Instalações Elétricas
Instalações Elétricas
Instalações Elétricas
índice
3- Fator de Utilização..........................................................................................................................20
6- Dimensionamento de Condutores...........................................................................................35
Essa abordagem é crucial para que você adquira uma compreensão abrangente
sobre como a energia elétrica é gerada, transmitida e como se dá o fornecimento de
energia elétrica para unidades consumidoras, tais como residências, edifícios e
indústrias.
A energia pode ser definida como qualquer entidade com capacidade para realizar
ou gerar trabalho.
➢ Energia Elétrica;
➢ Energia Mecânica;
➢ Energia Térmica;
➢ Energia Química;
Podemos afirmar que a energia elétrica passa por três fases fundamentais:
➢ Geração;
➢ Transmissão;
➢ Distribuição;
Dessa forma, vamos abordar os aspectos gerais dessas três fases cruciais que
compõem o sistema elétrico brasileiro.
Geração
Entretanto, de que maneira a energia elétrica é gerada?
➢ Abundância de água;
Transmissão
Para garantir a viabilidade econômica, a tensão gerada nos geradores trifásicos
precisa ser elevada a valores padronizados, levando em consideração a potência a ser
transmitida e as distâncias até os centros consumidores. Desse modo, é essencial
construir uma subestação elevadora o mais próximo possível da unidade geradora.
Distribuição
A distribuição é a seção do sistema elétrico que engloba as cargas do sistema,
ou seja, abrange os centros de consumo, como residências, edifícios e indústrias. O
processo de distribuição tem início na subestação abaixadora, onde a tensão da linha
de transmissão é reduzida para valores padronizados na rede de distribuição
primária, como 13,8 kV e 34,5 kV, por exemplo.
➢ Sistema em anel;
➢ Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é
igual ou superior a 69kV e inferior a 230kV.
➢ Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo valor eficaz é
superior a 1kV e inferior a 69kV.
➢ Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é
igual ou inferior a 1kV.
➢ Equipamentos principais;
➢ Equipamentos de manobra;
➢ Equipamentos de utilização.
➢ Aparelhos de iluminação;
➢ Equipamentos industriais;
Rede secundária
Quadro de
Ponto de proteção e medição
Ponto de entrega
Ramal derivação
De ligação QP QM
Ramal de entrada
Entrada consumidora
Entrada de serviço
A Entrada de Serviço é o conjunto de equipamentos, condutores e acessórios
instalados entre o ponto de derivação da rede concessionária e o quadro de medição
ou proteção estando ele incluído.
O Ponto de Entrega (NBR 5460:1992) é o ponto no qual a energia elétrica
(entregue a um consumidor pela concessionária de energia) é medida para fins de
faturamento. Logo, ele é o ponto de conexão da empresa distribuidora de eletricidade
com a instalação elétrica da unidade consumidora, delimitando as responsabilidades
da distribuidora (NBR 5410:2004). O ponto de entrega é o ponto a partir do qual se
aplica a NBR 5410:2004.
A Entrada Consumidora é o conjunto de equipamentos, condutores e
acessórios instalados entre o ponto de entrega e o quadro de proteção e medição
estando este incluído.
O Ramal de Ligação (NBR 5460:1992) é o ramal derivado de uma rede de
distribuição para alimentar um consumidor ou unidade consumidora. Ele é constituído
pelo conjunto de condutores e acessórios instalados pela distribuidora de energia
entre o ponto de derivação da rede concessionária e o ponto de entrega (REN ANEEL
414/2010)
O Ramal de Entrada (NBR 546:01992) é a parte do ramal de ligação
compreendida entre o limite da propriedade do consumidor e do ponto de medição.
Assim, é o conjunto de condutores e acessórios instalados pelo consumidor entre o
ponto de entrega e o quadro de proteção e medição da instalação (RENANEEL
414/2010)
A Unidade Consumidora é o conjunto composto pelas instalações, ramal de
entrada, equipamentos elétricos, condutores e acessórios caracterizada pelo
recebimento de energia elétrica em apenas um ponto de entrega, com medição
individualizada, correspondente a um único consumidor e localizado em uma mesma
propriedade ou em propriedades contíguas (REN ANEEL 414/2010).
➢Residenciais;
➢Comerciais;
➢Públicas;
➢Industriais;
➢Agropecuárias;
➢Pré-fabricadas.
É relevante destacar que essa norma abrange também trailers, campings, áreas
externas das propriedades (fora das edificações) e instalações temporárias, como
canteiros de obras, feiras e exposições.
As instalações elétricas de média tensão, com uma tensão nominal entre 1000
V e 36200 V, são regulamentadas pela norma NBR 14039:2003.
Além disso, a NBR 5410 também é aplicada em diversos contextos, tais como:
As instalações elétricas de média tensão, com uma
tensão nominal entre 1000 V e 36200 V, são
regulamentadas pela norma NBR 14039:2003.
A norma NBR 5410 será a nossa principal fonte e guia para explorar
as diretrizes, detalhes, requisitos e procedimentos relativos às
condições que as instalações elétricas de baixa tensão precisam
atender. Portanto, a sua leitura é essencial
Etapas de Projeto
O desenvolvimento de um projeto elétrico para qualquer tipo de instalação
requer a observância de procedimentos específicos, assegurando a entrega segura e
eficaz de energia elétrica à unidade consumidora.
O desenvolvimento de um projeto elétrico para qualquer tipo de
instalação requer a observância de procedimentos específicos,
assegurando a entrega
segura e eficaz de energia elétrica à unidade consumidora.
➢A análise inicial é a fase inicial que envolve a coleta de dados fundamentais para
orientar o projeto. Durante essa etapa, é realizada uma estimativa preliminar da
potência instalada, com base em fatores de demanda e carga apropriados. Aqui, são
determinados os tipos de linhas elétricas e a localização da entrada de energia.
➢Plantas;
1 𝑡+∆𝑡
𝐷= ∫ 𝑃(𝑡)𝑑𝑡
∆𝑡 𝑡
A região sob a curva P(t) (Fig. 2) representa a energia consumida pela instalação
no intervalo considerado. Portanto, a energia E consumida durante Δt pode ser
calculada da seguinte forma:
𝑡+∆𝑡
𝐸 = 𝐷 ∙ ∆𝑡 − ∫𝑡 𝑃(𝑡)𝑑𝑡
𝑡
𝐸𝑡 = ∫ 𝐷(𝑡)𝑑𝑡
0
D(t)
0 T t
∆𝑡
De acordo com a NBR 5460, ainda podemos definir a demanda média Dm, pelo
período desse intervalo.
𝐸𝑇
𝐷𝑚 =
𝑇
Fator de Carga
Segundo a NBR 5460:
𝐷𝑚𝑎𝑥
𝑓𝑑𝑒𝑚 =
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡
O coeficiente de demanda será sempre menor que um, pois a demanda máxima
representa a potência real utilizada na instalação. Dado que é raro o uso simultâneo
de todos os pontos de luz ou tomadas de corrente, a potência efetivamente utilizada
será menor que a potência total instalada na unidade consumidora.
Fator de Utilização
O fator de utilização, como o próprio nome sugere, é aplicado aos
equipamentos de utilização e indica, essencialmente, a porcentagem da capacidade
do equipamento que está sendo efetivamente utilizada.
Calculada como:
𝑃𝑎𝑏𝑠
𝑓𝑢𝑡𝑖 =
𝑃𝑛
Nesse contexto:
𝐷𝑚𝑎𝑥
𝑓𝑑𝑒𝑚 =
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡
Apenas substituímos a potência de alimentação pela demanda máxima
presumida!
Tabelas com fatores de demanda típicos para diferentes tipos de cargas, como
residências, auditórios, escolas, hospitais, são ferramentas valiosas para os projetistas
ao planejar e dimensionar instalações elétricas. Esses fatores são geralmente baseados
na experiência das concessionárias de energia e dos próprios projetistas de instalações.
Se cada conjunto possui sua própria potência instalada e sua demanda máxima
diária (que correm ta, tb e tc.). Sendo assim os fatores de demanda de cada setor será
dado por:
𝐷 (𝑚𝑎𝑥,𝑇)
𝑓𝑑𝑒𝑚,𝑇 =
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑇
Considerando que a potência instalada total será igual a soma das potências
individuais de cada setor.
𝐷𝐴 + 𝐷𝐵 + 𝐷𝐶
𝑓𝑑𝑒𝑚,𝑇 =
𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐴 + 𝑃𝑖𝑛𝑠,𝐵 + 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝐶
Fator de diversidade
Conforme com NBR 5460,
𝑆𝐴
⃓𝐵 =
𝑈𝑁
𝑃𝐴
𝑆𝐴 =
cos ∅
∑𝑛
𝑖=1 𝑃𝑛,𝑖
⃓𝐵 =
𝑈𝑛.cos ∅
Já para um circuito terminal que alimenta uma única carga de potência nominal PN:
𝑃𝑁
⃓𝐵 =
𝑈𝑛.cos ∅
Como adentramos na parte do conteúdo que faz uso mais intenso das
prescrições e recomendações, tenha a norma NBR 5410:2004 à disposição para
consultas quando necessário.
Sempre tenha em mente que, uma vez determinada a potência instalada com
base nas potências nominais dos equipamentos existentes ou projetados, é possível
calcular a potência de alimentação usando fatores de demanda práticos apropriados
(considerando a possibilidade de não simultaneidade na utilização dos
equipamentos).
Carga de iluminação
A determinação das cargas de iluminação pode ser realizada utilizando o critério que
estabelece a potência mínima de iluminação de um espaço com base na sua área.
➢Em cada cômodo ou dependência, deve ser instalado pelo menos um ponto de luz
fixo no teto, controlado por interruptor, com potência mínima de 100 VA;
➢Para cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2, a carga mínima
deve ser de pelo menos 100 VA;
➢Nos cômodos ou dependências com área superior a 6 m2, a carga mínima deve ser
de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 42
inteiros.
1
Seção 9.5.2.1 da NBR 5410: 2004
Cômodos ou
dependências com área -Carga mínima de 100 VA.
igual ou inferior a 6 m2
2
Seção 9.5.2.1.1 – Nota 2 da NBR5410:2004
➢Cozinhas, copas e áreas de serviço: Deve-se prever um ponto de tomada para cada
3,5 metros ou fração de perímetro. No mínimo, duas tomadas de corrente devem ser
previstas acima da bancada da pia, seja no mesmo ponto ou em pontos separados.
➢A potência atribuída aos pontos de tomadas de uso específico deve ser igual à
potência nominal do equipamento a ser alimentado. Quando a potência do
equipamento não for especificada, deve-se atribuir uma potência equivalente à do
equipamento mais potente que pode ser conectado àquela tomada.
Alternativamente, é possível determinar essa potência com base na corrente nominal
da tomada e na tensão do circuito.
➢Os pontos de tomadas de uso específico devem ser instalados a uma distância
máxima de 1,5 m do local onde o equipamento será alimentado.
È importante lembrar:
A norma ainda faz uma prescrição com relação ao aquecimento elétrico de água...
Quantidade de Pontos
Carga de Tomada Àrea do Cômodo Valor
do Perímetro
Essa "fração" significa que não devemos ignorar o restante que sobrou do
perímetro, como faríamos nos pontos de iluminação, que exigem valores inteiros.
➢Em alimentação polifásica, as cargas devem ser distribuídas entre as fases para obter
o maior equilíbrio possível entre as cargas.
Além disso, para os locais de habitação, alguns critérios mais específicos devem
ser observados:
9
Seção 4.2.5.5 da NRB 5410:2004.
10
Seção 4.2.5.7 da NBR 5410:200
11
Seção 4.2.5.4 da NBR 5410:2004.
Dimensionamento de Condutores
Em um projeto elétrico, a escolha da seção adequada de um condutor é
essencial para assegurar a segurança e o desempenho eficiente dos componentes
elétricos da instalação. A passagem de corrente elétrica pelo condutor deve ser
gerenciada de maneira a não exceder limites seguros de temperatura e queda de
tensão.
12
Seção 6.2.6.1.2 da NBR 5410:2004
1,5 Cu
10 Cu
Condutores 254/127 16 Al
Nus/ 440/220 4 Cu
De acordo com as orientações, os agrupamentos de pontos de tomada são
classificados como circuitos de energia.
Condutor Neutro
O condutor neutro13, a noma exige que:
-Para garantir que a orientação sobre a seção do condutor neutro seja aplicada de
maneira eficaz, é fundamental considerar algumas condições específicas.
35 25
50 25
70 35
A corrente conduzida por um condutor deve respeitar um valor limite para evitar
que as temperaturas máximas para serviço contínuo, apresentadas na Tabela 35 da
NBR 5410, sejam ultrapassadas.
𝟏
𝑭=
√𝒏
Assim sendo F é o fator de correção e n é o número de circuitos
ou caos multipolares.
FATORES DE
CORREÇÃO
Fator de Serviço
É importante destacar alguns aspectos específicos relacionados ao
dimensionamento de circuitos de motores, considerando a capacidade de condução
de corrente, uma vez que esses temas estão interligados na norma...
➢Se o motor possuir um fator de serviço declarado pelo fabricante e se planeja utilizar
o motor explorando esse fator, a corrente de projeto deve ser, no mínimo, igual à
corrente nominal do motor nas condições de uso, multiplicada pelo fator de serviço,
que é sempre superior a um.
➢Para motores com várias potências e/ou velocidades nominais, a corrente nominal
do motor a ser considerada é aquela correspondente à maior potência e/ou
velocidade.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5410. 2ª Edição. Rio de Janeiro, 2004.
Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/jeangaldino/disciplinas/2015.1/instalacoes-
eletricas/nbr-5410. Acesso em: 14 de fev. 2024.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5460. 1ª Edição. Rio de Janeiro, 1992.
Disponível em: https://universidadeniltonlins.com.br/wp-
content/uploads/2019/04/nbr-5460.pdf. Acesso em: 14 de fev. 2024.