esta empresa é sem dúvida um modelo a ser seguido. Podemos esperar
grandes feitos inovadores ainda a serem lançados. Vamos acompanhá-la.
55
chegavam na cidade para o evento. Em apenas uma noite desenvolveram o site
(primeira versão do Airbnb) e conseguiram alugar para três pessoas. Porém o
publico alcançado foi totalmente o oposto da expectativa dos criadores da
plataforma, uma mulher de meia idade, um indiano e um pai de família. Os
primeiros hóspedes mantém contato com Blecharczyk, Chesky e Gebbia até
hoje.
O nome Airbnb (air bed and breakfast) foi desenvolvido dessa primeira
experiência onde disponibilizaram três colchões infláveis e café da manhã. Os
amigos enxergaram uma ótima oportunidade de negócio e entenderam que não
havia um público específico e o negócio poderia ser escalável de modo que não
seria necessário aquisições de imóveis e captação de capital para aquisições de
ativos. Em apenas quatro anos de existência, a empresa tornou-se o principal
nome do ramo de hospedagem do mundo.
Por meio de uma plataforma totalmente online, o Airbnb gera negócios ao
possibilitar que pessoas físicas disponibilizem seus espaços/acomodações
ociosas para quem possui interesse em se hospedar. A facilidade em se
cadastrar, disponibilizar espaços e efetivar a locação desses espaços foi fator
determinante para que o negócio ganhasse mercado de forma surpreendente,
conforme dados apresentados a seguir.
56
Ambos: O anfitrião pode ser tornar hóspede, se assim desejar e o
mesmo ocorre para o hóspede, que por sua vez, poderá disponibilizar um
eventual espaço ocioso na plataforma.
57
possui a confiança dos seus usuário ao ser capaz, de forma inteligente e
automática, gerenciar milhares de transações diária entre hóspdes e anfitriões.
4.1.3 Booking.com
Booking.com presta serviço de reservas de acomodações online.
Fundada em 1996 em Amsterdã, a Booking.com deixou de ser uma pequena
startup holandesa para ser uma das maiores empresas de e-commerce de
viagens do mundo. Atualmente continua com sua sede em Amsterdã, tem mais
de 17.000 funcionários e conta com o apoio internacional de 198 escritórios
locais em 70 países estando presente em todos os continentes do mundo,
incluindo o Brasil.
Além de reservas de acomodações também é possível encontrar em sua
plataforma serviços de pesquisa de vôos (em parceria com a empresa KAYAK);
aluguel de veículos e reserva de Taxis (em parceria com diversas locadoras e
taxis do mundo).
Tendo como missão empoderar pessoas a vivenciar o mundo, a
Booking.com investe em tecnologia digital que ajuda a tornar as viagens mais
tranquilas. A empresa conecta viajantes à uma enorme rede de acomodações,
incluindo desde apartamentos, casas de temporada, cama e cafés (B&B)
administrados por famílias, a resorts 5 estrelas, casas nas árvores e até mesmo
iglus. Atualmente o site e os aplicativos móveis da Booking.com estão
disponíveis em mais de 40 idiomas, e oferecem 28.404.704 anúncios no total, e
cobrem 148.701 destinos em 229 países e territórios no mundo todo.
Diariamente, mais de 1.550.000 diárias são reservadas em sua plataforma
(Site, Celular e Tablet), seja para viagens de negócios ou lazer, os clientes
podem reservar na hora a acomodação de forma rápida e fácil, sem cobrança de
taxas de reserva e com a promessa de cobertura do menor preço. A empresa
possui equipe com experiência em atendimento ao cliente, onde os hóspedes
podem entrar em contato 24 horas por dia, todos os dias, para pedir ajuda, com
suporte em mais de 40 idiomas.
Quanto à forma de pagamento, existem três opções, sendo: Cartão de
Crédito; Cartão de Débito e; Transferência Bancária. A Booking.com não é uma
parte contratante na transação, ou seja, a transação é feita diretamente entre o
anfitrião e o hóspede, porém através de sua plataforma, e cabe à ela uma
58
comissão sobre o serviço, que varia de 10% a 25%, dependendo do seu tipo de
propriedade ou localização.
Sua plataforma é bastante aderente ao nosso projeto aplicativo, pois
assim como pretendemos fazer, eles trabalham da seguinte forma: de um lado o
fornecedor da infra-estrutura, e do outro lado o consumidor final, ficando a cargo
da empresa toda a infra-estrutura de venda, a plataforma tecnológica, toda
comunicação/propaganda, e por fim o recebimento de comissão sobre cada
negócio fechado entre as partes (donos dos imóveis e consumidor final).
Em 2016 a empresa investiu US$ 3,5 Bilhões em marketing e propaganda,
e em 2017 registrou US$ 81,2 bilhões em reservas brutas, o que gerou uma
receita bruta de US$ 11,1 bilhões e um Lucro Líquido de US$ 3,8 bilhões.
No Brasil em 2017 a empresa investiu em publicidade 24,8% de sua RL,
já que o valor nesta rubrica foi de R$ 132,6 milhões, enquanto auferiu uma
receita líquida de R$ 535,2 milhões. O valor investido nesta rubrica representa
58,2% de todo custo da empresa no ano, ou seja, o maior custo do negócio está
em propaganda e publicidade, e o maior fornecedor desta conta foi a Google
Inc., com serviços de Web marketing, onde sua participação foi de 94,2% do total
dos recursos disponibilizados na rubrica.
Desta forma, percebeu-se que este tipo de negócio requer um grande
investimento em marketing, porém para nosso negócio, acreditamos que
poderemos investir um percentual nenor de nossa receira em publicidade, haja
vista que nossos clientes serão de um nicho específico, basicamente do
transporte rodoviário de passageiros e cargas.
As empresas de sucesso na atualidade são aquelas que sabem tratar a
chamada Big Data, onde uma empresa que possui uma grande variedade de
massa de dados e tem capacidade de tratá-las com velocidade consegue
potencializar vertiginosamente suas receitas.
Observou-se ainda que uma das receitas de sucesso e principal
diferencial da Booking.com está nesta capacidade de tratar de forma rápida a
grande variedade de dados que ela possui. Assim ela consegue ofertar o lugar
ideal para cada cliente, ou seja, levar para cada um o que eles tem interesse,
com facilidade e comodidade. Se seu cliente gosta de montanhas, vai receber
anúncios digitais com ofertas para lugares nas montanhas, com diversas opções
de acomodações na forma e na região de sua preferência.
59
Receberá tembém anuncios de serviços complementares da região, como
aluguel de veículos e até mesmo ofertas de voos para seu deslocamento até o
local de sua reserva.
Com base na experiência da plataforma de negócios da Booking.com,
entendemos que deveremos desenvolver uma forma eficiente e eficaz de tratar
dos dados de nossos clientes, para que assim como esta empresa, o nosso
negócio também consiga se destacar e conseguir crescimento exponencial.
60
Para atender as necessidades dos passageiros, e as determinações dos
órgãos concedentes, as empresas precisam investir em pontos de apoio, que se
constitui basicamente em uma garagem com os recursos necessários para
apoiar a operação (ônibus reserva, motoristas e mecânicos de plantão). Desta
forma estes pontos de apoio em sua grande maioria têm sua estrutura ociosa. A
plataforma irá facilitar a gestão dos pontos de apoio para atender as exigências
dos órgãos regulatórios e consequentemente aumentar o volume de negócios
com perspectivas de um novo mercado e possibilidades de redução de custos
para as empresas que necessitarem do serviço e aumento de receita para as
empresas que colocarem à disposição suas vagas e serviços ociosos.
Já no mercado de turismo no Brasil, é possível observar a necessidade e
falta de previsibilidade acerca de vagas e serviços durante suas viagens, pois as
empresas podem ser contratadas para realizar serviços de turismos em diversas
cidades espalhadas pelo Brasil e/ou Mercosul e nem sempre tem uma garagem
ou empresa parceira para a pernoite do veículo e sua tripulação.
Em algumas cidades brasileiras, onde o turismo é muito forte devido a
algum atrativo turístico, as empresas passam muita dificuldade para solucionar
estes problemas. Um exemplo disso, é a cidade de Aparecida do Norte - SP que
recebe centenas de ônibus diariamente com muitos fiéis da igreja católica. No
próprio estacionamento da basílica de Aparecida, existe um estacionamento de
400.000 m² composto de 2.000 vagas de estacionamento para ônibus. Mesmo
com todo este espaço, não é o suficiente para comportar as milhares de pessoas
e veículos, com isso, existem diversos outros estacionamentos de ônibus
espalhados nas proximidades da basílica.
Outro exemplo é o Balneário de Camboriú, que também possui diversos
estacionamentos espalhados nas proximidades da orla que funcionam com o
sistema de cobrança por diárias negociadas diretamente com os motoristas.
Verificou-se ainda que em alguns centros turísticos, existe uma estrutura
para suportar estas demandas, porém, na maioria do Brasil não existe estrutura
mínima para o grande número de ônibus.
O que ocorre é que muitos motoristas descansam sem nenhuma
qualidade e segurança. Com isso, viajam com uma fadiga muito grande e ficam
propícios a se envolverem em algum acidente.
61
Alguns serviços básicos que um ponto de apoio pode oferecer, enquanto
o veículo está no local, são considerados essenciais ao fim da viagem. Um deles
é a limpeza, para que esteja preparado para uma próxima utilização, assim como
a verificação de um dos itens mais desgastados, que são os pneus.
Uma higienização adequada na parte interna dos ônibus, entre os
assentos, recolhimento de lixo e reposição de itens sanitários são detalhes que
agregam valor ao negócio, tanto na visão do proprietário/condutor quanto ao
usuário final que notará a diferença quando retornar ao veículo. Além disso, uma
ducha rápida não passará despercebida e poderá ser oferecida como um plus.
Outro item que merece atenção durante a viagem, independente da distância
são os pneus, e por mais que tenham sido vistoriados no início da viagem, pode
acontecer alguma alteração durante o deslocamento e uma simples calibragem
que estiver disponível já incrementa o negócio.
62
Na Figura 2 é apresentado a ideia-conceito do funcionamento da
plataforma.
63
Figura 3 – CANVAS
64
foi possível obter uma amostragem que corresponde à empresas que atendem
praticamente todas as regiões e/ou estados do Brasil.
A Viação Pretti é uma empresa com ampla atuação no Estado do Espírito
Santo contando com 4 bases operacionais. A Viação Águia Branca está entre as
maiores da região Sudeste e ainda conta com linhas regulares em parte da
região Nordeste. O Grupo JCA é uma holding que conta com empresas como
Viação 1001, Viação Cometa e Expresso do Sul, dentre outras importantes do
segmento e tem atuação nas Regiões Sul e Sudeste. Já a Gontijo tem atuação
Nacional regular em 22 Estados da Federação. Todas realizam serviço de
turismo para todos os Estados, se solicitado.
Para a desenvolvimento das entrevistas foram elaboradas 14 questões
com o objetivo de orientar a coleta de informações sobre a realidade das
empresas e como uma plataforma digital poderia auxiliá-los em suas rotinas e
consequentemente obter a percepção da plataforma para impactar em seus
negócios. O roteiro e relatório das entrevistas podem ser acessadas no Apêndice
A deste documento.
Todas as empresas entrevistadas possuem uma quantidade considerável
de garagens representando uma fatia significativa desse mercado a nível
nacional. A Pretti possui 4 garagens, a VAB possui aproximadamente 40, a JCA
possui algo em torno de 30 e 35 e a Gontijo possui em torno de 70 garagens. Os
entrevistados relataram que há garagens que estão com sua utilidade acima do
possível, porém na maioria das instalações há a necessidade de melhorar a
produtividade das garagens, ou seja, há espaços ociosos e oportunidade de
gerar negócios nestes locais. Vale ressaltar que estas garagens possuem
características que atendem, em sua maioria, veículos pesados pois a maior
parte é descoberta e/ou possui teto alto, o que é importantíssimo para este
segmento de veículos. Além de todas as garagens possuem vigilância 24 horas,
seja por um vigilante profissional ou por um funcionário que esteja de plantão.
Isto gera segurança e atrai usuários para o sistema.
Uma informação muito importante que foi levantada na pesquisa é que há
garagens que são verdadeiros Hub’s de serviços, onde são feitas as
manutenções mais complexas como trocas de eixos, substituição de pastilhas
de freios, manutenções em motores, caixas, transmissões etc. Enquanto na
maioria das garagens são feitos apenas serviços mais simples como limpeza e
65
higienização dos veículos com despejo de resíduos, serviços básicos de
borracharia e manutenções corretivas simples. Os entrevistados afirmaram que
os serviços mais simples são os fundamentais para utilização de um serviço de
garagem. Há ainda serviços pouco usuais que podem ser ofertados como
dormitórios, restaurantes e abastecimento, entre outros.
Apesar dos entrevistados afirmarem que já possuem boas parcerias em
todas as regiões, todos foram unânimes em dizer que se sentiram atraídos pela
ideia de ter acesso a um sistema único para fazer a gestão das vagas de
estacionamento e os serviços que poderiam ser ofertados. Foi informado
também que são disponibilizadas algumas cortesias por parte dos
estabelecimentos comerciais ao longo do trajeto e/ou no destino, pois há
interesse destes estabelecimentos que os clientes das empresas de ônibus
realizem consumo naqueles locais. Há ainda a possibilidade de estacionar os
veículos em local público em cidades menos movimentadas ou menores. Sendo
assim, em alguns casos, ocorre que o motorista acaba se alimentando,
estacionando e pernoitando gratuitamente em algumas viagens, reduzindo o
custo da viagem.
As empresas foram divergentes em seus valores de custos, o que é
bastante compreensível, pois além de serem informações particulares e
delicadas, não foi possível apurar de qual custo estava sendo realmente
considerado. Porém foi apurado que os custos totais diminuem quando as
viagens são para fora da área de atuação. Isto se justifica pois o valor de venda
do serviço aumenta enquanto os custos básicos, como estacionamento,
higienização, pernoite, entre outros, geralmente permanecem inalterados.
Todos os entrevistados demonstraram interesse em conhecer melhor a
plataforma e possivelmente fariam adesão à plataforma. O mercado demonstra
que tem esta carência, tanto que na JCA já há uma movimentação interna para
que algo parecido seja desenvolvido entre as garagens do grupo. O
representante da Gontijo informou que utiliza uma rede de parceiros chamada
Rede Brasil para serviços parecidos com o que este projeto quer oferecer, mas
que, mesmo assim, a ideia da plataforma seria uma ótima solução para o cenário
atual. De fato, há uma lacuna no mercado para este sistema e há uma
oportunidade de organizar esta demanda e gerar negócios com a plataforma.
Desde que consigamos aumentar a receita das garagens através da melhoria da
66
eficiência delas. Todos os representantes afirmaram que, se a plataforma
existisse hoje, eles gostariam de aderir ao sistema, porém pontuaram que
precisariam identificar e negociar os custos de utilização da plataforma, tanto
como clientes/usuários quanto como fornecedores/parceiros da plataforma.
O ponto de atenção identificado com a pesquisa é a preocupação com o
custo para tornar a parceria viável. Enquanto os pontos positivos são inúmeros,
desde a facilidade em prever quanto será o custo real para utilização de serviços
e estacionamentos em viagens até a utilização de suporte administrativo para os
usuários. Enfim, a conclusão que se chega é que há diversos pontos positivos e
que quanto mais se oferece algum serviço à um cliente, mais são geradas
oportunidades de negócio agregado e este são de lado a lado solicitado por
clientes e oferecido por parceiros. Há uma imensa oportunidade para este
segmento do mercado e ela é pouco aproveitada, gerando uma alta expectativa
da plataforma sair do papel e se tornar uma das mais promissoras Startups no
seu ramo.
67
5. DESENVOLVIMENTO – PROPOSTA DE SOLUÇÃO
68
previsto no desenho do projeto desde o início. Vale ressaltar que a inclusão dos
serviços será oferecida, porém a taxa de administração não será cobrada, uma
vez que a premissa do projeto é a cobrança de taxa de estacionamento e não
dos serviços prestados, sendo transferidos integralmente para o fornecedor
destes serviços adicionais.
69
Figura 4 – Framework da Plataforma Revisado
70
Após o preenchimento destas informações, o cliente locador envia as
fotos de toda a sua instalação desde vagas até as áreas de serviços que serão
prestados (caso se aplique).
Após o recebimento das informações enviadas pelo cliente locador, a
plataforma avalia se a área é elegível para locação. Caso atenda estes
requisitos, a plataforma publicará a vaga e serviços do locador.
Caso a instalação não seja elegível, o locador recebe da plataforma um
feedback dos pontos não atendidos para uma futura adequação.
Visão da Plataforma:
O principal valor da plataforma é a interação entre cliente usuário e locador,
pois a plataforma sempre será o centro destas ações, para garantir que as regras
e condições definidas entre ambos e a plataforma sejam cumpridas.
A plataforma possui um database que gestiona dois tipos de interface:
Quantitativa: Número de vagas disponíveis na região, tipos de
vagas (coberta, não coberta) e preço de acordo com cada tipo.
Qualitativa: Nota de Satisfação do Cliente Usuário.
Para o Locador, a nota de satisfação abrange a informação fidedigna das
instalações utilizadas e qualidade dos serviços prestados.
Mesmo que a plataforma não cobre nenhuma taxa adicional por serviços
prestados, cabe também a plataforma receber a avaliação qualitativa destes
serviços, pois estas notas serão determinantes para a disponibilidade e
manutenção do link relacionado a serviços na plataforma.
Para o Cliente Usuário, a nota de satisfação abrange a manutenção da
vaga e das instalações utilizadas por ele durante a estadia.
Pagamento:
Todos os pagamentos dos serviços oferecidos pela plataforma serão
através de cartão de crédito cobrando uma taxa total máxima de 15%, sendo 3%
cobrados para o Locatário e uma média de 6 a 12% para os clientes usuários.
Os demais 85% serão transferidos para a Conta Corrente do locador 3 dias úteis
após o checkout do cliente usuário.
71
Na medida que os clientes usuários se fidelizem utilizando mais a
plataforma, a taxa de administração reduzirá. Também serão fornecidos pela
plataforma cupons de desconto para fidelização e/ou captação de novos clientes.
De acordo com a análise financeira a média de cobrança usual será de 9%.
72
5.2.2 Viabilidade Operacional
No intuito de viabilizar operacionalmente o projeto, verificou-se a
necessidade de uma estrutura inicial, que atenderá o primeiro ano do negócio
que proporcionasse a aplicação de sua estratégia inicial.
A estrutura necessária, inicial, será extremamente simples e composta por
um time estruturado que proporcione o desenvolvimento operacional do negócio,
implementação de suas estratégias comerciais, de marca, divulgação da
plataforma, monitoramento do uso e funcionamento da plataforma, manutenções
necessárias de versões do website e aplicativos e atendimento ao cliente.
Uma sala comercial com, no mínimo 16m², três mesas com computadores
e uma impressora, montando uma estrutura de SAC (Serviço de Atendimento ao
Consumidor), para atendimento exclusivo por ligação e via chat direto pelo app.
Será definido um horário fixo para responder dúvidas, reclamações e sugestões.
Quando estas forem recebidas fora do horário comercial serão direcionadas para
um servidor e respondidas em seguida. Estes profissionais deverão ter noções
de informática e telemarketing para solucionar situações dos clientes parceiros
e usuários. A tabela 4 apresenta o detalhamento da estruturação do time
operacional inicialmente necessários.
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Tabela 4 – Estruturação do time operacional
Cargo Qtd Atribuições
Controlar atividades da empresa, garantir o funcionamento e
Gerente Geral 1
entrega de resultados da unidade e gerir os resultados financeiros.
Orientar e acompanhar as atividades das áreas de atendimento,
Coordenador
1 suas performances, percepção do cliente e intercorrer em
Operacional
eventuais problemas.
Analista Executar plano de captação de clientes e implementação da marca
1
Comercial no mercado.
74
5.2.3 Viabilidade Estratégica
A estratégia inicial será atender operações turísticas, uma vez que
observado, analisado e destacado nas entrevistas realizadas com as principais
empresas do mercado. Por meio dos relatos, identificamos que a maior dor
destas empresas está concentrada nesse tipo de operação, uma vez que nas
operações regulares o setor, de uma forma geral, já possui parcerias diretas
entre as empresas.
Uma vez que já existe esta tecnologia de criação do aplicativo por
geolocalização. Após pesquisa realizada com empresas que representam quase
80% do mercado de transporte interestadual de passageiros no Brasil, vimos que
seria bem aderente, principalmente para o serviço de Turismo destas empresas.
No segmento linhas regulares de transporte de passageiros, as empresas
esbarariam na resolução n° 5285 de 09 de fevereiro de 2017 da ANTT que no
seu artigo 3° diz que no esquema operacional do serviço prestado pela empresa,
ela tem que comprovar os pontos de apoio que possui de 400 em 400
quilômetros. Será que a ANTT aceitaria a comprovação através de um
aplicativo? Esta é uma barreira que deverá ser vencida com esta ideia disruptiva
que certamente reduzirá os custos operacionais e trará receitas acessórias para
as empresas de transporte de passageiros.
Enquadramento Tributário
O negócio começa no enquadramento da lei do Simples Nacional,
passando pelo Lucro Presumido e Lucro Real de acordo com a evolução da
receita do negócio, como tabela abaixo:
76
Será dado de acordo com a seguinte equação matemática (VA x D x
(C+TA) x (1+CD), onde:
VA: Valor de Aluguel a ser pago pelo cliente final;
D: Demanda estimada do volume de negócios;
C: Comissão sobre o serviço prestado pelo parceiro (Proprietário da garagem);
TA: Taxa de Administração cobrada do cliente consumidor (Proprietário dos
ônibus);
CD: Crescimento de demanda.
A Tabela 7 demonstra o percentual a ser cobrado parceiro e cliente final,
tendo como premissa do cenário realista a média das comissões e taxas
praticadas pela Booking.com, com deflator de 10% para o cenário pessimista e
aumento de 1 p.p na taxa de administração cobrada do cliente no cenário
otimista.
Tabela 7 – Base de Receitas
Base de Receita
Taxa dos serviços Pessimista Realista Otimista
Comissão sobre serviço prestado pelo parceiro 2,70% 3,00% 3,00%
Taxa de Administração cobrada do Cliente Final 8,10% 9,00% 10,00%
Fonte: Elaborado pelos autores.
77
A Tabela 9 demonstra a quantidade de diárias estimada para o início das
operações, com base na frota cadastrada na ANTT – Agência Nacional de
Transporte Terrestres (62 mil veículos), e utilização de 22 diárias por mês para
início da operação, considerado para o cenário pessimista o atingimento de
0,14% do mercado, 0,15% para o cenário realista e 0,18% para o cenário
otimista.
Se estima um mercado maior do que a referência da ANTT, já que existem
frotas cadastradas em agências estaduais e municipais que não são
mensuradas pela esfera federal.
78
sendo utilizado o mesmo critério de deflator e incremento utilizado para a
atualização de demanda nos cenários das grandes cidades.
Custos e Investimentos:
Os custos de um negócio são os custos atrelados a tudo que a empresas
gasta para prestar o serviço final ao cliente. Temos os custos que são
classificados como diretos (são utilizados no produto final do negócio) e
os indiretos que o cliente nem vê (energia, água, lubrificantes para
máquinas).
No caso dos investimentos, ele é os gastos realizados com o objetivo de
trazer retorno financeiro ou melhorar a imagem da empresa. Ele sempre
tem a intenção de trazer retorno como compra de equipamentos para
aumentar as vendas por exemplo.
A seguir, o detalhamento de algumas premissas que utilizamos para
mensurar e detalhar os custos e investimentos deste projeto.
Custo com pessoal:
O estudo comtempla uma estrutura necessária para manter um negócio
que terá ganho de escala, onde nos primeiros anos representa boa parte da
receita, e com o crescimento do negócio, a representatividade será
significativamente menor quando comparada ao início da operação.
Outros Gastos:
Estão sendo considerados custos estruturais como água, energia,
aluguéis, transmissão de dados, assessoria contábil/tributária, Limpeza e
impressos. Destacamos as rubricas de Propaganda e custo com informática
(servidores), que juntas representam mais de 70% dos custos do negócio
quando este estiver em sua maturidade.
Investimentos:
79
Nesta peça prevemos a implementação de reformas na sede
administrativa, mobiliário, despesas pré-operacionais, computadores, e
destacamos a criação de um software/plataforma para rodar a operacionalização
do negócio.
Resultados:
Os resultados econômicos de uma empresa são demonstrados através de
uma planilha denominada Demonstração de Resultado ou mais
conhecimento como Demonstração do Resultado do Exercício – DRE.
Ele tem o objetivo final de demonstrar se no período desejado (mensal,
bimestral, semestral ou anual) foram atingidos, ou seja, se o negócio deu
lucro ou prejuízo.
Com base nas premissas descritas acima, apresentamos o resultado
econômico e financeiro:
Cenário pessimista:
Este cenário apresenta resultado econômico com prejuízo até o quarto
ano, pois os custos fixos são maiores do que o volume receita gerada pelo
negócio, como demostrado abaixo na tabela Resultado Econômico.
80
Tabela 13 – Resultado Financeiro e
Necessidades de Recursos (Cenário Pessimista)
Resultado Financeiro em 10 anos Necessidade de Recursos
Taxa de Desconto 6% Capital próprio 100.000
VPL 3.446.756 Empréstimo K-Giro 4.200.000
TIR 18% Prazo Empréstimo 24
PAYBACK Ano 8 Taxa a.m 1,20%
Fonte: Elaborado pelos autores.
Cenário realista:
Este cenário também apresenta resultado econômico com prejuízo até o
quarto ano, pois da mesma forma do que o cenário pessimista, os custos fixos
são maiores do que o volume receita gerada pelo negócio, porém o resultado
negativo no último ano de prejuízo é menos acentuado no que demonstrado no
cenário pessimista, como pode ser observado abaixo na tabela Resultado
Econômico.
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Tabela 15 – Resultado Financeiro e
Necessidades de Recursos (Cenário Realista)
Resultado Financeiro em 10 anos Necessidade de Recursos
Taxa de Desconto 6% Capital próprio 100.000
VPL 20.537.319 Empréstimo K-Giro 3.400.000
TIR 52% Prazo Empréstimo 24
PAYBACK Ano 6 Taxa a.m 1,20%
Fonte: Elaborado pelos autores.
Cenário otimista:
como pode ser observado abaixo na tabela Resultado Econômico, este
cenário apresenta resultado econômico com prejuízo até o terceiro ano, pois os
custos fixos se mantêm próximos ao dos cenários anteriores, com maior volume
de receita.
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Tabela 17 – Resultado Financeiro e
Necessidades de Recursos (Cenário Otimista)
Resultado Financeiro em 10 anos Necessidade de Recursos
Taxa de Desconto 6% Capital próprio 100.000
VPL 57.748.333 Empréstimo K-Giro 2.700.000
TIR 91% Prazo Empréstimo 24
PAYBACK Ano 5 Taxa a.m 1,20%
Fonte: Elaborado pelos autores.
84
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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dinamismo para as empresas de transporte regular, além de maior usabilidade
da plataforma.
Outra limitação observada trata-se de eventuais parceiros que utilizarem
a plataforma para elevar a exposição de suas vagas e, ao longo do tempo,
montarem suas próprias carteiras de clientes captadas por experiências
proporcionadas pela própria plataforma e incentivá-los a realizar futuras reservas
diretas, sem o uso da plataforma. O modelo de negócio precisará motivar o
cliente/usuário, por meio de estratégias que tragam maior conforto e confiança,
a utilizar a plataforma para encontrar e reservar suas vagas.
Uma tendência que poderá ser observada nos primeiros anos de
funcionamento da plataforma é o interesse pelo modelo de negócio por outros
nichos de mercado. Podem surgir empresas que não fazem parte do setor de
transporte de passageiros, que poderão disponibilizar seus espaços e serviços
para ônibus. Empresas como transportadoras, armazéns logísticos, redes de
estacionamentos que poderão adaptar uma parte de suas áreas para atender
esse público, dentre outros.
O negócio, futuramente, poderá explorar outros mercados e incluir na
plataforma vagas de estacionamento para transportadores e vagas para carros
de passeios de forma a atender, também, formatos de negócios em B2C
(Business to Consumer) e C2C (Consumer to Consumer), porém será necessário
um estudo detalhado de viabilidade.
O projeto proporcionou para seus autores entender toda a dinâmica do
mercado estudado, obter conhecimento prático e inicialmente, básico, do
funcionamento tecnológico por trás de uma plataforma digital e o mais importante
(reconhecido por todos do grupo), entender que a ideia inicial não é um fator fixo,
ela se adapta na proporção em que o, até então, desconhecido torna-se
conhecido de forma a desenvolver o aprendizado e consequentemente
remodelar a ideia para melhor entrega de resultado.
86
REFERÊNCIAS
87
COSTA, Luís. LIMEIRA, Andréia. GONÇALVES, Hiram. CARVALHO, Ueliton.
Análise econômico-financeira de empresas, 3ª Ed. Rio de Janeiro, FVG
Editora, 2011.
88
GABRIEL, Lucas. Plano de Marketing: o guia completo para criar o seu,
2019. Disponível em: < https://rockcontent.com/blog/como-fazer-um-bom-plano-
de-marketing/ >. Acesso em: 2019 Fev. 2019.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6 ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
89
KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 1994.
90
Relatórios Digitais. Marketing Digital, disponível em
<https://resultadosdigitais.com.br/marketing-digital/> Acesso em 18 de janeiro de
2019.
Revista Brasileira de Administração Científica, Aquidabã, v.5, n.1, Jan, Fev, Mar,
Abr, Mai, Jun 2014, disponível em < http://www.sustenere.co/journals/>
Valor Econômico. Maioria das empresas fecha as portas após cinco anos,
diz IBGE. Disponível em: <https://www.valor.com.br/brasil/5144808/maioria-
das-empresas-fecha-portas-apos-cinco-anos-diz-ibge> Acesso em 10 jan. 2019.
91
APÊNDICE
Guilherme (Pretti) – 4
Virgílio (VAB) – Aproximadamente 40
Barrera (Gontijo) – Aproximadamente 70
Fábio (JCA) – Aproximadamente 30
Paulo Gomes (JCA) – 35
92
A cobertura é parcial, apenas para a parte administrativa e para os locais onde
são feitas as manutenções. O pátio de estacionamento dos veículos é
descoberto.
Na maioria há um vigia 24h, porém pode acontecer de haver apenas um
funcionário da limpeza ou algum funcionário de manutenção de plantão. Em
casos isolados, há garagens que não há necessidade de vigilância pois o índice
de violência é baixo.
93
7 – A empresa possui alguma dificuldade em estacionar seus veículos em
garagens seguras que ofereçam serviços básicos fora da região de suas
garagens próprias?
Guilherme (Pretti) – Sim. Hotéis não permitem que o ônibus seja estacionado em
suas dependências, sendo assim é necessário buscar estacionamentos em
locais diferentes. No Espírito Santo contamos com a parceria das empresas do
Estado que cobram um valor irrisório para estacionamento e prestação de
serviços, pois não há o objetivo de ganho de receita. Em cidades pequenas é
fácil estacionar, porém o motorista precisa buscar um estacionamento que não
são pré-definidos. Nos grandes centros os estacionamentos podem estar lotados
causando transtornos.
Virgílio (VAB) – Não soube informar.
Barrera (Gontijo) – Não, pois tem boas parcerias negociadas com outras
empresas.
Fábio (JCA) – Não soube informar.
Paulo Gomes (JCA) – Não, pois já há uma rede de contatos.
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local seguro seria interessante. Além de usar uma plataforma única através de
um aplicativo.
Paulo Gomes (JCA) – Sim, dependendo das condições comerciais. Mas a
facilidade de acesso a um sistema digital e ter contato através de uma plataforma
única seria interessante.
11 – Se for para fora da sua região de atuação, este custo aumenta em quanto?
O custo total pode aumentar, porém como o preço de venda aumenta devido à
distância, este custo acaba diminuindo proporcionalmente.
95
12 – Pensando no “Bus Park” como uma realidade, este modelo de plataforma
geraria algum interesse na sua empresa em utilizá-lo?
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serviços diversos como suporte administrativo, além de alimentação e
hospedagem.
Fábio (JCA) – Considere tudo que já foi dito anteriormente.
Paulo Gomes (JCA) – Penso que é uma boa iniciativa, pois todas as empresas
têm disponibilidades em suas garagens, porém o contato comercial direto é
difícil. Com uma plataforma digital única de utilização pública, tudo ficaria mais
simples.
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