Ortopedia 02 Fraturas Expostas
Ortopedia 02 Fraturas Expostas
Ortopedia 02 Fraturas Expostas
Fratura Exposta
Dr. Jânio Dantas Gualberto
INTRODUÇÃO HISTÓRICO
EPIDEMIOLOGIA
MECANISMO DA LESÃO
ETIOLOGIA
Tipo III B: Lesão maior que 01. Avaliação Inicial e Manejo no P.S.
10CM, contaminada, fratura • Ressuscitação e avaliação das prioridades
cominuida, com extensa - Focar no ATLS e nas coisas que matam mais rápido,
lesão de partes moles, sem depois foca na fratura.
cobertura (sendo necessário • Prevenção de contaminação adicional
o uso de enxerto), - NÃO fazer a limpeza do ferimento na Emergência, por
desnudamento periosteal e ser um ambiente altamente infeccioso, apenas tirar o
exposição óssea. excesso de sujeira no ferimento, fazer curativo
compressivo e encaminhar paciente.
• Administrar antibiótico
Tipo III C: Lesão maior que • Realinhamento e imobilização das deformidades dos
10CM, contaminada, fratura membros
cominuida, com lesão que - Avaliação clínica e radiológica das lesões
necessita de reparo vascular. individualmente
• Analgesia
- Cuidado com opioides, que podem causar depressão
respiratória
02. Antibióticos
• A escolha é de acordo com o agente infeccioso em
Na fase inicial de uma lesão tipo IIIB, quando se tem uma
potencial.
grande extensão de lesão, não se costuma fazer enxerto se
- A maioria dos agentes infecciosos são do gênero
houver grande local de contaminação, visto que se cobrir
Streptococcus, ou seja, gram-positivos.
essa ferida corre-se o risco de evoluir para uma infecção e
• Tratamento com Cefalosporina de primeira e segunda
você perder o enxerto. Então, na maioria das vezes, deixa-
geração, para pegar bem as bactérias gram-positivas.
se essa ferida aberta (coberta apenas por gazes e
compressas) e após 48-72hr depois realiza-se uma nova • Pode-se usar também Aminoglicosídeos para pegar
limpeza na ferida para realizar o enxerto. gram-negativas.
• Lesões em áreas rurais (risco de Clostrídeos).
PROGNÓSTICO - Tratamento pode ser feito com Metronidazol.
• Lesões de Pelve (risco de contaminação fecal).
Fatores determinantes:
• Quantidade de partes moles desvitalizadas
Antibioticoterapia
SALA DE CIRURGIA
O antibiótico deve:
✓ Ser bactericida e amplo espectro
• Preservação da vida e membro
✓ Alcançar boas concentrações no sangue, fluidos
• Avaliação definitiva da lesão – pode ter lesão vascular
extracelulares, ossos e articulações.
✓ Seguir as normas da CCIH de cada serviço • Desbridamento estagiado do ferimento (APENAS na sala
-Cuidado com infecção por S. Aureus. de cirurgia, por ser um ambiente estéril)
• Estabilizar fratura
Caso seja um paciente idoso com problema renal (evitar • Avaliação completa da lesão
aminoglicosídeos), então para cobrir as gram (-) pode usar • Remover material estranho e contaminante
cefalosporina de 3ª geração + clindamicina para cobrir gram • Irrigar com grande volume de soro fisiológico (quanto
(+). mais for diluído o conteúdo contaminante, menor é a
chance de infecção)
DESBRIDAMENTO • Desbridamento meticuloso de todo o tecido desvitalizado
Depois:
Neste exemplo, houve uma lesão de Grau III, que tinha mais
de 6hr de evolução (alto risco infecção). Foi realizado
lavagem e debridamento e optado pelo uso do fixador
externo. Após cicatrização do ferimento converte-se o
tratamento para uma fixação interna. Após o risco de infecção ter sido afastado, foram feitos
→ Vantagens: estabiliza fratura, consegue ver evolução do enxertos de pele nessa região – feitos com retalhos da
ferimento e depois que tiver cicatrizado o ferimento, região dorsal. Pós operatório imediato e reconstrução:
passado o risco de infecção, converte para fixação
interna.
→ Quando o risco de infecção é muito grande, quando a
lesão de partes moles é muito extensa, deve-se evitar a
osteossíntese primária, e utilizar um fixador externo,
para só depois realizar um procedimento de fixação
interna.
REVISÃO