Eugênio Gudin - Princípios de Economia Monetária. 1-Livraria Agir (1954)
Eugênio Gudin - Princípios de Economia Monetária. 1-Livraria Agir (1954)
Eugênio Gudin - Princípios de Economia Monetária. 1-Livraria Agir (1954)
PRINCIPIOS DE
ECONOMIA MONETARIA
1º VOLUME
82 EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
CAPÍTULO 1
MOEDA
Origem da Moeda, A Moeda como Instrumento de Troca ......
UP (Ara “LD la euro
“alo 'o *o
— A Moeda e o Estado
— Vantagens e Percalços da Moeda .........ccccccierccccrerasa
Ca CO
CAPITULO II
ESBOÇO HISTÓRICO
EsBôço HISTÓRICO 35
CAPITULO III
MOEDA METÁLICA
Ouro e Prata ......
— A Produção de Ouro
— A Procura de Ouro para Fins Não-Monetários ...............
Ouro Monetário ....
Prata ..............
Prata Monetária ...
Bimetalismo ........
CAPÍTULO IV
oo a
Papel-Moeda ......ccccicrrerarenerecenaenercererarasanaero
'o'oCo 19
CAPÍTULO V
CRÉDITO
5 1.º — Noção de Crédito ...........cccicccccrccccesccrererccerear 67
$ 2.º — O Transporte Financeiro da Produção e outras Modalidades de
Crédito a Curto Praro .............cccccsccccrcrresaass 68
8 3.º — A Liquidez do Sistema Econômico ...............ccccccccso.. 73
Gg 4.º — O Crédito a Longo Prazo ........ccccrccceccrrenererecevica 75
8 5.º — O Crédito ao Consumidor ...........ccccccccccccs cc rarerecrs 9
LIVRO II — BANCOS
CAPITULO VI
CAPITULO VII
O MERCADO MONETÁRIO
g 1.º — Aceites .....cccccccccccerarcarcrcaracrs
cansa cesso ra rea seso 126
$ 2.º — O Mercado de Letras e o “Call Money” ..........cccc.c..... 129
8 3.º — A Mobilização dos Investimentos .........cccccicccicc loiros 131
$ 4.º — Bancos de Investimento .........cccccccccccraccsiccrrerves 134
CAPÍTULO VIII
A TEORIA QUANTITATIVA
$ 1.º — Noção de Valor da Moeda .........cccccccccccccrccci
cerca 143
$ 2.º — A Noção Quantitativa do Valor da Moeda ............c.s.... 144
54 3.º — A Equação de Trocas ............. era ne as ee arco racanrera 147
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
A QUANTIDADE DE MOEDA
& 1.º — Entesouramento .....c.cccccccercccccerrrccerrenseserrreaco 165
$ 2º — A Noção de Preferência pela Liquidez ............ccciccicco. 166
5 3.º — Moeda de Ação Direta e Moeda de Ação Indireta ............ 168
CAPÍTULO XI
PREÇOS
$ 1.º — Causas Monetárias e Amonetárias ...........ccciccccicerars 171
$ 2.º — Nível Geral de Preços e Preços Relativos ..................c. 172
$ 3.º — Índices de Preços .......ccccccccicccccc erre er see 176
$ 4.º — O Sentido de “P” na Equação de Trocas ............ccccccio. 179
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
A TEORIA DOS RENDIMENTOS MONETARIOS
$ 1.º — A Teoria das Disponibilidades Monetárias ................... 189
$ 2º — A Teoria dos Rendimentos .............cesccccsraresseccars 193
CAPITULO XIV
OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A TEORIA
QUANTITATIVA
$ 1.º — Os Antiquantitativistas .......cccccccrrcecersecrncecrereero 199
g 2º — As Antecipações ........ccccicerraccerecererererersre ressa 200
$ 3.º — O Núcleo de Verdade da Teoria Quantitativa ................. 202
$ 4º — O Significado das Equações Quantitativas .................. 203
CAPÍTULO XV
ALGUNS COROLÁARIOS DA TEORIA DA VARIAÇÃO DO
VALOR DA MOEDA
g 1.0 — A Ilusão da Moeda Estável .......cccccciccccccrascacaraicos 205
$ 2º — A Redistribuição da Propriedade e da Renda 207
8 3º — Inflação ......ccciccicccc
cs ceeerraara rss 212
5 4.0 — Inflação e “Economia Forçada” .........ccciiiiiccislccccs 213
8 6º — O Perigoso Argumento do Aumento de Produção ........... X 221
$ 6.º — O Sôpro Inflacionário ........cccccccccrccerercccrrrencreres 221
8 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
CAPÍTULO XVI
FENÔMENOS DE HIPERINFLAÇÃO
$ 1.º — John Law .......cciscsasiscecessar errar erre raras 231
5 20º — Os “Assignats” e... eeenc cce ces r error 234
8 3.º — Inflação Alemã de 1920-1928 .........cccccccceccerc
crer raro 237
$ 4.º — Inflação Reprimida .........cccccccccccererrerer
err ra rece 251
A
LIVRO IV — TEORIA DOS CÂMBIOS INTERNACIONAIS
CAPÍTULO XVII
BALANÇO DE PAGAMENTOS
8 1.º — A Noção de Balanço de Pagamentos ............cc.cisoco.. 257
8 2º — Classificação e Terminologia do Balanço ..................... 259
$ 3.º — O Equilíbrio do Balanço de Pagamentos .............cuceccs.s 261
8 4º — A Suposta “Teoria” do Balanço de Pagamentos ............... 263
CAPÍTULO XVIII
TEORIA DA PARIDADE DO PODER DE COMPRA
$ 1º — O Princípio .............. decr eres ora or rere secos 267
5 20º — Objeções ......icccccceseeeerec
re renan r cares errar rarenva 268
& 3.º — Paridade dos Salários de Eficiência ..........cccccccctrecers 278
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XXI
CAPÍTULO XXII
O BANCO DE INGLATERRA
$ 1.º — Evolução de Estrutura ......cccccciicccisccricerrercerrra 311
$ 2º — Evolução de Após-Guerra .......cccccccestcciceceracaaeeãs 316
$ 3.º — Taxa de Desconto ........ccciccciiissiice 320
84º — O “Open-Market” cics 325
CAPÍTULO XXIII
O BANCO DE FRANÇA
$ 1.º — Regime Monetário .........ccccccccccciciiiccsi css 329
$ 2º — Estrutura ........... arenosa errors eur rece e eres cas rersãs 330
$ 3.º — Banqueiro do Estado ........cccccccriccccccrcrcercrrrccaa 332
8 4º — O Banco dos Bancos e Banco de Desconto .................... 382
8 5.º — Mercado Monetário — “Open-Market” ...........c.ccc cics. 336
$ 6º — Após-Guerra .......cccicreeecereennarencercerersecsa
cera ss 838
CAPÍTULO XXIV
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
O SISTEMA BANCÁRIO BRASILEIRO
$ 1.º — As Funções do Banco Central
8 2.º — Bancos Comerciais ............. 874
8 3.0 — Reservas Bancárias ........c.ce..es .. 976
$ 4º — Ceixas Econômicas ......... cear sara cesar rca revirar aero 3717
5 5.º — Outras Formas de Crédito ........ccccecccccrrrecrerccrerra 378
PREFÁCIO DA 3.2 EDIÇÃO
MOEDA E CRÉDITO
CAPÍTULO I
MOEDA
quer dizer que a riqueza nacional aumentou, a não ser que tenha
aumentado paralelamente a quantidade de bens de produção e
de consumo existente no pais. Mas nesse caso o aumento de ri-
queza proveio dos novos bens de produção e de consumo, e não
do aumento da quantidade de moeda. Esta poderia ter perma-
necido em 8 bilhões de cruzeiros, sem embargo do aumento de
riqueza, oriundo dos novos bens criados. A moeda é simples-
mente um índice, um algarismo indicativo de preço das coisas,
um denominador comum de valores, um meio de troca e de
pagamento.
Do ponto de vista do indivíduo, o aspecto é um pouco di-
ferente. Wagner escreveu: “Papel-moeda é capital do ponto de
vista do negociante privado, mas não é capital para a economia
nacional”. Nós enunciaríamos a proposição de modo um pouco
diverso, dizendo que, “do ponto de vista individual, a moeda re-
presenta um direito de haver capital”, como também um direito
de haver mercadorias de consumo. Porque, se não existirem os
fatôres de produção necessários para produzir o capital a que a
moeda dá direito de haver, êsse direito será frustrado. E nisso
é que está a ilusão dos que ainda pensam que se pode criar ca-
pital emitindo papel-moeda.
&
+ %
sola que êle deseja adquirir. Graças à moeda, pode-se saber quais
as mercadorias e serviços que são desejados e procurados, e em
que quantidade, e assim decidir sôbre o que e o quanto produ-
zir, de forma a obter-se a melhor utilização da capacidade limi-
tada de produção.
Graças à moeda, pode o produtor concentrar sua atenção e
seu esfôrço no seu trabalho e assim aumentar a produção de
mercadorias e serviços, que constituem a renda real da socie-
dade. Só a moeda permite a divisão e a especialização do tra-
balho em que se baseia a nossa estrutura econômica, o que seria
impossível se cada um tivesse de empregar boa parte de seu
tempo e de suas energias em procurar trocar os seus produtos
pelas matérias-primas de sua indústria ou pelas mercadorias ne-
cessárias a seu consumo.
Graças, ainda, à moeda, pode-se realizar o crédito, isto é, os
empréstimos e adiantamentos necessários à produção. Que é
o pagamento de salários senão um adiantamento feito pelo pro-
dutor aos seus empregados para prover às suas necessidades du-
rante o curso da produção e antes que os produtos estejam aca-
bados? Os empréstimos e adiantamentos feitos por uns a ou-
tros homens de negócios, como pelo público em geral que de-
seja investir suas economias, são grandemente facilitados pela
moeda, cuja existência é essencial ao sistema moderno de pro-
dução tão largamente dependente da transferência de poder de
compra que uns fazem aos outros, na expectativa de fazer fruti-
ficar suas economias ou disponibilidades.
x
« +
ESBOÇO HISTÓRICO
MOEDA METÁLICA
8 5.º — Prata
Há grande diferença entre o ouro e a prata. É que a prata
é extraída, na proporção de 60 a 70%, juntamente com o co-
bre, o chumbo, o zinco, o cobalto, o estanho e mesmo o ouro.
Esta é a sua tara original. Ela passou à categoria de subproduto,
cuja produção fica na dependência da procura e da produção
de outros metais inferiores, mais do que dos movimentos de seu
próprio preço.
Em outras palavras, não existe uma ação constante dos
preços sôbre a oferta, podendo até a produção da prata dimi-
nuir quando seu preço se eleva.
Os principais países produtores têm sido o México, os Es-
tados Unidos e, em menor escala, o Canadá, a Austrália e outros.
A prata é, portanto, um metal americano. O México é o
único país em que a prata é objeto de extração especial; nos
demais, a prata é um subproduto da mineração de outros me-
tais industriais.
8 7.º — Bimetalismo
Vimos como o ouro e a prata podem circular e têm cir-
culado paralelamente. É evidente a necessidade de estabelecer-
-se uma relação determinada entre certo pêso de ouro e o pêso
equivalente de prata. Na França e na União Latina, que funcio-
nou até 1873, essa relação era de 1 para 154. Mas essa relação,
como qualquer outra, é forçosamente arbitrária, porque a na-
tureza não se compromete a produzir sempre 154 gramas de
prata ao mesmo custo que o de uma grama de ouro. À abertura
de novas minas ou o melhoramento dos processos de extração
de um ou de outro metal tendem a alterar a relação.
Desde que a relação de valor legal entre os dois metais,
em um país, difere dessa mesma relação, em outro país, o metal
mais valorizado nesse outro emigra forçosamente do primeiro
para o segundo. Em 1792 os Estados Unidos estabeleceram a
relação legal de 15:1; em 1803 a França estabeleceu 15,5:1.
O ouro passou a emigrar dos Estados Unidos para a França e
para outros países onde se trocava por 15,5 em vez de 15 de
prata.
Se houvesse um acôrdo geral e internacional para a fixação
da mesma relação legal, estaria afastada a maior dificuldade do
padrão bimetálico, pois que ninguém venderia um ou outro me-
tal por preço inferior ao preço oficial. A dificuldade está em
realizar tal acôrdo entre nações produtoras de prata ou com es-
52 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
Passivo Cr$
Devidoa À ............... 10.000,00
Notas em circulação ........ 10.000,00
Ativo Cr$
Dinheiro em caixa .......... 10.000,00
Empréstimo a B........... 10.000,00
$ 2.º — Papel-Moeda
CRÉDITO
Ed
% *
BANCOS
CapíruLO VI
Ativo Cr$
Dinheiro em caixa ......... 10.000,00
Empréstimo
a B........... 10.000,00
1 0,72 1
x = x 2,57 — 3.21
0,8 1— 0,72 0,8
DE =h ê (2)
Ts
londe
C =Ilh—
C,h
( ho
Vo G=|—— (3)
EMTa=mo-e) be
Cali (1-8) ].G=
ou So
ésai = 4] É
L-h p—&
scr) O6
RM
Podemos agora determinar o total, que chamaremos de “c”,
das duas drenagens e mais a reserva, de forma que
mo po TESTS
TS ce co + c
RA Ss rs
Pol e=ili— +
- Ih 1+h
ou o
Pl IN s(1—+) "
Uu cs =: p= ) (7)
1+h
TEORIA DOS BANCOS 91
ec(1-+-h)
l+-h—s(l-—r) |
-
E podemos também determinar o coeficiente de expansão
máxima “e”, pelo qual um banco pode expandir seus depósitos,
se o faz isoladamente, na base de um determinado incremento de
reservas! “es
c, CEL nr TT
= y O ES - '
“a. E Pá
Ta (l 1+h
E (9 = E; = (9)
“os TG lth—s(1l—r)
e-= 1,007
NR)
e = 1,023
c( 4h)
=>————— (10)
r4-h
l+h
& = 1)
r4+h
€=—
l—r
f, = - (12)
r
14h
F'=—————
h.R'4+r.R
Tomando R = 0,35, R' = 0,40, h = 0,09 e r = 0,10 (Ee-
tados Unidos), teríamos E” = 15,35, por quanto os bancos filia-
dos poderiam aumentar seus depósitos na base de um incremento
de ouro igual a 1 no Banco Central.
£) Vamos agora aplicar as fórmulas supra ao caso do Brasil,
em que uma parte da reserva dos bancos comerciais é depositada
no Banco do Brasil, o qual, por sua vez, dela se pode utilizar
para expansão de crédito.
Um excelente estudo desta hipótese foi desenvolvido pelo
Prof. Jorge Kingston,” cujos cálculos e considerações vamos
resumir. Chamemos:
R,, R, as reservas do Banco do Brasil e dos demais bancos,
respectivamente;
e
d, d,
Sendo
Ro = mo + dp e K — ,
teremos
. ma — Ra (1 — K)
ou
d; + de
& = (13)
Ri + Ro(1—K)
d+M
E=———
R+M
A fórmula (13) passa então a escrever-se
d+Hd +M
E =
R+R(1—K) +M
E =
r;d; M
—— +r(—K) +
ds 2
98 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
hd;
+ hd;
l4t+————
do
hd, + hd.
nt+tr(l—RK) +
do
aryca+h)
=. (15)
nttr(I—K) 4 hQ+t)
preste certa quantia a uma ou várias pessoas, mas isso não lhe
permite emitir moeda bancária.
É preciso que o volume dos depósitos, bem como dos em-
préstimos, atinja um vulto bastante considerável para que se
torne possível a criação de crédito por meio de moeda bancá-
ria. Os pagamentos por cheque, que importam em transferên-
cia de uma conta para outra, pressupõem a existência de largo
círculo de clientes do mesmo banco. É uma consegiiência da lei
dos grandes números.
A moeda bancária só pode ser criada por bancos, e não
por simples capitalistas.
%
Ed Ed
z
O principal título da reserva bancária é o encaixe, reserva
de 1.2 linha. Êsse encaixe compõe-se da moeda conservada nos
cofres do banco e dos seus depósitos no Banco Central, que
moeda são. É o título clássico dos balanços dos bancos inglêses:
Caixa em mãos e no Banco de Inglaterra.
Muito mais frouxa e mesmo irregular é a designação de
Caixa em moeda corrente e em depósito nos bancos. Esta última
parte do título tira-lhe a significação, porque o depósito em ou-
tros bancos pode ser uma simples ficção. Nada impede que um
banco tenha um depósito de Cr 50.000.000,00 em dois ou
três bancos e que êsses bancos, por combinação com o
primeiro, tenham nêle depósitos equivalentes, que se contraba-
lançam. Por êsse meio, o grupo de bancos aparece com dispo-
nibilidades de caixa muito superiores às verdadeiras.
A relação a manter entre o encaixe e os depósitos varia, con-
forme os hábitos de cada país, quanto ao uso maior ou menor
da moeda manual. Nos países como a Inglaterra e os Estados
Unidos, em que é mínimo o uso de moeda manual e habitual
trazer-se no bôlso o livro de cheques, mínima é a exigência de
moeda nos guichês dos bancos. Na Inglaterra, o encaixe oscila
em tôrno de 10%, sendo geralmente 5% conservados em caixa
e os outros 5% no Banco Central. Nos Estados Unidos, a lei
exige o encaixe de 7% a 13% sôbre os depósitos à vista, con-
forme o caso. Nos países como a França e o Brasil, em que se
faz grande uso de moeda manual, o encaixe tem forçosamente
de ser maior.
Muito depende, porém, da reserva de 2.2 linha, isto é, da
parte maior ou menor do ativo do banco, que pode ser ime-
diata ou quase imediatamente realizável em moeda. É o caso do
call money, empréstimo sem prazo, cujo reembôlso pode ser exi-
gido a qualquer momento. É o caso, ainda, das letras do Tesouro,
a curto prazo, e dos aceites, sempre prontamente vendáveis no
mercado monetário, sem prejuízo. Nos países como a Inglaterra
e os Estados Unidos, em que o call money, letras do Tesouro,
e aceites são aplicações correntes das disponibilidades dos bancos,
e ràpidamente transformáveis em dinheiro, essa reserva de 2.2
linha, a que se poderia chamar de quase-caixa, tem considerável
importância e permite reduzir apreciâvelmente o encaixe em
moeda, que é um ativo inteiramente improdutivo para o banco.
TEORIA DOS BANCOS 109
36. 100% Money — Veremos nos últimos capítulos dêste volume que o
Banco Central dispõe de meios mais ou menos efetivos para controlar o volume
de crédito criado pelos bancos. Malgrado isso, há economistas (partidários
da “moeda neutra”, como HAYEK) que consideram sêriamente prejudicial a
elasticidade de crédito de que gozam os bancos e que propõem suprimi-la intei-
ramente. Nesse caso, os depósitos seriam lastrados por moeda manual de emis-
são do Banco ou do Banco Central, na razão de 100%. Não haveria mais
empréstimos dos bancos comerciais. Só os bancos de economias (sovings banks,
caixas econômicas) poderiam emprestar a moeda que recebessem em depó-
sito, a prazo fixo. Quanto à moeda neutra, vide 2.º volume, capítulo V.
110 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
$ 10 — O Banqueiro
O banco de desconto exerce, na sociedade econômica, duas
espécies de funções. À primeira é a função passiva de custódia e
confiança. É a de guardar o que denominamos de épargne-
-réserve, pertencente a indivíduos, negociantes, industriais, que
TEORIA DOS BANCOS 113
$ 11 — O Destino do Crédito
8 13 — Regulamentação e Fiscalização
O MERCADO MONETÁRIO
Ativo
Em milhões
de libras
Caixa em mãos e no Banco da Inglaterra .... 208
Cheques em curso de cobrança ....... ae 66
Empréstimos à vista ou a curto prazo (loans
at calland short notice) ........ RR 149
Letras descontadas ......... Cecerereras 231
Investimentos ........... Cesare. 234
126 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
Passivo
Capital ............ A errar 64
Fundos de reserva .........cccccccc. 52
Depósitos à vista e em conta-corrente ..... 1.665
Aceites e endossos para os clientes ....... 206
Lucros e perdas ................ Ceres 7
x
“ “
%
Ed +
A TEORIA QUANTITATIVA
d = pq
E assim teríamos também
d=p' q,d” = p'q”, ete.
e, portanto,
D = Zpq
D representa a quantidade de moeda desembolsada por to-
dos os compradores durante um ano, digamos. Mas, durante
A TEORIA QUANTITATIVA 149
êsse ano, cada peça de mocda tcrá servido várias vêzes; quem
a recebeu como vendedor gastou-a como comprador em outra
transação, e assim sucessivamente.
Chamando V o número médio de vêzes que cada unidade
monetária passou de mão em mão, quer dizer, a velocidade de cir-
culação da moeda, deve se multiplicar o total da moeda exis-
tente, M, por V, para obter a soma das quantidades monctárias
desembolsadas durante o ano figurado.
O produto MV é igual à moeda desembolsada, isto é, à
despesaD. Assim
D = MV
E, como
D = E pg,
temos
MV = 3 pq
MV
= PT
y
Assim, a quantia média, em moeda manual ou em depó-
sitos de rendimento, em poder de cada indivíduo, será
R
x R
M=— — =
2 y
R 1
47. Mais exato seria dizer — [ 14 — | em que “n” é o número de
x n
2
dias entre duas datas de recebimento, o que alteraria a fórmula de KEYNES para
2Axy '
Vv= ——
1
2x +y(1+—)
n
como bem observa o Prof. Erico NoprE, da Universidade de São Paulo.
A VELOCIDADE DE CIRCULAÇÃO DA MOEDA 155
Na
Mas D, despesas (inclusive as economias investidas), é igual
ao rendimento, R, donde
ou
Total de cheques N
Crg 60.000.000.006,00
= 11 — Velocidade de circulação da
Crg 5.600.000.000,00 moeda bancária.
Isto serve apenas para dar idéia de como se pode calcular V”.
Multiplicando-se a velocidade de circulação dos depósitos
bancários pelo valor médio dêsses depósitos durante o ano,
tem-se uma medida do fluxo monetário M'V' para êsse ano.
Essa comparação dos valores de M'Vº de um ano para outro
158 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
A QUANTIDADE DE MOEDA
(Me M)
$ 1.º — Entesouramento
DO. KEYNES — “General Theory”, pág. 17, MAC MILLAN, London, 1936.
51. Idem, ib., pág. 195.
A QUANTIDADE DE MOEDA 167
PREÇOS
60. MaArcET — “The Theory of Prices”, 2.º vol., págs. 280 a 345, e 1.º vol.
págs. diz ê 618.
61. Idem, idem, 1.º vol., pág. 516.
PREÇOS 175
$ 1.º — Os “Serviços”
N = PK
T
crever N= PK, comoM
=P—, ouMV=PT,
V
Keynes procurou ampliar sua fórmula para abranger o mun-
do dos negócios e, portanto, o total da moeda, escrevendo N =
=P (K + RK'), em que K e K' são as unidades de consumo
correspondentes à moeda manual e à moeda bancária, respecti-
vamente, e R a relação de encaixes para depósitos bancários.
Mas é o próprio Keynes quem, em seu “Tratado da Moeda”,
reconhece a inconsistência da noção de “unidades de consumo”
$ 1.º — Os Antiquantitativistas
$ 2.º — As Antecipações
Se bem que a velocidade de circulação, V, da moeda, e o
volume das transações, T ou T,, se refiram a um determinado:
período de tempo, a equação de trocas não é uma fórmula di-
OUTRAS CONSIDERAÇÕES SÓBRE A TEORIA QUANTITATIVA 201
| 78. Este é o texto da 1.2 edição do livro, que preferi não modificar. Mas
foi, no Brasil, a inflação intensa e continuada que disseminou a noção de va-
riação do valor da moeda.
206 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
Ed
+ %
ilusórios. Se, por cxemplo, umn mercadoria catá inscrita nos It-
vros de contabilidade por um custo de Cr4 100,00, o comer-
ciante acha que faz um bom negócio vendendo-a, um ou
dois anos depois, por Cr 120,00, sem sc lembrar de que
êsses Cr$ 120,00 têm, na ocnsião da venda, um poder de com-
pra menor do que os primitivos Crf 100,00. Igualmente, nas
contas de depreciação, o contabilista, nao dar baixa no valor
de uma peça determinada de seu Ativo, que custou, em época
anterior, Cr$ 1.000,00, digamos, lança cessa mesma quantia de
CrS 1.000,00 para balancear o valor da peça, quando de
fato êsse valor, na ocasião em que o lançamento é feito, é de
Cr8 1.500,00 ou de Cr 2.000,00; a diferença faz aparecer
nas contas um lucro que absolutamente não existe.
Em ambos os casos, o que é imprôpriamente considerado
lucro é, de fato, uma parte do capital que é consumida pelo ne-
gociante, ou transferida ao consumidor, que paga pela merca-
doria um preço inferior ao seu valor real.
De qualquer modo, a depreciação do valor da moeda falsi-
fica a conta de capital. Pode acontecer, às vêzes, que a perda de
capital seja compensada, em parte, pela influência da deprecia-
ção da moeda sôbre os débitos do negociante que, ao restituir
algum empréstimo em moeda, entrega ao credor um valor real
inferior ao que recebeu.
Classes
y 2 |
A
x
y 3
À Y 4 *
8 3.º — Inflação
Pode-se definir inflação de vários modos. Mais importante,
porém, do que definir é compreender. O simples aumento de
meios de pagamento não constitui inflação, se não provoca alta
dos preços, seja por haver “anteriormente fatôres de produção
desempregados, seja porque a velocidade média da circulação da
moeda tenha baixado, seja por uma expectativa desfavorável
de indivíduos e homens de negócios quanto aos preços e aos
lucros. O test da inflação está na alta dos preços provocada pelo
“aumento de meios de pagamento, se bem que nem tôda alta de
preços tenha essa origem. Há, como vimos, fatôres amonetários
de alta ou baixa de preços.
A inflação pode também ser definida, como melhor vere-
mos no parágrafo seguinte, como o resultado da tentativa per-
petrada por um grupo econômico, de se apropriar de uma parte
da renda real pertencente a outros grupos.
Sob o ângulo da oferta e da procura, pode a inflação ser
definida como uma situação em que “o incremento da procura
ALGUNS COROLÁÍRIOS 213
*
+ x
a
a +
%
+ %
M Mercado de câmbio
F Fonte de Inflação
ao
abe de fg hi j kMercadorias de produção
do pais
Vejamos como se exerce a ação da inflação de F, quanto às
mercadorias de produção nacional e quanto às de produção es-
trangeira.
No primeiro caso, a procura parte de F, por uma série de
linhas divergentes, e encontra tôda a variada gama dos produ-
tos nacionais, artigos de alimentação, de vestuário, de transporte,
de recreio, etc. O efeito da procura suplementar se exerce aí,
separadamente, em cada um dos setores da produção do país;
a será, por exemplo, um negociante de gêneros alimentícios, b,
um negociante de tecidos de algodão, c, uma emprêsa de trans-
portes, d, o mercado de trabalho operário, e assim por diante.
Cada um dêsses setores da produção do país recebe a ação de
uma fração apenas do aumento da procura adicional prove
niente de F, já que a fôrça inflacionista causadora dêsse au-
mento de procura se dispersa, como a figura indica, pelos múl-
tiplos vetores oriundos de F. Mais ainda, o negociante a não está
em comunicação constante com b, c, d, etc.; a só sente o efeito
da procura que o atinge e não está, em regra, informado do
que acontece a b, c, f, etc. Não só, portanto, o aumento da pro-
cura proveniente de F sofre uma dispersão, como a reação dos
vários setores da produção nacional não é conjunta.
Voltemo-nos agora para o campo das mercadorias estran-
geiras. O foco F, donde parte o influxo de nova moeda ou dos
novos créditos, exerce uma procura suplementar tanto sôbre
mercadorias nacionais como sôbre mercadorias estrangeiras. Mas,
ALGUNS COROLÁRIOS 225
$9.º — À Deflação
Se os fenômenos econômicos fôssem reversíveis — que o
não são — poder-se-ia pensar que, mediante uma deflação mo-
netária, consistindo em processo exatamente inverso ao da in-
flação, os males por esta causados seriam reparados.
Acabamos de analisar o processo evolutivo da inflação. Ela
se infiltra em determinado setor da economia e vai agindo sôbre
os preços por etapas sucessivas, à medida que os novos meios
de pagamento se difundem pelos demais setores.
Ao têrmo do processo evolutivo da inflação, chega-se a uma
nova situação de equilíbrio, que difere da primitiva, em que os
preços individuais das mercadorias e serviços não guardam, en-
tre si, a mesma relação anterior, e em que o nível médio de pre-
cos será mais alto. O sistema econômico se terá acomodado a uma
nova situação de equilíbrio entre uns e outros preços.
Ora, tendo-se chegado a uma situação de equilíbrio, não há
razão alguma para que se proceda a uma nova operação mone-
tária, em sentido inverso da primeira. Qualquer tentativa de
voltar ao equilíbrio anterior importaria em um processo aná-
logo e inverso ao que descrevemos para a inflação e, por conse-
qiiência, em novos sacrifícios e perturbações, talvez mais graves
até do que os causados pela inflação.
Não é o nível geral mais baixo ou mais alto dos preços que
desregra o sistema econômico. O mal é o período de transição,
com os desequilíbrios e injustiças sociais que acarreta; o ideal
é a estabilidade, e o fato de essa estabilidade se firmar em nível
mais alto ou mais baixo pouca importância tem. O que importa
é o restabelecimento do equilíbrio.
Ássim, os dirigentes da economia de um país, que decidem
pôr têrmo aos males causados pela inflação, devem limitar-se a
fazer cessar essa inflação, e nunca a proceder a uma deflação
com o fito de restabelecer a situação anterior.
[rd
ALGUNS COROLÁRIOS 22
FENÔMENOS DE HIPERINFLAÇÃO
%
* *
8 2.º — Os “Assignats”
—í.í..
48 87. BRESCIANI-TURRONI — “Economics of Inflation”, págs. 25, 26, 28;
e 93,
FENÔMENOS DE HIPERINFLAÇÃO 239
a) Os Preços
Nas primeiras fases da depreciação da moeda, os negocian-
tes estabeleciam seus preços de venda na base dos custos de
compra ou de produção do artigo, e não na base do custo de
reprodução. À noção do custo de reprodução só lentamente se
foi propagando. À lei, aliás, considerava essa prática como uma
forma de usura.
Pouco a pouco, a decalagem entre a depreciação do marco
indicada pelas taxas de câmbio e os preços internos ia diminuin-
do e, no outono de 1922, escrevia-se que “os efeitos da queda
do marco são agora diferentes dos que eram observados o ano
passado. Agora, a cada depreciação do valor externo do marco
242 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
c) A Atividade Econômica
e) O Comércio Exterior
Durante a primeira fase da inflação, observavam-se os fe-
nômenos usuais: aumento das exportações, graças aos baixos
preços expressos em moeda internacional, à custa da agravação
da relação de trocas. A Alemanha vendia barato e comprava
caro.
Isso deu lugar a que, de um lado, algumas nações estran-
geiras tomassem medidas de defesa contra o dumping de mer-
cadorias alemãs e, de outro lado, a que a própria Alemanha
fôsse obrigada a proibir a exportação de certos artigos, para que
êles não desaparecessem inteiramente do país. Ao contrário, na
última fase da hiperinflação, quando o nível dos preços inter-
nos já atingia e mesmo excedia o dos preços mundiais, a Ale-
manha era obrigada a estabelecer restrições à importação, para
não ser inundada de mercadorias estrangeiras. O balanço comer-
cial mantinha-se deficitário.
f) Várias Repercussões
Hã ainda uma série de fenômenos interessantes a assinalar.
As cotações de ações em bôlsa só muito lentamente acom-
panharam a depreciação da moeda porque o público sabia que
os dividendos, por elevados que fôssem em têrmos de moeda,
pouco valor teriam. Podia-se assim adquirir o contrôle de gran-
des emprêsas por quantias relativamente ridículas. Mas a in-
dústria alemã defendeu-se da possibilidade de invasão econômica
pelo estrangeiro, adotando novas ações de voto plural e outras
providências análogas.
Os bancos sofreram grandes prejuízos com a depreciação
de seus investimentos e suas reservas. De acôrdo com os balan-
ços em moeda-ouro dos sete maiores bancos de Berlim, o seu ca-
pital, que era, em 1913, de 1.590 milhões, com 474 milhões de
reserva, ficara reduzido a 474 milhões de capital e 185 milhões
de reserva. Aquêles bancos que mais cedo compreenderam os
efeitos da rápida depreciação monetária foram os que melhor
se defenderam.
Os bancos hipotecários, como as companhias de seguros,
perderam uma parte considerável de seu Ativo, invertido em
créditos hipotecários ou em títulos expressos em marcos.
Os grandes aproveitadores foram os capitães de indústria,
os Stinnes, os Thissen, os Otto Wolff, etc., que, com o auxílio
250 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
BALANÇO DE PAGAMENTOS
TRANS E DE QURO
estabelecimentos
MONETARIU
bancários)
A
“(Qlla 11.6) deccccccccc. + 154 + 87% — 799
).
iiretos nestes ra sua cer arado .. + 961 — 961
eira: titulos ........cccc. coro
2. Niva: ações ...ccccccsssereero . + 29 + 29
s. ntos contratuais Liiiolliciiiooo
qt ter teerenecacsarereams RR + 125 — 85 + 210
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E (12.1 a 13.8) .ecccccccec. — 113 + 2.182 — 2.295
eae RU 0
ipitais e ouro monetário (110 15)| — 46 + 8,969 — 4.008
BALANÇO DE PAGAMENTOS 261
D s
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ESTRANGEIRA,
MOEDA
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s-t-==—-
PREÇO
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Fed qo q” QUANTIDADES
$1.º — O Princípio
$ 2.º — Objeções
x
% +
108. J. ROBINSON, cit., 2.7 edição, pág. 142. As fórmulas algébricas que
confirmam essas proposições são simples e se encontram nessa mesma página.
109. A. P. LERNER — “Economics of Control”, pág. 378.
110. Sôbre tão palpitante assunto e sua bibliografia, vide “Revista Bra-
sileira de Economia”, dezembro de 1949, “A Taxa de Equilíbrio do Cru-
zeiro”, de E. GuDIN e J. KINGSTON, págs. 13 e 14, e, sobretudo, J. VINER,
na mesma revista, junho de 1951, págs. 42 a 45.
OUTROS ASPECTOS DA TEORIA DOS CÂMBIOS 279
sar êsse fluxo (quando não refluir) nas fases de depressão, como.
veremos no $ 5.º do capítulo IV do 2.º volume.
A segunda é a da procura forçada e inelástica da moeda es-
trangeira de que precisamos para pagamentos de juros, amor-
tizações e obrigações de empréstimos feitos nessa moeda para
construção de estradas de ferro, portos, rêdes hidrelétricas, ser-
viços de água, esgôto, iluminação, etc. Normalmente, em um
país novo, como o Brasil, essa procura forçada deve ser com-
pensada pelo afluxo de capital estrangeiro, destinado a novos
empreendimentos. Em condições normais, o Brasil deve ser um
país importador de capitais, isto é, um país em que a corrente
de entrada de capitais excede a de remessas para amortização e
juros de capital estrangeiro já investido. A cessação da entrada
de novos capitais estrangeiros, concomitantemente com a baixa
dos preços dos produtos de exportação, repercute fortemente sô-
bre o balanço de pagamentos.
O ônus real da remessa para o estrangeiro, dos rendimentos
produzidos no país, correspondentes àqueles juros e amortiza-
ções, depende da proporção entre o montante dêsses rendimen-
tos e sua renda nacional. Se foi proveitosa a aplicação dos capi-
tais estrangeiros anteriormente importados, quer sob a forma
de investimento direto por emprêsas estrangeiras, quer sob a de
empréstimos a governos e particulares, então o aumento da ren-
da nacional proveniente dêsses capitais mais do que compensa
em geral o ônus da remessa dos dividendos e juros.
A má aplicação do capital estrangeiro pode não provir de
empréstimos de Estado, e sim de capital particular que, ampa-
rado por um protecionismo exagerado, funda indústrias que, a
um tempo, encarecem a vida no país, dificultando as exporta-
ções, e provocam fortes remessas para o estrangeiro, não só para
pagamento das matérias-primas, combustíveis e maquinismos
importados, como para lucros. Pode até acontecer que o total
dessas remessas seja superior às que se fariam necessárias se o
produto acabado fôsse diretamente importado. A matéria-prima
é estrangeira, o combustível e as máquinas são estrangeiros, os
proprietários também o são, de sorte que a procura de moeda
estrangeira em nada fica aliviada com a criação dessa indústria
nacional.
Pode também acontecer que a aplicação do capital tomado
no estrangeiro pelo Estado só aparentemente seja reprodutivo.
O BALANÇO DE PAGAMENTOS DO BRASIL 287
&
* ES
BANCOS CENTRAIS
CAPÍTULO XXI
8 4º — O “Open-Market”
+
fe *
O BANCO DE FRANÇA
8 2.º — Estrutura
%
x a
$ 6.º — Após-Guerra
! ta 3 4.
ACEITES ABRIGAÇÕES DO LETRAS DO Bása DE
TESOURO casércio riTwos
UF, N N d
=
O
BANCOS DE BANCOS
8 7.º — O “Open-Market”
EM
ep
Ad
As operações de open-market, operações no mercado livre,
compreendem tôdas as que os bancos de reserva executam, além
do redesconto ou adiantamento concedidos aos bancos aderentes.
Nas operações de open-market, os bancos de reserva, como
se vê à pág. 348, saltam por cima dos bancos aderentes e en-
tram diretamente no mercado, comprando ou vendendo títulos
do Estado, aceites bancários e outras categorias de títulos de
pouca importância.
Referindo-se a essas operações de open-market, Paul War-
burg dizia que os bancos centrais ora funcionam como bigorna,
ora como martelo. Quando êles operam em redesconto ou adian-
tamentos, a iniciativa é dos bancos aderentes e êles funcionam
como bigorna, passivamente. Quando êles realizam operações
de open-market, diretamente no mercado livre, para promover
a restrição ou expansão do crédito, êles funcionam como mar-
telo, ativamente.
Importa examinar se a estrutura de Reserva Federal é ou
não adequada às operações de open-market, isto é, se, quando
os bancos de reserva decidem intervir diretamente no mercado
livre, a estrutura do sistema lhes permite impor a sua vontade
e a sua política.
Na Inglaterra, como os bancos comerciais não podem re-
correr ao Banco de Inglaterra, as operações de open-market do
Banco Central tornam-se fâcilmente efetivas. No sistema ame-
ricano, porém, se os bancos aderentes resolvem se opor à polí-
tica de restrição de crédito dos bancos de reserva, êles podem,
à medida que êstes bancos restringem o crédito por operações
352 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
dito que pode ser dado ou mantido sob garantia de títulos. Com
essa medida procurou-se atingir, em suas raízes, o regime das fa-
cilidades de especulação. Até então, qualquer pessoa podia man-
dar o seu Banco comprar em bôlsa 100.000 dólares de títulos,
dando em garantia êsses mesmos títulos e mais uma margem
de 10.000 dólares em dinheiro, digamos, sistema êsse que per-
mitia, com 10.000 dólares apenas, especular sôbre 100.000 dó-
lares de títulos. Pela nova legislação, esta margem mínima pode
ser determinada pelo Conselho de Reserva Federal.
À lei proibiu aos bancos de operar em empréstimos por
conta de terceiros (loans on account of others), que eram ope-
rações de especulação sôbre títulos, que os bancos faziam por
conta e risco de seus clientes e que haviam constituído uma
modalidade de especulação largamente utilizada em 1929.
A lei de 1935 deu poderes aos bancos de reserva para exi-
gir a substituição de diretores ou funcionários de bancos ade-
rentes, que tenham infringido a lei ou praticado operações im-
prudentes, ouvidos os interessados. Foi também consignada nes-
sa lei a faculdade de o Conselho, a que nos referimos no pará-
grafo anterior, fixar o limite máximo de juros sôbre depósi-
tos a prazo fixo.
Por fim, a lei de 1935, consolidando providências da lei de
emergência de 1933, criou definitivamente a Federal Deposit
Insurance Corporation, que garante a segurança de todos os
depósitos bancários até $5.000. Os bancos segurados contri-
buem para êsse fundo com uma prestação anual de 1/12% do
total de seus negócios. Não se pode deixar de dizer que é la-
mentável, para o bom nome de um sistema bancário, que tal
providência tenha sido julgada necessária. Demais, a medida pe-
naliza os bancos bem dirigidos, exigindo-lhes a mesma contri-
buição que a dos bancos que precisam recorrer ao seguro para
dar confiança a seus depositantes. Por outro lado, a garantia
dos depósitos pode induzir certos banccs à prática de operações
arriscadas.
Quanto ao padrão-ouro, as leis de 1933 e 1934 declararam
ilegal e passível de fortes penalidades, não só a circulação de
moeda-ouro como a própria posse de ouro em moeda ou em
barra ou mesmo dos certificados de ouro. Todo o ouro foi re-
colhido aos cofres do Tesouro. Os bancos de reserva também
recolheram o seu ouro ao Tesouro, contra a entrega de certifi-
O SISTEMA DE RESERVA FEDERAL AMERICANO 361
&
% %
135. Ver, nesse sentido, Savers — “Modern Banking”, Oxford, 1938, pá-
gina 292, insuspeito, como inglês que é.
BANCOS CENTRAIS LATINO-AMERICANOS 365
137. Ley de Bancos n.º 12.156, de la República Argentina, cap. III (já
agora Drogada pelo Govêrno PERÓN e substituída por outra muito mais
rástica) .
368 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
Crédito Agricola:
Crédito concedido diretamente por bancos à Agricultura e
sob formas e prazos adaptados às respectivas necessidades, só
existe na Carteira Agrícola e Industrial do Banco do Brasil e em
alguns bancos oficiais dos Estados. Financiamento de atividades
agrícolas, — em bases comerciais — pelos bancos comerciais, se
encontra principalmente nos casos em que a Agricultura está
associada à Indústria (usinas de açúcar, indústrias de óleos, etc.).
A experiência do crédito bancário agrícola não tem sido
animadora. Em 1933 e 1938 foram concedidas moratórias à
Agricultura e em 1946 à Pecuária.
Contudo há, conforme dissemos, muito financiamento à
Agricultura feito pelos negociantes não só de gêneros alimenti-
cios de consumo interno, como, principalmente, pelos exporta-
dores (café) e pelos processadores (chamados maquinistas, no
caso do algodão).
Crédito Industrial:
Os bancos comerciais suprem às indústrias o crédito ne-
cessário à aquisição de matérias-primas e à venda dos produtos
O SISTEMA BANCÁRIO BRASILEIRO 379
Crédito Hipotecário:
O crédito hipotecário rural é quase inexistente. A dificulda-
de de colocação das cédulas hipotecárias torna praticamente ine-
xeguível esta modalidade de crédito.
O crédito hipotecário urbano, porém, tem sido e está sen.
do largamente suprido para atender ao enorme desenvolvimento
que estão tomando as cidades (em detrimento dos campos) em
todos os Estados do Brasil. Êste crédito tem sido especialmente
lucrativo não só para os institutos de previdência e caixas eco-
nômicas, como, sobretudo, para as companhias de seguros e
de capitalização, quando toma a forma chamada de “incorpora-
ções”, isto é, de grandes construções para venda parcelada em
escritórios ou apartamentos.
Crédito Seletivo:
Não existe qualquer legislação que confira à Superinten-
dência da Moeda e do Crédito poderes especiais para seleção
do crédito. Nos Estados Unidos, o Sistema de Reserva Federal
tem tido poderes para controlar: o crédito ao consumidor (ven-
das a prestações), o crédito à Bôlsa de Títulos (margens mt-
nimas para compra de títulos) e crédito hipotecário (prestação
inicial mínima e prazo máximo). Em França, instituiu-se depois
da última guerra o Conselho Nacional de Crédito, com poderes
de seleção, mas sem instrumentos de contrôle.
No Brasil, o problema do contrôle quantitativo do crédito
através das variações das reservas bancárias e a política de re-
descontos constitui uma providência preliminar e indispensável
para se tratar em seguida das possibilidades de crédito seletivo,
uma vez que as distorsões prejudiciais do crédito têm tido inva-
riavelmente sua origem na incapacidade de um contrôle quanti-
tativo eficiente.
ÍNDICE REMISSIVO
ÍNDICE REMISSIVO
moeda manual, 64; uso gencraliza- 153; derivados, 100; e sua nature-
do do, 62, 63, 64; valor do, 63. za, 99; fictícios, 108; incentivo para
“Clearing”, 62, 85, 109; aceitação de a criação de, 103; primários, 100;
cheques sôbre o Banco de Ingla- relação entre encaixe e, 108; segu-
terra no, 314; bilaterais, 284; de no- ro de, 360; seguro para os, 121;
tas bancárias, 107; do Sistema de total em setembro de 1938 dos, 157;
Reserva Federal, 342, 345; o Ban- transformação de — à vista em —
co de França e o, 333; organização a prazo, 104; velocidade de circula-
do — na Inglaterra, 311; plurilate- ção dos, 102; velocidade de circula-
rais, 40. ção dos — a prazo, 158.
Coeficiente de Inversão, 218. Depósitos de Negócios; cálculo de ve-
“Coinage Act”, 39, 49, 51. locidade dos, 156; velocidade de
Comércio Internacional: classificação circulação dos, 153.
gas mercadorias sob o aspecto do, Depósitos de Rendimentos: velocida-
de de circulação dos, 153.
Conjuntura Econômica, maio de 1953, Depreciação da Moeda: o ritmo das
emissões e o da, 243; reajustamen-
Consumo: ostentatório, 217; restrição to de salários na, 250.
voluntária do, 228. Desconto: casas de, 129, 130.
Contrôle de Câmbio, 281; motivos do, Desemprêgo: aumento de meios de
281, 282, pagamento em situação de, 186; o
Conversibilidade: e o Gold Reserve incremento de MV e M'V'º em si-
Act, 358; e o sistema máximo de tuação de, 186.
emissão, 329; inatingível, 303; re- Desinflação, 213.
miniscência histórica, 303; só é efe- Desmarest, 232.
tiva quando desnecessária, 303; sus- Desvalorização Monetária, 27, 29; pa-
pensão da, 303. ra promover alta de preços e com-
Copérnico, 205. bater depressão, 361.
Crédito, 67; agrícola, 378; a longo Dinheiro: ativo, 166; inativo, 166; li-
prazo, 75; ao consumidor, 79; auto- quido, 166; novo, 172, 231.
liquidação do, 72, 76; bancário (ver Direito de haver, 184.
Crédito Bancário); características Disponibilidades Monetárias, 192; a
do — agrícola, 73; Conselho Na- teoria das, 189.
cional de, 338, 339; contrôle da Divisia, 270.
aplicação do, 200; destinado à pro- “Duplicata”, 115; por que os bancos
dução, 116; hipotecário, 379; indus- descontam, 182; preferência pela,
trial, 379; legitimidade da opera- 115.
ção de, 69, 70; mercado de, 168; E
modalidades de — a curto prazo,
68, 71; noção de, 67; o destino do, Economia Forçada, 80, 216, 222; cres-
115; operação de, 67; o processo de cimento financiado pela, 248; des-
produção e o, 68; outras formas de, perdício de produto da, 234; exem-
378; percentagem de vendas a — plos de, 213, 214; inflação e, 213;
nos Estados Unidos, 79; supridores John Law e o fenômeno da, 234;
de, 77; suprimento do — a longo na hiperinflação alemã, 246; ou
prazo, 76, 77; seletivo, 379. privação forçada, 214, 215; proven-
Crédito Bancário: bases do, 106; em tos da, 247.
que consiste a base do, 106; repar- Economia Reflexa, 235, 364; vulnera-
tição do, 116, 117; ritmo do, 109. bilidade da, 364.
Cunhagem: de moeda, 36; livre, 36; Economias Externas, 220.
livre da prata, 39. Economias lideres, 285, 364.
“Economics Journal”, junho de 1945
D e junho de 1949.
Eficiência Marginal do Capital, 194.
Davanzatti, 144. Elasticidade: e a teoria dos câmbios
Deflacão: definição da, 213, 226; e in- internacionais, 275; efeitos da taxa
flação, 227. cambial no balanço de pagamen-
Depósitos: classificação corrente dos, tos e as quatro, 276; em relação
103, 104; de finança, 105; de negó- aos preços e à renda, 279; teoria
cios, 105, 153; de rendimentos, 105, das, 275.
386 PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA
capital, 24; como denominador co- Moeda Estável: a ilusão da, 205.
mum de valores, 22; como é medi- Moeda Estrangeira: procura forçada
do o valor subjetivo da, 144; como e inelástica da, 286. -
instrumento de troca, 17; como Moeda-Papel: representativa ou fi-
meio de pagamento, 20; como re- duciária, 20.
serva de valor, 20, 21; cunhagem “Monnaie de Singe”, 26.
da. 36; de ação direta, 168; de ação Motivo das Transações: noção do,
indireta, 168; de conta, 22, 26, 46, 166, 170. .
59: de emergência, 245; definição Motivo de Precaução: noção de, 167.
de John Law, 232; depreciação da Motivo Especulativo: noção de, 167.
— proporcional aos preços, 245; “Multiplicador”, 176, 242.
desvalorização da, 29; dirigida, 319; Murtinho, Joaquim, 228.
divisionária, 50, 51; emitida para
fins reprodutivos, 237; entesoura- N
mento da, 21; e o Estado, 25; escri-
tural, 62; estabilidade da, 39; ex- Napoleão, 59.
Plicação do valor subjetivo da, 144; Necker, 234.
fiduciária, 55, 56, 63, 301; fiduciá- Negócios: as necessidades dos, 117.
ria de 1.º grau, 98; fiduciária de Nível Geral de Preços, 172, 203; di-
2.º grau, 98; fiduciária conversível, fusão do, 269; do que depende a
inconversível e bancária, 55; fuga difusão do, 269; efeito da duplica-
da, 21, 28, 160, 246, 272; inconver- ção do, 173; movimento do, 172.
sível, 22; índice das transações em, Nobre, Erico, 154.
180; instrumento de industrializa-
ção, 38; instrumento do progresso
o
econômico, 37; lastreada por bons
valores, 237; medida de valor, 22; Oferta da Moeda: e as variações da
meio de pagamento, 26; meio de taxa de juros, 200.
troca, 26; metálica, 41; multipli- Onda de Iliquidez, 75, 80.
cação da — manual em — bancá- “Open-Market”, 169, 200, 307, 323,
ria, 86; numa economia socialista, 324, 337, 361, 363; a taxa de des-
33; o fenômeno da, 17; o poder de
conto e as operações de, 325, 326;
compra da, 22, 30; origem da, 17;
e as reservas dos bancos aderentes,
o uso da — manual, 104; papel, 55;
359; no Banco de França, 336; no
per eapita, 243; principal predica-
Banco de Inglaterra, 325; no Sis-
do da, 35; quando a quantidade da
tema de Reserva Federal, 351, 352,
— estimula a produção, 202; que é 353; no Sistema Bancário Brasilei-
a, 25; que vale a, 267; represen- ro, 366.
tativa, 55, 56, 301; servidora do co-
Ouro: a penúria do, 47; desapareci-
mércio, 38; significação, para o pú-
mento do — como moeda; e prata,
blico, da, 61; sistema de emissão 41; em que consiste o valor do, 46;
e de conversibilidade, 300; valor indústria de mineração do, 43; mo-
da, 22, 24, 25, 26; valor intrínseco
netário, 45; o contrôle do — nos
da, 24, 59, 60; vantagens e percal-
Estados Unidos, 356; predomínio
cos da, 28; velocidade de circula- do — na Inglaterra, 39; procura
ção da, 151. . do — para entesouramento, 44; pro-
Moeda Bancária, 64, criação da, 99; cura do — para fins industriais,
e cheque, 64; em que consiste a, 44, procura do — para fins não-
64; fórmula da velocidade da, 156, -monetários, 44; produção do, 41, 42,
157; quando há criação de, 107; uso 43; utilidade do, 61; utilização do,
e utilização da, 103; velocidade na 48.
Inglaterra da, 152; velocidade no Ouro e Prata, 19; relação entre, 51.
Brasil da (Gudin), 156; velocidade “Overdraft”, 71.
nos Estados Unidos da, 156.
Mocda de Ação Direta, 196; distin- P
ção entre — e moeda de ação in-
direta, 169; noção de, 168. Padrão de Vida: sua dependência dos
Moeda de Ação Indireta, 196; distin- fatôres de produção, 203.
ção entre — e moeda de ação di- Padrão-ouro, 46; abandono do — na
reta, 169; noção de, 168. Inglaterra, 44, 48; adoção do — em
ÍNDICE REMISSIVO 389
T 4
Taxa Cambial de Equilíbrio, 279; de- Valor da Moeda, 33; a depreciação
finição da, 279, 280; não constitui do — e a conta de capital, 207;
uma teoria do balanço de paga- a ficção legal de constância do,
mentos, 281. 206; a noção de, 143; a noção quan-
Taxa de Desconto: arma para faci- titativa do, 144; as variações do —
litar ou dificultar o crédito, 325; e a redistribuição da propriedade
como atrativo do ouro, 321; como e da renda, 211; como é determi-
o Banco de Inglaterra torna efe- nado, 193; consegiiências do, 211;
tiva a sua, 322, 323, 324; do Banco corolários da teoria da variação do,
de Inglaterra? 205; e a contabilidade dos negócios,
Taxa de Juros: do que depende, 114; 206; e a função monetária, 233; em
dos empréstimos a longo prazo, 78, que consiste o, 144; falta de solu.
79; e valor dos títulos, 167; hiper- ção para as variações do, 206; me-
trofia da, 196; natural e do mer- dição do, 144; teoria das variações
cado, 144. do, 141.
Taxas Cambiais: inflação, preços e, Valorímetro, 22.
223; limites dos desníveis das, 283. Velocidade da Renda: definição da,
Teoria Quantitativa, 143; a lei ida 162; fórmula da, 194; na Inglater-
oferta e da procura e a, 147; em ra e nos Estados Unidos, 163.
função dos investimentos, 202; em Velocidade de Circulação da Moeda,
sua forma simples, 147; John Law 151; a determinação da, 151; a que
e o mecanismo da, 234; o núcleo é igual a, 151; arma que está na
de verdade da, 147, 202; outras con- mão do público, 160; cálculos da,
siderações sôbre a, 199; restrições 244; como varia a, 158; correlação
à — pura, 202. entre a — e o volume dos negó-
Thiers, 24. cios, 158; dificuldades na determi-
Thyssen, 216, 249. nação da, 152: exemplo de Fisher
Tooke, 193, 194, 195, 321. sôbre a, 152, 153; fatôres que in-
Transações Econômicas, 67. fluem na, 181; na hiperinflação
Transporte Financeiro da Produção, cada emissão é acompanhada de
68, 69, 70. um aumento da, 244; passividade
Troca: a equação de (ver Equação de da, 160.
Trocas); bilaterais, 40; direta, 17, Velocidade de Circulação dos Bens,
18, 19, 40; indireta, 18, 19; institu- 151; fórmula da, 161; noção da, 161.
tos e centros de, 40; instrumento Véu Monetário (Robertson), 20, 32.
de, 17, 36; meio único de, 22; novo Viner, Jacob, 272, 273.
impulso ao regime de, 40. Volume das Transações (T), 181; ex-
Trotzky, 34. pressão numérica do, 187.
Turroni, Bresciani-, 170, 239, 241, Volume dos Negócios: correlação en-
247, 251. tre a velocidade da moeda e o, 158.
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Unidade de Consumo, 190. Wagner, 25, 240.
Utilidade da Moeda: em que consis- Walras, Leon, 190.
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Utilidade Marginal, indireta, 143; o Wicksell, Knut, 169, 196.
valor subjetivo da moeda e a, 144; Wieser, F. V., 144, 192.
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