AV3 - Reforço de Fundações

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REFORÇO DE FUNDAÇÕES

GRUPO 3

DISCIPLINA: FUNDAÇÕES

PROF. RODOLFO ARAUJO DA SILVA

SALVADOR

2022
Equipe

LUCAS MATEUS TOLENTINO GALVÃO GOMES

Mat.211001473

MATHEUS TEIXEIRA MONTEIRO

Mat. 221005015

RONALD DE OLIVEIRA SALES

Mat. 191002336

VICTOR BRUNO GARRIDO DE ARAÚJO SOUZA

Mat. 191002336

THALITA PEREIRA DE JESUS

Mat.191006414

Reforço de Fundações AV3 – 2022/2


Resumo

Em vista da Conclusão da matéria de Fundações, fazendo parte da nota geral, este trabalho é realizado de
forma avaliativa, intitulado de AV3, o trabalho proposto consiste em elaborar um texto junto com uma
apresentação sobre Reforço de Fundações, trazendo aspectos gerais e específicos cabidos dentro do
conhecimento adquirido até aqui no curso de Engenharia Civil, este conhecimento deverá ser passado de
forma clara para turma durante uma apresentação. Para alcançar o objetivo abordaremos o assunto de
forma ampla sucinta com linguagem adequada e de fácil entendimento.

O presente relatório apresenta o levantamento de dados com base em outros relatórios e livros que
abordam o assunto todos mencionados em referência bibliográfica.

Reforço de Fundações AV3 – 2022/2


Ilustrações

Figura 1 - Fluxograma das etapas de projeto e possíveis causas de patologias. .............................. 7

Figura 2 - Bulbo de pressões combinados; PATOLOGIAS DAS FUNDAÇÕES. .................................... 8

Figura 3 - Execução de Estaca Raiz - GEOFIX FUNDAÇÔES 2018 ..................................................... 10

Figura 4 - Execução de injeção de cimento - Google....................................................................... 11

Figura 5 -Estacas Mega - SILVA; SILVA; BERTEQUINI;2018.............................................................. 12

Figura 6 -Esboço de corte geologico da baixada santista, desenhado por Vargas ......................... 13

Figura 7 - Pilares externos Ed. Nuncio Malzoni ............................................................................... 14

Figura 8 -Esquema estrutural antes e depois. ................................................................................. 15

Figura 9 - 3d Ed. Nuncio Malzoni ..................................................................................................... 17

Figura 10 - Vigas de Reforço ............................................................................................................ 17

Figura 11 - Planta de vigas de transição .......................................................................................... 18

Figura 12 -Planta de Locação das estacas ....................................................................................... 18

Figura 13 - Planta com locação e data de concretagem.................................................................. 19

Figura 14 -Antes e Depois do reaprumo.......................................................................................... 19

Figura 15 - Trincas verticais, SILVA ; SILVA ;BERTERQUINI; 2018 .................................................... 21

Figura 16 - Abertura para operário e macaco hidraúlico - SILVA ; SILVA BERTEQUINI ; 2018 ........ 21

Figura 17 - Execução estaca Mega - SILVA; SILVA ;BERTERQUINI; 2018 ......................................... 22

Reforço de Fundações AV3 – 2022/2


Sumário

SUMÁRIO .................................................................................................................................................... 5

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 6

2. PATOLOGIA DAS FUNDAÇÕES ....................................................................................................... 7'

2.1. Investigação do Subsolo................................................................................................................... 8

2.2. Mecanismo de Interação Solo-estrutura ......................................................................................... 8

3. REFORÇO ESTRUTURAL EM FUNDAÇÕES ........................................................................................ 9

3.1. Tipos de Reforço de Fundação ....................................................................................................... 10

3.1.1. Estaca Raiz ............................................................................................................................. 10

3.1.2. Reforço com Injeções de consolidação ................................................................................. 11

3.1.3. Estacas Mega ......................................................................................................................... 12

4. CASO DE REFORÇO DE FUNDAÇÃO ............................................................................................... 13

4.1. Renivelamento do Edifício Núncio Malzoni ................................................................................... 13

4.1.1. História .................................................................................................................................. 13

4.1.2. Patologias do Edifício Núncio Malzoni .................................................................................. 14

4.1.3. Escolha da Solução ................................................................................................................ 16

4.1.4. Características do Projeto ..................................................................................................... 16

4.2. Reforço em residência unifamiliar ................................................................................................. 20

4.2.1. Critério da escolha ................................................................................................................ 20

4.2.2. História .................................................................................................................................. 20

4.2.3. Patologias .............................................................................................................................. 21

4.2.4. Escolha da Solução ................................................................................................................ 21

4.2.5. Execução da Estaca Mega ..................................................................................................... 22

5. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 23

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 24

Reforço de Fundações AV3 – 2022/2


1. Introdução

Este relatório abordará de maneira sucinta questões relacionadas com Reforço de


Fundação, abordando quando deverá ser aplicado, analisando as patologias que indicam
danos nas Fundações, critérios que devem ser levados em consideração na escolha do
método adequado para tal reforço além de exemplificar através de um estudo de caso a
aplicação de um Reforço de Fundação.

As fundações representam grande importância no elemento estrutural é através dela que


se dar a interação entre o solo e a estrutura. A performance de uma fundação pode ser
comprometida por diversos fatores, ou combinações entre eles, em que pode se perder
parte ou totalmente a sua eficiência, que é transmitir as cargas de forma segura para o
solo. Se for comprovado que o recalque está além do admissível ou se houver mudança
do uso da edificação que impacte diretamente das cargas acidentais deverá ocorrer uma
intervenção por meio de reforço estrutural das fundações, que terá como objetivo
conquistar ou reconquistar o equilíbrio da edificação.

Várias etapas devem ocorrer antes da execução de um reforço estrutural na fundação, a


primeira delas é a identificação das patologias oriundas deste elemento, a escolha
adequada do método a ser aplicado levando em consideração materiais, possibilidade de
execução e fator econômico entre outros, neste relatório visa abordar estes aspectos de
forma generalizada e clara.

Reforço de Fundações AV3 – 2022/2


2. Patologia das Fundações

O custo da execução das fundações variam de 3 a 15% do custo efetivo da obra, mas
pode-se dizer que em média nos casos usuais este custo é de 4%, pode-se afirmar que a
ocorrência de patologias e a necessidade de reforço da fundação implicam em custos que
podem chegar a valores superiores ao custo inicial, , além de causar desconforto em
outros setores , como abalo na imagem dos profissionais envolvidos na construção,
litígios para identificação das causas e responsabilidade, necessidade de evacuação da
edificação, interdição de estrutura, entre várias outras complicações.

Levando em consideração os inúmeros inconiventes causados por aparecimento de


patologias e mau desempenho das fundações fica clara a importância de serem evitadas.
As patologias são consequência das incertezas e riscos pertencentes a construções e sua
vida útil, a Figura 1 abaixo apresenta um fluxograma de análise de patologias.

Figura 1 - Fluxograma das etapas de projeto e possíveis causas de patologias.

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2.1. Investigação do Subsolo

A investigação do subsolo é a causa mais frequente das patologias relacionadas com a


fundação, já que é o solo que exerce a função de suportar as cargas, sua identificação e a
caracterização de seu comportamento são fundamentais. É possível antever o
comportamento de solos colapsáveis, expansivos e em adensamento por meio de ensaios
adequando a fundação a tais comportamentos, evitando recalques e outras patologias.

2.2. Mecanismo de Interação Solo-estrutura

 “Quando uma fundação transfere carga ao solo e essa transferência é considerada de forma
isolada, a existência de outra solicitação altera as tensões na massa de solo. Nas situações em
que ocorre sobreposição de esforços de fundações superficiais no solo, sem avaliação
adequada de seu efeito, os resultados obtidos na análise não são representativos. Os esforços
sobrepostos podem ser originados na obra sendo projetada ou, eventualmente, produzidos
pela implantação posterior de edificação junto à estrutura já existente.” – PATOLOGIAS DAS
FUNDAÇÕES. MILITITSKY, Jarbas; CINSOLI, Nilo Cesar; SHNAID, Fernando. 2°ediçãos.

Figura 2 - Bulbo de pressões combinados; PATOLOGIAS DAS FUNDAÇÕES.

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3. Reforço Estrutural em Fundações

Existem vários fatores que influenciam na escolha do tipo de intervenção solo-fundação-


estrutura, como tipo de solo, nível de carregamento, custo, urgência, influências externas
e outros, devido a vasta abrangência do assunto trataremos dos três mais comuns, estaca
raiz, injeções de cimento e estacas mega, tratados no item 3.1. Ainda de forma
generalizada podemos subdividir os reforços conforme itens abaixo.

 Reforço permanente: é aquele realizado de forma definitiva, em decorrência do mau


desempenho da fundação original. É o caso também em ampliações ou modificações na
edificação, que resultam em acréscimo no carregamento dirigido às fundações. O objetivo de
sua implantação é complementar a capacidade de suporte das fundações existentes.

 Reforço Provisório: Reforço provisório é utilizado para permitir a realização de um reforço


permanente ou em casos de sobrecargas eventuais da fundação para atendimento de
condições especiais, sempre de curta duração.

 Substituição da Fundação: Substituição de fundações decorre da necessidade de


modificação da fundação. Não ocorre o reforço das peças pré-existentes, mas sim sua
completa substituição por outras, sem obrigatoriedade de serem do mesmo tipo.

 Escoramento Auxiliares: Escoramentos auxiliares são utilizados sempre que há a


necessidade de redução ou retirada, em caráter provisório, do carregamento das fundações
existentes, permitindo a realização dos serviços de reforço ou substituição dos elementos de
fundação. O reforço deve ocorrer nos níveis de super e infraestrutura, podendo ser de três
tipos: Reparo nos materiais, seja da fundação, seja do terreno, enrijecimento de peças;
mudanças na estrutura.

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3.1. Tipos de Reforço de Fundação

3.1.1. Estaca Raiz

A execução da Estaca Raiz é realizada com equipamentos mecânicos, perfuratriz


hidráulica, mecânica ou pneumática, por rotação ou roto-percussão, revestida em solo
por meio de tubo metálico e garantindo a estabilidade da perfuração, conforme ilustrado
na Figura 3, se houver necessidade de atravessar ou embutir a fundação em um maciço
complementa-se a execução com um martelo hidráulico.

Figura 3 - Execução de Estaca Raiz - GEOFIX FUNDAÇÔES 2018

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3.1.2. Reforço com Injeções de consolidação

As injeções de cimento melhoram as características dos maciços terrosos e rochosos,


aumentando sua resistência e impermeabilização, a execução da solução ocorre através
de tubos galvanizados que injetam uma camada de cimento nas cotas desejadas
conforme ilustrado na Figura 4.

Figura 4 - Execução de injeção de cimento - Google.

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3.1.3. Estacas Mega

“Também conhecida como estacas de reação, esse sistema consiste na introdução de


cilindros de metal ou concreto sob a fundação existente. Os trabalhos são realizados a
partir de acessos escavados até cerca de 1,5 m abaixo da fundação original. Como o
macaco hidráulico que crava as estacas toma a base da fundação como ponto de apoio, a
capacidade de carga aumenta a cada aplicação. Outra vantagem do sistema é não
provocar vibrações no solo ou na estrutura. No entanto, o método tem difícil aplicação
fora da projeção da existente. Nesses casos, seria necessário criar uma extensão da
estrutura para integrar o novo ponto de apoio às cargas do edifício”.
CALISTO;KOSWOSKI;2015

Figura 5 -Estacas Mega - SILVA; SILVA; BERTEQUINI;2018

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4. Caso de Reforço de Fundação

4.1. Renivelamento do Edifício Núncio Malzoni

4.1.1. História

Na baixada santista a cidade de Santos se destaca como munícipio mais importante da


região, possuindo um nível elevado de qualidade de vida o que atrai pessoas da terceira
idade para a região.

Em 1940 por estímulo teve início obras na região, com intuito de unir a região portuária
de Santos com a capital do estado São Paulo, o que acendeu o mercado imobiliário, no
entanto até aquela ocasião existia pouca informação geológica sobre as baixadas
litorâneas.

Para execução de tais obras foram feitas algumas sondagens que traçaram os primeiros
perfis geológicos da região, onde se concluiu que existia uma camada com
aproximadamente 10m de espessura, que admitia uma tensão máxima de 250 KN/m²,
limitada devido as camadas adjacentes, de argila orgânica mole e areia argilosa, segundo
Vargas (1994).

Figura 6 -Esboço de corte geologico da baixada santista, desenhado por Vargas

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Grande parte dos prédios altos construídos na orla marítima de santos foram concebidos
entre os anos de 1960 e 1975, onde já havia dados suficientes de edificações com
recalque construídas anteriormente, no entanto na época executar fundações profundas
representariam cerca de 14% do valor da obra, enquanto o custo de esperado para as
fundações rasas era de 5 a 7%.

Foi na década de 60 que o Edifício Nuncio Malzoni foi construído assim como o edifício
vizinho, Jardim Europa ambos com fundações, os edifícios começaram a se inclinar uns
em relação aos outros logo após a construção, no entanto em 1971 foi dado o início ao
acompanhamento do recalque, em cima dos dados coletados a partir de 1971 orientou a
tomada de decisão de qual melhor caminho para o reforço de fundação.

4.1.2. Patologias do Edifício Núncio Malzoni

Em 1995 foi constatado um grau elevado de desaprumo do Nuncio Malzoni. O bloco A


apresentava inclinação de 2,2° em direção ao Cond. Jardim Europa e 0,6 ° em direção ao
bloco B (fundo), o edifício possui 17 andares com 55m de altura os recalques diferenciais
eram na ordem de 45 cm na direção transversal e 25 cm na direção longitudinal, medido
através dos pilares externos conforme Figura 7.

Tais patologias impactaram diretamente no valor de mercado dos imóveis depreciando-os


em 90% no valor do m² com relação a outros edifícios na mesma rua sem tais patologias.

Figura 7 - Pilares externos Ed. Nuncio Malzoni


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4.1.2.1. Avaliação do comprometimento da estrutura

A avaliação da estrutura não é feita pura e simplesmente verificando o atendimento aos


coeficientes de segurança, como é feito no dimensionamento, diante da realidade
implantada verifica-se a geometria dos elementos estruturais e suas armaduras,
observando se são capazes de suportar os novos esforços devido a inclinação da
estrutura, para esclarecer este entendimento ver a Figura 8.

Figura 8 -Esquema estrutural antes e depois.

Diante da análise estrutural do Edifício Nuncio Malzoni, chegou-se à conclusão a


possibilidade de ruptura em 12 anos, caso nenhum reforço fosse realizado neste período,
durante a verificação foram elaborados estudos que sugeriam as seguintes soluções.

 Reforço de fundações para estabilização do recalque


 Reaprumo do edifício
 Demolição e reconstrução de outros edifícios
No caso de estabilização dos recalques seriam necessários alguns reforços em regiões
localizadas para garantir a segurança estrutural, os anseios dos proprietários eram por
uma solução definitiva, pois enfrentavam tais problemas a quase trinta anos.

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4.1.3. Escolha da Solução

Diante do estudo das patologias apresentadas pelo próprio edifício e pela vizinhança,
foram propostas as seguintes soluções.

 Reforçar os elementos estruturais, de tal modo que a estrutura de prédio suportasse por
mais alguns anos o aumento de inclinação.
 Reforçar os elementos estruturais já parcialmente comprometidos, pela inclinação, e
executar um sub-fundação para interromper a evolução do recalque.
 Reaprumar o edifício.
 Demolir o edifício e reconstruir.

Para a tomada de decisão de qual solução deveria ser adotada uma análise de custo-
benefício foi realizada, a decisão que coube aos proprietários foi de reaprumar o edifício
mesmo o custo das duas primeiras soluções correspondesse a cerca de 30% a 40% da
solução escolhida. O que mais pesou na decisão é que reforçar os elementos estruturais
não recuperaria o valor de mercado dos imóveis.

4.1.4. Características do Projeto

Os pilares do prédio foram incorporados a sete vigas que se apoiaram nas fundações
profundas, executadas nos dois lados do prédio conforme pode ser observado na própria
Figura 9 e Figura 10.

As vigas foram concebidas de modo a manter a circulação no antar térreo, com pé direito
de 2,50, nas extremidades das vigas foram projetadas abas formando um bloco
transversal a viga para instalação dos macacos e dos calços.

Como os pilares não estavam alinhados em uma mesma seção transversal, alguns pilares
foram incorporados nas vigas principais e outros foram incorporados em vigas
secundárias, representado na Figura 11.

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Figura 9 - 3d Ed. Nuncio Malzoni

Figura 10 - Vigas de Reforço

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Figura 11 - Planta de vigas de transição

Figura 12 -Planta de Locação das estacas

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Figura 13 - Planta com locação e data de concretagem

Figura 14 -Antes e Depois do reaprumo.

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4.2. Reforço em residência unifamiliar

4.2.1. Critério da escolha

O relato de caso foi retirado de SILVA; SILVA; BERTEQUINI;2018, compõe um relato mais
simples e resumido o que enriquece a análise deste relatório por tratar de situação, mas
corriqueira, o relato por ser curto foi escolhido ser exposto na integra, reestruturando os
textos em itens mais adequados a este relatório.

4.2.2. História

O objeto de estudo é uma residência unifamiliar de 98,75 m² de área construída, situado


em uma fazenda na Rodovia Marechal Rondon – Km 529, Araçatuba-SP. Relatos
anteriores da residência apontam que o local era um canil com muretas de alvenaria de
até 1,5 metros para abrigo dos cães. Com o passar dos anos a fazenda foi vendida e os
novos proprietários tiveram a necessidade de construir uma residência para o zelador,
optando assim em ampliar e utilizar a área do canil, elevando a altura das muretas de
alvenaria para que se pudesse fazer a cobertura e utilizá-las como cômodos, SILVA; SILVA;
BERTEQUINI;2018.

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4.2.3. Patologias

Após um período, a residência começou a apresentar fissuras em pontos específicos


devido ao recalque diferencial sofrido na estrutura, como nos cômodos que eram o
antigo canil, observando assim que a fundação no local não suportou ao aumento do
peso próprio da residência gerando a necessidade de se fazer o reforço. A Figura 15
mostra as fissuras ocorridas nas paredes dos cômodos onde se localizava o canil.

Figura 15 - Trincas verticais, SILVA ; SILVA ;BERTERQUINI; 2018

4.2.4. Escolha da Solução

A opção tomada como solução foi o uso de estacas mega devido ao rápido processo de
reforço. Analisando-se a localização e a característica de cada fissura, foram delimitados
os pontos necessários de reforço. Foram escavadas aberturas de no máximo 1,5 metros
de profundidade para possibilitar o acesso de um operário. Essa abertura permitiu a
escavação exata do local abaixo da estrutura onde teria que ser feita a colocação das
estacas e o encaixe do macaco hidráulico, conforme Figura 16, SILVA; SILVA;
BERTEQUINI;2018.

Figura 16 - Abertura para operário e macaco hidráulico - SILVA ; SILVA BERTEQUINI ; 2018

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4.2.5. Execução da Estaca Mega

Após a colocação do macaco hidráulico deu-se início à execução propriamente dita do


método. Foi posicionada à estaca de concreto no solo exatamente abaixo da estrutura,
onde o equipamento empurrou as estacas uma de cada vez contra o solo usando o
próprio peso da residência como base de apoio juntamente com a viga de concreto pré-
moldada e sempre verificando a pressão exercida do macaco hidráulico na estaca, para
que assim fosse possível saber se o número de estacas colocado era suficiente para o
reforço. Em seguida, foi finalizada a estrutura da estaca mega colocando-se os devidos
componentes necessários, sendo eles, cabeçote de concreto, estacas de reação e cunhas
de concreto. Por fim, com o macaco hidráulico ainda posicionado e atuante colocaram-se
as cunhas para manter a pressão exercida e retirou-se o equipamento. A Figura 17 mostra
a estrutura da estaca mega finalizada.

Concluído o processo de reforço a abertura foi aterrado com solo e apiloada para o
máximo preenchimento dos vazios, evitando-se a possibilidade de recalque diferencial
nessa região, SILVA; SILVA; BERTEQUINI;2018.

Figura 17 - Execução estaca Mega - SILVA; SILVA ;BERTERQUINI; 2018

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5. Conclusão

O estudo realizado propôs o aprofundamento sobre o tema que é amplo, está amplitude
proporcionou uma visão geral que norteia os estudos que virão a seguir.

Diante do corpo do material descrito neste relatório é possível concluir que os reforços
podem ser mais complexos que a execução da própria fundação, o que reforça a
importância de realizar ensaios e seguir fielmente as indicações normativas e boas
práticas.

Quando houver dúvida sobre o comportamento de uma fundação, seja pelo projeto
apresentar deficiências, ou em razão de escavações de grande porte é recomendado a
realização de controle de recalques.

Por fim conclui-se que os reforços de fundações são fruto em sua grande parte de
negligências ou otimismo por parte de quem projetou ou executou aquela edificação,
podendo ser evitado com ensaios e estudos adequados minimizando danos e transtornos.

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6. Referência Bibliográficas

 ASPECTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS NO REFORÇO DE FUNDAÇÕES Eng. : Urbano Rodriguez


Alonso São Paulo, 2021
 Reforço Estrutural de Fundações e sua Importância para a Reabilitação e Conservação do
Patrimônio Histórico; Lucas Silveira Nienkotter Tavares; Florianópolis 2014
 MILITITSKY, Jarbas; CONSOLI, Nilo C; SCHNAID, Fernando. Patologia das Fundações – 2ª
Edição. São Paulo: Oficina de Textos, 2015. 256p.
 TRINCAS EM EDIFICIOS causas, prevenção e recuperação: THOMAZ, Ercio;edição
PT/EPUSP/PINI
 PATOLOGIAS E REFORÇOS DE FUNDAÇÃO COM ESTUDO DE CASO UTILIZANDO O MÉTODO DE
ESTACAS MEGA -Alex Sales Silva, Wesley Henrique da Silva, Aline Botini Tavares Bertequini;
UNITOLEDO 2018.
 Efeito do recalque diferencial de fundações em estruturas de concreto armado e alvenaria de
vedação. Estudo de caso; CALISTO; KOSWOSLI;2015
 PATOLOGIAS DAS FUNDAÇÕES. MILITITSKY, Jarbas; CINSOLI, Nilo Cesar; SHNAID, Fernando.
2°ediçãos.

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