Apostila Equipamentos de Operação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE FORMAÇÃO DE PLATAFORMISTA

CURSO DE FORMAÇÃO PLATAFORMISTA


(CFP)

Módulo 12

EQUIPAMENTOS DE
OPERAÇÃO

Engo Francisco Francilmar Fernandes

Fevereiro - 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE FORMAÇÃO DE PLATAFORMISTA

SUMÁRIO

1. Introdução
2. Tubos
2.1. Tubos de produção
2.2. Tubos de perfuração
2.3. Coluna de operação
2.4. Coluna de trabalho
2.5. Coluna de lavagem
2.6. Comandos (DC’s)
3. Hastes
4. Obturadores de produção
4.1. R3-SG
4.2. R3-DG
4.3. AD-1
4.4. K2 DG
4.5. FH
4.6. AR-1
4.7. B tanden tension
4.8. E/EA
4.9. Tubing anchor
4.10. Ancora de torque
5. BPR
6. BPP
7. Outros equipamentos
7.1. Raspador
7.2. Sub-broca
7.3. Luva denteada
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1. INTRODUÇÃO

Os equipamentos de produção, também chamados de equipamentos de sub-superfície,


como o nome já sugere são uma das partes vitais no trabalho de perfuração assim como em
qualquer intervenção de uma sonda em um poço de petróleo.
Assim torna-se fundamental o conhecimento específico e detalhado desses
equipamentos, pois tais equipamentos são responsáveis por toda a operação de sub-superfície,
ou seja, tudo aquilo que acontece no interior do poço, em que não podemos visualizar nada,
apenas confiar nos equipamentos e conhecer detalhadamente o seu funcionamento para poder
acioná-los de maneira remota.
Para o completo conhecimento de tais equipamentos, torna-se necessário a prática, ou
seja, a vivência desses equipamentos assim como o trabalho rotineiro aliado a teoria que
iremos aprender nesse curso.
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2. COLUNAS DE TUBOS
2.1. Colunas de produção (tubing)
São as colunas usadas para equipar os poços permitindo escoar a sua produção.
Quanto ao diâmetro nominal são usados: 2 3/8, 2 7/8 e 3 ½”.
São utilizados tubos com conexão NU (non upset) em poços de produção de óleo ( ou
injeção de água) rasos e sem agentes agressivos (H2S,CO2,etc.). Em poços profundos, utiliza-
se o tipo EU (external upset), que tem um reforço extra na conexão. Para poços agressivos,
utiliza-se a conexão TDS (tubing double seal). Quanto ao diâmetro, dependerá basicamente da
vazão da produção (ou injeção) do poço e do revestimento ou liner dentro do qual o tubo
esteja, tal limitação causada pelo diâmetro externo (OD) da luva.
Normalmente, utilizam-se tubos de 2 3/8” ou 2 7/8” em liners de 5 1/2”, tubos de 3
1/2” em liners de 7” e 7 5/8” e tubos de 4 1/2” ou 5 1/2” em revestimento de 9 5/8”. Esta
limitação de diâmetro é devida ao fato de, se por caso ocorrer uma prisão de coluna, seja
possível descer uma sapata de lavagem, entre o espaço anular x revestimento (ou liner), com
o objetivo de liberá-la e posterior equipamento de pescaria para retirá-la do poço.

Quanto ao grau de aço as mais utilizadas são as J-55 e as N-80. Em alguns casos
utilizamos colunas com luvas bizeladas (completação dupla) e eventualmente alguns poços
são equipados com Colunas de junta integral ( ex.: 2 3/8” DSS-HT).
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Consultar as tabelas do A.P.I. para obter os dados técnicos das mesmas como
diâmetro interno, resistência à tração, resistência à pressão interna e externa e diâmetro
externo das luvas.
OS PESOS UNITÁRIOS UTILIZADOS SÃO:
2 3/8” NU – 4.6 lb / ft
2 3/8” EU – 4.7 lb / ft
2 7/8” NU - 6.4 lb / ft
2 7/8” EU – 6.5 lb / ft
3 ½” NU – 9.2 lb / ft
3 1/2” EU – 9.3 lb / ft
As principais características dos tubos de produção utilizados na E&P – UN-BC/BA.
São mostrados abaixo:
2 7/8” EU 3 1/2” EU 4 1/2” EU
Grau do aço: N – 80 N – 80 N – 80
Peso : 6,5 lb/pé 9,3 lb/pé 12,75 lb/pé
ID : 2,441” 2,992” 3,958”
Driff : 2,347” 2,867” 3,833”
OD da luva : 3,668” 4,500” 5,563”
Colapso : 11160 psi 10530 psi 7500 psi
Pressão interna : 10570 psi 10160 psi 8430 psi
Tração : 144960 lbf 202220 lbf 288040 lbf
Torque : 2800 lbf.pé 3200 lbf.pé 4000 lbf.pé
Capacidade : 0,0190 bbl/m 0,0286 bbl/m 0,0500 bbl/m
Deslocamento: 0,0074bbl/m 0,0105bbl/m 0,0146bbl/m

2.2. Coluna de perfuração (drill pipi):


São os tubos utilizados na perfuração, possuem vários diâmetros, os mais usados são
os de diâmetro 2 3/8”If, 6.5 lb/pé, grau “G” ou 2 7/8” IF, 10.4 lb/pé, grau G ou E, que
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também são utilizados nas intervenções de SPT’s em pescarias programadas ou em


condicionamento de poços prolongados;
2.3. Coluna de operação:
Normalmente é uma coluna de 2 7/8” EU, 6.5 lb/pé, grau N-80 nova ou semi-nova,
que é utilizada para efetuar as operações especiais e pistoneio do poço. É um lote de tubos
separados dos tubos que equipam o poço. Tais tubos são sempre limpos e inspecionados para
que possam ser reaproveitados o máximo possível;

2.4. Coluna de trabalho:


Normalmente é uma coluna de 2 7/8” EU 6.5 lb/pé que é utilizada para condicionamento
dos poços ( corte de cimento e limpezas de fundo etc.). Na verdade deveria ser uma coluna de
drill pipe – DP, porém, para economizar manobras e transporte, raramente esta coluna é
utilizada para esta finalidade;
Coluna de lavagem:
São tubos utilizados nas operações de pescaria quando necessitamos lavar o peixe, ou
seja, limpar o espaço existente entre o revestimento e a coluna de tubos ou equipamento que
esteja preso no poço.
Podem ser de vários diâmetros, sendo limitados pelo revestimento. Os mais usados são
os de 4 1/2” hydril FJ-WP para revestimentos de 5 1/2” O.D. e 5 1/2” hydril FJ-WP para
revestimento de 7” O.D.
2.5. Comandos (DC’s):
Os comandos utilizados nos trabalhos de completação e workover geralmente são de 3
1/2” O.D. x 2 3/8 IF para revestimento de 5 1/2” O.D. e de 4 1/8” O.D. x 2 7/8” IF para
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revestimento de 7” O.D. Erroneamente as vezes são utilizados comandos de 3 1/2” em


revestimentos de 7” O.D.
Eventualmente pode-se utilizar comandos de 4 3/4” O.D. em revestimento de 7” ou 9
5/8” O.D.
3. Coluna de hastes
São usadas em poços que necessitam de um sistema de bombeio para transportar o
petróleo do fundo do poço. Os Métodos de bombeio mecânico mais usados são:

UB – Bombeio Mecânico BCP – Bombeio de Cavidades Progressivas

As hastes têm a função de transmitir o movimento da unidade de bombeio (BCP ou


UB) à bomba. As hastes utilizadas têm um diâmetro nominal de ½”, 5/8”, 7/8” e 1". Podem
ser utilizadas colunas com diâmetros combinados.
São fabricados em diversos tipos de materiais, visando os diversos tipos de ambientes
agressivos em que podem trabalhar, são classificadas quanto ao seu grau que pode ser: "C",
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"D", PLUS ou "K". e cada especificação dessa é refefrente aum conjunto de características da
haste, como tensão de ruptura, a tensão de ruptura dos graus C e D são respectivamente de
90.000 lb, K=85.000 lb e a PLUS=155.000. Tem um tamanho padrão de 25 ou 30 pés são
rosqueados em ambas as extremidades, sendo enroscada em uma das extremidades.

As hastes exigem alguns cuidados especiais para o seu transporte e manuseio, vamos cita aqui
alguns:
- Manuseá-las de maneira a não causar empenamentos, mossas ou danos nas
roscas, empenos ou torções;
- Só retirar os protetores de rosca na hora de utilizar as hastes;
- Não armazenar as mesmas no solo da área, devem ser armazenadas em
estaleiros (vários cavaletes) de maneira a não formar barriga, e próximo do local de uso
(cabeça do poço);
- Não armazenar ou jogar equipamentos pesados sobre elas;
- Não martelar as conexões;
- Evitar montar as roscas das mesmas;
- Limpar as roscas antes das conexões;
- Eliminar as hastes maiores de 7m ( estão alongadas);
- Tração máxima por tipo de haste (para não deforma-la):
Diâmetro – Tração máxima
5/8" - 18.500
3/4" - 26.500
7/8" - 36.000
1" - 47.100
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HASTE POLIDA: É a última haste instalada na coluna de haste e conectada ao cabresto da


unidade de bombeio ou ao cabeçote do BCP. São feitas de aço inox ou em aço carbono com
banho de cromo, devido a necessidade de vedação entre o interior do poço e a superfície. Seu
diâmetro pode ser de, 1", 11/8, 11/4 e 11/2" e o seu comprimento pode variar a depender do
diâmetro de 8 a 22 pés.
Abaixo segue o desenho esquemático de uma haste de bombeio para um melhor
entendimento de todas as partes que a compõe.
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4. Obturadores de produção
É um equipamento vital para se obter êxito nas operações em um poço de petróleo
com segurança e eficiência operacional. Tem múltiplas funções:
1. Serve para compor a primeira barreira mecânica de segurança de espaço anular,
2. Protege o revestimento (acima dele) contra pressões da Formação e fluidos
corrosivos;
3. Possibilita a injeção controlada de gás, pelo anular, nos casos de elevação
artificial por gás lift;
4. Permite a produção seletiva de várias zonas por uma única coluna de produção
(com mais de um packer).
Eles podem ser recuperáveis ou permanentes. São chamados de recuperáveis quando
podem ser usados por muitas e muitas vezes, bastando apenas realizar uma manutenção na
oficina especializada. Os permanentes são aqueles que após fixados no poço , só podem ser
removidos através de corte ou destruição dos mesmos.

Elementos básicos de um packer :


- Mandril ;
- Elemento de vedação ( borrachas ) ;
- Cone ( arma as cunhas ) ;
- Cunhas ( arma contra o revestimento ) ;
- Mecanismo de fricção ;
- Mecanismo de fixação ( J para armar ou liberar ) .

Acessórios de um packer : São equipamentos ou mecanismos que alguns obturadores já têm


integrado ao seu corpo ou em outros casos são utilizados em conjunto com eles para
completar a sua função. Os mais comuns são:
Junta de circulação : Permitem circular ou aliviar a pressão confinada com o Packer armado
( assentado) ;
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Hod-down : é um conjunto de cunhas auxiliar utilizada em packer’s à compressão. Sua


finalidade é atuar( armar) quando uma pressão de baixo para cima tender a liberar o packer.
Arma portanto em sentido contrário, evitando a liberação do mesmo ;
Junta de segurança ou m. de assentamento de emergência : são mecanismos colocados em
alguns packer’s com a finalidade de facilitar a sua liberação parcial ou total, em casos de
prisão ou nos casos em que seu mecanismo normal de liberação não estiver atuando. Pode ser
um anel de cisalhamento, uma luva com rosca à esquerda ou rotinas de giros extra associado a
tração ou compressão;
Anéis calibradores : Os chamados “gage e gauge rings”, são as peças de maior diâmetro
externo de um packer. São eles que vão primeiro topar em uma mossa ou restrinção do
revestimento de produção que impeçam a passagem do obturador.

Existem ainda outros acessórios que são utilizados em conjunto com um packer permanente
como:
- locator tubing seal assembly ;
- anchor tubing seal assembly ;
- packer plug etc.

Os principais tipos de packers de produção:


PACKER RECUPERÁVEL
Normalmente de assentamento hidrostático, este tipo de packer é desassentado,
apenas tracionando-se a coluna. Após desassentado, não pode mais ser assentado sem antes
sofrer uma manutenção, já que durante o assentamento e desassentamento há a ruptura de
pinos ou anéis de cisalhamento.
Existem vários tipos e modelos de packers recuperáveis inclusive packers duplos, isto
é, que têm dois “bores”. Este tipo de packer é usado em poços com completação dupla ou
poços equipados com BCS, sendo que neste caso o cabo elétrico passa por um dos “bores”.
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4.1. R-3 SG : é um packer recuperável, simples, mecânico, assentamento à


compressão, possui junta de circulação integrada. Sua finalidade é equipar poços com
baixa pressão.
4.2. R-3 DG : é o mesmo packer anterior com hold-down integrado. Sua função é
idêntica a de um coringa ou seja, tanto pode equipar poços em completação simples
como pode ser o packer inferior de uma completação dupla e ainda é utilizado como
packer de operação.
4.3. AD-1: é um packer recuperável, simples, mecânico e de assentamento à
tração. Sua finalidade é equipar poços de injeção de água. Possui integrado, dois
mecânicos de liberação de emergência: luva à esquerda e anel de cisalhamento.

Packer AD-1

4.4. K-2 DG : é um packer duplo recuperável, ancoragem simples ou dupla, de


assentamento mecânico por aplicação de peso pela coluna curta utilizado para a
produção. Possui hold-hown integrado. Sua finalidade é equipar poços produtores em
completação dupla(ex.: G.L. duplo de Miranga ). Não depende da aplicação de peso
contra o packer inferior para ser assentado, a coluna longa pode estar sob tração ou
sob compressão.
4.5. FH : é um packer recuperável, simples, hidráulico. Possui hold-hown
integrado. Sua finalidade é equipar poços produtores, sobretudo os poços desviados.
Depende de um acessório para o seu assentamento, é um hydro trip pressure sub ou
uma standing valve.
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4.6. AR-1 : é um packer recuperável, simples, mecânico de assentamento à


compressão. É utilizado em completação simples como 2º packer ( obturador
superior ) para empacotar uma zona de produção ou injeção. Possui ancoragem
simples ou sem ancoragem.
4.7. B tandem tension : é um packer recuperável, simples, mecânico de
assentamento á tração. Sua função é atuar como segundo packer (superior) de uma
completação simples com dois packer’s para injeção de água seletiva, com reguladores
de fluxo. É usado em conjunto com o A-2 lok set ou com AD-1. Não possui cunhas
utilizadas para isolamento em pesos de múltiplas zonas de injeção de água.
4.8. E / EA : é um packer recuperável, simples, mecânico e de assentamento à
compressão. Possui junta de circulação e hold-down integrados, assim como o R-3
DG é um packer dimensionado para resistir as altas pressões e esforços.
4.9. Tubing anchor (Ancora de tubo): é um packer recuperável, simples e
mecânico, utilado em poços de BM. Sua função é manter a coluna de produção
estirada em poços de bombeio mecânico profundos.
Princípio : é um compensador, não permite o retorno no sentido ascendente de uma
coluna que sofreu elongação durante o bombeio.
4.10. Ancora de torque
Equipamento utilizado em poços de BCP. A Âncora de Torque é um dispositivo
projetado para prevenir que a coluna de produção do poço desenrosque sob a ação de torque
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reativo produzido pela fricção entre rotor e estator das bombas de cavidades progressivas
durante a operação.

5. BPR - Bridge plug retrievable mod.“ C” :


É um tampão mecânico e recuperável mais utilizado, para isolar temporariamente
zonas, nas operações especiais e de workover na UN-BA. Ela possui dois conjuntos de cunhas
em sentido inverso. O princípio básico de seu funcionamento é atuado por um diferencial de
pressão de cima para abaixo ou de baixo para cima. O BPR “C” possui duas válvulas que são
movimentadas pela haste ou pela atuação direta da pressão diferencial. Quando abertas estas
válvulas se comunicam com um “By-pass” que permitem passagem de fluídos e a equalização
das pressões ou posições de liberação, é o que ocorre durante a descida ou retirada do BPR no
poço.
O BPR é descido ou retirado do poço com o auxílio de um aplicador ou cabeça de
recuperação ( retrieving head type washover). Esta ferramenta se acopla ao BPR através do
“Control barhead” (dog) da haste do mesmo. Outra função do aplicador é circular e lavar a
haste do BPR envolvendo-a quando necessário, para remoção de areia ou detritos e facilitar a
recuperação do BPR.
OPERAÇÃO
• Quando descido com cabeça de recuperação e outro packer;
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ASSENTAMENTO
• Acople a cabeça de assentamento abaixo do outro packer;
• Coloque o BPR em pé, levante a ferramenta e abaixe vagarosamente a cabeça de
assentamento sobre a barra de comando da cabeça do BPR;
• Eleve a ferramenta e desça a coluna no poço, até a profundidade desejada de
assentamento;
• Eleve a coluna levemente sem torque, feito isto, aplique torque à esquerda, baixando
devagar a coluna, até que o BPR comece a pegar peso;
• Pegando peso, eleve a ferramenta uns 4 metros, mantendo torque à esquerda para
soltar o BPR;
• Aplique torque à esquerda e desça a coluna aproximadamente 70cm, se o BPR não
pegar peso, é porque já está solto (se necessário efetue teste de pressão)

DESASSENTAMENTO
• Desça o aplicador até o ponto, circule para limpeza de eventuais detritos ou para
remoção de colchão se for o caso e eleve a coluna um pouco. Aguarde então a equalização das
pressões e retire a coluna com o aplicador e BPR “C”.

RECUPERAÇÃO
• Antes de iniciar a recuperação deve-se circular para remoção de areia ou detritos;
• Encaixe a cabeça de recuperação;
• Eleve lentamente, sem aplicar tração excessiva até que a pressão tenha sido
equalizada;
Tração excessiva pode danificar seriamente o BPR Ao puxar a coluna, a válvula superior do
BPR se abre permitindo a equalização de pressão.
Se o BPR continua resistindo à traçaõ, aplique peso para abrir a válvula inferior e
permitir a equalização da pressão abaixo do BPR.b
• Na retirada do BPR do poço não permita que haja rotação da coluna para à esquerda ;
• Em emergência, uma tração ou peso sobre o BPR podem ser aplicados:
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SIZE 28-35 41-47 49-55


Peso/tração(lb) 25.000 60.000 80.000
Características operacionais
• Simples operação, normalmente utilizado com os packers modelo: C, E e R-3;
• As borrachas em forma de copo impedem que os detritos atinjam as cunhas,
dificultando a recuperação;
• As válvulas de retenção, uma superior e uma inferior são acionadas pela haste e
possuem molas que as mantêm vedadas contra as respectivas sedes, quando o BPR está
liberado;
• Na subida do BPR a cabeça de recuperação puxa a haste consigo o que faz abrir a
válvula superior, permitindo a circulação pelo interior do mandril;
• Na descida, a cabeça de recuperação faz com que a haste abra a válvula inferior,
estabelecendo a circulação e permitindo a manobra;
Observação: restos de tampões de cimento, bauxita ou areia compactada por ação da pressão
de squeeze ou de fraturamento, podem vir a gerar dificuldade de remoção com o aplicador.
Nestes casos solicite do IP ( pescaria ) uma sapata mill com extensão para promover a
limpeza do BPR e em seguida volte a descer o aplicador.

6. Packer permanente (BPP)


É um tipo de packer que, uma vez assentado, não se consegue mais recuperá-lo. Para
desassentá-lo, é necessário cortá-lo com uma broca e, geralmente, é empurrado para o fundo
do poço.
É assentado à coluna ou a cabo, no último caso, utilizando-se uma unidade de
perfilagem. Para ser assentado. É conectado a uma “setting tool” (ferramenta de
assentamento) e descido até a profundidade apropriada. Ao se acionar, eletricamente, a
“setting tool”, há a detonação de um explosivo que cria um movimento da camisa superior
para baixo, comprimindo todo o conjunto até a camisa retentora. Este movimento expande o
elemento de vedação e as cunhas contra o revestimento.
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Quanto ao mecanismo de assentamento podem ser MECÂNICOS, quando são fixados


com giro e peso ou tração, HIDRÁULICOS quando são fixados pela ação de pressão.

Quanto ao mecanismo de ancoragem podem ser de ancoragem simples (SG OU


SINGLE GRIP) possuem apenas um conjunto de cunhas ou de ancoragem dupla (DG OU
DOUPLE GRIP) possuem dois conjuntos de cunhas.
Os obturadores de assentamento mecânico podem ser subdivididos em fixados à
compressão e fixados à tração. Podem ainda ser classificados quanto ao tipo de completação
em simples quando equipa uma única coluna ou duplo quando podem receber duas colunas.
Finalidade: Os obturadores podem ter várias finalidades, vamos citar as principais:
- Isolar (aliviar) a pressão hidrostática sobre o intervalo produtor;
- Proteger o revestimento de altas pressões;
- Isolar zonas na completação dupla ou no empacotamento de zonas;
- Localizar vazamentos no revestimento;
- Efetuar dry-test;
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Resumo das características dos packers mais utilizados na UN-BA.

FERRAMENTA CARACTERÍSTICAS UTILIZAÇÃO


PACKER AD-1 Recuperável; Assentamento mecânico a tração; - Injeção de água;
Ancoragem simples; Completação simples;
PACKER R-3 (SG) Recuperável; - Produção;
(SINGLE GRIP) Assentamento mecânico a compressão;
Ancoragem simples; Completação simples;
PACKER R-3 (DG) Recuperável; Produção (Surgência, Gás Lift, BM);
(DOUBLE GRIP) Assentamento mecânico a compressão; Operações (Acid, Frac,Testes);
Ancoragem dupla; Completação simples;
PACKER AR-1 Recuperável; Produção;
Assentamento mecânico a compressão; Injeção de água;
Ancoragem simples ou dupla; Completação simples;
PACKER K-2 Recuperável; Produção;
Assentamento mecânico a compressão por
aplicaçãode peso pela coluna curta;
Ancoragem simples ou dupla; Completação simples;
PACKER FH Recuperável; Produção;
Assentamento hidrostático ou hidráulico;
Ancoragem dupla; Completação simples ou dupla;
PACKER EA Recuperável; Operações;
Assentamento mecânico a compressão;
Ancoragem dupla; Completação simples;
PACKER C Bridge Plug Recuperável; Operações: Fraturamento,
Ativado por pressão diferencial; Acidificação, Testes, Tratamento
Operado por cabeça de recuperação; seletivos, squeeze;
RETENTOR DE Bridge Plug Recuperável; Operações;
CIMENTO K Assentamento mecânico de coluna ou a cabo; Bridge Plug
Ancoragem dupla;
TANDEM TENSION Recuperável; Injeção de água;
PACKER B Assentamento mecânico à tração; Não possui cunhas;
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7. Outros equipamentos
7.1. Raspador (CASING SCRAPPER )
É um equipamento utilizado para raspar o revestimento removendo parafina, resto de
cimento ou outras incrustações que se instalem na parede interna do revestimento de
produção. Pode ser utilizado junto com a broca ( logo acima) ou após o corte com a broca.
Eventualmente pode ser utilizado abaixo do packer para economizar manobra.
O tamanho ou “size” das lâminas ou navalhas do raspador varia também com o
diâmetro interno do revestimento no qual será utilizado. Consulte uma tabela para utilizar o
raspador adequado:

7.2. Sub-broca:
É sub-redução utilizada para interligar a broca aos comandos ou o raspador aos
comandos;
7.3. Luva denteada:
É uma luva de tubo de 2 7/8”EU ( 3 21/32” O.D.) que é serrilhada em uma das suas
extremidades. É utilizada na extremidade de uma coluna livre ou na extremidade da cauda de
um packer com a finalidade de facilitar a remoção de detritos ou areia no fundo do poço ou
ainda para remoção de excesso de bauxita após fraturamento;

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