Metodos de Pavimentacao
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ARAÚJO, Marcelo Almeida; et. al. Análise Comparativa de Métodos de Pavimentação – Pavimento
Rígido (concreto) x Flexível (asfalto). Revista Científica Multidisciplinar Núcleo Do Conhecimento,
ANO 1. VOL. 10, Pp. 187-196. Novembro de 2016 - ISSN.2448-0959
Resumo
Este artigo tem o objetivo de comparar o Pavimento Rígido – Concreto com o Pavimento Flexível –
Asfalto, estudando qual é a metodologia adotada para a escolha da implantação do Pavimento Flexível
em relação ao Pavimento Rígido, sendo o Pavimento Flexível o tipo de pavimentação predominante,
considerando que o Pavimento Rígido tem uma maior durabilidade e eficiência para o rolamento de
veículos, principalmente os veículos pesados. Sabendo que a pavimentação nas estradas brasileiras é
uma forma de integração social, econômica, cultural e/ou política e essas estradas fazem parte do
desenvolvimento de regiões, a implantação de um pavimento adequado e de qualidade é imprescindível
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Problema Apresentado
Em quais situações a utilização do Pavimento Rígido é mais viável temporalmente e economicamente que
o Pavimento Flexível?
Hipóteses levantadas
O pavimento rígido em concreto é recomendado para vias de tráfego pesado e corredores de ônibus
(BRT). A sua construção apresenta um custo maior em comparação ao asfalto.
O pavimento flexível é o mais usado para qualquer tipo de rodovia, esse tipo de pavimento permite a
união dos materiais agregados, ele pode ser combinado com a borracha de pneus moídos, além de
permitir a reutilização de diversos materiais por meio da reciclagem.
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, 80,3%, ou seja, mais de 1,3 milhão de km das estradas não são pavimentadas, as estradas
municipais são as que dispõem de menos pavimentos. A viabilidade econômica é o grande entrave para a
execução e conclusão de pavimento nas cidades brasileiras. O pavimento rígido (concreto) e flexível
(asfalto) são os tipos de pavimentos mais utilizados no sistema viário brasileiro.
Os pavimentos flexíveis em sua maioria são associados às misturas asfálticas compostas basicamente de
agregados e ligantes asfálticos. Este tipo de pavimento é uma das soluções mais tradicionais e utilizadas
na construção e recuperação de vias urbanas, estradas e rodovias.
Na maioria dos países, a pavimentação asfáltica é a principal forma de revestimento. O mesmo acontece
no Brasil, mais de 95% das estradas foram pavimentadas com material asfáltico.
São diversas as razões para o uso intensivo do asfalto em pavimentação. O concreto asfáltico proporciona
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forte união dos agregados, permite flexibilidade controlável, é impermeável, de fácil aplicação e
manuseio quando aquecido. Já as vantagens da pavimentação em concreto é a grande resistência a
deformações, distribuição eficaz das tensões, maior resistência à abrasão, alta aderência do pneu, ótima
refletividade (ideal para condução noturna), alta taxa de segurança (menor risco de aquaplanagem, por ter
melhor aderência) e alta vida útil, sendo de aproximadamente 30 anos, mais que o dobro do pavimento
asfáltico. O pavimento rígido em concreto também sofrerá menos intervenções de manutenção ao longo
de sua vida útil.
2. JUSTIFICATIVA
O transporte rodoviário é o meio de transporte mais utilizado no Brasil, seja em estrada de barro -
cascalho, pedra – paralelepípedos, estrada concretada – Pavimento Rígido e estrada asfaltada – Pavimento
Flexível, seja qual for o acesso, seja a mercadoria, medicamentos, transportes vindos pelo ar, mar e
ferrovia, é sempre pela estrada o destino final de qualquer pessoa, produto e mercadoria.
Das metodologias utilizadas para o melhor rolamento de veículos nas estradas, o pavimento de concreto -
Rígido e o pavimento asfáltico – Flexível sé o mais utilizado, porém, a soberania do pavimento Flexível
em relação ao Pavimento rígido é visivelmente percebida pelas estradas brasileiras, não há uma
metodologia que explique a soberania da implantação do Pavimento Flexível, mas a comparação de
ambos os pavimentos é inevitável.
3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
Comparar os principais impactos relacionados à utilização entre os tipos de pavimentos Rígido (concreto)
e o Flexível (asfalto) na implantação de estradas brasileiras, com foco na durabilidade e viabilidade
econômica.
3.2 ESPECÍFICOS
- Verificar qual o tipo de pavimento mais viável para vias de transporte misto;
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- Apresentar dados comparativos nos aspectos econômicos, temporais e produtivos dos dois tipos de
pavimentos;
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A pavimentação vai evoluindo junto a evolução dos veículos, o Brasil utilizava pavimentos de Lajes de
Pedra, sendo a Estrada de rodagem União e Indústria (144km) ligando Petrópolis a Juiz de Fora (foto) –
primeira estrada a usar macadame como base/revestimento no Brasil, após o século XX, com a evolução
tecnológica dos veículos automotivos, o Pavimento Flexível passou a ser adotado como o principal
pavimento das estradas brasileiras, na atualidade, o Brasil é o País que possui a menor extensão de
pavimentação da América Latina.
Uma estrada pavimentada corretamente apresenta a superfície regular e mais aderente aos pneus
utilizados nos meios de transporte, proporcionando, assim, menores riscos quanto à perda de controle do
veículo e garantindo a resposta a qualquer necessidade de frenagens ou desvios repentinos.
As camadas do pavimento rodoviário têm diversos agregados, cada um deles exigindo características
tecnológicas específicas. Para os agregados destinados à produção de concreto de cimento Portland
destinado para as obras de pavimentação rígida, são exigidas condições especiais que diferem daquelas
adotadas para concreto e edificações, ponte e outros tipos de estruturas. É necessário que o concreto
utilizado na pavimentação resista à tração, menores variações volumétricas, menor suscetibilidade à
fissuração e elevada durabilidade a ação do meio ambiente e a ação abrasiva do tráfego.
O pavimento rígido pode ser definido como aquele que apresenta uma camada de revestimento com uma
rigidez superior às camadas inferiores, absorvendo praticamente todas as tensões provenientes das tensões
e deformações da placa. O modelo de pavimentação rígida baseia-se na implementação de cimento como
aglomerante hidráulico para interligação dos agregados envolvidos no concreto. Sendo a placa de cimento
seu principal componente estrutural.
O pavimento rígido tem uma maior durabilidade e resiste às ações do tempo, sem precisar de manutenção
e com o tempo ele vai ganhando mais resistência. Compondo sua estrutura basicamente de Sub-Base (SB)
- Pouca contribuição Estrutural - Controle de bombeamento / expansão / contração - Concreto de
Cimento.
O pavimento flexível sofre patologias como, por exemplo: a deformação por conta do óleo diesel
(solvente para asfalto) e excesso de carga, derramada por veículos e a frenagem dos mesmos e amolece
sob o efeito do calor e chuva.
Embasado nos dados referente aos tipos de pavimento estudado é possível compará-los em todos os
níveis e pontos abordados, obtendo uma comparação sólida sem o aspecto cultural envolvido, a aplicação
do pavimento asfáltico é predominante em comparação à pavimentação de concreto.
Em relação à distribuição dos esforços: O Pavimento Rígido: Placa absorve maior parte das tensões,
distribuição das cargas faz-se sobre uma área relativamente maior, qualidade de solo pouco interfere no
comportamento estrutural pouco deformável e mais resistente à tração; Já o Pavimento Flexível: A carga
se distribui em parcelas proporcionais à rigidez das camadas, todas as camadas sofrem deformações
elásticas significativa, as deformações até um limite não levam ao rompimento, a qualidade do solo é
importante, pois é submetido a altas tensões e absorve maiores deflexões. Como mostra a figura 01.
Os cuidados adotados com o pavimento rígido são necessários a fim de manter a serventia e qualidade da
estrutura, prolongando a vida útil mantendo a segurança e características de projeto. Há, a partir do
dimensionamento do pavimento, diretrizes de utilização deste pavimento, levando em consideração o tipo
de carga que ele suportará e o tráfego ao qual atenderá, garantindo a segurança e o conforto ao usuário.
Defeitos no pavimento de concreto provêm, na maioria das vezes, de falhas executivas ou dos materiais
empregados, criando uma necessidade, além do rigoroso controle de qualidade na construção, de
realização de manutenções rotineiras. Como parte integrante desta manutenção, há a inspeção visual do
pavimento para avaliação de defeitos existentes. Esses defeitos são interpretados pelo tipo e severidade ao
serem observados de acordo com normatização existente criada pelo DNIT. Com base nos dados obtidos,
é calculado o Índice de Condição do Pavimento – ICP, indicando a necessidade ou não da realização de
serviços de recuperação e como procedê-los.
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Para o Pavimento Flexível, os principais motivos pelos quais aparecem degradações são devidos ao
desgaste pelo tempo de uso da via e cargas excessivas aplicadas sobre ele.
Ao comparar os Pavimentos Rígidos e Flexíveis, conclui-se que os dois tipos de pavimentos são viáveis
para a implantação nas Estradas Brasileiras, sendo o Pavimento Rígido o mais propício a estradas com
maior intensidade de carga, porém, ficou claro que isso não é uma regra para a Pavimentação, pois, os
pavimentos são escolhidos, além do aspecto econômico, de acordo com a característica e a cultura do
local, Principalmente pra um país extenso e de características diversas, como os diferentes tipos de solo e
situações climáticas, esta análise comparativa não propõe uma substituição do Pavimento Flexível pelo
Pavimento Rígido e sim propor uma outra opção de forma construtiva, mesmo levando em consideração
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ao tempo de vida útil dos dois pavimentos e a predisposição a fadiga e manutenção mais na sua vida útil.
Para uma análise mais profunda desta comparação, seria imprescindível a exposição dos dois tipos de
pavimento as mesmas condições de intempéries locais iguais para ambos e o fluxo de veículos também, e
nesse aspecto o concreto apresenta uma vida útil bem superior ao asfalto e uma menor probabilidade de
apresentação de defeitos, o que podia favorecer sua escolha, porém, não acontece. Geralmente a
pavimentação rígida tem custo-benefício melhor devido à pequena necessidade de manutenção dentro do
período de vida útil do pavimento que é notavelmente maior que a vida útil do pavimento flexível.
REFERÊNCIAS
ABNT (1992) NBR 7207 Utilização do Pavimento. Especificação. Acesso em: 08 de janeiro de 2015.
DNIT. Manual de drenagem de rodovias. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infra-
Estrutura de Transportes. 2006. Acesso em: 08 de janeiro de 2015.
http://oglobo.globo.com/brasil/no-brasil-80-das-estradas-nao-contam-com-pavimentacao-13710994.
Acesso em: 12 de janeiro de 2015.
MACEDO, Wagner. Relatório do 2º Simpósio sobre Obras Rodoviárias – RODO 2002. Acesso em: 12 de
janeiro de 2015.
MORILHA Jr, Engº Armando e Engº Marco Rogério Greca (Agosto/2003). Apostila da empresa GRECA
, Asfaltos. Acesso em: 12 de janeiro de 2015.
[2] Graduada em Urbanismo na Universidade (UNEB - BA) no Ano de 2005 /2010 também Graduada em
Engenharia Civil na Universidade (ESTACIO DE SÁ - BA ) no Ano de 2010/2015 e é Pós Graduando em
Engenharia Rodoviária pela ( ESCOLA DE AGRIMENSURA - BA ) no Ano de 2015/2016.
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[4] Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz
(2004). Atualmente é professor assistente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Assumiu por
um ano e meio a pro reitoria de graduação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Experiência
em Gestão Pública, assumiu por dois anos cargo como Secretária Municipal de Saúde (2009) e Secretária
Municipal de Educação (2010).