TCC - Patologias em Paredes de Concreto - Correção Final - 06-12-21
TCC - Patologias em Paredes de Concreto - Correção Final - 06-12-21
TCC - Patologias em Paredes de Concreto - Correção Final - 06-12-21
ASSIS
2021
BRUNA NATHALY GOMES DOS SANTOS
GABRIELA MARTINS CARVALHO
GUSTAVO DE SOUZA MELO
KARINE NASCIMENTO DIAS
KETHELYN BEATRIZ BARRANCO DA CRUZ
ASSIS
2021
BRUNA NATHALY GOMES DOS SANTOS
GABRIELA MARTINS CARVALHO
GUSTAVO DE SOUZA MELO
KARINE NASCIMENTO DIAS
KETHELYN BEATRIZ BARRANCO DA CRUZ
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________/______/______
Orientador: Prof. Esp. Rafael Augusto de Lima Costa
Universidade Paulista – UNIP – Campus Assis
__________________________________________/______/______
Examinador: Prof. Me. André Campos Colares Botelho
Universidade Paulista – UNIP – Campus Assis
Dedicamos essa conquista a nossas famílias
que nos apoiaram durante toda jornada. E a
nosso orientador, por toda ajuda, atenção e
conhecimento propagado.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus, por ter dado força para enfrentar as dificuldades, para
superar os desafios e chegar ao fim desta jornada que é uma das conquistas mais
importante de nossas vidas.
Agradecemos ao nosso professor e orientador Rafael Augusto de Lima Costa,
por toda dedicação, compreensão, companheirismo e por todo conhecimento que nos
foi propagado.
Aos nossos professores que se empenharam sempre em nos transmitir não só o
conhecimento necessário, mas também por toda amizade.
A Universidade, ao seu corpo docente, a direção e a administração, que nos
oportunizaram grandes conquistas.
À nossas famílias por todo amor, apoio e incentivo no decorrer de nossa jornada.
Aos nossos colegas de classe que partilharam conosco todas as dificuldades e
conquistas durante esses 5 anos de dedicação.
E a todos que, de alguma forma, contribuíram para o desenvolvimento deste
trabalho.
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém
viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou
sobre aquilo que todo mundo vê.”
(Arthur Schopenhauer)
RESUMO
SANTOS, Bruna Nathaly Gomes dos; CARVALHO, Gabriela Martins; MELO, Gustavo
de Souza; DIAS, Karine Nascimento; CRUZ, Kethelyn Beatriz Barranco da. Patologias
do sistema construtivo paredes de concreto moldadas “in loco”. 2021. Trabalho de
Conclusão de Curso da Graduação em Engenharia Civil da Universidade Paulista -
UNIP - Campus Assis. Assis, São Paulo. 2021.
SANTOS, Bruna Nathaly Gomes dos; CARVALHO, Gabriela Martins; MELO, Gustavo
de Souza; DIAS, Karine Nascimento; CRUZ, Kethelyn Beatriz Barranco da.
Pathologies of the building system molded concrete walls “in loco”. 2021. Work of
Course of Graduation in Civil Engineering from Universidade Paulista - UNIP - Campus
Assis. Assis, São Paulo. 2021.
One of the construction systems used to face the housing deficit, promote rationality and
productivity is the Concrete Walls System molded in loco. In this model, the wall is
molded in loco, in modular forms, and has the following advantages: execution speed,
reduced labor, reduced overall cost, considerable performance and minimized waste
generation, in addition to proportional production and a standardization of the quality of
the works due to the industrialization of the system. Even with the technological
advances in construction and the use of materials with stricter quality control, there is
still a large number of buildings with the most diverse pathologies. Pathological
manifestations for the Concrete Walls System can become an obstacle to the physical
and financial schedule of the work, so it is necessary to try to understand the
relationship between execution, deadlines and quality to be associated with good
technology and avoid construction anomalies. During the entire construction process, it
is important to be aware of pathological manifestations and know how to identify them,
as well as identify their possible causes and seek to improve operational techniques
acquired by standards and research, in order to maintain high standards of productivity,
quality, safety and profitability of buildings executed in the Concrete Walls System cast
in loco.
NR Norma Regulamentadora
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 18
3. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 93
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 95
18
1. INTRODUÇÃO
Mesmo com o uso de materiais com maior controle de qualidade e avanço das
técnicas construtivas empregadas, ainda se observa um grande número de edificações
apresentando patologias das mais variadas espécies. A maioria das anormalidades que
geram patologias, são decorrentes do mau gerenciamento dos projetos e/ou da
execução inadequada dos serviços. Porém, os problemas patológicos podem ter origem
em qualquer etapa do processo de construção da obra, tais problemas podem ser
atribuídos a uma série de fatores, não apenas ao fracasso de uma etapa isolada. Com
isso, é necessário controle constante aliado a procedimentos eficientes de inspeção
que garantam a durabilidade das edificações, possibilitando que essas cumpram a vida
útil com a qualidade prevista.
20
1.1. Justificativa
sua vida útil a segurança, o conforto e plena qualidade. Deste modo, espera-se com
este trabalho contribuir para o avanço do uso de paredes de concreto, perpetuando os
seus benefícios, e sanar e/ou diminuir as patologias e suas respectivas problemáticas.
22
1.4. Metodologia
2. REFERENCIAL TEÓRICO
que gera uma economia de custos. Sobre a economia de custos ao processo executivo
do método construtivo estudado têm-se que:
[...] a aplicação deste sistema pode permitir a eliminação de até dez etapas
executivas (arremates de esquadrias, produção de argamassa de
assentamento, transporte de materiais, entre outras) quando comparada à
utilização de sistemas convencionais (FERREIRA, 2012, n.p.).
2
Também chamados de mocheta ou dutos, são aberturas verticais para a passagem de
tubulações, sobretudo para instalações hidrossanitárias e elétricas.
27
2.1.2.1. Fôrmas
2.1.2.2. Armadura
A NBR 16055:2012 define os materiais das armaduras como barras de aço, telas
soldadas e treliças de aço conforme as normas que as regem.
As paredes possuem função estrutural e por essa razão precisam ser armadas,
geralmente com arranques que prendem as telas que se situam em toda a dimensão
das paredes e laje e ainda barras de aço nas cintas superiores das paredes e reforços
de portas, janelas e da própria parede ou em esperas para ar-condicionado. Existem
dois tipos de armadura que são utilizados nas paredes e lajes:
• Aço em barras: que precisam obedecer a ABNT NBR 7480 – Barras e fios de
aço destinados a armaduras para concreto – especificação. A Figura 4 ilustra
o uso de barras de aço em vãos.
O projetista deve se atentar para que seja obedecido o espaçamento ideal entre
os elementos para a concretagem, verificando-o após a montagem para que seja
autorizada a concretagem. Quando a armadura estiver em intercessão com outros
elementos construtivos, eles só devem ser cortados após a autorização do responsável
pelo projeto estrutural e jamais se deve aplicar uma armadura de especificação
diferente sem a permissão do projetista. Além disso, o processo de ancoragem dos
elementos de armadura por meio de dispositivos mecânicos ou por aderência deve
seguir o que determina o projeto estrutural, sem alterações (NBR 16055, 2012).
fabricante não atrase os pedidos, planejando-os com antecedência e que haja uma
logística de distribuição eficiente no canteiro. Quando as telas e barras são compradas
com dimensões de fábrica, é indispensável um plano de corte e dobra que evite as
perdas e a criação de uma central de corte e dobra que acompanhe o cronograma da
obra. Além disso, é imprescindível que as armaduras estejam limpas e seu cobrimento
e posicionamentos sejam inspecionados seguindo o especificado no projeto (FONSECA
JR, 2008).
2.1.2.3. Concreto
3
Ensaio realizado com o concreto em estado fresco, onde espalha-se a amostra em uma placa
metálica para análise da classe de fluidez dos concretos autoadensáveis.
36
2.1.3.2. Fundação
Com a fundação concluída faz-se a marcação na laje base das linhas internas e
externas das paredes, para orientar o posicionamento dos painéis das fôrmas,
assegurando o posicionamento correto delas seguindo o projeto. Após colocam-se as
guias de alinhamento, formadas por cantoneiras e que devem ser parafusadas no piso,
para alinhar a base da fôrma. Espaçadores no chão também devem ser instalados de
modo que o distanciamento entre as fôrmas seja mantido. A marcação é realizada a
partir do eixo central da parede, considerando 5 centímetros para cada lado, totalizando
a distância de 10 centímetros da espessura da parede, e para a colocação das fôrmas,
são necessários mais 8 centímetros de cada lado da marcação (interno e externo),
podendo adequar as distâncias conforme exigências de desempenho (ABCP, 2007).
Nessa etapa são feitas as demarcações dos posicionamentos das paredes e dos
vãos das portas. Nos vãos das portas são instaladas ferragens perpendiculares à laje
servindo como base para a armadura, que será presa a ela e a outros pontos que serão
inseridos no eixo das paredes. Então, são realizadas perfurações nas lajes para fixação
das barras de aço da mesma bitola que as dos reforços da estrutura, que servirão como
alinhamento e ponto de amarração para as telas das paredes. O espaçamento das
barras varia conforme o projeto, sendo no mínimo três pontos de fixação por parede
(ABCP, 2007). A Figura 6 detalha a estrutura de uma construção.
39
2.1.3.4. Armação
que a tela é amarrada em "L" respeitando o espaçamento da malha e de forma que ela
fique firme, então a tela soldada é instalada, a partir das cantoneiras (SAMPAIO et al.,
2016).
As telas são instaladas sem recortes, cobrindo as portas e os vãos das janelas
dos cômodos, exceto a porta principal da construção, os vãos das janelas, bem como o
das portas, são recortados no seu entorno e reforçados com barras de aço, após o
posicionamento completo da armadura vertical, para evitar os esforços de cisalhamento
e possíveis fissuras (SAMPAIO et al., 2016).
É importante assegurar o cobrimento e a centralização das armaduras principais
e de reforço, no eixo da parede, para isto utilizam-se espaçadores plásticos, que são
distribuídos por toda área da armação. Na Figura 7 pode-se observar a armação em
telas de paredes com os espaçadores posicionados.
A Norma ABNT NBR 16055:2012 não permite que as tubulações passem nos
encontros de paredes, e o uso de tubulações horizontais, com exceção aos casos em
que a tubulação tenha até um terço do comprimento da parede, desde que não
ultrapasse um metro.
No intuito de evitar patologias, é indicado que não haja emendas nas instalações,
e caso sejam necessárias, devem ser feitas utilizando luva de pressão do mesmo
fabricante.
armação, diferente das instalações elétricas, com o intuito de facilitar a execução dela.
Nas paredes o assentamento a tubulação deve ser simultâneo à armação, em razão da
necessidade de pontos de apoios.
Com os passantes limpos e conferidos, realiza-se a passagem das tubulações e,
subsequentemente, realizam-se as emendas utilizando cola. Em hipótese alguma se
esquenta a tubulação, pois isso acarretará a perda de suas características de pressão e
resistência mecânica (GOÉS, 2013).
Para evitar emendas desnecessárias, devem-se montar os kits de distribuição
com diâmetro, caimento e comprimento adequados na altura correta. Depois de
finalizada a distribuição, executa-se a colocação dos ralos e cotovelos de bacia com o
uso de perfilados e abraçadeiras especificam para tal serviço. Na Figura 9 é possível
observar o posicionamento das instalações hidrossanitárias nas paredes moldadas “in
loco”.
2.1.3.7. Concretagem
parede, tanto internas quanto externas (ABCP, 2007). Assim, a estrutura das paredes
de concreto está finalizada, pronta para que se iniciem as etapas de acabamentos.
2.1.3.9. Acabamento
2.1.4.1. Vantagens
2.1.4.2. Desvantagens
2.2. Patologias
Diante do que foi exposto anteriormente pela autora Miotto (2010) torna- se
notório a importância de uma análise precisa destes problemas patológicos. Portanto, é
necessário que se delibere um sistema avançado para controle e supervisão em todas
as etapas da obra incluindo sua origem, execução e etapas posteriores, a fim de evitar
transtornos porvindouros.
As anomalias podem ocorrer de diferentes modos, bem como as manifestações
leves, as quais afetam habitualmente os moradores, principalmente, no seu conforto em
geral. Contudo, existem fatores maiores, nos casos mais graves, aos quais podem levar
até ao desmoronamento.
Dentre as patologias mais comuns das Paredes de Concreto, destacam-se as
seguintes:
• Fissuras, Trincas e Rachaduras;
• Corrosão da armadura;
• Deterioração do concreto;
• Segregação;
• Eflorescências;
• Carbonatação;
• Perda de aderência.
são quase que imperceptíveis, porém é relevante um estudo de suas causas para inibir
seu avanço, ainda assim gera consequências a estrutura.
Por fim, o último estado desta irregularidade proveniente das fissuras, são as
rachaduras, que consistem numa abertura significativa, a qual permite acesso de vento,
luz e água de ambiente extrínseco e, por este motivo, é demasiadamente a mais
preocupante. Tendo em vista sua aptidão a provocar a impossibilidade de uso do
edifício, torna sua recuperação complexa devida o alto custo para a obra. Destarte, é
necessária ampla atenção neste tipo de patologia desde sua fase inicial, com intuito de
reprimir infortúnios futuros. A Figura 12 demonstra e diferencia essas três anomalias.
2.2.5. Segregação
2.2.6. Eflorescência
2.2.7. Carbonatação
Um aspecto curioso nesta questão tem sido o apetite de se procurar definir qual
a atividade que tem sido responsável, ao longo dos tempos, pela maior quantidade de
erros. Pode ser considerada extensa a lista de pesquisadores que têm procurado
relacionar, percentualmente, as várias causas para a ocorrência de problemas
patológicos, contudo, nem todos os autores seguem a classificação-padrão
relativamente às origens dos vários problemas patológicos.
Ao analisar uma estrutura de concreto "doente", é absolutamente necessário
entender as razões do aparecimento e desenvolvimento da doença, e descobrir as
razões antes de prescrever e posteriormente aplicar as medidas corretivas necessárias.
É importante entender as causas raízes da deterioração, não apenas para realizar os
reparos necessários, mas também para garantir que a estrutura não se degrade
novamente após os reparos (SOUZA; RIPPER, 2009).
Segundo Mesomo:
63
Outro fator que destaca a importância do tema é o fato que a maioria dos
problemas de fissuração encontrados no concreto podem ser prevenidos nas fases de
projeto e execução. Sendo que, com a compreensão das consequências de ações, há
uma melhora na qualidade das construções.
Segundo Mesomo (2018 apud. Campagnolo, 2017), o aparecimento de trincas e
fissuras logo na fase de execução de obra é um fator preocupante. São pontos de
possível infiltração de agentes agressivos e muito possivelmente ocorra carbonatação
do concreto no local, que pode despassivar as armaduras. A despassivação das
armaduras é o primeiro passo para o início da corrosão delas, outra manifestação
patológica que prejudica a estrutura e que pode ocasionar em fissuras ainda maiores,
paralelas à armadura corroída, por causa do descolamento causado pela redução da
seção do aço.
Podem ter suas origens por falhas na execução tanto na etapa de lançamento e
adensamento do concreto plástico quanto após, já endurecido. Segundo Mesomo (2018
apud. Campagnolo, 2017, p.141):
Em seu livro, Souza e Ripper (2009) apontam que as causas de deterioração das
estruturas podem ser divididas em intrínsecas e extrínsecas. Onde as causas
intrínsecas têm origem nos materiais e peças estruturais durante a fase de execução e
utilização da obra. Já as causas extrínsecas, entende-se por determinação que não
depende do corpo estrutural nem da composição dos materiais, as mesmas ocorrem no
meio externo, avançando para o meio interno.
Para que as solicitações de uma estrutura gerem fissuras, aquelas precisam ser
maiores que a sua resistência. Para tal, há três possíveis situações: erro de projeto,
erro de execução, mudança de uso ou que algum esforço imprevisível passe a exercer
influência sobre a estrutura (SOUZA; RIPPER, 1998).
Portanto, ao fazer o estudo pormenorizado de uma estrutura de concreto que
apresente um processo de fissuramento, é necessário fazer um mapeamento e
classificação que segundo Souza e Ripper (1998, p. 57) “consiste na definição da
atividade ou não das mesmas (uma fissura é dita ativa, quando sua constituição ainda
atua sobre a estrutura, sendo inativa, ou estável quando sua causa tenha então deixado
de existir”.
Na Figura 19, são apresentados alguns exemplos de fissura por uma solicitação
superior à suportada pela estrutura.
2.3.1.4. Retração
2.3.4. Eflorescência
Quando estas águas entram em contato com a pasta de cimento, elas tendem a
hidrolisar4 ou dissolver os produtos contendo cálcio. O hidróxido de cálcio é o
constituinte que, devido à sua solubilidade alta em água pura, é mais sensível à
eletrólise, ocorrendo a lixiviação5. Além da perda de resistência, a lixiviação do
hidróxido de cálcio pode ser indesejável por razões estéticas. O resultado da lixiviação
interage com o CO2, presente no ar, resultando na precipitação de crostas brancas de
carbonato de cálcio na superfície, fenômeno conhecido como eflorescência (MEHTA et
al, 1994).
4Decompor(-se) uma substância por hidrólise, processo ou uma reação química qualquer em que
as moléculas de substâncias diferentes são fragmentadas em unidades menores por meio da
interação dos íons presentes nos compostos, sejam eles cátions ou ânions, atuantes a partir da
presença da água.
5
Tratasse da extração ou solubilização dos constituintes químicos pela ação de um fluido
percolante.
74
Nesta atividade, devem ser tomadas todas as medidas necessárias para garantir
o bom andamento da construção, e de conformidade com as características da obra,
através do cronograma de atividades, previsão de aquisição de materiais, distribuição
de execução e definição do “layout” do canteiro de obras para personalizá-lo.
Nesta fase, os defeitos construtivos são os defeitos mais frequentes, na maioria
dos casos a equipe técnica carece de qualificação profissional. Entre eles podemos
citar:
• Falhas de concretagem;
• Deficiência nas armaduras;
• Desconformidade de fôrmas e escoramentos;
• Instalações inadequadas.
na Figura 24, e da armadura, bem como chumbadores que podem estar embutidos em
elementos estruturais (MAZER, 2008).
de barras de aço ou barras de aço insuficientes, pois a falta de barras de aço colocará
em risco a segurança estrutural da parede de concreto, formando fissuras e trincas
apareçam nos cantos das paredes, janelas e portas (locais de colocação de reforços e
encontro de tela).
Outro caso se dá pelo posicionamento incorreto do espaçador na parede, esta
anormalidade é causada pela má fixação dos espaçadores na barra de aço e sua
origem está intimamente relacionada à execução da moldura, conforme mostrado na
Figura 32. Essa patologia não causa riscos estruturais diretamente (OLIVEIRA, 2019).
número maior de retrabalhos, insatisfação dos clientes e em casos mais graves pode
haver o comprometimento da estrutura e até desabamentos.
Os prejuízos financeiros ocorrem, pois, com as patologias, vêm os retrabalhos ou
até serviços adicionais que consequentemente aumentam o consumo de materiais e a
necessidade da mão de obra, caracterizando mais custos dentro da obra e que na
maioria das vezes não estavam contabilizados no orçamento. Os prejuízos financeiros
podem ocorrer também por conta dos atrasos no cronograma da obra, visto que devido
aos atrasos os custos indiretos da obra, como mão de obra, consumo de água, energia
elétrica, internet, gastos com alojamento, alimentação e deslocamentos, são
prorrogados até o término da obra, estendendo também o custo final e causando
prejuízos financeiros.
Os atrasos no cronograma da obra decorrentes das patologias na maioria das
vezes ocorrem por conta dos retrabalhos e/ou dos trabalhos adicionais que precisam
ser realizados, pois estes demandam de tempo, que muitas vezes não foi contabilizado
no cronograma. Há também outros fatores que devem ser levados em consideração
que podem ocasionar atraso da obra, como por exemplo, atrasos na identificação das
patologias, atraso na correção das patologias e até mesmo o atraso da entrega dos
materiais que serão utilizados na correção das patologias.
São vários os motivos para que uma estrutura chegue ao seu colapso, erros de
projetos, falhas e vícios construtivos, materiais de baixa qualidade, mão de obra não
qualificada são alguns dos exemplos mais comuns. Outro motivo que também deve ser
levado em consideração é o atraso na identificação e/ou na correção das patologias
que pode acarretar a piora das patologias já existentes causando mais transtornos
financeiros, econômicos e podendo chegar até à ruína da edificação.
A insatisfação dos clientes é causada por conta dos prejuízos financeiros,
atrasos na entrega da obra, desvalorização da edificação ocasionada pela patologia e
também prejuízo ao aspecto estético e funcional da obra. Gerando ainda a
desqualificação da construtora ou do executor da obra.
91
Para se evitar todo transtorno causado pelas patologias, é preciso tomar alguns
cuidados durante as três etapas da construção.
Durante a etapa de concepção é de suma importância que se faça todos os
estudos necessários, realize um bom planejamento, decida todos os aspectos técnicos
referentes à execução da obra, para que na etapa de execução não aconteçam
improvisações e para que os imprevistos possam ser resolvidos de maneira rápida,
causando o mínimo impacto possível.
Para a etapa de execução é preciso investir em uma boa gestão de obras,
profissionais muito bem qualificados, em boas condições de segurança no trabalho,
bem como em um bom controle e armazenamento de materiais e equipamentos, é
preciso também manter a organização e limpeza no canteiro de obras, e o mais
importante, possuir um maior controle de qualidade durante todo o processo executivo
da obra.
Na etapa de utilização é preciso conscientizar os usuários a fazerem o uso
correto da edificação, manter as manutenções prediais preventivas em dia, fazer as
manutenções corretivas quando necessário e observar para manter a integridade a
obra durante sua vida útil.
3. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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