Relatório Trabalho 4

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Licenciatura em Engenharia biomédica

Unidade curricular: Física Geral

Trabalho 4- Estudo de uma onda estacionária


numa Corda

Ana Guimarães 1221327


Luana Rocha 1220987
Mafalda Faria 1221237

Data de realização:
18/05/2023

1
1. Objetivos

 Observação de uma onda estacionária numa corda


 Verificação experimental da relação 𝑓 = (𝑣/2𝑙) *𝑛 para uma onda estacionária
 Determinação da velocidade de propagação da onda

2. Introdução teórica

Uma onda estacionária é a uma onda que resulta da sobreposição de outras ondas
que se propagam na mesma direção, mas em sentidos opostos, no entanto, estas
ondas são originadas pelas reflexões em ambas as extremidades de um fio e
correspondem a ondas transversais.

Esta onda é obtida para um dado comprimento do fio e para certas frequências,
sendo que ambas as extremidades do fio têm de se encontrar fixas. Este tipo de ondas
é composto por pontos em que a amplitude de vibração é nula – nodos - e pontos em
que a amplitude de vibração é máxima - antinodos.

O número de nodos que se formam entre as extremidades do fio depende do


comprimento de onda. Assim sendo, podemos relacionar o comprimento do fio, l, e o
comprimento de onda, λ, nas condições fronteira (a amplitude de oscilação é nula nas
extremidades):

l=n∗(λ2)

Considerando que a velocidade de propagação resulta da raiz quadrada do quociente


da tensão do fio pela massa do fio por unidade de comprimento, e que esta é também
igual ao comprimento de onda vezes a frequência (v= λ∗f), podemos concluir que:

f=(v/2l)∗n

Desta equação obtida podemos concluir que todas as frequências de onda


estacionária são múltiplas de uma frequência fundamental (f1=v/2l). Desta forma,
podemos obter a velocidade de propagação da onda na corda a partir do declive da
reta obtida no gráfico f vs n.

3. Material Necessário
2
 Dois fios com densidades diferentes
 Oscilador mecânico
 Conjunto de massas e respetivo suporte
 Gerador de frequências
 Osciloscópio ou frequencímetro
 Balança
 Régua ou fita métrica

4. Procedimento experimental

Determinação da massa por unidade de comprimento do fio


1. Registar o valor da massa do fio
2. Medir o comprimento do fio correspondente

Determinação das frequências de onda estacionária


1. Escolher uma massa para manter o fio esticado e, de seguida, registar o seu
valor (T = m.g)
2. Medir o comprimento do fio oscilante (l) entre os pontos fixos
(aproximadamente entre os pontos A e B da figura 2)
3. Colocar o fio a oscilar e variar a frequência de modo a obter a onda
estacionária de frequência mais baixa
4. Registar a frequência correspondente, lida no osciloscópio ou
frequencímetro 5. Variar novamente a frequência para obter mais ondas
estacionários e registar a respetiva frequência e número de anti-nodos
6. Repetir o procedimento anterior para mais dois valores de tensão diferentes
7. Substituir o fio e repetir a experiência para o novo fio

5. Tratamento dos dados


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1. Represente, para cada fio e tensão, o gráfico f vs n

Fio 1- fio branco

4
Fio 2- fio vermelho

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6
7
2. Determine, a partir do declive do gráfico, a velocidade de propagação da onda na
corda, para cada uma das condições.

Dedução da expressão
v v f v 2 l∗f
f =  f = n = v=
λ 2l n 2 l n

Fio branco

Tensão 1
v = 14,10 m/s

Tensão 2
v = 17,98 m/s

Tensão 3
v = 22,08 m/s

Fio vermelho

Tensão 1
v = 14,45 m/s

Tensão 2
v = 14,05 m/s

Tensão 3
v = 16,31 m/s

3. Compare o resultado obtido com o esperado pela expressão da velocidade.

Fio branco

m 0,00893
µ= µ=  µ=0,00396 kg/m
L 2,256

Tensão 1

v=
√ T
µ
 v=12 ,19 m/ s

│12 ,19−14 , 10 │
E% = ∗100 E% = 13 , 53 %
14 ,10

Tensão 2

8
v=
√ T
µ
 v=16 , 49 m/s

│16 , 49−17 , 98 │
E% = ∗100 E% = 8 , 29 %
17 , 98

Tensão 3

v=
√ T
µ
 v=19 , 88 m/s

│19 , 88−22 , 08 │
E% = ∗100 E% = 9,95 %
22 ,08

Fio vermelho

m 0,01786
µ=  µ=  µ=0,0114 kg /m
L 1,571

Tensão 1

v=
√ T
µ
 v=9 , 72 m/ s

│9 , 72−14 , 45 │
E% = ∗100  E% = 32 ,74 %
14 , 45

Tensão 2

v=
√ T
µ
 v=11, 72m/ s

│11, 72−14 ,05 │


E% = ∗100 E% = 16 , 59 %
14 ,05

Tensão 3

9
v=
√ T
µ
 v=13 , 42 m/s

│13 , 42−16 ,31 │


E% = ∗100 E% = 17 , 74 %
16 , 31

4. Para cada caso, calcule os valores teóricos da frequência e compare com os


valores lidos no gerador.

Fio branco
l = 1,1m
n=4
Tensão 1
v = 12,19 m/s
v
f = * n= 22,16 Hz
2l

│22 , 16−22 , 85 │
E% = ∗100 E% = 3,11 %
22 ,16

Tensão 2
v = 16,49 m/s
v
f = * n = 30 Hz
2l

│30−32, 70 │
E% = ∗100 E% = 2 , 19 %
30

Tensão 3
v = 19,88 m/s
v
f = * n = 36,15 Hz
2l

│36 , 15−36 ,24 │


E% = ∗100  E% = 0 , 25 %
36 , 15

Fio vermelho
l = 1,1m
n=4
Tensão 1
v = 9,72 m/s
v
f = * n = 17,68 Hz
2l
10
│17 , 68−22, 83 │
E% = ∗100 E% = 29,13 %
17 , 68

Tensão 2
v = 11,72 m/s
v
f = * n = 21,32 Hz
2l

│21 , 32−24 , 69 │
E% = ∗100 E% = 15,81 %
21 ,32

Tensão 3
v = 13,42 m/s
v
f = * n = 24,40 Hz
2l

│24 , 40−27 , 75 │
E% = ∗100 E% = 13,73 %
24 , 40

6. Conclusão

O primeiro parâmetro a ser estudado nesta atividade foi a relação entre a


frequência fornecida à corda e o número de anti-nodos originado. Analisando os dados
recolhidos e os gráficos obtidos, é notório que estas duas grandezas aumentam
diretamente. Conseguimos também perceber que nem todas as frequências dão
origem a uma corda estacionária e nodos e anti-nodos só aparecem em certos valores.
Aumentando a tensão imposta na corda, concluímos também que para obter o mesmo
número de nodos, a frequência fornecida tem de ser maior.
Quanto à velocidade de propagação da onda, concluímos que esta aumenta
diretamente com a tensão e inversamente com o número de anti-nodos. Comparando
os resultados obtidos com os esperados com pela expressão, obtivemos erros
relativamente baixos, o que valida as expressões utilizadas.

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Os erros obtidos para o fio branco quando comparamos os valores teóricos das
frequências com aqueles lidos no gerador foram baixos, porém aumentaram
ligeiramente para o fio vermelho. Este aumento pode ser devido à maior dificuldade
de retirar as observações pretendidas devido à irregularidade/material do fio e
também por ser mais complicado obter números mais elevados de nodos por este não
ser tão flexível/maleável, não sendo visível tantos casos como com o outro fio.
Notámos também que, para este segundo material, era necessário oferecer uma maior
tensão para serem visíveis os mesmos resultados.
Alguns erros ao longo da atividade também podem ter sido gerados pela
variação do comprimento do fio, que apesar de tentarmos manter fixo, as vibrações do
oscilador mecânico alteravam ligeiramente a posição do aparelho, encurtando o
comprimento da corda. Apesar da influência da variação comprimento do fio não ter
sido estudada nesta atividade, com recurso às expressões fornecidas, podemos
concluir que esta alteração vai influenciar diretamente outras grandezas, por exemplo,
para obter o mesmo número de anti-nodos, quanto menor for o comprimento da
corda, maior terá de ser a frequência fornecida.

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