Meu Lugar É Aqui - 2 Série
Meu Lugar É Aqui - 2 Série
Meu Lugar É Aqui - 2 Série
2ª
SÉRIE
Apresentação do Aprofundamento 3
Cultura e Identidade 4
Atividade 1 7
Atividade 2 11
Atividade 3 14
Atividade 4 18
Atividade 5 22
Meu Nordeste 32
Atividade 1 36
Atividade 2 44
Atividade 3 48
Atividade 4 51
Atividade 5 54
Meu Lugar é Aqui tem a proposta de, ao longo dos seus quatro componentes, mobilizar diferentes saberes
e vivências na proposição de projetos de intervenção social, econômica, ambiental ou cultural relevantes
para os contextos e vida dos/as estudantes.
Professor/a, orientamos que, ao planejar sua aula ou encontro, considere as especificidades de sua turma,
possíveis complementações ou aprofundamentos necessários para além daqueles aqui propostos. Com o
intuito de apoiá-lo/a nesse planejamento, são apresentados, no início de cada componente uma descrição
da proposta que será desenvolvida, as competências e habilidades em foco e o(s) eixo(s) estruturante(s)
que está(ão) no centro do percurso.
É importante lembrar que você, assim como toda sua equipe escolar, tem autonomia para selecionar as
atividades, materiais e organizar espaços de aprendizagem que melhor se adequem à sua realidade local,
levando em conta também adaptações inclusivas a todos os/as estudantes.
Esperamos inspirá-lo/a e contribuir para experiências enriquecedoras para a sala de aula, fundamental
para o desenvolvimento integral de cada estudante.
CULTURA E IDENTIDADE
INFORMAÇÕES GERAIS:
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
Competência Específica 1: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos
âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos
epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em
relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e
fontes de natureza científica.
04
COMPONENTE 1 - CULTURA E IDENTIDADE
HABILIDADE - EM13CHS103
Analisar os processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional,
nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos,
científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles,
considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseados em argumentos e fontes de
natureza científica.
HABILIDADE - EM13CHS104
HABILIDADE - EEMIFCG01
Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
HABILIDADE - EMIFCG03
HABILIDADE - EMIFCG04
Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
HABILIDADE - EMIFCG05
Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em
prática.
HABILIDADE - EMIFCG06
Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os
interlocutores pretendidos.
05
COMPONENTE 1 - CULTURA E IDENTIDADE
HABILIDADE - EMIFCG07
HABILIDADE - EMIFCG08
HABILIDADE - EMIFCHS02
Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os
conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens adequados à
investigação científica.
HABILIDADE - EMIFCHS03
Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de
diferentes mídias.
HABILIDADE - EMIFCHS04
Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre
temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global.
HABILIDADE - EMIFCHSA07
Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à
diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local,
regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.
06
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
INTRODUÇÃO
Prezado/a professor/a, para a primeira atividade do componente Cultura e Identidade, sugere-se abordar o
conceito de identidade e sua relação com a ética, normas e símbolos que moldam a vida em sociedade e
nos grupos que a constituem. É importante contextualizar os aspectos culturais que afetam os estudantes
em suas relações cotidianas e expectativas em relação aos seus projetos de vida. Essa é uma oportunidade
de revisitar o conhecimento dos estudantes sobre como as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
construíram a noção de identidade, a fim de ampliar suas habilidades analíticas, investigativas e reflexivas,
de acordo com os Eixos: Investigação Científica e Processos Criativos, por meio de situações que abrangem
os contextos em que vivem.
SAIBA MAIS
CAMARGO, Fausto. A sala de aula inovadora: estratégias para fomentar o aprendizado ativo. Porto
Alegre: Penso, 2018.
CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: EDUSC, 1999.
GODOY, Elenilton Vieira e Santos, Vinício de Macedo. Um olhar sobre a cultura. Educação em Revista
[online]. 2014, v.30, n.3. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/g9PftWn8KMYfNPBs7TLfC8D/?
lang=pt .
Acesso em: 28 de dezembro de 2023.
SIMÕES, Julio e Giumbelli, E. Cultura e alteridade. In: Moraes, A. C. (org.) Sociologia: ensino médio.
Brasília: MEC/SEB, 2010 (Coleção explorando o ensino). Disponível em: https://cutt.ly/hTLTcQw .
Acesso em: 28 de dezembro de 2023.
Como forma de promover a sensibilização para a temática desta atividade, indicamos iniciar o percurso de
aprofundamento a partir da retomada dos conhecimentos prévios dos/as estudantes sobre identidade.
Considerando que os/as estudantes estejam familiarizados/as com discursos e narrativas tanto do senso
comum, quanto científicos que explicam as diversas formas de ser e estar no mundo dos seres humanos,
comece a atividade problematizando o que nos torna humanos e nos diferencia dos outros animais que
também vivem em sociedade. Se somos uma mesma espécie, tal como muitos outros animais sociais, o que
nos torna tão diferentes uns dos outros? Nossa forma de agir e interagir com o meio e com os outros
seguem padrões que também podem guiar outros grupos sociais?
As contribuições que surgirem poderão ser sistematizadas na forma de um mapa mental, com uso da lousa
ou outro suporte, de modo que facilite o trabalho de mediação para desenvolver com eles/as a perspectiva
de que, diferente dos outros animais, só o ser humano é capaz de se identificar como seres culturais.
Provoque-os/as a pensarem sobre essa afirmação a partir de situações que oponham o agir humano ao
agir de animais, apontando aspectos da ação humana orientada por normas sociais, ética, símbolos, que
não se verificam entre os animais, que se orientam por instinto.
07
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
DESENVOLVIMENTO
Na natureza, alguns animais simulam características sociais, e instintivamente, se desenvolvem para viver e
agir nesse seu meio natural. Mas as semelhanças entre os seres humanos e os animais terminam neste
ponto. Embora muitos animais se organizem em grupos, o agir humano é orientado predominantemente
pela cultura e não por instintos. E como se chegou a esse entendimento? Professor/a, provoque e estimule
os/as estudantes a pensarem sobre essa questão. Divida a turma em grupos, orientando para pesquisarem
sobre um dos temas:
A pesquisa subsidiará, posteriormente, as reflexões sobre o conceito de Cultura. Sugerimos que os oriente
a sistematizar os dados levantados em forma de relatórios, a serem compartilhados e debatidos em uma
roda de conversa. Problematize: qual a importância das contribuições da antropologia para o mundo de
hoje? Por que é importante estudar a Cultura? Afinal, o que significa o termo Cultura?
As contribuições dos/as estudantes podem ser registradas e sistematizadas com a elaboração de um
quadro colaborativo em meio digital (ver a plataforma colaborativa padlet: https://pt-br.padlet.com/) ou
outro possível de ser acionado posteriormente no desenvolvimento da atividade.
Professor/a, o quadro colaborativo das percepções dos/as estudantes sobre o significado de Cultura,
provavelmente, contemplará definições imprecisas, muitas delas baseadas no senso comum. Afirmações
que relacionam o significado de Cultura a um conhecimento erudito, ao cultivo de algo, a manifestações
artísticas ou hábitos e costumes de um povo podem aparecer, dentre outras.
O propósito aqui é refletir com os/as estudantes a importância de aprofundar conceitos de cultura para a
construção de identidades, recorrendo aos referenciais científicos, a fim de superar as limitações do senso
comum na compreensão de fenômenos sociais. Para isso, sugerimos retomar as considerações dos/as
estudantes e pedir para que comparem com o que diz Giddens (2005), a partir do seguinte excerto:
Quando os/as sociólogos/as se referem à cultura, estão preocupados com aqueles aspectos da sociedade
humana que são antes aprendidos do que herdados. Esses elementos culturais são compartilhados por
membros da sociedade e tornam possível a cooperação e a comunicação. Formam o contexto comum em
que os indivíduos numa sociedade vivem as suas vidas. A cultura de uma sociedade compreende tanto
aspectos intangíveis – as crenças, as ideias e os valores que formam o conteúdo da cultura – como também
aspectos tangíveis – os objetos, os símbolos ou a tecnologia que representam esse conteúdo. (GIDDENS,
Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005, p.38. grifo nosso)
tem a ver com aspectos da sociedade humana aprendidos e não herdados (instinto, genética);
tem a ver com cooperação (dependência mútua, solidariedade) e comunicação (linguagem verbal e não
verbal);
tem relação com conteúdos e representação desses conteúdos (sentido e significado).
08
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
Aqui, professor/a, é possível desenvolver estratégias de aprendizagem ativa e colaborativa, como o Debate
dois, quatro, todos. Essa estratégia é iniciada pela exposição, por você, do texto e, em seguida, das
problematizações que devem ser pensadas e respondidas pelos/as estudantes individualmente. Em
seguida, os/as estudantes se agrupam em pares, compartilham suas respostas, debatem e reelaboram as
respostas conjuntamente. Posteriormente, são formados agrupamentos maiores, com quatro estudantes,
que compartilham as respostas elaboradas nas duplas, debatem e confeccionam uma nova resposta. Por
fim, solicite para que cada grupo compartilhe suas percepções com toda a sala, por meio de uma exposição
oral ou de uma folha com as respostas, podendo, inclusive, construir um mural (sugestão de uso do padlet).
O importante, nesta estratégia, é que cada estudante exercite sua capacidade de escuta e argumentação,
considerando as respostas de todos os colegas da equipe, ampliando seu ponto de vista e sua visão crítica.
Para isso, professor/a, a mediação nos grupos é fundamental.
O objetivo dessa atividade é favorecer a compreensão que define Cultura, a qual envolve considerar tudo
aquilo que o ser humano vivencia, realiza e transmite por meio da linguagem, de modo que está
relacionada com os conteúdos simbólicos da vida. Ou, como alguns diriam, com os mecanismos de controle
dos indivíduos em sociedade, isto é, sistemas de símbolos entrelaçados e interligados entre si que
fornecem para os indivíduos um modo de pensar, de agir e sentir.
Por fim, sugere-se uma aula expositiva dialogada para trabalhar com algumas características que estão
presentes em todas as culturas, destacando que a cultura é simbólica, social, sofre processos de mudança e
transformação ao longo do tempo, seja por fatores internos ou externos (contatos com outros sistemas
culturais), ao mesmo tempo que se mantém estável em determinados padrões. Além disso, toda cultura, a
um só tempo, se constitui como um fato social (anterior, exterior e coercitivo, segundo Durkheim), de modo
a determinar o comportamento dos sujeitos, e, também, suscetível a mudanças provocadas pelos próprios
sujeitos inseridos nela. Toda cultura é uma obra coletiva, mas pode ser modificada e vivida de diferentes
maneiras pelas diferentes pessoas. Ou seja, o ser humano é, a um só tempo, produtor/a e produto da
cultura.
SISTEMATIZAÇÃO
Professor/a, sugere-se que, em um primeiro momento, os/as estudantes, a partir das aprendizagens
desenvolvidas no componente elaborem individualmente um breve texto acerca de como compreendiam,
até então, a questão da cultura e identidade, e quais foram as principais alterações nas suas concepções
pessoais, refletindo, também, sobre como percebem, agora, a presença da cultura influindo em seus
projetos de vida. Utilizar o Diário de Bordo.
Uma vez produzidos os textos, oriente-os/as a compartilharem suas produções com seus/suas colegas de
turma, de modo que permita-os/as reescreverem seus textos, a partir da troca de ideias e dos comentários
que surgirem. A estratégia "Debate dois, quatro, todos" pode ser, novamente, mobilizada aqui.
É possível, ainda, finalizar a atividade, com os/as estudantes registrando suas aprendizagens por meio da
produção de objetos de aprendizagem, digital ou não digital, como fanzines, vídeos curtos, reels,
quadrinhos, entre outros formatos que possam ser utilizados, reutilizados ou referenciados em diferentes
contextos.
09
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
AVALIAÇÃO
10
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 2
INTRODUÇÃO
Professor/a, a cultura faz parte daqueles aspectos da sociedade que são aprendidos pelos humanos mais
do que herdados (biológico). Para viverem em sociedade, os indivíduos passam pela socialização, processo
fundamental de transmissão da cultura através do tempo e das gerações, pelo qual se dá o aprendizado da
linguagem, das formas de convivência, das regras. Além disso, é nos contextos culturais que, a um só
tempo, somos influenciados/as em nosso comportamento e desenvolvemos um sentido de identidade e a
capacidade para o pensamento e a ação independentes, provocando mudanças em seu meio. Estes
processos perpassam a existência do sujeito em sua relação dinâmica e dialética com a sociedade, na qual
ele/a se torna produto e produtor da cultura. Neste sentido, em continuidade às reflexões da atividade 1,
sugere-se que, agora, seja desenvolvido a perspectiva sociológica dos processos de socialização e de
construção da identidade, em seus vários aspectos, que incidem sobre a constituição dos sujeitos nas
sociedades contemporâneas.
SAIBA MAIS
Medeiro, Marília Salles Falci. A construção teórica dos conceitos de socialização e identidade.
Revista de Ciências Sociais, v. 33, n. 1, p. 78 – 86, 2002.
Professor/a, a proposta desta atividade visa dar continuidade ao desenvolvimento das habilidades
relacionadas ao eixo de Investigação Científica, explorando, também, algumas habilidades relacionadas ao
eixo Processos Criativos. Para esse momento inicial, sugere-se a realização de uma pesquisa a ser
estruturada integralmente pelos/as estudantes, cuja proposta se desdobra em três etapas.
Primeiramente, à guisa de sensibilização, organize uma roda de conversa e estimule o debate sobre o que
significa, para eles/as, “ser adolescente”, explorando seus conhecimentos prévios sobre a socialização
desde a infância. É possível provocar o debate, professor/a, com questões que remetam à educação de
ética, normas, regras, padrões de comportamento, papéis sociais, com a qual a criança interage desde o
nascimento e que envolvem seu território, meio cultural, escolhas, bem como explorar as concepções
dos/as estudantes sobre o universo social e cultural que envolve a condição de “ser adolescente” hoje. Ao
final da conversa, peça para que sistematizem as reflexões no quadro colaborativo (padlet).
DESENVOLVIMENTO
A segunda etapa, professor/a, consiste na realização de uma pesquisa com o tema “ser adolescente ontem”,
com o objetivo de colher informações a partir das percepções de familiares de diferentes gerações (bisavós,
avós, pais e tios). Sugerimos que o método, as técnicas de pesquisa e a amostragem sejam definidos
pelos/as estudantes com a sua mediação. O importante é que os/as estudantes levantem informações
sobre as representações sociais dos/as pesquisados/as sobre o que, para eles/as, significava “ser
adolescente”, a partir da condição de infância vivida por eles/as em relação a aspectos como brincar,
estudar, trabalhar, responsabilidades, relação com os mais velhos/as, liberdades (como escolher profissão,
escolher formação, poder usar qualquer roupa, poder ir a festas de amigos/as, namorar etc.). Os dados das
pesquisas podem ser compilados e compartilhados a partir de formulários eletrônicos (google forms), de
forma a facilitar o acesso a todos/as.
11
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
Uma possibilidade de complementar essas representações sobre o que é “ser adolescente”, e estabelecer
correlações com as entrevistas, é identificar e analisar narrativas que constroem a ideia de adolescência em
propagandas, fotografias, reportagens, entre outras fontes documentais da época em que seus avós, pais,
tios vivenciaram a condição de infância e adolescência. Isso permitirá, também, subsidiar a reflexão sobre a
diversidade de agentes socializadores, como a mídia, que será desenvolvida no próximo momento.
Finalizada a sistematização da pesquisa, o objetivo da terceira etapa é proceder à análise comparativa entre
as percepções dos/as estudantes, expressas no quadro colaborativo, e as percepções dos/as mais
velhos/as, de modo que os/as estudantes percebam diferenças e continuidades que envolvem os processos
de socialização e a construção da identidade entre as distintas épocas. Problematizações podem ajudar
nessa reflexão, tais como: ser adolescente em outras épocas era a mesma coisa que hoje? O que mudou de
lá para cá? Os/as adolescentes eram “educados/as” em valores, normas, padrões e papéis sociais diferentes
ou esses aspectos mudaram com o tempo? Essa “educação” varia com o tempo e no espaço? Há mais
liberdade hoje para o sujeito ser/fazer o que ele/a quiser?
Agora, professor/a, é o momento de aprofundar as aprendizagens dos/as estudantes quanto aos conceitos
de socialização e identidade. Sugerimos, para isso, desenvolver alguma estratégia ativa de leitura (Técnica
de leitura como Quebra-Cabeças), de excertos do livro de Anthony Giddens Sociologia (Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3114970/mod_resource/content/1/Anthony_Giddens_Sociologia.p
df Ed. Artmed, 2001 Acesso em 28 dez. 2023), em que o autor desenvolve os conceitos nas páginas 42 a 44.
Obviamente, a seu critério, podem ser trabalhados outros autores, dentre os quais indicamos:
Oriente-os/as para que, com base nos dois conceitos, analisem os processos pelos quais passaram e ainda
passam para que se tornem o que são hoje. Para isso, sugere-se a realização de uma Exposição dos
resultados (banners, cartazes, mini curtas), para refletirem sobre como tais processos contribuíram para
seus projetos de vida e suas escolhas profissionais. Sugere-se, para isso, algumas problematizações: até
que ponto, considerando a complexidade da sociedade em que vivemos e as mudanças que ocorrem na
cultura, a socialização primária foi significativa para vocês serem o que são? Qual a relação entre suas
identidades e o momento de suas vidas, que exige, cada vez mais, autoafirmação, autonomia,
independência e protagonismo? É mais difícil ser adolescente hoje do que em outras épocas?
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
SISTEMATIZAÇÃO
Professor/a, sugere-se que os/as estudantes sistematizem suas reflexões em forma de um ensaio (escrito,
fotográfico, esquetes, em formato de HQ , vídeo ou conforme o interesse dos/as estudantes) que
contemple uma breve autobiografia, suas aspirações futuras e os desafios que esperam enfrentar nos
outros espaços de interação e sociabilidade, considerando os processos de socialização e de construção
identitária que continuam ao longo da vida. A produção pode ser individual e compartilhada nos jornais
estudantis ou no mural colaborativo (padlet). Aproveite para oportunizar aos/às estudantes momentos de
trocas, vivências e reflexões a partir das produções, sobre as aprendizagens e os desafios de “ser
adolescente” hoje em dia e seus projetos de vida.
AVALIAÇÃO
ATIVIDADE 3
INTRODUÇÃO
Nesta atividade, o objetivo é explorar as relações entre cultura e identidade, tanto em termos conceituais
quanto como processos sociais, para refletir sobre a noção de identidade cultural brasileira, além de uma
territorialidade e de uma identidade cultural alagoana. A pergunta central é: existe uma identidade e uma
cultura genuinamente brasileira? Para aprofundar as aprendizagens da FORMAÇÃO GERAL BÁSICA, uma
abordagem possível é examinar a contribuição de pensadores brasileiros que se dedicaram na primeira
metade do século XX a "interpretar o Brasil", tais como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio
Prado Jr. Em Alagoas temos Dirceu Lindoso, Graciliano Ramos, Jorge de Lima, Arthur Ramos, Diégues Júnior,
entre outros. Como forma de desenvolver as habilidades do eixo Investigação Científica, sugere-se que os
estudantes realizem levantamentos sobre manifestações culturais e revisões bibliográficas. Em relação ao
Eixo Processos Criativos, são sugeridas estratégias para que os estudantes possam produzir recursos de
aprendizagem (como textos, teatro, podcasts, vídeos etc.) a partir dos levantamentos e revisões
bibliográficas.
SAIBA MAIS
Botelho, André e Schwarcz, Lilia Moritz (orgs). Um enigma chamado Brasil: 29 intérpretes e um país.
São Paulo: Companhia das Letras, 2009.s
Cardoso, Fernando Henrique. Pensadores que inventaram o Brasil. São Paulo, Cia. das Letras, 2013.
Luiz Bernardo Pericás (org.) Intérpretes do Brasil: clássicos, rebeldes e renegados. São Paulo:
Boitempo, 2014.
Ricúpero, Bernardo (org.). Sete Lições sobre as Interpretações do Brasil. São Paulo, Alameda, 2007.
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
Para promover reflexões iniciais, é sugerido que os estudantes sejam incentivados a debater em formato de
roda de conversa algumas questões fundamentais. Por exemplo, se a cultura é o que nos diferencia como
seres humanos, podemos afirmar que existe uma cultura genuinamente brasileira que nos confere uma
identidade como povo e nação? Quais seriam os fatores que definiriam essa cultura e identidade brasileira?
Seria essa cultura 100% pura e distinta dos demais povos?
Para complementar essa reflexão inicial, sugere-se a leitura compartilhada do texto de Ralph Linton “O
cidadão americano” (Linton, Ralph. O homem: Uma introdução à antropologia. São Paulo, Livraria Martins
Editora, 1959, p. 355-6, também disponível em Laraia, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.), em que o autor critica a perspectiva que atribui o desenvolvimento
da cultura americana a fatores autóctones e não resultante de contatos entre diferentes culturas na sua
formação.
Há diversos outros exemplos que podem mobilizar a reflexão sobre como as culturas, por serem dinâmicas
e estarem permanentemente em processo de construção, se constituem e se desenvolvem a partir de
contatos com outras culturas. Nas páginas 40 e 41 do livro “Sociologia”, de Anthony Giddens (Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3114970/mod_resource/content/1/Anthony_Giddens_Sociologia.p
df Ed. Artmed, 2001 Acesso em 28 dez. 2023), o autor apresenta o exemplo do Reggae, na qual demonstra
como esse estilo, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade, é resultado do
“contato entre diferentes grupos sociais e dos significados – políticos, espirituais e pessoais – que aqueles
grupos expressaram através de sua música”.
Recomenda-se a realização de uma atividade de leitura compartilhada desse trecho, a fim de problematizar
se os estudantes percebem como o processo de formação do Reggae, a partir do contato entre diferentes
culturas, também se aplica aos gêneros e estilos musicais tipicamente brasileiros. Essa sondagem será
essencial para a continuação desta atividade.
Os estudantes também podem pesquisar, ouvir e analisar canções de Reggae e outros gêneros dos quais
ele se originou na Jamaica, bem como sua posterior difusão em outros contextos culturais, como Brasil, EUA
e Inglaterra, e as possíveis ressignificações que ocorreram devido às influências de estilos locais. Algumas
bandas representativas são recomendadas.
PAÍS BANDA
Tomando como base o exemplo de Giddens sobre o Reggae, proponha aos/às estudantes, a partir das
reflexões anteriores, analisarem como se constituíram os variados gêneros e estilos musicais brasileiros
(samba, chorinho, forró, sertanejo, MPB, funk, rock, pop, pagode, axé, frevo, coco de rodas, entre outros,
além de todas as suas variações).
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
A partir dessas reflexões, sugere-se a organização dos/as estudantes em grupos para que formulem
hipóteses sobre a existência de uma identidade cultural brasileira e as registrem em um quadro
colaborativo em nuvem ou em outro formato.
DESENVOLVIMENTO
O que é o Brasil e o que é ser brasileiro/a? Essa questão norteou a produção intelectual de parte do
pensamento social brasileiro, sobretudo na primeira metade do século 20. Autores como Gilberto Freyre,
Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr., Darcy Ribeiro, Roberto DaMatta, entre outros, produziram
importantes interpretações sobre o Brasil e os/as brasileiros/as. Sugere-se que os/as estudantes
confrontem suas hipóteses a partir de um/a ou mais autores/as.
A turma poderá ser dividida em grupos, e cada grupo produzirá recursos (vídeos, podcasts, textos, entre
outros) sobre o pensamento de um/a ou mais autores/as, conforme seu critério, acerca da formação do
povo brasileiro, mobilizando a estratégia de multiletramento (é uma proposta pedagógica desenvolvida por
educadores/as.
Essa perspectiva de letramento propõe que as escolas considerem a multiplicidade de culturas, maneiras
de interagir e de linguagens — como a visual, a verbal, a sonora e a espacial — no momento de ensinar e
alfabetizar os estudantes.). Seguindo o seguinte roteiro:
Quais são as ideias do/a autor/a sobre o que nos tornou brasileiros/as?
Qual a sua noção de identidade cultural brasileira? Essa noção proposta pelo autor/a permite, hoje,
compreender toda a diversidade étnica, de costumes, de formas e expressões da vida material e
imaterial dos/as brasileiros/as?
Professor/a, oriente-os/as para que os materiais produzidos não exijam muito tempo para ser lido e
analisado, por exemplo, de 07 a 10 minutos.
Após a produção dos recursos, organizar um giro colaborativo, em que os/as estudantes apresentem seus
trabalhos em estações. Cada grupo passará por todas as estações e fará registros sobre o que aprenderam
a partir de cada trabalho analisado. Nessa estratégia, é fundamental que o tempo de cada grupo nas
estações seja o mesmo (por exemplo, uma rodada de estação a cada 10 minutos). Ao final, os registros
feitos nos diários de bordo deverão ser sistematizados pelos grupos e compartilhados em uma roda de
conversa, na qual poderá ser problematizado: considerando as hipóteses elaboradas anteriormente
pelos/as estudantes e as perspectivas sobre a formação do povo brasileiro dos/as autores/as, quais as
dificuldades para se definir uma identidade cultural brasileira?
O objetivo dessa discussão é refletir sobre se, mediante a diversidade que constitui o povo brasileiro, a
exemplo do que eles/as analisaram na formação das músicas, é possível definir uma identidade cultural
genuinamente brasileira. Parte-se do pressuposto de que qualquer definição correria o risco de ser
imprecisa e não abranger toda a diversidade, além de privilegiar e hierarquizar determinados elementos
em detrimento de outros, sobretudo se considerarmos o contexto contemporâneo da sociedade brasileira
que, como muitas outras sociedades contemporâneas, passou por diversas e profundas mudanças e
transformações.
SISTEMATIZAÇÃO
Professor/a, como sugestão para encerramento desta atividade, preconize uma reflexão sobre as
dificuldades de se definir uma identidade cultural brasileira que abrange toda a diversidade de identidades
dos brasileiros/as a partir do artigo de Renato Ortiz “Imagens do Brasil” (publicado em: Revista Sociedade e
Estado - Volume 28 Número 3 Setembro/Dezembro 2013. Disponível em: https://cutt.ly/0WCcF54. Acesso
em: 28 dez. 2023).
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
A partir de uma aula expositiva-dialogada, desenvolva a crítica do autor em que ele analisa a produção
intelectual que se dedicou a “interpretar o Brasil”, refletindo em que medida as transformações ocorridas
nas últimas décadas incidem sobre a imagem que temos de nós mesmos, isto é, as representações
simbólicas construídas em torno da tradição brasiliana são impactadas por tais eventos? Qual o seu legado
intelectual?
Após a exposição, oriente-os/as para que, organizados em grupos, elaborem respostas a essa problemática,
compartilhando suas reflexões, posteriormente, aos demais grupos e preenchendo o quadro colaborativo
em nuvem utilizado anteriormente. Essa reflexão contribui para preparar o caminho das próximas
atividades, que centraram na discussão sobre Identidade Cultural na contemporaneidade.
Por fim, considere realizar uma rodada de autoavaliação dos/as estudantes, em que considerem aspectos
relacionados à participação, empenho e colaboração nas tarefas realizadas, bem como de todo o processo
formativo.
AVALIAÇÃO
Professor/a, a produção discente pode fornecer importantes subsídios à avaliação formativa e somativa
na Atividade 3. Como sugerido anteriormente, considere realizar uma rodada de autoavaliação dos/as
estudantes, em que considerem aspectos relacionados à participação, empenho e colaboração nas
tarefas realizadas, bem como de todo o processo formativo.
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 4
INTRODUÇÃO
É comum que as cidades, os bairros, cada lugar onde há ocupação humana, tenha particularidades, em
termos socioculturais, que a caracterize e a distinga de outros espaços, e pelas quais tanto seus habitantes
se identificam, quanto são identificadas por aqueles de fora. As festas populares, por exemplo, são
importantes marcadores das culturas e identidades locais, constituindo espaços de pertencimento,
sociabilidade e socialização, não só pela sua realização, mas em todo processo de organização, ao qual
muitas pessoas se envolvem por diversos motivos, como por “herança” (tradição familiar) ou pelo interesse
em ajudar a preservar um bem coletivo. As festas, no entanto, são suscetíveis às mudanças sociais, o que
implica que seus sentidos e significados podem ser alterados com o tempo e, também, os processos de
identificação e distinção que os caracterizam.
Como sugestão de sensibilização, você, professor/a, pode trabalhar com a canção Baticum, de Chico
Buarque (Disponível em https://cutt.ly/6WCvJRG. Acesso: 28 dez. 2023), que trata sobre uma festa popular
fictícia que, com o tempo, se transforma a partir do envolvimento de novos/as atores/as (econômicos,
políticos, inclusive transnacionais), bem como de sujeitos que não “pertenciam” ao meio cultural em que a
festa acontecia. Essas transformações suscitaram outros sentidos e significados atribuídos à festa,
mudando sua dinâmica e a forma como se realiza.
Propõe-se que seja realizado uma leitura crítica compartilhada da letra, problematizando alguns fatores e
processos subjacentes às transformações pelas quais o “Baticum” passou (como o processo de
globalização, a influência da indústria cultural e da cultura de massa, por exemplo).
A partir das impressões dos/as estudantes sobre as questões envolvidas na canção “Baticum”, como forma
de contextualizar as reflexões iniciadas, propõe-se analisar alguma festa tradicional ou qualquer
manifestação da cultura local que, de certo modo, confere uma identidade aos bairros ou às cidades em
que vivem os/as estudantes, e que tenham passado por transformações, impactando a forma como as
pessoas constroem suas identidades culturais.
Como exemplo, a festa junina, grande manifestação da cultura nordestina, é uma tradicional festividade
popular no Brasil que foi trazida para nosso país pelos portugueses, no século XVI. A festa possuía,
inicialmente, um forte teor religioso – conotação essa que se perdeu em parte, uma vez que é vista por
muitos mais como uma festividade popular do que religiosa. Alguns elementos caracterizam a festa, como
bandeirinhas coloridas, fogueira, quadrilha; jogos como pescaria, tiro ao alvo, e correio elegante;
barraquinhas vendendo milho verde, amendoim, canjica, quentão, paçoca, pé de moleque, rapadura. A
festa junina no Brasil fez com que ela fosse associada a símbolos típicos das comunidades do campo. Outra
característica muito comum era a de se vestir de caipira de maneira caricata. Os ritmos típicos incorporados
à festa são forró, xote e baião. Hoje algumas quadrilhas são estilizadas, e muitas participam de competições
regionais e nacionais. Já a música, que era com bandas de forró pé de serra, utilizando zabumba, triângulo
e sanfona, dando espaço para outros estilos musicais, como: sertanejo, axé, música eletrônica entre outras.
Em alguns lugares a comida também mudou, agora vemos pizza, massas e salgados.
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
SAIBA MAIS
Com relação ao objetivo desta atividade, festas como a festa junina, que proporciona uma identidade aos
sujeitos marcada pelos atributos culturais locais (modo de vida do campo, celebração do trabalhador rural,
religiosidade etc.), incorporou ao longo do tempo outros elementos que não correspondem às suas raízes
locais, com o envolvimento de outros atores, sujeitos, valores e subjetividades. Ou seja, aquilo que
fundamentava a identificação dos sujeitos com o lugar, hoje, opera em outras lógicas, outras dinâmicas,
mais individuais, fragmentadas e mediadas, por vezes, por elementos difundidos pela indústria cultural,
pela cultura de massa e pelo consumo.
Mediante ao que foi exposto, professor/a, sugere-se que os/as estudantes realizem a atividade de pesquisa
a partir de questões, como: considerando as transformações pelas quais passou a festa analisada, é
possível afirmar que os sentidos e significados permaneceram os mesmos? Por que a festa mudou tanto?
As pessoas que hoje participam da festa se identificam com ela da mesma forma que pessoas de épocas
passadas? Quais influências a festa pode ter sofrido de outras práticas culturais que evidenciam alterações
em suas características originais?
Considere esse momento como oportunidade para provocar os/as estudantes a relacionar essas mudanças
aos processos de globalização, que intensificaram as trocas e as interações entre culturas, bem como à
constituição da chamada “sociedade de consumo".
DESENVOLVIMENTO
Então, como pensar a formação das identidades culturais hoje em dia? A partir das hipóteses formuladas
pelos/as estudantes, é o momento, professor/a, de oportunizá-los/as o contato com a perspectiva de
autores que discutem as relações entre identidade e cultura na contemporaneidade, tais como Stuart Hall,
Zygmunt Bauman, Manuel Castells, Néstor García Canclini, Renato Ortiz, entre outros.
Tal como na Atividade 3, a turma poderá ser dividida em grupos, e cada grupo produzirá recursos (vídeos,
podcasts, textos, entre outros) sobre o pensamento de um ou mais autores/as, conforme seu critério,
acerca da formação das identidades culturais na contemporaneidade, mobilizando a estratégia de
multiletramento.
Para a produção dos recursos, apresente aos/às estudantes um roteiro com as questões:
Após a produção dos recursos, utilizar a metodologia “rotação por estações” para apresentação dos
trabalhos. Cada grupo passará por todas as estações e fará registros sobre o que aprenderam a partir de
cada trabalho analisado. Ao final, esses registros deverão ser sistematizados pelos grupos e compartilhados
em uma roda de conversa, na qual poderá ser problematizado: considerando as hipóteses elaboradas
anteriormente pelos/as estudantes e as perspectivas sobre o processo contemporâneo de formação das
identidades, como definir uma identidade cultural brasileira?
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
A grosso modo, em decorrência dos impactos das tecnologias da informação e comunicação, das
transformações nas bases técnico-produtivas do sistema capitalista e da intensificação dos processos
globalizadores, do desenvolvimento do consumismo, dentre outros aspectos, esses autores discutem o
declínio dos fundamentos basilares da modernidade que informam a construção das identidades culturais,
como nação, território, povo, comunidade, entre outros, e que lhe davam substância, em detrimento de
conceitos mais flexíveis, relacionais, inseridos numa dinâmica cultural fluida e móvel (por exemplo, as redes
sociais que, hoje, proporcionam a criação de outro senso de comunidade).
O objetivo é que os/as estudantes desenvolvam a noção de Identidade Cultural e, sobretudo, compreendam
as questões (políticas, econômicas, sociais, ambientais etc.) que perpassam a construção dessas identidades
nas sociedades contemporâneas (problemas relacionados aos nacionalismos, à xenofobia, bem como a
possibilidade do multiculturalismo), a partir do olhar sociológico. Como forma de concluir esse momento,
sugere-se que os/as estudantes busquem preencher o quadro colaborativo em nuvem (PADLET), construído
anteriormente, com questões contemporâneas relacionadas às identidades culturais e reflexões sobre
como eles/as se vêem inseridos nesses processos, que serão objeto da Atividade 5.
SISTEMATIZAÇÃO
À guisa de fechamento desta Atividade 4, professor/a, sugere-se realizar a leitura crítica e compartilhada do
texto “Identidade Cultural”, de Lúcia Maciel Barbosa de Oliveira (Disponível em: https://cutt.ly/SWCv7bv.
Acesso em: 04 ago. 2023), a partir do qual os/as estudantes elaborem um resumo esquematizado em
formato de Mapa mental (a ser construído a partir da identificação e síntese das principais ideias e
conceitos do texto.
Inicialmente, os/as estudantes podem se organizar em grupo e acessar o texto para leitura e debate. Em
seguida, o professor/a solicita para que elaborem o mapa mental no diário de bordo ou em algum recurso
digital (aplicativos de edição de texto, como o Word, canva, MindMeister).
Após a elaboração dos mapas mentais, recomenda-se uma rodada de apresentação por cada grupo, de
modo a compartilharem suas produções e, assim, permitir eventuais reformulações nos objetos do
conhecimento sistematizados. Essa tarefa permite desenvolver a aprendizagem colaborativa e verificar a
capacidade de síntese e de organização das ideias pelos/as estudantes, pontos que favorecem uma
avaliação em processo.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação pode ser feito ao longo de toda a atividade. É possível levar em consideração a
participação em grupo e individual. Você pode pedir para que os/as integrantes dos grupos atribuam
uma nota, que reflita a participação na atividade, para cada membro. É possível avaliar as contribuições
dos/as estudantes a partir dos registros produzidos nos momentos de problematização.
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 5
INTRODUÇÃO
Para concluir, propõe-se uma ação conjunta entre todos os componentes, por meio da realização de um
estudo do meio. A ideia é oportunizar aos estudantes aproximação com problemas reais relacionados à
cultura e identidade, por meio da construção de situações-problema e da proposição de soluções,
mobilizando, para isso, as aprendizagens desenvolvidas nos componentes. Desse modo, o planejamento
desta ação precisa ser em conjunto com os/as professores/as dos demais componentes.
SAIBA MAIS
DESENVOLVIMENTO
Mobilização: oriente os/as estudantes para que, organizados em grupo (deve ser o mesmo grupo que
atuará pelos demais componentes), retomem as reflexões e sistematizações realizadas nas atividades
anteriores e formulem um problema relacionando cultura e identidade, em diálogo estreito com os demais
componentes do Itinerário Formativo “Meu Lugar é aqui”. Sugerimos que eles partam da seguinte questão:
o problema a ser compreendido, que envolve cultura e identidade, é (...)?
A estratégia aqui proposta requer que cada membro do grupo compreenda o problema e, também, tenha
conhecimento necessário e argumentação para convencer os demais colegas do grupo acerca da realidade
que buscam analisar e compreender.
Por isso, torna-se um ótimo momento para retomar as aprendizagens e possibilitar o nivelamento por meio
do aprendizado colaborativo. Para ajudá-los nesse processo, e evitar que os/as estudantes fiquem apenas
nas ideias do senso comum, sugere-se, professor/a, fazer mediações nos grupos com algumas indagações
ou apontamentos sobre a situação-problema escolhida;
Elaboração do Plano de Pesquisa: com a situação-problema definida, os/as estudantes devem eleger
objetivos que ajudem a resolvê-lo. É, também, a etapa em que o grupo define as estratégias, as técnicas e
os instrumentos que julguem necessários à realização do estudo: produção de anotações, fotografias, o
levantamento do perfil das pessoas que serão entrevistadas pelos grupos, espaços a serem observados etc.
Por fim, é também o momento de preparar a viabilização do trabalho de campo: em qual momento será
mais adequada a saída a campo? Será no momento da aula, ou no período do contraturno dos/as
estudantes? Haverá estudantes com dificuldades de acessibilidade? O roteiro de pesquisa elaborado será
suficiente para a realização da atividade? Será necessário autorização dos responsáveis? Professor/a, como
sugestão, disponibilizamos um roteiro que pode ser utilizado, neste momento de mobilização, em uma
oficina para elaboração do plano de pesquisa, cujo modelo você pode adaptá-lo e adequá-lo às demandas
das turmas. Link: https://cutt.ly/HTLRtmj. Acesso em 28 dez. 2023.
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
Elaboração do Caderno de campo: Os/As estudantes devem elaborar um caderno para registro de todas
as informações pertinentes. O caderno deve conter instruções sobre a coleta de dados e processos de
observação, que foram acordados previamente entre os/as estudantes.
Pesquisa de campo: Esse é o momento de conhecer a realidade do local que está sendo estudado. Os
procedimentos adotados e as informações levantadas deverão compor o caderno de campo dos/as
estudantes, cujos registros serão importantes para as etapas posteriores. Por este motivo, sugerimos que
converse com a sua turma, explicando que o correto preenchimento do caderno será utilizado como uma
das formas de avaliação do processo de aprendizagem dos estudantes;
SISTEMATIZAÇÃO
Sistematização dos resultados: após a coleta dos dados, é preciso sistematizá-los, analisá-los e elaborar
um relatório final, em formato de narrativa;
Compartilhamento dos registros: após a produção dos relatórios, sugere-se organizar a sala de aula
para que os/as estudantes compartilhem os registros coletados, expondo os fatos mais significativos,
imagens, fotos, além de apresentar as dificuldades/facilidades que encontraram para a realização do
estudo.
A sistematização desta atividade pode ser realizada por intermédio de uma construção coletiva de um
painel, que pode ser feita de forma digital, utilizando-se ferramentas já sugeridas nas atividades anteriores,
ou de forma analógica, considerando as condições de cada realidade escolar.
Divulgação dos resultados: O último passo para o desenvolvimento do estudo do meio é a divulgação
de todos os resultados levantados pelas pesquisas realizadas. Essa divulgação pode ser realizada por
meio de um jornal, um blog, uma exposição fotográfica etc, utilizando-se das discussões realizadas no
componente As narrativas históricas e sua produção material e imaterial sobre a criação de uma Rede
de Jornalismo de Solução, utilizando também o que foi trabalhado no componente Oficina de Produção
Textual e Oralidade.
AVALIAÇÃO
Professor/a, após esse momento de fechamento, considere propor aos/às estudantes produzirem
breves relatos a partir da seguinte reflexão: Com base nas experiências, vivências e aprendizagens
adquiridas ao longo do ano no componente Cultura e Identidade, se fosse possível voltar ao primeiro
dia de aula, o que você faria:
ATIVIDADE 5
INTRODUÇÃO
Professor/a, esta etapa da atividade é introdutória e subsidiará elementos informativos acerca dos povos
indígenas em Alagoas, que servirá como referência para trabalhar e inspirar pedagogicamente em sala de
aula. O objetivo a partir desta atividade é levar para sala de aula e compartilhar com os/as estudantes a
história e a contemporaneidade dos povos indígenas em Alagoas e suas contribuições diretas ou indiretas
para a construção da história e da identidade do povo alagoano.
SAIBA MAIS
Os indígenas de Alagoas vivem num contexto de diálogos interétnicos com os povos indígenas do
Nordeste, com aproximações, distanciamentos e processos identitários culturais históricos.
Agora que os/as estudantes já fizeram a leitura e interpretação sobre os textos que tratam da história dos
povos indígenas alagoanos. Para isso, proponha a metodologia sala de aula invertida, na qual a turma irá
explorar e pesquisar nos sites, buscando informações que serão compartilhadas posteriormente entre
todos/as. Para essa atividade, a turma se organiza em oito grupos, nos quais irão buscar informações sobre
o tema escolhido, elaborarem uma forma de apresentar aos/às colegas, que pode ser digital ou física, a
escolha fica a cargo dos grupos.
SAIBA MAIS
DESENVOLVIMENTO
A história alagoana não pode ser escrita sem considerar a narrativa, história e vivência dos povos indígenas,
embora a historiografia oficial tenha apagado, silenciado e excluído os sujeitos originários na construção e
formação da sociedade de Alagoas. Portanto, é preciso contemplar nos escritos os diferentes povos,
incluindo-os, para pensar a sociedade em seu contexto diverso, equalizando as forças políticas e culturais
que nomeamos de Alagoas.
Os contatos dos indígenas, inicialmente com europeus e africanos, transformaram a realidade territorial e
cultural dos nativos. É preciso compreender e enfatizar que o termo “transformar” não significou
desaparecimento. O processo de aldeamento1 consistiu em reunir num determinado espaço territorial –
compulsoriamente – indígenas, de diferentes etnias ou nações, para posteriormente constituir-se em vilas,
povoados e cidades.
Do período colonial, passando pelo imperial, os aldeamentos continuaram com as mesmas características e
objetivos: formar indígenas para o abastecimento da mão de obra nos empreendimentos europeus e
imperial; dessa forma, é possível inferir que os agentes estatais forjaram corpos servis em detrimento da
formação de sujeitos autônomos na sociedade. Nos quase 400 anos de investida realizadas pelos religiosos
(Jesuítas) e pela estrutura administrativa portuguesa e brasileira, o Governo Central recomendou aos
estados que extinguissem os aldeamentos partindo do princípio de que não mais existiam indígenas
(apagamento existencial) no território brasileiro.
Em Alagoas, por meio do Decreto-Documento Nº 28 de 03 de julho de 1872 extinguiu-se os oito
aldeamentos² afirmando oficialmente que os indígenas teriam subsumido e (misturados) sendo
denominados caboclos na sociedade local, conforme aponta Pacheco (1999). As poucas terras dos
aldeamentos foram divididas, vendidas ou doadas a fazendeiros e latifundiários locais. Os indígenas por
sua vez, não tiveram acesso as terras dos aldeamentos, foram obrigados a viver trabalhando nas terras que
antes lhes pertenciam transformadas em fazendas, restando-lhes moradias nas periferias e locais ermos e
hostis das pequenas cidades.
Da extinção dos aldeamentos às primeiras décadas do século XX, os indígenas de Alagoas vivenciaram o
silenciamento das suas existências. A partir do decreto anteriormente citado, ficou proibido assumir a
identidade indígena, assim, os rituais religiosos passaram a ser realizados no silêncio das noites ou nas
matas e terreiros às escondidas quando conseguiam acesso comprando pequenos lotes de terras.
Após a extinção oficial dos aldeamentos em todo território brasileiro acirrou-se as disputas por terras
produzindo violências extremas contra os povos indígenas. O Brasil foi denunciado internacionalmente por
genocídio e de forma estratégica o governo republicano criou na estrutura administrativa o Serviço de
Proteção aos Índios-SPI, conduzida pelo Exército brasileiro. O principal objetivo do SPI era apaziguar os
conflitos nas regiões Centro-Oeste e Norte, onde existiam terras sob domínio dos indígenas e que eram
desejadas pelo Estado intentando liberar para criação de gado e plantio de grãos em larga escala. Essa
situação não se aplica ao Nordeste considerando que as poucas terras que restavam destinadas
indiretamente aos indígenas eram os aldeamentos que haviam sido extintos no século anterior, que não
era objeto de cobiça dos agentes estatais e de fazendeiros e posseiros. Assim, a atuação do SPI no Nordeste
será de forma contrária à sua proposta inicial nas regiões do Centro-Oeste e Norte.
Para o Nordeste, o SPI teria que reconhecer oficialmente os indígenas como povos culturalmente com
identidades específicas para assisti-los, além de ter que devolver parte das terras formando novo
aldeamento com diferentes perspectivas conceitual e ideológica daqueles que existiram até final do século
XIX, como anteriormente descrito. Assim, em Alagoas foi instalado em 1944 o Posto Indígena-PI Padre
Alfredo Dâmaso para assistir o povo Kariri-Xokó que habita Porto Real do Colégio e o PI Irineu dos Santos
em 1952 para assistir o grupo indígena Xukuru-Kariri do município de Palmeira dos Índios. Na configuração
dos oito aldeamentos do século XIX apenas esses dois são reconstruídos no século XX. Os demais foram
extintos oficialmente e as pessoas (re)inseridas no contexto local.
O reconhecimento oficial dos povos Kariri-Xokó e dos Xukuru-Kariri possibilitou a reorganização de outros
povos indígenas em território alagoano que buscaram as instituições de Estado para oficialização das
identidades culturais como povos específicos e por conseguinte favorecendo a reconquista dos territórios,
questão que permanece até os dias atuais.
O SPI foi substituído enquanto órgão de estado pela Fundação Nacional do Índio-FUNAI em 1967. Esta
última oficializou até o ano de 2003 o reconhecimento de mais nove povos indígenas em Alagoas,
contabilizando onze3. Mais recentemente, em 2012 foi reconhecido o povo Pankararu em Delmiro Gouveia-
AL. Atualmente são oficialmente reconhecidos pelo Estado e pela sociedade alagoana doze povos indígenas
distribuídos entre as regiões da Zona da Mata, Agreste, Baixo São Francisco e Sertão alagoano.
Em Alagoas existem doze povos indígenas reconhecidos oficialmente, com a possibilidade de surgimento
de novos grupos étnicos. Em Alagoas, o Censo do IBGE 2022 aponta uma população de aproximadamente
25.700 pessoas indígenas, segundo dados do órgão estatístico, considerando indígenas que vivem dentro
ou fora dos territórios indígenas. Os povos indígenas de Alagoas estão espraiados e localizados nas regiões
do Sertão - Jiripankó, Katokinn, Karuazu (Pariconha), Kalankó (Água Branca), Koiupanká (Inhapi), Pankararu
(Delmiro Gouveia); Agreste – Xukuru-Kariri (Palmeira dos Índios); Baixo São Francisco – Aconã (Traipú),
Tingui-Botó (Feira Grande), Kariri-Xokó (Porto Real do Colégio), Karapotó (São Sebastião); Zona da Mata –
Wassu-Cocal (Joaquim Gomes).
Atualmente, a maioria dos indígenas vive do trabalho com a agricultura quando há terra suficiente. É
importante destacar que ao tratar sobre economia e trabalho agricultável indígena existem duas esferas
produtivas: a economia de reciprocidade e a economia de mercado. A economia da reciprocidade está
relacionada às práticas tradicionais, às dinâmicas de trocas, a produção de forma coletiva,
independentemente de relações monetárias ou financeiras. Enquanto a economia de mercado visa apenas
o trabalho na perspectiva do lucro individual em detrimento do coletivo, essa dinâmica impõe aos povos
indígenas o trabalho nas fazendas das redondezas enquanto alguns saem das aldeias para trabalhar por
períodos determinados em estados mais distantes como Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, entre
outros nas safras agrícolas. Existem também os serviços públicos municipais, estadual e federal presente
nos territórios indígenas, especialmente nas áreas da Saúde e Educação.
Na área educacional, os povos indígenas de Alagoas são assistidos por 17 escolas estaduais específica e
diferenciadas em territórios indígenas que atendem do Ensino Infantil, fundamental ao Ensino Médio.
No que tange à Saúde e ao bem-estar da comunidade originária, o acesso à assistência de saúde evoca
atenção não só pelas especificidades e diferenças, mas pela vulnerabilidade para contrair doenças trazidas
por invasores de terras. À medida que a assistência à saúde é fornecida pelos Polo Base instalados nos
territórios indígenas e se tornam mais prevalentes, contribuem, em certa medida, para a desvalorização da
cultura medicinal ancestral, provocando ruptura cultural, em que antes os indígenas não necessitavam
estar integrados ao sistema econômico-financeiro dos grandes laboratórios farmacêuticos, nem
necessitavam produzir ervas e unguentos especificamente para a cura e sim para a prevenção às doenças.
Por outro lado, ambas as instituições comportam um quantitativo de postos de trabalho significativo,
evidenciando um quadro de profissionais indígenas especializados na Saúde e na Educação.
No tocante às religiosidades indígenas é possível inferir que são processos complexos que não podem ser
compreendidos pelos conceitos universalizados da perspectiva ocidental. Assim, a simultaneidade dos ritos
e rituais presentes nas sociedades indígenas tem relação com a história brasileira que foi construída por
diferentes etnias indígenas, europeias e africanas. A construção das identidades culturais indígenas dialoga
com a história e com as narrativas e por isso devem ser entendidas em seus contextos específicos.
A sinergia com a natureza é parte intrínseca das culturas indígenas, na ótica dos povos das florestas a
natureza não é apenas recurso, é a entidade sagrada e fonte de conhecimento que fornece alimento e
proteção. A tradição oral desempenha papel fundamental na preservação do conhecimento indígena. Os
anciãos, líderes, docentes e agentes de saúde compartilham histórias, contos, práticas tradicionais e
conhecimentos que são (re)passados por meio da oralidade. O que implica refletir que o conhecimento
ancestral não é fragmentado, e sim integrado à compreensão da natureza e do sagrado.
A dinâmica dos indígenas de unir o espiritual e o imaginário com o palpável, por parte da cosmovisão. Não
existe separação entre o mundo material e o espiritual porque estão interligados e não competem entre si.
Elaboram e constroem o sentido, a essência de resistência e de pertencimento em que os rituais religiosos
são específicos de cada povo indígena de Alagoas.
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
SAIBA MAIS
Os povos indígenas de modo geral trabalham com/na terra, sendo assim, leia com atenção e pesquise
no texto (Desenvolvimento - 11º parágrafo, pág 8) acerca da lógica/dinâmica indígena, em que difere da
lógica ocidental no manejo e trato com a terra e a natureza?
Professor/a, com o texto acessado pelo link ou QRCode convidamos a observar os desafios enfrentados no
ensino da temática indígena nas escolas, especialmente em ambientes urbanos, onde estereótipos
persistem e afetam a identidade e participação de estudantes indígenas no espaço/tempo escolar.
O relato de um professor que lecionava em escola na região metropolitana do Rio de Janeiro, São João do
Meriti, destaca a questão relevante e sensível no que tange ao ensino da temática indígena nas escolas nos
contextos campesinos e urbanos. A história do estudante apelidado de "Japa" ilustra como estereótipos e
preconceitos podem influenciar a forma como as identidades indígenas são percebidas, mesmo em
ambientes distantes das áreas tradicionais indígenas. O contexto opressor vivenciado na escola, fazia com
que o indígena mantivesse sua identidade escondida na identidade oriental enxergada equivocadamente
pelos demais colegas de classe. Isso demonstra o desconhecimento dos/as estudantes pelo universo
indígena, ao linkar os fenótipos do estudante indígena a um povo completamente distante do país, e que
tem cultura completamente diferente.
A lei 11.645/08, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura indígena em todas as escolas do
Ensino Básico, representa avanço importante para combater estereótipos e promover a compreensão mais
abrangente e respeitosa da diversidade étnica do Brasil. No entanto, a presença indígena em ambientes
urbanos ainda pode gerar estranhamento devido à persistência de estereótipos disseminados na mídia,
literatura e até mesmo no ambiente escolar.
Os estereótipos, baseados em concepções evolucionistas e eurocêntricas, contribui sobremaneira para o
reducionismo distorcido dos povos indígenas, associando-os exclusivamente a um determinado modo de
vida que ficou no passado. A ideia de aculturação, que sugere que um grupo é assimilado por outro
considerado superior, também pode dificultar a compreensão da presença indígena em ambientes
urbanos, onde comunidades indígenas podem viver e interagir de maneira diversificada.
A superação do desafio está em desconstruir os estereótipos e promover um ensino que valorize a rica
diversidade cultural e étnica dos povos indígenas, reconhecendo as identidades, à pluralidade de modos de
vida indígena, inclusive no contexto urbano nas cidades, é fundamental para superar preconceitos e
construir visão inclusiva, justa e democrática da sociedade brasileira. O trabalho educacional desempenha
importante papel na promoção para a compreensão ampla e respeitosa da diversidade cultural do país.
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
É interessante observar que a presença contínua dos indígenas em contextos urbanos nas Américas,
mesmo antes da invasão hispânica e lusa no Brasil. A ênfase que é demonstrada nesta atividade é revelar a
contribuição dos povos indígenas no desenvolvimento urbano sendo contemporânea inclusive às
civilizações egípcias e mesopotâmicas.
No Brasil, a presença indígena nas cidades remonta aos primeiros assentamentos urbanos, os indígenas
desempenharam papeis importantes na defesa da cidade e na participação em projetos de construção,
como indica o filme documentário Amarelo de autoria do rapper Emicida (Disponível na plataforma Netflix).
Outro aspecto marcante são os movimentos diaspóricos das populações indígenas em períodos de safra e
entressafra agrícola nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte do país, em função da sobrevivência e de
perspectivas financeiras que possam permitir um lastro seguro para as famílias indígenas.
Do início da colonização portuguesa aos dias de hoje, diversas fontes comprovam que indígenas nunca
deixaram de estar presentes nos centros urbanos. De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022, o Brasil possui 1.227.642 indígenas autodeclarados,
estima-se que 570.180 residem nas cidades. Importante destacar que nas cidades a questão indígena se
mostra presente não só na nomenclatura de bairros, no caso de Maceió, (Ipioca, Jaraguá, Sauaçuí,
Massagueira dentre outros), nas lagoas que entrecortam a cidade (Mundaú, Manguaba) e o Rio São
Francisco, originalmente chamado de Opara. Diante do exposto, enfatiza-se então a importância da Lei
11.645/2008 que torna obrigatória o ensino de História e Cultura Indígena e Afro-Brasileira nos currículos
escolares, que proporciona aos/às estudantes, e por conseguinte, à sociedade nacional uma visão ampla,
diversa e abrangente da história do Brasil, contribuindo para enfatizar o pertencimento étnico por muito
tempo apagado ou invisibilizado.
SAIBA MAIS
“No senso comum índio de verdade é quem vive na aldeia, no meio do mato. Assim, chamar de
indígenas às pessoas que mantêm relações permanentes com habitantes da cidade ou que vivem nas
cidades parece incompatível”.
Pesquise acerca do que significa ser indígena em contexto urbano, elabore uma nuvem de palavras e
amplie o debate em sala de aula sobre a existência de famílias indígenas em periferias de várias
cidades de Alagoas.
povos indígenas são muitas, no dia a dia, as culturas indígenas influenciam vários segmentos e aspectos da
sociedade brasileira, como nos alimentos, topônimos, religião, medicina, língua, história, na preservação e
defesa do meio ambiente, enfim, são várias as influências.
Ao destacar a existência indígena na região metropolitana, seja com pesquisas itinerantes nas aldeias
indígenas de Alagoas, ou de levar indígenas para palestrar e debater nas escolas urbanas, os/as
professores/as e estudantes podem navegar na internet, acessar informações nas páginas e perfis das
instituições voltadas para a temática. São formas eficazes de mostrar a diversidade e a contribuição
contínua das comunidades originárias para a sociedade urbana de Alagoas, ao invés de reproduzir o
indígena colonial do século XVII, confeccionando cocar de cartolina. Além disso, ao retratar os indígenas em
diferentes situações cotidianas, como trabalhadores, passeando ou participando de eventos culturais,
desmistifica estereótipos e promove uma visão mais completa e autêntica da vida indígena.
Os resultados positivos podem ser colhidos nas escolas, como o aumento da conscientização dos/as
estudantes sobre a presença indígena na cidade, evidenciam a importância de abordar a diversidade étnica
de maneira educativa, além de proporcionar espaço para o diálogo produtivo ao compartilhar as próprias
vivências e conhecimentos, contribuindo para desfazer estigmas e construir a compreensão inclusiva, justa
e democrática.
Sendo assim, a atividade oportuniza aos/às estudantes expressar sem receios ou insegurança sua
ancestralidade e pertencimento, além de fortalecer a identidade positiva da juventude, conscientizando
contra a reprodução etnocida ante as populações indígenas que se deslocam para as cidades. A abordagem
educativa é fundamental para promover a valorização da diversidade cultural e o respeito mútuo.
Para discussão com Tecnologias e Indígenas será utilizado como base uma entrevista com indígenas
disponível na internet que põe em debate questões corriqueiras no cotidiano das pessoas no mundo
contemporâneo.
O relato da indígena Lídia Guajajara destaca a importância da tecnologia, especialmente dos dispositivos
móveis, na promoção da cultura indígena, que pode auxiliar no processo de interação com a sociedade,
além de denunciar questões relacionadas aos territórios indígenas. Ela enfatiza que a utilização de redes
sociais como TikTok, Instagram, YouTube e Twitter/X pode ser uma força aliada que ajuda na resistência e
organização dos povos indígenas, seja para proteger o modo de vida, o território ou defender os direitos
dos povos indígenas. A tecnologia, nesse contexto, é vista como dispositivo que contribui para o
fortalecimento e preservação das tradições culturais.
SAIBA MAIS
Assista o vídeo documentário e promova uma roda de conversa acerca de como a tecnologia tem
facilitado o acesso a informações, editais de projetos e aulas, contribuindo para o desenvolvimento
educacional dentro da Terra indígena. Como sugestão para abrir o debate, reflita acerca do
envolvimento dos jovens no registro e documentação por meio da tecnologia é uma estratégia eficaz?
Como isso impacta a transmissão de conhecimento entre as gerações?
SISTEMATIZAÇÃO
Educadora/or para encerrar a atividade, é interessante promover abordagem reflexiva e colaborativa sobre
as dificuldades de definir a identidade cultural brasileira trazendo a questão da cultura e identidade
indígena, à luz dos artigos propostos nessa atividade, sendo excelente forma de explorar a complexidade e
a diversidade da cultura étnico-racial brasileira. Aqui estão algumas sugestões de como você pode conduzir
cada etapa:
1. Elaboração individual de textos no Diário de Bordo: - Incentive as/os estudantes a refletir profundamente
acerca de suas próprias concepções sobre cultura e identidade. - Encoraje-os à autoavaliação crítica nos
registros do Diário de Bordo.
3. Rodada de autoavaliação dos estudantes: - Finalize a atividade com uma rodada de autoavaliação, onde
os estudantes são convidados a refletir sobre sua participação, empenho e colaboração ao longo do
processo formativo. - Forneça uma lista de critérios de avaliação, como participação nas discussões,
contribuição para o trabalho em grupo, engajamento com as tarefas propostas, entre outros. Incentive-os a
incorporar novas perspectivas e expandir suas reflexões com base nas discussões realizadas.
4. Produção de objetos de aprendizagem: - Ofereça variedade de formatos para que as/os estudantes
expressem as aprendizagens, como fanzines, vídeos curtos, murais, seminários, rodas de conversa,
pesquisa de campo, entre outros. - Estimule a criatividade e a originalidade, incentivando as/os estudantes
a explorar diferentes abordagens para refletir e exprimir as ideias. - Após a produção dos objetos de
aprendizagem, reserve um tempo para compartilhar entre a turma, criando espaço de aprendizagem
colaborativa e inspirador.
Ao conduzir a atividade, é importante flexibilizar para adaptar as etapas de acordo com as necessidades e
características específicas da turma, para garantir ambiente inclusivo e estimulante para o desenvolvimento
das reflexões das/os estudantes.
Essa atividade proporcionará aos estudantes a oportunidade significativa de refletir sobre a complexidade
da identidade cultural indígena e brasileira e como as mudanças sociais e históricas influenciam nas
percepções sobre nós enquanto indivíduos e como sociedade. Além disso, a rodada de autoavaliação
ajudará a desenvolver habilidades de autorreflexão e autoconhecimento, fundamentais para o crescimento
acadêmico e pessoal.
COMPONENTE 1 - ATIVIDADES
AVALIAÇÃO
Educadora/or a avaliação contínua ao longo de toda a atividade é uma abordagem eficaz para
acompanhar o progresso das/os estudantes e identificar áreas de melhoria. Aqui está como você pode
implementar esse processo de avaliação:
1. Participação em grupo e individual: - Durante as discussões em grupo e as atividades colaborativas,
observe atentamente a participação de cada estudante. - Avalie não apenas a quantidade, mas também
a qualidade das contribuições de cada membro do grupo. - Estimule as/os estudantes à proatividade na
formulação de ideias, na promoção dos debates e na busca por soluções criativas para os desafios
propostos.
2. Atribuição de notas pelos próprios membros do grupo: - Ao final de cada atividade em grupo, peça
aos membros que atribuam nota para cada colega, refletindo as contribuições para o trabalho em
equipe. - Estabeleça critérios claros para essa avaliação, como a participação nas discussões,
colaboração na divisão de tarefas, contribuição para o alcance dos objetivos do grupo, entre outros.
3. Avaliação das contribuições nos registros produzidos: - Analise os registros produzidos durante os
momentos de problematização e discussão. - Observe como as/os estudantes contribuíram para a
elaboração de reflexões significativas, para o aprofundamento das questões discutidas e para a
construção coletiva do conhecimento. - Utilize os registros como evidências para avaliar a participação
e o engajamento das/os estudantes ao longo da atividade.
Ao adotar esse processo de avaliação, você pode monitorar o desempenho das/os estudantes,
incentivando a responsabilidade individual e o trabalho em equipe, envolvê-los na avaliação mútua,
dessa forma é possível promover o protagonismo construtivo, o empoderamento, em que todas/os são
responsáveis pelo sucesso coletivo do grupo.
COMPONENTE 2 - MEU NORDESTE
MEU NORDESTE
INFORMAÇÕES GERAIS:
O componente MEU NORDESTE, como o próprio nome diz, o foco é aprofundar conhecimentos sobre a
região Nordeste do Brasil, que possui um rico e fascinante histórico que remonta a séculos passados.
Vamos explorar através de (re)descobertas as características de cada estado que compõem a região.
conhecidos por sua diversidade cultural, pelas paisagens deslumbrantes e pelo povo acolhedor.
É nesse ambiente que este componente, traz para os/as estudantes a oportunidade de explorar e analisar
aspectos do território nordestino por meio da pesquisa e do conhecimento das principais características, de
semelhanças e diferenças entre os estados da região. Essa exploração se dará através de investigações e
atividades mobilizadoras, onde os/as estudantes serão levados/as a vivenciar os fatos históricos, as
manifestações culturais, as potencialidades econômicas e a gastronomia. Na Atividade 1, será
(re)apresentada a região Nordeste, nela os/as estudantes poderão ampliar os conhecimentos sobre a
região, refletir sobre as características nordestinas e comparar com outras regiões do país. Ainda será
possível descobrir a importância de cada estado para o país, destacando os pontos fortes e destacando as
possíveis melhorias para cada estado. Na atividade 2, os/as estudantes terão a oportunidade de percorrer
as principais manifestações culturais de cada estado da região e representá-las através de histórias em
quadrinhos ou de cordel. Na atividade 3, os/as estudantes serão levados a vivenciar os povos do Nordeste,
sua ancestralidade, seu desenvolvimento e atualidade. Para isso, os/as estudantes desenvolvem etapas de
pesquisa e debate, com o objetivo de desenvolver a argumentação e estarem preparados para se
posicionar de forma crítica e coerente, seja em debates da sociedade, seja em momentos de apresentação
cruciais de seu projeto de vida. Na atividade 4, serão abordadas as potencialidades econômicas da região
Nordeste, que em 2023 tinha a previsão de ter um desempenho econômico melhor do que a do Brasil. Na
atividade 5, os/as estudantes realizarão a culminância do componente e ainda trarão o tema da
gastronomia dos estados nordestinos.
Será preciso registrar os conhecimentos que os/as estudantes adquirirem ou socializarem do componente
no diário de bordo dos/as estudantes, local de registro da pesquisa e das descobertas, assim como os
resultados socializados nas culminâncias das atividades.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
Pesquisa das características regionais do Nordeste. Estudo de estratégias e soluções para resolver desafios.
Conhecimento da cultura local e territórios e percurso. Estudo a respeito dos hábitos alimentares da região
nordestina. Vivenciar a cultura dos povos nordestinos. Estudo da economia nordestina. Funções. Estatística:
pesquisa e organização de dados. Conceitos simples de Estatística Descritiva. Porcentagem. Grandezas
determinadas pela razão ou produto de outras. Noções básicas de Matemática Computacional. Algoritmos
e sua representação por fluxogramas.
COMPONENTE 2 - MEU NORDESTE
HABILIDADE - EM13LGG101
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LGG103
EM13CHS103
Analisar o funcionamento das linguagens, para interpretar e produzir criticamente discursos em textos
de diversas semioses (visuais, verbais, sonoras, gestuais).
HABILIDADE - EM13LGG104
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LGG201
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LGG202
EM13CHS103
Analisar interesses, relações de poder e perspectivas de mundo nos discursos das diversas práticas de
linguagem (artísticas, corporais e verbais), compreendendo criticamente o modo como circulam,
constituem-se e (re)produzem significação e ideologias.
HABILIDADE - EM13LGG203
EM13CHS103
Analisar os diálogos e os processos de disputa por legitimidade nas práticas de linguagem e em suas
produções (artísticas, corporais e verbais).
COMPONENTE 2 - MEU NORDESTE
HABILIDADE - EM13MAT102
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13MAT104
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13MAT106
EM13CHS103
Identificar situações da vida cotidiana nas quais seja necessário fazer escolhas levando-se em conta os
riscos probabilísticos (usar este ou aquele método contraceptivo, optar por um tratamento médico em
detrimento de outro etc.).
HABILIDADE - EM13MAT202
EM13CHS103
Planejar e executar pesquisa amostral sobre questões relevantes, usando dados coletados diretamente
ou em diferentes fontes, e comunicar os resultados por meio de relatório contendo gráficos e
interpretação das medidas de tendência central e das medidas de dispersão (amplitude e desvio
padrão), utilizando ou não recursos tecnológicos.
HABILIDADE - EM13MAT314
EM13CHS103
Resolver e elaborar problemas que envolvem grandezas determinadas pela razão ou pelo produto de
outras (velocidade, densidade demográfica, energia elétrica etc.).
COMPONENTE 2 - MEU NORDESTE
HABILIDADE - EM13MAT315
EM13CHS103
Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve um
problema.
HABILIDADE - EMIFCG01
EM13CHS103
Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
HABILIDADE - EMIFCG02
EM13CHS103
Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências
para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia,
justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade
HABILIDADE - EMIFCG03
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFCG04
EM13CHS103
Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
HABILIDADE - EMIFCG05
EM13CHS103
Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incer- tezas e colocá-las em
prática.
HABILIDADE - EMIFLGG03
EM13CHS103
Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre português brasileiro, língua(s) e/ ou
linguagem(ns) específicas, visando fundamentar reflexões e hipóteses sobre a organização, o
funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas
línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do
movimento, entre outras), identificando os diversos pontos de vista e posicionando se mediante
argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando
apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
HABILIDADE - EMIFLGG04
EM13CHS103
Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre
obras ou eventos de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou corporais, ampliando o
repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns).
HABILIDADE - EMIFLGG05
EM13CHS103
Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, re- cursos criativos
de diferentes línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e
do movimento, entre outras), para participar de projetos e/ou processos criativos.
HABILIDADE - EMIFMAT03
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFMAT04
EM13CHS103
Reconhecer produtos e/ ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica na
produção do conhecimento matemático e sua aplicação no desenvolvimento de processos tecnológicos
diversos.
HABILIDADE - EMIFMAT05
EM13CHS103
ATIVIDADE 1
INTRODUÇÃO
Professor/a, ao iniciar o componente, peça aos/às estudantes que registrem no diário de bordo o
desenvolvimento e os principais objetivos da atividade. Além disso, eles/as devem apresentar as
expectativas de aprendizado e as evidências que serão coletadas durante a realização das atividades, que
lhes ajudarão a ter maior compreensão das intervenções necessárias. Por ser um momento inicial, também
é oportuno explicar aos/às estudantes como está estruturado o componente e como o trabalho em grupo é
importante para o desenvolvimento do projeto, que envolve a elaboração de um produto final. Busque
propiciar, ao longo deste percurso, uma atmosfera de respeito e empatia para que todos/as os/as
estudantes se sintam à vontade para participar das discussões e tenham suas opiniões respeitadas.
Professor/a, promova uma roda de conversa para apresentar o componente “Meu Nordeste” e as
habilidades que serão desenvolvidas e ouvir como os/as estudantes percebem o percurso que farão pela
região Nordeste.
Para aplicar a rotina sugerida, peça aos/às estudantes que dividam uma folha do diário de bordo em três
colunas, como mostrado no quadro a seguir, e respondam individualmente à pergunta da primeira
coluna.
Professor/a, avaliar as respostas é uma oportunidade de conhecer o que os/as estudantes trazem de
aprendizado a respeito do tema e que será a base para a construção da aprendizagem.
PENSAR QUESTIONAR EXPLORAR
Com base nos resultados desta avaliação diagnóstica, pode-se modificar ou substituir atividades
previamente planejadas para que façam mais sentido de acordo com os interesses dos/as estudantes.
Em seguida, apresente aos/às estudantes um texto (reportagem, imagem, tirinha, charge) sobre a região
Nordeste para aproximá-los/as do tema.
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
Convide-os/as para um momento de reflexão sobre a charge XAXADO de Antonio Cedraz. Disponível em:
https://alexandrehq.blogspot.com/2014/09/triste-partida.html Acesso em: 28 dez. 2023. Pode-se estimular
alguns questionamentos: Como o personagem da tirinha apresenta a seca na região Nordeste? Como o
Nordeste é geralmente apresentado (seca, fome, miséria, pobreza, ambiente rural)? Quais os preconceitos
estão inseridos nessa visão? Em contraponto a essa visão, como o Nordeste do turismo é apresentado?
Depois desse momento fazer uma roda de conversa com os estudantes sobre o tema.
Assista com os/as estudantes vídeos que abordam a história do estado de Alagoas e da região Nordeste. Ao
fim da exibição, peça que eles/as apresentem suas percepções e compartilhem suas experiências com os
fatos históricos. Como sugestão, você pode utilizar os vídeos referenciados a seguir:
SAIBA MAIS
Região Nordeste
disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=fHmitZtNNT0
Após assistir aos vídeos, os/as estudantes podem preencher a segunda coluna do quadro com as dúvidas e
curiosidades que têm sobre o assunto na forma de perguntas. Os vídeos podem ajudá-los/as a se
lembrarem de algo que aprenderam sobre o tema, então, ainda podem completar a primeira coluna se
quiserem, além disso podem ser feitas leituras em textos que descrevam o nordeste. Após preencherem as
duas primeiras colunas, peça que eles/as compartilhem em pequenos grupos (quatro ou cinco estudantes)
o que sabem e o que gostariam de saber sobre a região Nordeste. Em seguida, juntos/as devem preencher
a última coluna com as estratégias que serão utilizadas para responder aos questionamentos sobre o tema.
Oriente os/as estudantes no preenchimento da terceira coluna, deixe-os/as responderem. No entanto, até o
final da próxima etapa, outros questionamentos podem surgir e serem acrescentados à segunda coluna
“questionar”, levando a um contínuo processo de aprofundamento no tema. É interessante reservar alguns
encontros para o momento de pesquisa (pesquisa na internet) e sistematização das respostas aos
questionamentos do grupo. Se observar que os vídeos e os textos não foram suficientes para engajar os/as
estudantes na pesquisa ou para estimular questionamentos mais aprofundados, você pode propor uma
atividade experimental investigativa, por exemplo. Além de exercitar o pensamento científico, as atividades
investigativas costumam promover engajamento.
Professor/a, para encerrar a introdução, chegou o momento de oferecer uma devolutiva aos grupos com
relação ao desenvolvimento da pesquisa e o comportamento dos/as estudantes. Eles/as podem anotar no
Diário de bordo o que pode ser feito para melhorar os pontos que forem apontados, se for o caso.
Socializar as respostas será muito válido como processo de avaliação.
Professor/a, ressalte com os/as estudantes, que a região Nordeste, por muito tempo foi vista apenas como
uma região de seca. Reforce que o Nordeste foi a primeira região povoada pelos europeus que aqui
chegaram, que a região Nordeste possui atualmente nove estados e que cada estado tem a sua história.
Promova um encontro de socialização e apresentação na escola do levantamento de dados feito
pelos/as estudantes. Incentive os/as estudantes a relatarem sobre a importância de cada estado
para o país, destacando os pontos fortes e o que precisa melhorar em cada estado.
INTRODUÇÃO
Já engajados/as com o tema proposto, nesta etapa os grupos darão início ao planejamento do protótipo a
partir da questão norteadora. A seguir, sugerimos atividades para os/as estudantes decidirem qual
problema será alvo do produto a ser criado e, a partir daí, realizarem o planejamento. As escolhas dos/as
estudantes serão embasadas em conhecimentos científicos previamente construídos. É importante chamar
a atenção deles/as para isso, a fim de que percebam o quanto esses conhecimentos são relevantes para o
desenvolvimento de produtos criativos.
Para acompanhar o desenvolvimento do projeto, sugerimos a utilização de uma rubrica contendo as
expectativas do que deve ser contemplado até o final do projeto e que deve ser compartilhada com os/as
estudantes (ou construída coletivamente) logo no início desta etapa. Com base nela, você poderá verificar
as expectativas que foram alcançadas pelos/as estudantes e em qual nível. Os/As estudantes poderão
refletir o que precisam melhorar em cada etapa.
Não apresenta os materiais que serão usados pelo grupo ou apresenta apenas
NÍVEL I
parte deles e o embasamento científico está incompleto ou ausente.
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
O grupo trabalhou de tal forma que todos os participantes tiveram um papel ativo
NÍVEL IV durante as etapas do projeto e os conflitos, quando apareceram, foram resolvidos
de forma harmoniosa pelo grupo.
O grupo trabalhou de tal forma que todos os participantes tiveram um papel ativo
NÍVEL III durante as etapas do projeto, mas o professor precisou interferir para resolução de
alguns conflitos.
A maioria dos participantes do grupo teve papel ativo durante as etapas do projeto
NÍVEL II
ou o professor precisou interferir em todos os conflitos que surgiram.
O grupo trabalhou de tal forma que apenas um ou dois participantes tiveram papel
NÍVEL I ativo durante as etapas do projeto e/ou o professor precisou interferir em todos os
conflitos que surgiram.
Cada elemento do protótipo tem uma função e serve claramente para ilustrar
NÍVEL IV
algum aspecto da invenção. O produto é bem-acabado/finalizado.
Cada elemento do protótipo tem uma função e serve claramente para ilustrar
NÍVEL III
algum aspecto da invenção. Mas o produto não é bem acabado/finalizado
Nem todos os elementos do protótipo têm uma função e servem claramente para
NÍVEL II
ilustrar algum aspecto da invenção, mas o produto é bem acabado/finalizado.
Nem todos os elementos do protótipo têm uma função e servem claramente para
NÍVEL I
ilustrar algum aspecto da invenção e o produto não é bem acabado/finalizado.
Em seguida, distribua os/as estudantes em nove (09) grupos, de forma que cada grupo fique com um
estado nordestino (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte,
Sergipe), nesse momento de divisão dos estudantes se não houver consenso pode fazer sorteio dos
estados ou outra forma de distribuição dos estudantes. Depois de organizados/as em grupos, sugira aos/
às estudantes que realizem pesquisa (usando tecnologia ou não) sobre os temas: Fatos históricos,
manifestações culturais, potencialidades econômicas, gastronomia, entre outros temas que
considerarem importantes.
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
FATOS HISTÓRICOS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
POTENCIALIDADES ECONÔMICAS
TURISMO
GASTRONOMIA
FATOS HISTÓRICOS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
POTENCIALIDADES ECONÔMICAS
TURISMO
GASTRONOMIA
FATOS HISTÓRICOS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
POTENCIALIDADES ECONÔMICAS
TURISMO
GASTRONOMIA
FATOS HISTÓRICOS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
POTENCIALIDADES ECONÔMICAS
TURISMO
GASTRONOMIA
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
FATOS HISTÓRICOS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
POTENCIALIDADES ECONÔMICAS
TURISMO
GASTRONOMIA
FATOS HISTÓRICOS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
POTENCIALIDADES ECONÔMICAS
TURISMO
GASTRONOMIA
FATOS HISTÓRICOS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
POTENCIALIDADES ECONÔMICAS
TURISMO
GASTRONOMIA
FATOS HISTÓRICOS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
POTENCIALIDADES ECONÔMICAS
TURISMO
GASTRONOMIA
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
FATOS HISTÓRICOS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
POTENCIALIDADES ECONÔMICAS
TURISMO
GASTRONOMIA
Deixe sempre anotado na lousa, ou em algum cartaz, perguntas norteadoras para que eles/as se atenham a
essas questões: Quais foram os desafios encontrados? Como você os definiria? Como o grupo resolveu
os desafios? Quais estratégias foram utilizadas?
Eles/as podem anotar no diário de bordo e compartilhar com a turma seus questionamentos. Dê
oportunidade de outro/a estudante responder, pois ao compartilhar o que ele/a sabe, ajudará no
aprendizado coletivo. Se ninguém souber a resposta para as perguntas mais complexas, organize outra
rodada de pesquisa e compartilhamento das descobertas, como no encontro anterior. Este movimento
promove aprendizagem mais significativa do que receber as respostas prontas.
Depois de resolvidas as dúvidas, promover um brainstorming (tempestade de ideias) com a turma para
obter o máximo de perspectivas diferentes sobre o caso relatado no quadro sugestão de temas. Em
seguida, distribuir os diferentes pontos de vista entre os grupos. Se houver mais grupos do que pontos de
vista, não há problema repetir. Cada grupo deverá escrever um texto seguindo a estrutura:
Estou observando …(o caso) ... do ponto de vista do(a) … (estado… correspondente ao ponto de vista
indicado).
Eu penso … (descrever o caso do estado…., assumindo que ele mesmo está falando).
Uma pergunta que eu faço do meu ponto de vista é … (uma pergunta que resume as
Reservar um tempo para que os/as estudantes possam consultar outras fontes, se possível. Para ajudá-
los/as a entender melhor o ponto de vista sobre o qual vão escrever, podem ser feitas perguntas a eles/as.
Com os textos prontos, um/uma representante de cada grupo fará a leitura do texto para a turma. Os
outros grupos poderão discordar ou complementar o ponto de vista apresentado buscando enriquecer o
perfil do estado em questão, que será importante para a ideação do protótipo.
Em algum momento, ou no caso de os/as estudantes não conseguirem encontrar os dados sobre os temas,
indique a eles/as buscarem os dados em fontes confiáveis de pesquisa, como os documentos publicados
nos repositórios das universidades dos estados.
SAIBA MAIS
SISTEMATIZAÇÃO
Professor/a , nesse momento, o objetivo da atividade é fornecer maior subsídio teórico, ampliar o
repertório dos/as estudantes para a criação do protótipo e responder à questão derivada “O que já foi
desenvolvido para a qualidade de vida na região Nordeste?”. Para isso, uma sugestão é fornecer uma lista
de tecnologias, estratégias, procedimentos, fatores econômicos, políticos e culturais. Se os/as estudantes
souberem de uma intervenção que não está na tabela, ela pode ser incluída. A ideia é que os itens da tabela
sejam distribuídos entre os grupos para que façam uma pesquisa sobre cada um.
As informações podem ser sistematizadas de forma gráfica/visual, incluindo: Fatos históricos, localização
geográfica, potencialidades econômicas, cultura e alimentação que embasam o Meu Nordeste. Os grupos
podem construir mapas mentais para a turma e fixá-los na sala ou em um mural digital colaborativo
(usando ferramentas com recursos gratuitos, como Padlet ou outra semelhante) para que funcionem como
uma “fonte de ideias” e possam ser consultados sempre que necessário. Caso os murais digitais sejam
utilizados, sugerimos que alguns encontros sejam destinados à apropriação da ferramenta pelos/as
estudantes. Esses encontros podem ser ministrados por você ou por algum estudante da turma que se
dispuser.
Não se prenda tanto ao que está certo ou errado, pois o importante nessa atividade é o movimento
reflexivo que devem realizar, registrando, dessa forma, suas hipóteses acerca das possibilidades para as
resoluções dos problemas.
Para preparar os/as estudantes para a rodada de devolutivas, reforçar que todos os comentários devem ser
educados e sempre respeitando os/as colegas. O objetivo dessas devolutivas é auxiliar o outro grupo a
melhorar sua produção. Se desejar, você pode fornecer um roteiro para as devolutivas. Um exemplo é o
modelo da Escada de Feedback:
Esclarecer: Destacar os pontos que ficaram confusos, ausentes ou imprecisos (podem usar como base as
perguntas norteadoras do planejamento e o terceiro critério da rubrica sugerida);
Valorizar: Expressar valorização pelo trabalho dos colegas (esta etapa gera maior abertura para receber a
devolutiva e ajuda a identificar potencialidades que o grupo não tenha percebido);
Questionar: Demonstrar preocupação e opinião sincera quando não se concorda com argumentos, ideias
ou escolhas (de forma alguma questionar na forma de acusações e críticas);
Sugerir: Fazer sugestões de melhoria ou de solução de problemas identificados estimulando o grupo a se
superar.
AVALIAÇÃO
ATIVIDADE 2
INTRODUÇÃO
Professor/a, agora que os/as estudantes conheceram um pouco mais sobre a região Nordeste, é hora de
embarcar em uma nova jornada. Vamos enveredar pelas manifestações culturais da região Nordeste.
É importante antecipar as expectativas de aprendizagem dos/as estudantes ao longo da atividade.
Sugerimos apontar os critérios de avaliação em forma de tabela, que pode ser utilizada tanto pelo/a
professor/a quanto pelos/as estudantes para se auto avaliarem. Esse instrumento pode ser construído
previamente em conjunto com o grupo, elencando pontos essenciais para a realização da proposta,
servindo também como um guia para o desenvolvimento da atividade.
Para disparar a discussão acerca da argumentação e refletir sobre questões como “De que forma a
argumentação está presente na minha vida?”, sugerimos apresentar ao grupo o vídeo “Discussões de
internet”, do canal Nerdologia, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8wi8v5IFN-4 (acesso em:
07 dez. 2023). No minuto 3'21'', o vídeo faz a distinção entre familiaridade e profundidade de conhecimento
sobre determinado assunto. O cientista explica que, muitas vezes, conhecemos um assunto e sabemos falar
sobre ele, mas não temos profundidade para de fato debatê-lo. A internet é um ambiente propício a esse
tipo de discussão, uma vez que é comum encontrarmos nas redes sociais opiniões superficiais ou sem
fundamento que viralizam entre usuários/as, que acabam as tomando como verdade. É interessante abrir
espaço para que os/as estudantes compartilhem suas próprias experiências em redes sociais com
postagens desse tipo.
Para aproximar essa discussão sobre o tema manifestações culturais da região Nordeste, sugerimos que
seja feita uma dinâmica de debate rápido sobre o tema. Antes de iniciar, a turma pode eleger um/a
estudante para registrar as respostas.
Primeiramente, os/as estudantes falam livremente o que sabem sobre a Cultura Nordestina.
Em seguida, cada estudante faz uma lista de pelo menos três argumentos baseados em dados
científicos para justificar o que foi dito anteriormente, como no experimento apresentado no vídeo.
Em uma rodada, eles/as socializam o que escreveram.
Ao final, uma avaliação coletiva sobre as respostas pode ser proposta. Será que os/as estudantes
tinham informações embasadas sobre as culturas dos estados ou apenas falaram sobre o tema
baseando-se no que ouvem por aí?
Finalizado o momento disparador, os/as estudantes poderão começar a elencar as culturas que
representam cada estado. Sugerimos que eles/as sejam divididos em nove grupos colaborativos para
produzir um brainstorming (tempestade de ideias) a partir do seguinte questionamento: “Que tipos de
manifestação cultural eu encontro no estado de ………………………………………………………..?”
É importante que haja a sistematização dessas respostas em alguma forma de registro e que os/as
estudantes desenvolvam perguntas sobre os temas para que possam se aprofundar mais sobre eles. Para
auxiliá-los/as na pesquisa de dados científicos, que servirão como embasamento dos argumentos sobre
cada tema, sugerimos a tabela abaixo.
ESTADO _________________________________________________________________________________________________
Orientar os grupos de trabalho para a realização da pesquisa, que pode ser realizada na própria escola,
durante as aulas do componente. Para isso, reservar espaços com dispositivos com acesso à internet, como
uma sala de informática. É importante que os grupos estejam bastante apropriados dos temas para realizar
a proposta da próxima etapa.
Para encerrar os estudos desta primeira etapa, propomos que os/as estudantes criem uma intervenção
artística na comunidade da qual eles/as fazem parte com o objetivo de sensibilizar sobre a valorização da
cultura local. Há muitas ações artísticas que utilizam o espaço público para chamar a atenção, de forma
criativa e lúdica, nessa temática.
SAIBA MAIS
DESENVOLVIMENTO
Professor/a, após a pesquisa, convide cada grupo para compartilhar suas descobertas. Continuando com o
mesmo grupo é importante a participação de todos, pois eles/as terão a oportunidade de desenvolver um
papel ativo ao longo da produção.
A proposta aqui é que os/as estudantes/as possam criar histórias em quadrinhos representando as
manifestações culturais dos estados nordestinos. As histórias podem ser em tirinhas ou histórias mais
longas com um gibi. Como exemplo, podemos citar a tirinha da Mafalda do argentino Quino. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/historia-em-quadrinhos/ Acesso em: 11 dez 2023. Outra sugestão seria a
elaboração de um cordel representando cada estado nordestino, como referência peça aos estudantes
para consultar a Oficina de Cordel. Disponível em:
http://www.ifs.edu.br/images/arquivos/Biblioteca/CURSO_DE_METRIFICA%C3%87%C3%83O-_CORDEL.pdf
Sugere-se também a leitura do texto: os 8 elementos para criar uma boa história em quadrinhos, que
aborda os aspectos: 1. Seja objetivo nos seus roteiros; 2. Guarde a divagação para a narrativa; 3. Descrições
físicas mostram o psicológico dos personagens; 4. Apenas uma ação por quadro; 5. Planeje as viradas de
página; 6. Pense na sua página como um todo; 7. Monte um banco de referências visuais; 8. Esboce o layout
das páginas encontrado no site Oficina de Escrita, Disponível em: https://oficinadeescrita.com.br/criar-uma-
boa-historia-em-quadrinhos/ Acesso em: 11 dez. 2023.
Além disso, o grupo pode distribuir papéis como: líder para o grupo, escritores/as, narrador/a, desenhistas,
designers, pintores/as, entre outros. Eles/as também podem escolher personagens que representam as
diversas manifestações culturais existentes em cada estado nordestino.
Nos processos que os/as estudantes desenvolvem, eles/as deverão desenhar uma personagem (persona),
que é um perfil fictício que representa um grupo de pessoas que enfrenta ou vivencia o problema que será
explorado por eles/as. Reservar um espaço para que os grupos compartilhem os perfis criados e as
temáticas exploradas, caso tenha escolhido a ideia de cada grupo trabalhar com um tema diferente. Após a
personagem (persona) criada, os/as estudantes vão fazer um mapa da empatia e poderão pesquisar vídeos
na internet de pessoas que dão seus depoimentos sobre as temáticas escolhidas para cada estado. Para
isso, você pode reservar aulas para a pesquisa e compartilhamento do que foi levantado ao final do
processo, fechando esta etapa da atividade.
Antes de iniciar a criação das histórias em quadrinhos, oriente os(as) estudantes a discutir: Como será o
cenário da história? Qual será a modalidade de cultura abordada? Trata-se de uma dança regional?
Ou será retratado o artesanato? Ou trata-se de uma música que representa um cenário? Ou será um
cordel? Ou será uma rima? ou será outra modalidade de cultura nordestina? As possibilidades são
muitas, mas é preciso definir isso para que as histórias em quadrinhos façam parte dessa rica cultura
nordestina. A história em quadrinhos pode ser substituída pelo cordel.
A quantidade de histórias em quadrinhos ou tiras depende do desenvolvimento dos grupos, uma ou mais
modalidades de cultura do estado escolhido podem ser utilizadas pelo grupo.
As entregas dos grupos nesta etapa ajudarão a refletir sobre o desenvolvimento dos objetivos de
aprendizagem a seguir: Definir um problema baseado em um contexto real: o compartilhamento do
problema delimitado pelo grupo é uma evidência para este objetivo de aprendizagem. Observar se os/as
estudantes conseguiram de fato captar o problema envolvido na investigação realizada por eles/as e
intervir dando devolutivas aos grupos quando julgar necessário.
Quando os/as estudantes pensam numa solução para o problema de escolhas dos temas, dos
personagens, das falas ou gírias para a história em quadrinhos, assim delimitam o problema e vão
compartilhando com o restante da turma. Essa rotina é comum quando trabalhamos com a ideia do design
thinking, sempre haverá uma roda de compartilhamento ao final de cada produção; por isso, todas as vezes
que propor uma produção, reservar a aula seguinte para o compartilhamento.
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
SAIBA MAIS
Vale lembrar que as regras podem e devem ser adaptadas para melhor comportar as necessidades de cada
grupo. Se algo não estiver de acordo, substitua, se algo parecer desequilibrado, não use. A regra de ouro é
estimular o protagonismo estudantil e, por essa razão, pode ajustar as regras ou arbitrariamente decidir se
algo deu certo ou não para aprimorar o desenvolvimento e a experiência de seu grupo. Por fim, os/as
estudantes também podem construir suas próprias histórias e nesse caso definir alguns conceitos.
SISTEMATIZAÇÃO
Professor/a, agora, os/as estudantes precisam registrar as ações que realizaram. Deixe-os/as livres para
decidir como devem registrar as ações que tomaram até agora. No entanto, é importante que tenham em
mente questões relacionadas à reflexão sobre os desafios encontrados nesta atividade. Para isso, solicite
que, ao buscarem uma forma de registro, procurem identificar, definir e explanar as estratégias utilizadas
para superar os problemas encontrados e observados nesta atividade.
Professor/a comece a mencionar que a culminância de todo esse trabalho será um evento que poderá
abarcar a unidade escolar e até a comunidade. Esse evento será inspirado nas tradições culturais locais.
AVALIAÇÃO
ATIVIDADE 3
INTRODUÇÃO
Esta é a terceira atividade e espera-se que os/as estudantes consigam ampliar seus conhecimentos sobre o
tema Meu Nordeste, além de terem maior autonomia para o desenvolvimento dos seus projetos. A ideia
para esta atividade é realizar uma vivência com os povos do Nordeste, sua ancestralidade, seu
desenvolvimento e atualidade. Para isso, os/as estudantes vivenciarão etapas de pesquisa e debate, com o
objetivo de desenvolver a argumentação e estarem preparados para se posicionar de forma crítica e
coerente, seja em debates da sociedade, seja em momentos de apresentação cruciais de seu projeto de
vida. Essa proposta pode alcançar a escola com um grande evento de culminância, uma vez que pode se
apropriar de quase todos os espaços disponíveis. No entanto, cabe aos/às estudantes planejar o
cronograma e se essa ação contará com a participação da comunidade.
Contextualizando: A Faculdade de Medicina da UFC, realizou em 2018 uma pesquisa sobre a ancestralidade
do povo que compõe atualmente o nordeste brasileiro, disponível em:
https://www.medicina.ufc.br/2019/12/10/conheca-o-estudo-sobre-ancestralidade-genetica-de-povos-do-
semiarido/ Acesso em: 13 dez 2023, na qual apresenta a diversidade de DNA mitocondrial e revelou que
mais de 56% do material genético é de origem portuguesa e holandesa, quase 23% de origem africana
(principalmente do Quênia) e pouco mais de 20% de origem indígena. Os resultados permitiram descobrir
também que nossos indígenas têm origem asiática, sendo descendentes de povos da região onde hoje fica
Bangladesh.
Professor/a, organize os/as estudantes em grupos, depois vamos descobrir: Qual povo predomina no
Nordeste do Brasil? Quem é considerado nordestino? Qual o sotaque do povo Nordestino? Qual a diferença
entre os sotaques de cada estado nordestino caso tenha? O que é o preconceito contra o nordestino? Por
que tenho orgulho de ser nordestino? Quais as revoltas e/ou rebeliões ocorridas no Nordeste?
Professor/a, lembre aos/às estudantes que o “Descobrimento do Brasil” ocorreu na região Nordeste e
desde então o Nordeste passou por vários momentos históricos importantes no Brasil, formando o povo
que hoje está aqui. Depois organize momentos de debate e socialização das descobertas.
Os/As estudantes deverão se organizar para alinhar cada uma das partes do evento, porém, como é um
trabalho coletivo da turma, todos/as terão que estar alinhados ao que cada grupo irá descobrir e socializar,
pensando em mobilizar a comunidade escolar, se for o caso, para participar de diferentes vivências.
DESENVOLVIMENTO
Professor/a, nesse momento, é fundamental que a turma tenha participado dos questionamentos
anteriores. Lembre-se de que alguns componentes trabalharão paralelamente e poderão coincidir
temáticas, por isso, é válido identificar com os/as professores/as.
Acompanhe o processo de criação de cada grupo e faça anotações e apontamentos necessários para que a
produção fique mais enriquecedora, além de levantar pontos que auxiliem na avaliação final do processo,
como também na autoavaliação dos/as estudantes. Permita que desenvolvam as resoluções dos problemas
que forem surgindo, tanto na construção e organização das ideias, como na organização da socialização.
Continuando com o raciocínio da constituição do povo Nordestino, abrangemos as perguntas: Que povos
povoaram o território nordestino? Quem são os povos nordestinos hoje? Como os povos nordestinos estão
distribuídos no território atualmente? Qual a diferença entre os povos nordestinos e os povos das outras
regiões brasileiras?
De forma secundária peça para eles/as responderem ao questionamento: o que é Made in the northeast
of Brazil? Quais as produções nordestinas feitas: Nas artes? Na moda? À mão? Na indústria? No
Cinema? No esporte? Na saúde? Na Educação?
Em seguida, peça para eles/as analisarem a letra do repente NORDESTE INDEPENDENTE de Bráulio Tavares
e Ivanildo Vilanova.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SIEKapWV7P0
Acesso em 13 de dezembro de 2023.
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
NORDESTE INDEPENDENTE
Música de Bráulio Tavares e Ivanildo Vilanova
Professor/a depois de ser apresentado aos/às estudantes a cronologia do repente que foi reconhecido
como "bem cultural intangível" pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional, aborde a história dos ritmos
musicais nordestinos (frevo, forró, xaxado, repente, axé music, tropicalismo, brega, reggae, rock, piseiro,
forró de vaquejada, entre outros) e em seguida peça aos/às estudantes que em grupos pesquisem qual o
estilo musical representativo de cada estado nordestino. Outro ponto a destacar também é o sotaque do/a
nordestino/a, será que cada estado nordestino tem um sotaque próprio? O que significa: meu sotaque é
quem eu sou? Dando continuidade sugerimos que os/as estudantes em grupos descubram o sotaque
existente em cada estado Nordestino, seguida em uma roda de conversa apresentem o ritmo musical e o
sotaque do estado escolhido pelo grupo. Representando o Nordeste do semiárido, ver mais informações na
aba SAIBA MAIS.
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
SAIBA MAIS
Para auxiliar os/as estudantes na construção da dinâmica do REPENTE, mostra os textos abaixo:
AVALIAÇÃO
Professor/a, após esse momento de socialização faça uma autoavaliação com os/as estudantes.
SISTEMATIZAÇÃO
Professor/a, finalize retomando as habilidades citadas no início desse documento, pontuando o que foi
trabalhado, e realize uma avaliação de todo o processo – seu e dos/as estudantes.
Retome ao início da atividade, verificando com os/as estudantes se foi possível assimilar como a resolução
de problemas se deu durante o percurso. Realize com os estudantes o momento de culminância dessa
atividade, pedindo para que os grupos socializem todas as descobertas que realizaram. Nesse ponto, eles já
devem estar familiarizados com o processo de identificar, definir e explanar as estratégias, administrar
recursos, resolver o problema e administrar essa resolução. Ponha-os/as para discutir e, por fim, registrar
com depoimentos gravados (vídeos de até 1 minuto) os desafios que vivenciaram e como as reflexões
realizadas em cada uma das atividades os/as auxiliaram nesse processo.
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 4
INTRODUÇÃO
Professor/a, agora que os/as estudantes já conhecem sobre aspectos históricos e culturais, é a hora de
conhecer as potencialidades econômicas do Nordeste. O primeiro encontro com os/as estudantes terá o
papel de nortear toda a produção do projeto e, por isso, as regras precisam estar claras desde o começo do
trabalho, assim como cronogramas e passos da pesquisa a serem realizadas ao longo da atividade. Além
disso, os grupos vão ser formados e você pode pensar em uma dinâmica de trabalho que promova a
integração entre os/as participantes.
As atividades sugeridas nesta atividade vão ajudar a refletir sobre o desenvolvimento dos objetivos de
aprendizagem a seguir. Identificar soluções tecnológicas que contribuam para a melhoria da qualidade de
vida das pessoas por meio do desenvolvimento urbano e sustentável. A ideação dos protótipos a serem
construídos são uma evidência para este objeto de aprendizagem. As rodadas sociocráticas funcionarão
como uma avaliação por pares. No entanto, não deixar de apontar aspectos importantes para a melhoria
da proposta caso a turma não tenha mencionado. Se os/as estudantes não tiverem a autonomia necessária
para avaliar as propostas, você pode combinar previamente com eles/as alguns critérios fundamentais para
o sucesso do projeto.
As potencialidades econômicas do Nordeste percorrem os caminhos da agricultura, pecuária, indústria,
indústria petrolífera, recursos elétricos, ciência e tecnologia, turism.
CACAU CERRADO
UVA DE MESA
ABACAXI
MELÃO
CAFÉ
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
Professor/a, sabendo do potencial turístico da região nordeste, que vem atraindo a cada ano mais
visitantes, divida os estudantes em 9 grupos, proponha que eles produzam um material de divulgação com
o potencial turístico de cada estado, podendo ser um podcast, um vídeo, fotos, folder, um guia turístico,
apresentando a gastronomia, a dança, os pontos turísticos, o artesanato do estado correspondente,
lembrando que o material não pode ser muito extenso.
Professor/a, a partir deste momento, o seu papel será o/a de mediador/a do conhecimento, participando
como consultor/a dos/as estudantes que serão os/as protagonistas e intervindo, quando necessário, para
coordenar o excesso de discussão ou dispersão. Propor a atividade de forma cada vez mais desafiadora,
assim como sugerir desafios que saiam da perspectiva da sorte e que os/as desafiem a ter boas ideias ou a
desvendar charadas e/ou puzzles.
DESENVOLVIMENTO
Como nas atividades anteriores este momento é destinado à contextualização do tema, à mobilização e ao
levantamento de conhecimentos prévios e interesses dos estudantes, que serão a base para a construção
do conhecimento do tema Meu Nordeste. Essa contextualização faz toda a diferença no envolvimento da
turma e na construção de uma aprendizagem significativa.
Professor/a, lembre aos aos/às estudantes que registrem no diário de bordo o desenvolvimento e os
principais objetivos da atividade. Além disso, eles/as devem apresentar as expectativas de aprendizado e as
evidências que serão coletadas durante a realização das atividades, que lhes ajudarão a ter maior
compreensão das intervenções necessárias.
Professor/a, vamos trazer a temática da economia do Nordeste que tem previsão de ter um desempenho
melhor do que a do Brasil em 2023. A estimativa é que o Produto Interno Bruto da região cresça 3,8%, 1%
acima das projeções do mercado para o PIB nacional (2,89%), publicadas no Boletim Focus (Banco Central).
Disponível em: https://www.folhape.com.br/economia/movimento-economico/economia-do-nordeste-tem-
previsao-de-crescer-38-superando-a-media/292447/ Acesso em 12 dez. 2023. Após essa explanação
sugerimos alguns questionamentos: O que é PIB per capita ou PIB? Como é calculado o PIB de uma região?
O que significa o crescimento do PIB? Qual o PIB de cada estado Nordestino? Fazer um debate sobre os
questionamentos ajuda a compreender a atividade econômica da região.
Em seguida, peça para eles/as responderem à seguinte questão derivada: “Como a tecnologia pode
contribuir para o desenvolvimento do PIB?”. As soluções digitais são aliadas do desenvolvimento
econômico? Elas ajudam, por exemplo, a quantidade de patentes que um país desenvolve pode aumentar
seu PIB econômico? A inovação tecnológica é um estímulo para o crescimento de um país, por implicar em
criação, troca e evolução de novas ideias a fim de trazer progresso para toda aquela nação impulsionando a
economia, o mesmo acontece com um estado ou região. Mas é preciso ter cuidado para que as ações em
tecnologia não aumentem as desigualdades observadas no país, gerando uma falta ou deficiência no
acesso a serviços básicos. Entre as soluções digitais possíveis, está o uso de aplicativos. Desenvolver um
aplicativo não é muito complicado e pode chamar a atenção dos/as estudantes para essa possibilidade
dentro do mundo do trabalho.
Outro ponto a considerar é o Índice de Desenvolvimento Humano IDH, apresentando os questionamentos:
O que é IDH? Como é calculado o IDH? Para que serve o IDH? Quais ODS podem contribuir para aumentar o
IDH do meu estado?
Vamos fazer uma proposta diferente, para aproximar os/as estudantes da realidade do mundo do trabalho
e do exercício da cidadania. Propõe-se, portanto, a criação de um aplicativo…. Antes das divisões dos
grupos, converse com eles/as sobre o aplicativo que será produzido e sobre a importância de formar
grupos com habilidades diversificadas (como habilidades para desenho, produção textual, programação)
para auxiliar na criação do aplicativo.
Depois de os grupos terem sido formados, com quatro a seis estudantes, os/as integrantes devem eleger
de forma democrática (voto da maioria) a função de cada um/a. Vale lembrar que a função tem como
objetivo uma melhor organização do trabalho em grupo, e não substitui a participação ativa de todos/as
os/as integrantes no desenvolvimento das tarefas. Descubra mais sobre como organizar trabalhos em
grupo. Como
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
Como sugestão acreditamos que pelo menos três funções são fundamentais: facilitador/a, guardião/ã do
tempo e guardião/ã do registro. O/A facilitador/a exerce função de liderança, de modo a garantir que as
reuniões do grupo sejam produtivas, que todas as questões a serem discutidas sejam colocadas em pauta,
que todos/as saiam da reunião sabendo exatamente o que precisam fazer. O/A guardião/ã do tempo é
responsável por assegurar que o grupo cumpra os prazos de cada tarefa. O/A guardião/ã do registro deve
anotar as tarefas, assegurar que todos/as compreendam o que foi solicitado, registrar e relembrar o que foi
decidido em cada reunião. Até o final do projeto, estabelecer previamente dois ou três momentos para que
os/as integrantes dos grupos avaliem o cumprimento das funções. Caso haja evidências de não
cumprimento das obrigações, o grupo pode realizar novas eleições para a(s) função(ões). Estes momentos
vão funcionar como avaliação por pares da função exercida pelos/as integrantes.
Depois, para estimulá-los/as a criarem os aplicativos, você pode relatar o caso do aplicativo criado por
estudantes da rede estadual da Bahia
disponível em: https://encurtador.com.br/aegU2
Acesso em: 12 de dezembro de 2023.
Após a decisão do que será feito, os/as estudantes precisam realizar a ideação do aplicativo, que deve
conter as informações básicas (estabelecidas em critérios previamente determinados) para construção do
protótipo. Por exemplo, qual é o problema a ser resolvido, de que forma o aplicativo atende ao público,
quais são as funcionalidades previstas. Além disso, é importante que se explicite quais benefícios o
aplicativo traria para o PIB, para o IDH ou qual ODS atende.
SISTEMATIZAÇÃO
As propostas dos grupos devem ser apresentadas em plenária (para a turma toda) e serão submetidas a
rodadas sociocráticas, ou seja, a decisão final deve ocorrer com base no consentimento, e não no voto da
maioria. A turma representará os interesses da população e, na sociocracia, as decisões são tomadas
considerando a voz de todos os membros. O consentimento significa ausência de objeções fundamentadas
e importantes, não uma simples opinião ou um gosto. Esta estratégia foi sugerida porque as objeções que
surgem nas rodadas sociocráticas possibilitam que a proposta seja melhorada por meio da colaboração
entre os grupos. Quando surge uma objeção, o grupo precisa rever a proposta e adequar o que for
necessário para obter o consentimento. Por isso, é importante estimular o engajamento dos estudantes, a
confiança de expressarem suas opiniões e o sentimento de objetivo comum: obter a melhor solução para a
cidade.
Antes de iniciar a próxima etapa, propor aos/às estudantes que reflitam sobre seu envolvimento e sua
experiência com as atividades propostas até aqui. Eles/as podem descrever no diário de bordo ou em um
formulário on-line anônimo (usando Google Forms, por exemplo) os momentos em que estiveram mais e
menos engajados e a ação de algum professor/a ou colega que gerou maior impacto positivo/ negativo. As
respostas a estas questões fornecerão evidências do que pode ser feito para gerar maior engajamento da
turma e de ações que precisam ser incentivadas ou combatidas em sala de aula. Para mostrar seu real
interesse em melhorar a prática, é importante dar uma devolutiva sobre as respostas, justificando com elas
as escolhas que serão feitas de agora em diante. Cabe também explicar que nem sempre os objetivos de
aprendizagem podem ser alcançados de forma engajadora para todos/as os/as estudantes.
SAIBA MAIS
Professor/a, após esse momento de fechamento, considere propor aos/às estudantes produzirem breves
relatos a partir da seguinte reflexão: Com base nas experiências, vivências e aprendizagens adquiridas ao
longo do ano no componente Meu Nordeste, até o momento.
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 5
INTRODUÇÃO
Professor/a, nesta atividade os/as estudantes poderão conhecer melhor a rica gastronomia do Nordeste,
assim como as potencialidades turísticas de cada estado nordestino. Para essa atividade sugerimos um
questionamento sobre qual comida eles conhecem do cardápio que apresenta os seguintes pratos: sururu,
vatapá, mocotó, buchada, bobó de camarão, moqueca maranhense, sarrabulho, arroz de capote, cuscuz,
panelada piauiense, bode assado, peixada, acarajé. Agora que puderam conhecer alguns pratos da culinária
nordestina, proponha a eles/as como a culminância desta atividade coincide com a culminância do
componente em realizar uma feira dos estados nordestinos. Caso não seja possível devido às dificuldades
encontradas de adquirir os ingredientes de outros estados, fazer um prato típico da comunidade escolar.
Em seguida propor a divisão em 9 grupos de estudantes. Solicite que pesquisem os pratos que
representam cada estado nordestino. Para acompanhar o desenvolvimento do projeto de pesquisa,
sugerimos a utilização de uma rubrica contendo as expectativas do que deve ser contemplado até o final do
projeto e que deve ser compartilhada com os/as estudantes (ou construída coletivamente) logo no início
desta etapa. Com base nela, é possível verificar as expectativas que foram alcançadas pelos/as estudantes e
em qual nível (ver rubrica na atividade 1 deste componente). Os/As estudantes poderão refletir sobre o que
precisam melhorar em cada etapa.
SAIBA MAIS
DESENVOLVIMENTO
Professor/a, sabe-se que a gastronomia da região Nordeste é muito diversificada, incluindo desde a
tradicional buchada de bode até um prato sofisticado contendo lagosta, dependendo da microrregião
nordestina onde você esteja. No entanto, professor/a, neste momento, proponha uma reflexão sobre o
desperdício dos alimentos. Sabe-se que há uma cadeia de perda desde a produção no campo, durante o
armazenamento e transporte, até a mesa do consumidor final, que culmina na perda de imensa quantidade
de alimentos.
O Brasil é um dos países que mais produz alimentos no mundo e, por outro lado, é um dos que mais
desperdiça. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura
(FAO), 33% da produção mundial de alimentos é perdida por ano. Levantamento divulgado no ano de 2023
pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) indica
que 68% das famílias do Nordeste passam por situação de insegurança alimentar (IA). A região está atrás
somente do Norte, com 71,6%. Além disso, o índice nordestino é maior que a média nacional, 58,7%.
Professor/a, incentive os/as estudantes a responder à seguinte questão derivada: “Quais estratégias podem
contribuir para o aumento da produtividade ou da sustentabilidade de uma horta urbana ou a conservação
de alimentos vegetais?”. Em seguida, sugerimos que apresente um problema aos/às estudantes para o qual
precisarão propor um experimento para resolvê-lo. O objetivo do caso hipotético é servir de exemplo
prático para os/as estudantes planejarem seus próprios experimentos. Por exemplo: “Dona Josefa mora
longe do mercado, por isso faz compras no mínimo a cada duas semanas. No entanto, alguns vegetais
estragam nesse ínterim ou no caminho até sua casa e ela acaba jogando parte de suas compras no lixo. Ao
pesquisar na internet, ela encontrou três procedimentos caseiros que prometem aumentar a durabilidade
dos alimentos”. Qual experimento podemos propor para que dona Josefa comprove se alguma das
soluções é realmente eficiente?
Se a turma não possuir conhecimento sobre como montar um experimento, esclarecer que, para que os
resultados sejam confiáveis, é preciso, ao menos, que o resultado de qualquer teste seja reprodutível
(ocorra mais de uma vez) e diferente daquele obtido na ausência da aplicação do teste (ou seja, é preciso
estabelecer um grupo controle). Em experimentos científicos, o número de repetições precisa atender a
critérios estatísticos de confiabilidade dos resultados, mas, para o nosso propósito, três repetições são
suficientes. Fornecer aos/às estudantes algumas perguntas que os/as ajudem a planejar um experimento
referente ao caso da dona Josefa: Qual é a hipótese a ser testada? Quais são os grupos de testes? Como
será feito o grupo controle? Qual será a periodicidade de coleta de dados? Como serão coletados os
resultados? Qual(is) resultado(s) confirma(m) ou não a hipótese?
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
Incentive os grupos a propor um plano de experimento e a turma a avaliar se concorda ou não com o que
foi proposto, justificando sua escolha. Ao final, faça suas considerações de forma que toda a turma
compreenda o que é esperado do planejamento do experimento.
Considere, ainda, promover uma discussão sobre quais aprendizados foram alcançados durante o
planejamento do experimento sobre a conservação de alimentos.
Professor/a, para concluir esta etapa proponha que os/as estudantes realizem levantamento sobre os
índices de insegurança alimentar em cada estado nordestino. Cada grupo deverá socializar as informações
com a turma.
SAIBA MAIS
Professor/a, indicamos abaixo alguns documentários produzidos por alagoanos/as e em terras alagoanas
para a ampliação do repertório da turma com respeito a diferentes temáticas possíveis a serem
exploradas nas suas próprias produções. Além disso, há outros materiais que podem apoiar no
planejamento e execução da atividade em sala de aula.
AVALIAÇÃO
Professor/a, considere propor aos/às estudantes produzirem breves relatos a partir dos
questionamentos propostos.
SISTEMATIZAÇÃO
Professor/a, junto com os/as estudantes agora que completaram o percurso deste componente, sugerimos
como culminância, promover uma feira dos estados nordestinos com a apresentação de tudo o que foi
produzido em cada atividade, incluindo os fatos históricos dos estados, o potencial turístico, as
características do povo nordestino, as manifestações culturais (dança, artesanato, prático típico), o
aplicativo com soluções de problemas da região nordeste.
Professor/a para o planejamento e organização da feira de estados, primeiro considerar toda a pesquisa
feita pelos/as estudantes em cada uma das atividades aqui propostas no componente Meu Nordeste, vale
lembrar que os/as estudantes foram distribuídos em nove grupos em cada atividade proposta, cada grupo
então pesquisou sobre cada estado nordestino:
Atividade 1, foi (re)apresentada a região Nordeste, nela os/as estudantes puderam ampliar os
conhecimentos sobre a região, refletir sobre as características nordestinas e comparar com outras
regiões do país. Ainda foi possível descobrir a importância de cada estado para o país, destacando os
pontos fortes e destacando as possíveis melhorias para cada estado;
Atividade 2, os/as estudantes tiveram a oportunidade de percorrer as principais manifestações culturais
de cada estado da região e representá-las através de histórias em quadrinhos ou de cordel;
Atividade 3, os/as estudantes foram levados a vivenciar os povos do Nordeste, sua ancestralidade, seu
desenvolvimento, seu sotaque, músicas e atualidade;
Atividade 4, foram abordadas as potencialidades econômicas da região Nordeste, destacando o
turismo.
Na atividade 5, os/as estudantes viram os principais pratos da vasta gastronomia dos estados
nordestinos.
Professor/a para a organização da feira dos estados vamos seguir os seguintes princípios:
A organização de uma feira passa por algumas etapas: a primeira compreende o planejamento; a segunda,
o preparo; a terceira, a operacionalização; a quarta, encerramento e premiação.
A primeira etapa – planejamento – pressupõe o estabelecimento de finalidades: na organização de
qualquer atividade, é de suma importância que se conceitue e que se estabeleçam suas finalidades. A feira
consiste em um processo científico pedagógico em que professores/as e estudantes, dirigentes
educacionais do sistema escolar e a comunidade de forma geral são co-partícipes na promoção das
seguintes ações: despertar nos/as estudantes maior interesse na aprendizagem de aprofundamentos
sociais; contribuir para a inovação de metodologias; promover a divulgação e a popularização dos
conhecimentos desenvolvidos, socializando os resultados das pesquisas nessa área; integrar novos
conhecimentos e novas tecnologias de informação e comunicação aos processos de ensino e
aprendizagem.
Sugere-se, para esta etapa, que a comissão organizadora inspecione o espaço onde será instalada a feira.
Verifique as dimensões, os acessos, condições de acessibilidade para pessoas com deficiência, instalações
elétricas, equipamentos de prevenção e combate à incêndio, saídas de emergência e elabore um croqui
com a quantidade e posição dos estandes. Esse espaço deve contemplar também o acesso aos banheiros e
bebedouros, local para a recepção dos/as estudantes expositores/as e visitantes, se necessário, local para
os/as avaliadores/as, e se possível, praça de alimentação (cantina ou lanchonete). Caso haja avaliação de
trabalhos, a comissão organizadora deverá definir os critérios de avaliação, pontuação e elaborar a ficha de
avaliação/barema, bem como compor uma comissão de avaliação. Nesta etapa, deve-se elaborar também a
programação da feira, definir quantidade de dias, e se a apresentação será em um turno ou o dia inteiro,
com o horário de início e término da visitação.
A segunda etapa – o preparo – é pautada pelos seguintes momentos: montagem dos estandes e dos
trabalhos. Para a montagem dos estandes na véspera do evento, a comissão responsável deverá seguir o
croqui, verificando a posição dos estandes, numerá-los e identificá-los, para a localização dos espaços por
parte dos/as expositores/as, avaliadores/as, pais, estudantes/as e visitantes. Cada grupo expositor
corresponderá a um número na ficha de avaliação com os devidos títulos. É importante dimensionar os
estandes seguindo um padrão de medidas, também se faz necessário neste momento, atentar para que
haja acessibilidade para estudantes cadeirantes, surdos, com deficiência visual, etc., que facilite o acesso e a
permanência no evento. Terceira etapa: Operacionalização – momento para orientação dos/as
avaliadores/as sobre os critérios de avaliação e entrega do barema; abertura do evento, exposição,
avaliação e visitação pública.
Exposição, avaliação e visitação pública: O momento da exposição, os/as visitantes dirigem-se até os
estandes e os/as estudantes expõem seus trabalhos, ou seja, é o momento que eles/as irão interagir com o
público, divulgando sua pesquisa, suas descobertas ou suas impressões de algo que construíram.
Lembrando que estes trabalhos podem ser revezados por turno (manhã e tarde).
Quarta etapa: encerramento e premiação – Após o término das apresentações nos estandes, 30 minutos
antes do fim do evento, será realizada a cerimônia de encerramento. Em torno de 15 minutos, o/a
professor/a que ministra o componente faz os agradecimentos e inicia a premiação. Na premiação todos os
trabalhos recebem medalhas de destaque ou menção honrosa para o grupo e medalhas individuais de
participação para cada componente. Caso a instituição não tenha recurso para as medalhas para todos/as,
sugere-se certificados para a premiação de menção honrosa.
Lembre-se de fazer os registros com fotos ou vídeos com depoimentos dos/as estudantes. Para mais
informações consultar organizaçao de feiras de matemática.
disponível em:
https://www2.ufjf.br/mestradoedumat/wp-content/uploads/sites/134/2020/07/Produto-educacional-com-
li%C3%A7enca-Edjane.pdf
Acesso em; 14 de novembro 2023.
COMPONENTE 2 - ATIVIDADES
AVALIAÇÃO
Professor/a, após esse momento de fechamento, considere propor aos/às estudantes produzirem
breves relatos a partir da seguinte reflexão: Com base nas experiências, vivências e aprendizagens
adquiridas ao longo do ano no componente Meu Nordeste, se fosse possível voltar ao primeiro dia de
aula, o que você faria:
INFORMAÇÕES GERAIS:
Nesse componente, os/as estudantes terão a oportunidade de explorar e analisar aspectos do seu território
por meio de representações e práticas de linguagem permeadas por recortes de manifestações linguísticas,
artísticas e culturais alagoanas. Através de investigações e atividades mobilizadoras, eles/as serão
levados/as a vivenciar gêneros discursivos multimodais, com o intuito de identificar e interpretar os
aspectos estruturais, formais e contextuais, considerando a maneira como diferentes culturas do lugar
onde vivem são representadas. Na Atividade 1, os/as estudantes farão a curadoria dos patrimônios
materiais e imateriais de sua região, visando não somente o conhecimento destes, como também
pensando em sua preservação e conservação. Para isso, entrarão em contato com diferentes linguagens
artísticas relacionadas aos patrimônios e como estes se fazem presentes em sua cultura, modo de vida,
estilo, ou seja, por meio do resgate de suas heranças culturais pretende-se que o/a jovem sinta-se
pertencente a tais patrimônios. Além disso, farão o resgate da história e das memórias das pessoas que já
passaram pela escola, o intuito é o resgate e preservação desses espaços. Já na Atividade 2, será possível
realizar um trabalho com a língua em contextos reais de uso, partindo de abordagens voltadas para a
variação linguística. O fio condutor deste componente será a organização de um podcast a ser
compartilhado com toda a comunidade escolar, possuindo como foco o desenvolvimento do Eixo
Estruturante Mediação e Intervenção Sociocultural. A produção escrita será contemplada na elaboração de
roteiros para podcast, entrevistas, entre outras possibilidades de trabalho. A terceira atividade, por sua vez,
trará o documentário como prática de linguagem contemporânea, considerando os eixos da Leitura,
Produção de Textos, Oralidade e Análise Linguística/Semiótica, por meio do contato com novos gêneros,
textos multimodais, multissemióticos e multimidiáticos. Este componente tem como objetivo explorar as
características do documentário, apresentando referências aos/às estudantes, propondo análises e
comparações para que tenham embasamento para a criação de um documentário autoral a partir de um
tema relevante da sua comunidade. Na última atividade, os/as estudantes terão a oportunidade de explorar
e analisar o universo audiovisual e musical alagoano, entre outras produções multimodais, com o intuito de
identificar e interpretar aspectos estruturais, formais e contextuais, considerando a maneira como
diferentes corpos, gêneros e culturas são representados. No componente “Alagoas em cores e sons”,
espera-se que seja possível ampliar as aprendizagens com relação à forma como variadas expressões e
linguagens podem colaborar para o combate a estereótipos e (pré)conceitos, seja no ambiente familiar, na
escola, na comunidade ou em outros espaços de convivência dos/das estudantes, incluindo os virtuais.
OBJETOS DE CONHECIMENTO:
HABILIDADE - EM13LGG101
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LGG103
EM13CHS103
Analisar o funcionamento das linguagens, para interpretar e produzir criticamente discursos em textos
de diversas semioses (visuais, verbais, sonoras, gestuais).
HABILIDADE - EM13LGG105
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LGG204
EM13CHS103
Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais), com
vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e
nos Direitos Humanos.
COMPONENTE 3 - ALAGOAS EM CORES E SONS
Competência específica 3: Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com
autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética
e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a
consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global.
HABILIDADE - EM13LGG101
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LGG305
EM13CHS103
Mapear e criar, por meio de práticas de linguagem, possibilidades de atuação social, política, artística e
cultural para enfrentar desafios contemporâneos, discutindo princípios e objetivos dessa atuação de
maneira crítica, criativa, solidária e ética.
HABILIDADE - EM13LGG601
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LGG602
EM13CHS103
Fruir e apreciar esteticamente diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais,
assim como delas participar, de modo a aguçar continuamente a sensibilidade, a imaginação e a
criatividade.
HABILIDADE - EM13LGG603
EM13CHS103
Expressar-se e atuar em processos de criação autorais individuais e coletivos nas diferentes linguagens
artísticas (artes visuais, audiovisual, dança, música e teatro) e nas intersecções entre elas, recorrendo a
referências estéticas e culturais, conhecimentos de naturezas diversas (artísticos, históricos, sociais e
políticos) e experiências individuais e coletivas.
HABILIDADE - EM13LGG703
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LP01
EM13CHS103
Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/ escuta, com suas condições de produção e seu
contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de vista e
perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as
possibilidades de construção de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes
situações.
HABILIDADE - EM13LP10
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LP11
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LP13
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LP14
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LP15
EM13CHS103
Planejar, produzir, revisar, editar, reescrever e avaliar textos escritos e multissemióticos, considerando
sua adequação às condições de produção do texto, no que diz respeito ao lugar social a ser assumido e
à imagem que se pretende passar a respeito de si mesmo, ao leitor pretendido, ao veículo e mídia em
que o texto ou produção cultural vai circular, ao contexto imediato e sócio-histórico mais geral, ao
gênero textual em questão e suas regularidades, à variedade linguística apropriada a esse contexto e
ao uso do conhecimento dos aspectos notacionais (ortografia padrão, pontuação adequada,
mecanismos de concordância nominal e verbal, regência verbal etc.), sempre que o contexto o exigir.
HABILIDADE - EM13LP16
EM13CHS103
Produzir e analisar textos orais, considerando sua adequação aos contextos de produção, à forma
composicional e ao estilo do gênero em questão, à clareza, à progressão temática e à variedade
linguística empregada, como também aos elementos relacionados à fala (modulação de voz, entonação,
ritmo, altura e intensidade, respiração etc.) e à cinestesia (postura corporal, movimentos e gestualidade
significativa, expressão facial, contato de olho com plateia etc.).
HABILIDADE - EM13LP17
EM13CHS103
Elaborar roteiros para a produção de vídeos variados (vlog, videoclipe, videominuto, documentário etc.),
apresentações teatrais, narrativas multimídia e transmídia, podcasts, playlists comentadas etc., para
ampliar as possibilidades de produção de sentidos e engajar-se em práticas autorais e coletivas.
HABILIDADE - EM13LP18
EM13CHS103
Utilizar softwares de edição de textos, fotos, vídeos e áudio, além de ferramentas e ambientes
colaborativos para criar textos e produções multissemióticas com finalidades diversas, explorando os
recursos e efeitos disponíveis e apropriando-se de práticas colaborativas de escrita, de construção
coletiva do conhecimento e de desenvolvimento de projetos
HABILIDADE - EM13LP20
EM13CHS103
Compartilhar gostos, interesses, práticas culturais, temas/ problemas/questões que despertam maior
interesse ou preocupação, respeitando e valorizando diferenças, como forma de identificar afinidades e
interesses comuns, como também de organizar e/ou participar de grupos, clubes, oficinas e afins.
HABILIDADE - EM13LP21
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LP22
EM13CHS103
Construir e/ou atualizar, de forma colaborativa, registros dinâmicos (mapas, wiki etc.) de profissões e
ocupações de seu interesse (áreas de atuação, dados sobre formação, fazeres, produções,
depoimentos de profissionais etc.) que possibilitem vislumbrar trajetórias pessoais e profissionais.
HABILIDADE - EM13LP28
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LP32
EM13CHS103
Selecionar informações e dados necessários para uma dada pesquisa (sem excedê-los) em diferentes
fontes (orais, impressas, digitais etc.) e comparar autonomamente esses conteúdos, levando em conta
seus contextos de produção, referências e índices de confiabilidade, e percebendo coincidências,
complementaridades, contradições, erros ou imprecisões conceituais e de dados, de forma a
compreender e posicionar-se criticamente sobre esses conteúdos e estabelecer recortes precisos.
HABILIDADE - EM13LP34
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LP45
EM13CHS103
Analisar, discutir, produzir e socializar, tendo em vista temas e acontecimentos de interesse local ou
global, notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens multimidiáticas, documentários,
infográficos, podcasts noticiosos, artigos de opinião, críticas da mídia, vlogs de opinião, textos de
apresentação e apreciação de produções culturais (resenhas, ensaios etc.) e outros gêneros próprios
das formas de expressão das culturas juvenis (vlogs e podcasts culturais, gameplay etc.), em várias
mídias, vivenciando de forma significativa o papel de repórter, analista, crítico, editorialista ou
articulista, leitor, vlogueiro e booktuber, entre outros.
HABILIDADE - EM13LP47
EM13CHS103
Participar de eventos (saraus, competições orais, audições, mostras, festivais, feiras culturais e
literárias, rodas e clubes de leitura, cooperativas culturais, jograis, repentes, slams etc.), inclusive para
socializar obras da própria autoria (poemas, contos e suas variedades, roteiros e microrroteiros,
videominuto, playlists comentadas de música etc.) e/ou interpretar obras de outros, inserindo-se nas
diferentes práticas culturais de seu tempo.
COMPONENTE 3 - ALAGOAS EM CORES E SONS
HABILIDADE - EM13LP51
EM13CHS103
HABILIDADE - EM13LP53
EM13CHS103
Produzir apresentações e comentários apreciativos e críticos sobre livros, filmes, discos, canções,
espetáculos de teatro e dança, exposições etc. (resenhas, vlogs e podcasts literários e artísticos,
playlists comentadas, fanzines, e-zines etc.).
HABILIDADE - EMIFCG01
EM13CHS103
Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
HABILIDADE - EMIFCG03
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFCG04
EM13CHS103
Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
HABILIDADE - EMIFCG06
EM13CHS103
Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os
interlocutores pretendidos.
HABILIDADE - EMIFCG07
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFCG08
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFCG09
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFLGG01
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFLGG02
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFLGG04
EM13CHS103
Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre
obras ou eventos de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou corporais, ampliando o
repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns).
HABILIDADE - EMIFLGG05
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFLGG06
EM13CHS103
Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, utilizando as
diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; línguas; linguagens corporais e do
movimento, entre outras), em um ou mais campos de atuação social, combatendo a estereotipia, o
lugarcomum e o clichê.
COMPONENTE 3 - ALAGOAS EM CORES E SONS
HABILIDADE - EMIFLGG07
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFLGG08
EM13CHS103
HABILIDADE - EMIFLGG09
EM13CHS103
ATIVIDADE 1
INTRODUÇÃO
Professor/a, nesta atividade, a partir da curadoria, você mediará as aprendizagens dos/as estudantes, para
que eles/as tenham oportunidade de conhecer e se apropriar de espaços públicos, não só vivenciando, mas
também intervindo e mediando, de forma crítica e consciente, na conservação e na preservação do
patrimônio histórico, cultural e escolar; além de valorizar a contribuição de outras gerações para a
constituição da escola. As ações serão desenvolvidas por meio de práticas de cartografia afetiva e do olhar
para a cidade, reconhecendo que são parte de seu repertório de vida e da comunidade; levantamento,
preservação e reconhecimento da importância da história da escola através de entrevistas com pessoas
que já passaram por ela. Almeja-se, com as aulas e propostas da atividade, mobilizar as Competências
Gerais da BNCC 1, 3, 6 e 7 da Área de Linguagens; as habilidades dos Itinerários Formativos associadas às
Competências Gerais da BNCC EMIFCG03, EMIFCG06, EMIFCG07, EMIFCG09; as habilidades específicas dos
Itinerários Formativos associadas aos Eixos Estruturantes EMIFLGG04 e EMIFLGG08; as competências e
habilidades do RecAL próprias da Área de Linguagens EM13LGG101, EM13LGG105, EM13LGG301,
EM13LGG601, EM13LGG602, EM13LGG603 e EM13LGG703; além das habilidades do componente de Língua
Portuguesa para o Ensino Médio EM13LP11, EM13LP17, EM13LP18, EM13LP20, EM13LP22 e EM13LP32.
Sendo assim, para o começo da aula é interessante que, junto aos/às estudantes, façam um primeiro
levantamento dos patrimônios material e/ou imaterial que estão presentes no seu entorno e/ou região.
Aproveitem esse momento para levantar quais desses espaços e/ou manifestações atendem também à
acessibilidade, em seus diferentes contextos. Nesse ponto, vale reforçar e ampliar a noção de manifestação
cultural para além daquilo que é reconhecido oficialmente como tal, ou seja, “todo complexo que inclui
conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos
pelo homem como membro de uma sociedade” (Laraia, 2006, p.25).
Inicie a conversa coletando o que a turma entende por patrimônio imaterial e material. Para isso, pode ser
utilizado o quadro para registrar as respostas dos/das estudantes a algumas questões que podem nortear
a discussão: O que você entende pelo termo patrimônio? Qual a diferença entre um patrimônio material e
um patrimônio imaterial? O que leva uma tradição ou espaço ser considerado patrimônio? Qual a
importância em se preservar um patrimônio histórico e cultural? Quais fatores você considera válidos para
legitimação de um patrimônio? Que registros você acha que são necessários para a validação de uma
dança, comida, celebração, festa popular ou modos de fazer, por exemplo, como patrimônio imaterial?
Após a conversa inicial com a turma, que pode ser sistematizada em tópicos a partir das respostas
sinalizadas, podem ser exibidos alguns dos vídeos abaixo. Neles se aprofundam as discussões sobre a
temática discutida em sala. Recomende que os/as estudantes anotem no diário de bordo, os aspectos que
acharem mais relevantes nos vídeos.
SAIBA MAIS
Professor/a, a seguir, há sugestões de livro e de alguns vídeos que tratam sobre o tema patrimônio
cultural:
PELEGRINI, Sandra C. A. O que é patrimônio cultural imaterial. São Paulo: Brasiliense, 2008. (Coleção
Primeiros Passos; 331)
Após a discussão e a exibição dos vídeos, agende com a turma uma visita pelos espaços públicos da cidade,
do bairro e/ou comunidade, esse pode ser um momento rico de interação para além dos muros da escola,
o que possibilitará olhar para os “lugares da memória” buscando novas significações e sentidos. Antes do
passeio, pode ser elaborado em conjunto com os/as estudantes um roteiro detalhando quais serão os
pontos de visitação, assim tem-se uma previsão do tempo necessário para a excursão pelo território. Se a
cidade, bairro, comunidade ou região possui museus e/ou outros espaços que guardam as memórias de
uma época, eles devem ser incluídos no roteiro.
Motive-os/as a fotografar os lugares durante a caminhada, é possível propor uma mostra fotográfica ao
final das sequências de aula, com as imagens registradas e textos poéticos ou de gêneros variados
articulando imagem e texto, fotografia e literatura como estímulo à escrita autoral. Incentive-os/as a
pesquisar como eram antigamente esses lugares, quais eram seus usos e condição em contraposição com a
situação atual em que se encontram.
Coletar informações a partir de entrevistas com pessoas da região pode ser uma forma de estabelecer o
contato entre diferentes gerações objetivando a compreender os dados e as percepções individuais. Esse
exercício de olhar para o que é comum, cotidiano, pode dar novos sentidos por meio do diálogo coletivo e
do compartilhamento das impressões individuais. É interessante propor a escrita de um diário de bordo ao
longo dessa atividade, nele podem ser registradas as opiniões e sentimentos observados durante as aulas e
o passeio.
SAIBA MAIS
Numa definição de Horta (2005) os “lugares da memória” são “locais materiais ou imateriais nos quais se
encarnam ou cristalizam as memórias de uma nação, e onde se cruzam memórias pessoais, familiares e
de grupo”.
HORTA, Maria de Lourdes Parreiras. A memória pública. In.: Memória, patrimônio e identidade. Boletim
4. Salto para o Futuro. TV Escola, 2005.
COMPONENTE 3 - ALAGOAS EM CORES E SONS
“o território não é apenas o conjunto dos sistemas naturais e de sistemas de coisas superpostas; o
território tem que ser entendido como o território usado, não o território em si. O território usado é o
chão mais a identidade. A identidade é o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é
o fundamento do trabalho; o lugar da residência, das trocas materiais e espirituais e do exercício da vida.”
SANTOS, M. O dinheiro e o território. In. SANTOS, M.; BECKER, B. K. (orgs.). Território, territórios: ensaios
sobre o ordenamento territorial. Rio de Janeiro: Lamparina, 2011.
“Assim como diversas outras ciências, a Cartografia passou por metamorfoses e novas perspectivas
cartográficas surgiram, dentre elas, os mapas afetivos. Ao cartografar os lugares a partir das sensações
das pessoas, os mapas afetivos dão materialidade para a subjetividade dos espaços vividos, conhecidos,
desconhecidos ou imaginados, caminhando para uma representação da rua, do bairro, da cidade não pelo
prisma político do Estado e sim pelo microcosmo do cotidiano e das construções imaginárias do EU sobre
o espaço.”
Disponível em:
https://wikifavelas.com.br/index.php/Mapas_Afetivos#:~:text=Ao%20cartografar%20os%20lugares%20a,m
icrocosmo%20do%20cotidiano%20e%20das
Acesso: 22 de novembro de 2023
A entrevista deve ser um instrumento em que fique demonstrado claramente o respeito à comunidade e
aos seus integrantes, à diversidade e pluralidade de ideias e manifestações identitárias, culturais e
linguísticas, além da estrita observância aos direitos de imagem que, no contexto da legislação brasileira,
refere-se ao direito individual e inviolável de cada pessoa sobre sua própria imagem, garantindo-lhe o
controle e proteção contra sua utilização não autorizada.
SAIBA MAIS
Que gênero é esse? A ENTREVISTA, nas suas diferentes aplicações, é uma técnica de interação social, de
interpenetração informativa, quebrando assim isolamentos grupais, individuais, sociais; pode também
servir à pluralização de vozes e à distribuição democrática da informação.
MEDINA, Cremilda de Araújo. Entrevista: o diálogo possível. 3. ed. São Paulo: Ática, 1990.
Durante a entrevista, os/as estudantes poderão fazer perguntas que julgarem relevantes, tendo em mente
o planejamento e objetivos da atividade. Nesse sentido, alguns questionamentos podem ser previamente
definidos e combinados com o/a professor e os/as colegas da turma para direcionar aos/às
entrevistados/as para cumprir esse objetivo:
Como forma de organizar as pesquisas até o momento, os/as estudantes farão um mural coletivo (digital ou
físico) dos patrimônios levantados, separando-os por patrimônio material e patrimônio imaterial, com sua
localização, e se, possível, alguma imagem. Após essa atividade, proponha que, em duplas, realizem uma
curadoria mais detalhada de cada patrimônio pesquisado, criando um catálogo com a história,
curiosidades, imagens e outras informações que julgarem necessárias. Estimule que pesquisem nas redes
sociais também, algumas cidades possuem site, blogs e outras redes sociais como Instagram e Facebook;
sendo possível resgatar em pesquisa a memória dos espaços públicos da cidade, bairro, comunidade e/ou
região. Para esse momento, se algum/a estudante tiver registros familiares desse patrimônio, seria
interessante o compartilhamento com os/as demais colegas.
COMPONENTE 3 - ALAGOAS EM CORES E SONS
O conhecimento sobre o passado do lugar onde se vive pode tornar-se o ponto de partida para adentrar
em questões que afetam as juventudes no tempo presente. Cabe salientar que, conhecer seu lugar e
reconhecer-se como parte dele é essencial para posicionar-se criticamente, já que se propõe olhar o ontem
e refletir sobre o hoje. Deter-se no estudo do seu próprio lugar, adentrando na cotidianidade dos sujeitos
permite promover um aprofundamento reflexivo das histórias na constituição da cidade, bairro e/ou
comunidade; além de possibilitar adentrar em fatores históricos, sociais e políticos que os circundam.
Nesse sentido, propicia-se que as juventudes do ensino médio tomem ciência e se mobilizem para refletir
também sobre os problemas que afetam a cidade, o bairro, a comunidade e/ou a região; dessa maneira, se
compreende que revisitando os lugares históricos e ou “lugares da memória” pode constituir-se em fator de
preservação da memória local e resgate da memória coletiva.
O filme alagoano “Imaginários Urbanos” (2017) de Glauber Xavier, pode ser um recurso multissemiótico
exibido em sala que possibilita uma variedade de discussões e análises a respeito da cidade, do território,
da arte, da vida, da criatividade, das pessoas, entre outros pontos a serem abordados. De acordo com site
Alagoar – A janela do audiovisual alagoano –, Imaginários Urbanos é um documentário experimental que
aponta a cidade como espaço político, mutável e com liberdade para a disputa de território – étnico, social,
econômico, afetivo e criativo. Tendo a cidade de Maceió como metáfora das cidades em crescimento,
Imaginários Urbanos mistura arte, corpo e cidade, esboçando inquietações de um grupo de pesquisadores
e artistas dispostos a estimular reflexões sobre as representações simbólicas da cidade de Maceió. A
utilização desse documentário em sala de aula trará mais repertório aos/às estudantes para pensar a
cidade e os espaços urbanos e pode ser debatido em sala através de roteiros de leitura com pontos
previamente apresentados pelo/a professor.
Ao fim dessa etapa proponha à turma que agregue todas as curadorias iniciando a criação de um catálogo
único da turma, será um registro importante e poderá compor o acervo da escola na biblioteca ou sala de
leitura. Aproveite o momento para realizar uma pesquisa sobre quantos/as estudantes conhecem, já
visitaram algum patrimônio cultural ou participaram de alguma manifestação cultural que é patrimônio
imaterial, de forma a refletirem sobre sua própria cultura, seu pertencimento e seu repertório sociocultural.
Em seguida, converse com a turma sobre o que abriga esse patrimônio ou mesmo quais são suas principais
características. Questione-os sobre quem o conhece ou o que eles/as sabiam dele antes dessa curadoria,
além de levantar a questão do pertencimento, da preservação e da conservação de um patrimônio da sua
própria região. É muito importante que as ações propostas a partir do olhar para o território em que vivem,
culminem no olhar mais atento para a cidade, o bairro e o
SAIBA MAIS
O diário de bordo pode ser construído de forma física (em cadernos ou pastas) ou de forma virtual. A
escolha dependerá do contexto da escola e do acordo entre os/as professores dos diferentes
componentes. Caso seja possível a utilização de um diário de bordo digital, as ferramentas de
documentos da Google (Google Apresentações e Google Docs) podem ser opções interessantes, pois
permitem que as modificações do documento sejam acompanhadas pelo/a professor/a, ficando
registradas a data e a pessoa responsável. Além disso, elas permitem a construção de um documento
contendo diferentes tipos de linguagem (áudio, imagem, vídeo e texto). Estas ferramentas permitem,
ainda, a inserção de comentários numa avaliação do/a professor/a ou em uma avaliação por pares.
AVALIAÇÃO
Promova uma autoavaliação com a turma, a partir do que pede a habilidade EM13LGG204, visando o
sentido de pertencimento desse(s) patrimônio(s) pesquisados, com base nos princípios e valores de
equidade e democracia.
COMPONENTE 3 -ATIVIDADES
DESENVOLVIMENTO
Etapa 1: Para essa atividade é interessante que você, juntamente com os/as estudantes, acesse o portal do
IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e realizem uma visita virtual na página,
conhecendo o Instituto e o que ele faz a respeito dos patrimônios brasileiros, a preservação dos acervos,
entre outros pontos que julgar importante abordar neste primeiro momento.
SAIBA MAIS
O IPHAN
Disponível em:
https://www.gov.br/iphan/pt-br
Preservação de Acervos
Disponível em:
https://cutt.ly/6O4ldEw
Agora que os/as estudantes já exploraram e entenderam a importância de um órgão para a preservação do
patrimônio cultural brasileiro, eles/as irão fazer uma curadoria sobre esses patrimônios cadastrados. Para
isso, proponha a metodologia sala de aula invertida, na qual a turma irá explorar e pesquisar nos sites,
buscando informações que serão compartilhadas posteriormente entre todos/as. Para essa atividade, a
turma se organiza em oito grupos, nos quais irão buscar informações sobre o tema escolhido, exemplos de
patrimônios, curiosidades, imagens para elaborarem uma forma de apresentar aos/às colegas, que pode
ser digital ou física, a escolha fica a cargo dos grupos:
GRUPO 1
GRUPO 2
GRUPO 3
GRUPO 4
Estações ferroviárias
Disponível em:
http://www.cultura.al.gov.br/patrimonio-cultural/mapas-do-patrimonio-de-
alagoas
GRUPO 5
Estações ferroviárias
Disponível em:
SECULT - Mapas do Patrimônio de Alagoas (cultura.al.gov.br)
GRUPO 6
Comunidades quilombolas
Disponível em:
SECULT - Mapas do Patrimônio de Alagoas (cultura.al.gov.br)
GRUPO 7
GRUPO 8
Organize um momento para que cada grupo compartilhe o que foi pesquisado, proporcionando um
momento de perguntas e dúvidas, que devem ser explicadas pelo grupo. Essa curadoria também poderá
ser inserida no catálogo, iniciado na introdução.
AVALIAÇÃO
Finalize essa atividade, retomando as habilidades EMIFCG03 e EMIFLGG07 relacionadas ao que foi
abordado durante as apresentações, resgatando com os/as estudantes pontos que levaram esses
espaços e/ou manifestações serem considerados parimônios, bem como os seus contextos.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Professor/a, retome o Projeto de Vida dos/as estudantes e converse se algum/a deles/as tem afinidades
com o que está sendo trabalhado nas aulas. Após essa conversa inicial, faça um levantamento das
profissões que estão relacionadas ao que foi discutido nas atividades até o momento, para isso, sugerimos
algumas questões que podem ajudá-lo/la: Pesquisando sobre os patrimônios da sua região, quais
profissões apareceram, seja como transmissores desse patrimônio, seja como conservadores dele? Ao
pesquisarem sobre o IPHAN, quais profissionais ou perfis profissionais você acredita que podem ser
selecionados para trabalhar nesse ramo de atividade? Quais profissionais estariam diretamente ligados à
preservação e conservação de patrimônios?
Durante a conversa, vá anotando os pontos que julgar mais importantes, de forma a agregar com o que
os/as estudantes já pontuaram sobre seus Projetos de Vida.
Utilizando a metodologia rotação por estações, organize a turma em seis grupos, os quais passarão por seis
estações, conforme sugestão a seguir. Cada grupo, em um tempo delimitado, irá assistir ao vídeo sugerido
(professor/a, é necessário que você assista aos vídeos antes e caso queira, poderá trocar algum e/ou
profissão que esteja mais alinhada ao projeto de vida do/a estudante).
Cada estação deverá conter um painel, no qual os componentes do grupo irão anotar o que o tema daquela
estação significa/representa: Restaurador, Historiador, Arqueólogo, Museólogo, Arquiteto e Agente Cultural.
Ao final, quando toda turma tiver passado pelas estações, reserve um momento para analisarem cada
painel, retomando sobre o Projeto de vida dos/as estudantes, a partir das seguintes questões norteadoras:
Alguma profissão que o/a estudante não tinha conhecimento? Alguém se identificou com alguma das
profissões apresentadas? Dos projetos de vida, algum conversa com o que foi apresentado nos vídeos? O/a
estudante já se imaginou fazendo algo parecido com alguma dessas profissões? Após essa conversa sobre
os painéis, apresente alguns vídeos que descrevem um pouco sobre essas profissões, e, se possível, solicite
à turma que crie um glossário dos termos e profissões, que poderá ser adicionado ao catálogo.
SAIBA MAIS
Profissões: restaurador
Disponível em:
https://cutt.ly/YO4l1Zp
Profissões: arqueólogo
Disponível em:
https://cutt.ly/lO4l4rm
Profissões: museólogo
Disponível em:
https://cutt.ly/MO4l6yW
Museus em Alagoas
Disponível em:
https://www.guiadasartes.com.br/alagoas/museus
Restaurador
Disponível em:
https://www.guiadasprofissoes.info/profissoes/restaurador/
A arte do barro
Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1_PEmj5BYMMK8OrWpuf-
BqDTpqzCgvkMd/view?usp=sharing
Aproveite esse momento para selecionar os termos e escrevê-los para inserir no catálogo da turma,
finalizar o catálogo e organizar todos os produtos que serão inseridos nele, assim como a divulgação do
mesmo para a comunidade escolar.
SAIBA MAIS
Etapa 2: O patrimônio de prédios e monumentos ainda pode parecer algo distante para alguns/algumas
estudantes, porém, o patrimônio escolar está próximo de todos/as. Dessa forma, para iniciar esta atividade
da sequência, assistam ao vídeo Preservação do patrimônio público e tombamento, que aborda a questão
do tombamento de alguns prédios que abrigam ou abrigaram escolas públicas no estado de São Paulo. A
experiência vivenciada em terras paulistanas poderá servir como exemplo de como planejar ações de
preservação e o resgate da memória escolar no estado de Alagoas.
SAIBA MAIS
Após a apreciação do vídeo, e inspirados/as pela experiência do estado de São Paulo, converse com os/as
estudantes, promovendo uma reflexão a partir das seguintes questões: Qual a importância de se preservar
o patrimônio escolar? Você conhece a história da sua escola? Sua escola é tombada? Se sim, você conhece
os motivos que a levaram a isso? Se não, a partir do que estudamos sobre tombamentos, quais os critérios
que poderiam levá-la a se tornar um bem tombado? Há em Alagoas prédios escolares tombados? Se há,
quais são eles? Caso a resposta seja negativa, o que se pode fazer a respeito? Durante essa conversa, peça
que anotem os pontos mais importantes levantados na discussão, pois serão imprescindíveis para a
continuidade dessa atividade.
COMPONENTE 3 - ALAGOAS EM CORES E SONS
SAIBA MAIS
Etapa 3: O objetivo do que se propõe como atividade a seguir é a coleta de memórias, informações e
registros da escola ao longo dos anos de sua existência. Há diferentes formas de realizar o resgate dos
arquivos físicos ou da memória e lembranças das pessoas que fazem e fizeram parte da instituição. Nesse
sentido, será necessária a união de esforços para empreender a tarefa de colher e materializar a história da
escola onde estudaram e estudam as juventudes alagoanas. Intenta-se, com essa proposta, promover a
interação entre diferentes gerações que já adentraram os portões da instituição e que possuem – nas suas
memórias – histórias e sentimentos com relação a esse espaço de convivência, ensino e aprendizagem. A
tarefa não é fácil e nem simples, mas trará experiências inesquecíveis para todos/as.
Inicialmente, será essencial realizar uma busca por esses/as personagens que já estudaram e/ou
trabalharam na escola em épocas distintas. Os/as estudantes podem ser divididos por grupos para a
realização da pesquisa. Como sugestão, pode ser feito da seguinte forma:
Funcionários/as e ex-funcionários/as;
Professores/as e ex-professores/as;
Gestores/as e ex-gestores/as;
Estudantes e ex-estudantes.
A partir dessa definição, será a etapa de contatar as pessoas para entrevista. A contribuição de quem
trabalha há mais tempo na escola será de grande valia para que as interações ocorram. Recomenda-se
também a divulgação nas redes sociais, grupos de whatsApp e na rádio da cidade, se houver. Será nesse
movimento de mobilização em diferentes frentes de atuação que as informações serão obtidas. Deve-se
construir, coletivamente com a turma, uma lista de perguntas a serem utilizadas como norteadoras na
condução da entrevista. As questões devem priorizar a vida escolar e memórias dos/as entrevistados/as
com relação ao período que estudaram e/ou trabalharam na escola. No entanto, não se deve privar os/as
entrevistados/as de perguntas pessoais e profissionais, caso se sintam à vontade para responder.
SAIBA MAIS
Que gênero é esse? A ENTREVISTA, nas suas diferentes aplicações, é uma técnica de interação social,
de interpenetração informativa, quebrando assim isolamentos grupais, individuais, sociais; pode
também servir à pluralização de vozes e à distribuição democrática da informação.
MEDINA, Cremilda de Araújo. Entrevista: o diálogo possível. 3. ed. São Paulo: Ática, 1990.
COMPONENTE 3 - ALAGOAS EM CORES E SONS
Os/as estudantes também podem solicitar fotos, fardas, boletins ou outros itens materiais para fotografar e
anexar ao produto final a ser elaborado, que pode ser o livro ou rede social (blog, Instagram, Facebook
entre outros), onde os registros ficarão arquivados; o título pode ser “MEMÓRIAS DA ESCOLA”. Há uma
infinidade de itens a serem encontrados a partir das entrevistas, o que se mostrará enriquecedor para
todos/as. Como sugestão para elaboração da memória viva da escola, podem buscar por alguns dos pontos
mencionados abaixo, mas são apenas alguns exemplos. A lista não se esgota aqui.
Histórico da instituição;
Foto do/a homenageado/a que dá nome à escola;
Biografia;
Hino da escola;
Músicas da escola cantadas pelas turmas;
Bandeiras antigas e atual;
Logo da escola;
Fotos de turmas, professores/as, funcionários/as e eventos realizados (ontem e hoje);
Documentos antigos;
Fotos pessoais de estudantes na escola;
Boletins individuais;
Fardas antigas e atual;
Relatos de memórias da escola (podem ser feitos a partir das entrevistas);
Biografias dos/as entrevistados/as (antigos/as) e dos/as que compõem a escola nos dias atuais.
SAIBA MAIS
Que gênero é esse? A BIOGRAFIA é um gênero textual que relata a vida de uma pessoa importante
e/ou conhecida socialmente, apresentando suas principais ações e experiências, bem como seus
legados. O texto pode ser escrito em 1ª pessoa, a autobiografia, ou em 3ª pessoa, a biografia. Sua
estrutura inicia com a apresentação do biografado, seguida dos relatos cronológicos de sua vida e, por
fim, uma conclusão que traz o seu legado ou sua condição de vida atual. Atualmente, a biografia tem se
ampliado a novas formas, como a minibiografia presente em gêneros digitais.
Disponível em:
https://www.portugues.com.br/redacao/biografia.html#:~:text=A%20biografia%20C3%A9%20um%20g%
C3%AAnero,em%203%C2%AA%20pessoa%2C%20a%20biografia.
Que gênero é esse? MEMÓRIAS LITERÁRIAS para o texto que recria uma realidade vivenciada por outro
em outro momento. Trata-se, portanto, de um texto ficcional. É claro que esse texto pode guardar
muitas semelhanças com a realidade, mas não pode espelhar a realidade, pois é único e especial
porque parte das lembranças de outrem. Afirma-se que o gênero Memórias literárias é uma narrativa
revivenciada.
Disponível em:
https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/revista-digital/artigo/99/escrevendo-memorias-
literarias-dos-fatos-reais-ao-produto-da-imaginacao
SISTEMATIZAÇÃO
Como proposta de encerramento da atividade, os/as estudantes irão elaborar um pequeno projeto de
envolvimento da comunidade escolar para preservação do patrimônio escolar. Para isso, eles podem
pensar em algo digital (vídeos, podcasts, blogs, entre outros) ou físico (palestras, distribuição de folhetos da
campanha, mural de fotos cronológico da escola, entre outros). Esse projeto também poderá ser inserido
no catálogo, visando criar um percurso do que os/as estudantes estão aprendendo e produzindo ao longo
das ações desenvolvidas.
Dessa forma, proponha que, em grupos, resgatem as anotações feitas a partir do vídeo Preservação do
patrimônio público e tombamento e comecem a planejar como será realizado esse projeto de
conscientização sobre a preservação do prédio escolar, elaborando desde o planejamento até sua
execução, analisando como esse projeto impactará na comunidade escolar. Definam encontros para que
os/as estudantes possam planejar e produzir os materiais desta campanha de conscientização da
preservação do patrimônio escolar.
SAIBA MAIS
Patrimônio Escolar.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=OzsfOLBmbkU
Organize um momento para que os grupos apresentem seus projetos de conscientização e discutam a
melhor forma de divulgá-los para a comunidade escolar, seja no formato físico ou digital, visando atingir um
público maior com o intuito de convencer mais estudantes sobre a preservação do espaço escolar.
COMPONENTE 3 - ALAGOAS EM CORES E SONS
AVALIAÇÃO
Sugira uma roda de conversa para realizar uma avaliação com a turma, tendo em vista as habilidades
EMIFCG03 e EMIFLGG04, para verificar, se fol possível, a partir dos conhecimentos e Informações
adquiridas, criar novas propostas para preservação do ambiente escolar e como foi refletir sobre esse
espaço pensando num bem comum a todos que circulam e convivem nele
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 2
INTRODUÇÃO
SAIBA MAIS
Professor, para apoiar a pesquisa por parte da turma, a seguir encontra-se uma seleção indicando
alguns sites que tratam de representações e usos linguísticos no território alagoano. Para ampliar o
repertório, ao longo da atividade, você pode socializar as sugestões com seus estudantes
Dicionário alagoano.
Disponível em:
https://dicionariosvarios.blogspot.com/2009/06/dicionario-alagoano.html
Após a definição da quantidade de estações e divisão dos grupos, a seguir uma proposta de rotação por
estações com ênfase na investigação sobre gírias presentes no território alagoano:
1. Planejamento: peça que cada grupo selecione três termos e/ou expressões das gírias mais utilizadas (é
importante combinar com os grupos que não haja repetição entre as gírias escolhidas). Solicite que
elejam um/a orador/a e o/a redator/a que registrará as gírias selecionadas num painel/quadro para
conhecimento dos demais grupos.
2. Separação dos grupos: defina com os grupos as questões norteadoras da pesquisa sobre as gírias e as
formas de registro, oriente-os para que analisem as mesmas a partir dessas perguntas norteadoras (o/a
orador/a deverá lê-las para o grupo e suscitar as discussões): Qual o seu significado? Em que contexto é
utilizada? Qual o perfil do público que utiliza? Em que lugares é mais comum seu uso? Qual a reação das
pessoas ao ouvirem? Possui diferentes sentidos em outros lugares? É possível identificar sua origem? Há
algum tipo de preconceito quanto ao seu uso? Qual a sua classificação morfossintática? Dê um exemplo
de diálogo em que o termo/expressão aparece em seu sentido literal, dicionarizado, e um outro que é
utilizado como gíria.
3. Duração das paradas: Estipule um tempo específico para cada atividade. Algumas estações precisarão
de mais, outras um tempo menor. Geralmente as atividades duram de uma a duas aulas de acordo com
a dinâmica da turma.Importante: O/a redator/a e o/a orador/a permanecem fixos nas estações,
apresentando as informações pesquisadas pelo grupo aos/às visitantes, enquanto os outros membros
do grupo circulam em busca das informações sobre as outras gírias. Cada grupo deve passar por todas
as estações.
4. Avaliação: Ao final da dinâmica, pode-se propor uma conversa para avaliação conjunta da atividade, do
compartilhamento e das percepções de cada grupo sobre a investigação e sobre as informações que
colheram durante a experiência.
Professor/a, retomando a concepção de língua como patrimônio cultural imaterial, sugerimos uma
conversa sobre o conteúdo do vídeo “Preconceito linguístico e a língua que falamos”, do site “Português é
Legal”, disponível na plataforma de vídeo Youtube através do link https://youtu.be/hfpfFQ_NVgg?
feature=shared.
Para debater sobre a oralidade, a observação/percepção da fala no entorno da comunidade em que vivem
os/as estudantes e sobre o preconceito linguístico, a partir da apreciação do vídeo, recomendamos
organizar uma roda de conversa, a fim de se aprofundar, selecionar e sistematizar as contribuições que
surgirão e que podem culminar na elaboração do mapa mental sugerido no início da atividade, com o
registro dos tópicos mais relevantes dessa discussão. Esse será um momento de escuta em que é
importante dar voz e protagonismo aos/às estudantes, colocando em discussão os fatores que estão por
trás do preconceito linguístico, bem como as iniciativas e posturas para o seu enfrentamento, seja na
escola, na comunidade, nas redes sociais ou em qualquer espaço da sociedade.
SAIBA MAIS
Professor/a, para ampliar o seu repertório sobre preconceito linguístico e apoiá-lo/a na mediação do
debate com a turma, a seguir encontra-se três boas sugestões de leitura sobre a temática:
COMPONENTE 3 - ALAGOAS EM CORES E SONS
Sugerimos, para o fechamento, uma produção final com registro das questões e discussões realizadas.
Dessa forma, os/as estudantes desenvolverão os processos criativos e concretizarão as impressões e
reflexões críticas desenvolvidas sobre o tema variações linguísticas.
Para tanto, recomendamos a elaboração de um mapa mental para que representem, mediante
informações gráficas, as relações existentes entre impressões, conceitos investigados e discutidos. Após a
produção, será interessante uma apresentação em um suporte digital, considerando a necessidade do
desenvolvimento de atividades de investigação científica e o trabalho com o processo de mediação, a
prática da curadoria da informação, além da compreensão do uso de fontes confiáveis e o estudo sobre
referências bibliográficas.
Solicite que elaborem o mapa mental manualmente, e depois, se possível, o adaptem para o formato
digital. Sugerimos os seguintes passos para a elaboração, a partir das proposições de Tony Buzan, autor
inglês responsável pela sistematização dos mapas mentais.
SAIBA MAIS
BUZAN, Tony. Mapas mentais e sua elaboração: um sistema definitivo de pensamento que
transformará sua vida. São Paulo: Cultrix, 2005.
AVALIAÇÃO
Professor/a, o processo de avaliação deve ser processual e contínuo, para tanto sugerimos o uso das
rubricas, considerando a participação dos/as estudantes na rotação por estações e na elaboração dos
mapas mentais. Na atividade, além das habilidades da área proposta, são potencializadas as
habilidades EM13LP10 e EM13LP28 de Língua Portuguesa.
A avaliação deve ser processual e ocorrer em todos os momentos da prática pedagógica, o que requer
a inclusão de diferentes maneiras de acompanhar e recuperar as aprendizagens. É preciso verificar se
são capazes de se posicionar de maneira crítica e criativa diante das propostas apresentadas que se
referem a fatos da sociedade contemporânea e, ainda, de se situar de forma responsável e cidadã, em
relação a possíveis desdobramentos mediante suas escolhas. Nesta concepção de avaliação, é
importante adotar a postura de não estabelecer critérios de comparação, mas de oferecer
possibilidades para que os/as estudantes alcancem os objetivos esperados e estar atento às
dificuldades expostas na realização das atividades e na proposta de soluções, a fim de planejar e
executar intervenções.
DESENVOLVIMENTO
Professor/a, após as reflexões propostas na atividade anterior sobre preconceito linguístico, sugerimos uma
roda de conversa para retomar as experiências e o desempenho dos/as estudantes com a argumentação
oral. Algumas sugestões: Vocês têm dificuldade para se posicionar frente a um tema em público? Em
uma discussão casual, vocês costumam colocar seus argumentos ou assumem uma postura mais
observadora? Vocês imaginam que saber argumentar oralmente é importante para suas vidas,
considerando o mundo do trabalho e/ou acadêmico? Há situações de posicionamento coletivo em
que vocês se sentem desconfortáveis? Se sim, quais dificuldades em se posicionar em público vocês
conseguem reconhecer? Que tipos de atividade vocês se sentem mais confortáveis em se posicionar
publicamente? Vocês costumam se posicionar nas redes sociais? Se sim, em quais plataformas
digitais? Como vocês avaliam suas habilidades para um debate em público? Quais dificuldades
acham que teriam nessa situação? Que habilidades reconhecem em si ou em algum/a colega para
esse tipo de atividade?
Refletir sobre como a cultura atua na linguagem, ilustrando como as pessoas se comunicam, narram
histórias, escrevem versos, conversam com amigos/as, festejam etc. e escolhem os grupos sociais com os
quais desejam se relacionar é um dos norteadores da atividade proposta. Leve às discussões a importância
sobre como o conjunto de saberes, fazeres, crenças e visões de mundo (transmitidos de geração para
geração) juntamente com as nossas histórias vividas, o local de onde viemos e vivemos, a maneira que
educamos e somos educados/as em família, falamos e nos expressamos formam a nossa identidade. Uma
das questões a serem combatidas, a partir desta perspectiva, é a do preconceito linguístico.
SAIBA MAIS
Professor/a, abaixo apresentamos algumas contribuições relevantes que podem ajudá-lo a retomar e
aprofundar conhecimentos relacionadas à língua, linguagem coloquial, norma-culta, linguagem da
internet e variação linguística:
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria
de Educação Básica, 2018.
“O que importa é aquilo que permite que a forma linguística[sic] figure num dado contexto, aquilo que
a torna um signo adequado às condições de uma situação concreta dada. Para o locutor, a forma
linguística [sic] não tem importância enquanto sinal estável e sempre igual a si mesmo, mas somente
enquanto signo sempre variável e flexível”.
“Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão
bem quanto suas outras formas de comportamento. Desse modo, essa linguagem vem a ser uma
marca desse status social. As classes superiores dão-se conta desse fato e tentam preservar os traços
linguísticos pelos quais se opõem às classes inferiores. Tais traços são considerados corretos e passa a
haver um esforço persistente para transmiti-los de geração em geração. Esta atitude cresce em
intensidade à medida que o impacto das classes inferiores se torna cada vez maior”.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Professor/a, abaixo apresentamos algumas contribuições relevantes que podem ajudá-lo a retomar e
aprofundar conhecimentos relacionadas à língua, linguagem coloquial, norma-culta, linguagem da
internet e variação linguística:
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria
de Educação Básica, 2018.
“O que importa é aquilo que permite que a forma linguística[sic] figure num dado contexto, aquilo que
a torna um signo adequado às condições de uma situação concreta dada. Para o locutor, a forma
linguística [sic] não tem importância enquanto sinal estável e sempre igual a si mesmo, mas somente
enquanto signo sempre variável e flexível”.
“Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão
bem quanto suas outras formas de comportamento. Desse modo, essa linguagem vem a ser uma
marca desse status social. As classes superiores dão-se conta desse fato e tentam preservar os traços
linguísticos pelos quais se opõem às classes inferiores. Tais traços são considerados corretos e passa a
haver um esforço persistente para transmiti-los de geração em geração. Esta atitude cresce em
intensidade à medida que o impacto das classes inferiores se torna cada vez maior”.
CÂMARA Jr. Joaquim M. História da Lingüística. Tradução de Maria do Amparo Barbosa de Azevedo. 3ª ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1979.
“Como a respectiva norma é fator de identificação do grupo, podemos afirmar que o senso de
pertencimento inclui o uso da forma de falar característica das práticas e expectativas linguísticas do
grupo. Nesse sentido, a norma, qualquer que seja, não pode ser entendida apenas como um conjunto
de formas linguísticas; ela é também (e principalmente) um agregado de valores socioculturais
articulados com aquelas formas”.
FARACO, Carlos Alberto. Norma-padrão brasileira: desembaraçando alguns nós. In: BAGNO,
Marcos (org.). Linguística da norma. São Paulo: Loyola, 2002a. p. 37-61.
“A linguagem popular também conhecida como coloquial é uma variante informal da língua de pouco
prestígio se comparada com a linguagem culta. Esta linguagem é marcada pela espontaneidade e
descontração. Seu objetivo é a comunicação clara e eficaz, sua expressão é subjetiva, concreta e afetiva.
É funcional, sobretudo, porque se vale de outros meios de expressão que não as palavras”.
“Norma culta é o [...] conjunto de fenômenos linguísticos que ocorrem habitualmente no uso dos
falantes letrados em situações mais monitoradas de fala e escrita. Diferentemente da norma padrão,
que é um construto sócio-histórico que é tomada como referência para estimular um processo de
uniformização e uma codificação relativamente abstrata, a norma culta “é a expressão viva de certos
segmentos sociais em determinadas situações”.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
FARACO, Carlos Alberto. Norma culta brasileira: Desatando alguns nós. São Paulo:
Parábola, 2008.
“A linguagem da internet é um novo tipo de comunicação via Internet que não é nem a linguagem
escrita, nem a linguagem falada, e que subleva as regras do mundo da escrita, usando abreviaturas de
palavras e recursos gráficos para vivo e falado o que está escrito na tela do computador.
“Sentimos que hoje, utilizar a língua “corretamente” além do domínio da forma de modo aceitável, é
“usá-la” adequadamente ao contexto e ao usuário a que se destina a mensagem veiculada. É o
momento, pois, de reconhecermos que não há como ensinar e aprender palavras sem aprender os
seus sentidos, de que a simples e vazia forma de repetir modelos não significa compreensão, e de que
a formação não se simplifica em habilidades no manuseio de máquinas e de instrumentos, a fim de
que entendamos a necessidade de redefinir os objetivos do ensino/aprendizagem de língua materna.
Só assim, o professor encontrará o seu caminho e por ele trilhará com consciência, um lugar que é seu
neste processo”.
ZANINI, Marilurdes. Uma visão panorâmica da teoria e da prática do ensino de língua materna. Actas
Encontro Internacional. Braga: Universidade do Minho – Instituto da Criança, p. 79-88, 1999.
“O professor é um mediador, deve-se ensinar algo de maneira que o outro reconheça o porquê, a
necessidade daquilo que ensinamos. A língua é uma prática social, por isso a necessidade de se ensinar
a língua dentro de um contexto. A interação acontece dentro da diferença do outro, onde irá contribuir
para sua formação”.
GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula – leitura e produção. Cascavel, PR: Assoeste, 1984.
SAIBA MAIS
Professor/a, propomos que apresente à turma os vídeos indicados a seguir, que abordam temas como
preconceito linguístico, adequação da língua em seus diversos contextos de uso, norma-padrão, gírias
etc. Recomendamos assisti-los com antecedência para maior apropriação dos assuntos abordados:
Discuta com eles/as as proposições apresentadas nos vídeos em uma roda de conversa e a partir disso,
solicite que criem uma “Nuvem de Palavras” (Word Cloud) para verificarem o que mais compreenderam
sobre os temas abordados.
Nuvens de palavras aproximam-se da ideia das hashtags, que podem destacar as questões mais discutidas
em determinados contextos.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
A análise pode ser iniciada observando-se, primeiramente, quem dá voz ao vídeo, de onde falam, que
profissão exercem, qual a sua relação com a cultura local, entre outros aspectos que podem ser
combinados previamente com os estudantes. Como cada vídeo foi produzido há alguns anos, pode ser
interessante fazer um levantamento de informações sobre essas pessoas entrevistadas e a relevância do
seu ofício para cultura de suas cidades e do território alagoano.
Quanto aos aspectos ligados ao uso da língua pelos entrevistados/as, é importante levar os/as estudantes
a, partindo da observação, refletirem sobre a funcionalidade da língua, fazendo com que apresentem e se
posicionem sobre a forma como compreendem a variação linguística, suas concepções de “certo” e “errado”
ou “adequado” e “inadequado”, e, principalmente, como vivenciam, experimentam e praticam a linguagem
no contexto cotidiano, seja em casa, na escola, na sala de aula ou na sua comunidade.
É interessante questioná-los/as sobre a concepção de língua materna, buscando desconstruir o mito de que
no Brasil existe uma uniformidade linguística - visão que contribui para a perpetuação do preconceito
linguístico no país. Há diferenças entre a língua utilizada pelo/a entrevistado/a e língua que você fala? Há
alguma palavra/expressão na fala analisada que você não compreendeu ou teve dúvida quanto ao
significado? A forma como a língua é utilizada na entrevista é diferente da língua ensinada nas aulas de
língua portuguesa? Você percebe semelhanças no modo de falar do/a entrevistado/a e de pessoas da sua
comunidade? O/a entrevistado/a pareceu seguir algum roteiro elaborado para dar o seu depoimento? O/a
entrevistado/a mudou seu modo de falar durante algum momento da entrevista? Vocês conseguem
identificar traços da oralidade (repetições, pausas e informalidade na linguagem)? Descrevam quais as
características da entrevista oral encontradas. Você muda a forma como utiliza a linguagem conforme as
diferentes situações da sua vida? Alguma vez alguém zombou de como você fala ou escreve? Como foi?
Alguma vez você zombou da forma como alguém falava ou escrevia? Como foi?
Esses questionamentos são importantes para levá-los/as a também fazerem uma autorreflexão sobre seu
comportamento em relação ao preconceito linguístico, a fim de saber se já sofreram ou praticaram tal ato.
Essas indagações serão mobilizadoras para esta análise, visto que parte dos/as estudantes ainda não
reconhecem esse comportamento, que acabam, ainda, passando despercebido na sociedade.
Essas questões sobre características, oralidade, semelhanças, diferenças e tipo de linguagem utilizada
possuem o intuito de levar à reflexão em relação às variadas possibilidades linguísticas, tanto a entrevista
oral informal analisada na atividade quanto uma eventual entrevista num contexto de uso da variante
padrão. Outro ponto relevante é reforçar as formas adequadas de registro e manutenção destes em
situações de transcrição ou de uma entrevista escrita.
Após esse exercício, proponha que elaborem um roteiro para uma entrevista que deverão realizar. Nos
mesmos grupos, solicite que dividem as funções que cada integrante irá desempenhar: entrevistador/a,
cinegrafista, redator/a e revisor/a. Para a elaboração, os grupos podem, inicialmente, discutir: Quem será
o/a entrevistado/a e por quê? Qual o enfoque da entrevista? Quais serão as principais perguntas que
realizarão? Qual o formato de entrevista adotado? O que se espera da entrevista?
Para a elaboração das perguntas da entrevista, peça aos estudantes que retomem as aulas e discussões
voltadas às variações da língua, preconceito linguístico, bem como as impressões e estudos dos demais
componentes que trabalharam temas afins. Seria interessante dar algumas opções de temas que tenham
relação com os estudos feitos até aqui, por exemplo, sugerimos escolher um/a integrante da comunidade
que possa contar algum evento marcante da sua trajetória de vida e que possua forte relação com a
cultura, arte e/ou identidade da comunidade.
SAIBA MAIS
Professor, para apoiar os estudantes que farão redação do Exame Nacional do Ensino Médio,
Indicamos desenvolver uma redação o tema preconceito linguistico, proposto pela plataforma "Redigir".
Essa pode ser uma opção interessante para os estudantes aprofundarem-se e pesquisar mais sobre a
temática para ampliar o seu repertório sobre o assunto. MODELO ENEM - PRECONCEITO LINGUÍSTICO.
Disponível em:
https://www.plataformaredigir.com.br/tema-redacao/preconceito-linguistico_redacao-enem.
Acesso em: 19 de dezembro de 2023.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Após as aulas desenvolvidas ao longo das semanas, para o fechamento dos temas estudados,
aconselhamos uma produção final com a realização de entrevista oral por áudio ou vídeo que poderá ser
postada em forma de podcasts ou em vlogs.
Sugerimos ainda registrar as pesquisas, impressões e apresentações em um suporte digital. Vale ressaltar
que a maioria das produções do componente estão voltadas para o desenvolvimento de habilidades que
estimulem os estudantes a exercitarem a oralidade, a capacidade argumentativa, o posicionamento público
diante de temas relevantes da comunidade e do território.
AVALIAÇÃO
SISTEMATIZAÇÃO
Professor, para que os/as estudantes pratiquem o uso da argumentação em situações de oralidade,
indicamos como consolidação de aprendizagens a elaboração de um podcast ao final da atividade. Para
isso, discuta os conhecimentos prévios e apresente algumas informações sobre esse gênero discursivo e
solicite que selecionem podcasts de variadas plataformas e com objetivos distintos, mas que dialoguem
com as culturas juvenis. A ideia é que retomem as discussões relevantes realizadas na atividade anterior,
principalmente sobre o entorno no qual vivem para que possam planejar a reflexão sobre abordagens que
eles considerem relevantes com foco no respeito às diversidades, especialmente na identificação de formas
de discriminação e no combate ao preconceito linguístico. A produção do podcast mais adiante possibilita
verificar não só as questões relacionadas às diferenças de uso da linguagem observados, mas, sobretudo,
como pode ser utilizado como forma de reflexão sobre apontamentos consistentes, divulgando posturas e
ações individuais e coletivas que contribuem para o bem-estar coletivo, e que dialogam diretamente com
questões linguísticas presentes no que se refere às relações interpessoais e convívio em sociedade.
SAIBA MAIS
As discussões já realizadas podem ser retomadas, para isso, pode-se apresentar o vídeo “Dialeto
Nordestino - Uma resposta ao preconceito”, do poeta e cordelista Bráulio Bessa, disponível na plataforma
Youtube. Esse vídeo irá inspirá-los/as no planejamento das atividades sugeridas. A ideia é que observem o
tratamento dado às questões relacionadas ao preconceito linguístico a partir da perspectiva de pessoas da
região Nordeste, e de como as diferenças culturais não podem ser utilizadas para afastar ou discriminar
pessoas.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
SAIBA MAIS
É fundamental que os/as estudantes tenham acesso a diversas possibilidades de construção de podcasts. A
seguir são indicados alguns, eles/as podem ouvir trechos para socializarem entre si suas impressões e fazer
anotações. Algumas sugestões de podcasts sobre variação linguística, sotaque e preconceito linguístico que
podem ser indicados:
SAIBA MAIS
Professor, para apoiar a pesquisa por parte da turma, a seguir encontra-se uma seleção indicando
alguns sites que tratam de representações e usos linguísticos no território alagoano. Para ampliar o
repertório, ao longo da atividade, você pode socializar as sugestões com seus estudantes:
Episódio 26 - Ser a diferença - Aqui o preconseito nãu tem ves, por Júlia
Almeida Bassi.
Disponível em:
https://open.spotify.com/episode/5cZnADgjftjAPagXoIAh4z
A sugestão é trabalhar com uma curadoria sobre as informações apresentadas e o formato de podcasts,
bem como solicitar para observarem as diferenças na fala e as variações presentes nos áudios.
Professor/a, ao longo das atividades propostas, os/as estudantes puderam refletir sobre questões
relacionadas às variações linguísticas com ênfase na oralidade, assim como ampliaram saberes sobre
gêneros textuais como a entrevista ou o podcast, produzindo textos multissemióticos. Agora, a partir
desses saberes e dos apresentados nas demais atividades, os/as estudantes deverão ampliar as discussões
que considerarem mais relevantes e que se traduzam em posicionamento público de combate aos
preconceitos e de defesa dos direitos humanos.
SAIBA MAIS
Professor/a, indicamos vídeos que podem ser trabalhados em sala de aula, caso informem que têm
dificuldade de falar em público, considerando a produção dos podcasts, precisam treinar a oratória.
Para o planejamento do podcast, os estudantes devem ser os protagonistas dessa ação que visa fazer com
que os debates cheguem na comunidade escolar, possibilitando que ocupem o papel de mediadores
socioculturais. Para esse momento de culminância, é possível a integração com outros componentes,
garantindo que as contribuições sobre o tema escolhido sejam agregadas e consistentes para promover um
debate relevante. É estratégica a organização de um roteiro para preparação da gravação. Algumas
temáticas podem ser propostas: preconceito linguístico; expressões racistas/machistas/homofóbicas;
questões identitárias; apropriação cultural; lugar de fala etc.
O trabalho poderá ser desenvolvido pelos mesmos grupos já organizados anteriormente ou da forma como
for mais pertinente para a turma. Ao realizarem a escolha temática, o podcast pode trazer questões
importantes: Qual foi o tema levantado, qual sua relevância? Como ela impacta na comunidade? Quem
são as pessoas envolvidas na busca de soluções? Quais ações podem auxiliar na resolução da questão
levantada? Quais os meios / modos sugeridos para a resolução?
Lembre-se de que é fundamental pensar nas questões que se quer discutir para que o público ouvinte se
sinta contemplado com a maior quantidade possível de informações, que devem sempre estar baseadas
em fontes críveis e confiáveis.
SAIBA MAIS
Professor/a, para apoiar os/as estudantes na produção do podcast, indicamos como material
orientador o Guia para produzir e lançar um Podcast, da Escola de Podcast. Com uma linguagem
simples e objetiva, o manual apresenta em 18 etapas, o passo a passo para produção e
divulgação de podcasts. Esse é um material interessante para ser trabalhado com os/as estudantes.
Após as aulas desenvolvidas ao longo das semanas, para o fechamento dos temas, os/as estudantes devem
gravar seus podcasts. Sugerimos registrar as pesquisas e impressões, mediante apresentação em um
suporte digital. Recomendamos, após a finalização do podcast, a inserção da produção no padlet de
divulgação dos trabalhos. Será importante em todo processo a mediação e a prática da curadoria da
informação (fontes confiáveis e referências bibliográficas).
Ouça previamente com os grupos os podcasts produzidos para verificar se há temas sensíveis relacionados
à comunidade. Depois desse trabalho, é hora de pensar na forma de visibilizar e compartilhar os podcasts,
planejando as formas e os locais de divulgação na escola e junto à comunidade.
Uma forma de divulgação pode ser por meio de vlogs, blogs ou redes sociais. É importante que este
trabalho, que sistematiza os conhecimentos ampliados/aprofundados possam ser compartilhados com a
comunidade. Desta forma, os Eixos Investigação Científica, Processos Criativos e Intervenção e Mediação
Social serão contemplados. O podcast deverá repercutir e promover a mobilização da comunidade, criando
momentos de reflexão que possibilitem gerar impacto social em relação aos temas abordados.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser processual e privilegiar as pesquisas, os registros, os debates e as interações nos
grupos e entre os grupos. Você observou o protagonismo dos estudantes ao discutirem planejarem e
organizarem o podcast, estabelecendo relações entre os usos da língua e na construção de
argumentação consistente, na elaboração dos próprios podcasts, entrevistas, mapas mentais e na
sistematização de todo o processo de planejamento das produções, inclusive em diálogo com outros
componentes. Toda essa jornada potencializou o desenvolvimento das habilidades específicas de
Língua Portuguesa EM13LP01, EM13LP10, EM13LP28, EM13LP34 e EM13LP45, além das habilidades da
área elencadas.
Proporcione uma devolutiva aos/às estudantes, evidenciando como foi a compreensão de todo
processo na utilização das diferentes linguagens, observando os contextos de uso, considerando as
dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas envolvidas e expandindo as formas de produzir
sentidos, ampliando suas possibilidades de explicação, interpretação e intervenção crítica da/na
realidade, sobretudo no universo midiático. Peça também para que se autoavaliem em relação aos
papéis que desempenharam, que reflitam sobre suas participações nos grupos, sobre autonomia,
colaboração, gestão do tempo etc.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 3
INTRODUÇÃO
Professor/a, discuta com a turma as expectativas de aprendizagem no componente, para que estabeleçam
relações com o que vivenciarem nas práticas das demais atividades. Informe aos/às estudantes que irão
produzir um documentário relacionado a questões correspondentes ao seu território, à comunidade na
qual estão inseridos/as. Para tanto, é importante explicitar os objetivos de aprendizagem, deixando claro o
papel protagonista que cada um/a tem. Para a efetiva construção do documentário, as produções e
discussões realizadas nas atividades anteriores deverão ser sistematizadas. Durante o percurso, eles/as
irão assistir documentários feitos por profissionais e por estudantes, discutir temáticas, elaborar sinopses,
argumentos e roteiros. Ficarão responsáveis pela filmagem e edição, lançando mão das estratégias
necessárias para a elaboração de uma produção multissemiótica.
Com o foco em aprofundar conhecimentos que fortaleçam competências e habilidades do RecAL, o desafio
inicial deste percurso se dará por meio da experiência com documentários produzidos por profissionais e
amadores/as. A partir disso, os/as estudantes serão estimulados/as a refletir sobre sua cidade, bairro,
comunidade, o que os/as fará apurar o olhar para seu entorno, desenvolver a criticidade a partir do que
os/as afeta para, então, criar suas próprias produções multissemióticas, a exemplo, o documentário.
Intenciona-se, com a proposta, mobilizar as competências gerais da BNCC 2, 3, 6 e 7; as habilidades dos
Itinerários Formativos associadas às Competências Gerais da BNCC, EMIFCG06 e EMIFCG08; as habilidades
específicas dos Itinerários Formativos associadas aos Eixos Estruturantes EMIFLGG05, EMIFLGG06,
EMIFLGG07 e EMIFLGG09; as competências e habilidades do RecAL próprias da área de linguagens
EM13LGG204, EM13LGG305, EM13LGG603 e EM13LGG703; e as habilidades do componente de Língua
Portuguesa para o Ensino Médio, EM13LP11, EM13LP14, EM13LP15, EM13LP17 e EM13LP18.
IMPORTANTE
HABILIDADE - EM13CHS103
SAIBA MAIS
Falando Sobre:
“Imagem e palavra mantêm uma relação cada vez mais próxima, cada vez mais integrada. Com o
advento de novas tecnologias, com muita facilidade se criam novas imagens, novos layouts, bem como
se divulgam tais criações para uma ampla audiência. Todos os recursos utilizados na construção dos
gêneros textuais exercem uma função retórica na construção de sentidos dos textos. [...]
Representação e imagens não são meramente formas de expressão para divulgação de informações,
ou representações naturais, mas são, acima de tudo, textos especialmente construídos que revelam as
nossas relações com a sociedade e com o que a sociedade representa.”
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
DIONISIO, Ângela Paiva. Gêneros multimodais e multiletramento. In: KARWOSKI, Acir Mário et al
(organizadores). Gêneros textuais: reflexão e ensino. 3.ed. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008, p. 132.
.
“As narrativas digitais são uma forma poderosa de expressar histórias pessoais, diários e relatos de
maneira cativante e envolvente. Através da utilização de recursos multimodais e instrumentos digitais
disponíveis, as pessoas podem dar vida às suas experiências, emoções e pensamentos, integrando
elementos visuais, sonoros e interativos. As narrativas digitais fornecem uma plataforma flexível e
criativa para transmitir a singularidade de cada indivíduo, permitindo a incorporação de fotografias,
vídeos, músicas e outros elementos que enriquecem a narrativa. Esse método possibilita uma conexão
mais profunda com o público, uma vez que as histórias pessoais ganham uma dimensão visual e
emocional que vai além do texto escrito”.
SAIBA MAIS
“o documentário dispõe apenas de uma autonomia parcial no uso de seus procedimentos narrativos e
plásticos, atravessado que é por situações, eventos e condições que nele inscrevem materialmente os
vestígios de um mundo social e histórico (concebido como um feixe de relações intersubjetivamente
construídas, e não simplesmente como um estado de coisas acabado e desprovido de devir)”.
GUIMARÃES, C. 2011. A cena e a inscrição do real. Revista Galáxia, 21:68-79. (p. 72)
Etapa 1: Nesta atividade, a ideia é que se aproximem do gênero documentário, para que possam ser
devidamente repertoriados/as para criarem suas próprias produções audiovisuais. Sugerimos que inicie
exibindo dois vídeos, nos quais o cineasta Eduardo Ramos fala sobre as origens do documentário e sobre a
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
abordagem, linguagem e diferentes formatos utilizados em sua produção. Recomendamos abaixo algumas
perguntas para as quais os/as estudantes devem atentar e tomar notas, a partir do que observarem ao
assistir o material apresentado.
Em um documentário, que é uma produção audiovisual, como ocorre a relação entre o/a autor/a, a obra
e o/a espectador/a?
Qual a importância das entrevistas para a produção do vídeo?
Como deve ser a relação ética entre os/as envolvidos/as no processo?
O papel das pesquisas na elaboração do documentário é fundamental? Por quê?
SAIBA MAIS
Professor/a, é importante que você assista previamente aos vídeos, e proponha outros
questionamentos, se achar necessário, para discutir com a turma.
contar”. Por isso seria interessante possibilitar aos/às estudantes acesso a dois documentários, oriundos de
dinâmicas de produção distintas, para que percebam como essa estruturação pode ocorrer. Sugerimos
alguns, para que possam refletir sobre as questões apontadas anteriormente.
O fim e o princípio. Brasil, 2005. Direção de Eduardo Coutinho. O documentário registra as histórias e a vida
cotidiana dos moradores de São João do Rio do Peixe, na Paraíba. Baseia-se em depoimentos dos
moradores do local, destacando a alegria e a esperança de um povo sofrido, porém imbuído de uma alma
densa e fecunda. Disponível em plataformas de streaming.
A título de curiosidade, há mais informações sobre vida e obra de Eduardo Coutinho, considerado um dos
maiores documentaristas do Brasil e do mundo. A indicação não impede, no entanto, que sejam feitas
pesquisas sobre outros/as profissionais da área cinematográfica e documental, brasileiros/as,
nordestinos/as e/ou alagoanos/as.
SAIBA MAIS
Língua: vidas em português. Brasil, Portugal, 2004. Direção de Victor Lopes. Filmado em seis países
(Brasil, Moçambique, Índia, Portugal, França e Japão), é um mergulho nas muitas histórias da língua
portuguesa, e na sua permanência em diferentes culturas ao longo do planeta. Disponível em:
https://cutt.ly/DHQXCqZ. Acesso: 12 dez. 2023.
Skatepark Rua do Porto. O espírito do lugar. Minidocumentário. Brasil, 2011. Minidocumentário sobre a
pista de skate da Rua do Porto de Piracicaba produzido dentro do projeto transmídia storytelling “O espírito
do lugar”, no qual estudantes de um curso superior são desafiados a escolher um lugar de domínio público
– de caráter histórico e cultural –, e contar sua história a partir de personagens que tenham relações
afetivas com o espaço, em uma narrativa que alterna histórias de vida com a evolução histórica do local.
Disponível em: https://cutt.ly/XHRxrTX.
Acesso em: 13 de dezembro de 2023.
SAIBA MAIS
Professor/a, sugerimos alguns links que podem subsidiar as práticas em sala de aula, no que se refere
ao trabalho com documentários.
Etapa 2: Os temas para os documentários que os/as estudantes irão produzir são de livre escolha e serão
decididos coletivamente nos grupos. É importante oferecer a ampliação do repertório, promovendo
discussões e análises de produções que abordem algumas das temáticas possíveis nas quais eles/as irão
pesquisar e buscar elementos para suas próprias criações. Para tanto, recomenda-se trabalhar com alguns
documentários que tratam de questões relacionadas ao território alagoano. Pode-se dividir os grupos e
realizar a atividade por meio de Sala de aula invertida, nesse formato, eles/as assistem antecipadamente e,
no dia escolhido, trazem suas observações para serem compartilhadas.
Solicite que observem a trilha sonora, as imagens e como as entrevistas são realizadas. É importante que
façam anotações das percepções no intuito de promover discussões posteriormente. Você pode sugerir
alguns questionamentos para refletir com a turma, tais como: Qual o principal assunto tratado no
documentário? Qual o efeito das imagens e da trilha sonora na gravação? Há alguma questão que mais
chamou sua atenção? Como os/as personagens agem diante da câmera?
Após todo esse processo de repertoriar e possibilitar reflexões com os/as estudantes, solicite que
elaborem, em trios ou grupos, um texto sobre questões relacionadas ao tema escolhido. A ideia é que,
valendo-se das discussões e reflexões realizadas até aqui, estruturem uma produção coesa e com
argumentação sólida a partir das percepções que construíram sobre uma questão observada no território,
exercitando a capacidade de argumentação, oralidade e escrita.
SAIBA MAIS
DESENVOLVIMENTO
Chegou o momento de organizar a turma para a efetiva produção de seus documentários. Como já foi
pontuado anteriormente, normalmente a escrita de um documentário parte da delimitação de um tema.
Os/as estudantes foram informados, desde o início, sobre a produção do documentário com temática livre
a partir do recorte sobre o território. Nesse sentido, cabe aqui explicitar qual é a definição de território na
qual nós ancoramos. Santos (2011) aponta que o território não é apenas o conjunto dos sistemas naturais e
de sistemas de coisas superpostas; o território tem que ser entendido como o território usado, não o
território em si. O território usado é o chão mais a identidade. A identidade é o sentimento de pertencer
àquilo que nos pertence. O território é o fundamento do trabalho; o lugar da residência, das trocas
materiais e espirituais e do exercício da vida. (SANTOS, 2011, p. 14). Visto nessa perspectiva, não se trata
apenas de um espaço físico, mas vai além disso; o território integra a cultura, a vida nas comunidades, as
experiências e as questões identitárias que atravessam os sujeitos que vivem e se constituem nos
territórios. Portanto, é preciso que façam um recorte específico sobre o que querem efetivamente
pesquisar, objetivando coletar material necessário para a produção.
Etapa 1: Em uma roda de conversa, solicite a divisão em grupos. Discuta com a turma possíveis sugestões
de questões que gostariam de abordar em suas produções. Anote essas ideias no quadro e estimule
pequenos debates entre eles/as, para discutir as motivações das seleções que fizerem. Questione-os/as
sobre se as escolhas feitas se aproximam de produções audiovisuais já existentes. Lembre-os/as de que
abordar o entorno onde moram, por si só, já é um diferencial. Mas a ideia é que busquem proposições com
um olhar direcionado sobre as questões que irão compor o documentário. A temática pode ser tratada por
meio das histórias de vida dos/as entrevistados/as e dos acontecimentos do entorno que têm potencial
para se tornarem narrativas documentais. Deve-se também definir que tipo de documentário será
produzido, para isso, pode ser feita a leitura do artigo “Quais são os tipos de documentários?”, disponível no
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Blog AVmakers. Nele há o detalhamento de seis tipos ou modos de documentários definidos pelo cineasta e
crítico de cinema Bill Nichols, são eles: modo poético, modo expositivo, modo observativo, modo
participativo, modo reflexivo e modo performático.
É primordial que, em grupos, os/as estudantes já definam os papéis que irão assumir, realizando a divisão
de tarefas. Ou seja, após definirem qual o recorte do tema que irão abordar (comunidade, cultura, história,
costumes, lugares, profissões, pessoas, meio-ambiente, entre outras possibilidades), precisam atentar para
alguns questionamentos iniciais: Como serão realizadas as pesquisas? Em quais locais? Quem ficará
responsável pela coleta de dados? Haverá entrevistas? Quem ficará responsável por contatar os/as
entrevistados/as? Onde serão as locações? Quem será responsável por visitá-las antecipadamente?
Essas questões referem-se à fase inicial do processo de curadoria que deverá ser realizado. Lembre-os/as
de que sempre devem buscar fontes confiáveis e fazer corretamente as referências dos materiais que
utilizarem. Esse é um ponto muito importante para discutir com a turma, para que não tenham problemas
posteriormente ao divulgarem suas produções. A seguir, indicamos um vídeo que trata da questão dos
direitos autorais. São duas versões do mesmo material. Nas duas produções há a presença do intérprete de
Libras; na segunda versão há, também, o uso de audiodescrição. Peça que tomem notas das observações
feitas, e já pensem se, no documentário que irão produzir, farão uso desses recursos.
Domínio público.
Disponível em:
https://cutt.ly/tHTY15M
Converse sobre duas formas de uso permitido de material sem a necessidade de autorização ou cessão
prévia de direitos. O primeiro caso é o das obras que entram em domínio público. No Brasil, isso ocorre
após setenta anos contados a partir do dia primeiro de janeiro do ano seguinte ao falecimento do/a
autor/a. Por exemplo, o escritor Monteiro Lobato faleceu em 4 de julho de 1948. Setenta anos após o dia
primeiro de janeiro de 1949, suas obras entraram em domínio público, ou seja, em 2019. Isso é válido para
fotografias, músicas e livros. A única necessidade é a de citar a fonte. Sugerimos que a página seja aberta
em sala, com uso de tv ou Datashow, e sejam feitas algumas pesquisas, para que os/as estudantes se
familiarizem com o site.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Outra possibilidade que requer maior atenção, é quando os/as autores/as permitem o compartilhamento
de suas obras de forma gratuita em bases de dados de acesso público, sempre, obviamente, citando a
autoria. Para isso, utilizam o modelo de licença conhecido como “Creative Commons”. Sugerimos que
naveguem no site, observando os tipos de licença existentes, e como identificar, nas pesquisas que
realizarem, os materiais disponibilizados dessa forma.
Quanto ao uso de trilha sonora, é importante que pesquisem o material que possam utilizar e incorporar
em suas produções, reiteramos, em fontes confiáveis. No link sugerido a seguir, eles/as podem encontrar
vários estilos musicais livres de direitos autorais. Indicamos também um vídeo sobre o poder da trilha
sonora que será oportuno assistir com a turma.
SAIBA MAIS
O trabalho com entrevistas sempre enriquece as produções em vídeo. Para fomentar essa discussão,
indicamos o documentário “Human – Humano uma viagem pela vida”, que traz depoimentos de pessoas de
todo o mundo, contando suas histórias de vida. A ideia é exprimir a experiência humana de várias formas
possíveis. Selecione trechos com depoimentos que considere pertinentes trazer para a sala de aula e
proponha a discussão com eles/as de como as entrevistas e as histórias possibilitam reflexões e auxiliam a
contar a narrativa que o documentário se propõe a fazer. Há depoimentos imbuídos de muita dor e
sofrimento, e outros que explodem em alegria e beleza. O filme é livre de direitos autorais, traz imagens
belíssimas e depoimentos extremamente impactantes.
SAIBA MAIS
Sugerimos algumas entrevistas que podem promover o debate com os/as estudantes em uma roda de
conversa. Elas trazem reflexões acerca das escolhas de vida de seus/suas entrevistados/as. Peça que
anotem o que consideraram mais relevante e quais foram as possíveis perguntas feitas, considerando as
respostas dadas.
Quando Maria chegou ao assentamento no qual vive hoje, ela não tinha nada, estava com fome e
desamparada. Mas eles a auxiliaram. Ela começou a trabalhar, a colher feijão, milho... Atualmente ela tem
seu pedaço de terra, sua casinha, sua alma. Ela até mesmo faz curso para aprender a ler e escrever. Ela é
simplesmente feliz.
José Mujica, apelidado de Pepe Mujica, foi presidente do Uruguai de 2010 a 2015. Entre os anos 60- 70, foi
preso como refém pela ditadura entre 1973 e 1985. Ele prega uma filosofia de vida em torno da sobriedade:
aprender a viver com o que é necessário e o que é justo.
Um dia, quando ela era pequena, Luísa Sidnea viu uma mulher sozinha atrás do volante de um carro.
Naquele dia, ela quis se tornar como aquela mulher: livre e independente. Foi assim que ela escolheu
pescar, jogar capoeira, futebol, subir em coqueiros..., mesmo que muitos à sua volta pensem que uma
mulher não seja capaz de fazer estas coisas.
Nascida em 1933, Francine Christophe foi deportada com sua mãe para o campo de concentração de
Bergen-Belsen em 1944. Liberada no ano seguinte, ela nunca mais parou, desde então, de dividir suas
experiências e lembranças, sobretudo com as gerações mais jovens.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
A famosa atriz de Hollywood, Cameron Diaz, também concedeu uma entrevista ao projeto Human. Ela
evoca o que representa o seu trabalho de atriz, bem como as lembranças emocionantes que traz sobre a
perda do seu pai.
Etapa 2: Após o contato com esses depoimentos marcantes, sugerimos que os/as estudantes façam
algumas entrevistas teste. Em trios, peça que escolham um tema sobre o qual gostariam de conversar com
alguém, nesse momento também devem criar uma lista de perguntas que podem ser utilizadas durante a
entrevista. Para essa entrevista, devem preferencialmente escolher um membro da comunidade ou mesmo
da própria escola. Um/a professor/a, estudante ou funcionário/a. A ideia é que façam a filmagem teste,
editem e compartilhem com a turma. Se o tema escolhido for relacionado ao que irão produzir, a entrevista
já poderá entrar no material do documentário quando ele for concluído. Não há um limite para a duração
da entrevista, mas é importante que tenham em mente um tempo relativamente curto.
As equipes precisarão decidir qual tipo de entrevista desejam realizar. Há três possibilidades, mais comuns,
de conduzir uma entrevista. Uma delas é apresentar apenas as respostas de quem está sendo
entrevistado/a. Ou seja, o/a entrevistador/a não grava sua pergunta, mas apenas a resposta dada. Outra
possibilidade é que o/a entrevistador/a apareça em interação com o/a entrevistado/a, ou ainda que ele/a
não apareça, mas seja possível ouvir sua voz. No caso de documentários, normalmente o/a entrevistado/a
foca o olhar para o/a entrevistador/a, e não para a lente da câmera. Esse uso dá mais naturalidade ao
material. As equipes devem distribuir as tarefas para a elaboração dos vídeos. Lembre-os/as de que é
necessário criar um roteiro simples do vídeo que irão produzir. Eles devem atentar para algumas questões
na elaboração, tais como a seleção do material que irão utilizar, a descrição das cenas e o que será
mostrado nelas, a indicação da trilha e dos efeitos sonoros que serão utilizados, notas para a edição (como
os cortes serão realizados, por exemplo), se haverá legendas etc. Esse material deve servir como guia no
momento de produção efetiva.
É o momento também para que treinem alguns conceitos básicos para as filmagens, como o de planos.
Nesse sentido, eles farão a filmagem teste utilizando seus smartphones, revezando a ideia de planos e
ângulos. Para tanto, solicite que pesquisem esses termos, com seus desdobramentos. Esse exercício irá
auxiliá-los/las na realização de suas entrevistas, e de todo o processo de filmagem. De forma bem
resumida, o Enquadramento define o que estará na cena, para isso, utiliza-se de planos e ângulos. Plano
é a distância entre a câmera e o objeto filmado. Ângulo é a forma como a câmera está posicionada. Para
exemplificar, podem ser retomados os documentários já utilizados (há várias opções nas seções de “Saiba
Mais” ao longo dessa atividade) nos quais apareçam as entrevistas, para que analisem as escolhas feitas
pelo/a diretor/a, considerando a forma de conduzir os/as entrevistados/as e os planos e ângulos utilizados.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Professor/a, solicite aos/às estudantes que compartilhem o resultado de suas filmagens. É importante que
tenham esse momento de exposição dialogada, no qual um dos membros do trio, ou todos/as eles/as,
apresentem o material, ou parte dele, para a turma. Peça que relatem como foi o processo de produção, o
porquê da escolha do/a entrevistado/a, e a relevância do fragmento da entrevista que estão
compartilhando. Esse movimento proporciona a reflexão sobre a própria aprendizagem, em um exercício
de metacognição, pensando no princípio do aprender a aprender.
Sugerimos um modelo de quadro que deve ser preenchido pensando no planejamento dos documentários.
No quadro, devem relacionar as etapas, quem serão os/as responsáveis por elas, quando serão realizadas,
e, por fim, no status, marcarão os processos já finalizados. No processo de pesquisa, todos/as deverão
participar.
DOCUMENTÁRIO
Realização da
pesquisa prévia
Projeto escrito
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Verificação dos
equipamentos para
a filmagem
(smartphones,
PRÉ-PRODUÇÃO
câmeras,
microfones etc.)
Detalhamento da
pesquisa para
melhorar o projeto
escrito
PRODUÇÃO Filmagens
Organização do
material filmado
Finalização
AVALIAÇÃO
Etapa 3: Os/as estudantes irão sistematizar todo o material que já criaram, selecionando o que pretendem
utilizar em seus documentários. Devem, também, dedicar-se às pesquisas, considerando já terem um
recorte específico do que pretendem desenvolver em suas produções. Para esse momento inicial,
sugerimos que sejam exibidos dois documentários produzidos por estudantes da mesma faixa etária
deles/as, para que percebam a possibilidade efetiva de realização.
O vídeo indicado a seguir, foi um dos vencedores da categoria documentário da Olimpíada de Língua
Portuguesa de 2019. A ideia é que percebam como jovens de outras comunidades tratam das relações
ambientais em seu entorno, e, nesse caso específico, com o acontece o manejo e uso adequado da água.
O vídeo indicado a seguir foi produção fruto do trabalho de coletivo numa eletiva de audiovisual numa
escola de ensino médio pALei. O documentário recebeu o prêmio de melhor filme Teen na Mostra de
Documentário no 8º Celucine em 2019. Destaca-se que o objetivo com a exibição é perceber o olhar dos/as
jovens para as questões sociais da comunidade no seu entorno e as pessoas que vivem nela.
Caminhando e Cantando.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=uQ5N9mioijo
É fundamental que priorizem a pesquisa in loco, ou seja, por meio da observação do real, pensando em
intervenções. As cores, os sons e as pessoas que cercam a comunidade em que vivem devem nortear as
escolhas que fizeram. De acordo com as escolhas feitas, os/as estudantes devem realizar a pesquisa de
fontes, ou seja, filmes, livros, vídeos da internet, reportagens, artigos científicos etc. Também precisam
realizar a pesquisa de imagens e sons de arquivo e, por fim, fotografias, documentos, vídeos e filmes que
estejam relacionados com o recorte temático que selecionaram para a realização do documentário.
SAIBA MAIS
Professor/a, os estudantes tiveram contato com vários exemplos de documentários. Agora devem
efetivamente realizar a fase da produção escrita, considerando que já finalizaram as escolhas dos recortes
temáticos que utilizarão. Deverão, portanto, escrever a sinopse, o argumento e o roteiro de suas
produções. Para tanto, é fundamental que tenham contato com bons exemplos dessas produções. Uma
sinopse sempre responde a algumas perguntas básicas, e sua principal função é informar ao/à
espectador/a o que efetivamente ele/a irá assistir. Deve responder aos seguintes questionamentos: o quê?
/ quem? / como? / onde?
É essencial que tenham contato com alguns exemplos de sinopse, como a indicada a seguir, produção
de um documentário alagoano.
Admirável Mundo Destro. Gênero: Documentário. Direção: Luiza Leal, Roteiro: Acássia Deliê e Luiza Leal,
Produção: Acássia Deliê. Duração: 25 minutos. Lançamento: 2018. Produção: Maceió. Classificação
indicativa: LIVRE.
SINOPSE
Em um mundo planejado para pessoas destras, a minoria canhota experimenta a vida ao contrário. O
documentário visita cidades no Brasil e na Europa para mostrar o cotidiano em comum de quem nasceu à
esquerda da sociedade e refletir sobre como o lado esquerdo tem sido associado ao mal na história da
humanidade.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Sugerimos que pesquisem outras sinopses de filmes que tenham assistido, verificando se elas realmente
respondem a essas questões básicas. Lembre-os/as de que a sinopse deve ser curta e sucinta, porém,
atrativa para os/as leitores/as, e que também poderá ser revista ao fim das filmagens, e readequada, se
houver necessidade.
Após a escrita da sinopse, devem elaborar o argumento. Na linguagem do audiovisual, argumento é o nome
dado ao texto que traz informações mais detalhadas sobre a produção. Deve ser uma descrição sequencial
do filme, escrito no presente e na 3ª pessoa. Nele, as intenções e motivações de quem irá realizar o
documentário devem ficar claras. Deve responder aos seguintes questionamentos: o que / por quê / quem
/ como / onde / quando, de forma mais aprofundada que na sinopse, com reflexões sobre as
possibilidades do que pode ser filmado.
Algumas questões apresentadas podem auxiliar na escrita, tais como: As entrevistas realizadas serão
apresentadas de que forma? Onde serão feitas as filmagens, haverá narração em off? Como será o
tratamento sonoro? Dentre outras que você considerar pertinentes. A ideia é que, ao ler o argumento,
tenhamos clareza de como será a apresentação do vídeo.
Finalmente, após essas etapas, os/as estudantes deverão elaborar o roteiro de seus vídeos, ou seja, devem
organizar em cenas as imagens e sons na construção do vídeo, de acordo com as ideias que foram
concebidas e apresentadas no argumento. Professor/a, esse é o momento de os/as estudantes pensarem
no objetivo de cada cena que desejam criar para compor seus vídeos. Alguns questionamentos podem
orientar as reflexões e escolhas do grupo, tais como: Como será a introdução, haverá uma vinheta de
abertura? Como será a trilha sonora? Quais sensações podemos provocar no espectador com as escolhas
feitas para a trilha sonora? Haverá intérprete de Libras? Haverá legendas e audiodescrição? Serão usadas
imagens e fotos de pessoas ou locais?
SAIBA MAIS
Indicamos alguns sites que trazem informações que podem auxiliá-lo no planejamento de suas ações
em sala de aula.
Retome com as equipes algumas questões fundamentais relacionadas às etapas de produção, e sobretudo
como vai o andamento da produção, tais como: Quem ficou responsável pela pesquisa de dados, como e
onde estão sendo realizadas? Como está a etapa das entrevistas? Quem ficou responsável por
indicar/selecionar /visitar possíveis locais de filmagem?
Discuta com os/as estudantes as etapas no processo de elaboração do documentário. É fundamental que
sistematizem todo o processo até o momento, mesmo que a pesquisa e a pré-produção possam já estar
concluídas. Os/as estudantes devem selecionar o que irão utilizar, de acordo com a pertinência do material
para as escolhas que realizaram em suas investigações e planejamento. Sugerimos que retome com eles/as
o quadro indicado anteriormente, referente ao cronograma das etapas, para que verifiquem o andamento
das suas produções. Devem iniciar o processo efetivo de filmagens, considerando que as etapas de
pesquisa e pré-produção já foram contempladas nesse momento.
AVALIAÇÃO
SISTEMATIZAÇÃO
Professor/a, os/as estudantes deverão agora concluir as etapas de produção, caso ainda não tenham
finalizado a fase de filmagens e pós-produção, focados na edição e finalização de suas produções, bem
como em pensar em formas de divulgação. É importante que retornem aos registros efetuados até o
momento. Para a efetiva realização das filmagens, é fundamental que a turma converse com a gestão
escolar, para a organização de tempos e espaços necessários para a realização das atividades.
SAIBA MAIS
Professor/a, essas aulas devem ser dedicadas à finalização do documentário, à organização do material,
processo conhecido como decupagem, que é a efetiva edição do material. Ao longo do componente, várias
sugestões foram feitas sobre possibilidades de filmagem e edição do material. Você também pode
comentar com eles/as se pretendem montar um making of, ou seja, cenas de bastidores e dos processos de
construção de materiais podem ser acrescentados ao documentário, como cenas pós-créditos, ou ainda
como alguns minutos mesmo de making of.
Agora os/as estudantes devem promover o compartilhamento de suas produções, de acordo com o modelo
que selecionaram para isso. Divulgar o trabalho é um exercício da cidadania e do protagonismo, que deve
ser valorizado e enfatizado neste momento.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser processual e privilegiar as pesquisas, os registros, os debates e as interações nos
grupos e entre os grupos. Você observou o protagonismo dos/as estudantes ao discutirem e
organizarem a produção dos documentários, na elaboração das entrevistas e vídeos, e na
sistematização de todo o processo de planejamento das produções, em diálogo com as demais
atividades. Toda essa jornada potencializou o desenvolvimento das habilidades específicas de Língua
Portuguesa EM13LP01, EM13LP17, EM13LP18, EM13LP23, EM13LP25, EM13LP28, EM13LP29, EM13LP34
e EM13LP45, além das habilidades da área elencadas.
Dê feedbacks sobre a evolução deles/as durante o componente, evidenciando como foi a compreensão
de todo o processo na utilização das diferentes linguagens, observando os contextos de uso,
considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas envolvidas, e expandindo as
formas de produzir sentidos, ampliando suas possibilidades de explicação, interpretação e intervenção
crítica da/na realidade. Peça, também, para que se auto avaliem em relação aos papéis que
desempenharam, que reflitam sobre suas participações nos grupos, sobre autonomia, colaboração,
gestão do tempo etc. Converse com as equipes para alinhar possíveis sugestões que foram discutidas
em outras aulas dessa turma, considerando que a elaboração do documentário foi sinalizada em todas
as atividades.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 4
INTRODUÇÃO
Professor/a, nesta atividade os/as estudantes terão a oportunidade de explorar produções audiovisuais
alagoanas à vista das temáticas abordadas, das narrativas desenvolvidas, das personagens e,
principalmente, das diferentes representações que estão contidas nas narrativas. Nesse sentido, espera-se
que os/as estudantes ampliem seus conhecimentos e olhares com relação à maneira como essas
produções tratam de assuntos que envolvem questões importantes do território alagoano, como o
combate a preconceitos e estereótipos, promoção da diversidade e representatividade, entre outros
aspectos que dizem respeito à sociedade e ao mundo globalizado, de um modo geral. Intenta-se, com a
proposta, mobilizar as competências gerais da BNCC 1, 3, 6 e 7; as habilidades dos Itinerários Formativos
associadas às Competências Gerais da BNCC, EMIFCG01 e EMIFCG04; as habilidades específicas dos
Itinerários Formativos associadas aos Eixos Estruturantes EMIFLGG02 e EMIFLGG04; as competências e
habilidades do RecAL próprias da área de linguagens EM13LGG101, EM13LGG103, EM13LGG301,
EM13LGG602, EM13LGG603 e EM13LGG703; e as habilidades do componente de Língua Portuguesa para o
Ensino Médio, EM13LP11, EM13LP15, EM13LP20, EM13LP21, EM13LP32, EM13LP47, EM13LP51 e EM13LP53.
Sendo assim, para iniciar as considerações sobre as práticas dessa primeira etapa da atividade, converse
com os/as estudantes a respeito do que conhecem sobre as produções audiovisuais alagoanas. É esperado,
no entanto, que muitos/as deles/as não tenham esse contato com produções locais ou ainda não tenham
atentado para origem do que assistem. É justamente desse ponto que se pretende partir. Para apoiar esse
momento de sondagem, dentre as possibilidades de questionamentos, estão: Conhecem produções
audiovisuais alagoanas? Se sim, de que forma acessa essas produções? Você lembra de curtas-metragens,
filmes ou novelas que retratam algum aspecto da cultura local? Conhecem produções audiovisuais que
trazem representações de cenários e paisagens alagoanas? O que mais chamou atenção nessas produções
(temática, história, elenco, cenário)? Qual a repercussão na mídia sobre essas produções? Você já teve
alguma experiência com produção audiovisual? Se sim, como foi essa experiência? Sobre qual temática?
Em que contexto se deu essa produção? Tem interesse em participar de produções audiovisuais? Qual
função gostaria de exercer numa produção
SAIBA MAIS
Realizados esses questionamentos iniciais, proponha aos/às estudantes que se dividam em grupos. Logo,
apresente quais serão os focos das pesquisas a serem realizadas. Tendo em vista as possibilidades de
produções existentes, conhecidas ou desconhecidas, solicite que façam um levantamento de produções
audiovisuais alagoanas ou que retratem aspectos locais do Estado.
SAIBA MAIS
Professor/a, para apoiar esse momento de pesquisa por parte da turma, a seguir encontra-se uma
seleção indicando alguns sites que tratam da produção audiovisual no território alagoano. Os/as
estudantes podem utilizar essas ou outras indicações de pesquisas de curtas e longas metragens para
desenvolver atividades de investigação e curadoria:
Cinema Alagoano.
Disponível em:
https://filmow.com/listas/cinema-alagoano-l149169/
Festival Alagoanes
Disponível em:
https://www.festivalalagoanes.com.br/filmes/
Depois de realizado o levantamento, solicite a cada grupo que pesquise e escolha uma das produções para
assistir e para que seja objeto de suas investigações. Assim, considerando a necessidade de uma curadoria
mais detalhada por parte dos/as estudantes, promova um momento com a turma para que, coletivamente,
sejam acordados quais serão as principais informações a serem coletadas a respeito dessas produções.
Entre as informações que podem constar nos registros das pesquisas, estão:
Título;
Ficha técnica;
Gênero da produção;
Temática central;
Temáticas secundárias;
Abordagens transversais;
Personagens;
Elenco;
Sinopse;
Enredo;
Espaços retratados;
Aspectos sonoros/musicais;
Logo após os combinados, conversem sobre a importância de que os registros das pesquisas sejam feitos
em um espaço acessível a todos os membros dos grupos. Caso possível, pode-se considerar um espaço
digital, como um drive ou outra plataforma digital, no qual, de maneira síncrona e/ou assíncrona, os/as
estudantes possam inserir as informações obtidas.
Com relação às produções a serem assistidas, por se tratarem de obras que talvez não estejam acessíveis
e/ou por possuírem uma classificação indicativa que não condiz com a faixa etária média dos/as
estudantes, não há a necessidade de serem apreciados na íntegra. Nesse caso, é recomendado que as
análises sejam realizadas por meio de pesquisas em fontes variadas, que apresentem perspectivas e
concepções a respeito das obras, como vídeos, artigos, críticas, programas jornalísticos, podcasts, entre
outras referências.
SAIBA MAIS
Professor/a, pode ser oportuno compartilhar orientações sobre como funciona a classificação indicativa
de produções audiovisuais no Brasil:
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Tendo em vista a necessidade de apoiar os/as estudantes para a realização das pesquisas, sugere-se que
você, juntamente com sua equipe gestora, verifiquem a possibilidade de acesso dos/as estudantes a
computadores ou tablets com conexão à internet para assistir às produções escolhidas. Caso nenhuma
dessas opções seja viável dentro do espaço escolar, você pode pedir que realizem essa pesquisa fazendo
uso de seus próprios smartphones, ou em um momento assíncrono.
Finalizadas as pesquisas por parte dos grupos, promova um momento para que eles compartilhem com os
demais membros da turma as informações coletadas. De modo a dinamizar a prática, pode-se considerar
uma roda de conversa na qual todos os participantes da atividade tenham a oportunidade de participar.
Ademais, com vistas de promover a reflexão por parte dos/as estudantes, esse momento de trocas se
mostra propício para que sejam feitos alguns questionamentos, como: O que mais chamou a atenção de
vocês com relação à produção analisada? Todos os componentes do grupo tiveram acesso à produção?
Atualmente, qual é a relevância da temática da produção? O que mais chama atenção na produção? A
produção é conhecida no Estado? Em que locais (físicos ou digitais) foi exibida? Quais elementos locais
ficaram evidenciados na produção? Se tem notícia de alguma premiação? Há comentários avaliando a
produção? O que os componentes do grupo pensam a respeito disso?
A partir dessas perguntas, espera-se que os/as estudantes ampliem seus olhares com relação ao alcance e
relevância das produções investigadas, não somente para a indústria audiovisual nacional, mas, também,
no quanto elas influenciam e promovem a cultura do Estado de Alagoas, seja por meio das representações
de suas paisagens, do seu povo, dos seus costumes e das suas manifestações
AVALIAÇÃO
Professor, enquanto estão acontecendo as pesquisas por parte dos estudantes, você pode realizar
avaliações processuais, individuais e coletivas da turma. Nesse sentido, pode-se observar, por exemplo,
o quanto eles estão engajados nas investigações, nutrem-se de fontes confiáveis e recursos disponíveis,
a maneira como relacionam-se entre si, assim como outros pontos que você julgar importantes para
compor a sua avaliação.
Professor/a, nesse momento da Atividade 2, os/as estudantes, ainda em grupos, vão retomar as
informações coletadas, a partir de suas pesquisas, e farão a exploração dos diferentes aspectos envolvendo
não só as produções, mas tendo como enfoque das análises a questão da representatividade e da
diversidade (de narrativas, de personagens e de temáticas) no cenário audiovisual alagoano.
Nesse sentido, para iniciar essa etapa, promova um momento no qual você possa apresentar a proposta da
atividade. De modo a organizar as pesquisas e as análises por parte dos grupos, é importante que sejam
feitos recortes e combinados quanto ao que será investigado. Cabe ressaltar que, a depender dos objetivos
para o componente e a importância do desenvolvimento das habilidades linguísticas no que diz respeito à
Língua Inglesa, há possibilidade que os registros das pesquisas por parte dos/as estudantes sejam feitos de
maneira bilíngue (português-inglês/ inglês-português/português-espanhol/espanhol-português).
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
SAIBA MAIS
Professor/a, para apoiar os/as estudantes em suas escolhas com relação a quais aplicativos e/ou
plataformas podem ser eleitos para apoiar no registro e na interação entre os membros dos grupos, a
seguir encontra-se uma referência indicando algumas ferramentas online que poderiam ser
selecionadas:
Depois de realizadas as pesquisas por parte dos grupos, será o momento de iniciarem as análises. Como
podem ser escolhidas produções diferentes, apesar de haver pontos comuns a serem examinados,
envolvendo questões como diversidade e representatividade, é importante que os/as estudantes estudem
as produções audiovisuais pesquisadas sob perspectivas diferentes. Assim, antes de iniciarem de fato as
análises, mobilize um momento no qual vocês possam, em conjunto, determinar quais seriam as principais
questões a serem observadas com relação aos nomeados/vencedores em cada uma das categorias. Logo,
em face dos questionamentos que podem balizar os estudos, pode-se considerar, por exemplo:
FICHA DE INVESTIGAÇÃO
Ao longo da realização das análises, você pode conversar com cada grupo, separadamente, visando não só
à avaliação da participação e das ações individuais e coletivas dos/as estudantes, como também inteirar-se
no que diz respeito ao repertório que possuem com relação ao universo da produção audiovisual, de um
modo geral, e das produções locais, do Estado. Tal observação o ajudará a entender melhor os
conhecimentos sobre os gostos e preferências da turma e, por conseguinte, o apoiará em sua avaliação e
mediação nesta e nas demais atividades.
Professor/a, nesse momento da Atividade 2, os/as estudantes terão a oportunidade de apresentar o
resultado de suas análises, assim como realizar um World Café, ocasião em que poderão conversar de
maneira mais dinâmica a respeito de suas pesquisas e análises, além de trocar opiniões sobre questões
importantes envolvendo o universo do cinema contemporâneo e suas tendências, influências e importância
para a promoção da diversidade e da representatividade de diferentes pessoas, etnias, gêneros,
sociedades, comunidades e culturas do Estado de Alagoas.
Assim sendo, para dar início às apresentações, promova um momento em que todos os grupos possam
participar, expondo o resultado de suas pesquisas e compartilhando suas opiniões e análises sobre as
premiações e seus respectivos vencedores. Para apoiar esse momento de exposição e interação, solicite
que os/as estudantes elaborem questionamentos que gostariam de fazer a seus/suas colegas, baseados na
ficha de investigação que utilizaram ou outros questionamentos que aguçaram a curiosidade dos membros
do grupo ao longo da investigação.
A seguir, após a realização das apresentações, é chegado o momento de organizar o World Café. Diante
disso, por se tratar de uma metodologia mais dinâmica, na qual todos os/as envolvidos/as terão a
oportunidade de participar e de colaborar de modo criativo, autônomo e espontâneo, converse com os/as
estudantes sobre a importância de manter um diálogo respeitoso e ético.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
SAIBA MAIS
Professor/a, para apoiar o entendimento a respeito de como se organiza e se desenvolve uma prática a
partir da metodologia World Café, sugere-se o seguinte vídeo para apreciação:
Para dar andamento à atividade, solicite que os/as estudantes se reorganizem, formando, agora,
agrupamentos com outros/as colegas. Logo, de maneira coletiva, vocês deverão escolher qual será a
pergunta norteadora das discussões em cada uma das mesas. Vale ressaltar que ficará a critério dos/as
participantes se haverá somente uma pergunta para que seja discutida, ou se cada mesa terá um
questionamento diferente a respeito do tema.
Diante das possibilidades de tópicos que podem servir como início para as discussões, pode-se considerar:
De que forma é possível promover uma produção audiovisual local mais crítica e inclusiva? Por que
determinadas produções alagoanas que tratam de temas tão significativos para a nossa sociedade não
possuem ainda o reconhecimento por parte da crítica, da grande parte do público e das premiações, de
um modo geral? Como espectadores, como podemos contribuir para que as produções de cinema
apresentem narrativas mais inclusivas e diversas? Como é possível ajudar na divulgação das produções
audiovisuais alagoanas que conhecemos e que apresentam personagens/temáticas/narrativas que
promovem a diversidade e ajudam a combater preconceitos e a disseminação de estereótipos?
Por se tratar de uma ação na qual todos/as os/as participantes devem contribuir com os seus
conhecimentos a respeito de determinado assunto, os/as estudantes devem estar cientes de que precisam
evitar serem prolixos ou superficiais nas discussões. Sendo assim, oriente-os/as quanto à necessidade de
participarem ativamente da prática, além de fazerem registros das conversas, contribuindo com seus
pontos de vista sobre as questões que forem colocadas. O objetivo de todos/as deve estar voltado para a
construção conjunta de saberes.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Ao final da atividade, à vista dos registros que foram feitos a partir das conversas, promova um momento
no qual possa haver uma reflexão individual e conjunta sobre os assuntos, as colocações e as
aprendizagens desenvolvidas e alcançadas.
AVALIAÇÃO
Professor, esse momento de compartilhamento de opiniões e análises se mostra muito propício para
avaliar como se deram as pesquisas e, consequentemente, as análises individuais e coletivas realizadas
pelos grupos. Por isso, durante as apresentações, é importante que você faça a mediação por meio de
perguntas e de intervenções que possam colaborar com a dinâmica da exposição, o que também
contribuirá com suas considerações no que concerne às aprendizagens que foram desenvolvidas até
então.
DESENVOLVIMENTO
Professor/a, nesta etapa da atividade do componente, os/as estudantes terão oportunidades de analisar as
diferentes influências que a música alagoana na vida das pessoas, verificando e reconhecendo aspectos
sociais e culturais promovidos por ela, assim como aqueles relacionados às diferentes formas de
expressões culturais, artísticas e linguísticas que contribuem para valorização do território do Estado de
Alagoas e do seu povo.
Dessa forma, para iniciar a atividade e contextualizar os/as estudantes, apresente a temática que estará no
foco de seus estudos: o cenário musical alagoano. Para início de conversa, organize um momento para que
possam dialogar sobre seus gostos musicais pessoais, compartilhando os gêneros e estilos que mais
gostam, os artistas solo, as duplas, as bandas, entre outras formações. Como sugestão para esse momento,
você pode pedir que os/as estudantes se organizem em pequenos grupos e elaborem breves momentos de
apreciação de suas playlists pessoais, por exemplo.
De modo a auxiliar os momentos seguintes dessa atividade, quando serão desafiados/as a investigar os
diferentes gêneros, ritmos e estilos musicais e suas influências, peça que os/as estudantes realizem uma
listagem de todos os gêneros que surgirem durante esse momento de apreciação das playlists. Se algum/a
estudante não tiver acesso a nenhuma plataforma de streaming com uma playlist que possa ser
compartilhada com os/as colegas, solicite que ele/a escreva uma lista das canções e artistas que mais gosta
e apresente os estilos e gêneros aos seus/suas colegas. Ademais, pode-se também sugerir que algum/a
colega do grupo, que possua acesso à streamings ou à internet, pesquise as canções em seu smartphone e
apoie-o/a em sua apresentação.
SAIBA MAIS
Professor, o site a seguir apresenta algumas informações sobre o conceito de gênero musical. Pode ser
oportuno fazer essa abordagem com os/as estudantes para ajudá-los na classificação das músicas
selecionadas.
Finalizada essa etapa inicial de apreciação, organize um momento para que você possa conversar com
seus/suas estudantes e questioná-los/as com relação à temática da atividade, mobilizando reflexões que
os/as levem a perceber a música enquanto veículo expressivo capaz de promover ideais, culturas,
sentimentos, reflexões sociais e emocionais, entre diversos outros discursos e objetos que podem,
inclusive, revelar-se e transpor na maneira como as pessoas se expressam. Isto posto, para esse momento
de reflexão, prepare com antecedência algumas questões norteadoras, tais como: Durante a apreciação
das playlists de seus/suas colegas, houve algum artista, gênero ou estilo em comum? Se sim, quais? Os
gêneros musicais e estilos que você e seus/suas colegas mais ouvem são de origem local, nacional ou
internacional? Quanto aos/às artistas, algum/a desses/as é alagoano/a ou de outros lugares? Sobre o que
tratam suas canções que você curte? Os/as artistas desse gênero ou estilo possuem um jeito de se vestir
específico? E os/as fãs, também apresentam formas características de se vestir? Se sim, como são essas
roupas? Além das roupas, há também expressões por meio de maquiagens/acessórios que sejam
características dos/as fãs desses artistas e/ou gênero e estilo musical?
À vista da necessidade de fazer registros das conversas, solicite que os/as estudantes elaborem pequenas
anotações das ideias e das observações que surgirem e que considerarem interessantes. Após essa
conversa inicial com os/as estudantes, por meio da qual você poderá perceber os conhecimentos prévios e
repertórios que eles/as possuem de diferentes gêneros, ritmos e estilos musicais, selecione para apreciação
coletiva uma reportagem, artigo de revista, matéria de jornal, podcast, ou outro tipo de produção
multimodal, que apresente informações sobre manifestações culturais típicas do Estado de Alagoas
permeadas, de diferentes formas, pela música e pelos ritmos tradicionais e próprios do seu território. Esse
momento é importante para que eles/as possam refletir se possuem ou como se relacionam com essas
manifestações locais. Considerando as investigações que serão realizadas pelos/as estudantes, em sua
seleção de produções para a apreciação conjunta, é importante abordar alguns assuntos e tópicos
importantes, como: os contextos históricos dos gêneros, ritmos e/ou estilos musicais, principais
representantes no Estado, na região, relatos de fãs sobre a influência do gênero e estilo musical em suas
vidas, curiosidades, entre outras questões que estejam relacionadas com o conteúdo que será investigado.
SAIBA MAIS
Folguedos.
Disponível em:
https://www.projetopalcoaberto.com.br/folguedos#:~:text=O%20mais%20con
hecido%20e%20difundido,de%20%C3%A9pocas%20e%20estilos%20variados
Finalizado esse momento, converse com os/as estudantes sobre as considerações que fizeram,
comentando sobre pontos que conseguiram identificar. Após essa conversa, solicite que, em seus grupos
de trabalho, os/as estudantes selecionem um gênero, ritmo e/ou estilo musical (Hip Hop, R&B, Pop, Rock,
Country, Funk, Eletrônico, Rap, Reggae, MPB, Samba, K-Pop, etc.) para realizar uma curadoria voltada para a
investigação de como o gênero/ritmo/estilo escolhido influencia e influenciou a vida das pessoas. Assim
sendo, de modo a padronizar as investigações dos/as estudantes, sugere-se que sejam acordados alguns
tópicos e/ou questões que conduzam os/as estudantes na busca por respostas. Logo, pode-se considerar,
por exemplo, alguns tópicos e perguntas como:
Contexto histórico: Quando surgiu o gênero e/ou estilo musical? Quem são, ou foram, seus/suas
principais representantes no Estado e sua região?
Influências em outras áreas do campo artístico-literário: O gênero e/ou estilo musical influenciou a
moda de seus fãs? Os/as artistas tiveram influência na veiculação de estilos de dança? Os/as artistas
adaptaram poemas, prosas ou outros tipos de textos literários em suas composições?
Comunidades: O gênero e/ou estilo musical influenciou o surgimento de grupos de pessoas,
comunidades ou fandoms (fãs clubes)? Como são esses grupos, comunidades e fandoms (fãs clubes)?
Há o compartilhamento de ideias/opiniões comuns que estão diretamente ligadas/os ao referente
gênero e estilo musical? Há grupos e/ou comunidades que se relacionam diretamente com artistas
específicos/as e representantes desse gênero e/ou estilo? Já fez ou faz parte de algum desses
movimentos? Como avalia os agrupamentos com essa finalidade?
Tendo em vista as pesquisas que os/as estudantes precisarão realizar, quando todas essas questões
estiverem devidamente acordadas, examine a disponibilidade de espaços e recursos tecnológicos dentro da
escola. Para isso, sugere-se que você, juntamente com sua equipe gestora, verifiquem a possibilidade de
acesso dos/as estudantes a computadores e tablets com conexão à internet. Caso nenhuma dessas opções
seja viável dentro do espaço escolar, você pode pedir que os/as estudantes realizem essa pesquisa fazendo
uso de seus próprios smartphones, ou realizem as curadorias em um momento assíncrono.
Como no começo da próxima etapa desta atividade os/as estudantes irão compartilhar as informações de
suas pesquisas, solicite que eles/as realizem registros de todas as informações que encontrarem em seus
diários de bordo ou outros meios que estejam utilizando. Tais registros podem também conter fotos,
vídeos, áudios e outros conteúdos que julgarem importantes para ilustrar os resultados de suas pesquisas.
Professor/a, nessa etapa da atividade, a proposta é que os/as estudantes deem continuidade às suas
investigações acerca das influências que a música pode ter em diversos aspectos da vida das pessoas,
especialmente na forma como se expressam. Nesse sentido, o foco das análises estará, agora, nos/as
artistas que compuseram/compõem a música alagoana. A partir do estudo desse tipo de produção, espera-
se que os/as estudantes ampliem seus olhares no que concerne ao impacto que essas produções geraram
em seus públicos e nas mídias, de um modo geral, desde quando surgiram até os dias atuais e contribuam
para valorização da cultura do território.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
AVALIAÇÃO
Professor, esse momento de compartilhamento das pesquisas dos estudantes é uma boa oportunidade
para você realizar a sua avaliação. Você pode observar, por exemplo, o quanto eles se engajaram nas
pesquisas dos gêneros e estilos musicais que escolheram, se conseguiram coletar todas as informações
acordadas, se fizeram bom uso dos recursos selecionados para suas apresentações, se conseguiram
co- municar e apresentar com clareza suas pesquisas, impressões e observações, assim como outros
pontos que você julgar importantes para compor a sua avaliação individual e coletiva dos estudantes.
A proposta é a de que por meio de pesquisas, análises e apreciações, os/as estudantes possam refletir
sobre como a música do seu estado, da sua comunidade, e como as pessoas acessam, consomem e se
relacionam com ela. Nesse processo, espera-se que eles/as ampliem seus olhares e percepções com
relação a como tais produções influenciaram e continuam influenciando na visibilidade e reconhecimento
de uma variedade de artistas que representam gêneros/ritmos/estilos musicais variados, bem como
promovem equidade e representatividade de diferentes etnias, gêneros, origens, culturas e sociedades.
Assim, para iniciar esse percurso, contextualizar e incentivar os/as estudantes sobre os objetos de estudo,
organize um momento para escolha de uma canção que fez/faz parte do cenário musical alagoano. Para
isso, recomenda-se que você indique produções de artistas com diferentes perfis, de épocas diferentes e
que apresentem variados gêneros/estilos musicais.
SAIBA MAIS
Professor/a, a seguir você encontra várias sugestões de artistas, canções e composição alagoanas. Elas
podem ser socializadas nesse momento de apreciação e serem usadas como exemplo para que os/as
estudantes realizem a seleção, de maneira que seja o mais significativo possível para eles.
Alagoas.
Disponível em:
https://www.bnb.gov.br/cultura/ecossistema-musical/alagoas
Após a apreciação das músicas selecionadas, organize uma roda de conversa com os/as estudantes para
que vocês possam analisar e discutir coletivamente. Questione-os/as sobre as diversas representações que
conseguiram identificar, levantando questões que os/as levem a refletir sobre os aspectos sonoros (gêneros
ou estilos musicais, ritmos e instrumentos), assim como os aspectos visuais e as representações
promovidas, direta ou indiretamente, por eles/as, tais como: características físicas dos/as
artistas/compositores/as, fisionomia e estéticas (cor da pele, tipos de cabelos, estatura corporal, gênero,
vestuário, acessórios, maquiagem, expressão e movimento corporais próprios, entre outros aspectos). A
partir das respostas obtidas, você poderá verificar se os/as estudantes costumam acessar produções
pertencentes a esse gênero, se reconhecem as características que contém, em sua forma e conteúdo,
conceitos e processos que muitas vezes provém de diversas influências e representações.
Com base na seleção das músicas que foram apreciadas, para auxiliar nesse momento de conversa, elabore
com antecedência algumas questões norteadoras, como, por exemplo: Vocês costumam acessar esse tipo
de música? Na sua opinião, quais são os elementos importantes que apresenta a canção analisada? Para
vocês, o que mais chama atenção na canção? Ao ouvirem as músicas, vocês conseguiram compreender
melhor o que os/as artistas pretendem expressar? No caso de canções analisadas, foi possível
compreender e/ou inferir o significado das mensagens contidas nas músicas? Vocês reconheceram os
gêneros/estilos musicais das canções que analisaram? Os tipos de vestuários dos/as artistas das canções
ajudam na identificação do gênero/estilo musical de suas produções? Se sim, como? Até que ponto as
escolhas relacionadas à moda e maneira de se expressar por parte desses/as artistas pode influenciar o seu
público? Vocês já tiveram contato com as músicas analisadas em algum momento antes ou têm
conhecimento de que outras pessoas da sua comunidade as ouviram? Se você fosse indicar a canção
analisada para outras pessoas, quais argumentos usaria?
Solicite que durante a roda de discussão realizem registros das informações que forem compartilhadas a
respeito das músicas apreciadas e analisadas. As referentes anotações são importantes para que eles/as
possam retomar e refletir sobre as aprendizagens que desenvolveram ao longo da atividade. Finalizado
_____
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
esse momento de conversas, com objetivo de ampliar as investigações sobre a diversidade musical
alagoana, espera-se que os grupos observem a diversidade de artistas que ajudaram a promover a música
no seu território, destacando a representatividade e importância que possuem historicamente, bem como
as variadas maneiras como se expressam e se apresentam. Nesse processo, os/as estudantes terão a
oportunidade de verificar o quanto os gêneros/ritmos/estilos musicais estão associados a questões
históricas, culturais, sociais, além das influências que exerceram e ainda exercem em diversos outros
aspectos da sociedade alagoana.
Dessa forma, pode-se organizar um momento para combinar com os/as estudantes todas as informações
que são importantes para essa atividade. Com o intuito de organizar os resultados das curadorias, é
recomendado, também, acordar com a turma um modelo para registros, utilizando fichas e/ou roteiros de
pesquisa. Esse material poderá ser usado como referência para a produção que será proposta na etapa de
sistematização dessa atividade. Por isso, durante as pesquisas, é importante que os/as estudantes salvem
imagens, vídeos, videoclipes, playlists e links para matérias jornalísticas, entre outras publicações que
considerem significativas e que possam apoiar e ilustrar suas ideias.
FICHA DE ANÁLISE
TÍTULO DA MÚSICA,
COMPOSITOR/A, INTÉRPRETE,
ÁLBUM E ANO DE LANÇAMENTO.
GÊNERO OU HIP HOP, R&B, POP, ROCK, COUNTRY, FUNK, ELETRÔNICO, RAP,
ESTILO MUSICAL REGGAE, MPB, SAMBA, K-POP, ENTRE OUTROS.
Para elaboração da Ficha de Análise, os/as estudantes podem dividir os pontos a serem investigados entre
os membros do grupo e socializarem os achados para decidirem que informações comporão o trabalho. É
importante que, durante as pesquisas, o/a professor/a circule entre os grupos, realizando sondagens e
auxiliando-os/as com dúvidas ou questionamentos que possam surgir. Além disso, considerando as
temáticas e/ou abordagens que possam vir a ser sensíveis, no que diz respeito a determinadas canções, é
importante que você também oriente os/as estudantes para que não selecionem produções que possam
ser consideradas, de alguma maneira, ofensivas e desrespeitosas para outros/as colegas da turma.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
AVALIAÇÃO
Professor, os momentos de pesquisa por parte dos estudantes se mostram como oportunidades para
que você realize a avaliação processual individual e coletiva da turma. Nesse sentido, você poderá
observar, por exemplo, o quanto eles estão engajados nas pesquisas, se fazem bom uso das fontes e
recursos disponíveis, o quanto contribuem com ideias e análises, a maneira como se relacionam entre
si, assim como outros pontos que você julgar importantes para compor a sua avaliação.
SISTEMATIZAÇÃO
Professor/a, nesta última etapa da atividade é chegada a hora de concluir o percurso de aprofundamento
do componente, levando os/as estudantes a refletirem e perceberem o quanto desenvolveram-se e
ampliaram seus conhecimentos e habilidades sobre o patrimîmio material e imaterial, a língua, as diversas
manifestações artísticas e culturais do seu entorno e do Estado de Alagoas, todas permeadas e
reverberadas por práticas de linguagem e gêneros discursivos. Para consolidar isso como produto a ser
apresentado junto à escola e a sua comunidade, eles/as irão planejar e produzir blogs visando o
compartilhamento de suas experiências e produções realizadas ao longo das atividades. Para ajudar na
retomada dos exercícios realizados durante todo percurso do aprofundamento, no quadro abaixo, é
possível indicar quais os exercícios desenvolvidos serão utilizados para compor o projeto de construção de
blog da turma.
DOCUMENTÁRIO
Atividade 1
Atividade 2
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Atividade 3
Atividade 4
O objetivo é que, por meio dessa retomada, os/as estudantes possam decidir entre si, e em conjunto com
o/a professor/a, quais produções serão compartilhadas no blog da turma. Vale ressaltar que essa curadoria
de tudo que foi produzido no componente e a decisão de quais serão exibidas precisa envolver todos os/as
estudantes, de modo que vejam tudo que foi produzido como resultado do trabalho da turma, e não
apenas de grupos isolados ou como produção individual. Assim, poderão refletir sobre as aprendizagens e
perceberem que desenvolveram as pesquisas, os projetos, os trabalhos e as produções relativas ao cenário
cultural alagoano, em suas múltiplas dimensões, de modo coletivo e colaborativo. Para ampliar o
letramento digital e divulgar o resultado das investigações realizadas para a comunidade escolar, a criação
de um blog da turma é uma oportunidade dinâmica e efetiva, ou seja, os/as estudantes também terão a
oportunidade de explorar esse canal de comunicação que segue sendo amplamente utilizado por
diferentes internautas, empresas, organizações e instituições.
Dessa forma, para iniciar a atividade, organize um momento para que você possa verificar os
conhecimentos que os/as estudantes possuem sobre o gênero blog. Isto posto, como sugestão, você pode
organizar uma roda de conversa e questioná-los/as sobre o assunto, fazendo perguntas como: O que é um
blog? Para que servem os blogs? Qualquer pessoa pode ter um blog? O que é necessário ter para criar um
blog? Vocês acompanham algum blog? Quais são os assuntos e informações que são veiculados? Vocês já
criaram ou pensaram em criar um blog? Se sim, que tipo de coisas vocês escrevem/compartilham em seus
blogs? Se não, se fossem criar um, sobre quais assuntos/temas vocês tratariam em seus blogs? Vocês
conhecem plataformas que podem ser usadas para criar um blog?
Após esse momento inicial, peça que os/as estudantes retomem temporariamente seus grupos de trabalho,
mantendo, quando possível, as formações organizadas durante as atividades anteriores. Logo, solicite que
cada grupo escolha as produções relacionadas a seu território, dentre aquelas que foram elaboradas
durante os percursos do componente. Realizadas as seleções, será ocasião dos/as estudantes retomarem,
na internet, blogs que façam referências a esses assuntos/temas (patrimônio cultural, memória social,
audiovisual, cinema, teatro e música, dança, entre outros).
Nesse sentido, por meio da apreciação e análise dos conteúdos e da estrutura de diferentes blogs, espera-
se que os/as estudantes percebam a diversidade de assuntos, estrutura, estilos, organização e finalidades
desse tipo de canal de comunicação. Tal exploração visa a proporcionar oportunidade para
que os/as estudantes ampliem o repertório que possuem sobre o gênero blog e, assim, preparem-se para a
criação do blog da turma, a ser elaborado durante o desenvolvimento desta atividade. Dessa forma, antes
de começarem a buscar e explorar os blogs, decidam, coletivamente, as informações, os principais aspectos
estruturais e os elementos que caracterizam o gênero blog.
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
SAIBA MAIS
Professor, na página a seguir, você encontra algumas informações sobre blogs que podem apoiá-lo
nesse momento de estudo dos elementos que podem ser encontrados nesse gênero.
Após estabelecer os combinados, organize e mobilize momentos e recursos para que os/as estudantes
possam se reunir com seus grupos de trabalho para preencherem o Quadro 01: Principais produções
selecionadas nas Atividades 1, 2, 3, 4 do Componente “Alagoas em cores e sons” sugerido.
Após preencherem o quadro, peça que cada grupo compartilhe as informações registradas. Assim sendo,
apresentam para a turma qual será a sua contribuição para o blog da turma. Converse com os/as
estudantes sobre a proposta de criação do blog da turma, de modo que eles/as também comecem a
planejar a estrutura que gostariam que a produção coletiva possua, tendo como referência os blogs que
pesquisaram. O objetivo é que façam apenas um brainstorming sobre as ideias e concepções a respeito de
como poderia ser essa produção. Uma sugestão para os/as estudantes, é explorar blogs, numa outra
perspectiva, tendo como alvo as práticas dos denominados “blogueiros” e “blogueiras”; isso é, pessoas que
são responsáveis pelo planejamento, produção e divulgação desse tipo de plataforma que é exclusivamente
digital. Assim, o objetivo é que eles/as aumentem o repertório que possuem sobre o gênero blog e suas
respectivas características, observando, nesse processo, a variedade de conteúdos que podem ser
compartilhados nesses ambientes, os quais podem estar voltados para tratar de temas pertencentes aos
campos da vida pessoal e pública, artístico-literário, jornalístico-midiático e ao mundo do trabalho de um
modo geral. Dessa forma, espera-se que tenham o embasamento necessário para planejar e produzir um
blog para turma atrativo, multimidiático, que reflita aspectos e recortes relevantes da cultura do seu
território, elaborando e produzindo, com autonomia, protagonismo e confiança, conteúdos adaptados a
partir dos estudos e produções desenvolvidos ao longo das atividades.
Dito isso, para iniciar essa segunda etapa da atividade, solicite aos/às estudantes que retomem seus grupos
de trabalho. Para esse momento, é recomendado que você elabore com antecedência questões
norteadoras que estimulem os/as estudantes na busca de informações sobre blogueiros e/ ou digital
influencers. Como exemplo, pode-se considerar: O que é e o que faz um/a blogueiro/a? Blogueiro/a e digital
influencer, quem são essas pessoas? Quais as diferenças e semelhanças entre as práticas dessas duas
figuras responsáveis por produzir/divulgar conteúdos digitais? Quais são os recursos que utilizam para
elaborar/promover suas produções? Quais são os ambientes que utilizam para a divulgação de seus
trabalhos?
COMPONENTE 3 - ATIVIDADES
Depois de feitos esses questionamentos, dependendo das possibilidades locais, viabilize o acesso dos/as
estudantes às ferramentas e recursos necessários para que realizem as pesquisas. Oriente-os/as, ainda,
para que salvem os links dos blogs e páginas que encontrarem, bem como os nomes dos/as blogueiros/as e
influencers responsáveis pela elaboração/divulgação dos canais. Também acorde com eles/as quais as
informações que deverão buscar, as quais devem conter, especialmente, detalhes sobre os perfis desses/as
blogueiros/as e influencers, o tipo de assunto que divulgam em seus canais, a linguagem que utilizam, os
discursos que (re)produzem, o alcance que possuem com relação ao seus públicos-alvo, o engajamento
dos/as seus/suas seguidores/as, os principais temas/assuntos que abordam em seus conteúdos, a
representatividade que podem promover, entre outros pontos que considerarem importantes para as
investigações.
Quando finalizarem suas pesquisas e estiverem satisfeitos/as com as informações coletadas, organize um
momento para que os/as estudantes possam compartilhar suas respostas. Como sugestão, os/as
estudantes podem elaborar um quadro, ou mural, onde possam registrar esse conteúdo. Nesse sentido, é
recomendado que você escreva as questões norteadoras no topo do quadro, ou mural, e conforme cada
grupo termine de apresentar oralmente a resposta elaborada, solicite que eles/as, também, a registrem no
espaço eleito.
Depois desse momento, retome com os/as estudantes o brainstorming, realizado anteriormente, e inicie
com eles/as o planejamento do blog da turma. Logo, baseando-se na curadoria gerada ao longo das
explorações e pesquisas propostas até o momento, peça que os/as estudantes organizem e façam o
planejamento do blog. Nesse processo, é importante que discutam coletivamente de forma que possam
decidir e acordar questões, como:
Qual será a estrutura e a organização visual do blog?
Quais os elementos serão utilizados para representação cultural do território?
Que recursos inclusivos serão utilizados?
Qual a plataforma que será utilizada para a produção?
Quais os recursos que serão mobilizados?
Quais são as ferramentas digitais e analógicas necessárias para a produção dos diferentes tipos de
mídia que planejam utilizar?
Qual a função de cada estudante/grupo para produção?
Qual o cronograma para produção do blog?
Como será feita a revisão do blog?
Qual o plano de divulgação do blog junto à comunidade?
SAIBA MAIS
Professor/a, nas páginas a seguir, você encontra algumas informações e dicas para o planejamento e
para a criação de blogs que podem apoiar os/as estudantes nesse momento de planejamento de seus
canais.
Uma vez que todos esses combinados, acordos e planejamentos estejam feitos, promova momentos e
espaços para que os/as estudantes possam se reunir e realizar todas as ações previstas para a execução e
criação do blog. Assim sendo, com o intuito de melhor organizar o trabalho, que, nesse caso, envolverá a
participação ativa de toda a turma em um projeto único, você pode solicitar que cada grupo, daqueles já
organizados nas atividades anteriores, fique responsável por um aspecto da produção do blog. Como
exemplo, um grupo pode ficar responsável pela criação e gerenciamento da conta do blog na
plataforma/página escolhida para a produção, outros podem se responsabilizar pela seleção, criação e
adaptação de conteúdo, ou outras formações e divisões que considerarem válidas, de acordo com a
organização e perfil da turma. Ademais, durante todos esses processos, é importante que você acompanhe
as práticas de cada grupo, auxiliando os/as estudantes em relação a dúvidas e/ou dificuldades que possam
ter, além de oferecer feedbacks acerca das escolhas feitas para a criação do blog.
Professor/a, nesta última etapa da atividade, a proposta é que os/as estudantes revisem todo material
produzido, que irá compor o conteúdo inicial do blog, compartilhem o canal criado na comunidade escolar
e discutam sobre suas experiências ao longo das atividades.
Dessa maneira, organize um momento para que, antes de realizar as postagens dos conteúdos no blog,
os/as estudantes possam revisar suas produções, tendo em conta a linguagem, os conteúdos visuais e o
layout do canal, analisando se estão utilizando, por exemplo, a norma culta da língua ou mais coloquial,
dependendo do público-alvo, se as mídias selecionadas estão de acordo com a proposta, e se os textos
estão coerentes e suficientemente coesos com a temática/assunto do blog. Cabe ressaltar que há a
possibilidade de elaboração de conteúdos com versões em Língua Inglesa, Língua Espanhola ou em
formato bilíngue. Nesse caso, é importante que haja a revisão quanto aos aspectos estruturais e linguísticos
das produções no idioma estrangeiro, além de outros aspectos que julgar importantes para a sua avaliação.
Quando todos/as estiverem seguros do conteúdo que produziram, solicite, então, que realizem as
postagens nas plataformas escolhidas para hospedar o blog. Logo, busquem, em conjunto, estratégias e
meios que colaborem com a divulgação da produção dentro do contexto da escola e, de acordo com os
objetivos, também para a comunidade escolar, de um modo geral.
COMPONENTE 4 - CÁLCULOS E CULTURA
Cálculos e Cultura
INFORMAÇÕES GERAIS:
Professor/a, ao serem desenvolvidas as propostas deste componente, espera-se mobilizar os/as estudantes
para a aprendizagem da Matemática aproximando os cálculos da cultura alagoana. Para esta mobilização
recorremos à Educação Matemática que está presente em várias situações do cotidiano. Assim, eles/as
deverão compreender que a matemática está presente no convívio social do/a estudante, considerando as
questões individuais e coletivas.
Para este componente, propomos cinco atividades que se iniciam com a mobilização para o tema e
avançam para o desenvolvimento das demais atividades propostas, em todas elas será preciso a produção
do diário de bordo pelo/a estudante. Na atividade 1, abordaremos a aplicação da Etnomatemática, como
método de pesquisa e de ensino que cria condições para que o/a pesquisador/a reconheça e compreenda o
modo como um saber matemático foi gerado, organizado e difundido dentro de determinados grupos
culturais. Na atividade 2, vamos abordar as questões que envolvem a modelagem matemática a qual é
concebida como um conjunto de procedimentos cujo objetivo é construir um paralelo para tentar explicar,
matematicamente os fenômenos presentes no cotidiano do ser humano, ajudando-o a fazer predições e
tomar decisões (Burak, 1987)¹, buscando envolver algumas situações da cultura alagoana e o ambiente de
ensino aprendizagem. Na atividade 3, discutiremos a compreensão e interpretação de problemas
matemáticos como uma habilidade fundamental para a vida, pois permitir que os/as estudantes resolvam
situações cotidianas que envolvem dados de pesquisas sobre contextos ambientais, sustentabilidade,
trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de
gráficos. Na atividade 4, vamos tratar da resolução de problemas que é um dos grandes desafios da
matemática, o de relacionar as informações fornecidas com os símbolos matemáticos, adequados para a
solução dos problemas. O/A estudante precisa entender a situação, identificando a operação mais
adequada para a resolução, e isso depende de uma leitura segura e de um processo interpretativo. Na
atividade 5, abordamos o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), em ambiente escolar, as
quais tornam-se constantes na vida das pessoas em qualquer ambiente, seja na escola ou fora dela.
Todas as sugestões apresentadas são um caminho, entre outros que podem ser escolhidos por você, para a
proposta do componente, sem perder de vista o contexto da Matemática na Cultura Alagoana, dessa forma
estaremos contemplando as competências e habilidades do RecAL próprias da Área de Matemática e suas
Tecnologias.
Sugerimos alguns pontos que devem ser considerados para avaliação no desenvolvimento das atividades e
que têm como objetivo o engajamento dos/as estudantes na proposta da Educação Matemática. Assim,
observe se os/as estudantes relacionam os assuntos com contextos que já vivenciaram, fazendo conexões e
posicionando-se assertivamente, e se estabelecem essas relações com a realidade matemática. Em relação
às atividades em grupo, verifique se conseguem se organizar e trabalhar de forma colaborativa, aceitando a
¹ BURAK, D. Modelagem matemática: uma alternativa para o ensino de Matemática na 5ª série. Dissertação
(Mestrado em Matemática), Unesp, Rio Claro, 1987.
COMPONENTE 4 - CÁLCULOS E CULTURA
opinião dos/as colegas e contribuindo para a realização das propostas. Observe as descobertas que
compartilham sobre os temas abordados. Outros aspectos podem ser considerados: a organização do
diário de bordo, a participação propositiva e o compromisso com a realização das atividades. Esses são os
pontos que sugerimos para serem observados durante o processo, assim, a proposta é que você também
tenha um diário de bordo, ou caderno de registros, para refletir sobre as aulas e ter subsídios para dar
devolutivas aos/às estudantes em momentos que podem ser combinados por você com a sua turma. Os
momentos de feedback devem acontecer no processo, possibilitando aos/às estudantes que se
reorganizem e reflitam sobre suas aprendizagens.
Objetos de conhecimento: Etnomatemática, Modelagem Matemática, Compreensão de textos matemáticos,
Resolução de Problemas, Tecnologia e Matemática.
Competência Específica 2
Propor ou participar de ações para investigar desafios do mundo contemporâneo e tomar decisões éticas e
socialmente responsáveis, com base na análise de problemas sociais, como os voltados a situações de
saúde, sustentabilidade, das implicações da tecnologia no mundo do trabalho, entre outros, mobilizando e
articulando conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Matemática.
HABILIDADE - EM13MAT203
Competência Específica 3
Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para interpretar, construir modelos
e resolver problemas em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das
soluções propostas, de modo a construir argumentação consistente.
HABILIDADE - EM13MAT301
HABILIDADE - EM13MAT302
HABILIDADE - EM13MAT306
Resolver e elaborar problemas em contextos que envolvem fenômenos periódicos reais (ondas
sonoras, fases da lua, movimentos cíclicos, entre outros) e comparar suas representações com as
funções seno e cosseno, no plano cartesiano, com ou sem apoio de aplicativos de álgebra e geometria
COMPONENTE 4 - CÁLCULOS E CULTURA
HABILIDADE - EM13MAT307
Empregar diferentes métodos para a obtenção da medida da área de uma superfície (reconfigurações,
aproximação por cortes etc.) e deduzir expressões de cálculo para aplicá-las em situações reais (como o
remanejamento e a distribuição de plantações, entre outros), com ou sem apoio de tecnologias digitais.
HABILIDADE - EM13MAT308
HABILIDADE - EM13MAT315
Investigar e registrar, por meio de um fluxograma, quando possível, um algoritmo que resolve um
problema.
Competência Específica 4
Compreender e utilizar, com flexibilidade e precisão, diferentes registros de representação matemáticos
(algébrico, geométrico, estatístico, computacional etc.), na busca de solução e comunicação de resultados
de problemas.
HABILIDADE - EM13MAT404
Analisar funções definidas por uma ou mais sentenças (tabela do Imposto de Renda, contas de luz,
água, gás etc.), em suas representações algébrica e gráfica, identificando domínios de validade,
imagem, crescimento e decrescimento, e convertendo essas representações de uma para outra, com
ou sem apoio de tecnologias digitais.
HABILIDADE - EM13MAT405
Competência Específica 5
HABILIDADE - EM13MAT505
Resolver problemas sobre ladrilhamento do plano, com ou sem apoio de aplicativos de geometria
dinâmica, para conjecturar a respeito dos tipos ou composição de polígonos que podem ser utilizados
em ladrilhamento, generalizando p
HABILIDADE - EM13MAT507
Identificar e associar progressões aritméticas (PA) a funções afins de domínios discretos, para análise
de propriedades, dedução de algumas fórmulas e resolução de problemas.
COMPONENTE 4 - CÁLCULOS E CULTURA
HABILIDADE - EM13MAT508
Identificar e associar progressões geométricas (PG) a funções exponenciais de domínios discretos, para
análise de propriedades, dedução de algumas fórmulas e resolução de problemas.
HABILIDADE - EMIFCG01
Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.
HABILIDADE - EMIFCG02
Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências
para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas,
coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como liberdade, democracia,
justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.
HABILIDADE - EMIFCG03
HABILIDADE - EMIFCG04
Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de vivências
presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.
HABILIDADE - EMIFCG05
Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas,
originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incertezas e colocá-las em
prática.
HABILIDADE - EMIFCG06
Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens, mídias e
plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que alcancem os
interlocutores pretendidos.
HABILIDADE - EMIFCG07
HABILIDADE - EMIFCG08
HABILIDADE - EMIFCG09
HABILIDADE - EMIFMAT01
HABILIDADE - EMIFMAT02
Levantar e testar hipóteses sobre variáveis que interferem na explicação ou resolução de uma situação-
problema elaborando modelos com a linguagem matemática para analisá-la e avaliar sua adequação
em termos de possíveis limitações, eficiência e possibilidades de generalização.
HABILIDADE - EMIFMAT03
HABILIDADE - EMIFMAT04
Reconhecer produtos e/ ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica na
produção do conhecimento matemático e sua aplicação no desenvolvimento de processos tecnológicos
diversos.
HABILIDADE - EMIFMAT05
HABILIDADE - EMIFMAT06
Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais, considerando a
aplicação dos conhecimentos matemáticos associados ao domínio de operações e relações
matemáticas simbólicas e formais, de modo a desenvolver novas abordagens e estratégias para
enfrentar novas situações.
HABILIDADE - EMIFMAT07
HABILIDADE - EMIFMAT08
HABILIDADE - EMIFMAT09
ATIVIDADE 1
INTRODUÇÃO
Neste primeiro encontro do componente Cálculos e Cultura será preciso criar um ambiente motivador para
o tema e que ao mesmo tempo mobilize os/as estudantes a se posicionarem e a refletir sobre a Matemática
presente no dia a dia deles/as.
A reflexão a partir do que sabem e de como se vêem para projetar seu futuro possibilita que os/as jovens
se percebam nesse espaço para comunicar seus planos e, ao mesmo tempo, assumam uma posição de
protagonismo e compromisso com seu próprio Projeto de Vida. No sentido de promover maior interação
entre os/as estudantes, organize a turma em formato de “U”. Essa organização da turma proporciona um
melhor contato visual dos/as estudantes e favorece o desenvolvimento de atividades que têm como
proposta conversas coletivas e, em alguns momentos, o apoio da lousa escolar para os encaminhamentos.
Na lousa, escreva o seguinte questionamento: “Qual a utilidade da Matemática na minha vida?
_________________________________________”. Distribua para cada estudante um cartão (um quarto de uma folha
de papel A4) e oriente que eles/as reflitam sobre como responder ao questionamento e que escrevam no
cartão. Abre-se, então, uma conversa, convidando-os/as a apresentarem o que escreveram. As respostas
podem revelar diferentes situações sobre a utilidade da matemática. Incentive-os a organizarem as
diferentes concepções em um painel no quadro ou em local de fácil visualização.
Professor/a, socialize as opiniões dos/as estudantes, verificando se eles/as relacionam a matemática sendo
praticada por diferentes grupos culturais, por exemplo, na arte, no design, na arquitetura em que as
pessoas estabelecem classificações, quantificações, comparações, medições, explicações e generalizações,
considerando os referenciais e as formas de pensar característicos de suas próprias identidades culturais.
Verifique se a matemática está colocada nas possíveis relações existentes entre os números (dimensões,
proporções, simetrias, distâncias, medidas), e a diferenciada apropriação por parte das diversas culturas
humanas. Em seguida aborde a tendência da educação matemática conhecida por Etnomatemática como o
conjunto de formas de matemática que são próprias de grupos culturais.
Pode ser que apareçam situações do tipo que envolvem a Matemática com a cultura, com a economia, com
a agricultura, entre outros, sendo mais específico com a rima do Cordel, nas tramas do filé, no chapéu do
Guerreiro, na tarrafa do pescador, na argila do artesão, na jangada do veleiro, no comércio local, na
produção do leite, na produção da cana de açúcar, no pescado. Essa Matemática convida a conhecer o
território alagoano aproximando a Matemática do dia a dia com a Matemática escolar, levando-se em
consideração a investigação e compreensão dos processos que levaram a sua formação, a intervenção e
mediação sócio cultural que melhore a vida comunitária e assegure o protagonismo mpreendedor de
nossas juventudes.
Para ampliar a discussão sobre a aplicação da Etnomatemática devemos considerá-la como método de
pesquisa e de ensino que cria condições para que o/a pesquisador/a reconheça e compreenda o modo
como um saber matemático foi gerado, organizado e difundido dentro de determinados grupos culturais,
sugerimos a metodologia aprendizagem entre pares (ou times), também conhecida como peer instruction
ou team based learning, pois incentiva o debate e a reflexão em conjunto. Para isso, a turma deverá ser
dividida entre pares, ou grupos, com o objetivo de gerar a troca de ideias sobre o assunto a ser investigado.
Organize os/as estudantes em 6 grupos, estipule um tempo, e disponibilize uma cópia das imagens a
seguir, ou organize a sala com computadores e acesso à internet.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
Fonte: Fonte:
https://d.gazetadealagoas.com.br/rur https://www.guiadasartes.com.br/alag
al/393557/produtores-apostam-no- oas/maceio/museu-do-comercio-de-
potencial-da-soja-em-al alagoas
Fonte: Fonte:
https://ama-al.com.br/bordado-file- https://www.visiteobrasil.com.br/nord
de-alagoas-e-destaque-no-projeto- este/alagoas/caminhos-do-sao-
renda-se-2023/ francisco/piranhas
Fonte:
Fonte:
https://tribunahoje.com/index.php/no
https://d.gazetadealagoas.com.br/cida
ticias/economia/2022/12/15/113621-
des/276737/mesmo-com-decreto-
setores-economicos-de-alagoas-
estadual-pescadores-saem-para-
alcancaram-14-de-crescimento-em-
trabalhar
novembro
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
Além disso, cada grupo de estudantes fica com uma das imagens (plantação, museu, filé alagoano, cidade
histórica, pesca e comidas típicas), o objetivo é de fazer analisar as imagens identificando, se possível, a
matemática existente nelas. Depois pode ser feita pesquisa na internet com os links e descobrir como elas
fazem parte da cultura alagoana. Depois questione aos/às estudantes a relação existente entre a cultura e a
matemática nessas imagens. Que objetos do conhecimento da área de matemática podem ser encontrados
em cada imagem, e que podem ser trabalhados nos encontros do componente? Discuta com eles/as outras
oportunidades do uso da matemática no cotidiano deles/as, aos poucos veremos a aplicabilidade da
matemática na prática no meio social.
Professor/a peça aos grupos para socializar as descobertas com a turma, em seguida oriente-os/as para
realizarem suas anotações no Diário de Bordo, completando com as ideias dos outros grupos.
DESENVOLVIMENTO
Professor/a após a socialização proposta na introdução e com os registros realizados, a etapa seguinte é
continuar realizando novos questionamentos: “Como a matemática se apresenta nos diversos contextos?
Como os povos originários lidam com a matemática? Como os povos afrodescendentes trabalham com a
matemática? Como o/a trabalhador/a do campo aprende Matemática? É importante refletir como cada
povo lida com a matemática. Destacar semelhanças e diferenças na forma como os povos lidam com a
matemática do dia a dia.
Professor/a, leia com os/as estudantes a afirmação de D’ambrosio²(2002), sobre Etnomatemática publicada
no artigo Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade.
A matemática praticada por grupos culturais, tais como comunidades urbanas e rurais, grupos de
trabalhadores, classes profissionais, crianças de uma certa faixa etária, sociedades indígenas, e tantos
outros grupos que se identificam por objetivos e tradições comuns aos grupos (D'AMBROSIO, 2002).
Em seguida, peça para eles/as pesquisarem sobre as obras de D’Ambrósio e outros conceitos de
Etnomatemática de outros autores, também peça que eles pesquisem outras situações onde possa ser
empregada a Etnomatemática no cotidiano deles/as.
Professor/a, de volta as 6 imagens da introdução dessa atividade observe se os/as estudantes estabelecem
a relação entre as formas culturais apresentadas e as figuras geométricas, com destaque para a simetria, a
relação áurea, aplicações da Geometria Euclidiana presente na formulação e definição das atuais formas
arquitetônicas, sequência de Fibonacci, entre outros conceitos matemáticos que podem ser relacionados.
SAIBA MAIS
Abaixo temos sugestões de links para conhecer situações nas quais podemos encontrar a
etnomatemática dos povos afro brasileiros, dos povos originários e dos trabalhadores/as do campo.
² D'ambrosio, U. (2002). Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Brasil: Autêntica Editora.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
Professor/a, sugerimos que elabore situações problemas de matemática com os grupos de estudantes
envolvendo o material sugerido no SAIBA MAIS descrito acima, sobre quilombolas, povos originários e os/as
trabalhadores/as do campo. Ao final, valorize os trabalhos realizados com uma devolutiva para cada grupo,
comentando os pontos positivos, bem como, os pontos a serem melhorados.
Diário de bordo: cada estudante deve registrar as questões norteadoras e os principais pontos abordados,
para que perceba o valor do trabalho colaborativo, incentive-o/a anotar também a conversa com seu grupo,
considerando os pontos que não havia observado nas pesquisas individuais. Também deve fazer os
registros das apresentações considerando as informações que lhe chamaram a atenção.
SISTEMATIZAÇÃO
Os/As estudantes devem elaborar um painel para ilustrar as principais ideias relacionadas à pesquisa
cultural e os conceitos matemáticos, além da troca entre os/as colegas e as descobertas. Siga na conversa
ampliando o repertório dos/as estudantes. Fale um pouco mais sobre a etnomatemática e sua relação com
a capacidade de identificar a presença da matemática em diferentes culturas e contextos. Nessa conversa,
os/as estudantes contribuem a partir das pesquisas que realizaram.
Diário de bordo: Os/As estudantes podem fotografar os painéis para compor o diário de bordo. Quais
pontos gostariam de rever ou aprofundar?
SAIBA MAIS
ATIVIDADE 2
INTRODUÇÃO
Professor/a nesta atividade, a conexão continua com a educação matemática, mas com olhar sobre a
Modelagem Matemática, a qual é concebida como um conjunto de procedimentos cujo objetivo é construir
um paralelo para tentar explicar, matematicamente os fenômenos presentes no cotidiano do ser humano,
ajudando-o a fazer predições e tomar decisões (Burak, 1987), buscando envolver algumas situações da
cultura alagoana e o ambiente de ensino aprendizagem. Ler o texto Modelagem Matemática na Educação
Matemática. Disponível em: https://modelagemmatematica.wordpress.com/modelagem-matematica/sobre-
modelagem/ Acesso em 16 nov. 2023. O objetivo principal é construir um paralelo para tentar explicar,
matematicamente, os fenômenos presentes no cotidiano do ser humano, ajudando-o a fazer predições e
tomar decisões. Para começar, organize os/as estudantes em duplas e proponha que cada um/a converse
com seu par sobre pontos relevantes da educação matemática. Combine um tempo para a primeira
conversa e, depois, trocam-se os papéis, promovendo a interação entre eles/as. Quem faz papel de ouvinte,
anota o que foi dito. Após a conversa, o/a ouvinte deve registrar em partes de uma folha de papel A4 ou
post-it pontos que achou relevantes na conversa. Organize um painel para que colem o resultado da
conversa. Ouvir outra pessoa possibilita ao/à estudante perceber o que idealizou sob outro ponto de vista.
Por isso, cada um/a vai contar sobre como os/as colegas compreendem a educação matemática.
A Modelagem Matemática tem sido utilizada como uma forma de aproximar a matemática escolar formal e
a sua utilidade na vida real. Sendo assim considerando as situações vistas na atividade anterior, a saber: a
matemática dos/as trabalhadores/as do campo, a matemática dos povos originários e a matemática dos
quilombolas, veremos algumas situações práticas de atividade envolvendo essa temática.
Desenvolvendo:
Isso significa que o terreno do agricultor tem 1,6 tarefa ou seja 1 tarefa e meia aproximadamente.
Professor/a, sugerimos elaborar outras situações semelhantes envolvendo o processo de cubação da terra.
SAIBA MAIS
Diário de bordo: solicite aos/às estudantes que registrem no diário de bordo aspectos da aplicação da
matemática no dia a dia, registrando outras situações problemas. Incentive-os/as a realizar esses registros
para que possam voltar a eles à medida que adquirem mais conhecimentos sobre a educação matemática
e seus impactos no meio social.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
DESENVOLVIMENTO
Nos próximos encontros, vamos levar os/as estudantes para além da sala de aula, mas antes precisamos de
fita métrica, lápis e papel. Leve-os/as para o centro histórico da cidade, ou comunidade, vejam a arquitetura
de prédios históricos como museu, teatro, igrejas, templos religiosos ou simplesmente a arquitetura da
própria escola. A proposta é a de compreender de que forma os/as estudantes identificam as formas
matemáticas usadas na arquitetura da cidade, para isso divida-os/as em grupos. Para essa prática,
sugerimos a metodologia baseada na resolução de problemas, ou problematização, que proporciona ao/à
professor/a, a partir de objetivos de aprendizagem definidos, criar problemas que ajudam os/as estudantes
a manter o foco, propiciando condições para a construção de conhecimentos e possibilitando a reflexão a
partir da necessidade de resolver um problema, ampliando as possibilidades de explorar objetos de
conhecimentos relacionados às habilidades propostas neste aprofundamento.
Nos próximos encontros, vamos levar os/as estudantes para
além da sala de aula, mas antes precisamos de fita métrica,
lápis e papel. Leve-os/as para o centro histórico da cidade, ou
comunidade, vejam a arquitetura de prédios históricos como
museu, teatro, igrejas, templos religiosos ou simplesmente a
arquitetura da própria escola. A proposta é a de compreender
de que forma os/as estudantes identificam as formas
matemáticas usadas na arquitetura da cidade, para isso divida-
os/as em grupos. Para essa prática, sugerimos a metodologia
baseada na resolução de problemas, ou problematização, que
proporciona ao/à professor/a, a partir de objetivos de aprendizagem definidos, criar problemas que ajudam
os/as estudantes a manter o foco, propiciando condições para a construção de conhecimentos e
possibilitando a reflexão a partir da necessidade de resolver um problema, ampliando as possibilidades de
explorar objetos de conhecimentos relacionados às habilidades propostas neste aprofundamento.
Como tratado na atividade 1, vamos trabalhar com as figuras geométricas, a simetria, a relação áurea,
aplicações da Geometria Euclidiana presente na formulação e definição das atuais formas arquitetônicas,
sequência de Fibonacci entre outros conceitos matemáticos que podem ser relacionados. Podemos sugerir
que você professor/a possa levar os/as estudantes para os ambientes vizinhos à escola, como museus ou a
arquiteturas de prédios ou casas da cidade ou povoados, como figura ao lado. No caso em específico é o
museu das cidades localizado na cidade de Maceió, onde podemos observar a geometria empregada em
sua construção.
Trabalhar em grupo é fundamental para o desenvolvimento das aprendizagens. Sugerimos separar os/as
estudantes em 5 grupos, distribuir as devidas temáticas e em seguida atribuir tarefas de observação e
prática identificando os objetos de aprendizagem, consequentemente criando situações problemas que
envolvam a educação matemática na arquitetura urbanística da cidade.
Grupo 1 Figuras Geométricas: A geometria na arquitetura é uma das melhores ajudas para solucionar
questões espaciais e auxiliar na sofisticação de qualquer projeto. Muito além da matemática, a
geometria consegue inspirar formatos, estampas e o design de vários objetos do cotidiano. Disponível
em: https://blog.flexform.com.br/arquitetura/geometria-na-arquitetura/ Acesso 17 nov. 2023.
Grupo 2 Simetria: COMPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA COM FORMAS GEOMÉTRICAS E SIMETRIA. Fotos podem
ter vários formatos e tamanhos, e as extremidades (bordas) da imagem são apenas o ponto de início
para adicionar formas criativas em suas camadas. Usar na composição fotográfica as formas
geométricas e padrões de forma simétricas, é uma das maneiras de explorar novas formas de compor
suas fotos. Disponível em: https://www.eduardo-monica.com/new-blog/composicao-fotografica-forma-
geometria-simetria Acesso 17 nov. 2023.
Grupo 3 Relação Áurea: A beleza escondida da Matemática. Disponível em:
https://artsandculture.google.com/story/XAVxHxByw1SoIw?hl=pt-BR Acesso 17/11/23.
Grupo 4 Aplicações da Geometria Euclidiana: Geometria Euclidiana Espacial. Disponível em:
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/177804/2/Livro_Matematica_Geometria%20Euclidiana%
20Espacial.pdf Acesso em: 17 nov. 2023.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
Ao final, sugerimos realizar um momento de socialização das ideias, em que cada grupo deverá
compartilhar a temática estudada e as situações problemas elaboradas.
Professor/a, para uma reflexão adicional, é possível também nessa etapa, comentar sobre o consumo por
impulso, que acontece no dia a dia e muitas vezes não percebemos, e os gastos cotidianos, como as
compras em mercados e contas de água, luz, internet, cartão de crédito, e para finalizar este momento
questione: com a realização dessa atividade como você compreende a aplicação da matemática na vida
cotidiana?
Diário de bordo: peça aos/às estudantes que registrem seus sentimentos e sensações no processo de
aprendizagem sobre a educação matemática do dia a dia.
SISTEMATIZAÇÃO
Dando continuidade à reflexão dos/as estudantes sobre seu conhecimento em relação à educação
matemática, inicie a conversa com a pergunta que será o tema gerador destes encontros: “Quais situações
do cotidiano eu posso modelar com a aplicação da matemática?” Observe o comportamento da turma ao
ouvir essa pergunta. Não revele mais pistas. Solicite que escrevam em filipetas ou em post-its a resposta e,
ao finalizarem, que colem no local indicado por você. Em seguida, juntos/as, organizem as respostas.
Professor/a, para consolidar a modelagem matemática como modelo de aprendizagem da matemática,
proponha aos/às estudantes a reflexão sobre as placas padrão do Mercosul, argumentando as seguintes
situações: como surgiu a proposta da placa aprovada pelo Mercosul? Por que não foi adotada a cor cinza
como as atuais placas brasileiras? Haverá outras cores de placas para as diferentes categorias de veículos
(particular, aluguel, oficial entre outros)? Por que foram estabelecidos itens de segurança para as placas?
Quais são os itens de segurança para as placas do Mercosul? Como os itens de segurança podem contribuir
para o controle de produção das placas? Quando será a mudança final das placas no Brasil?
Solicite que eles/as calculem o valor total de placas que podem ser montadas com as placas do Mercosul.
Abre-se, então, um espaço para comentarem sobre esses valores calculados. Será que tinham ideia dessas
quantidades? Esses itens de segurança são os básicos, mas ressalta-se que outras possibilidades podem ser
propostas.
Convide os/as estudantes a registrarem no diário de bordo suas reflexões, desde o início do componente, e
construir uma linha do tempo. Eles/as devem registrar, nessa linha, suas dificuldades, aprendizagens que
foram significativas e descobertas. Incentive-os/as também a registrarem suas conclusões.
Nessa etapa de sistematização, proponha que os/as estudantes façam uma releitura das imagens da
primeira semana, considerando o que aprenderam nas situações anteriores, de forma a expressarem suas
aprendizagens. Organize um momento para apresentarem suas produções. Considere fazer uma breve
retrospectiva valorizando a participação e as produções da turma.
SAIBA MAIS
Placa Mercosul: tudo que você precisa saber sobre o novo modelo.
Disponível em:
https://www.consultarplaca.com.br/blog/placa-mercosul/
Anuncie a próxima atividade, em que a proposta é uma pesquisa para compreenderem diferentes ideias
acerca do tema “Interpretação e compreensão de textos matemáticos”.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 3
INTRODUÇÃO
Considere iniciar pela linha do tempo que construíram na sistematização da última atividade, retomando as
ideias sobre educação matemática e verificando se elas estão claras para os/as estudantes, se ele/a
conseguiu ler e compreender o que estava escrito. A técnica de compreender o que estava escrito em
Matemática pode ser entendida como a interpretação e compreensão de textos de problemas
matemáticos como uma habilidade fundamental para a vida, pois, a mesma, permite que os/as estudantes
resolvam situações cotidianas que envolvem dados de pesquisas sobre contextos ambientais,
sustentabilidade, trânsito, consumo responsável, entre outros, apresentados pela mídia em tabelas e em
diferentes tipos de gráficos.
Professor/a, sugerimos criar um mural das expectativas com os/as estudantes sobre a compreensão de
textos matemáticos. Colocar em post it, para retomar no final da atividade.
Para compreensão de textos em matemática precisamos compreender os processos de leitura e
interpretação da Língua Portuguesa, mas aproximando das necessidades da leitura e interpretação de
conceitos e questões da área de matemática, uma vez que a linguagem matemática está relacionada como
um sistema simbólico, com símbolos próprios que se relacionam segundo determinadas regras. Esse
conjunto de símbolos e regras deve ser entendido pela comunidade que a utiliza, como por exemplo a
malha na trama das redes de pesca para diferentes espécies de peixes. A linguagem matemática está
compreendida como o processo de construção do conhecimento matemático.
Para (GRANELL³, 2003, p. 28), a linguagem matemática é compreendida como organizadora de visão de
mundo, deve ser destacada com o enfoque de contextualização dos esquemas de seus padrões lógicos, em
relação ao valor social e à sociabilidade, e entendida pelas intersecções que a aproximam da linguagem
verbal. Professor/a, só há problema se o estudante for levado a interpretar o enunciado da questão que lhe
é posta e a estruturar a situação que lhe é apresentada.
Professor/a você já entendeu que vamos fazer algo literalmente artístico aqui, já que precisamos de muita
habilidade para interpretar as questões! Porém, a técnica é a parte prática da coisa. Ela é a ação que vamos
fazer ao se deparar com uma questão. E nós só dominamos aquilo que conhecemos…. Então, a primeira
coisa que precisamos fazer é conhecer os elementos de um enunciado. Depois saberemos o que fazer com
ele! Assim vamos analisar os seus 4 componentes:
1 Situações Problemas
Como o próprio nome diz, a situação-problema é o contexto que estamos lidando. Ele narra qual é o
fato que aconteceu e que levou o problema a ser resolvido.
Já sabemos que se trata de um problema de determinação, afinal, o contexto é encontrar algo que falta de
um triângulo.
2 Os dados
Os dados são justamente as informações que usamos na hora de resolver o problema. Essas informações
podem ser números ou palavras, podem estar explícitas ou implícitas.
Observe a nossa questão de referência:
“O perímetro de um triângulo retângulo é 18 cm. As medidas de seus lados são números consecutivos. Qual é a
medida da área dessa figura?”
3 O Objetivo
“O perímetro de um triângulo retângulo é 18 cm. As medidas de seus lados são números consecutivos. Qual é a
medida da área dessa figura?”
O objetivo está bem claro: devemos encontrar a área do triângulo que tem as características anteriores.
Sempre destaque no enunciado qual é o objetivo para conferir se a resposta encontrada tem a ver. Às
vezes, a questão é longa e tem duas partes. Você termina a primeira e vê o resultado na alternativa… acaba
marcando e erra!
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
4 As operações
As operações são as ações matemáticas que faremos para resolver a questão. São nelas que usamos os
dados e calculamos o que precisamos.
Aqui também é uma etapa essencial, pois precisamos identificar quais operações são necessárias em cada
situação-problema. Esse é o caminho para o sucesso!
Vamos voltar uma última vez ao nosso problema de referência:
“O perímetro de um triângulo retângulo é 18 cm. As medidas de seus lados são números consecutivos. Qual é a
medida da área dessa figura?”
Se o objetivo é achar a área, nós precisamos usar a fórmula da área de um triângulo. Mas essa não é a
primeira operação que faremos, e sim a última.
Isso porque precisamos dos valores dos lados para jogar na fórmula. Então, nossa primeira operação será
achar os lados do triângulo…
E é aqui que entra a interpretação de texto! Agora, vamos dar um pausa para ver umas dicas que nos
apontam a “tradução”. Depois ficará mais fácil encontrar o valor desses lados.
Com base nisso, separamos algumas dicas para te ajudar a entender as palavras que indicam operações.
Observe:
Atenção!
Na matéria de Probabilidade, a partícula “e” entre eventos é quem dá a dica de que precisamos multiplicar
os resultados. Porém, se houver a partícula “ou”, indicará a operação de soma.
No verão da cidade de Delmiro Gouveia, a previsão do tempo disse que há 25% de chance de chover. E se
não chover, há 20% de chance de ficar nublado. Qual é a chance final e total de não ficar nublado?
Soluçao:
Se havia 25% de chance para chuva, então havia 75% de não chover. Uma vez que não choveu, há 20% de
ficar nublado e, portanto, 80% de não ficar nublado. Observe: a chance total e final de não ficar nublado
depende de não chover e não nublar ao mesmo tempo.
Portanto, é dada pela expressão: 75% x 80% = 60%.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
Por exemplo:
O dobro de um número: 2.x
O quadrado de um número menos o seu triplo: x² - 3.x
Exemplo:
Mariana e Juliana juntaram suas economias e compraram 50 balas, sabendo que cada bala custava R$ 0,20.
Se Mariana tivesse o dobro de seu valor e Juliana tivesse a terça parte, elas ainda poderiam comprar a
mesma quantia de balas. Quantos reais tinham cada uma delas?
Solução:
Vamos supor que Mariana tinha x reais e Juliana tinha y. Quando elas compraram 50 balas valendo vinte
centavos cada, então elas tiveram um gasto de 10 reais. Com base nisso, podemos escrever a primeira
informação como x + y = 10.
Depois, o enunciado supõe novos valores. O dobro para Mariana (2x) e a terça parte para Juliana (y/3).
Mesmo com esses valores, elas podem comprar a mesma quantia de balas, então terão o mesmo gasto.
Temos uma nova equação: 2x + y/3 = 10.
Quando estamos diante de duas equações com as mesmas duas incógnitas, só podemos usar os sistemas
de equações para resolver!
Usando o método da substituição, temos que
Se x = 10 – y
Então 2(10-y) + y/3 = 10
20 – 2y + y/3 = 10
60 – 6y + y = 30
60 – 30 = 6y – y
30 = 5y
y = 6 (quantia de Juliana)
Se x = 10 – y
Então x = 10 – 6
x = 4 (quantia de Mariana)
1º Passo: leia o problema uma vez, para entender o que está acontecendo na situação-problema
2º Passo: Leia novamente, anotando ou marcando o que é dado explícito, implícito, objetivo e as
palavras que indicam operações.
3° Passo: Olhe para as anotações, veja quais operações podem ser feitas e quantas etapas precisará
para isso (interpretação). Trace seu raciocínio.
4° Passo (opcional): se possível, faça um desenho para te ajudar a visualizar e organizar as informações.
5° Passo: resolva todas as etapas e veja se o resultado final corresponde ao objetivo.
Lembra daquele exemplo lá no início, que usamos para identificar os elementos da equação? Vamos vencê-
lo de uma vez por todas!
“O perímetro de um triângulo retângulo é 18 cm. As medidas de seus lados são números consecutivos. Qual é a
medida da área dessa figura?”
Os dois primeiros passos nós já fizemos lá em cima, agora só nos resta terminar os outros 3.
Solução:
Vamos chamar de “x” o lado menor do triângulo. Se os lados são números consecutivos, então o lado
mediano é “x+1” e o lado maior é “x+2”.
Sabemos que perímetro é a soma dos lados, então x + x+1 + x+2 = 18. Resolvendo a equação, temos:
3x + 3 = 18
3x = 15
x = 5 cm
Note que 5 é o valor do lado menor, então o outro mede 6 e o maior mede 7. Se foi dito que é um triângulo
retângulo, então 7 é a hipotenusa. Logo, os valores que sobram para os catetos são 5 e 6.
Aqui não importa saber a ordem em que eles estão, o importante é notar que eles serão base e altura do
triângulo, justamente o que precisamos para usar a fórmula de área!
Chamando a área de “A” e aplicando a fórmula (b.h) / 2, temos:
A = (5.6) / 2
A = 30 / 2
A = 15 cm²
AVALIAÇÃO
Professor/a, sugira uma roda de conversa para realizar uma avaliação com a turma, tendo em vista as
habilidades desenvolvidas até aqui referente a interpretação e compreensão de problemas
matemáticos, para verificar, se foi possível, a partir dos conhecimentos e informações adquiridas, criar
novas propostas de aprendizagens de matemática no ambiente escolar e como foi refletir sobre esse
espaço pensando num bem comum a todos que circulam e convivem nele.
DESENVOLVIMENTO
Converse com os/as estudantes sobre as situações de interpretação e compreensão textual de problemas
em matemática, explicando a importância de uma boa leitura e compreensão do que está sendo pedido do
problema. Peça aos/à estudante que registrem suas percepções no diário de bordo, registramos todas as
situações vistas e criando outras novas. Pergunte aos/às estudantes se eles/as possuem conhecimentos
prévios para criar problemas contextualizados de matemática?
Professor/a depois de ouvir as respostas dos/as estudantes divida-os/as em grupos com até 5
componentes por grupo. Em seguida, peça para cada grupo criar um problema de matemática envolvendo
algum objeto do conhecimento da 2ª série do ensino médio, elaborar questões de matemática
contextualizadas é fundamental para engajar e motivar os/as estudantes. Para criar essas questões, é
importante relacionar os conceitos matemáticos com situações do cotidiano. Primeiramente, identifique os
tópicos matemáticos que deseja abordar e, em seguida, pense em cenários reais onde esses objetos do
conhecimento se aplicam. Utilize uma linguagem clara e objetiva, de modo que os/as estudantes possam
compreender facilmente o enunciado. Além disso, varie o grau de dificuldade das questões e inclua
diferentes formatos, como problemas de múltipla escolha e questões dissertativas. Dessa forma, você
estará contribuindo para o desenvolvimento do raciocínio lógico e habilidades práticas dos/as estudantes.
Uma das formas de organização dessa criação de problemas matemáticos contextualizados é proporcionar
ao/à estudante a produção do seu próprio conhecimento, considerar situações do cotidiano que estimulem
o interesse dos/as estudantes. Por exemplo, você pode elaborar problemas envolvendo compras no
supermercado, planejamento de viagens ou cálculos de distância e tempo. Esses exemplos práticos ajudam
os estudantes a entenderem a aplicação dos conceitos matemáticos, tornando o aprendizado mais
significativo e dinâmico.
Você pode organizar com os/as estudantes uma lista de problemas matemáticos destacando os problemas
do grupo, se a proposta tiver êxito propõe a criação de outros problemas envolvendo outros objetos do
conhecimento. Para ajudar no profecesso de criação pode acessar o texto Questões de matemática
contextualizadas: como elaborar e aplicar. Disponível em: https://www.teachy.com.br/blog/questoes-de-
matematica-contextualizadas-como-elaborar-e-aplicar Acesso em 14 de nov. 2023.
Proponha aos/às estudantes que registrem em seus diários de bordo esses problemas, considerando as
informações da interpretação de problemas de matemática. Será importante verificar se os problemas
criados possuem sentido para a aprendizagem da matemática. Essa produção é interessante para os/as
estudantes, pois ajudam na percepção e na compreensão dos dados e possíveis resultados encontrados
nos problemas. Assim, cada estudante poderá ter seus próprios problemas. Depois de criados, você pode
sugerir que os/as estudantes resolvam os problemas de outros/as estudantes para assim validar sua
escrita.
Na sequência pode ser criada uma roda de conversa para socialização dos problemas criados e suas
soluções.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
SAIBA MAIS
Para ajudar a organizar e socializar as descobertas sobre a criação de problemas matemáticos para
contribuir com a leitura e compreensão de textos matemáticos, sugira que os grupos criem podcast para
funcionar como arquivo que possa ser compartilhado com todos os/as estudantes da turma.
SAIBA MAIS
1. Faça o roteiro: Nada de sair gravando sem ter um roteiro em mãos. Veja a seguir uma relação
importante que deve compor o seu roteiro: apresentação dos locutores; introdução/avisos iniciais;
discussão sobre o assunto em questão; vinhetas rápidas de transição entre os blocos e de início e
final do programa; encerramento.
2. Ensaie, aqueça a sua voz: Não grave logo da primeira vez. Ensaie, certifique-se do momento em
que cada convidado vai falar. Assim, a gravação sairá mais fluída e de melhor qualidade.
3. Grave: Após o ensaio, é hora de gravar. Escolha um local silencioso, onde ninguém irá interromper
e outros sons não irão interferir na gravação.
4. Edite: Após a gravação, veja quais partes você precisa editar. Colocar, por exemplo, as vinhetas de
introdução e de fechamento do podcast.
5. Publique e divulgue: Escolha algum meio de comunicação para publicar o seu podcast. Uma ótima
forma de começar a publicar é pelo site ou mídias sociais da própria escola.
SISTEMATIZAÇÃO
AVALIAÇÃO
Professor/a, neste momento pode ser proposta uma autoavaliação para conscientização da
importância da atuação responsável, como protagonista de sua própria aprendizagem, respondendo a
questões como: O que eu aprendi? O quanto eu colaborei com o grupo? Auxiliei um colega da turma
durante os estudos? Precisei de auxílio? A sugestão de autoavaliação pode ser considerada também
por você, professor/a, para reconhecimento da efetividade de seu planejamento e das mediações que
realizou para promover a aprendizagem dos/as estudantes, refletindo, assim, sobre aspectos que
podem ser melhorados na continuidade dos encontros deste componente.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 4
INTRODUÇÃO
Muito se tem discutido sobre o ensino e a aprendizagem da Matemática. Professor/a peça aos/às
estudantes que reflitam sobre os questionamentos: o que faz um/a estudante ter sucesso ou fracasso em
Matemática? Quais caminhos aproximam os/as estudantes dessa disciplina? Por que tantos/as estudantes,
após anos de escolaridade fracassam na Matemática? São questionamentos feitos por educadores/as de
escolas públicas e particulares em todo o país. Sugira a eles que registrem as respostas e instrua-os/as a
registrarem no diário de bordo. Nos próximos encontros vamos continuar discutindo a resolução de
problemas em matemática, que é considerada um dos grandes desafios da matemática, quando se fala em
relacionar as informações fornecidas com os símbolos matemáticos, adequados para a solução dos
problemas. O/A estudante precisa entender a situação, identificando a operação mais adequada para a
resolução, e isso depende de uma leitura segura e de um processo interpretativo.
Uma dessas concepções, a resolução de problemas pode ser entendida como a meta do ensino de
matemática. Nessa perspectiva, o ensino de matemática, seus conceitos, técnicas e procedimentos devem
ser ensinados antes, para que depois o/a estudante possa resolver problemas. A partir de 1960 George
Polya em sua obra A Arte de Resolver Problemas: um novo aspecto de resolver problemas matemáticos.
Disponível em: https://l1nq.com/3DRnn acesso em 14 de nov. 2023, nasce assim uma nova maneira de
ensinar e de conceber a resolução de problemas como os processos de resolução, ou as formas de pensar
que cada pessoa utiliza para resolver situações que apresentam alguma questão a ser respondida.
O ensino tem, então, como foco as estratégias e os procedimentos utilizados para se chegar à resposta. A
resposta em si torna-se menos relevante. Essa concepção de resolução de problemas baseia-se na crença
de que, ao entender como se resolvem problemas, é possível ensinar a outros/as como fazê-lo. No ensino
os problemas são classificados por tipos, dependendo da estratégia que os resolve, e recomendam-se
esquemas de passos a serem seguidos para melhor resolver problemas. Ensinar como resolver problemas
permitiria aprender formas de pensar características da matemática e, portanto, aprender matemática.
Professor/a disponibilize os quatros problemas abaixo, enumerados de 1 a 4, em seguida divida os/as
estudantes em quatro grupos onde cada grupo fique um problema específico. Para realizar essa atividade é
sugerido a utilização da metodologia rotação por estações, cada grupo passará por todas as estações e fará
registros sobre o problema proposto em cada estação, em seguida eles farão registros das observações e
possíveis resoluções de cada problema analisado, depois eles/as devem compartilhar suas análises em uma
roda de conversa na qual poderá ser problematizados: que tipos de problemas foram apresentados a eles?
Como foi a solução? Eles/as tiveram alguma dificuldade em resolver, quais? Essa é uma forma de engajar
os/as jovens para que discutam estes temas e avaliem como podem influenciar seu poder de entendimento
sobre a matemática.
Entregue os problemas aos/às estudantes sem fazer comentários. Depois escute-os/as.
Problema 1: Joana é uma menina de 8 anos que gosta muito de brincar de LEGO. Todos os dias depois que
volta da escola às 13h, almoça e corre para a casa de Roberta para brincar. Joana levou 10 peças temáticas
de dinossauro, 12 peças temáticas ninjago e 8 peças temáticas de piratas para brincar. No final do dia,
quando foi arrumar suas coisas para ir para a casa, Joana percebeu que estava com o triplo de peças
temáticas ninjago e o dobro de 8 de peças temáticas de piratas, pois suas coisas se misturaram com as de
Roberta. Quantas peças temáticas de ninjago e de piratas eram de Roberta?
Problema 2: Josefa e Cicera têm juntas 10 reais. Quantos reais tem Cicera?
Problema 3: O açougue que fica no bairro de Carlos, a dois quarteirões de sua casa, vende por dia cerca de
15 quilos de carne bovina, 12 unidades de frango e 5 quilos de peixe fresco.
Problema 4: Antônio comprou uma televisão no valor de R$ 950,00, dividida em 10 prestações iguais. Ao
pagar a 4º prestação, recebeu de presente de seu avô, o restante do dinheiro para a quitação do aparelho.
Quanto Antônio recebeu?
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
Escute os/as estudantes, questione sobre o que eles/as perceberam sobre os problemas. Depois explique
que o Problema 1 é um problema com excesso de dados; o problema 2 é um problema com infinitas
possibilidades; o problema 3 é um problema incompleto e eles precisam completar o enunciado. Já o
problema 4 é um problema convencional.
Após passarem pelas estações, os/as estudantes produzem um relatório sobre o que compreenderam
sobre os tipos de problemas apresentados. Organize a apresentação dos grupos.
AVALIAÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Professor/a, retome com os/as estudantes o que aprenderam sobre os tipos de problemas. Neste material
trataremos sobre a perspectiva metodológica da resolução de problemas.
TIPOS DE PROBLEMA
A) PROBLEMAS CONVENCIONAIS
Oriente aos/às estudantes que em grupos resolvam os dois problemas propostos:
1. Um homem entrou em um pomar cruzando sete porteiras e pegou algumas laranjas. Quando voltou
encontrou um guarda em cada porteira que para deixá-lo passar exigia metade das laranjas que ele tinha
nas mãos, mais uma laranja. Assim aconteceu em cada porteira e ele saiu com apenas uma laranja depois
de cruzar a sétima porteira. Quantas laranjas ele apanhou no pomar?
2. Uma fábrica de roupas possui 300 m de tecido para fazer camisetas. Em cada camiseta gastam-se 176 cm
de tecido. Quantas camisetas a fábrica consegue produzir com esse tecido?
Depois de certo tempo de resolução pergunte a eles quais são as semelhanças e diferenças entre os dois
problemas? Podemos dizer que eles fazem parte de um mesmo grupo de problemas? Ao analisarmos mais
cuidadosamente cada problema veremos que um dos aspectos nos quais eles se diferenciam é na
estrutura do texto. O primeiro problema é classificado como problema não convencional e o segundo como
problema convencional. Não deixe eles desistirem de encontrar a solução.
As características básicas de um problema convencional são: texto na forma de frases, diagramas ou
parágrafos curtos; os problemas vêm sempre após a apresentação de determinado conteúdo; todos os
dados de que o/a resolvedor/a necessita aparecem explicitamente no texto e, em geral, na ordem em que
devem ser utilizados nos cálculos; os problemas podem ser resolvidos pela aplicação direta de um ou mais
algoritmos; a tarefa básica na sua resolução é identificar que operações são apropriadas para mostrar a
solução e transformar as informações do problema em linguagem matemática; a solução numericamente
correta é um ponto fundamental, sempre existe e é única.
Professor/a, crie e resolva junto com os/as estudantes outros problemas convencionais.
SAIBA MAIS
SISTEMATIZAÇÃO
Para concluir essa atividade diante da resolução de problemas divida a turma em grupos, em que cada
grupo deverá escolher um dos tipos de problemas vistos e, a partir desse recurso, eles/as devem
desenvolver os seguintes comandos:
Cada grupo deve elaborar uma situação-problema que envolva os problemas convencionais ou não
convencionais;
Essa situação problema deve ser feita com objetos do conhecimento do Médio;
Utilize a metodologia rotação por estações, peça que cada grupo coloque o problema em um envelope,
dispostos em estações diferentes onde os grupos de estudantes terão que resolver os problemas criados
pelos outros grupos.
Quando todos os grupos tiverem resolvidos os problemas será o momento de socializar as respostas e o
passo a passo de criação e resolução dos problemas, os objetos do conhecimento escolhidos, além disso,
os grupos devem apresentar as dificuldades encontradas durante a elaboração das situações-problemas e
depois apresentarão as dificuldades em resolver as situações criadas pelos colegas do outro grupo.
Finalize esse processo com as apresentações dos/as estudantes, solicitando que registrem no diário de
bordo seus aprendizados individuais e os obtidos com os demais grupos. Pedir também aos/às estudantes
que criem problemas convencionais e não convencionais para registrarem em seu diário de bordo.
Aproveite essa oportunidade para dar a devolutiva das apresentações.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
ATIVIDADE 5
INTRODUÇÃO
Professor/a, nessa atividade vamos aproximar algumas metodologias que envolvam tecnologia e a
Matemática, nela você pode explorar todo conhecimento que possui sobre as tecnologias que possam
contribuir com o processo ensino aprendizagem da matemática. Sabe-se da importância do uso das
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) em meio social e também na educação, nesta
última ocorre principalmente com os softwares educativos. Pode ser lançado questionamentos aos/às
estudantes sobre quais tecnologias digitais devem ser usadas em sala de aula? Deve aparecer muitas
situações, pois muitos estudantes já trabalham com robótica, gamificação, pensamento computacional,
programação, jogos na rede. O uso de determinada tecnologia depende sempre do objeto do
conhecimento que está sendo trabalhado pelo professor durante a formação geral básica, como por
exemplo em aulas de geometria o professor pode usar o GeoGebra e/ou Geometrix entre outros. Durante
as aulas de matemática podem ser usados: Webquest, Scratch, Mathway, Khan Academy, Panda
Matemática entre outros que dependem do domínio que o/a professor tenha para usá-los em sala de aula.
O software educativo proporciona aos/às estudantes uma melhor visualização dos objetos do
conhecimento abordados levando-os/as a pensarem e refletirem sobre o que está sendo trabalhado
naquele momento em sala de aula, dessa forma os/as estudantes podem tirar suas dúvidas e formular
conclusões sobre os objetos do conhecimento, com o software o/a estudante tem a oportunidade de
aprender de forma participativa.
Entre os software educativos veremos aqui um pouco sobre o pensamento computacional e a gamificação.
Para entender um pouco mais sobre Pensamento Computacional que é uma técnica de solução de
problemas baseada no modo em que os computadores “pensam”. Ela copia os processos presentes na
formulação de algoritmos e programas computacionais e aplica-os na resolução de problemas complexos.
O uso do pensamento computacional em sala de aula requer do/a estudante uma exploração e análise total
dos problemas a serem resolvidos; que busquem uma linguagem para que os problemas e suas soluções
sejam resolvidas com facilidade; e algumas explicações detalhadas de todos os problemas e porque cada
resolução foi inserida no método. Para entender mais veja o vídeo práticas para o ensino da matemática -
pensamento computacional.
disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=a1vSQhXn2H4
Acesso 14 de novembro de 2023.
Decomposição: os problemas ou desafios são separados em partes menores para que possam ser
identificados e solucionados rapidamente;
Abstração: também conhecido como generalização, significa focar em apenas em elementos
importantes do problema e ignorar detalhes irrelevantes;
Reconhecimento de padrões: também conhecido como visualização de dados e informações. Nos
fragmentos, procuram-se similaridades entre e dentro de cada problema para que padrões possam ser
identificados;
Algoritmo: a culminação de todas as etapas anteriores leva a criação de algoritmos capazes de
desenvolver uma solução passo a passo, ou das regras para que a solução possa ser feita.
Desenvolver instruções para resolver problemas ou Escrever os passos de resolução para que outros
passos para a tarefa usem
Quando o/a estudante está diante de um problema de matemática antes de resolvê-lo ele precisa
considerar alguns aspectos fundamentais, a saber:
Professor/a sugerimos dividir os estudantes em quatro grupos, distribuir entre os grupos problemas que
envolvam os objetos do conhecimento da 2ª série onde os grupos ficam com problemas diferentes. A
proposta aqui é que eles usem o pensamento computacional para resolver os problemas. Depois de
resolvidos os problemas usando o pensamento computacional fazer uma socialização com os estudantes.
SAIBA MAIS
Video-aula sobre LOGO, uma língua de programação criada por Seymour Papert e colegas, com
base no construtivismo de Jean Piaget. Esta videoaula contextualiza a importância histórica de
Logo para a Informática na Educação. São apresentados os fundamentos do uso educacional, os
principais comandos e exemplificados alguns conteúdos educacionais trabalhados com essa
língua.
AVALIAÇÃO
Professor/a, neste momento pode ser proposta uma autoavaliação para conscientização da
importância da atuação responsável, como protagonista de sua própria aprendizagem, respondendo a
questões como: O que eu aprendi? O quanto eu colaborei com o grupo? Auxiliei um colega da turma
durante os estudos? Precisei de auxílio? A sugestão de autoavaliação pode ser considerada também
por você, professor/a, para reconhecimento da efetividade de seu planejamento e das mediações que
realizou para promover a aprendizagem dos/as estudantes, refletindo, assim, sobre aspectos que
podem ser melhorados na continuidade dos encontros deste componente.
DESENVOLVIMENTO
Realizar uma roda de conversa tendo como tema o pensamento computacional na resolução de problemas
de matemática. A conversa poderá ser pautada em questionamentos como: a resolução de problemas
ficaram mais fáceis ou mais difíceis com o pensamento computacional? Houve motivação para com a
metodologia utilizada? Foi possível pensar coletivamente no planejamento de uma solução? Nesse
questionamento, auxilie os/as estudantes a perceber uma relação com a metodologia Aprendizagem
Baseada em Projetos e habilidades valorizadas no mundo do trabalho, como a colaboração, a flexibilidade,
o trabalho em equipe, a dedicação, a criatividade, a comunicação e a liderança.
Dando continuidade ao uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação com uso da
matemática, abordaremos agora a Gamificação como estratégia pedagógica que incorpora elementos dos
jogos ao processo de aprendizagem. O objetivo da gamificação no ensino é aproveitar meios conhecidos já
pelos/as estudantes para fazer com que eles consigam criar um conhecimento sobre determinado assunto
escolar.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
O dinamismo dos jogos auxilia no raciocínio, no comportamento mais ágil na resolução de problemas e
superar desafios, além de estimular o desenvolvimento de habilidades, aguçar a criatividade, motivar e
promover a interação dos alunos.
Para que uma proposta de aula gamificada gere o engajamento desejado, é necessário que algumas etapas
sejam respeitadas:
A metodologia das aulas gamificadas cobre um amplo espectro de práticas que abrangem tanto a presença
de elementos de jogos e games em sala de aula, entretanto, não é necessariamente um jogo. De um modo
geral, para qualquer uma dessas modalidades, há uma estrutura básica:
A gamificação utiliza de narrativas épicas que visam envolver os/as estudantes em um contexto gerando
entusiasmo e motivação, as histórias criadas para o projeto são de origem autoral misturaram histórias de
conto de fadas, batalhas e desenhos animados que são comumente alvo da curiosidade e prazer infantil
como instrumento de conexão entre do tema do projeto e as preferências dos estudantes.
Considerando a utilização de gamificação nas aulas de matemática o/a professor/a pode utilizar a
WebQuest e/ou Scratch para criação de atividades gamificadas. Nesse momento, dividir os/as estudantes
em grupos e levá-los para o laboratório de informática da escola (caso exista, se não usar outra
metodologia) onde eles terão que criar uma Webquest com um objeto do conhecimento da 2ª série do
ensino médio da área de matemática e suas tecnologias, para saber mais sobre a metodologia Webquest
nas aulas de matematíca sugerimos ler o artigo UTILIZAÇÃO DE WEBQUEST NA AULA DE MATEMÁTICA,
disponível em:
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_rosana_gagliotti_dio
Acesso em: 10 jan. 2024. Caso seja viável usar a metodologia Scratch com os objetos do conhecimento da
matemática da 2ª série do ensino médio. Como orientação para usar o scratch em sala de aula ver scratch
Brasil, disponível em: https://www.youtube.com/@scratchbr Acesso em 10 de jan. 2024.
Ao final da produção realizar uma roda de conversa sobre a produção dessa atividade.
AVALIAÇÃO
A gamificação em sala de aula é atividade bastante engajadora e que não se encerra em si. Pelo
contrário, após os jogos construídos, é o momento de jogá-los, testar seus atributos e jogabilidade.
Nesse sentido, a avaliação pode se dar justamente nesse momento e poderá ser realizada pelos
próprios colegas ao testar os jogos de outros grupos. Trata-se assim, de um processo de avaliação por
pares, em que os membros de uma outra equipe devem dar feedback a seus colegas, listando coisas
que apreciam e que precisam de melhoria, por meio de uma ficha de avaliação. Ter clareza sobre os
resultados esperados ao término da atividade e deixar isso claro para os estudantes é fundamental
para que compreendam o que eles devem ser capazes de fazer.
COMPONENTE 4 - ATIVIDADES
SISTEMATIZAÇÃO
Agora os/as estudantes devem promover o compartilhamento de suas produções, de acordo com o modelo
que selecionaram para isso. Divulgar o trabalho é um exercício da cidadania e do protagonismo, que deve
ser valorizado e enfatizado neste momento.
AVALIAÇÃO
interações nos grupos e entre os grupos. Você observou o protagonismo dos/as estudantes ao
discutirem e organizarem a produção nos diários de bordo, estabelecendo relações entre seus hábitos
de consumo e a realidade local, na elaboração dos infográficos, podcasts, entrevistas e vídeos, e na
sistematização de todo o processo de planejamento das produções, em diálogo com os demais
componentes.
Dê feedbacks aos/às estudantes sobre a evolução deles/as durante todo o componente, evidenciando
como foi a compreensão de todo o processo na utilização das tendências da educação matemática,
observando os contextos de uso, considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e
estéticas envolvidas, e expandindo as formas de produzir sentidos, ampliando suas possibilidades de
explicação, interpretação e intervenção crítica da/na realidade, sobretudo no universo midiático. Peça,
também, para que se auto-avaliem em relação aos papéis que desempenharam, que reflitam sobre
suas participações nos grupos, sobre autonomia, colaboração, gestão do tempo etc. Converse com
os/as estudantes para alinhar possíveis sugestões que foram discutidas em outras aulas dessa turma,
considerando que a elaboração do diário de bordo foi sinalizada em todos os componentes.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DE ALAGOAS
REVISORES
DIAGRAMAÇÃO