Ariel Becker-Sexy Club

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 48

Copyright © 2020 Ariel Becker

SEXY CLUB

1ª Edição

Capa: ES Design

Revisão: Bianca Bonoto e Débora Vicente

Diagramação: April Kroes

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução e armazenamento de


qualquer parte deste livro, através de quaisquer meios, sem consentimento e
autorização por escrito do autor.
Alguma vez na vida você já foi dama de honra? Quando
aceitei o convite da minha melhor amiga para ser a sua, não
imaginava que eu passaria por tantas coisas. Eram provas e mais
provas de vestidos até achar aquele que deveria ser o ideal para o
momento, ainda tinha os sapatos, coroa, grinalda e todos os
acessórios que eu nem mesmo sabia os nomes. Fora que, fiquei
encarregada da sua despedida de solteira.

Eu me pergunto como, em sã consciência, ela deixa essa


função para uma pessoa que não namora há mais de três anos?

Sim, essa sou eu. Não gosto de sair, prefiro ficar em casa,
na minha cama e de preferência, vendo um bom seriado.

Sei que normalmente as despedidas de solteiras ocorrem


em casas de festas — ainda se fala assim? — onde tem alguns go-
go boys para atrair a atenção das mulheres e fazer a felicidade da
noiva. É o último momento para desfrutar de outros corpos

masculinos sem peso na consciência.

Não sabia em qual fazer, afinal nunca fui em uma casa


dessas, mas fui salva por uma das madrinhas me informando qual
era o “point” mais famoso da cidade. Não perdi a oportunidade e

fechei a agenda para sábado, uma semana antes do “eu os


declaro, marido e mulher...”.

Marquei com todas as damas de nos encontrarmos na Sexy


Club, apenas Alyssa combinou de passar na minha casa para
irmos juntas.

No horário marcado meu interfone toca, destravo a porta


principal e fico na porta do meu apartamento esperando a Aly
chegar.

— Mel, você não vai com essa roupa não né?! Que coisa
mais sem graça.

Como sempre, ela já chega se impondo.

— Oi para você também, Alyssa. Estou bem, obrigado por


perguntar. — Não consigo segurar a ironia. — Sim, irei com essa
roupa, o que tem de mais? — questiono.
Olho para o meu jeans preferido, ele acompanha
perfeitamente meu corpo, para completar coloquei uma camiseta

branca. Estou simples, mas serve para qualquer situação.

— Nem pensar! Trouxe um vestido para você colocar,


como vestimos o mesmo número, acredito que irá servir
perfeitamente. Hoje você vai tirar essas teias de aranha.

Respiro fundo, diferente da minha melhor amiga, eu acho


que o mundo não gira em torno de um relacionamento. Não, não
sou frígida nem nada do tipo, apenas coloquei minhas prioridades
na frente de um relacionamento, mas isso não significa que não
tive, ou até mesmo tenho sexo casual.

Aceito o vestido que ela estica na minha direção. Conheço


ele, já que no dia que ela comprou eu estava junto.

— Aly, você nunca usou esse vestido — comento, pois tem

menos de uma semana que compramos ele.

— Iria usar hoje, mas acabei preferindo vir com o meu


vermelho fatal — diz, dando uma voltinha exibindo seu vestido
que tem uma imensa fenda na sua coxa. — Agora vai logo, vamos
nos atrasar!

Não penso duas vezes, sigo para o meu quarto e retiro


minha roupa. Me olho no espelho e vejo que o vestido preto ficou
realmente perfeito no meu corpo, seu busto e mangas são de uma

renda mais transparente, ele vai até a metade da minha coxa, mas
o grande detalhe nele é um incrível fecho que vem desde o meio
dos meus seios até um pouco abaixo do umbigo. Tanto na manga,
quanto na saia ele tem uns detalhes em dourado, o que acaba

deixando-o perfeito.

Volto para a sala, encontro Aly ao telefone, provavelmente


está falando com Garret, seu noivo. Faço um sinal para ela que
entende e se despede.

Descemos juntas até o seu carro. Assim que nós chegamos,


seu motorista John abre a porta, nos acomodamos e ele logo dá a
partida, já sabendo do endereço.

Logo o carro para em frente ao que realmente lembra uma

casa, se não fosse seu imenso letreiro neon Sexy Club envolto
num imenso círculo. A fachada toda em tijolinhos deve enganar
muitas pessoas que passam despercebidas, principalmente durante
o dia que o letreiro não deve ficar tão evidente.

Damos nossos nomes e entramos sem nenhum


impedimento, evitando a imensa fila de pessoas que querem
entrar.

Realmente esse lugar está bem badalado.

Mal passamos pelo imenso corredor, somos engolidas por


uma nuvem de fumaça. Por onde você olha tem máquinas de gelo
seco. Os jogos de luzes piscando acaba dificultando um pouco a
nossa visão, mas rapidamente nos acostumamos ao ambiente.

Ao fundo tem um imenso palco, onde se encontram as


cortinas, que nesse momento estão fechadas.

Seguimos para o bar, Aly pede logo seu cosmopolitan.


Confesso ser bem fraca para bebidas, mas uma margarita apenas
não vai me fazer mal.

Não demora muito e a Aly encontra suas amigas, e mais


uma vez eu fico sobrando. Nunca fui muito com a cara delas,
totalmente espalhafatosas, gostam de aparecer demais para o meu

gosto. Por mais que todas nós sejamos bem financeiramente, isso
não significa que temos que esfregar na cara de todo mundo, mas
elas não são assim, sempre destratam as pessoas que não são do
mesmo nível que elas.

Fico quieta no meu canto, sentada ainda no bar quando


uma movimentação atrás do palco chama a minha atenção, creio
que logo o show deve começar.

O garçom reabastece a minha taça sem que eu precise

pedir. Dou um leve sorriso em forma de agradecimento para ele.

A cortina se abre e a música fica ainda mais alta. Um


homem aparece e começa lentamente a dançar, seguindo o ritmo
da música. Ele veste uma calça e uma espécie de colete como se

fosse da polícia, FBI ou algo do tipo e um boné, o que impede


que eu consiga ver seu rosto direito, mas pelo seu corpo todo
musculoso já posso dizer que ele é um verdadeiro arraso. Ele
estica ambas mãos para uma corda, que até então eu não tinha
reparado, e começa a girar incontáveis vezes, cada vez mais
rápido.

Ele para de frente para a plateia, que nesse momento está


aos gritos, faz um mortal caindo de joelhos, onde ele começa a

fazer alguns movimentos que me fazem pensar como esse homem


deve ser na cama, pois se no palco ele é assim...

Levo meu copo a boca, viro todo o conteúdo dele de uma


única vez. Sede, esse homem me faz sentir muita sede.

Seus movimentos sincronizados das coxas e braços com a


batida, torna tudo ainda mais perfeito, por um momento me passa
pela cabeça quantas horas por dia ele deve ficar treinando.

A forma como seu quadril faz movimentos para frente e

para trás, uma velocidade que nenhum companheiro que já tive na


cama foi capaz...

Ele retira de forma lenta o colete, seu tanquinho definido,


os vários gominhos. Imagino minhas mãos passando pelo seu

corpo. As mulheres mais à frente do palco começam a jogar


dinheiro enquanto ele continua dançando. Vejo ele se jogar no
chão, como se estivesse na posição de quatro, mas seus joelhos
fazem uma espécie de movimento de abre e fecha, fazendo com
que seu corpo suba e desça no chão.

Seu boné cai e seus olhos vem na minha direção. Fico


olhando para seu rosto anguloso, seus cabelos bagunçados. Não
consigo desviar a minha atenção dele, a não ser para levar meu

copo aos lábios.

Sinto um leve amargo quando bebo, mas ignoro. Deve ser


algo da minha cabeça.

Sua dança acaba e novamente a cortina volta ao palco. Não


demora e logo Aly chega com suas amigas.

— Mel, acabei descobrindo que no andar de cima são


vários cômodos privados, vários tipos de ambientes — ela
comenta. — Vamos lá para descobrirmos?

Mordo meus lábios hesitante, meus olhos vão de Aly para o


homem no palco, eu me demoro nele antes de me obrigar a dar
atenção a ela novamente.

— Aly, pode ir, prefiro ficar por aqui.

— Nada disso. As meninas já estão indo para lá — ela fala


e olha para as suas amigas. — Só vou beber mais um cosmo e
iremos, não aceito recusa. — Ela insiste, me fuzilando com os
seus olhos cor de mel.

Aproveito e peço mais uma margarita e uma garrafa de


água. Estou começando a me sentir leve, como se estivesse meio
que flutuando.

Acabamos nossos drinks entre conversas e risadas, pego a

garrafa de água e vamos andando entre as pessoas até chegar à


escada, onde um segurança libera a nossa entrada. Antes mesmo
que eu pergunte Alyssa explica.

— Para subir tem que ter um acesso VIP.

Nem chego a perguntar, assim que chegamos consigo


entender o porquê desse acesso. Começo a ouvir sons de
gemidos, não qualquer gemido, mas sons de pessoas transando.
Olho para Alyssa, ela está rindo, provavelmente da minha reação.

— Me diz que não é o que eu estou pensando...

Ela começa a rir.

— Você realmente achou que eu não iria fazer nada na

minha despedida de solteira?!

Não consigo crer que ela vai trair o Garret as vésperas do


seu casamento.

— Amiga, você tem certeza disso? Depois de feito não tem


como se arrepender.

— Relaxa, nós combinamos que poderíamos fazer o que


quiséssemos na nossa despedida — explica relaxadamente.

— Espera, você não se importa do Garret te trair? —

questiono.

— Só me importo em ser a única depois dos nossos votos


— me responde.

Paro por um momento e analiso suas palavras. Se eles vão


ser felizes assim, não tem nada, nem ninguém que possa impedir,
fora que meu papel de amiga eu fiz, aconselhei antes dela fazer.
No primeiro ambiente nos deparamos com uma espécie de
aquário, se é que posso chamar assim. Um enorme quarto todo de

vidro, onde podemos ver o que se passa dentro dele. Há várias


pessoas assistindo um casal, que tem bastante desenvoltura.

O próximo ambiente aparenta muito ser uma balada, como


outra qualquer, apenas uma coisa difere que são as pessoas nuas

dançando e se apalpando. Vejo duas das amigas de Aly ali no


meio.

— Olha lá, elas realmente não perdem tempo.

— Elas estão mais do que certas, logo que eu ver algo ou


alguém que me agrade, também não vou perder tempo.

Enquanto Aly, fica mais um pouco vendo o ambiente, eu


decido que quero conhecer todos antes de decidir me jogar ou ir
para casa.

Quando entro no novo ambiente, de cara já noto que ele


não é para mim, são várias pequenas cabines, algumas exibem
apenas os membros masculinos, onde tem várias mulheres
ajoelhadas chupando-os. Há algumas mulheres deitadas, mas não
se mostra seus rostos, estou vendo da sua cintura para baixo,
umas tem até mesmo a suas pernas amarradas para cima,
enquanto os caras estão metendo sem dó. Eu gostaria de sentir a
mão da pessoa passando pelo meu corpo, até mesmo a minha

passando pelo dele.

Saio e vou para o que eu acho ser o último ambiente,


afinal, essa é a última porta nesse andar. Entro e ele tem um
pequeno corredor, que ao final tem uma porta, abro-a e

simplesmente não enxergo nada a minha frente. Nem mesmo


meus dedos que estão tocando meu nariz, nunca na minha vida
estive em um ambiente tão escuro quanto esse.

Estou prestes a virar e ir embora quando mãos fortes


rodeiam a minha cintura. Sinto um cheiro fresco, mas ao mesmo
tempo amadeirado, nada muito forte, o aroma misturado ao cheiro
de sexo do ambiente me traz uma excitação.

— Sinta, escute o que esse quarto fala com você —

sussurra na minha orelha, me fazendo sentir um leve arrepio que


percorre por toda a minha coluna.

— Eu... eu... não sei direito o que sentir — confesso com a


voz baixa.

— Se liberte e permita sentir — diz se afastando.

— Espere quem é você? — questiono.


Sinto que ele deu a volta em meu corpo, sua respiração
muito próxima ao meu nariz.

— Posso ser quem você quiser essa noite, mas peço que
confie em mim.

— Não posso confiar em alguém que eu não conheço —


rebato.

— Confie e você terá todo o prazer que eu posso lhe dar.


Tem algo que você não aceite fazer? — indaga.

Suas mãos grandes vão subindo pela minha cintura,


chegam bem próximas ao meu seio e param.

— Eu confio — respondo.

Não sou doida, nunca fiz isso na minha vida, mas pela
primeira vez estou me permitindo ter algo que sempre foi uma

fantasia.

— Caso queira parar é só pedir. Prometo que irei parar na


hora. Fora que aqui no Sexy Club temos regras: não, realmente
significa não. Todos nesses ambientes sabem disso — esclarece
as minhas dúvidas sem eu nem mesmo perguntar.

— Estou em suas mãos. O que faremos?

Ele pega meus dedos e leva lentamente a sua boca, onde


ele chupa morosamente. Nunca imaginei que um simples gesto
pudesse trazer tanto prazer.

Sinto algo cobrir meus olhos, meu primeiro instinto e me


retesar, mas aos poucos volto a relaxar.

— Boa menina, Mel.

— Como sabe meu nome? — pergunto.

— Sei muito mais do que você acha — responde, me


deixando curiosa.

Antes que eu possa falar algo, ele me tira do chão, me


carregando, como se eu não pesasse nada. Passo meus braços em
volta do seu pescoço, consigo sentir seus músculos.

— Não se preocupe, iremos para um dos quartos no andar


de cima. Digamos que seja mais privativo para o que eu tenho em

mente.

— Pode me colocar no chão — digo.

Ele não responde nada, apenas continua a andar. Quando


sinto estou sendo deitada no que suponho que seja uma cama,
pois é macio.

Escuto a porta bater e alguns passos, imagino que seja ele.


O zíper do meu vestido começa a ser puxado para baixo
lentamente, meus seios ficam expostos, já que eu não estou

usando sutiã.

— Como eu imaginei, rosadinhos — fala, abocanhando um,


enquanto com o outro ele usa os dedos, deixando os bicos
rígidos.

Solto um gemido devido ao prazer que sinto, essa sempre


foi uma área extremamente sensível para mim.

Lentamente sinto minha calcinha passando pelas minhas


pernas, seus dedos brincam em meu corpo, trazendo leves
arrepios.

— Vou começar com a brincadeira, só relaxe e se entregue.


Se você falar não, tudo para e acaba na hora — sua voz grossa
sussurra para mim.

Meu único movimento é concordar com a cabeça.

Ele me arrasta pela cama, até me deixar em uma posição


como eu estivesse sentada na beirada. Sinto seu abdômen
definido apoiado em minhas costas, suas mãos estão fazendo
carinhos nos meus seios, alternando entre leves, fortes e puxões
nos bicos.
Jogo minha cabeça para trás e um gemido sufocado me
escapa.

Antes que eu me recupere, dedos começam a brincar no


meu clítoris, me estimulando em movimentos circulares. Uma
mão vai ao meu pescoço apertando-o levemente. Quando eles
sentem que já estou lubrificada o suficiente, me colocam de

quatro na cama.

Um deles vem por trás de mim e antes de introduzir,


começa a esfregar a cabeça do seu pau em meu ponto sensível.
Esse movimento acaba fazendo com que eu eleve meu tronco,
mas ainda permaneça de quatro na cama. De forma lenta, ele
entra em mim pela primeira vez, assim que ele está todo dentro,
começa a aumentar a velocidade, fazendo movimentos de vem e
vai, de fora para dentro. De vez enquanto ele para e dá uma

arremetida de uma única vez.

Seu amigo vem para perto de nós, sinto o colchão se


afundar. Ele se posiciona na minha frente e encaixa seu membro
em meus lábios, os entreabro e sinto o gosto do seu pré gozo
salgado. Começo a chupar, passo minha língua na cabeça, desço
em busca de mais. Aumento o ritmo dos meus movimentos, a
cada socada na minha buceta, eu vou mais para frente e chupo.
Escuto ele soltar um chiado de prazer e a cada som que
eles produzem parecem ter um caminho ligado diretamente ao

meu baixo ventre, fazendo-o querer mais.

De repente eles param e saem de mim, fico exatamente


como eu estou, já que a venda nos meus olhos não ajuda muito. A
cama chacoalha e sou posta em cima de um corpo, nesse

momento não sei de quem é. Ele introduz seu pau na minha


buceta, sem me fazer de rogada, começo a cavalgar nele,
absorvendo tudo que ele pode me dar. Pegam a minha mão e
colocam ela em algum pau, vou masturbando-o.

Faço movimentos de cima para baixo, giro o meu punho,


ora leve, ora mais apertado, ao mesmo tempo em que subo e
desço, cavalgando.

Minha boca novamente é invadida, mas para a minha total

surpresa tem mais homens nesse quarto do que eu esperava. No


momento estou me desfrutando de três. Será que tem quantos?

Não tenho tempo de perguntar, já que eles mantêm minha


boca ocupada.

Um homem chega por trás de mim e sinto ele abrindo todas


as minhas pregas. Deus, nunca imaginei que estaria fazendo uma
dupla penetração.

Meus gemidos, mesmo com um pau na boca, ficam cada

vez mais altos, à medida que eles vão se introduzindo em mim.


Eles fazem isso tão bem, que quase parece um balé, de tão
sincronizado.

O que está me comendo por trás começa a dar tapas ardidos

na minha bunda, ao mesmo tempo que uma de suas mãos está em


meu ombro, me forçando mais para baixo.

Solto o pau que estava na minha boca, viro a minha cabeça


para a esquerda, antes mesmo que eu peça por mais, outro
membro vem e a toma. Abro e o recebo por inteiro.

Já perdi a conta de quantos estão comigo nesse quarto, até


minha última conta eram quatro, mas não me surpreendo se for
mais.

Algum deles começa a brincar com os bicos dos meus


seios, dando leves tapas. Gemo, ou tento, com um pau na boca.

Cada buraco do meu corpo sendo preenchido. Nunca na


vida senti tanto prazer.

Sou virada, ficando sentada sobre algum deles, minhas


mãos estão em seu abdômen, devo estar sentada de costas para
ele. Em cada mão eu tenho um membro sendo masturbado.

Solto sons que nem eu mesmo sabia que poderia fazer.

Sinto uma mão passeando pelo contorno da minha bunda e


um deles diz:

— Quero te comer aqui.

Minha resposta sai em meio a um soluço.

— Sim, oh...

Ele me levanta apenas para retirar seu membro da minha


vagina e introduz no meu ânus de uma única vez. Tento fazer um
movimento para retirar seu pau, já que ele parece ser largo e
grosso demais, mas ele sobe junto comigo, sua mão prende a
minha cintura, me impossibilitando de sair.

Dedos vão de encontro ao meu clítoris e me fazem relaxar.

Começo a subir e descer.

Minhas pernas são abertas, mais ainda, e um deles se


posiciona metendo sem pena na minha buceta. Tem quatro mãos
na minha cintura, me mantendo no lugar, eles elevam ainda mais
meus pés. Nunca fiquei tão aberta assim, nem mesmo sabia que
conseguia.

Ele começa a chupar meus mamilos e só consigo querer


mais e mais!

— Ahh... mais! — digo jogando minha cabeça para trás.

Uma mão vira meu rosto e logo tenho um pau dentro da


boca.

Sinto que, o que está fodendo a minha buceta está muito

próximo de gozar, ele aumenta cada vez mais e mais. Consigo


sentir o exato momento que ele libera todo o seu esperma dentro
da camisinha e se retira de dentro de mim.

— Deliciosa — comenta, e desce seus lábios para me


chupar.

Sou posta na beirada da cama, tão na beirada que minha


cabeça chega a ficar dependurada para fora. Abro logo a boca, á
espera de algo para chupar.

Nesse momento só dois brincam comigo, um está


praticamente em um papai e mamãe, eu nunca tive tanto tesão
nessa posição como agora.

O que está na minha boca, força tanto sua passagem que,


em diversos momentos acabo me engasgando e virando o rosto de
lado, a ânsia vem forte, mas assim que volto o rosto ele volta a
socar, para apenas quando jorra os seus jatos quentes e fortes
para dentro da minha garganta. Assim que ele sai pega seu pau e
passa em meus lábios, estico a língua para fora e passo no

contorno de sua cabeça, deixando-o limpo.

Dois já gozaram. Travo minhas pernas na cintura do cara


que está me fodendo, na tentativa de trazer ele mais dentro de
mim, se é que tem como. Ele começa a me foder cada vez mais e

mais forte, suas estocadas fazem com que eu sinta seu saco
batendo na minha bunda, não demora muito e se torna três que
gozaram.

Um cara muito mais forte do que me trouxe para o quarto


me pega da cama em um único impulso e me coloca sobre o que
aparenta ser uma poltrona.

Ele se encaixa por trás de mim e começa a arremeter com


uma forma que nunca senti, seus movimentos são rápidos, fortes

e precisos. Para deixar a situação ainda melhor, tem dedos


fazendo carícias no meu clítoris.

— Não vou aguentar muito mais — solto em meio a sons


desconexos que saem da minha garganta.

— Não se segure, deixe vir. — Não sei quem falou, mas


era apenas o que faltava.
Me permito gozar, deixo todo tesão e prazer que estou
sentido sair de dentro do meu corpo. Algumas socadas depois e

sinto jatos quentes sendo lançados nas minhas costas.

Quatro já gozaram.

Carinhosamente me guiam de volta para a cama, pegam


meus punhos e prendem em algum lugar. Se antes eu já estava

entregue a eles, agora estou mais ainda.

Sem poder usar minhas mãos, a sensação de submissão


aumenta.

O próximo que vem até mim fecha as minhas pernas e junta


elas bem rente ao meu corpo, e vejo pela forma que ele chega
que, está em busca do seu próprio prazer. Mete como se não
houvesse amanhã, pela primeira vez na noite estou entregue a
alguém que não está sendo carinhoso. Minha sorte é que, logo ele

faz o que veio fazer. Mais um para a lista.

Antes de me virar ou de me desamarrarem, um cara vem e


praticamente senta sobre mim. Sinto o peso de seu corpo na
minha barriga, minha respiração fica pesada, descompassada. Ele
começa a brincar com meus seios, junta eles e faz uma bela
espanhola. Levanto um pouco a cabeça e a cada estocada dele no
vão entre meus seios, consigo fazer uma leve carícia com a minha
língua. Ele aumenta a velocidade das investidas e deixa todo o

seu prazer jorrar entre meu vale, escorrendo para o meu pescoço.

Minhas mãos são soltas, faço uma leve massagem no meu


pulso.

Já estou exausta, quase pensando em desistir. Como será

que aquelas atrizes pornôs aguentam?

Estou praticamente uma boneca inflável, quando mais um


começa a meter em mim, ele me vira e inverte as nossas posições
me colocando para cima. Cavalgo sem muita empolgação, ele
agarra minhas nádegas com força para que eu aumente a
velocidade.

Tiro energia não sei de onde é começo a aumentar a


velocidade, em busca de fazer com que ele goze.

Dou uma leve inclinada no meu corpo para trás, levo minha
mão em direção as suas bolas e começo a massagear. Estimulando
para que ele goze, o que não demora muito.

Caio em cima do tronco dele e me permito ficar ali.

Não sei quanto tempo passa, ele começa a fazer


movimentos circulares nas minhas costas. Acabo soltando um
bocejo.

— Vem, vou te lavar na ducha.

Me vira de lado e me guia pela mão, ainda estou com a


venda nos olhos.

Escuto ele regulando a água.

Quando estou embaixo d’água, faço um movimento para


arrancar a venda, mas ele segura minhas mãos.

— Não faça isso — diz.

— Por quê? — questiono curiosa.

Ele puxa uma respiração, sinto ele ficar tenso.

— Não é para você saber quem sou. Vamos deixar do jeito


que está.

Finalizo o banho e ele me guia de volta até a cama.

— Deite e durma um pouco. Quando for a hora, a sua


amiga deve vir te procurar, ou você mesma pode ir embora —
comenta.

Estou realmente cansada, eles conseguiram sugar todas as


minhas forças.

— Como você sabe sobre a minha amiga? — indago, quase


dormindo.

Ele demora a me responder.

Começo a me levantar, mas ele logo diz:

— Ela me contratou — saiu apenas um sussurro.

Contratou?

Não acredito que Alyssa seria capaz disso para me fazer


sair de casa.

Tudo bem que eu vivi a maior loucura da minha vida, fiz


sexo com não sei quantos caras, todos desconhecidos, e que eu
jamais saberei quem são, como são...

— Não se preocupe, já está tudo pago — comenta. — Vou


deixar você descansar.

Escuto ele andando, suas passadas ficando mais distante,

logo em seguida o barulho da porta batendo.

Ele se foi.

Estou sozinha no quarto.

A primeira coisa que faço é retirar a venda. Olho para o


meu corpo, há vários pontos vermelhos, minha bunda então que o
diga.
Só espero conseguir sentar amanhã sem nenhum incomodo.

Alyssa, te agradeço, mas que teremos uma boa conversa

sobre isso... Ah teremos!


Desde que chegamos aqui a Mel está no bar bebendo. Ela é

minha amiga a anos, nos conhecemos ainda na escola e com o


tempo a amizade só foi crescendo. Desde que ela terminou seu
último relacionamento, não se envolveu com mais ninguém, mal
tem tempo de sair de tanto que seu emprego lhe suga. Mas essa
noite será diferente.

Contratei digamos que, uma “diversão extra” para ela. Não


especifiquei o que eu queria, apenas pedi que a noite da minha
amiga fosse a melhor possível. Sei que ela estará em boas mãos.

Volto até o bar e encontro Mel ainda sentada, bebendo; a


chamo para conhecer o restante dos ambientes. De um em um, ela
vai entendendo e entrando no clima da despedida.

Quando chegamos em um espaço que aparenta ser uma


balada, se não fosse por algumas pessoas dançando nuas, Mel se
despede indo conhecer mais da Sexy Club. Fico ainda na balada e
começo a dançar timidamente em um canto, quando vejo um casal
que muito me interessa.

Eles estão se despindo. Mãos passeiam por todos os lados.

A loira está vestida apenas com a parte de baixo de sua


lingerie, não consigo ver onde foi parar o restante das peças. Não
consigo ver muito do seu companheiro já que ele está de costas

para mim, mas o que vejo, muito me agrada. Ele tem uma bela
bunda, completamente redonda, consigo ver perfeitamente pela
boxer preta que ele usa. Sua camisa nesse momento é retirada, me
dando uma bela visão de suas costas definidas e largas, seus
braços grossos. Creio que ele deve perder algum tempo na
academia para manter esse corpo dos deuses.

Estou babando completamente neles, sei que não deveria,


mas não consigo me concentrar em outro local que não seja eles.

A forma como o corpo dos dois se movem ao som das


batidas da música eletrônica que toca, em verdadeira sincronia.

Logo que eles se viram sou surpreendida. Vejo seus olhos


no tom do mais profundo mar do Caribe, como se não bastasse
isso, ele me abre um verdadeiro sorriso molha calcinhas. Ele
começa a sussurrar algo no ouvido da loira, fazendo-a se virar de
frente para mim. Minha primeira reação seria sentir vergonha,
desviar o olhar, mas, tendo em vista onde estou não faço isso.

Vejo ela andar lentamente, como uma felina na minha


direção. Meu coração começa a acelerar. Ela chega e estende uma
mão para mim, acabo pegando de bom grado, só não esperava que
ela fosse me levar até o seu parceiro.

Ele começa a dançar nas minhas costas, consigo sentir o


volume da sua ereção roçando na minha bunda descaradamente.
Sua parceira pega meu queixo e o inclina, abro um sorriso, e ela
vem me beijar. Sinto sua língua dançando dentro da minha boca,
seu sabor mentolado misturado a algo doce, que provavelmente
ela estava bebendo antes, ela para de me beijar e deixa uma leve
mordida em meus lábios.

— Creio que nossa noite será mais animada do que eu

esperava — ele sussurra bem próximo ao meu ouvido.

Não respondo nada, apenas viro em sua direção e dessa vez


eu que vou em busca do seu beijo. Sua barba rente arranha
levemente minha pele, causando um leve arrepio, seu gosto de
bebida forte completamente ao contrário da sua parceira. Ele
retribui na mesma medida, sinto mãos subindo por dentro da
minha blusa e acariciando meus seios.

— Que tal se fossemos nós três para um dos aquários? —

Ele propõe.

Pondero por poucos segundos, não sei quem, nem quantos


poderão me ver transando. Um receio tenta estabelecer, mas o
descarto.

— Claro — confirmo.

Saímos os três para irmos a uma das cabines de aquário


que estejam vagas, de cara a primeira está livre. Vejo uma imensa
cama com lençóis vermelhos que parecem ser cetim, fico tensa,
não sei como prosseguir, nunca fiz nada assim antes...

A loira vem na minha direção e começa a me beijar


enquanto ele vai retirando a minha roupa e passando sua mão
pelo meu corpo. Creio que notaram minha inexperiência e estão

conduzindo.

Os gestos deles começam a me incentivar cada vez mais,


ainda mais agora que estou completamente nua. Ele dá a volta e
vai até a loira retirando sua calcinha. Aproveito que ela parou de
me beijar nos lábios, para fazer o mesmo com ele e retiro sua
boxer, já que é a única peça de roupa que lhe restava.
Vejo seu membro rosado pulsar para fora, suas veias
grossas se sobressaindo, suas bolas pesadas me dão água na boca.

Ousadamente levo a minha mão e começo a acariciá-lo, fazendo


movimentos suaves para cima e para baixo, seus dedos começam
a brincar com meus mamilos, enquanto sua companheira da noite
vem para o meu ponto mais sensível, ela começa a me estimular

suavemente, movimentos circulares e aos poucos seus dedos vão


descendo em direção a minha fenda.

Não resisto e acabo soltando um gemido.

Ela vai me guiando lentamente para a cama, sinto ela bater


na parte de trás dos meus joelhos e permito meu corpo se
aconchegar melhor. Subo de uma maneira que vá caber todos,
seja lá qual for a posição. Quando já estou deitada ela vem e
gentilmente separa as minhas pernas e começa a depositar beijos

suaves pelas minhas coxas e subindo cada vez mais até chegar ao
meu ponto de prazer.

Começa com leves lambidas, a cada toque de sua língua,


me arranca um suspiro sôfrego. Não resisto e a incentivo
colocando a mão em sua cabeça. Ele que até então, estava apenas
assistindo ela brincar comigo, começa a estimulá-la. Seus dedos
brincam em movimentos de vai e vem, ela começa a sentir prazer
e gemer ao mesmo tempo que me chupa com vontade. O som que

ela faz ao gemer em contato com a minha carne aumenta meu

desejo.

Assisto ele abrir um pacote de camisinhas e embalar seu


membro que, começa a introduzir lentamente nela, de início de
uma maneira carinhosa, mas assim como as estocadas vão

aumentando, o seu ritmo também aumenta.

Em momento nenhum ela para de me estimular, agora


começa a colocar um de seus dedos em mim, em um vai e vem
que está sendo estimulado por ele, a cada vez que ele a balança,
ela estoca seu dedo em mim.

O que era um dedo passa a ser dois, depois três. Estou


delirando de prazer. Antes que eu comece a gozar, mudamos
nossas posições.

Ainda permaneço deitada, ele vem e se encaixa em mim,


mas antes troca a sua camisinha. Começo a brincar com os seios
pequenos e rosados da loira, seus bicos ficam instantaneamente
duros e acabo trazendo seu tronco de encontro aos meus lábios,
os chupo e os mordisco, em resposta ela geme e começa a se
acariciar.
Seus dedos vão ao ponto mágico e estimulam cada vez
mais rápido, antes que ela vá de encontro ao prazer, ela para e me

encara.

Nesse momento estou com a boca completamente aberta,


arfando pelas estocadas que recebo, a maneira que ele está me
usando é perfeita, mas também é pelo desejo de poder senti-la em

meus lábios.

Trago seu corpo na direção do meu rosto, com sutileza ela


fica em cima de mim e começa a rebolar. Minha língua vai direto
para o seu botão inchado, faço leves carícias em vai e vem, sentir
seu sabor agridoce só aumenta minha vontade de chupar mais e
sem demoras, aumento meu ritmo.

Quero mais dela, preciso de mais dela, seguro em suas


nádegas e a puxo para baixo, ela fica completamente encaixada

em meu rosto. Meu prazer aumentando a cada lambida que faço,


as estocadas em mim não param, a cada momento ele acelera
mais seu ritmo, meu quadril começa ir de encontro a ele em busca
de mais contato, e, assim acabo me libertando e deixando
extravasar todo o prazer que estava reprimido.

Sentindo que eu gozei, ele muda minha posição, me coloca


deitada, mas com a cabeça em direção aos pés da cama, ela vem e

se encaixa no meu corpo como se fossemos fazer um 69, porém,

começo a estimular seu botão com meus dedos. Ele novamente


troca a camisinha e vai socando nela, ele soca rápido, forte e
duro.

Suas bolas pesadas balançando me atraem, tombo minha

cabeça para trás e as trago em minha boca, começo a estimulá-las


e ora vou chupando e colocando o máximo que posso dentro dos
meus lábios, ora passando apenas a língua e sobrando, vendo-a se
encolher, retrair e depois relaxar. Estou tão perdida nesse
momento que não sei quanto tempo estou assim, apenas quando
dois dedos são inseridos em mim, um em cada local que reparo
no quanto fiquei alheia. Ela começa a movimentar seus dedos em
mim, me estimulando, meus dedos a estimulam enquanto ele

soca, não paro de chupar seu saco que aparenta estar ainda mais
pesado do que antes.

Começo a sentir ele se retrair em meus lábios, creio que


ele está próximo, o que só me incentiva a ir mais lentamente,
fazendo-o relaxar e contrair. Sinto seus espasmos quando ele
chega ao clímax.

Lentamente ele se retira e consigo ver a quantidade


absurda que ele jorrou. Ele retira o preservativo, amarra e o joga

fora.

Ainda estamos na mesma posição, aproveito e trago-a para


mais perto da minha boca. Começa a estimular ela e não demora,
está rebolando no meu rosto em busca do seu próprio prazer.

Seus movimentos para frente e para trás, junto à minha

língua em seu ponto sensível, acaba trazendo o resultado


esperado. Sinto seu líquido escorrer junto ao seu prazer.

Me ajeito exausta na cama, preciso de alguns minutos para


me recuperar. Sinto a cama se mexer e ele se deita ao meu lado,
mas o que me chama a atenção e que ela está andando em direção
a porta e saindo.

Sinto os braços dele de encontro ao meu corpo, ele me


puxando como se estivéssemos deitados de conchinha.

— Foi surpreendente — sussurra, deixando uma trila de


beijos da minha orelha até o pescoço.

— Digo o mesmo, mas te encontrar aqui foi mais que


perfeito — falo entre um bocejo.

— Vem, vamos para casa, você parece estar cansada.

Me levanto e vejo ele deitado preguiçosamente na cama.


— Sabe que o que fizemos aqui não estava nos nossos
planos né?!

Ele se arruma, ficando deitado, mas com o cotovelo


apoiado na cama e sustentando seu rosto.

— Eu sei, é por isso que eu te amo e você será a futura


mãe dos meus filhos dentro de uma semana — comenta.

Uma semana, apenas uma semana e iremos estar casados.

— Vem Garret, vamos para casa.


Chegou o grande dia, estou me arrumando no quarto com a
Alyssa e sua mãe. Dona Mary está maravilhosa com seu vestido
em tom de azul marinho, sua pele clara se destaca na cor
trazendo ainda mais luminância para si.

Alyssa está perfeita, escolheu uma maquiagem leve visto


que seu casamento é no final da tarde, seus cabelos loiros estão
em leves ondas, seu vestido branco com rendas delicadas, o toque
de cor vem de sua coroa de flores naturais, um verdadeiro mix de
flores em tons de rosa, azul e roxo de onde desce seu véu que se

arrasta pelo chão. Seu buquê mistura rosas brancas e rosas, dando
graciosidade e elegância ao momento.

Todos os convidados já chegaram, não foram convidados


muitos, pois ela e Garret queriam algo mais intimista, o sítio que
eles escolheram está cheio de copos de leites espalhados pelo
local que será a recepção e a festa. No caminho que irá levar ela
até o altar de pergolado, tem um mix de hortênsias e crisântemos,
todos na cor branca. Foram dispostas várias cadeiras rústicas

para os convidados ficarem mais à vontade durante a cerimônia.

A cerimonialista bate na porta e nos informa:

— Está tudo pronto, quando você quiser é só avisar.

Aly concorda com a cabeça, mas dona Mary diz:

— Nos dê cinco minutos e iremos descer.

Ela concorda e se retira. Começo a sair para elas terem um


momento mãe e filha, mas antes que consiga chegar à porta sou
parada.

— Você pode ficar, Mel — diz dona Mary antes de se


voltar para a filha. — Meu anjo, você sabe que sempre terá seu
refúgio na minha casa, sempre que precisar serei seu porto

seguro. Esse momento é muito especial para qualquer mãe, mas


garanto que seu pai amaria estar aqui para te levar até ao altar,
infelizmente o destino quis de outra forma, mas te garanto que de
onde ele estiver, ele está olhando e muito feliz da mulher que
você se tornou hoje.

Meus olhos ardem tentando segurar as lágrimas, Aly está


fazendo uma careta, creio que pelo mesmo motivo.
— Não chore minha filha, hoje é um dia para alegrias. —
Dona Mary faz um carinho no rosto de Aly. — Vem, vamos que o

Garret já deve estar andando como um doido naquele altar,


garanto que as gramas embaixo dele já foram todas pisoteadas,
coitadas.

Aly não consegue e nesse momento começa a sorrir.

— Mãe, a senhora é a melhor mãe do mundo. — Deixa um


beijo na bochecha dela.

— Posso descer é avisar que estamos indo? — pergunto.

— Pode sim — Aly responde.

Desço as escadas do casarão e vou de encontro a


cerimonialista, informo que está tudo pronto. Ela começa a
organizar a entrada dos padrinhos e madrinhas.

Encontro meu par, nada contra, mas ele não faz nada meu
estilo, não que ele seja feio, longe disso, seus olhos verdes, seu
cabelo preto bem penteado para trás com bastante gel, ele está
com terno cinza como todos os outros padrinhos. Mas sabe aquela
química? Pois bem, não rolou com ele. Na verdade, desde semana
passada não consigo tirar da minha cabeça quem poderia ser o
cara da boate, que me levou e cuidou de mim ao final.
Como sou a dama de honra, sou a primeira a entrar e logo
vem as outras amigas de Aly. Ficamos na ponta do pergolado, um

lado as madrinhas, do outro os padrinhos.

Garret está posicionado esperando por Aly, ele está com


um terno Off White, camisa social branca, com os primeiros
botões abertos e uma rosa branca na lapela do terno. Vejo o

nervosismo tomar conta dele, já que ele não consegue manter as


mãos paradas.

A cerimonialista dá sinal e começa a tocar a música do


Nando Reis com a Ana Canãs.

Pra você guardei o amor


Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar

Sentir sem conseguir provar


Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor


Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Pra você guardei o amor


Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi

E hoje posso dar livre e feliz[ 1 ]


Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar

Lentamente ela vem caminhando de mãos dadas a sua mãe,


em nossa direção.

Desvio meus olhos para observar o Garret, sempre em


casamentos eu prefiro ver a reação do noivo, enquanto a maioria

foca na entrada da noiva. Nunca, em todos os anos que o conheço


vi um sorriso tão puro e verdadeiro como vejo agora. Seus olhos
brilham, na tentativa de demonstrar todo o carinho pela minha
amiga. Consigo ver ele sussurrar um “linda” apenas mexendo os
lábios.

Dona Mary entrega Aly para ele, antes que ela vá se sentar
na cadeira que está separada para ela, ele a surpreende com um
beijo na testa.

O padre segue o casamento como tudo deve ser, eles


trocam as alianças e finalmente escuto:

— Eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Garret traz Aly para si, e como em um filme, a curva para


o lado lhe concedendo um beijo de cinema.

Todos os convidados começam a aplaudir, o que acaba


fazendo eles se soltarem.

Eles passam para o corredor e no final dele Aly se vira e


grita:

— Vamos para festa pessoal.

Todos se levantam e vão em direção ao espaço que foi

reservado para a festa.

Estamos dançando, nos divertindo, comendo a comida


maravilhosa que o buffet está servindo, quando Aly no microfone
chama a nossa atenção.

— Agora quero todas as solteiras, isso inclui você Mel,


nada de fugir de mim.
Reviro meus olhos, afinal, passar pouca vergonha para
quê? A festa inteira sabe mesmo que sou uma encalhada.

— Obrigada por se lembrar de mim — comento com ironia


e a festa toda ri.

A contra gosto sigo para o meio da pista, onde várias


mulheres estão ali para se matarem pelo buquê na esperança de

serem as próximas a se casarem, enquanto eu preferia muito mais


estar sentada e comendo algo nesse momento.

Vou saindo lentamente quando começo a escutar:

Atenção para a contagem regressiva:

Cinco

Quatro

Três

Dois

Um

Vamo pulá, vamo pulá, vamo pulá...[ 2 ]

Antes que eu pense em sair da muvuca, sinto algo caindo


sobre as minhas mãos. Fico imóvel olhando o buquê, quando
levanto meus olhos Aly está sorrindo e move os lábios falando
“você é a próxima”. Não consigo ficar seria e acabo tento um

ataque de risos.

Fala sério, eu ser a próxima só nos sonhos dela. Começo a


me virar para sair da pista de dança, quando mãos fortes me
mantém no local. Sinto seu perfume invadir meus sentidos, mas
antes que eu fale algo, ele chega mais próximo.

— Sabia que iria te reencontrar, doce Mel — sussurra


próximo a minha orelha, arrancando arrepios incontroláveis do
meu corpo.

Essa voz, esse cheiro. Não, não pode ser.

Viro meu corpo lentamente, me preparando para descobrir


a causa dos meus sonhos durante toda a semana.

— Você — digo assim que o vejo.

Estou completamente espantada, não esperava que fosse


ele, na verdade, não esperava que fosse ninguém específico.

— Olha, ela conseguiu me reconhecer pela voz. Por um


momento duvidei que você fosse reconhecer ou se lembrar —
comenta, e dá um leve sorriso de lado.

Senhor, esse simples sorriso já consegue me deixar de


pernas bambas.
— Jamais esqueceria a sua dança no clube — falo, como se
eu não soubesse que foi ele que esteve comigo na cama, afinal,

quero ter a certeza vinda dele.

— Uma pena que é apenas isso que se lembra — diz.

Antes que eu possa responder algo sua boca cai sobre a


minha, sua língua invade a minha boca, seu sabor misturado a

alguma das bebidas da festa. Acabo soltando um leve gemido.


Infelizmente ele separa os nossos lábios.

— Tão doce quanto eu me recordava.

Ainda estou desnorteada com a descoberta e seu beijo


quando ele propõe:

— Vamos ir embora da festa?

Sem que eu responda, ele já pega a minha mão indo em

direção a saída.

Com toda certeza essa noite promete.

[1]
Música de Nando Reis e Ana Canãs – Pra Você Guardei O Amor.
[2]
Música de Sandy e Junior – Vamo Pulá.

Você também pode gostar