Anx 130395 PT
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Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de
nova informação de segurança. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas
de reações adversas. Para saber como notificar reações adversas, ver secção 4.8.
1. NOME DO MEDICAMENTO
Cada comprimido revestido por película contém 57 mg de lactose (sob a forma de lactose mono-
hidratada).
Cada comprimido revestido por película contém 114 mg de lactose (sob a forma de lactose mono-
hidratada).
Cada comprimido revestido por película contém 171 mg de lactose (sob a forma de lactose mono-
hidratada).
3. FORMA FARMACÊUTICA
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Artrite psoriática
Otezla, em monoterapia ou em associação com medicamentos antirreumáticos modificadores da
doença (Disease Modifying Antirheumatic Drugs - DMARDs), está indicado no tratamento da artrite
psoriática ativa (PsA) em doentes adultos que não tiveram resposta adequada ou foram intolerantes a
terapêutica anterior com um DMARD (ver secção 5.1).
Psoríase
Otezla está indicado no tratamento da psoríase em placas crónica, moderada a grave, em doentes
adultos que não responderam, têm contraindicação ou são intolerantes a outras terapêuticas sistémicas,
incluindo a ciclosporina, o metotrexato ou psoraleno e luz ultravioleta A (PUVA).
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4.2 Posologia e modo de administração
O tratamento com Otezla deve ser iniciado por especialistas com experiência no diagnóstico e
tratamento da psoríase ou da artrite psoriática.
Posologia
A dose recomendada de Otezla é de 30 mg duas vezes por dia por via oral, de manhã e à noite, com
um intervalo de aproximadamente 12 horas, sem restrições alimentares. É necessário proceder-se a um
esquema de titulação inicial, conforme apresentado na Tabela 1. Depois da titulação inicial não é
necessária retitulação.
Se o doente falhar uma dose, a dose seguinte deve ser tomada assim que possível. Caso a hora da dose
seguinte esteja próxima não deve tomar a dose em falta e a dose seguinte deve ser tomada à hora
habitual.
Nos ensaios clínicos de registo, a principal melhoria observou-se nas primeiras 24 semanas de
tratamento. Se um doente não apresentar evidência de benefício terapêutico após 24 semanas, o
tratamento deve ser reconsiderado. A resposta do doente ao tratamento deve ser avaliada
periodicamente. Não há experiência clínica disponível além das 52 semanas (ver secção 5.1).
Populações especiais
Doentes idosos
Não são necessários ajustes de dose para esta população de doentes (ver secções 4.8 e 5.2).
População pediátrica
A segurança e eficácia de apremilast em crianças com 0 a 17 anos de idade não foram ainda
estabelecidas. Não existem dados disponíveis.
Modo de administração
Otezla é para utilização por via oral. Os comprimidos revestidos por película devem ser engolidos
inteiros e podem ser tomados com ou sem alimentos.
4.3 Contraindicações
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4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Otezla deve ser reduzido para uma dose de 30 mg uma vez por dia em doentes com compromisso renal
grave (ver secções 4.2 e 5.2).
Os doentes com peso baixo no início do tratamento devem monitorizar o seu peso corporal
periodicamente. Em caso de perda de peso inexplicável e clinicamente significativa, estes doentes
devem ser avaliados por um médico e deve ponderar-se a descontinuação do tratamento.
Gravidez
Os dados sobre a utilização de apremilast em mulheres grávidas são limitados.
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Amamentação
O apremilast foi detetado no leite de ratinhos lactantes (ver secção 5.3). Desconhece-se se apremilast
ou os seus metabolitos são excretados no leite humano. Não pode ser excluído risco para o lactente e,
portanto, apremilast não deve ser utilizado durante a amamentação.
Fertilidade
Não existem dados disponíveis sobre fertilidade no ser humano. Em estudos animais no ratinho, não se
observaram efeitos adversos na fertilidade em machos com níveis de exposição 3 vezes superiores à
exposição clínica e em fêmeas com níveis de exposição 1 vez superior à exposição clínica. Para mais
dados pré-clínicos sobre fertilidade ver a secção 5.3.
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas com apremilast.
As reações adversas mais frequentes que levaram à descontinuação durante as primeiras 16 semanas
de tratamento foram diarreia (1,7%) e náuseas (1,5%). A incidência global de reações adversas graves
foi baixa e não evidenciou o envolvimento de um sistema de órgãos específico.
Nos estudos clínicos com apremilast as reações de hipersensibilidade observadas foram pouco
frequentes. (ver secção 4.3).
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Tabela 2. Resumo das reações adversas em estudos clínicos de fase III na artrite psoriática
(PsA) e/ou na psoríase (PSOR)
Classes de sistemas
Frequência Reação adversa
de órgãos
Infeções e Bronquite
Frequente
infestações Infeção do trato respiratório superior
Nasofaringite*
Doenças do sistema Pouco
Hipersensibilidade
imunitário frequente
Doenças do
metabolismo e da Frequente Diminuição do apetite*
nutrição
Perturbações do Frequente
Insónias
foro psiquiátrico
Doenças do sistema Frequente Enxaqueca*
nervoso
Cefaleias de tensão*
Cefaleias*
Doenças Frequente Tosse
respiratórias,
torácicas e do
mediastino
Doenças Muito
Diarreia*
gastrointestinais frequente
Náuseas*
Frequente Vómitos*
Dispepsia
Defecação frequente
Dor abodminal alta*
Doença do refluxo gastroesofágico
Afeções dos tecidos Pouco
cutâneos e frequente Erupção cutânea
subcutâneos
Afeções
musculosqueléticas
Frequente Lombalgias*
e dos tecidos
conjuntivos
Perturbações gerais
e alterações no local Frequente Fadiga
de administração
Exames
Pouco
complementares de Diminuição do peso
frequente
diagnóstico
*Pelo menos uma destas reações adversas foi notificada como grave
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clínicas observáveis resultantes da perda de peso. Um total de 0,1% dos doentes tratados com
apremilast descontinuaram o tratamento devido à reação adversa de perda de peso.
Consulte as advertências adicionais na secção 4.4 para doentes com peso baixo no início do
tratamento.
Depressão
Durante o período controlado por placebo dos ensaios clínicos de fase III na PSOR, 1,2% (14/1184)
dos doentes tratados com apremilast reportaram depressão comparativamente a 0,5% (2/418) dos
doentes tratados com placebo. Nenhuma destas notificações de depressão foi grave ou levou à
descontinuação do estudo.
Populações especiais
Doentes idosos
Nos estudos clínicos, não se observaram diferenças globais no perfil de segurança de doentes idosos
com ≥ 65 anos de idade e de doentes adultos mais jovens com < 65 anos de idade.
4.9 Sobredosagem
O apremilast foi estudado em indivíduos saudáveis com uma dose diária máxima total de 100 mg
(administrada sob a forma de 50 mg duas vezes por dia (BID)) durante 4,5 dias sem evidência de
toxicidades limitantes de dose. Em caso de sobredosagem, recomenda-se que o doente seja
monitorizado para sinais ou sintomas de efeitos adversos e que seja instituído tratamento sintomático
apropriado. Em caso de sobredosagem, aconselha-se tratamento sintomático e de suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
O apremilast, uma pequena molécula oral inibidora da fosfodiesterase 4 (PDE4), atua
intracelularmente de modo a modular uma rede de mediadores pro-inflamatórios e anti-inflamatórios.
A PDE4 é uma PDE específica da adenosina monofosfato cíclica (AMPc) e é a PDE dominante nas
células inflamatórias. A inibição da PDE4 aumenta os níveis intracelulares de AMPc que, por sua vez,
hiporregulam a resposta inflamatória ao modularem a expressão do TNF-α, IL-23, IL-17 e de outras
citocinas inflamatórias. A AMPc modula também os níveis de citocinas anti-inflamatórias tais como a
IL-10. Este mediadores pró e anti-inflamatórios têm sido implicados na artrite psoriática e na psoríase.
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Efeitos farmacodinâmicos
Nos estudos clínicos em doentes com artrite psoriática, o apremilast modulou significativamente, mas
não inibiu na sua totalidade, os níveis de proteínas plasmáticas de IL-1α, IL-6, IL-8, MCP-1, MIP-1β,
MMP-3 e TNF-α. Após 40 semanas de tratamento com apremilast, verificou-se uma diminuição dos
níveis de proteínas plasmáticas de IL-17 e IL-23, e um aumento de IL-10. Nos ensaios clínicos em
doentes com psoríase, o apremilast diminuiu a espessura epidérmica da lesão cutânea, a infiltração de
células inflamatórias e a expressão de genes pró-inflamatórios, inclusive os responsáveis pela sintetase
do óxido nítrico induzível (iNOS), IL-12/IL-23p40, IL-17A, IL-22 e IL-8.
Artrite psoriática
Os doentes nestes estudos tinham diagnóstico de PsA há pelo menos 6 meses. O PALACE 3 exigia
ainda uma lesão psoriática cutânea qualificável (com pelo menos 2 cm de diâmetro). O apremilast foi
utilizado em monoterapia (34,8%) ou em associação com doses estáveis de DMARDs de pequenas
moléculas (65,2%). Os doentes receberam apremilast em associação com um ou mais dos seguintes:
metotrexato (MTX, ≤ 25 mg/semana; 54,5%), sulfasalazina (SSZ, ≤ 2 g/dia; 9,0%), e leflunomida
(LEF, ≤ 20 mg/dia; 7,4%). Não foi permitido tratamento concomitante com DMARDs biológicos,
incluindo bloqueadores do TNF. Foram recrutados para os 3 estudos doentes com cada subtipo de
PsA, incluindo poliartrite simétrica (62,0%), oligoartrite assimétrica (26,9%), artrite articular
interfalângica distal (DIP) (6,2%), artrite mutilante (2,7%) e espondilite predominante (2,1%). Foram
recrutados doentes com entesopatia pré-existente (63%) ou com dactilite pré-existente (42%). Um
total de 76,4% de doentes tinha sido tratado previamente apenas com DMARDs de pequenas
moléculas e 22,4% dos doentes tinham sido tratados previamente com DMARDs biológicos, o que
inclui 7,8% com um insucesso terapêutico anterior com um DMARD biológico. A duração mediana da
PsA foi de 5 anos.
Com base no desenho do estudo, os doentes cujo número de articulações dolorosas e edemaciadas não
tivessem melhorado pelo menos 20% eram considerados não respondedores à semana 16. Os doentes a
fazerem placebo que fossem considerados não respondedores eram novamente aleatorizados numa
razão de 1:1, em ocultação, de modo a receberem apremilast 20 mg duas vezes por dia ou 30 mg duas
vezes por dia. À semana 24, todos os restantes doentes tratados com placebo passaram para o
apremilast 20 mg ou 30 mg BID.
O parâmetro de avaliação primário foi a percentagem de doentes que atingiram resposta 20 do
American College of Rheumatology (ACR) à semana 16.
O tratamento com apremilast resultou numa melhoria significativa dos sinais e sintomas da PsA,
conforme avaliado pelos critérios da resposta ACR 20 comparativamente ao placebo à semana 16. A
proporção de doentes com ACR 20/50/70 (as respostas nos estudos PALACE 1, PALACE 2 e
PALACE 3 assim como os dados agrupados dos estudos PALACE 1, PALACE 2 e PALACE 3) para
o apremilast 30 mg duas vezes por dia à semana 16, encontram-se na Tabela 3. As respostas ACR
20/50/70 mantiveram-se na semana 24.
Entre os doentes inicialmente aleatorizados para o tratamento com apremilast 30 mg duas vezes ao dia,
as taxas de resposta ACR 20/50/70 mantiveram-se até à semana 52 nos estudos agrupados PALACE 1,
PALACE 2 e PALACE 3 (Figura 1).
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Tabela 3. Proporção de doentes com respostas ACR nos estudos PALACE 1, PALACE 2 e
PALACE 3 e nos estudos agrupados à Semana 16
PALACE 1 PALACE 2 PALACE 3 AGRUPADOS
Placebo Apremilast Placebo Apremilast Placebo Apremilast Placebo Apremilast
+/- 30 mg BID +/- 30 mg BID +/- 30 mg BID +/- 30 mg BID
DMARDs +/- DMARDs +/- DMARDs +/- DMARDs +/-
DMARDs DMARDs DMARDs DMARDs
ACR 20a
ACR 50
ACR 70
Semana 16 1,2% 4,2% 0,6% 1,2% 2,4% 3,6% 1,4% 3,0%
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Figura 1 Proporção de respondedores ACR 20/50/70 até à semana 52 na análise agrupada dos
estudos PALACE 1, PALACE 2 e PALACE 3 (NRI*)
50
40
Taxa de resposta +/- EP (%)
30
20
10
0
0 16 24 Semana do estudo 40 52
Parâmetro de avaliação final n/m (%) n/m (%) n/m (%) n/m (%)
ACR 20 184/497 (37,0) 196/497 (39,4) 222/497 (44,7) 209/497 (42,1)
ACR 50 69/497 (13,9) 93/497 (18,7) 102/497 (20,5) 90/497 (18,1)
ACR 70 15/497 ( 3,0) 33/497 ( 6,6) 44/497 ( 8,9) 38/497 ( 7,6)
*NRI: Imputação a não respondedores. Os indivíduos que descontinuaram precocemente antes do ponto temporal e os indivíduos que não
tiveram dados suficientes para uma determinação definitiva do estado de resposta no ponto temporal são contabilizados como não
respondedores.
Entre os 497 doentes inicialmente aleatorizados para o apremilast 30 mg duas vezes por dia, 375
(75%) doentes ainda estavam a fazer este tratamento na semana 52. Nestes doentes, as respostas ACR
20/50/70 à semana 52 foram 57%, 25% e 11%, respetivamente.
As respostas observadas no grupo tratado com apremilast foram semelhantes nos doentes medicados e
não medicados com DMARDs concomitantemente, incluindo MTX.
Os doentes previamente tratados com DMARDs ou com biológicos que receberam apremilast
atingiram uma maior resposta ACR 20 à semana 16 do que os doentes que estavam a receber placebo.
Observaram-se respostas ACR semelhantes em doentes com diferentes subtipos de PsA, incluindo
DIP. O número de doentes com subtipos de artrite mutilante e de espondilite predominante foi
demasiado pequeno para permitir uma avaliação significativa.
10
Entre os doentes que permaneceram no tratamento com apremilast para o qual tinham sido
aleatorizados no início do estudo, estas melhorias mantiveram-se até à semana 52.
Entre os doentes que foram inicialmente aleatorizados para tratamento com apremilast 30 mg duas
vezes por dia, a alteração na pontuação do HAQ-DI entre o início do estudo e a semana 52 foi
de -0,333 no grupo do apremilast 30 mg duas vezes por dia, numa análise agrupada da fase sem
ocultação dos estudos PALACE 1, PALACE 2 e PALACE 3.
Psoríase
A segurança e eficácia do apremilast foram avaliadas em dois estudos multicêntricos, aleatorizados,
em dupla ocultação, e controlados por placebo (estudos ESTEEM 1 e ESTEEM 2) que recrutaram um
total de 1257 doentes com psoríase em placas moderada a grave, com um envolvimento da área de
superfície corporal (BSA) ≥ 10%, uma pontuação do Índice de Gravidade e Extensão da Psoríase
(PASI) ≥ 12, Avaliação Global pelo Médico (sPGA) ≥ 3 (moderada ou grave) e que eram candidatos
para fototerapia ou para terapêutica sistémica.
Estes estudos tiveram um desenho semelhante até à semana 32. Em ambos os estudos, os doentes
foram aleatorizados numa razão de 2:1 para apremilast 30 mg BID ou placebo durante 16 semanas
(fase controlada por placebo) e entre as semanas 16-32 todos os doentes receberam apremilast 30 mg
BID (fase de manutenção). Durante a fase aleatorizada de descontinuação do tratamento (semanas 32-
52), os doentes originalmente aleatorizados para o apremilast que atingiram uma redução de pelo
menos 75% na sua pontuação PASI (PASI-75) (ESTEEM 1) ou uma redução de 50% na sua
pontuação PASI (PASI-50) (ESTEEM 2) foram novamente aleatorizados na semana 32 para placebo
ou apremilast 30 mg BID. Os doentes que foram novamente aleatorizados para o placebo e que
perderam a resposta PASI-75 (ESTEEM 1) ou que perderam 50% de melhoria PASI na semana 32, em
comparação com o início do estudo (ESTEEM 2), foram novamente tratados com apremilast 30 mg
BID. Os doentes que não atingiram a resposta PASI estabelecida até à semana 32, ou que foram
inicialmente aleatorizados para placebo, permaneceram com apremilast até à semana 52. A utilização
de corticosteroides tópicos de baixa potência na face, axilas e virilhas, champô de alcatrão de carvão
e/ou preparações com ácido salicílico para o couro cabeludo foi permitida durante os estudos.
Adicionalmente, na semana 32, aos indivíduos que não atingiram uma resposta PASI-75 no
ESTEEM 1 ou uma resposta PASI-50 no ESTEEM 2, foi permitido utilizar terapêuticas tópicas para a
psoríase e/ou fototerapia além do tratamento com apremilast 30 mg BID.
Em ambos os estudos, o parâmetro de avaliação primário foi a proporção de doentes que atingiu uma
PASI-75 na semana 16. O principal parâmetro de avaliação secundário foi a proporção de doentes que
atingiu uma pontuação sPGA de limpo (0) ou quase limpo (1) na semana 16.
A pontuação PASI média no início do estudo foi 19,07 (mediana de 16,80) e a proporção de doentes
com uma pontuação sPGA de 3 (moderado) e 4 (grave) no início do estudo foi de 70,0% e 29,8%,
11
respetivamente, com um envolvimento médio de 25,19% de BSA (mediana de 21,0%). Cerca de 30%
de todos os doentes tinha recebido fototerapia prévia e 54% tinha recebido terapêutica sistémica
convencional e/ou biológica prévia para o tratamento da psoríase (incluindo insucessos terapêuticos),
tendo 37% recebido terapêutica sistémica convencional e 30% recebido terapêutica biológica prévias.
Cerca de um terço dos doentes não recebeu fototerapia, terapêutica sistémica convencional ou
terapêutica biológica prévias. Dezoito por cento dos doentes tinham antecedentes de artrite psoriática.
A proporção de doentes que atingiu respostas PASI 50,75 e 90 e uma pontuação sPGA de limpo (0) ou
quase limpo (1) é apresentada na Tabela 4. O tratamento com apremilast resultou numa melhoria
significativa da psoríase em placas moderada a grave, conforme demonstrado pela proporção de
doentes com resposta PASI-75 à semana 16, em comparação com o placebo. A melhoria clínica
medida pelas respostas sPGA, PASI-50 e PASI-90 foi também demonstrada à semana 16.
Adicionalmente, o apremilast demonstrou benefício terapêutico em inúmeras manifestações da
psoríase incluindo prurido, onicopatias, envolvimento do couro cabeludo e medidas ao nível da
qualidade de vida.
Tabela 4. Resposta clínica à semana 16 nos estudos ESTEEM 1 e ESTEEM 2 (FAS a LOCFb)
ESTEEM 1 ESTEEM 2
Placebo 30 mg BID APR* Placebo 30 mg BID APR*
N 282 562 137 274
PASIc 75, n (%) 15 (5,3) 186 (33,1) 8 (5,8) 79 (28,8)
sPGAd de limpo ou quase
11 (3,9) 122 (21,7) 6 (4,4) 56 (20,4)
limpo , n (%)
PASI 50, n (%) 48 (17,0) 330 (58,7) 27 (19,7) 152 (55,5)
PASI 90, n (%) 1 (0,4) 55 (9,8) 2 (1,5) 24 (8,8)
BSAe - alteração
- 6,9 - 47,8 - 6,1 -48,4
percentual (%)
± 38,95 ± 38,48 ± 47,57 ± 40,78
média ± DP
VASf - alteração no - 7,3 - 31,5 - 12,2 - 33,5
prurido (mm), média ± DP ± 27,08 ± 32,43 ± 30,94 ±35,46
Alteração no DLQIg, média - 2,1 - 6,6 -2,8 -6,7
± DP ± 5,69 ± 6,66 ± 7,22 ± 6,95
Alteração no SF-36 MCS h, - 1,02 2,39 0,00 2,58
mean± DP ± 9,161 ± 9,504 ±10,498 ± 10,129
* p< 0,0001 para o apremilast vs placebo, exceto para PASI 90 e alteração do SF-36 MCS no ESTEEM 2 nos quais p=0,0042 e p=0,0078,
respetivamente.
a
FAS = Conjunto de análise total
b
LOCF= Última observação efetuada
c
PASI = Índice de Gravidade e Extensão da Psoríase
d
sPGA = Avaliação Global pelo Médico
e
BSA = Área de Superfície Corporal
f
VAS = Escala Visual Analógica; 0 = melhor, 100 = pior
g
DLQI = Índice Dermatológico de Qualidade de Vida; 0 = melhor, 30 = pior
h
SF-36 MCS = versão curta com 36 items do Questionário de Saúde - do Estudo dos Resultados Médicos, Resumo da Componente Mental
O benefício clínico do apremilast foi demonstrado em inúmeros subgrupos definidos pelos dados
demográficos no início do estudo e pelas características clínicas da doença no início do estudo
(incluindo a duração da psoríase enquanto doença e doentes com antecedentes de artrite psoriática). O
benefício clínico do apremilast foi também demonstrado independentemente da utilização prévia de
medicação para a psoríase e da resposta a tratamentos prévios para a psoríase. As taxas de resposta
foram semelhantes para todos os intervalos de peso.
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A resposta ao apremilast foi rápida, com melhorias significativamente superiores nos sinais e sintomas
da psoríase, incluindo o PASI, desconforto/dor cutâneos e prurido, em comparação com o placebo na
semana 2. Em geral, as respostas PASI foram atingidas à semana 16 e mantiveram-se até à semana 32.
Em ambos os estudos, a melhoria percentual média no PASI desde o início do estudo permaneceu
estável durante a Fase Aleatorizada de Descontinuação do Tratamento para os doentes novamente
aleatorizados para o apremilast na semana 32 (Tabela 5).
ESTEEM 1 ESTEEM 2
No estudo ESTEEM 1, cerca de 61% dos doentes que foram novamente aleatorizados para apremilast
na semana 32 tiveram uma resposta PASI-75 na semana 52. Dos doentes com pelo menos resposta
PASI-75 que foram novamente aleatorizados para placebo à semana 32 durante uma Fase Aleatorizada
de Descontinuação do Tratamento, 11,7% foram respondedores PASI-75 na semana 52. O tempo
mediano até perda da resposta PASI-75 nos doentes que foram novamente aleatorizados para placebo
foi de 5,1 semanas.
No estudo ESTEEM 2, cerca de 80,3% dos doentes novamente aleatorizados para apremilast na
semana 32 tiveram uma resposta PASI-50 à semana 52. Dos doentes com pelo menos resposta PASI-
50 novamente aleatorizados para placebo na semana 32, 24,2% foram respondedores PASI-50 na
semana 52. O tempo mediano até perda de 50% da sua melhoria PASI na semana 32 foi de
12,4 semanas.
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Após a descontinuação aleatorizada da terapêutica na semana 32, aproximadamente 70% dos doentes
no estudo ESTEEM 1 e 65,6% dos doentes no estudo ESTEEM 2, voltaram a atingir respostas PASI-
75 (ESTEEM 1) ou PASI-50 (ESTEEM 2) após o reinício do tratamento com apremilast. Devido ao
desenho do estudo, a duração do segundo tratamento foi variável, oscilando entre 2,6 a 22,1 semanas.
No estudo ESTEEM 1, aos doentes aleatorizados para apremilast no início do estudo que não
atingiram uma resposta PASI-75 ao fim da semana 32, foi permitida a utilização concomitante de
terapêuticas tópicas e/ou fototerapia UVB entre as semanas 32 a 52. Destes doentes, 12% atingiram
resposta PASI-75 na semana 52 com apremilast mais tratamento tópico e/ou fototerapia.
Nos estudos ESTEEM 1 e ESTEEM 2, na semana 16, foram observadas melhorias significativas
(diminuições) da psoríase ungueal, avaliadas pela alteração percentual média do Índice de Severidade
da Psoríase Ungueal (NAPSI) desde o início do estudo, nos doentes que estavam a receber apremilast
em comparação com os doentes tratados com placebo (p< 0,0001 e p=0,0052, respetivamente). Foram
observadas outras melhorias na psoríase ungueal na semana 32, nos doentes em tratamento continuado
com apremilast.
Nos estudos ESTEEM 1 e ESTEEM 2, foram observadas melhorias significativas na psoríase do couro
cabeludo de intensidade pelo menos moderada (≥3), medida pela proporção de doentes que atingiram
uma Avaliação Global da Psoríase do Couro Cabeludo pelo Médico (ScPGA) de limpo (0) ou mínimo
(1) à semana 16, nos doentes a receberem apremilast em comparação com os doentes tratados com
placebo (p< 0,0001 para ambos os estudos). Na generalidade, as melhorias mantiveram-se nos
indivíduos que foram novamente aleatorizados para Otezla desde a semana 32 até à semana 52
(Tabela 5).
Absorção
O apremilast é bem absorvido com uma biodisponibilidade oral absoluta de aproximadamente 73%,
com concentrações plasmáticas máximas (Cmax) a ocorrerem num tempo mediano (tmax) de
aproximadamente 2,5 horas. A farmacocinética do apremilast é linear, com um aumento proporcional
à dose da exposição sistémica no intervalo de dose dos 10 aos 100 mg por dia. A acumulação é
mínima quando o apremilast é administrado uma vez por dia e de cerca de 53% em indivíduos
saudáveis e 68% em doentes com psoríase quando administrado duas vezes pordia. A coadministração
com alimentos não altera a biodisponibilidade, portanto, o apremilast pode ser administrado com ou
sem alimentos.
Distribuição
A ligação do apremilast às proteínas plasmáticas humanas é de aproximadamente 68%. O volume de
distribuição (Vd) aparente médio é de 87 l, indicativo de distribuição extravascular.
Biotransformação
O apremilast é extensivamente metabolizado tanto por vias mediadas ou não mediadas pela CYP,
incluindo oxidação, hidrólise e conjugação, o que sugere que é pouco provável que a inibição de uma
única via de depuração possa causar uma interação medicamentosa acentuada. O metabolismo
oxidativo do apremilast é maioritariamente mediado pela CYP3A4, com pequenas contribuições da
CYP1A2 e da CYP2A6. O apremilast é o principal componente em circulação após a administração
oral. O apremilast é sujeito a um metabolismo extenso com apenas 3% e 7% do composto original
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administrado recuperado na urina e nas fezes, respetivamente. O principal metabolito inativo
circulante é o conjugado glucoronídeo de O-demetil apremilast (M12). A exposição ao apremilast
diminui quando administrado concomitantemente com rifampicina, um potente indutor da CYP3A4, o
que é consistente com o facto do apremilast ser um substrato da CYP3A4.
In vitro, o apremilast não é um inibidor ou indutor das enzimas do citocromo P450. Por conseguinte, é
improvável que a coadministração de apremilast com substratos das enzimas CYP afete a depuração e
exposição de substâncias ativas metabolizadas pelas enzimas CYP.
In vitro, o apremilast tem pouco ou nenhum efeito inibitório (CI50>10 µM) no transportador de aniões
orgânicos (OAT)1 e no OAT3, no transportador de catiões orgânicos (OCT)2, no polipéptido
transportador de aniões orgânicos (OATP)1B1 e no OATP1B3 ou na proteína de resistência do cancro
da mama (BCRP) e não é um substrato para estes transportadores. Como tal, é improvável que
ocorram interações medicamentosas clinicamente relevantes quando o apremilast é coadministrado
com fármacos que são substratos ou inibidores destes transportadores.
Eliminação
A depuração plasmática do apremilast é, em média, de cerca de 10 l/h em indivíduos saudáveis, com
uma semivida de eliminação terminal de aproximadamente 9 horas. Após a administração oral de
apremilast radiomarcado, cerca de 58% e 39% da radioatividade é recuperada na urina e nas fezes,
respetivamente, com cerca de 3% e 7% da dose radioativa recuperada sob a forma de apremilast na
urina e nas fezes, respetivamente.
Doentes idosos
O apremilast foi estudado em indivíduos jovens e idosos saudáveis. A exposição em indivíduos idosos
(65 a 85 anos de idade) é cerca de 13% mais elevada na AUC e cerca de 6% mais elevada na Cmax para
o apremilast do que nos indivíduos jovens (18 a 55 anos de idade). Os dados farmacocinéticos em
indivíduos com mais de 75 anos de idade, em ensaios clínicos, são limitados. Não é necessário um
ajuste posológico para os doentes idosos.
Compromisso renal
Não existe uma diferença significativa na farmacocinética do apremilast em indivíduos com
compromisso renal ligeiro ou moderado e indivíduos saudáveis emparelhados (n=8 em cada grupo).
Os resultados sustentam não serem necessários ajustes de dose em doentes com compromisso renal
ligeiro e moderado. A dose de apremilast deve ser reduzida para 30 mg uma vez por dia em doentes
com compromisso renal grave (TFGe inferior a 30 ml/min/1,73 m2 ou CLcr < 30 ml/min). Em
8 indivíduos com compromisso renal grave aos quais foi administrada uma dose única de 30 mg de
apremilast, a AUC e a Cmax do apremilast aumentaram em cerca de 89% e 42%, respetivamente.
Compromisso hepático
A farmacocinética do apremilast e do seu principal metabolito M12 não é afetada por compromisso
hepático moderado ou grave. Não é necessário um ajuste da dose em doentes com compromisso
hepático.
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais
de farmacologia de segurança e de toxicidade de dose repetida. Não existe evidência para potencial
imunotóxico, de irritação dérmica ou fototóxico.
15
(NOAEL) para a fertilidade masculina foi superior a 50 mg/kg/dia, 3 vezes superior à exposição
clínica.
Desenvolvimento embrio-fetal
Num estudo combinado de fertilidade e toxicidade do desenvolvimento embrio-fetal em ratinhos
fêmeas com doses orais de 10, 20, 40 e 80 mg/kg/dia, os pesos absolutos e/ou relativos dos corações
das mães aumentaram com doses de 20, 40 e 80 mg/kg/dia. Observou-se um aumento dos números de
reabsorções precoces e diminuição do número de ossos társicos ossificados com 20, 40 e
80 mg/kg/dia. Observou-se uma redução dos pesos fetais e atraso na ossificação do osso supraoccipital
do crânio com 40 e 80 mg/kg/dia. O NOEL materno e de desenvolvimento no ratinho foi de
10 mg/kg/dia (1,3 vezes superior à exposição clínica).
Num estudo de toxicidade do desenvolvimento embrio-fetal no macaco, doses orais de 20, 50, 200 e
1000 mg/kg/dia resultaram num aumento relacionado com a dose de perda pré-natal (abortos) com
doses de 50 mg/kg/dia e superiores; não se observou qualquer efeito relacionado com o medicamento
de ensaio nas perda pré-natais com 20 mg/kg/dia (1,4 vezes superior à exposição clínica).
Estudos de carcinogenicidade
Os estudos de carcinogenicidade em ratinhos e ratos não mostraram haver evidência de
carcinogenicidade relacionada com o tratamento com apremilast.
Estudos de genotoxicidade
O apremilast não é genotóxico. O apremilast não induziu mutações num ensaio de Ames ou aberrações
cromossómicas em culturas de linfócitos de sangue periférico humano na presença ou ausência de
ativação metabólica. O apremilast não foi clastogénico num ensaio de micronúcleo in vivo em ratinhos
com doses até 2000 mg/kg/dia.
Outros estudos
Não existe evidência para potencial imunotóxico, de irritação dérmica ou fototóxico.
16
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Núcleo do comprimido
Celulose microcristalina
Lactose mono-hidratada
Croscarmelose sódica
Estearato de magnésio.
Película de revestimento
Álcool polivinílico
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350
Talco
Óxido de ferro vermelho (E172).
Os comprimidos de 30 mg contêm também óxido de ferro amarelo (E172) e óxido de ferro preto
(E172).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
21 meses.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências
locais.
17
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/14/981/001
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
18
Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de
nova informação de segurança. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas
de reações adversas. Para saber como notificar reações adversas, ver secção 4.8.
1. NOME DO MEDICAMENTO
Cada comprimido revestido por película contém 171 mg de lactose (sob a forma de lactose mono-
hidratada).
3. FORMA FARMACÊUTICA
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Artrite psoriática
Otezla, em monoterapia ou em associação com medicamentos antirreumáticos modificadores da
doença (Disease Modifying Antirheumatic Drugs - DMARDs), está indicado no tratamento da artrite
psoriática ativa (PsA) em doentes adultos que não tiveram resposta adequada ou foram intolerantes a
terapêutica anterior com um DMARD (ver secção 5.1).
Psoríase
Otezla está indicado no tratamento da psoríase em placas crónica, moderada a grave, em doentes
adultos que não responderam, têm contraindicação ou são intolerantes a outras terapêuticas sistémicas,
incluindo a ciclosporina, o metotrexato ou psoraleno e luz ultravioleta A (PUVA).
O tratamento com Otezla deve ser iniciado por especialistas com experiência no diagnóstico e
tratamento da psoríase ou da artrite psoriática.
Posologia
A dose recomendada de Otezla é de 30 mg duas vezes por dia por via oral, de manhã e à noite, com
um intervalo de aproximadamente 12 horas, sem restrições alimentares. É necessário proceder-se a um
esquema de titulação inicial, conforme apresentado na Tabela 1. Depois da titulação inicial não é
necessária retitulação.
19
Tabela 1: Esquema de titulação da dose
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4Dia 6 e Dia 5
seguintes
Manhã Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde
10 mg 10 mg 10 mg 10 mg 20 mg 20 mg 20 mg 20 mg 30 mg 30 mg 30 mg
Se o doente falhar uma dose, a dose seguinte deve ser tomada assim que possível. Caso a hora da dose
seguinte esteja próxima não deve tomar a dose em falta e a dose seguinte deve ser tomada à hora
habitual.
Nos ensaios clínicos de registo, a principal melhoria observou-se nas primeiras 24 semanas de
tratamento. Se um doente não apresentar evidência de benefício terapêutico após 24 semanas, o
tratamento deve ser reconsiderado. A resposta do doente ao tratamento deve ser avaliada
periodicamente. Não há experiência clínica disponível além das 52 semanas (ver secção 5.1).
Populações especiais
Doentes idosos
Não são necessários ajustes de dose para esta população de doentes (ver secções 4.8 e 5.2).
População pediátrica
A segurança e eficácia de apremilast em crianças com 0 a 17 anos de idade não foram ainda
estabelecidas. Não existem dados disponíveis.
Modo de administração
Otezla é para utilização por via oral. Os comprimidos revestidos por película devem ser engolidos
inteiros e podem ser tomados com ou sem alimentos.
4.3 Contraindicações
Otezla deve ser reduzido para uma dose de 30 mg uma vez por dia em doentes com compromisso renal
grave (ver secções 4.2 e 5.2).
Os doentes com peso baixo no início do tratamento devem monitorizar o seu peso corporal
periodicamente. Em caso de perda de peso inexplicável e clinicamente significativa, estes doentes
devem ser avaliados por um médico e deve ponderar-se a descontinuação do tratamento.
20
4.5 Interações medicamentosas e outras formas de interação
Gravidez
Os dados sobre a utilização de apremilast em mulheres grávidas são limitados.
Amamentação
O apremilast foi detetado no leite de ratinhos lactantes (ver secção 5.3). Desconhece-se se apremilast
ou os seus metabolitos são excretados no leite humano. Não pode ser excluído risco para o lactente e,
portanto, apremilast não deve ser utilizado durante a amamentação.
Fertilidade
Não existem dados disponíveis sobre fertilidade no ser humano. Em estudos animais no ratinho, não se
observaram efeitos adversos na fertilidade em machos com níveis de exposição 3 vezes superiores à
exposição clínica e em fêmeas com níveis de exposição 1 vez superior à exposição clínica. Para mais
dados pré-clínicos sobre fertilidade ver a secção 5.3.
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas com apremilast.
21
4.8 Efeitos indesejáveis
As reações adversas mais frequentes que levaram à descontinuação durante as primeiras 16 semanas
de tratamento foram diarreia (1,7%) e náuseas (1,5%). A incidência global de reações adversas graves
foi baixa e não evidenciou o envolvimento de um sistema de órgãos específico.
Nos estudos clínicos com apremilast as reações de hipersensibilidade observadas foram pouco
frequentes. (ver secção 4.3).
22
Tabela 2. Resumo das reações adversas em estudos clínicos de fase III na artrite psoriática
(PsA) e/ou na psoríase (PSOR)
Classes de sistemas
Frequência Reação adversa
de órgãos
Infeções e Bronquite
Frequente
infestações Infeção do trato respiratório superior
Nasofaringite*
Doenças do sistema Pouco
Hipersensibilidade
imunitário frequente
Doenças do
metabolismo e da Frequente Diminuição do apetite*
nutrição
Perturbações do Frequente
Insónias
foro psiquiátrico
Doenças do sistema Frequente Enxaqueca*
nervoso
Cefaleias de tensão*
Cefaleias*
Doenças Frequente Tosse
respiratórias,
torácicas e do
mediastino
Doenças Muito
Diarreia*
gastrointestinais frequente
Náuseas*
Frequente Vómitos*
Dispepsia
Defecação frequente
Dor abodminal alta*
Doença do refluxo gastroesofágico
Afeções dos tecidos Pouco
cutâneos e frequente Erupção cutânea
subcutâneos
Afeções
musculosqueléticas
Frequente Lombalgias*
e dos tecidos
conjuntivos
Perturbações gerais
e alterações no local Frequente Fadiga
de administração
Exames
Pouco
complementares de Diminuição do peso
frequente
diagnóstico
*Pelo menos uma destas reações adversas foi notificada como grave
23
clínicas observáveis resultantes da perda de peso. Um total de 0,1% dos doentes tratados com
apremilast descontinuaram o tratamento devido à reação adversa de perda de peso.
Consulte as advertências adicionais na secção 4.4 para doentes com peso baixo no início do
tratamento.
Depressão
Durante o período controlado por placebo dos ensaios clínicos de fase III na PSOR, 1,2% (14/1184)
dos doentes tratados com apremilast reportaram depressão comparativamente a 0,5% (2/418) dos
doentes tratados com placebo. Nenhuma destas notificações de depressão foi grave ou levou à
descontinuação do estudo.
Populações especiais
Doentes idosos
Nos estudos clínicos, não se observaram diferenças globais no perfil de segurança de doentes idosos
com ≥ 65 anos de idade e de doentes adultos mais jovens com < 65 anos de idade.
4.9 Sobredosagem
O apremilast foi estudado em indivíduos saudáveis com uma dose diária máxima total de 100 mg
(administrada sob a forma de 50 mg duas vezes por dia (BID)) durante 4,5 dias sem evidência de
toxicidades limitantes de dose. Em caso de sobredosagem, recomenda-se que o doente seja
monitorizado para sinais ou sintomas de efeitos adversos e que seja instituído tratamento sintomático
apropriado. Em caso de sobredosagem, aconselha-se tratamento sintomático e de suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
O apremilast, uma pequena molécula oral inibidora da fosfodiesterase 4 (PDE4), atua
intracelularmente de modo a modular uma rede de mediadores pro-inflamatórios e anti-inflamatórios.
A PDE4 é uma PDE específica da adenosina monofosfato cíclica (AMPc) e é a PDE dominante nas
células inflamatórias. A inibição da PDE4 aumenta os níveis intracelulares de AMPc que, por sua vez,
hiporregulam a resposta inflamatória ao modularem a expressão do TNF-α, IL-23, IL-17 e de outras
citocinas inflamatórias. A AMPc modula também os níveis de citocinas anti-inflamatórias tais como a
IL-10. Este mediadores pró e anti-inflamatórios têm sido implicados na artrite psoriática e na psoríase.
24
Efeitos farmacodinâmicos
Nos estudos clínicos em doentes com artrite psoriática, o apremilast modulou significativamente, mas
não inibiu na sua totalidade, os níveis de proteínas plasmáticas de IL-1α, IL-6, IL-8, MCP-1, MIP-1β,
MMP-3 e TNF-α. Após 40 semanas de tratamento com apremilast, verificou-se uma diminuição dos
níveis de proteínas plasmáticas de IL-17 e IL-23, e um aumento de IL-10. Nos ensaios clínicos em
doentes com psoríase, o apremilast diminuiu a espessura epidérmica da lesão cutânea, a infiltração de
células inflamatórias e a expressão de genes pró-inflamatórios, inclusive os responsáveis pela sintetase
do óxido nítrico induzível (iNOS), IL-12/IL-23p40, IL-17A, IL-22 e IL-8.
Artrite psoriática
Os doentes nestes estudos tinham diagnóstico de PsA há pelo menos 6 meses. O PALACE 3 exigia
ainda uma lesão psoriática cutânea qualificável (com pelo menos 2 cm de diâmetro). O apremilast foi
utilizado em monoterapia (34,8%) ou em associação com doses estáveis de DMARDs de pequenas
moléculas (65,2%). Os doentes receberam apremilast em associação com um ou mais dos seguintes:
metotrexato (MTX, ≤ 25 mg/semana; 54,5%), sulfasalazina (SSZ, ≤ 2 g/dia; 9,0%), e leflunomida
(LEF, ≤ 20 mg/dia; 7,4%). Não foi permitido tratamento concomitante com DMARDs biológicos,
incluindo bloqueadores do TNF. Foram recrutados para os 3 estudos doentes com cada subtipo de
PsA, incluindo poliartrite simétrica (62,0%), oligoartrite assimétrica (26,9%), artrite articular
interfalângica distal (DIP) (6,2%), artrite mutilante (2,7%) e espondilite predominante (2,1%). Foram
recrutados doentes com entesopatia pré-existente (63%) ou com dactilite pré-existente (42%). Um
total de 76,4% de doentes tinha sido tratado previamente apenas com DMARDs de pequenas
moléculas e 22,4% dos doentes tinham sido tratados previamente com DMARDs biológicos, o que
inclui 7,8% com um insucesso terapêutico anterior com um DMARD biológico. A duração mediana da
PsA foi de 5 anos.
Com base no desenho do estudo, os doentes cujo número de articulações dolorosas e edemaciadas não
tivessem melhorado pelo menos 20% eram considerados não respondedores à semana 16. Os doentes a
fazerem placebo que fossem considerados não respondedores eram novamente aleatorizados numa
razão de 1:1, em ocultação, de modo a receberem apremilast 20 mg duas vezes por dia ou 30 mg duas
vezes por dia. À semana 24, todos os restantes doentes tratados com placebo passaram para o
apremilast 20 mg ou 30 mg BID.
O parâmetro de avaliação primário foi a percentagem de doentes que atingiram resposta 20 do
American College of Rheumatology (ACR) à semana 16.
O tratamento com apremilast resultou numa melhoria significativa dos sinais e sintomas da PsA,
conforme avaliado pelos critérios da resposta ACR 20 comparativamente ao placebo à semana 16. A
proporção de doentes com ACR 20/50/70 (as respostas nos estudos PALACE 1, PALACE 2 e
PALACE 3 assim como os dados agrupados dos estudos PALACE 1, PALACE 2 e PALACE 3) para
o apremilast 30 mg duas vezes por dia à semana 16, encontram-se na Tabela 3. As respostas ACR
20/50/70 mantiveram-se na semana 24.
Entre os doentes inicialmente aleatorizados para o tratamento com apremilast 30 mg duas vezes ao dia,
as taxas de resposta ACR 20/50/70 mantiveram-se até à semana 52 nos estudos agrupados PALACE 1,
PALACE 2 e PALACE 3 (Figura 1).
25
Tabela 3. Proporção de doentes com respostas ACR nos estudos PALACE 1, PALACE 2 e
PALACE 3 e nos estudos agrupados à Semana 16
PALACE 1 PALACE 2 PALACE 3 AGRUPADOS
Placebo Apremilast Placebo Apremilast Placebo Apremilast Placebo Apremilast
+/- 30 mg BID +/- 30 mg BID +/- 30 mg BID +/- 30 mg BID
DMARDs +/- DMARDs +/- DMARDs +/- DMARDs +/-
DMARDs DMARDs DMARDs DMARDs
ACR 20a
ACR 50
ACR 70
Semana 16 1,2% 4,2% 0,6% 1,2% 2,4% 3,6% 1,4% 3,0%
26
Figura 1 Proporção de respondedores ACR 20/50/70 até à semana 52 na análise agrupada dos
estudos PALACE 1, PALACE 2 e PALACE 3 (NRI*)
50
40
Taxa de resposta +/- EP (%)
30
20
10
0
0 16 24 Semana do estudo 40 52
Parâmetro de avaliação final n/m (%) n/m (%) n/m (%) n/m (%)
ACR 20 184/497 (37,0) 196/497 (39,4) 222/497 (44,7) 209/497 (42,1)
ACR 50 69/497 (13,9) 93/497 (18,7) 102/497 (20,5) 90/497 (18,1)
ACR 70 15/497 ( 3,0) 33/497 ( 6,6) 44/497 ( 8,9) 38/497 ( 7,6)
*NRI: Imputação a não respondedores. Os indivíduos que descontinuaram precocemente antes do ponto temporal e os indivíduos que não
tiveram dados suficientes para uma determinação definitiva do estado de resposta no ponto temporal são contabilizados como não
respondedores.
Entre os 497 doentes inicialmente aleatorizados para o apremilast 30 mg duas vezes por dia, 375
(75%) doentes ainda estavam a fazer este tratamento na semana 52. Nestes doentes, as respostas ACR
20/50/70 à semana 52 foram 57%, 25% e 11%, respetivamente.
As respostas observadas no grupo tratado com apremilast foram semelhantes nos doentes medicados e
não medicados com DMARDs concomitantemente, incluindo MTX.
Os doentes previamente tratados com DMARDs ou com biológicos que receberam apremilast
atingiram uma maior resposta ACR 20 à semana 16 do que os doentes que estavam a receber placebo.
Observaram-se respostas ACR semelhantes em doentes com diferentes subtipos de PsA, incluindo
DIP. O número de doentes com subtipos de artrite mutilante e de espondilite predominante foi
demasiado pequeno para permitir uma avaliação significativa.
27
Entre os doentes que permaneceram no tratamento com apremilast para o qual tinham sido
aleatorizados no início do estudo, estas melhorias mantiveram-se até à semana 52.
Entre os doentes que foram inicialmente aleatorizados para tratamento com apremilast 30 mg duas
vezes por dia, a alteração na pontuação do HAQ-DI entre o início do estudo e a semana 52 foi
de -0,333 no grupo do apremilast 30 mg duas vezes por dia, numa análise agrupada da fase sem
ocultação dos estudos PALACE 1, PALACE 2 e PALACE 3.
Psoríase
A segurança e eficácia do apremilast foram avaliadas em dois estudos multicêntricos, aleatorizados,
em dupla ocultação, e controlados por placebo (estudos ESTEEM 1 e ESTEEM 2) que recrutaram um
total de 1257 doentes com psoríase em placas moderada a grave, com um envolvimento da área de
superfície corporal (BSA) ≥ 10%, uma pontuação do Índice de Gravidade e Extensão da Psoríase
(PASI) ≥ 12, Avaliação Global pelo Médico (sPGA) ≥ 3 (moderada ou grave) e que eram candidatos
para fototerapia ou para terapêutica sistémica.
Estes estudos tiveram um desenho semelhante até à semana 32. Em ambos os estudos, os doentes
foram aleatorizados numa razão de 2:1 para apremilast 30 mg BID ou placebo durante 16 semanas
(fase controlada por placebo) e entre as semanas 16-32 todos os doentes receberam apremilast 30 mg
BID (fase de manutenção). Durante a fase aleatorizada de descontinuação do tratamento (semanas 32-
52), os doentes originalmente aleatorizados para o apremilast que atingiram uma redução de pelo
menos 75% na sua pontuação PASI (PASI-75) (ESTEEM 1) ou uma redução de 50% na sua
pontuação PASI (PASI-50) (ESTEEM 2) foram novamente aleatorizados na semana 32 para placebo
ou apremilast 30 mg BID. Os doentes que foram novamente aleatorizados para o placebo e que
perderam a resposta PASI-75 (ESTEEM 1) ou que perderam 50% de melhoria PASI na semana 32, em
comparação com o início do estudo (ESTEEM 2), foram novamente tratados com apremilast 30 mg
BID. Os doentes que não atingiram a resposta PASI estabelecida até à semana 32, ou que foram
inicialmente aleatorizados para placebo, permaneceram com apremilast até à semana 52. A utilização
de corticosteroides tópicos de baixa potência na face, axilas e virilhas, champô de alcatrão de carvão
e/ou preparações com ácido salicílico para o couro cabeludo foi permitida durante os estudos.
Adicionalmente, na semana 32, aos indivíduos que não atingiram uma resposta PASI-75 no
ESTEEM 1 ou uma resposta PASI-50 no ESTEEM 2, foi permitido utilizar terapêuticas tópicas para a
psoríase e/ou fototerapia além do tratamento com apremilast 30 mg BID.
Em ambos os estudos, o parâmetro de avaliação primário foi a proporção de doentes que atingiu uma
PASI-75 na semana 16. O principal parâmetro de avaliação secundário foi a proporção de doentes que
atingiu uma pontuação sPGA de limpo (0) ou quase limpo (1) na semana 16.
A pontuação PASI média no início do estudo foi 19,07 (mediana de 16,80) e a proporção de doentes
com uma pontuação sPGA de 3 (moderado) e 4 (grave) no início do estudo foi de 70,0% e 29,8%,
28
respetivamente, com um envolvimento médio de 25,19% de BSA (mediana de 21,0%). Cerca de 30%
de todos os doentes tinha recebido fototerapia prévia e 54% tinha recebido terapêutica sistémica
convencional e/ou biológica prévia para o tratamento da psoríase (incluindo insucessos terapêuticos),
tendo 37% recebido terapêutica sistémica convencional e 30% recebido terapêutica biológica prévias.
Cerca de um terço dos doentes não recebeu fototerapia, terapêutica sistémica convencional ou
terapêutica biológica prévias. Dezoito por cento dos doentes tinham antecedentes de artrite psoriática.
A proporção de doentes que atingiu respostas PASI 50,75 e 90 e uma pontuação sPGA de limpo (0) ou
quase limpo (1) é apresentada na Tabela 4. O tratamento com apremilast resultou numa melhoria
significativa da psoríase em placas moderada a grave, conforme demonstrado pela proporção de
doentes com resposta PASI-75 à semana 16, em comparação com o placebo. A melhoria clínica
medida pelas respostas sPGA, PASI-50 e PASI-90 foi também demonstrada à semana 16.
Adicionalmente, o apremilast demonstrou benefício terapêutico em inúmeras manifestações da
psoríase incluindo prurido, onicopatias, envolvimento do couro cabeludo e medidas ao nível da
qualidade de vida.
Tabela 4. Resposta clínica à semana 16 nos estudos ESTEEM 1 e ESTEEM 2 (FAS a LOCFb)
ESTEEM 1 ESTEEM 2
Placebo 30 mg BID APR* Placebo 30 mg BID APR*
N 282 562 137 274
PASIc 75, n (%) 15 (5,3) 186 (33,1) 8 (5,8) 79 (28,8)
sPGAd de limpo ou quase
11 (3,9) 122 (21,7) 6 (4,4) 56 (20,4)
limpo , n (%)
PASI 50, n (%) 48 (17,0) 330 (58,7) 27 (19,7) 152 (55,5)
PASI 90, n (%) 1 (0,4) 55 (9,8) 2 (1,5) 24 (8,8)
BSAe - alteração
- 6,9 - 47,8 - 6,1 -48,4
percentual (%)
± 38,95 ± 38,48 ± 47,57 ± 40,78
média ± DP
VASf - alteração no - 7,3 - 31,5 - 12,2 - 33,5
prurido (mm), média ± DP ± 27,08 ± 32,43 ± 30,94 ±35,46
Alteração no DLQIg, média - 2,1 - 6,6 -2,8 -6,7
± DP ± 5,69 ± 6,66 ± 7,22 ± 6,95
Alteração no SF-36 MCS h, - 1,02 2,39 0,00 2,58
mean± DP ± 9,161 ± 9,504 ±10,498 ± 10,129
* p< 0,0001 para o apremilast vs placebo, exceto para PASI 90 e alteração do SF-36 MCS no ESTEEM 2 nos quais p=0,0042 e p=0,0078,
respetivamente.
a
FAS = Conjunto de análise total
b
LOCF= Última observação efetuada
c
PASI = Índice de Gravidade e Extensão da Psoríase
d
sPGA = Avaliação Global pelo Médico
e
BSA = Área de Superfície Corporal
f
VAS = Escala Visual Analógica; 0 = melhor, 100 = pior
g
DLQI = Índice Dermatológico de Qualidade de Vida; 0 = melhor, 30 = pior
h
SF-36 MCS = versão curta com 36 items do Questionário de Saúde - do Estudo dos Resultados Médicos, Resumo da Componente Mental
O benefício clínico do apremilast foi demonstrado em inúmeros subgrupos definidos pelos dados
demográficos no início do estudo e pelas características clínicas da doença no início do estudo
(incluindo a duração da psoríase enquanto doença e doentes com antecedentes de artrite psoriática). O
benefício clínico do apremilast foi também demonstrado independentemente da utilização prévia de
medicação para a psoríase e da resposta a tratamentos prévios para a psoríase. As taxas de resposta
foram semelhantes para todos os intervalos de peso.
29
A resposta ao apremilast foi rápida, com melhorias significativamente superiores nos sinais e sintomas
da psoríase, incluindo o PASI, desconforto/dor cutâneos e prurido, em comparação com o placebo na
semana 2. Em geral, as respostas PASI foram atingidas à semana 16 e mantiveram-se até à semana 32.
Em ambos os estudos, a melhoria percentual média no PASI desde o início do estudo permaneceu
estável durante a Fase Aleatorizada de Descontinuação do Tratamento para os doentes novamente
aleatorizados para o apremilast na semana 32 (Tabela 5).
ESTEEM 1 ESTEEM 2
No estudo ESTEEM 1, cerca de 61% dos doentes que foram novamente aleatorizados para apremilast
na semana 32 tiveram uma resposta PASI-75 na semana 52. Dos doentes com pelo menos resposta
PASI-75 que foram novamente aleatorizados para placebo à semana 32 durante uma Fase Aleatorizada
de Descontinuação do Tratamento, 11,7% foram respondedores PASI-75 na semana 52. O tempo
mediano até perda da resposta PASI-75 nos doentes que foram novamente aleatorizados para placebo
foi de 5,1 semanas.
No estudo ESTEEM 2, cerca de 80,3% dos doentes novamente aleatorizados para apremilast na
semana 32 tiveram uma resposta PASI-50 à semana 52. Dos doentes com pelo menos resposta PASI-
50 novamente aleatorizados para placebo na semana 32, 24,2% foram respondedores PASI-50 na
semana 52. O tempo mediano até perda de 50% da sua melhoria PASI na semana 32 foi de
12,4 semanas.
30
Após a descontinuação aleatorizada da terapêutica na semana 32, aproximadamente 70% dos doentes
no estudo ESTEEM 1 e 65,6% dos doentes no estudo ESTEEM 2, voltaram a atingir respostas PASI-
75 (ESTEEM 1) ou PASI-50 (ESTEEM 2) após o reinício do tratamento com apremilast. Devido ao
desenho do estudo, a duração do segundo tratamento foi variável, oscilando entre 2,6 a 22,1 semanas.
No estudo ESTEEM 1, aos doentes aleatorizados para apremilast no início do estudo que não
atingiram uma resposta PASI-75 ao fim da semana 32, foi permitida a utilização concomitante de
terapêuticas tópicas e/ou fototerapia UVB entre as semanas 32 a 52. Destes doentes, 12% atingiram
resposta PASI-75 na semana 52 com apremilast mais tratamento tópico e/ou fototerapia.
Nos estudos ESTEEM 1 e ESTEEM 2, na semana 16, foram observadas melhorias significativas
(diminuições) da psoríase ungueal, avaliadas pela alteração percentual média do Índice de Severidade
da Psoríase Ungueal (NAPSI) desde o início do estudo, nos doentes que estavam a receber apremilast
em comparação com os doentes tratados com placebo (p< 0,0001 e p=0,0052, respetivamente). Foram
observadas outras melhorias na psoríase ungueal na semana 32, nos doentes em tratamento continuado
com apremilast.
Nos estudos ESTEEM 1 e ESTEEM 2, foram observadas melhorias significativas na psoríase do couro
cabeludo de intensidade pelo menos moderada (≥3), medida pela proporção de doentes que atingiram
uma Avaliação Global da Psoríase do Couro Cabeludo pelo Médico (ScPGA) de limpo (0) ou mínimo
(1) à semana 16, nos doentes a receberem apremilast em comparação com os doentes tratados com
placebo (p< 0,0001 para ambos os estudos). Na generalidade, as melhorias mantiveram-se nos
indivíduos que foram novamente aleatorizados para Otezla desde a semana 32 até à semana 52
(Tabela 5).
Absorção
O apremilast é bem absorvido com uma biodisponibilidade oral absoluta de aproximadamente 73%,
com concentrações plasmáticas máximas (Cmax) a ocorrerem num tempo mediano (tmax) de
aproximadamente 2,5 horas. A farmacocinética do apremilast é linear, com um aumento proporcional
à dose da exposição sistémica no intervalo de dose dos 10 aos 100 mg por dia. A acumulação é
mínima quando o apremilast é administrado uma vez por dia e de cerca de 53% em indivíduos
saudáveis e 68% em doentes com psoríase quando administrado duas vezes pordia. A coadministração
com alimentos não altera a biodisponibilidade, portanto, o apremilast pode ser administrado com ou
sem alimentos.
Distribuição
A ligação do apremilast às proteínas plasmáticas humanas é de aproximadamente 68%. O volume de
distribuição (Vd) aparente médio é de 87 l, indicativo de distribuição extravascular.
Biotransformação
O apremilast é extensivamente metabolizado tanto por vias mediadas ou não mediadas pela CYP,
incluindo oxidação, hidrólise e conjugação, o que sugere que é pouco provável que a inibição de uma
única via de depuração possa causar uma interação medicamentosa acentuada. O metabolismo
oxidativo do apremilast é maioritariamente mediado pela CYP3A4, com pequenas contribuições da
CYP1A2 e da CYP2A6. O apremilast é o principal componente em circulação após a administração
oral. O apremilast é sujeito a um metabolismo extenso com apenas 3% e 7% do composto original
31
administrado recuperado na urina e nas fezes, respetivamente. O principal metabolito inativo
circulante é o conjugado glucoronídeo de O-demetil apremilast (M12). A exposição ao apremilast
diminui quando administrado concomitantemente com rifampicina, um potente indutor da CYP3A4, o
que é consistente com o facto do apremilast ser um substrato da CYP3A4.
In vitro, o apremilast não é um inibidor ou indutor das enzimas do citocromo P450. Por conseguinte, é
improvável que a coadministração de apremilast com substratos das enzimas CYP afete a depuração e
exposição de substâncias ativas metabolizadas pelas enzimas CYP.
In vitro, o apremilast tem pouco ou nenhum efeito inibitório (CI50>10 µM) no transportador de aniões
orgânicos (OAT)1 e no OAT3, no transportador de catiões orgânicos (OCT)2, no polipéptido
transportador de aniões orgânicos (OATP)1B1 e no OATP1B3 ou na proteína de resistência do cancro
da mama (BCRP) e não é um substrato para estes transportadores. Como tal, é improvável que
ocorram interações medicamentosas clinicamente relevantes quando o apremilast é coadministrado
com fármacos que são substratos ou inibidores destes transportadores.
Eliminação
A depuração plasmática do apremilast é, em média, de cerca de 10 l/h em indivíduos saudáveis, com
uma semivida de eliminação terminal de aproximadamente 9 horas. Após a administração oral de
apremilast radiomarcado, cerca de 58% e 39% da radioatividade é recuperada na urina e nas fezes,
respetivamente, com cerca de 3% e 7% da dose radioativa recuperada sob a forma de apremilast na
urina e nas fezes, respetivamente.
Doentes idosos
O apremilast foi estudado em indivíduos jovens e idosos saudáveis. A exposição em indivíduos idosos
(65 a 85 anos de idade) é cerca de 13% mais elevada na AUC e cerca de 6% mais elevada na Cmax para
o apremilast do que nos indivíduos jovens (18 a 55 anos de idade). Os dados farmacocinéticos em
indivíduos com mais de 75 anos de idade, em ensaios clínicos, são limitados. Não é necessário um
ajuste posológico para os doentes idosos.
Compromisso renal
Não existe uma diferença significativa na farmacocinética do apremilast em indivíduos com
compromisso renal ligeiro ou moderado e indivíduos saudáveis emparelhados (n=8 em cada grupo).
Os resultados sustentam não serem necessários ajustes de dose em doentes com compromisso renal
ligeiro e moderado. A dose de apremilast deve ser reduzida para 30 mg uma vez por dia em doentes
com compromisso renal grave (TFGe inferior a 30 ml/min/1,73 m2 ou CLcr < 30 ml/min). Em
8 indivíduos com compromisso renal grave aos quais foi administrada uma dose única de 30 mg de
apremilast, a AUC e a Cmax do apremilast aumentaram em cerca de 89% e 42%, respetivamente.
Compromisso hepático
A farmacocinética do apremilast e do seu principal metabolito M12 não é afetada por compromisso
hepático moderado ou grave. Não é necessário um ajuste da dose em doentes com compromisso
hepático.
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais
de farmacologia de segurança e de toxicidade de dose repetida. Não existe evidência para potencial
imunotóxico, de irritação dérmica ou fototóxico.
32
(NOAEL) para a fertilidade masculina foi superior a 50 mg/kg/dia, 3 vezes superior à exposição
clínica.
Desenvolvimento embrio-fetal
Num estudo combinado de fertilidade e toxicidade do desenvolvimento embrio-fetal em ratinhos
fêmeas com doses orais de 10, 20, 40 e 80 mg/kg/dia, os pesos absolutos e/ou relativos dos corações
das mães aumentaram com doses de 20, 40 e 80 mg/kg/dia. Observou-se um aumento dos números de
reabsorções precoces e diminuição do número de ossos társicos ossificados com 20, 40 e
80 mg/kg/dia. Observou-se uma redução dos pesos fetais e atraso na ossificação do osso supraoccipital
do crânio com 40 e 80 mg/kg/dia. O NOEL materno e de desenvolvimento no ratinho foi de
10 mg/kg/dia (1,3 vezes superior à exposição clínica).
Num estudo de toxicidade do desenvolvimento embrio-fetal no macaco, doses orais de 20, 50, 200 e
1000 mg/kg/dia resultaram num aumento relacionado com a dose de perda pré-natal (abortos) com
doses de 50 mg/kg/dia e superiores; não se observou qualquer efeito relacionado com o medicamento
de ensaio nas perda pré-natais com 20 mg/kg/dia (1,4 vezes superior à exposição clínica).
Estudos de carcinogenicidade
Os estudos de carcinogenicidade em ratinhos e ratos não mostraram haver evidência de
carcinogenicidade relacionada com o tratamento com apremilast.
Estudos de genotoxicidade
O apremilast não é genotóxico. O apremilast não induziu mutações num ensaio de Ames ou aberrações
cromossómicas em culturas de linfócitos de sangue periférico humano na presença ou ausência de
ativação metabólica. O apremilast não foi clastogénico num ensaio de micronúcleo in vivo em ratinhos
com doses até 2000 mg/kg/dia.
Outros estudos
Não existe evidência para potencial imunotóxico, de irritação dérmica ou fototóxico.
33
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Núcleo do comprimido
Celulose microcristalina
Lactose mono-hidratada
Croscarmelose sódica
Estearato de magnésio.
Película de revestimento
Álcool polivinílico
Dióxido de titânio (E171)
Macrogol 3350
Talco
Óxido de ferro vermelho (E172).
Os comprimidos de 30 mg contêm também óxido de ferro amarelo (E172) e óxido de ferro preto
(E172).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
21 meses.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências
locais.
34
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/14/981/002
EU/1/14/981/003
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
35
ANEXO II
36
A. FABRICANTE RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados (ver
anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2).
37
ANEXO III
38
A. ROTULAGEM
39
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Carteira contendo a embalagem de início de tratamento para 2 semanas
1. NOME DO MEDICAMENTO
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
40
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
EU/1/14/981/001
Lot
Otezla 10 mg
Otezla 20 mg
Otezla 30 mg
41
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS
CONTENTORAS
Blister (A informação está impressa diretamente na carteira com o blister em branco selado no
interior.
1. NOME DO MEDICAMENTO
Otezla 10 mg comprimidos
Otezla 20 mg comprimidos
Otezla 30 mg comprimidos
apremilast
Celgene
3. PRAZO DE VALIDADE
EXP
4. NÚMERO DO LOTE
Lot
5. OUTRAS
42
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Embalagem exterior
1. NOME DO MEDICAMENTO
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
43
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
EU/1/14/981/002
EU/1/14/981/003
Lot
Otezla 30 mg
44
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS
CONTENTORAS
BLISTER
1. NOME DO MEDICAMENTO
Otezla 30 mg comprimidos
apremilast
Celgene
3. PRAZO DE VALIDADE
EXP
4. NÚMERO DO LOTE
Lot
5. OUTRAS
45
B. FOLHETO INFORMATIVO
46
Folheto informativo: Informação para o doente
Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de
nova informação de segurança. Poderá ajudar, comunicando quaisquer efeitos secundários que tenha.
Para saber como comunicar efeitos secundários, veja o final da secção 4.
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento, pois contém
informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode
ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados
neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Ver secção 4.
O que é Otezla
47
Como funciona Otezla
A artrite psoriática e a psoríase são geralmente doenças que duram toda a vida e para as quais não
existe atualmente uma cura. Otezla funciona reduzindo a atividade de uma enzima no corpo chamada
‘fosfodiesterase 4’, que está envolvida no processo de inflamação. Ao reduzir a atividade desta
enzima, Otezla pode ajudar a controlar a inflamação associada à artrite psoriática e à psoríase e, por
conseguinte reduzir os sinais e sintomas destas doenças.
Na artrite psoriática, o tratamento com Otezla resulta numa melhoria das articulações inchadas e
dolorosas podendo melhorar a sua função física em geral.
Na psoríase, o tratamento com Otezla resulta numa redução das placas psoriáticas na pele e outros
sinais e sintomas da doença.
Otezla também demonstrou melhorar a qualidade de vida nos doentes com psoríase ou com artrite
psoriática. Isto significa que o impacto da sua doença nas atividades diárias, relacionamentos e outros
fatores deve ser menor do que anteriormente.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Otezla.
Se o seu médico considera que o seu peso é baixo e se você sofrer uma perda não intencional de peso
corporal enquanto estiver a ser tratado com Otezla, deve falar com o seu médico.
Se tem problemas graves nos rins, então a dose recomendada de Otezla é de 30 mg uma vez por dia
(dose da manhã). O seu médico discutirá consigo a forma de aumentar a sua dose quando começar a
tomar Otezla pela primeira vez.
Crianças e adolescentes
Otezla não foi estudado em crianças e adolescentes e, por isso, não é recomendado para utilização em
crianças e adolescentes com 17 anos de idade e menos.
Em particular, informe o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Otezla se estiver a tomar
qualquer um dos seguintes medicamentos:
48
Gravidez e amamentação
Existe pouca informação sobre os efeitos de Otezla na gravidez. Não deve engravidar enquanto estiver
a tomar este medicamento e deve utilizar um método contracetivo eficaz durante o tratamento com
Otezla. Desconhece-se se este medicamento passa para o leite materno. Não deve utilizar Otezla
enquanto estiver a amamentar.
Fale com o seu médico se pensa que pode estar grávida ou se está a planear engravidar ou se está a
amamentar ou planeia amamentar.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou
farmacêutico se tiver dúvidas.
Quando começar a tomar Otezla pela primeira vez, receberá uma ‘embalagem de início de
tratamento’ que contém todas as doses conforme indicadas na tabela abaixo.
A ‘embalagem de início de tratamento’está claramente rotulada para assegurar que toma o
comprimido correto à hora correta
O seu tratamento começará com uma dose mais baixa, aumentando gradualmente ao longo dos
primeiros 6 dias de tratamento.
A ‘embalagem de início de tratamento’ incluirá também comprimidos suficientes para mais
8 dias com a dose recomendada (Dias 7 a 14).
A dose recomendada de Otezla é de 30 mg duas vezes por dia depois da fase de titulação estar
concluída - uma dose de 30 mg de manhã e uma dose de 30 mg à noite, com um intervalo de
aproximadamente 12 horas, com ou sem alimentos.
Isto corresponde a uma dose diária total de 60 mg. Ao fim do Dia 6 terá atingido esta dose
recomendada.
Assim que tiver atingido a dose recomendada, receberá apenas os comprimidos na dosagem de
30 mg nas embalagens que lhe foram prescritas. Só terá de passar uma vez por esta fase de
aumento gradual da sua dose, mesmo se reiniciar o tratamento.
Dose
Dia Dose de manhã Dose da noite
diária total
49
Pessoas com problemas de rins
Se tem problemas graves de rins então a dose recomendada de Otezla é de 30 mg uma vez por dia
(dose da manhã). O seu médico discutirá consigo a forma de aumentar a sua dose quando começar a
tomar Otezla pela primeira vez.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se
manifestem em todas as pessoas.
Efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em cada 100 pessoas)
erupção na pele
50
perda de peso
reação alérgica.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, fale com o seu médico ou farmacêutico. Isto inclui quaisquer
efeitos secundários possíveisnão indicados neste folheto.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger
o ambiente.
Otezla 10 mg comprimido revestido por película é um comprimido revestido por película cor-de-rosa,
em forma de losango, com “APR” gravado num dos lados e “10” no lado oposto.
Otezla 20 mg comprimido revestido por película é um comprimido revestido por película castanho, em
forma de losango, com “APR” gravado num dos lados e “20” no lado oposto.
Otezla 30 mg comprimido revestido por película é um comprimido revestido por película bege, em
forma de losango, com “APR” gravado num dos lados e “30” no lado oposto.
51
Apresentações
A embalagem de iniciação do tratamento é uma carteira dobrada que contém 27 comprimidos: 4
x 10 mg comprimidos, 4 x 20 mg comprimidos e 19 x 30 mg comprimidos.
A embalagem padrão mensal contém 56 x 30 mg comprimidos.
A embalagem padrão trimestral contém 168 x 30 mg comprimidos.
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
52