Escola Secundria de Marco de Canaveses

Introduo:
A diversidade cultural uma realidade cada vez mais actual. Com a globalizao e as migraes, hoje podem conviver num mesmo espao, pessoas com culturas extremamente diferentes, a multiculturalidade uma constante, bem como os problemas que, infelizmente da resultam. A multiculturalidade deveria ser encarada como uma oportunidade de aperfeioamento das sociedades e contacto com novas formas de vida, no entanto, normalmente a intolerncia e o racismo, levam excluso social e pobreza das minorias tnicas, levando a verdadeiros dramas sociais. A mediao inter-cultural, recentemente implantada no nosso pas, permite pr em marcha projectos de interveno social destinados a combater atravs do relacionamento interpessoal, os fenmenos da pobreza e excluso sociais, contribuindo dessa forma para a promoo da integrao e adeso social.

Interculturalismo: O interculturalismo refere-se interaco entre culturas de uma forma recproca, favorecendo o seu convvio e integrao assente numa relao baseada no respeito pela diversidade e no enriquecimento mtuo. A expresso tambm define um movimento que tem como ponto de partida o respeito pelas outras culturas, superando as falhas de relativismo cultural, ao defender o encontro, em p de igualdade, entre todas elas. O interculturalismo propem-se a promover os seguintes objectivos: Compreender a natureza pluralista da nossa sociedade e do nosso mundo; Promover o dilogo entre as culturas; Compreender a complexidade e riqueza das relaes entre diferentes culturas, tanto no plano individual como no comunitrio; Colaborar na busca de respostas aos problemas mundiais que se colocam nos mbitos sociais, econmicos, polticos e ecolgicos. Dado que no se pode considerar que qualquer cultura tenha atingido o seu total desenvolvimento, o dilogo entre os povos de diferentes culturas o meio de possibilitar o enriquecimento mtuo de todas elas. O interculturalismo prope, assim, que se aprenda a conviver num mundo pluralista e se respeite e defenda a humanidade no seu conjunto.

Escola Secundria de Marco de Canaveses necessrio a existncia de valores interculturais para podermos viver em conjunto, isto , chegarmos a consenso e a um conjunto de valores universalmente respeitados, tais como a tolerncia, a aceitao e o respeito mtuos. Seus opositores defendem que, quando adoptado na prtica, o interculturalismo pode ser danoso s sociedades e particularmente nocivo s culturas nativas. Diversidade cultural: A diversidade cultural engloba as diferenas culturais que existem entre as pessoas, como a linguagem, danas, vesturio e tradies, bem como a forma como as sociedades organizamse conforme a sua concepo de moral e de religio, a forma como eles interagem com o ambiente etc. O termo diversidade diz respeito variedade e convivncia de ideias, caractersticas ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situao ou ambiente. Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) um termo com vrias acepes, em diferentes nveis de profundidade e diferente especificidade. So prticas e aces sociais que seguem um padro determinado no espao/tempo. Se refere a crenas, comportamentos, valores, instituies, regras morais que permeiam e "preenchem" a sociedade. Explica e d sentido a cosmologia social, a identidade prpria de um grupo humano em um territrio e num determinado perodo.

Cultura: Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) um conceito desenvolvido inicialmente pelo antroplogo Edward Burnett Tylor para designar o todo complexo metabiolgico criado pelo homem . So prticas e aces sociais que seguem um padro determinado no espao. Refere-se a crenas, comportamentos, valores, instituies, regras morais que permeiam e identificam uma sociedade. Explica e d sentido cosmologia social; a identidade prpria de um grupo humano em um territrio e num determinado perodo.

Escola Secundria de Marco de Canaveses

Portugal
A cultura portuguesa tem as suas razes na cultura fencia, celta , hebraica, germnica e romana. A diferenciao cultural do nosso povo manifesta-se atravs dos tipos de habitao, das manifestaes pags e religiosas, da gastronomia e do folclore, ou at das caladas tipicamente portuguesas e da azulejaria. Lngua : A lngua oficial de Portugal o portugus, uma das primeiras lnguas cultas da Europa medieval a par do provenal, sendo a sua escrita influenciada por esta ltima. H um municpio onde algumas pessoas nas aldeias falam uma lngua derivada de uma lngua de um antigo reino, o Reino de Leo, chama-se Mirands (Lhngua Mirandesa em Mirands). Esta lngua tem menos de 15000 falantes (a maioria como segunda lngua) e apenas falada em aldeias, sendo a aldeia de Picote (Picuote em Mirands) a nica praticamente 100% monolingue nesta lngua, o que uma curiosidade para um pas cultural e linguisticamente homogeneizado como Portugal. A ortografia do Mirands influenciada naturalmente pelo portugus, mas uma lngua diferente, com um desenvolvimento, estrutura e histria diferentes.

Gastronomia: A culinria portuguesa, ainda que esteja restrita a um espao geogrfico relativamente pequeno, mostra influncias mediterrnicas (incluindo-se na chamada dieta mediterrnica) e tambm atlnticas, como visvel na quantidade de peixe consumida tradicionalmente. Muito mudou desde que Estrabo se referiu aos Lusitanos como um povo que se alimentava de bolotas. A base da gastronomia mediterrnica, assente na trilogia do po, vinho e azeite, repete-se em todo o territrio nacional, acrescentando-se-lhe os produtos hortcolas, como em variadas sopas, e os frutos frescos. A carne e as vsceras, principalmente de porco, compem tambm um conjunto de pratos e petiscos regionais, onde sobressaem os presuntos e os enchidos. Com o advento das descobertas martimas, a culinria portuguesa rapidamente integrou o uso, por vezes quase excessivo, de especiarias e do acar, alm de outros produtos, como o feijo e a batata, que foram adoptados como produtos essenciais. Note-se que a variedade de pratos regionais se verifica mesmo em reas restritas. Duas cidades vizinhas podem apresentar, sob o mesmo nome, pratos que podem diferir bastante na forma de confeco, ainda que partilhem a mesma receita de base. As generalizaes nem sempre esto correctas: as diversas culinrias regionais variam muito na mesma regio.

Msica: A msica tradicional portuguesa variada e muito rica. Do folclore fazem parte as danas do vira, do Minho, dos Pauliteiros de Miranda, da zona mirandesa, do Corridinho do Algarve ou

Escola Secundria de Marco de Canaveses do Bailinho, da Madeira. Instrumentos tpicos so o cavaquinho, a gaita-de-foles, o acordeo, o violino, os tambores, a guitarra portuguesa (instrumento caracterstico do fado) e uma variedade de instrumentos de sopro e percusso. Ainda na cultura popular existem as bandas filarmnicas que representam cada localidade e tocam vrios estilos de msica, desde a popular clssica, sendo as bandas portuguesas das que melhor qualidade artstica tm. O mais conhecido estilo de msica portugus o Fado, cuja intrprete mais clebre foi Amlia Rodrigues. Outros cantores como Alfredo Marceneiro, Vicente da Cmara, Nuno da Cmara Pereira, Frei Hermano da Cmara, Antnio Pinto Basto e Hermnia Silva tambm se distinguiram como fadistas.

Arquitectura: A arquitectura portuguesa seguiu sempre as tendncias do resto da Europa, apesar de o fazer com algum atraso. Foi apenas com o Manuelino que foi atingido um patamar considervel, na vanguarda artstica da poca, pois este estilo faz uma transio suave entre o gtico e o renascimento. Actualmente a produo arquitectural portuguesa est a par do que se passa no meio artstico internacional, de onde se destacam os arquitectos contemporneos:

lvaro Siza Vieira Antnio Marques Miguel

Escola Secundria de Marco de Canaveses

frica do Sul
No existe uma nica cultura da frica do Sul devido diversidade tnica do pas, e cada grupo racial tem a sua prpria identidade cultural. Isto pode ser apreciado nas diferenas na alimentao, na msica e na dana entre os vrios grupos. H, no entanto, alguns traos unificadores. A minoria branca tem um estilo de vida que em muitos aspectos semelhante aos estilos de vida da Europa Ocidental, Amrica do Norte e Australsia. A inimizade histrica entre os brancos de lngua afrikaans e de lngua inglesa deu lugar a gracejos puramente amigveis. Lngua: A frica do Sul tem 11 lnguas oficiais. A frica do Sul tambm reconhece oito lnguas no oficiais como "lnguas nacionais". Das lnguas oficiais, duas so Lnguas indo-europias Ingls e Africano enquanto as outras nove so lnguas da famlia bantu (no interior da frica o maior filo, Nger-Congo). Lnguas oficiais As onze lnguas oficiais da frica do Sul so como segue: (com o nome usado para cada idioma, por falantes de que lnguas, entre parnteses): Africner (Afrikaans) ingls (English) ndebele (isiNdebele) soto do norte (Sesotho sa Leboa) soto (Sesotho) suaz (siSwati) tsonga (Xitsonga) tsuana (Setswana) venda (Tshivena) xhosa (isiXhosa) zulu (isiZulu).

Gastronomia: A culinria da frica do Sul bastante variada. Deriva: Dos costumes indgenas de tribos como os Khoisan, Xhosa e Sotho; Dos costumes estrangeiros introduzidos durante a poca colonial por descendentes africanos e britnicos, assim como por seus escravos e serventes - isto inclui as influncias da culinria malaia dos povos provenientes da Malsia e de Java.

Escola Secundria de Marco de Canaveses Msica: Existe uma grande diversidade na msica da frica do Sul. Muitos msicos negros que cantavam em afrikaans ou ingls durante o apartheid passaram a cantar em lnguas africanas tradicionais, e desenvolveram um estilo nico chamado kwaito. Digna de nota Brenda Fassie, que alcanou fama graas sua cano "Weekend Special", cantada em ingls. Msicos tradicionais famosos so os Ladysmith Black Mambazo, e o Quarteto de Cordas do Soweto executa msica clssica com sabor africano. Os cantores sul-africanos brancos e mestios tendem a evitar temas musicais tradicionais africanos, preferindo estilos mais europeus. Existe um bom mercado para msica Lngua africner afrikaans, que cobre todos os gneros da msica ocidental. A maioria negra do pas ainda tem um nmero substancial de habitantes rurais que levam vidas bastante pobres. , no entanto, entre estas pessoas que a msica e danas tradicionais sobrevivem. medida que os negros se foram tornando cada vez mais urbanizados e ocidentalizados, aspectos da cultura tradicional comearam a cair no esquecimento.

Arquitectura: A frica do Sul possui uma variada herana arquitectnica, para a qual contriburam todos os grupos culturais da histria do pas: abrigos simples e grama utilizados pelo Khoisan; os diferentes tipos de barro e cabanas de grama das pessoas rurais; as habitaes planas dos antigos criadores de gado; casas com telhado, cabanas de taipas, substitudas, posteriormente, por tetos com estrutura de sape com paredes brancas e colunas; a formidvel arquitectura das cidades rurais; os estilos atractivos e funcionais de Malay Quarter na Cidade do Cabo; as casas de Cape Dutch e os altos edifcios construdos antes da Segunda Guerra Mundial.